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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), não aceitou suspender a prisão do deputado estadual do Rio de Janeiro afastado Edson Albertassi (PMDB). Ele foi preso no âmbito da Operação Cadeia Velha, que também prendeu o presidente da Assembleia Legislativa do RJ, Jorge Picciani, e o deputado Paulo Melo, todos do PMDB.

Ao negar o pedido, a ministra alega que o deputado apresenta "periculosidade", e que isso justifica sua prisão por tempo indeterminado. Além disso, Cármen cita que o pedido de liberdade que Albertassi fez ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda não foi completamente julgado.

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O ministro relator do caso no STJ, Feliz Fischer, só decidiu liminarmente por não suspender a prisão, e ainda analisará informações pedidas ao Ministério Público para prosseguir o julgamento do habeas corpus.

Polêmica

Os políticos estão no centro da discussão sobre a possibilidade das Assembleias Legislativas reverem prisões decretadas aos seus membros, em discussão no Supremo.

Em novembro, Albertassi, Picciani e Melo foram presos conforme determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), mas foram soltos um dia depois após decisão do Plenário da Alerj.

No entanto, quatro dias depois de serem liberados, os deputados voltaram à Cadeia Pública de Benfica por uma decisão do TRF-2, que decidiu mandá-los para a prisão novamente.

O julgamento do STF sobre a possibilidade de a Assembleia decidir sobre a liberdade dos deputados foi pautado em dezembro pela Corte, e não finalizado em função da ausência de dois ministros na ocasião.

O ministro relator do caso, Edson Fachin, votou por suspender a resolução da Alerj de revogação das prisões dos deputados do PMDB do Rio. A análise da ação ainda não tem data para ser retomada pelo Plenário da Corte.

Investigação

A operação Cadeia Velha é uma etapa da Lava Jato sob coordenação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) no Rio, que investiga o recebimento pelos deputados de propina de construtoras e concessionárias de transporte público, em troca de decisões favoráveis no Legislativo fluminense.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta sexta-feira, 22, os habeas corpus impetrados pelas defesas dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que buscavam reverter a prisão preventiva decretada no processo em que os executivos são acusados de lucrar indevidamente no mercado de ações e usar informações privilegiadas antes de vir à tona o acordo de colaboração premiada que firmaram com o Ministério Público Federal (MPF).

Mendes é a voz mais contundente dentro do STF contra a delação premiada do grupo J&F, que fundamentou duas denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. O ministro discordou do argumento dos irmãos de que a decretação da prisão preventiva é desproporcional.

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"Destaco que o decreto de prisão preventiva fundamentou o risco à ordem pública na gravidade concreta do crime que, na avaliação do magistrado, 'afetou gravemente a economia nacional', e na reiteração de práticas delitivas em circunstância particularmente desfavorável, na medida em que 'mesmo após a negociação e assinatura dos termos de colaboração premiada, teriam tornado a praticar delitos'", argumentou Gilmar Mendes em sua decisão.

"A gravidade concreta do crime, representada pelas circunstâncias especialmente gravosas da infração penal, é um indicativo válido da periculosidade do agente e de seu potencial para reiterar ilícitos", concluiu o ministro, ao rejeitar os habeas corpus dos irmãos Batista.

Desproporcional

Para a defesa de Joesley Batista, a prisão preventiva era uma medida desproporcional, já que os crimes de manipulação do mercado e uso indevido de informação privilegiada preveem penas de até oito e cinco anos de prisão, respectivamente.

"Logo, ainda que o paciente fosse condenado por uma pena média - fato improvável dado que é primário e tem bons antecedentes - a 4 anos de reclusão, o regime imposto poderia ser o aberto ou a pena seria substituída por restritivas de direitos", argumentou a defesa de Joesley.

"Por fim, em relação ao delito de insider trading, importa destacar que não há qualquer risco de reiteração da conduta, uma vez que o paciente não é Presidente da empresa JBS e não pratica atos de compra de dólares em tal empresa, sendo que seu irmão também já foi afastado das atividades correlatadas à investigação ora objeto", sustentaram os advogados de Joesley.

Para a defesa de Joesley, o Poder Público utilizou informações trazidas pelo próprio executivo em seu acordo de colaboração premiada para fundamentar o pedido de prisão, o que configuraria, "no mínimo, deslealdade institucional".

Na última quinta-feira (21), a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou por 4 a 1 os habeas corpus dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

No mesmo dia em que foram indiciados pela Polícia Federal por uso de informação privilegiada no mercado financeiros, os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F, sofreram nova derrota. Por 4 votos a 1, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não atendeu a pedidos de liberdade feitos pela defesa dos executivos, presos em São Paulo desde a semana passada.

Em dois habeas corpus, os advogados pediam para suspender a prisão preventiva dos irmãos Batista decretada no processo que trata de insider trading. Os executivos são suspeitos de manipular o mercado ao vender ações da empresa e negociar no mercado de dólar para obter lucro dias antes de vir à tona a delação premiada em que implicaram o presidente Michel Temer.

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A delação foi revelada no dia 17 de maio, após o fechamento do mercado. No dia seguinte, houve forte queda no preço das ações da empresa e alta no dólar. Quem havia vendido ações da empresa na véspera evitou prejuízo e, na mesma lógica, quem comprou dólares antes da alta teve lucro.

Na decisão do STJ, apenas o relator dos habeas corpus, ministro Sebastião Reis Júnior, foi favorável ao pedido de liberdade. Segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay, a decisão não representou uma derrota, pois os ministros não chegaram a julgar o pedido.

"É importante frisar que o tribunal não disse aqui que há motivo para a prisão. Disse apenas que a jurisprudência é de não superar uma súmula. Mas quando se trata de liberdade, o tribunal não deveria nunca aplicar essa súmula, que é um entrave para o Poder Judiciário", afirmou Kakay.

A súmula a que o advogado se refere é a 691, que impede a análise de habeas corpus por tribunais superiores antes de o mérito do pedido ser julgado em instância inferior. A instância inferior, no caso, é o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que negou liminar e manteve a prisão por entender presentes indícios de risco à ordem pública, à ordem econômica e à aplicação da lei penal.

O advogado afirmou que deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para libertar seus clientes. "Nós tentamos, e hoje ainda devemos tentar o habeas corpus no Supremo. Como eles estão presos, em nome da liberdade devemos tentar tudo", disse.

O juiz federal Sérgio Moro negou nesta segunda-feira, 4, ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a suspensão dos interrogatórios do processo sobre suposta propina da Odebrecht ao petista. Prestam depoimento no período da tarde desta segunda o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o executivo Paulo Ricardo Baqueiro de Melo, da companhia, e o empresário Demerval de Souza Gusmão Filho. "Indefiro o requerimento de suspensão das audiências por falta de amparo legal", decidiu Moro.

A defesa de Lula havia solicitado "uma série de provas" e a suspensão dos interrogatórios, desta segunda e das quartas-feiras, 6 e 13. Nesta última, o petista ficará frente a frente com Moro. Em sua decisão, o magistrado afirmou que 'a defesa pode requerer provas no curso do processo, especificamente provas cuja necessidade surgiu no decorrer da instrução, aliás, fase processual própria do artigo 402 do Código de Processo Penal e que sucede aos interrogatórios'.

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"Não há base legal, porém, para a pretensão da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva de requerer tais provas antecipadamente e com isso suspender o processo para aguardar a produção dessas mesmas provas", anotou o juiz da Lava Jato.

Segundo o magistrado, "vários dos questionamentos da defesa quanto aos documentos juntados pelo Ministério Público Federal e pela defesa de Marcelo Bahia Odebrecht poderão ser formulados aos acusados em seus interrogatórios, sendo a manutenção das oitivas também úteis por esse motivo". "Isso sem prejuízo de serem os acusados ouvidos novamente para questões complementares no futuro acerca dos documentos recentemente juntados, se isso se mostrar realmente necessário", observou.

Nesta ação, Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a Odebrecht e a Petrobras.

O Ministério Público Federal aponta que propinas pagas pela empreiteira chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a estatal. Este montante, segundo a força-tarefa da Lava Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.

Além do ex-presidente, também respondem ao processo o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), seu ex-assessor Branislav Kontic, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros três investigados.

Para amenizar frequentes declarações consideradas homofóbicas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) publicou nas redes sociais um vídeo em que a celebridade da internet, Inês Brasil, defende-o e diz que ele “não tem nada contra os gays”. Ícone LGBT para muitos, Inês, entretanto, deixa o pré-candidato à Presidência da República em uma saia justa quando, no fim da gravação, pede um “viva” do político para o seguimento. Em reação, ele diz que ela pegou pesado com a solicitação e pondera, “cada um vá ser feliz da forma que achar melhor”. 

“Bolsonaro, fala viva ao LGBT!”, solicita Inês Brasil, depois de defender o político. “Aí você pegou pesado. Cada um vá ser feliz da forma que achar melhor, como parlamentar apenas no material escolar não podemos concordar”, responde, fazendo referência à distribuição do chamado kit gay.

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Antes do pedido de saudação para o seguimento, Inês Brasil diz que a população não deve fazer “justiça com as próprias mãos”, diante das posturas adotadas por Jair Bolsonaro. Recentemente, ele foi alvo, por exemplo, de uma ovada em São Paulo

“Ele demonstra para mim que é uma pessoa maravilhosa, graças a Deus. Às vezes as pessoas falam: ‘ele não gosta disso ou daquilo’, mas acho que todo mundo é filho de Deus. Errar é humano e permanecer no erro é difícil. Você é branco e eu sou negra, meu ex-marido é loiro, mas quem fez é Deus não é? Então quem deve julgar é Deus. Ninguém deve fazer justiça com as próprias mãos”, observa Inês Brasil, ao lado do deputado em um aeroporto. 

Nesse domingo, antes de Bolsonaro publicar o vídeo, a própria Inês postou nas redes sociais uma foto com o político. O que gerou polêmica, já que os fãs dela não gostaram

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, negou um pedido da defesa do senador Aécio Neves para que um dos inquéritos contra ele na Corte fosse retirado do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, e enviado ao gabinete de Gilmar Mendes.

O inquérito em questão foi aberto com base nas delações premiadas da Odebrecht. Segundo delatores, Aécio teria recebido propina para defender os interesses da empresa no chamado “Projeto Madeira”, de construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Pará.

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Para justificar o pedido de redistribuição, o advogado do senador, Alberto Toron, argumentou que o caso trata da atuação de Aécio no âmbito do setor elétrico, mesmo tema alvo de outro inquérito relatado por Mendes, no qual Aécio é investigado por desvios na diretoria de Furnas, uma das subsidiárias da Eletrobras.

Em decisão datada da última segunda-feira (7), Cármen Lúcia disse não haver conexão entre os casos. Ela determinou que inquérito seja encaminhado para o mesmo relator que for sorteado para tratar de outras cinco investigações que tratam de desvios nas obras do Projeto Madeira, cuja redistribuição ela já determinou. É possível que Mendes seja sorteado.

O juiz federal Sérgio Moro negou nesta quinta-feira (20), ao ex-gerente da área Internacional da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos - classificado por sua defesa como homem 'sério e honrado' e acusado de receber propinas de R$ 4,8 milhões no âmbito da Lava Jato -, o pedido para ter uma audiência reservada com seus advogados uma hora antes de seu depoimento, marcado para a próxima segunda-feira (24).

Bastos é acusado de receber propinas na conta da offshore Sandfield, na Suíça, da qual supostamente era beneficiário e, em contrapartida, teria se utilizado de seu cargo para dar amparo técnico a um negócio envolvendo a venda de um campo seco de petróleo em Benin, na África, da empresa Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH) para a Petrobras, em 2011.

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Ele foi preso na Operação Poço Seco, 41ª fase da Lava Jato, deflagrada em maio.

O ex-gerente da estatal está detido no Complexo Médico de Pinhal, nos arredores de Curitiba, base da Lava Jato.

Os advogados de defesa peticionaram a Moro por uma audiência uma hora antes de seu depoimento, alegando 'acesso restrito ao seu cliente'.

"O requerente encontra-se acautelado no Complexo Médico de Pinhal, e desde o início da semana o Complexo está em obras para ampliação do parlatório, o que vem limitando o acesso dos acautelados com seus advogados, limitado em apenas 30 minutos por determinação do Diretor".

Ao indeferir o requerimento, o juiz da Lava Jato argumentou que Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos está preso preventivamente desde 26 de maio de 2017 e que 'a denúncia foi apresentada no dia 12 de junho de 2017, há mais de um mês'. "Em princípio, portanto, já houve tempo suficiente para a Defesa discutir o conteúdo da imputação com o acusado".

"Por outro lado, não há como garantir que a escolta, com recursos humanos escassos e sujeita a logísticas, consiga trazer o acusado uma hora antes da audiência a fim de viabilizar encontro prévio entre acusado e defensores", argumentou o juiz.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso da defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para que o pedido de prisão contra ele, apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), seja apreciado pelo plenário da Corte e não pela Primeira Turma.

O advogado de Aécio, Alberto Toron, alegava que a análise do pedido de prisão é uma questão "da mais alta relevância e gravidade" e, portanto, deveria ser remetida ao plenário. Já Marco Aurélio entendeu que "o desfecho desfavorável a uma das defesas é insuficiente" para este deslocamento e manteve sua decisão anterior.

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Na semana passada, Marco Aurélio afirmou que o recurso da PGR reforçando o pedido de prisão de Aécio será analisado na próxima terça-feira, 20, pela Primeira Turma - formada pelos ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Há menos de uma semana, esta mesma composição negou o pedido de liberdade de Andrea Neves, irmã do senador, presa desde o dia 18 de maio pela Operação Patmos. O placar foi apertado e terminou em 3 a 2. Barroso, Rosa e Fux votaram pela manutenção da prisão, enquanto Marco Aurélio e Alexandre se manifestaram pela revogação da medida.

Relator da Lava Jato na Corte, o ministro Edson Fachin inicialmente negou o pedido de prisão feito pela PGR e determinou apenas o afastamento de Aécio do mandato parlamentar. O tucano é acusado de ter acertado e recebido por meio de assessores vantagem indevida no valor de R$ 2 milhões da JBS. A PGR, no entanto, insistiu no pedido e o recurso foi sorteado para análise de Marco Aurélio.

Para a PGR, mais do que afastado, Aécio deveria ser preso. Segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, "o senador teria tentado organizar uma forma de impedir que as investigações avançassem, por meio da escolha dos delegados que conduziriam os inquéritos, direcionando as distribuições, mas isso não teria sido finalizado entre ele, o Michel Temer e o ministro da Justiça e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Janot defende que, devido à alta gravidade do delito e o risco de reiteração, a prisão preventiva é "imprescindível para a garantia da ordem pública". Segundo ele, "são muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente".

A defesa do senador afastado, no entanto, alegou inexistência de crime inafiançável por parte do tucano, ao rebater o segundo pedido de prisão feito pela PGR. "A menos que rompamos de vez com os princípios constitucionais mais caros da nossa República, a decretação de prisão do Senador Aécio Neves é uma verdadeira aberração", diz a defesa de Aécio.

Mandato

A Primeira Turma do STF também deve examinar na próxima semana recurso da defesa de Aécio para que ele retorne ao exercício do mandato de senador. A defesa também solicitou mais dez dias de prazo para se defender do pedido de prisão, já que a PGR apresentou "fato novo" na justificativa do pleito enviado ao Supremo.

No documento, Janot utilizou uma postagem de Aécio em rede social na qual ele aparece ao lado dos senadores do PSDB Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP) e diz, na legenda, que a "pauta" da reunião são as "votações no Congresso e a agenda política".

Para Janot, o encontro mostra que Aécio continua exercendo suas atividades político-partidárias, mesmo não comparecendo mais às sessões no Senado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou nesta terça-feira (6) pedido de liberdade feito pela defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Na decisão, o ministro entendeu que o pedido é processualmente incabível porque contesta decisão de um colega da Corte. Loures foi preso no último sábado (3), por determinação do ministro Edson Fachin, e está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O ex-deputado foi flagrado pela Polícia Federal (PF) recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada da JBS. O ministro atendeu a um pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o procurador, a prisão de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.

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O pedido foi feito após o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltar para o cargo de deputado federal pelo PMDB do Paraná. Com o retorno, Loures, que era suplente de Serraglio, perdeu o foro privilegiado.

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O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ter pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht, herdeiro da empreiteira que leva seu sobrenome, para as campanhas do PT em troca de benefícios do Governo Federal à empresa. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (15), Mantega classificou como “mentira” a suposta entrega de “um papelzinho” para Odebrecht durante a negociação de um Refis em 2009, programa que permite às empresas regularizarem dívidas com tributos, pedindo R$ 50 milhões em troca. 

“Isso não ocorreu. É mentira do Marcelo. Ele é um ficcionista. Ele criou uma história. E ela é totalmente inverossímil”, declarou Mantega. Indagado sobre porque Odebrecht mentiria, o ex-ministro disparou: "para você conseguir uma delação, tem que entregar pessoas do alto escalão do governo. Um ou dois presidentes e um ou dois ministros. De certa forma é uma exigência e aí fala do ministro sem provas. Porque não faz sentido essa questão do Refis. E menos ainda R$50 milhões que diz que pedi num bilhetinho. Que bilhetinho? Mostra o bilhetinho".

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Na delação, Odebrecht disse que o valor foi destinado a conta de crédito administrada por Antônio Palocci e gasto em 2014 com a campanha de Dilma Rousseff (PT). "Por que não usamos esse crédito em 2010, quando a campanha acabou com uma dívida de R$ 17 milhões? Esse crédito foi transferido para 2014? Eu nunca vi um crédito dessa natureza. É da cabeça dele”, observa Mantega na entrevista. 

Ao jornal, Mantega também disse que teve várias reuniões com Odebrecht e que o próprio empresário manifestou o desejo de contribuir com a campanha de Dilma. "Havia uma certa animosidade entre ele e a Dilma. O Marcelo foi derrotado várias vezes e não gostava do governo. Eu acho que queria sinalizar para a Dilma que estava ajudando", ressaltou.

Anistia para tributos 

Sobre a acusação de ter negociado doações a partir de um Refis de tributos de exportação, Mantega disse que vai "explicar e tudo vai ficar claro". 

"Eu estava atrapalhando os planos deles, não estava ajudando... Em 1969, uma lei permitiu que as empresas exportadoras creditassem de IPI, para estimular as exportações. Esse benefício deveria vigorar até 1990, mas eles recorriam à justiça e ganhavam, usufruindo até os anos 2000", relatou, explicando que em 2007 o Superior Tribunal de Justiça julgou uma ação validando o crédito apenas até 1990. 

"O pessoal [empresários] ficou desesperado. Eles estavam aproveitando créditos há 17 anos e teriam que devolver tudo com multa e correção. Procuraram o governo:' se tivermos que pagar vamos quebrar", completou Mantega. 

Segundo o ex-ministro, naquela ocasião a Odebrecht e outras empresas queriam uma anistia e chegaram, inclusive, a fazer uma emenda numa medida provisória do Minha Casa Minha Vida, no Senado. "Articularam apoios, governadores escreveram a Lula para que ele não vetasse a emenda. E o chato do ministro da Fazenda defendeu o veto", declarou, referindo-se a si mesmo. 

Na época, segundo Mantega, Lula vetou a emenda, mas em 2008 fez um Refis para que as empresas parcelassem os débitos. O ex-ministro disse que Lula não conversou com ele sobre o assunto. Já questionado se Marcelo Odebrecht o procurou para negociar, ele disse que sim.

"O Marcelo quer dar a entender que ele era o protagonista, mas eu conversei com Gerdau, Vale, todas as grandes exportadoras brasileira. E também com o Marcelo. E desde quando Refiz é bondade para um segmento? É para milhares e milhares de empresários”, declarou. 

“É humilhação ser chamado de ladrão”

Em setembro de 2016, o ex-ministro foi preso pela Lava Jato, mas no mesmo dia teve a prisão revogada para acompanhar a esposa que fazia uma cirurgia contra o câncer no intestino. Desde então, Mantega disse que sua vida “virou um inferno”. 

“Eu me sinto terrível porque minha reputação foi colocada por água abaixo. A repercussão foi péssima... É uma humilhação ser chamado de ladrão. Praticamente perdi minha reputação, com mentiras, diga-se de passagem, seja na área econômica, seja nessa questão. A minha vida virou um inferno”, lamentou.

Longe do governo desde 2014, Mantega disse que se arrepende de não ter deixado a administração federal em 2011 quando descobriu a doença da esposa e pontuou que hoje participa de projetos internos na FGV. Além disso, o ex-ministro também ponderou durante a entrevista que tem medo de ser preso e condenado. 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reagiu nesta quarta-feira (22) às recentes declarações de que integrantes do Ministério Público Federal (MPF) teriam realizado uma “entrevista coletiva” informal com jornalistas para vazar informações sigilosas da Operação Lava Jato. Sem especificar os autores, ele classificou manifestação recente sobre o assunto de “disenteria verbal”.

Nessa terça (22), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um duro discurso com críticas à Procuradoria-Geral da República (PGR), durante a abertura de uma sessão da Segunda Turma da Corte, colegiado responsável por julgar as questões relativas à Lava Jato.

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O ministro acusou a PGR de ter vazado para a imprensa parte dos nomes de pessoas citadas nos depoimentos de delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que se encontram sob segredo de Justiça. Ele fez alusão a uma possível anulação de provas em decorrência dos vazamentos.

Gimar Mendes fez referência a um artigo publicado no domingo no jornal Folha de S.Paulo. Segundo o texto, a procuradoria divulgou extraoficialmente, em uma reunião com jornalistas, parte dos nomes de políticos que são alvo dos 83 pedidos de inquérito sigilosos enviados por Janot ao STF na semana passada.

“É uma mentira, que beira a irresponsabilidade, afirmar que realizamos, na Procuradoria-Geral da República, coletiva de imprensa para 'vazar' nomes da Odebrecht”, afirmou Janot nesta quarta-feira. “Só posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios, mas, infelizmente, com meios para distorcer fatos e desvirtuar instrumentos legítimos de comunicação institucional.”

Janot fez o pronunciamento no encerramento de uma reunião de avaliação das eleições de 2016, realizada na Escola Superior do Ministério Público da União, em Brasília, na manhã de hoje. Para uma plateia composta por procuradores e jornalistas, Janot disse que “em projeção mental, alguns tentam nivelar todos à sua decrepitude moral”.

“Para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes da aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado”, acrescentou, numa referência a pessoas que gozam de proteção jurídica especial, como é o caso de ministros do STF.

"Procuramos nos distanciar dos banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder político. E repudiamos a relação promíscua com a imprensa", disse Janot aos procuradores.

"Mentira"

No artigo da Folha de S.Paulo, há críticas às chamadas “coletivas em off”, quando os jornalistas se comprometem em não revelar a fonte das informações, o que, segundo o texto, é uma prática não só no relacionamento da imprensa com membros do MPF, como também com integrantes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e, inclusive, do Supremo Tribunal Federal. Antes de encerrar, Janot reforçou que é uma “mentira” a existência de tal prática no Ministério Público.

Logo no início de seu pronunciamento, Janot disse que leria seu discurso para evitar “arroubos verbais”, mas, em uma parte em que resolveu falar de improviso, disse: “Apesar da imputação expressa ao Supremo Tribunal Federal, não ouvi uma só palavra, de quem teve uma disenteria verbal ao se pronunciar, sobre essa imputação ao Palácio do Planalto, Congresso e STF".

Faltam poucos dias para que Lula visite a cidade de Monteiro, no município da Paraíba, para visitar o eixo leste da Transposição, mesmo local no qual o presidente Michel Temer (PMDB) esteve no último dia 10 deste mês para fazer a “inauguração” dessa primeira etapa. O deputado federal Daniel Coelho (PSDB), em conversa com o LeiaJánesta quarta-feira (15), falou sobre a visita do ex-presidente, que deverá fazer uma “reinauguração”. 

O tucano disse que ele [Lula] tem direito, como todo brasileiro, de viajar pelo país, falando o que pensa e defendendo a ideia que achar conveniente, mas disse “estranhar” a luta pela paternidade de uma obra no qual foram gastos milhões de reais e que não foi concluída.

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“Na verdade, é uma paternidade negativa e não positiva porque já foi gasto várias vezes o dinheiro da Transposição e não foi concluída, então, na verdade eu não pergunto nem quem é o pai e, sim, quem é o responsável por tanto descaso, por tanto dinheiro público utilizado de forma equivocada ao longo desses últimos anos porque, na prática, foram milhões e milhões de reais gastos sem a conclusão da obra como o planejado. Isso merece uma investigação. A gente precisa saber quem é o responsável por ter tocado de forma tão irresponsável os recursos públicos”, cravou.

Questionado se há um marketing envolvido sobre o tema, Daniel Coelho declarou que era “evidente” que sim. “Ele [Lula] vem tentando fazer um posicionamento da própria candidatura, mas isso faz parte da democracia. Cada um pode defender as suas ideias. O que eu acho é que termina não colando e não funcionando bem porque a população sabe que a obra atrasou muito. Foi gasto dinheiro demais e não foi dado solução”, criticou o parlamentar. 

Na última sexta (10), durante a “inauguração” feita por Temer, ele chegou a dizer que não queria paternidade da obra. “Eu não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. A paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino. Vocês é que pagaram impostos ao longo do tempo. Vocês é que permitiram que pudéssemos fazer grandes investimentos nessa obra, que cada vez mais está sendo festejada", disse.

Apesar do tom ameno, o presidente não perdeu a oportunidade para dizer que o governo fez “muitos esforços”, nos últimos meses, para inauguração do primeiro eixo da obra. 

Em carta publicada no Instagram neste domingo (26), a esposa do cantor Victor, na dupla Victor e Léo, negou a agressão e disse que o marido "nunca a machucaria". No texto, Poliana Bagatini Chaves confirma que na última sexta-feira (24) "um grande desentendimento familiar" a abalou "profundamente" e pontua que a discussão foi com a sogra. 

"Sem sentir apoio do Victor que tentou me conter, vi na polícia um lugar em que me sentiria amparada. Em momento algum considerei que tivesse ocorrido qualquer crime, principalmente praticado por meu marido, tanto que falei em meu depoimento a polícia que não tinha interesse na apuração de natureza penal", esclarece Poliana. 

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Na última sexta, Poliana registrou uma ocorrência contra Victor. Grávida do artista, ela disse ter sido jogada no chão e agredida com chutes por ele.

Na carta ela ainda expressa: "Victor não me machucou e nunca machucaria e para comprovar a inexistência de qualquer lesão, resolvi fazer perícia no IML. Apesar do transtorno que toda a repercussão nos causou, meu bebê e eu estamos em pleno estado de saúde". E conclui: "agora quero paz para me recompor".

Jurado do The Voice Kids, neste domingo foi anunciado o afastamento do cantor da competição. Na nota emitida pela Rede Globo e proferida por André Marques, apresentador do programa, a emissora disse ser contra e repudiar todo tipo de violência e que vai acompanhar todo o processo.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou o seguimento a um habeas corpus apresentado pelo ex-tesoureiro do PP, João Cláudio Genu, preso desde maio de 2016 pela 29ª etapa da Operação Lava Jato. Esta foi a primeira decisão monocrática (sem consulta de outros ministros) tomada por Fachin desde que se tornou o relator dos processos relacionados à Lava Jato, no lugar do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro.

A defesa de Genu afirmava, no habeas corpus, que a prisão é ilegal e que se trata de um "constrangimento ilegal" e afirma que "não há qualquer elemento que demonstre que a liberdade do paciente ocasionaria a prática de delitos". Os advogados também disse que, no julgamento de uma das denúncias na Lava Jato, o paciente já foi absolvido da prática do crime de lavagem de dinheiro e ostenta condições pessoais favoráveis.

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Após negativas em uma série de habeas corpus em diferentes instâncias, o ministro Fachin manteve a prisão argumentando que é descabido "habeas corpus dirigido ao combate de decisão monocrática de indeferimento de liminar proferida no âmbito do STJ".

Fachin disse também que "o deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, que somente se justifica quando a situação demonstrada nos autos representar, desde logo, manifesto constrangimento ilegal". Genu foi condenado pelo juiz Sérgio Moro em dezembro de 2016 a oito anos e oito meses de prisão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção e associação criminosa. Segundo a sentença de Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, o réu era responsável por intermediar repasses de propina entre empresários e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Reclamação

Na terça-feira, 7, a Segunda Turma do STF já havia negado um pedido de liberdade de João Cláudio Genu. O colegiado manteve decisão do ministro Teori Zavascki que, em dezembro passado, negou seguimento - julgou inviável - à Reclamação 25362, apresentada pela defesa do ex-assessor do PP.

O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, em Curitiba, negou nesta quarta-feira, 8, pedido de suspensão do processo contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os advogados do petista protocolaram petição, em que solicitaram o adiamento das audiências de testemunhas de defesa, em decorrência da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, na sexta-feira, 3.

"Apesar de trágico e lamentável acontecimento, há diversas audiências já designadas, com dezenas de testemunhas, e para as quais foram realizadas dezenas de diligências por este Juízo e pelos diversos Juízos deprecados para a sua viabilização", escreveu Moro, em despacho desta quarta, 8. "Assim, indefiro o requerido."

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Lula é réu nesse processo pelo recebimento de R$ 3,8 milhões em propinas da OAS, em forma de reforma e ampliação do tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá (SP) - que a Lava Jato diz ser do ex-presidente, e ele nega - e no custeio do armazenamento de bens, em empresa especializada.

"Pleiteia a Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva a redesignação das audiências marcadas para as próximas duas semanas 'tendo em vista motivos pessoas relevantes que prejudicam o contato do peticionário com sua defesa técnica e, por conseguinte, impede que esta última possa se preparar adequadamente para tais audiências", explica o juiz da Lava Jato.

Marisa era ré no processo, mas com sua morte a acusação contra ela fica extinta.

Moro lembra no despacho que "o ex-presidente foi dispensado de comparecer nas audiências de oitiva de testemunhas e, de fato, não tem comparecido".

O juiz destacou que as testemunhas, com depoimentos agendados para as próximas semanas, foram arroladas pelos advogados do ex-presidente no dia 10 de outubro de 2016, quando foi apresentada defesa preliminar de Lula no processo.

O pedido da defesa de Lula foi entregue à Justiça Federal na terça-feira, 7. Nele, os criminalistas José Roberto Batochio, Juarez Cirino dos Santos, Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira alegam "motivos pessoais relevantes que prejudicam o contato do Peticionário com sua defesa técnica e, por conseguinte, impede que esta última possa se preparar adequadamente para tais audiências".

"É de se concluir que a Defesa já teve tempo suficiente para se preparar previamente para as inquirições em questão", registra Moro. "Falta, por fim, amparo legal para o pleito de suspensão do processo."

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou o pedido de habeas corpus feito pelo ex-tesoureiro do PP João Cláudio de Carvalho Genu, preso desde maio na Operação Lava Jato. A decisão da ministra foi publicada na manhã desta quinta-feira (12) no site do STJ.

Genu foi condenado em dezembro de 2016 a oito anos e oito meses de prisão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção e associação criminosa. Pela sentença do juiz Sérgio Moro, o réu era responsável por intermediar repasses de propina entre empresários e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

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No pedido de habeas corpus, a defesa do ex-tesoureito havia solicitado que o réu saísse da prisão e, no lugar disso, cumprisse pena por outras medidas cautelares, como restrição de deslocamentos.

O habeas corpus já havia sido negado em segunda instância. Agora, a ministra Laurita Vaz manteve a determinação, destacando que não há ilegalidade na decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). "Sobressai, a olhos vistos, a gravidade concreta das condutas pelas quais o ora paciente foi condenado, a justificar a prisão preventiva para a garantia da ordem pública", disse a magistrada. na decisão.

Ainda segundo a sentença, "Genu também era beneficiário direto de propinas periódicas e vultosas". A presidente do STJ destacou o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a prisão cautelar é justificada nos casos de necessidade de interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta terça-feira, 27, um pedido do PSB e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para antecipar o repasse, aos municípios, das verbas de multas da repatriação de recursos do exterior, previstas na medida provisória 753/2016, publicada na semana passada.

A decisão foi tomada pela ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, na condição de plantonista durante o recesso do Judiciário -- o relator é o ministro Celso de Mello.

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O PSB e a FNP questionavam um ponto da MP que regulamentava a distribuição dos valores das multas da repatriação de recursos do exterior. A ação alegava que era inconstitucional e feria o princípio da isonomia o trecho da MP que autorizava os estados a receberem os recursos da repatriação a partir da data de sua publicação, e, no entanto, deixava que os municípios recebessem os valores apenas a partir de 1º de janeiro de 2017.

Citando a crise financeira vivida pelos municípios em todo o Brasil e a dificuldade para honrar os pagamentos como o décimo terceiro salário, o PSB e a FNP pediam que o STF determinasse o repasse imediato, tendo como data limite 29 de dezembro. Argumentavam também que dia 30 é feriado bancário.

Para a ministra Cármen Lúcia, no entanto, não ficou demonstrado que havia urgência para este repasse. "Sem desconsiderar menos ainda subestimar a gravidade da crise financeira e orçamentária que atinge todos os entes federados, há de se relevar ausência de demonstração de impacto insolvível a não transferência na meta fiscal dos municípios no ano de 2016, pela evidente imprevisibilidade da arrecadação extraordinária decorrente do RERCT nas respectivas leis orçamentárias."

Segundo a ministra, ao Judiciário compete desfazer o que contraria a Constituição, não criar normas faltantes para viabilizar seu cumprimento. "O Judiciário não dispõe de competência para substituir norma que conclua inconstitucional por outra sobre a mesma matéria que lhe pareça coerente com os princípios e regras constitucionais", afirmou.

Cármen Lúcia observou, ainda, o curto prazo para que as administrações municipais utilizem os recursos para reverter eventuais problemas na prestação de serviços à população, e que eventuais atrasos de pagamentos poderão ser sanados posteriormente com o repasse programado.

Na decisão, a ministra do STF também pediu informações ao presidente da República -- que serão apresentadas ao relator do processo, para a continuidade da ação.

No projeto da repatriação proposto pelo governo federal, está prevista a divisão com Estados e municípios de um total de 15% dos impostos devidos e também das multas, as quais originalmente ficariam com a União.

A Polícia Civil do Paraná ainda investiga o caso da jovem que afirmou ter sido estuprada por um motorista do Uber, no último domingo (18) em Curitiba. A assessoria do Uber nega que o envolvido fosse um dos cadastrados no app.

O Boletim de Ocorrência (BO) relata que a jovem saía de uma balada sertaneja, no bairro de Jardim das Américas, e pediu um Uber. A moça afirmou à polícia que o carro se tratava de um Fiat Marea Weekend. A assessoria do Uber informou que este veículo - que inclusive teria ano de fabricação incompatível com o aceito pela ferramenta - não estava cadastrado. Nem mesmo o celular do acusado estaria conectado com o app, segundo a empresa.

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Diante das alegações da assessoria do Uber, o LeiaJá entrou em contato com a Delegacia da Mulher, de Curitiba-PR. Segundo a polícia, as investigações ainda estão em andamento, mas não está descartada a hipótese levantada pela vítima. Ainda segundo a assessoria do orgão, os trabalhos estão em estágio avançado e devem ser concluídos até o final desta semana.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso negou pedido de suspensão da tramitação da PEC do Teto, assinado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

O mandado de segurança foi enviado ao Supremo na noite da segunda-feira, 12. Um dos argumentos era que seriam necessárias três sessões deliberativas ordinárias do Senado, mas houve duas sessões extraordinárias e apenas uma ordinária.

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As três sessões do Senado ocorreram na quinta-feira passada, para acelerar o cronograma e permitir a votação ainda nesta terça-feira, o que motivou críticas da oposição.

Ao indeferir o pedido de liminar, Barroso fez a ressalva de que "nada na presente decisão importa qualquer juízo de valor sobre o acerto ou o desacerto do conteúdo da PEC que institui o teto dos gastos, questão de natureza política que refoge à alçada desta Corte. Nem, tampouco, impede eventual questionamento de seu mérito caso venha a ser aprovada".

Este foi o terceiro pedido de mandado de segurança contra a PEC que institui o Novo Regime Fiscal dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. Todos foram rejeitados.

O ex-cinegrafista Raphael Duarte Belo, de 41 anos, acusado de ter participado do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio, entregou-se na manhã desta quarta-feira (1°), à polícia. Em carta encaminhada ao perfil Jacarepaguá Notícias RJ, no Facebook, ele nega participação no estupro e pede desculpas por ter feito a foto ao lado da jovem nua.

Na carta, ele disse que foi à boca de fumo no domingo, 22, pedir autorização para realizar uma matinê na Quadra do Francão, local onde ocorrem bailes funks. Estava acompanhado por Raí de Souza, de 22 anos, outro acusado do crime e já preso.

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"Ao chegar a um beco, à direita, estava a casa abandonada, aberta, toda suja, fedendo a fezes e com uma mulher nua", escreveu Belo, que trabalhou na Rede Globo, de onde foi demitido em 2015. Ele hoje é dono de um lava jato.

De acordo com Belo, havia um rapaz no local, conhecido como Jefinho (identificado por Raí de Souza como traficante). Ele teria dito: "Tem uma mulher aí que não quer ir embora, está desde o dia do baile". "Entramos os três. Ela estava deitada, nua, dormindo, muito suja, e com os cabelos embolados. Parecia uma 'cracuda' ou mendiga. O Raí puxou o celular e começou a gravar, ela começou a se mexer e acordar. Aí paramos e fomos embora." O ex-cinegrafista escreveu que "foi mais uma zoação, brincadeira" e que eles não a machucaram.

Raí deu outra versão à polícia. Contou que manteve relações sexuais com a adolescente e teria voltado à favela por estar preocupado com ela. Segundo a sua versão, Jefinho teria feito as imagens e não ele.

Na carta encaminhada ao Jacarepaguá Notícias RJ, Belo relata ainda que, na quarta-feira, 25, ele almoçava na porta de um serralheiro, quando um carro HB20 deixou uma mulher desacordada na calçada. Ele teria comprado garrafa de água e tentado fazer com que a ela despertasse. Moradores teriam dito que a jovem já havia desmaiado outras duas vezes e que seria a mesma pessoa que estava na casa conhecida como "abatedouro".

Belo contou, então, que a deixou descansando em seu carro. Depois, levou-a para seu apartamento onde a deixou dormindo, com a recomendação de que não deixasse a porta aberta para que seus gatos não fugissem.

"Quando voltei da rua um tempo depois, estava tudo vomitado", declarou. "Botei ela para tomar banho. Espremi xampu na cabeça dela, fechei a porta do box e a do banheiro também". Belo disse, no texto, que a jovem tomou banho sozinha.

O acusado voltou a sair do apartamento. E na rua soube que as imagens e o vídeo sobre o estupro tinham sido compartilhados. "Um amigo falou que eu estava em vários sites como bandido e estuprador", disse. "Me deu uma tremedeira. Total desespero."

Ele, então, levou a jovem até a casa da família. Teria conversado com os pais e a avó da menina e pedido desculpas pelas imagens. Ele deixou seu endereço e telefone e contou ter fugido para uma cidade a "2.600 quilômetros do Rio". "Me tornei um monstro", escreveu.

Belo encerrou a carta dizendo que vai se entregar. "Não ia conseguir viver fugindo, ainda mais por algo que não fiz, não transei com ela, não fiz sexo oral com ela", afirmou. A veracidade da carta não foi confirmada pela polícia. O texto foi encaminhado ao portal pela ex-cunhada de Belo, que fotografou a tela do computador e enviou as imagens por WhatsApp.

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