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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que 40,9% dos municípios brasileiros sofreram nos últimos cinco anos pelo menos um desastre natural. Foram 2.276 cidades atingidas por inundações graduais, enxurradas bruscas e/ou deslizamentos de encostas, de 2008 a 2013. O Perfil dos Municípios Brasileiros 2013 (Munic 2013), lançado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que só as enchentes graduais deixaram 1.406.713 pessoas desabrigadas (definitivamente sem casa) ou desalojadas (temporariamente sem moradia). A pesquisa constatou que 48% das 5.570 prefeituras do País não tinham instrumento para enfrentar essas ocorrências.

"As características físicas dos municípios, como clima e padrão de distribuição das chuvas (...), são algumas das condições que, aliadas aos padrões de ocupação e ao planejamento territorial, interferem nos resultados das respostas (...)", diz a pesquisa. "Outros fatores determinantes são a interferência direta na permeabilidade da água no solo, tais como as grandes áreas com ruas asfaltadas e superfícies cimentadas, ou impedimentos ao escoamento superficial da água, como sistemas de drenagem deficientes."

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As inundações bruscas - como as que arrasaram a Região Serrana do Rio em dois dias em janeiro de 2011 - foram o tipo de desastre que mais ocorreu no País. Ao todo, 1.574 municípios registraram 13.244 ocorrências desse gênero. Geraram 777.546 desabrigados e desalojados. Depois, ficaram as enchentes graduais em 1.543 municípios, com 8.942 casos. Foram seguidas dos municípios atingidos por deslizamentos de encostas (895). Resultaram em 303.652 cidadãos sem casa, por algum tempo ou de forma definitiva.

O IBGE adverte não ser possível somar os números de vítimas dos três tipos de evento. Em algumas cidades, ocorreu mais de uma tragédia atingindo as mesmas pessoas no período. Em 469 municípios, as três se superpuseram.

A "expansão horizontal das áreas urbanas, com a consequente ocupação e intervenção em terrenos e ecossistemas de equilíbrio frágil" é apontada como causa da repetição dos escorregamentos dos morros. De acordo com o trabalho, as áreas de desastre estão associadas ao planejamento urbano, às condições de moradia, à existência ou não de planos de gestão de risco. Isso não quer dizer que apenas as regiões objeto de ocupação irregular sejam atingidas pelas tragédias.

"Os casos em que os desastres ocorreram em áreas de ocupação irregular respondem por 19,5% das áreas com enxurradas ou inundações bruscas e 20,9% das áreas com enchentes ou inundações graduais", diz o texto. "Observa-se, para a Região Norte, que 50% dos eventos de enchentes ou inundações graduais ocorreram nessa áreas com mais de 500.000 habitantes (...). No entanto, nota-se que ocorreram inundações também em áreas de ocupação regular, (...). Isso pode indicar a necessidade de revisão, pelos gestores municipais, do mapeamento e da classificação dos padrões e do histórico de ocupação dos terrenos", prossegue a pesquisa.

O Estado com maior número de deslizamentos foi Minas Gerais, com 225 casos, seguida de São Paulo, com 121, Santa Catarina, com 118, Rio de Janeiro, com 70, e Espírito Santo, com 48.

Prevenção

Para prevenir, enfrentar e gerenciar os desastres naturais, menos de metade das 5.570 cidades brasileiras tinham no ano passado pelo menos um dos 12 instrumentos listados pela Munic 2013.

A pesquisa mostra que eram 2.892 (51,9%) os municípios com essa característica, contra 2.678 (48%) totalmente desprovidos de defesa no setor. O item mais presente era o Plano de Saneamento Básico para abastecimento de água, seguido pela limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (30%) e esgotamento sanitário (27%). A prevenção de enchentes estava presente em 17,2% das cidades.

A Munic 2013 encontrou ainda 14,8% de prefeituras com Lei de Ocupação do Solo sobre prevenção de inundações e somente 2,6% com lei específica antienchente. A prevenção de deslizamentos foi objeto de plano diretor em 7,7% das municipalidades e de Lei de Uso e Ocupação do Solo em 7,3% dos casos.

A pesquisa aponta que em 33,0% (1.840) dos municípios brasileiros havia pelo menos uma medida ou instrumento de gerenciamento de risco de desastres ligados a enchentes ou inundações graduais ou enxurradas. Em 21,1% (1.175) havia pelo menos uma ação ou instrumento de gerenciamento de risco de desastres decorrentes de escorregamentos ou deslizamentos de encostas.

"Segundo os resultados obtidos pela Munic 2013, 66,9% dos municípios brasileiros não possuíam nenhuma medida ou instrumento de gerenciamento de risco de desastres decorrentes de enchentes ou inundações graduais, ou enxurradas ou inundações bruscas, e 78,9% não dispunham de qualquer medida ou instrumento de gerenciamento de risco de desastres decorrentes de escorregamentos ou deslizamentos de encostas", diz o texto.

A análise dos dados dos municípios que sofreram os desastres naturais no período pesquisado mostra que a maioria deles não tinha instrumentos para enfrentar o evento em 2013. Existiam leis específicas para o zoneamento ou uso e ocupação do solo para prevenção de inundações graduais em apenas 23,3% dos 1.543 municípios atingidos por enchentes graduais.

Era o mesmo o porcentual das cidades atingidas por inundações bruscas que tinha lei específica (1.574). E somente 16,2% (145) das 895 municipalidades atingidas por deslizamento tinham esse tipo de instrumento legal.

Ambiente

Em contraste com os números ainda modestos dos mecanismos das cidades para prevenir ou gerenciar desastres, a Munic 2013 constatou que 90% das cidades tinham, em 2013, algum órgão municipal para tratar da área ambiental. Houve crescimento acentuado nesse setor nos 11 anos que precederam a pesquisa. Em 2002, esse porcentual era 67,8%, e em 2009, 84,5%.

Entre as grandes regiões, o porcentual mais alto de cidades com instrumentos para a área ambiental em 2013 estava no Norte: 98%. Em seguida, vieram Sul (95%), Centro-Oeste (92,3%), Sudeste (89%) e Nordeste (85,2%). Só três Estados contavam em 2013 com estruturas ambientais municipais em todas as suas cidades: Acre (22), Amapá (16) e Espírito Santo (78).

"Considerando-se o universo dos municípios com algum tipo de estrutura ambiental, nota-se que predominam aqueles em que o órgão responsável pela área de meio ambiente tem status de secretaria exclusiva ou em conjunto com outras políticas setoriais (81,3%)", diz a pesquisa. "(...), observa-se a existência de órgão responsável pela área de meio ambiente do tipo setor subordinado a outra secretaria (13%), setor subordinado diretamente à chefia do Executivo municipal (4,4%) e órgão da administração indireta (1,3%)."

A pesquisa também diz que, em 2013, 21,5% dos municípios já elaboravam a Agenda 21. Trata-se de um programa de ação estratégico voltado para o desenvolvimento sustentável por meio de políticas públicas. Houve crescimento em relação a 2009 (19,9%) e 2012 (18,1%), mas recuo em relação a 2002 (29,7%).

O trabalho também apontou que 38,5% (3.149) dos municípios tinham em 2013 gestores que tinham aderido à Agenda de Compromissos dos Objetivos do Milênio.

Dos oito, o que conseguiu mais apoio foi Educação Básica de Qualidade para Todos. Obteve a adesão de 34,45% (1975) dos gestores municipais.

Mulheres

Apenas 12,11% (675) dos municípios tinham, em 2013, prefeitas. Dessas cidades com chefes do Executivo do sexo feminino, 493 (73%) não tinham em 2013 nenhum órgão público dedicado a política de mulheres. É um pouco pior que o porcentual nacional. A pesquisa mostra que 4.037 (72,5%) das 5.570 prefeituras do País não tinham secretaria ou ao menos um setor subordinado a pasta que lide com o tema.

Ter uma prefeita não se mostrava, em 2013, garantia de que a prefeitura teria órgão voltado para gênero.

O Rio Grande do Norte era em 2013 o Estado com maior proporção de prefeitas (21,6%). Depois, vinham Paraíba (21,1%) e Roraima (20%). São Paulo (12,1%) estava abaixo da média do Brasil (12,1%). O Acre era o único Estado brasileiro sem prefeitas. (Wilson Tosta)

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto de lei que trata de novos critérios para a criação, emancipação e fusão de municípios. O texto foi apresentado pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) para tirar dúvidas deixadas pelo veto da presidente Dilma Rousseff (PT) a outra matéria do parlamentar que tratava do mesmo assunto.

O relatório do senador Valdir Raupp (PMDB) aprovado também nesta quarta é favorável à maior parte da proposta de Mozarildo, mas altera alguns pontos importantes no que se refere aos critérios para a criação de municípios. O principal deles diz respeito ao número mínimo de habitantes do distrito que queira se emancipar.

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Procurando direcionar a criação de municípios para as regiões com menor densidade populacional e maior necessidade de desenvolvimento, o autor do projeto propunha que o número mínimo de habitantes para a emancipação deveria ser 5 mil na Região Norte, 6,5 mil na Região Centro-Oeste, 8,5 mil no Nordeste e 15 mil no Sul e Sudeste.

No entanto, o relator considerou que os números eram insuficientes para evitar os impactos alegados pelo governo para vetar o projeto anterior. Considerando nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o relator alterou os números mínimos para 6 mil nas regiões Norte e Centro-Oeste, 12 mil na Região Nordeste e 20 mil nas regiões Sul e Sudeste.

Além disso, Raupp decidiu adotar dois critérios sugeridos pelo governo. Os novos municípios deverão ter área mínima de 200 km² e arrecadação de pelo menos 10% da média dos municípios do estado. Com isso, ele acredita que será possível evitar novos vetos da presidenta Dilma e tensão dos Congressistas com o governo em relação à possibilidade de derrubada desses vetos. “Creio que tais alterações são suficientes para se chegar a um acordo com o Executivo e lograr a regulamentação de dispositivo constitucional que aguarda 18 anos por regulamentação”, disse o relator.

O novo projeto de Mozarildo Cavalcanti procurou corrigir um vício do projeto anterior, que trata do estímulo para a fusão de municípios. O novo texto previa que os municípios que decidissem se fundir manteriam suas cotas individuais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por 12 anos, a fim de evitar impacto imediato da redução das cotas nas contas públicas.

O relatório de Raupp mantém a proposta e acrescenta uma transição de dez anos após o primeiro período em que as cotas serão reduzidas aos poucos até que atingiam o valor a que o novo município terá direito. Com isso, municípios que decidirem se fundir terão prazo de 22 anos para ajustar as contas à nova realidade de arrecadação do FPM. O texto de Valdir Raupp seguirá para o plenário do Senado. Se for aprovado, seguirá para a Câmara dos Deputados, onde poderá receber alterações. Se isso ocorrer, precisará retornar ao Senado para última análise, antes de seguir para sanção da presidente Dilma.

Os municípios brasileiros têm pouco menos de 20 dias para deixar claro à União as informações sobre a aplicação de recursos financeiros na área de educação, em relação ao ano passado. Os dados devem ser passados por meio do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).

De acordo com o diretor da Consultoria em Administração Municipal, Walter Penninck Caetano, as cidades que não repassarem os dados poderão deixar de receber recursos. “Os municípios que deixarem de declarar seus gastos até o prazo estipulado, 30 de abril, ficarão impossibilitados de receber repasses da União, celebrar convênios e também termos de cooperação com órgãos do Governo Federal durante o ano de 2014. Um auxílio importantíssimo para a pasta”, explica o diretor, conforme informações da assessoria de imprensa.  

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O governo federal reconheceu nesta quinta-feira (10) situação de emergência em 159 municípios do Rio Grande do Norte e em 60 municípios de Pernambuco, além de localidades do Amazonas, Pará, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Portarias da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, integrante do Ministério da Integração Nacional, foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje, reconhecendo situação de emergência em um total de 236 localidades de nove Estados.

Em relação aos 159 municípios do Rio Grande do Norte, o problema é a seca. Em Pernambuco, a estiagem também foi o motivo que levou o governo federal a reconhecer situação de emergência em 68 municípios.

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No Pará, a decisão refere-se aos municípios de Itaituba e São Felix do Xingu, por inundações, mesmo problema que atingiu Canutama (AM). O governo federal também reconheceu situação de emergência em Ibipeba (BA), Arroio Grande (RS) e Içara (SC), por enxurradas. Os municípios mineiros de Engenheiro Navarro e São Francisco, por sua vez, enfrentaram estiagem. Em Cláudia (MT), a situação de emergência foi adotada por causa de chuvas intensas.

Conforme o Ministério da Integração Nacional, situação de emergência é uma situação anormal, decretada em razão de desastre que, embora não excedendo a capacidade inicial de resposta do município ou do Estado atingido, requer auxílio complementar do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.

A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou, nesta terça-feira (8), a liberação de R$ 1,5 bilhão para todos os municípios do país. A informação foi divulgada no perfil do twitter da petista. Segundo ela, o valor é a segunda parcela dos R$ 3 bilhões prometidos, para contribuir com o desenvolvimento municipal, durante a Marcha dos Prefeitos, realizada no ano passado. 

“Os recursos disponíveis a partir de hoje são justamente para garantir melhor qualidade de serviços públicos. Todos nós – governo federal, estados e prefeituras – temos o compromisso de responder às demandas por melhores serviços públicos, mais médicos, mais educação, mais transporte de qualidade, mais segurança”, afirmou a petista. 

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Na Marcha, a Confederação Nacional dos Municípios solicitaram o repasse de R$ 6 bilhões, no entanto a presidente não concordou e liberou apenas a metade. O que causou, na ocasião, desconforto e insatisfação entre os prefeitos, que chegaram a vaiar Dilma. A primeira parcela dos recursos foi liberada em agosto. 

O pré-candidato ao Senado pela Frente Popular de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), defendeu, nesta quarta-feira (19), uma reforma tributária que permita mais equilíbrio na distribuição da arrecadação tributária entre municípios, estados e união. A declaração ocorreu durante uma palestra do ex-ministro da Integração Nacional no Congresso Pernambucano de Municípios, evento promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Centro de Convenções do Recife.

Durante a palestra, Bezerra Coelho apresentou uma série de dados que comprovam um desequilíbrio na distribuição de tributos no Brasil. “No bolo de todos os tributos municipais, estaduais e nacionais, quase 60% da arrecadação vai para a União enquanto que se ampliam as responsabilidades para os municípios. A federação está hipertrofiada, ou seja, existe um ente que está ficando com quase tudo”, avaliou.

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Segundo o ex-ministro, a distribuição dos tributos de forma mais equilibrada será decisiva para socorrer os municípios que enfrentam dificuldades financeiras. “É necessário colocar na agenda do novo congresso, que se formará nas próximas eleições, uma reforma tributária para rediscutir a partilha das receitas do país, além de reduzir a elevada taxa fiscal para os brasileiros”, disse.

O pré-candidato ainda apresentou outras propostas para auxiliar as contas dos municípios como a ampliação do Fundo de Desenvolvimento Regional e a renegociação das dívidas das prefeituras. “É preciso levar todas essas questões para um debate amplo e urgente no Congresso Nacional. Essas medidas fariam uma enorme diferença para superar as dificuldades dos municípios brasileiros, sobretudo, daqueles menores, que não tem base tributária para sobreviver da arrecadação de impostos próprios.” 

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O senador Humberto Costa (PT) anunciou, nesta terça-feira (18), que a base governista na Câmara e no Senado decidiu aguardar a chegada de uma proposta do Palácio do Planalto que tem como objetivo regular a criação, a incorporação, o desmembramento e a fusão de municípios. Com isso, foi adiada a sessão do Congresso Nacional com a finalidade de apreciar vetos presidenciais.

O primeiro item da pauta seria o veto à lei aprovada pelos parlamentares no ano passado que procurava regular a matéria, originária de um projeto do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), mas que o Governo Federal julgou flexível demais. "O entendimento foi fruto de uma ampla negociação. Nós vamos dar mais tempo, algo como 10 dias, para a elaboração do novo projeto e, quando ele estiver pronto, fruto de um amplo consenso, votaremos em regime de urgência em substituição à lei vetada", explicou o líder do PT.

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De acordo com a justificativa para o veto, a nova lei contraria o interesse público porque “o crescimento de despesas não será acompanhado por receitas equivalentes, o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica”.

Como era o primeiro item da pauta da sessão do Congresso, a não apreciação do veto acabou impedindo a análise dos demais. O acordo costurado entre o Governo e os integrantes da base aliada prevê que caberá ao senador Mozarildo, autor do primeiro texto, assinar a nova matéria.

Segundo Humberto, o novo projeto deve considerar a diretriz de que as regras para a criação, a incorporação, o desmembramento e a fusão de municípios no Norte, Nordeste e Centro-Oeste serão mais flexíveis do que para o Sul e Sudeste, onde a situação de municípios é mais bem resolvida. Com isso, distritos como São Domingos, em Brejo da Madre de Deus, e Pão de Açúcar, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado, terão ritmo mais acelerado do que outros nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

O coordenador-geral do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), José Antonio de Aguiar Neto, alertou os prefeitos para o prazo de 21 de março, data final de envio das propostas e planos de trabalho para celebração de convênios e contratos de repasse provenientes das emendas parlamentares individuais.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão publicou, no dia 7 de fevereiro, no Diário Oficial da União, portaria indicando como deve ser usado o Siconv, ferramenta oficial para gerenciar transferências de recursos, no caso de emendas parlamentares individuais, cuja execução foi tornada obrigatória pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de dezembro do ano passado.

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A legislação deu prazo de quatro meses para que o órgão determinasse o procedimento para os repasses. A portaria estabelece, por exemplo, que a falta de indicação do beneficiário e do valor da emenda são impedimentos técnicos para a execução. Plano de trabalho não aprovado e a incompatibilidade do objeto proposto com a finalidade da ação orçamentária também são impedimentos.

“O alerta é porque é um prazo reduzido, visto que antes esse processo ocorria ao longo do ano. Então, tinha-se um prazo de 12 meses e agora são apenas quatro meses para fazer a análise dos projetos. Os prefeitos vão ter de correr [para enviar os projetos], assim como os ministérios vão ter de correr para analisar os projetos em tempo hábil”, disse Aguiar Neto, que participou do Encontro Nacional de Municípios promovido pela Associação Brasileira de Municípios.

Segundo ele, a mudança visa a atender à necessidade dos parlamentares por uma melhor e efetiva ação dos ministérios ao priorizar a análise dos projetos oriundos das emendas individuais. Os órgãos e entidades da administração pública federal deverão encerrar a análise das propostas e respectivos planos de trabalho até 5 de maio, concluindo por sua aprovação ou reprovação.

No ano passado, foram celebrados convênios e contratos de repasse no valor de R$ 12 bilhões, mas apenas R$ 2,8 bilhões foram efetivamente repassados aos municípios. O coordenador-geral do Siconv informou que, se o contrato tiver pendências, apenas após a solução dos problemas o governo federal poderá liberar os recursos. A falta de capacidade técnica dos municípios para elaborar projetos é apontada como um dos grandes entraves.

Os gestores de municípios, estados e do Distrito Federal têm prazo, a partir deste sábado (1º), para prestar contas do que receberam para merenda e transporte escolar, além do dinheiro recebido pelas escolas, em 2013. O prazo para o envio vai até o dia 30 de abril. Quem não cumprir pode ter os recursos dos programas suspensos até regularizar a situação.

Os administradores devem enviar para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) as prestações de contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) por meio do Sistema de Gestão de Prestação de Contas, que está disponível na internet.

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No caso dos programas de alimentação e transporte escolar, as contas dos entes federativos serão analisadas inicialmente por conselheiros de controle social. Os conselhos têm até o dia 14 de junho para registrarem seus pareceres, aprovando ou não as contas, no Sistema de Gestão de Conselhos (Sigecon) do FNDE.  Já as contas do PDDE serão analisadas diretamente por técnicos da autarquia.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (20) que o Governo Federal repassará R$ 1 bilhão aos municípios brasileiros em abril. "No ano passado repassamos para todos os municípios R$ 1 bilhão e agora, em abril, vamos repassar mais um R$ 1 bilhão a título de suporte e custeio", disse, em Caxias do Sul, durante cerimônia para entrega de máquinas a cidades do Rio Grande do Sul, como parte do PAC Equipamentos.

Nesta quinta, foram entregues 90 caminhões-caçamba e 28 motoniveladoras para manutenção de estradas vicinais de 118 municípios gaúchos de até 50 mil habitantes. A presidente destacou que, mesmo com um prazo maior para a entrega das máquinas, o governo optou por comprar os equipamentos da indústria nacional. "Não fazia sentido importar se temos indústria local. Se fôssemos importar, poderíamos entregar quase que imediatamente, mas o espírito não é este". Segundo ela, a decisão tem o objetivo de gerar emprego e renda para os brasileiros.

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Até o final de maio, o governo espera concluir a entrega de 18 mil máquinas e equipamentos a prefeituras de todo o País. No evento, também foram anunciados investimentos de R$ 37 milhões para obras de mobilidade urbana e transporte coletivo em Caxias do Sul. Outros R$ 22 milhões vão ser destinados à pavimentação de oito quilômetros de vias e à adequação de 17 quilômetros de calçadas para os padrões de acessibilidade na cidade da serra gaúcha.

Antes da cerimônia em Caxias do Sul, Dilma participou nesta manhã da reinauguração do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. À tarde, a presidente participará da abertura oficial da Festa da Uva, também em Caxias. Às 16h30, Dilma viaja para Roma e deve se encontrar com o papa Francisco nesta sexta-feira (21).

Os senadores aliados vão chegar rachados à sessão do Congresso nesta terça-feira, 18, que analisará o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta aprovada, no final do ano passado, que disciplina a criação de municípios brasileiros. Embora governistas da Câmara, liderados pelo PMDB, venham alardeando que querem derrubar o veto de Dilma, os senadores da base devem ir para a votação sem consenso. A tendência no Senado, entretanto, é manter o veto.

Para ser derrubado, o veto presidencial precisa receber, pelo menos, 41 votos de senadores e 257 de deputados em votação aberta. Em outubro do ano passado, o projeto, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), foi aprovado pelo Senado com 53 votos a favor, cinco contra e três abstenções. O relator da matéria foi o presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

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Da forma como foi aprovada pelo Congresso, a proposta de Mozarildo abre caminho para a regularização de 57 cidades e criação de outras 188, com o custo estimado em R$ 9 bilhões para montagem de novas estruturas administrativas. Dilma vetou-o totalmente com o argumento principal de que a medida levaria ao crescimento expressivo do número de municípios, com aumento de despesas.

A preocupação do governo é não expor parlamentares da base aliada que votaram a favor da proposta de Mozarildo Cavalcanti e que, agora, teriam que derrubá-la justamente em ano eleitoral, quando estão mais sensíveis aos apelos das suas bases. Por isso, tenta encontra com a proposta alternativa uma saída honrosa aos aliados.

O senador Wellington Dias (PI), líder do PT em 2013, disse que há a busca de uma alternativa pelo governo para evitar a derrubada da proposta de Mozarildo. O petista reconheceu que o texto aprovado pelo Congresso endureceu as regras para a criação de municípios, mas ainda há necessidade de se fazer "algo mais", especialmente para regiões de fronteira e pouco povoadas do Nordeste, por exemplo.

"É não escancarar (a criação dos municípios), mas também encontrar alternativas para esses casos", disse Wellington Dias, defensor de um texto alternativo. O autor do projeto, que disse que vai votar para derrubar o veto, criticou o fato de o Executivo querer propor uma alternativa somente agora. Ele lembrou que sua proposta foi apresentada em 2002, sempre, segundo ele, dialogando com o governo.

"Vai ficar muito ruim para os parlamentares, porque o voto de aprovação foi aberto. Vão agora voltar atrás?", questionou Mozarildo Cavalcanti. "Eu sou aliado, mas eu não sou aliado que aplaudo sempre ou que concordo com tudo o que vem de lá. Eu acho um absurdo de não derrubarmos este veto. Essa desculpa de mandar outro projeto é empurrar com a barriga uma coisa que já está feita", completou o senador do PTB, que ressaltou que não pretende sequer "olhar" antes da votação do veto a proposta que deve ser encaminhada pelo Executivo.

A oposição no Senado não fechou questão quanto ao veto e a tendência é que as bancadas sejam liberadas para votar como quiser na sessão do Congresso. O vice-líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), disse que votará a favor da manutenção do veto. "O país precisa de reduzir despesas e não aumentar mais gastos onerosos", afirmou.

O Congresso se reúne na próxima terça-feira (18) para examinar quatro vetos presidenciais. A sessão está marcada para as 19h no plenário da Câmara dos Deputados. O item mais polêmico é o que resultou na rejeição integral de projeto que facilitava a criação de municípios.

Também estão na pauta os vetos sobre o repasse de recursos públicos às universidades comunitárias; o que normatiza a travessia de pedestres próximos às escolas; e o que regula a condução de veículos de emergência. Desde dezembro, com a promulgação da Emenda Constitucional 76, deputados e senadores apreciam vetos em votação aberta.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) vetou totalmente o substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 98/2002 – Complementar, que estipulava novas regras para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Em tese, a proposta, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) possibilitaria a criação de aproximadamente 400 novas cidades.

Segundo a União Brasileira em Defesa da Criação dos Novos Municípios (UBDCNM), seriam criados mais municípios principalmente nos estados do Maranhão, Bahia, Ceará e Pará. No Ceará, 26 distritos têm condições de pedir a emancipação dos municípios de que fazem parte. É o caso de Jurema (Caucaia), Guanacés (Cascavel) e Pajuçara (Maracanaú), localizados próximos à capital, Fortaleza, e que reivindicam autonomia.

 

A questão do financiamento municipal do programa Mais Médicos ainda provoca insegurança jurídica em torno da maneira mais adequada para o pagamento das despesas. Prefeitos têm procurado as Câmaras para acertar rubricas (fontes de pagamento no orçamento) e evitar futuras contestações por sucessores ou opositores - ou mesmo processos por improbidade.

O próprio ministro da Saúde, Arthur Chioro, admitiu em entrevista ao Estado que em alguns municípios o recesso de fim de ano das Câmaras foi um dos fatores que determinou o atraso no pagamento dos auxílios, que foram definidos por lei federal, mas não foram incluídos na proposta orçamentária local. É o caso de Cubatão, como a reportagem mostrou ontem. "É questão burocrática", admitiu o secretário da Saúde, Carlos Alberto Yoshimura.

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Conselheiro da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Silvio Salata sustenta que é necessária a aprovação do Legislativo municipal para que a Prefeitura possa destinar recursos para o programa. "Se o Orçamento deste ano não prevê isso, precisa de autorização legislativa para firmar o convênio, pois há despesas. Senão, poderia ser um ato de improbidade administrativa. Deve haver projeto de lei."

Bruno Boris, professor de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, concorda que a especificação, por meio de lei municipal, é o caminho mais adequado. Entretanto, ele observa que as prefeituras, em muitos casos, já têm uma verba orçamentária disponível para funções semelhantes - para contratação de profissionais terceirizados na saúde, por exemplo -, que poderia ser usada.

Ainda conforme Boris, outra saída para o Executivo municipal passa pela publicação de um decreto. "Seria uma forma de legitimar os gastos previstos no convênio, mesmo que não seja diante de uma decisão legislativa. Contanto, obviamente, que o prefeito tenha orçamento para arcar com essas despesas."

Tanto ele quanto Salata acreditam que a situação ficará menos nebulosa para os próximos exercícios fiscais, já que a tendência é a de os prefeitos encaminharem a previsão dos gastos com os médicos cubanos como parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias, apreciada e votada pelos vereadores todo fim de ano.

"É só incluir no orçamento de outubro para, no ano que vem, não ter esse tipo de problema", afirma Salata. "O Executivo terá de aprovar, pela Câmara, uma verba destinada para esse programa. Até porque, para alguns municípios sairá mais econômico ter o apoio federal", completa Boris.

Gasto maior. A Câmara também é a saída para ampliar os valores pagos - outra queixa dos participantes, sobretudo nas cidades maiores, com mais gastos, como São Paulo. No total, incluindo o valor do auxílio-moradia, a secretaria municipal diz repassar aos médicos R$ 2.567 por mês e afirma que pretende reajustar esses valores por meio de um projeto de lei. Caso a proposta seja aprovada, os médicos passarão a receber R$ 3.240 mensais, incluindo Bilhete Único. (Colaborou Murilo Rodrigues Alves). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de minimizar o impacto da seca que atinge o Semiárido e o Sertão alagoano, o governador do Estado, Teotonio Vilela Filho, voltou a decretar, em publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (3), situação de emergência em 37 municípios.

O último decreto baixado para as mesmas cidades ocorreu em julho do ano passado e foi prorrogado até 12 de dezembro, do mesmo ano.

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O documento leva em conta a redução das precipitações pluviométricas, a queda das reservas hídricas e os impactos decorrentes das perdas significativas na agropecuária da região do semiárido, além do alto comprometimento dos reservatórios hídricos locais, problema que tem ocasionado dificuldades no abastecimento de água para consumo humano e animal.

A publicação também aponta que os alagoanos não conseguiram superar os danos e prejuízos provocados pela falta de chuvas na região.

O decreto tem como base um relatório técnico elaborado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Alagoas (CEDEC). Durante 180 dias, os órgãos estaduais adotarão as medidas necessárias para o combate à situação de emergência, em conjunto com os órgãos municipais.

Os municípios declarados em situação de emergência são: Água Branca, Arapiraca, Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Coité do Nóia, Craíbas, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Izidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho D’Água das Flores, Olho D’Água do Casado, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Pariconha, Piranhas, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira e Traipu.

Uma comissão mista formada por senadores e deputados analisa a Medida Provisória 629/2013, que determina a transferência de R$ 1,95 bilhão da União aos estados e aos municípios. Esse dinheiro servirá para estimular as exportações do País e quitar as dívidas dos entes federados. A MP divide esse valor entre os estados de acordo com os percentuais previstos na tabela ao lado.

O resultado da divisão é repartido novamente entre o governo do estado e as prefeituras – 75% e 25%, respectivamente. Os 25% previstos para as prefeituras, por sua vez, serão distribuídos segundo os coeficientes individuais de participação da distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As verbas serão entregues em parcela única no dia 18 de janeiro de 2014.

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Dívidas

Antes de depositar essas verbas, a União deverá deduzir do valor devido as dívidas vencidas e não pagas de cada estado. A ordem de prioridade das dívidas a serem quitadas é a seguinte – primeiro aquelas com a União; depois as contraídas com garantia da União, inclusive as dívidas externas; e, por último, aquelas feitas com entidades da administração federal indireta, que inclui empresas públicas e sociedades de economia mista. A MP 629/2013 também estabelece que serão quitadas anteriormente as dívidas dos órgãos dos estados. Só depois a verba prevista na medida servirá para pagar as dívidas das entidades de cada ente federado.

Informações

A Medida Provisória 629/2013 também autoriza o Ministério da Fazenda a definir regras sobre a prestação de informações sobre o aproveitamento de créditos do ICMS cobrado sobre operações destinadas ao exterior. A Emenda Constitucional 42/2003 proibiu a cobrança do ICMS nesses casos, mas garantiu a manutenção e o aproveitamento do imposto cobrado sobre operações e serviços feitos antes da nova regra. De acordo com a MP, caso o estado não envie os dados requeridos pelo Ministério da Fazenda, ele pode perder o benefício previsto na lei.

Tramitação

A MP será analisada por uma comissão mista de deputados e senadores. Se for aprovada, será votada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

*Com informações da Agência Câmara

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira (20), as 49 cidades pré-selecionadas para a implantação de cursos de medicina em faculdades e universidades particulares. A previsão é que sejam oferecidas 3,5 mil vagas em 15 estados das cinco regiões do Brasil.

Os municípios pré-selecionados vão receber visitas de uma comissão de especialistas para verificação da estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes nas instituições, além de verificar a proposta também de investimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS) unidade de ensino.

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Foram recebidas propostas de 72 cidades que o pedido havia sido indeferido. Elas enviaram recursos que foram reanalisados pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC e, desse total, alguns foram aprovados. Na última chamada, no último dia 3, foram pré-selecionados 42 localidades, dentre elas Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A pré-seleção foi divulgada pelo Diário Oficial da União (DOU).

A alta no preço do barril de petróleo em 2011 influenciou as principais mudanças nas participações dos municípios no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro naquele ano, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Campos de Goytacazes (RJ) foi o que teve o maior ganho absoluto de participação, passando de uma fatia de 0,7% do PIB brasileiro em 2010 para 0,9% em 2011, um ganho de 0,2 ponto porcentual. Segundo a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2011 divulgada pelo IBGE, o ganho foi puxado, principalmente, pelos altos preços do petróleo no ano.

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Na direção oposta, o município de Duque de Caxias (RJ) teve sua participação reduzida no período, de 0,7% para 0,6%, perda de 0,1 ponto porcentual, justamente por causa do encarecimento do barril, que impactou os custos da atividade de refino na região. As perdas no refino, ao lado da queda na produção de autopeças, fez com que Betim (MG) passasse de uma fatia de 0,8% para 0,7% do PIB nacional entre 2010 e 2011.

No entanto, a principal perda de participação na passagem de 2010 para 2011 foi de São Paulo, que saiu de uma contribuição de 11,8% para 11,5% do PIB, uma redução de 0,3 ponto porcentual. A queda foi causada pelos maus resultados de duas atividades: comércio e serviços de manutenção e reparação; e serviços de intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados.

O levantamento considerou apenas os municípios responsáveis por pelo menos 0,5% do PIB nacional no ano. Na análise que leva em conta todos os municípios, os maiores ganhos de posição no PIB nacional foram observados no Maranhão: Belágua saiu da 4991ª posição para a 3849ª, graças ao aumento da produção da mandioca; e Godofredo Viana pulou da 4217ª para a 3089ª posição por conta da expansão na extração de ouro.

PIB per capita

O maior PIB per capita do País em 2011 foi registrado em Presidente Kennedy, no Espírito Santo, informou o IBGE. O município, produtor de petróleo, teve geração de renda de R$ 387.136,99 por habitante no ano. No mesmo período, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 21.535,65. O segundo maior PIB per capita do País foi Louveira, em São Paulo, com R$ 287.646,17. O município concentrava centros de distribuição de grandes empresas.

O terceiro lugar no ranking foi São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), com R$ 283.298,20, que tem como principal atividade a extração de minério de ferro. Confins (MG) ficou em quarto lugar, com R$ 256.466,16, e é sede de um aeroporto internacional próximo a Belo Horizonte.

Na quinta posição está Triunfo (RS), com R$ 227.536,90, sede de um polo petroquímico na região metropolitana de Porto Alegre. Na sexta ocupação está o PIB de capita de Porto Real (RJ), de R$ 217.465,66, onde há a presença de uma indústria automobilística.

A sétima colocação ficou com Quissamã (RJ), produtor de petróleo, com R$ 193.740,96, seguido por São João da Barra (RJ), também produtor de petróleo, com R$ 179.908,25.

No nono lugar figurou Anchieta (ES), com atividade de pelotização e sinterização de minério de ferro, cujo PIB per capita foi de R$ 178.056,02. Em décimo, esteve Araporã (MG), sede da maior hidrelétrica mineira, com capacidade instalada de 2.082 megawatts, e PIB per capita de R$ 167.349,26.

Os dez municípios tinham em comum uma baixa densidade demográfica, o que explica um PIB per capita tão elevado, apontou o IBGE. O menor PIB per capita registrado em 2011 foi em Curralinho (PA), de R$ 2.462,15. O município fica no arquipélago do Marajó, sustentado por transferências de recursos federais, com contribuições também da construção civil, pesca e agricultura extrativista.

Termina, nesta quarta-feira (18), o prazo para a adesão das secretarias municipais de Educação ao Programa Nacional do Livro Didático para Jovens e Adultos (PNLD-EJA) 2013-2014, que é requisito para o município escolher os livros didáticos no próximo ano. Serão contempladas todas as séries da educação de jovens e adultos – das classes de alfabetização ao ensino médio. A adesão é feita pela internet.

Segundo a diretoria de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC), todos os municípios do Ceará já haviam aderido ao programa até a última sexta-feira (13). Já as secretarias de educação de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo não atingiram nem 50% de suas redes. A adesão é ainda menor em municípios de Goiás, de Mato Grosso, da Bahia e do Maranhão.

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Em janeiro, as secretarias terão acesso ao Guia do Livro Didático, instrumento que orienta a escolha das obras, com indicações e resenhas dos livros aprovados pelo MEC. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 20 editoras cadastraram obras para o programa. O PNLD-EJA 2013-2014 contempla também obras regionais das diversas áreas do conhecimento.

A implementação do Portal da Transparência em diversos municípios do agreste e sertão pernambucano foi alvo de duas recomendações expedidas na última segunda-feira (9), Dia Internacional de Combate à Corrupção, pelas unidades do Ministério Público Federal (MPF) em Garanhuns – conjuntamente com o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) – e Serra Talhada. Os documentos têm o objetivo de evitar situações danosas ao patrimônio público e a caracterização de atos de improbidade administrativa.

De acordo com os procuradores da República Antônio Nilo Rayol, Maria Marília Calado de Moura (Garanhuns) e Natália Lourenço Soares (Serra Talhada), os prazos estabelecidos por lei para que os municípios regulamentassem as obrigações impostas – referentes ao acesso à informação e à criação de portais da transparência – já se encerraram. Levantamento concluído em outubro pela Controladoria Geral da União apontou que os municípios em questão ainda não se adequaram.

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As recomendações foram decorrentes de audiências públicas realizadas em Serra Talhada e Garanhuns, nos dias 28 de novembro e 9 de dezembro, respectivamente. MPF e MPPE recomendam que as prefeituras municipais implementem seus respectivos portais da transparência, que devem disponibilizar informações relativas às despesas pagas e receitas arrecadadas, licitações, contratos, convênios, quadros funcionais, servidores cedidos e temporários, despesas com diárias e passagens, planos de carreira, leis municipais vigentes e data de atualização dos portais.

Mais transparência

Os municípios abrangidos pela recomendação do MPF em Garanhuns e MPPE são: Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Ibirajuba, Jucati, Jupi, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Quipapá, Saloá, São Bento do Una, São João, Terezinha, Alagoinha, Arcoverde, Buíque, Ibimirim, Iguaraci, Inajá, Ingazeira, Itaíba, Manari, Pedra, Pesqueira, Poção, Sertânia, Tacaratu, Tupanatinga, Tuparetama e Venturosa. O prazo dado para a implementação dos portais é de 90 dias.

No caso da recomendação expedida pelo MPF em Serra Talhada, com participação do MPPE, os municípios são os seguintes: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Custódia, Flores, Floresta, Itapetim, Jatobá, Petrolândia, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira e Triunfo.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, classificou nesta segunda-feira, 09, de "desesperadora" a situação das finanças das prefeituras do País. "É desesperador para as prefeituras e também para o cidadão", avaliou o presidente, logo após divulgar uma série de dados sobre o andamento de repasses e da arrecadação de municípios no País.

De acordo com um dos levantamentos apresentados hoje, pela CNM, 65% de cerca de 350 municípios pesquisados estão com um atraso médio de cinco meses com seus fornecedores. Na mesma linha, o gasto com pessoal médio das prefeituras analisadas está em 50,38%, próximo do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Na mesma pesquisa, 51,1% das cidades consultadas apontaram que não fecharão suas contas neste ano, com um déficit orçamentário médio de 15%.

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O quadro descrito pela Confederação Nacional dos Municípios se deve, segundo a seu presidente, ao número cada vez maior de atribuições repassadas aos municípios, sem que haja correspondência de arrecadação ou de transferências. De acordo com Ziulkoski, 85% da arrecadação nacional fica nas mãos da União e dos Estados. Um dos exemplos citados é a criação de um piso nacional para o magistério. A Confederação alega que as prefeituras não terão recursos para pagar o reajuste previsto para o próximo ano, de 19,2%, cujo impacto estimado pela CNM é de R$ 9,5 bilhões.

O cenário é preocupante mesmo com o aumento de arrecadação registrado por tributos municipais. O ISS recolheu 7,2% a mais em 2013, enquanto que o IPTU (cerca de 11%) e o ITBI (14%) também avançaram. A pequena participação desses impostos no total arrecadado, e o fato de os dois principais impostos serem melhor aproveitados por áreas de maior concentração urbana, pouco ajuda a aliviar as finanças municipais, de acordo com Ziulkoski. "Não é um crescimento uniforme. E o ISS e o IPTU são de um perfil de municípios de grande concentração urbana".

Ainda de acordo com dados da CNM, 6,74% de mais de 4 mil municípios ouvidos afirmaram que vão atrasar a folha de pagamento de dezembro. Outros 10,4% disseram não saber se iriam conseguir pagar em dia.

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