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O presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral da presidência) foram notificados na tarde desta terça-feira, 24, da leitura do parecer da denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa.

O documento foi levado ao Palácio do Planalto pelo deputado Fernando Giacobo (PR-PR), que é primeiro-secretário da Câmara. Giacobo foi ao Planalto assim que a segunda secretária da Casa, Mariana Carvalho (PSDB-RO), leu o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) que pede o arquivamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

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Giacobo teve que aguardar a chegada do subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que assinou a documentação. A notificação do ministro Moreira foi assinada às 15h30, a de Temer e Padilha, às 15h31 e 15h32 respectivamente.

Na saída, Giacobo afirmou que o texto informa que o parecer votado na CCJ deve ser apreciado amanhã no Plenário da Câmara a partir das 9 horas. O deputado disse acreditar que haverá quórum na Casa para iniciar a votação e que, "se Deus quiser", esse capítulo será encerrado amanhã. "Espero que essa seja última (vez que vem notificar o presidente) e que se passe esse capítulo para que a gente possa colocar o Brasil pra frente", disse.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu nesta quinta-feira, 28, em sua residência em Brasília a notificação de seu afastamento do mandato e das restrições de liberdade à noite, impostas pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal. Gravado pelo delator Joesley Batista, o senador foi acusado à Justiça de receber propina de R$ 2 milhões do frigorífico JBS e de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

Ele nega ter cometido crimes. A notificação oficial foi confirmada pelo defensor de Aécio, o criminalista Alberto Toron. Na prática, Aécio agora está oficialmente suspenso e não poderá exercer as funções no Legislativo. Ele já não vinha frequentando o Senado, por orientação da defesa. O tucano preserva, no entanto, o foro privilegiado por prerrogativa de função.

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Um carro oficial do Senado dirigiu-se à residência do senador no Lago Sul, região nobre da capital, pouco depois de o plenário aprovar o regime de urgência para votar a decisão do Supremo e adiar, em acordo entre partidos, a análise para a próxima terça-feira. Os senadores estão dispostos a derrubar as medidas cautelares contra Aécio, mas querem pressionar o Supremo a rever a suspensão e o recolhimento domiciliar noturno por conta própria, evitando outro embate entre Legislativo e Judiciário.

Um oficial de Justiça do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou na noite desta quarta-feira, 27, à Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal para notificar a Casa sobre a decisão da Primeira Turma da Corte que afastou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício das funções parlamentares.

O ofício é assinado pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Marco Aurélio Mello, que votou contra o afastamento do tucano.

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Nesta terça-feira, 26, a Primeira Turma decidiu, por 3 a 2, afastar novamente o senador do exercício das funções parlamentares e colocá-lo em recolhimento domiciliar noturno.

O senador volta a ficar proibido de se ausentar do País e de entrar em contato com qualquer outro investigado no caso J&F. A decisão não cassa seu mandato e, por isso, não retira o foro privilegiado nem sua imunidade parlamentar.

O colegiado negou o pedido de prisão feito pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, em junho, denunciou o tucano pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça.

O presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) foram notificados na tarde desta quarta-feira, 27, da denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que acusa os peemedebistas de obstrução de justiça e organização criminosa.

A notificação foi levada ao Palácio do Planalto pelo primeiro secretário da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), depois de dois adiamentos por conta de problemas operacionais no sistema da Câmara. O deputado levou o documento até a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. A notificação foi assinada pelo subchefe de Assuntos Jurídicos, Gustavo do Vale Rocha, às 15h02.

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"Acho que, quanto mais rápido passar essa questão, melhor para o País", disse Giacobo. "Continuo triste e estou aqui cumprindo meu papel institucional. Espero que isso se resolva e o combate à corrupção continue" afirmou. Ao ser questionado se já sabe como vai votar, Giacobo disse que, na primeira denúncia, por corrupção passiva, votou contra. "Agora vamos avaliar", disse.

Giacobo disse que não tinha embasamento jurídico para dar opinião sobre o desmembramento das denúncias de Temer e dos ministros e afirmou que as defesas serão apresentadas separadamente. "A partir da entrega da última defesa, começa a contar 5 sessões (para a CCJ votar)", reforçou.

O deputado explicou o adiamento da notificação por duas vezes e disse que os problemas técnicos foram causados porque arquivos vieram muito pesados.

A denúncia agora será encaminhada para a CCJ, onde começará a tramitação. Ao deixar a Câmara, Giacobo já havia afirmado que iria cumprir o seu papel constitucional e que agora cada defesa terá o prazo de dez sessões para apresentar seus argumentos.

No Planalto, a expectativa é que a tramitação aconteça de uma forma "natural", sem pressa e nem morosidade. A defesa de Temer, que será separada da dos ministros, deve ser entregue apenas na semana que vem.

Um auxiliar palaciano afirmou que o presidente pediu uma defesa consistente e que o ritmo tem que ser o mais natural possível. Segundo essa fonte, o andamento da denúncia não pode ser devagar demais para não parecer arrogância por parte do presidente e nem acelerado demais a ponto de que alguns o acusem de estar com medo, o que poderia ampliar chantagens de parlamentares.

Defesa

Gustavo do Vale Rocha, que assinou as notificações, terá um papel de advogado informal na defesa do presidente nesta segunda denúncia. Ontem, Temer recebeu no Palácio do Planalto o advogado Eduardo Carnelós, que o defenderá na denúncia por formação de quadrilha e obstrução de Justiça. Carnelós, que substitui o criminalista Antonio Mariz na defesa de Temer, foi indicado pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Na sexta-feira ou no fim de semana, possivelmente, o presidente irá a São Paulo para um novo encontro com o advogado para finalizar a defesa.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quarta-feira (27) que só vai se manifestar sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de seu mandato e determinar seu recolhimento domiciliar noturno depois que o Senado for notificado.

“O Senado precisa ser notificado sobre o teor da decisão tomada pela suprema corte, para saber de que forma o Senado vai agir ou se não vai agir”, disse.

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O julgamento da Corte atendeu a uma medida cautelar pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas de empresários da J&F.

A decisão foi contestada por senadores do PSDB, que defenderam que a questão seja deliberada pelo plenário do Senado. Eunício evitou se manifestar se concorda em incluir o tema na pauta.

Eunício, no entanto, sinalizou que pode tomar providências contrárias à decisão do Supremo se entender que o julgamento não corresponde ao que determina a Constituição Federal. O texto constitucional estabelece que, em caso de prisão de senador, o plenário do Senado deve votar para endossar ou rejeitar a decisão do Supremo.

“A Constituição é bastante clara com relação a mandatos eletivos de deputados e senadores. A Constituição determina o que deve ser feito, não é o presidente do Senado, não é o presidente do Congresso que toma a iniciativa da decisão. Quem tomou a decisão nestes casos foram os constituintes de 88 que colocaram isso com muita clareza na Constituição. Se a Constituição foi ferida na decisão, e cabe ao Senado tomar uma decisão baseada na Constituição, obviamente o Senado tomará as providências”, declarou.

O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), criticou a determinação dos ministros do Supremo e defendeu que a decisão seja revista para que evitar que o caso abra precedentes. Ele destacou que pela Constituição Aécio só poderia ter sua liberdade restringida se tivesse sido flagrado em delito ou crime inafiançável.

“O que o Supremo fez ontem por maioria de votos foi uma interpretação da Lei de Execução Penais, que prevê o albergue domiciliar em determinadas circunstâncias. Mas, pra ter uma pena, é preciso ter uma sentença e o senador Aécio não foi sentenciado, então se fez um ativismo judicial muito forte e é preciso que Constituição seja respeitada para que nós possamos evitar que outros casos semelhantes possam acontecer a partir de precedentes que são abertos”, disse Cunha Lima.

O diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Silva Toledo, entregou, na manhã desta quinta-feira (29), a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados. Toledo protocolou o documento por volta de 9h30 na Secretaria-Geral da Mesa da Casa.

É a primeira vez que um presidente da República, no exercício do cargo, é acusado de crime comum. Nesse caso, segundo a Constituição, o julgamento cabe ao STF, mas o processo só pode ser aberto se houver autorização do Plenário da Câmara dos Deputados – é necessário o apoio de pelo menos dois terços dos parlamentares (342 votos).

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A denúncia deve ser lida ainda hoje em plenário pela deputada Mariana Carvalho, primeira-secretária da Mesa Diretora da Câmara. Depois da leitura em plenário, o presidente Temer deve ser notificado nesta quinta-feira a apresentar sua defesa.

Neste meio tempo, o documento será despachado para a Comissão de Constituição e Justiça, para que analise a denúncia. Na CCJ, Temer terá prazo de dez sessões do Plenário para apresentar sua defesa. Depois disso, ou caso o presidente não se manifeste, a CCJ deverá, no prazo de cinco sessões do Plenário, votar o parecer do relator – que será considerado apenas uma instrução ao Plenário. Independentemente do parecer da CCJ, portanto, o Plenário deverá decidir se autoriza ou não a abertura de processo no STF contra o presidente da República, por crime comum.

Delação

Com base em gravações e em delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista – donos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e outras empresas –, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer ao STF por crime de corrupção passiva.

Em pronunciamento, Temer afirmou que a peça carece de fundamento jurídico e que sofre um ataque “injurioso, indigno e infamante” à sua dignidade pessoal.

*Das Agências Brasil e Câmara

Presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA), o advogado Antônio Campos encaminhou uma notificação ao governador Paulo Câmara e ao PSB solicitando a “cessação imediata” do uso da imagem e do nome do ex-governador Miguel Arraes nas propagandas do partido e da gestão estadual. No texto, o ex-pessebista diz que o IMA é responsável pela preservação da “imagem, história e coerência” política de Arraes e não autorizou a veiculação. 

Como argumento, Antônio diz que o avô dele é citado nas inserções do PSB que estão no ar na televisão “dentro de um contexto de continuidade política e não uma citação como homem público, que pertence a todos os pernambucanos, não se enxergando legitimidade para tanto”.  

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“É de se relembrar e registrar, ainda, que forças expressivas e preferenciais do seu governo [Paulo Câmara], foram as forças que mais agrediram política e moralmente a figura pública de Miguel Arraes de Alencar, que não passou as mãos nas cabeças dos seus adversários agressores, forças essas é que deveriam estar em sua propaganda partidária”, destaca o presidente do Instituto na notificação. 

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Veja a notificação na íntegra:

Recife, 30 de maio de 2017

Exmo Sr. Governador do Estado de Pernambuco

Paulo Câmara 

Referência: Notificação para cessação imediata do uso da imagem e nome do ex-governador Miguel Arraes dentro do conceito de continuidade/pertencimento 

O Instituto Miguel Arraes – IMA, detentor do acervo, imagem e o nome de Miguel Arraes, cedidos no inventário ao Instituto, devidamente registrados no INPI, inclusive como marcas, sendo uma das suas missões a de preservar sua imagem, história e coerência política, vem notificar Vossa Exa. e o PSB do Estado de Pernambuco para fazer cessar a utilização do nome e imagem do ex-governador Miguel Arraes, na propaganda partidária do PSB, que está sendo veiculada na televisão, que é citado dentro de um contexto de continuidade política e não uma citação como homem público, que pertence a todos os pernambucanos, não se enxergando legitimidade para tanto, nem houve prévia autorização para a utilização da imagem do ex-governador Miguel Arraes. 

É de se relembrar e registrar, ainda, que forças expressivas e preferenciais do seu governo, foram as forças que mais agrediram política e moralmente a figura pública de Miguel Arraes de Alencar, que não passou as mãos nas cabeças dos seus adversários agressores, forças essas é que deveriam estar em sua propaganda partidária. 

Cordialmente,

Instituto Miguel Arraes – IMA

Antônio Campos

Presidente do Conselho Deliberativo

O presidente Michel Temer (PMDB) parece estar bem descontente com a utilização de sua imagem para publicação de memes. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, segundo o IG, está notificando páginas de humor na internet que estão utilizando imagens dos meios oficiais de comunicação do governo peemedebista. 

Segundo a reportagem do IG, esses sites receberam e-mails alertando que “todas as fotografias estão liberadas para uso jornalístico e divulgação das ações governamentais”, se referindo às fotos oficiais. No entanto, a secretaria ressaltou que “é necessária autorização prévia da Secretaria de Imprensa da Presidência da República para outras finalidades”. 

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A Secretaria de Comunicação Social teria confirmado o envio do email, mas declarou por meio de nota que “não há tentativa de censura a nenhum veículo de comunicação” e que “o e-mail visa facilitar o uso, desde que citado o crédito de autoria, de imagens oficiais do presidente da República”, justificou.

O site do Partido dos Trabalhadores publicou reportagem criticando o veto e destacou que o partido coleciona diversas imagens do peemedebista no Flickr. “O Partido dos Trabalhadores coleciona imagens do presidente golpista desde que ele chegou ao poder por meio de um golpe. O uso é liberado, inclusive para memes”, diz uma parte da matéria. 

O prefeito de Nova Floresta, no Agreste da Paraíba, Jarson Santos (PSB) foi notificado pelo Ministério Público do estado pela prática de nepotismo na administração pública e terá que exonerar a sogra do cargo de Chefe de Gabinete em até 10 dias. A determinação foi expedida pelo promotor de Justiça Eduardo de Freitas Torres. Para ele, Marta Lúcia dos Santos Andrade, que é mãe da esposa do pessebista, não pode ocupar o posto por ser considerada parente de 1º grau. 

“Chefe de Gabinete não é um cargo de natureza política, então o prefeito não pode nomear parentes de até 3º grau. A presença da sogra dele no cargo é uma situação que configura uma prática de nepotismo”, afirmou o promotor em conversa com o LeiaJá. “A prática do nepotismo é contrária aos princípios da moralidade, da impessoalidade, da isonomia e da eficiência não só no âmbito do Poder Judiciário, mas de toda a administração pública”, acrescentou.

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De acordo com o promotor, caso o prefeito não cumpra a recomendação será analisada a possibilidade do MPPB ingressar com uma ação judicial contra ele por improbidade administrativa.

Procurado pelo LeiaJá, o prefeito de Nova Floresta disse que vai cumprir a determinação e a exoneração da sogra deve ser publicada no Diário Oficial da cidade até a próxima sexta-feira (31).

“Os cargos de tesoureiro e chefe de gabinete têm o status de secretário, por isso nomeamos ela, mas o Ministério Público entendeu que era nepotismo e vamos cumprir o que a lei determina. É mais fácil fazer exoneração e cumprir a lei”, disse o pessebista. Indagado se iria nomear Marta Lúcia para outro posto na prefeitura de natureza política, ele disse que vai “fazer um estudo das necessidades da gestão”. 

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados foi notificada para que se manifeste sobre mandado de segurança, proposto pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), questionando a eventual candidatura à reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A notificação foi entregue nessa quinta-feira (19), em cumprimento a uma determinação da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia. A eleição para a nova Mesa Diretora está marcada para o dia 2 de fevereiro.

O mandado de segurança pede que a postulação de Maia seja proibida ou que seja suspensa a posse do democrata, caso seja eleito antes do pronunciamento do Plenário da Corte. O pedido é com base nos artigos da Constituição Federal e o Regimento Interno da Casa que proíbem reeleição de membros da Mesa Diretora para o mesmo cargo dentro da mesma legislatura.

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“Não há dúvida de que o deputado eleito para complementar o mandato de presidente está sujeito às mesmas condições e restrições do seu antecessor. Não se trata de um mandato à parte ou de outra natureza, mas sim do mesmo mandado, fruto de eleição para presidente da Câmara dos Deputados, por tempo inferior. É importante que se diga que a Constituição Federal é enfática ao vedar hipótese de reeleição dos membros da Mesa para os mesmos cargos na mesma legislatura”, diz o documento assinado por Figueiredo.

Rodrigo Maia ainda não oficializou a disputa pela reeleição, mas tem feito campanha pelo país. Inclusive, esteve em Pernambuco para um encontro com parlamentares do estado. Em sua defesa, Maia tem declarado que seu mandato é suplementar, ou seja, ele não foi eleito para dois anos como estabelece a Constituição. Segundo ele, do ponto de vista jurídico, não há vedação para sua candidatura.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) realizará inscrições a partir da próxima segunda-feira (16) para seleção externa simplificada. O objetivo é contratar temporariamente (período de um ano, prorrogável por até mais dois) um auxiliar de pesquisa para trabalhar na execução de convênio para Análise dos fatores associados a subnotificação dos casos de Dengue. A remuneração, segundo o edital, será a "média do mercado" para o cargo.

Para realização da inscrição, o candidato deverá encaminhar currículo pelo e-mail marta.bezerra@imip.org.br ou entregar a ficha de inscrição que consta nos anexos do edital na Coordenação de Contratos e Convênios, localizada na Rua dos Coelhos, 300 – Boa vista – Recife/PE, no 1º andar do Centro Administrativo Orlando Onofre. 

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A seleção será por meio de avaliação curricular que classificará os candidatos com experiência em construção de banco de dados na área de pesquisa relacionada à saúde, nível superior completo ou em andamento. Em caso de empate, os critérios de desempate serão maior tempo de experiência na área e maior idade. O resultado será divulgado no site do IMIP

Confira aqui o edital da seleção.

A Receita Federal investiga escritórios de advocacia que oferecem a clientes o uso de títulos públicos para abatimento da dívida tributária. A prática é vedada por lei, mas tem sido utilizada para reduzir o débito de empresas com o Fisco. O órgão já notificou cerca de 10 mil contribuintes, que respondem por R$ 4 bilhões em débitos sonegados.

"A fraude tem origem, núcleo nesses escritórios", afirmou o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso. Segundo ele, é comum que esses escritórios contatem os contribuintes oferecendo a suposta vantagem, conseguindo aval para atuarem em seu nome junto à Receita mediante procuração.

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"Estamos notificando as empresas e dando prazo para que voltem à situação original, seria situação de autorregularização. Se ela não se autorregularizar, aí sim faremos lançamento de ofício, aplicação de multas e apresentação de representação fiscal para fins penais", explicou o subsecretário.

As multas podem ir de 75% a 225% do débito sonegado. "Não existe chancela do Tesouro para isso, esses escritórios preparam conjunto de documentos para aplicar golpes em contribuintes", disse Occaso.

Segundo a Receita, a fraude é registrada tanto em empresas optantes quanto não optantes do Simples Nacional. Os escritórios que praticam a fraude também serão alvo de investigação, em parceria com o Ministério Público. Há grupos já identificados que operam nos Estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Espírito Santo.

A Receita Federal notificou o Instituto Lula nesta terça-feira, 30, para apresentar esclarecimentos no âmbito de uma ação de fiscalização por suposto "desvio de finalidade". A Receita suspendeu a isenção tributária do Instituto de 2011.

Dois auditores fiscais entregaram a notificação.

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Em nota, o Instituto destacou que "age dentro da lei e todos os questionamentos serão esclarecidos". "Não temos nada a esconder e sempre colaboramos com a fiscalização", ressaltou o Instituto, que é alvo da Operação Lava Jato, juntamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - indiciado na sexta-feira, 26, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Na segunda-feira, 29, o jornal Folha de S.Paulo e a TV Globo divulgaram que o Instituto Lula deverá recolher entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões - valor referente ao período de 2011 e 2014.

O Instituto teria repassado R$ 1,3 milhão para a empresa G4 Entretenimento, cujos sócios são Fábio Luís, filho de Lula, e Fernando Bittar, proprietário formal do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) - alvo da Lava Jato que suspeita ser do ex-presidente a propriedade rural, o que é negado com veemência pela defesa do petista.

Defesa

"O Instituto Lula foi notificado, nesta terça (30), a apresentar esclarecimentos no âmbito de uma ação de fiscalização iniciada em 2015. O que deveria ser um procedimento rotineiro - e resguardado pelo sigilo fiscal - transformou-se em mais um episódio de violência contra o ex-presidente Lula, pois uma equipe da Rede Globo chegou a sede do Instituto a tempo de registrar a ação dos auditores, da qual já tinham conhecimento", diz a entidade por meio a nota.

"Em menos de 48 horas, foi o segundo vazamento para a imprensa de procedimentos sigilosos da Receita Federal do Brasil. Na segunda-feira, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem sobre supostas multas que estariam prestes a ser aplicadas ao Instituto Lula - o que não corresponde ao teor da notificação recebida hoje. Vazamentos sobre o procedimento da Receita vêm sendo publicados desde dezembro do ano passado", continua o texto.

"O Instituto Lula age dentro da lei e todos os questionamentos serão esclarecidos. Não temos nada a esconder e sempre colaboramos com a fiscalização. É imprescindível que a Secretaria da Receita Federal do Brasil apure e puna os responsáveis por sistemáticas violações do sigilo fiscal da instituição. O desrespeito a essa garantia constitucional é uma ameaça a cada cidadão e uma ofensa ao estado de direito democrático", finaliza a nota.

Dez anos após a criação da Lei Maria da Penha, comemorados neste domingo, 7, delegacias da mulher ainda colocam a palavra da vítima em dúvida, se negam a registrar boletins de ocorrência e demoram até quatro meses para solicitar medidas protetivas para mulheres em risco. A desvalorização do relato daquelas que sofrem violência doméstica é feita também por policiais militares, advogados, promotores e juízes.

Camila, Maria, Fernanda e Solange são algumas das brasileiras que enfrentaram dificuldades ao buscar amparo de órgãos públicos mesmo após o surgimento da legislação criada justamente para protegê-las. "Da primeira vez que procurei a delegacia da mulher, em junho de 2014, já machucada, tudo que encontrei foram conselhos maternais e resistência para o registro do boletim de ocorrência. Disseram que eu ia prejudicar meu companheiro, que ele era trabalhador.

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Saí de lá sem BO e me sentindo envergonhada", conta a jornalista Camila Caringe, de 29 anos.

Após sofrer agressões físicas e verbais por dez meses, ela decidiu sair de casa, mas o ex-companheiro continuou a persegui-la e a ameaçá-la. "Resolvi voltar para a delegacia da mulher e novamente não queriam registrar a ocorrência. Bati o pé e disse que de lá não saía sem o meu BO e uma medida protetiva", conta. Foi então que Camila conseguiu o auxílio que procurava, quase um ano após buscar ajuda pela primeira vez.

A faxineira Maria dos Santos, de 57 anos, também precisou aguentar inúmeros atos de violência até conseguir afastar o agressor, por meio de uma medida protetiva. Em 2011, ela e as duas filhas passaram a ser vítimas de murros, socos e chutes do filho mais velho. "Cansei de ligar para o 190, os policiais vinham e falavam que não podiam fazer nada, que não podiam prendê-lo porque ele não tinha me matado nem feito nada tão grave. Em 2012, comecei a ficar com muito medo e procurei a delegacia da mulher. Fiz o BO, pedi para tirarem ele de casa, mas nada aconteceu", diz.

Quatro meses depois, a faxineira foi espancada pelo filho. "Fiquei desesperada, cheguei chorando na delegacia e só então fizeram alguma coisa. No dia seguinte, veio um policial em casa para tirá-lo de lá."

Desfecho trágico

A falha na ação do Estado teve consequência ainda mais grave para a enfermeira Fernanda Sante Limeira, de 35 anos. Ameaçada pelo ex-marido desde que terminou o relacionamento, há seis anos, ela teve dois pedidos de medida protetiva contra ele negados pela Justiça.

No dia 22 de julho, foi morta pelo ex-companheiro com um tiro quando chegava ao trabalho. "Ela ia nos tribunais e ninguém ajudava, ninguém acreditava. Ela ficou apavorada, ia mudar de cidade, mas não deu tempo, coitadinha", diz Rosaria Lucia Sante, de 61 anos, mãe de Fernanda.

Nas análises judiciais dos dois pedidos de medida protetiva, os magistrados alegaram "fragilidade dos elementos probatórios" que justificassem a medida. Argumentaram que não havia depoimentos de testemunhas que comprovassem as ameaças relatadas por Fernanda. Mais uma vez, a palavra da vítima foi minimizada.

A atendente Solange Revorêdo, de 46 anos, foi agredida pelo marido, um policial militar, desde a primeira semana de casada. Ela só conseguiu denunciá-lo quando fugiu de casa, após 17 anos de agressões. Antes, já havia tentado por duas vezes registrar queixa na polícia. "Chegava na delegacia e me reconheciam, sabiam que meu marido era PM. Lá, me convenciam a não denunciar. Eu desisti e, ao chegar em casa, apanhei de novo, porque ele sabia que eu tinha tentado prestar queixa."

Rota crítica

Para a promotora Silvia Chakian, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), é "inadmissível" que, após dez anos de Lei Maria da Penha, os agentes públicos que atendem as vítimas não tenham capacitação adequada sobre a violência de gênero. "É o que chamamos de rota crítica: a mulher tem de convencer todos os agentes que, em tese, deveriam acolhê-la. Nesse momento, é crucial que ela seja bem atendida, para que não desista de denunciar."

Viviane Girardi, diretora da Associação de Advogados de São Paulo (AASP) e advogada na área de família, diz que os agentes públicos reproduzem uma cultura machista na qual a violência não é repudiada, mas justificada. "Muitas vezes a mulher vai denunciar a agressão e volta se sentindo culpada e em dúvida porque ouve perguntas sobre o que ela teria feito ao marido, por que só agora foi denunciar e até argumentos de que ele é um bom pai e ela iria prejudicá-lo."

Para Fátima Pelaes, secretária de Políticas para as Mulheres, a aposta do governo federal para melhorar a aplicação da lei é ampliar a rede de atendimento especializada e a capacitação dos profissionais, além de trabalhar na prevenção da violência doméstica. "É preciso trabalhar nas escolas e nos órgãos públicos a desconstrução do mito de que o homem é superior à mulher", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dilma Rousseff recebeu a intimação de seu afastamento da Presidência, decidido na manhã desta quinta-feira pelo Senado, das mãos do senador Vicentinho Alves (PR-TO), primeiro-secretário da Casa. Com isso ela fica afastada do cargo por até 180 dias, até que o Senado decida seu julgamento.

Vicentinho segue agora para o Palácio do Jaburu, onde entregará a notificação ao vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que assumirá interinamente a Presidência da República.

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Dilma deve fazer um pronunciamento no Palácio do Planalto, acompanhada de seus ministros, ainda nesta manhã.

A presidenta Dilma Rousseff foi notificada na noite desta quinta-feira (17) sobre a eleição da comissão especial destinada a apurar o pedido de impeachment acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no dia 2 de dezembro do ano passado.

O primeiro-secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP), entregou o aviso acompanhado da mensagem de Cunha ao subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência da República, Danilo Gennari de Souza, às 18h05.

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Após o recebimento do aviso, inicia-se o prazo de dez sessões ordinárias da Câmara para que a presidenta apresente a sua defesa por escrito. Segundo a mensagem recebida, o período de defesa começa a contar a partir de amanhã (18), “findando o prazo às 19h do dia em que ocorrer a décima sessão.”

A comissão - que tem como objetivo emitir um parecer sobre a denúncia de crime de responsabilidade formulada contra a presidenta pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal-, foi aprovada nesta tarde por 433 votos favoráveis e um contrário à chapa com os 65 nomes titulares e os respectivos suplentes indicados pelos líderes partidários.

Logo após ser notificado do seguimento do processo de quebra de decoro parlamentar que corre contra ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) recurso contra a aprovação do parecer do relator da ação, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), pela admissibilidade da ação no colegiado.

No documento de 54 páginas, Cunha pede a suspensão da tramitação do processo. Ele também faz outros 11 pedidos. O peemedebista requer, por exemplo, que sejam anulados o sorteio pelo qual escolheu-se o relator e a tramitação da ação porque os votos em separado de dois integrantes de sua tropa de choque não foram considerados.

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Cunha pede também que seja reconhecido o cerceamento de sua defesa, que o presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), seja afastado até que duas questões de ordem apresentadas por aliados dele sejam respondidas. Ele também pede que o voto de Araújo, que desempatou a votação da admissibilidade do processo, seja considerado branco. Por fim, Cunha pede que seja reconhecido o impedimento de Araújo e a consequente anulação de todo os seus atos.

No recurso, Cunha acusa "fraude regimental" no parecer aprovado no início de março. Para a defesa do presidente da Câmara, o relator não acatou verdadeiramente solicitação do deputado Paulo Azi (DEM-BA), que, para votar a favor do parecer, cobrou um abrandamento do texto.

"O ânimo indiscutível do parecer preliminar em submeter o representado (Cunha) ao constrangimento ilegal de um processo cujo resultado regimentalmente previsto é a perda do mando ficou ainda mais claro com a fraude regimental perpetrada quanto aos termos em que declarada a admissibilidade da representação", diz a justificativa do recurso.

Pela alteração promovida por Marcos Rogério, apesar da flexibilização do texto, novos elementos podem ser trazidos ao conselho, e a cassação do peemedebista pode tornar a ser considerada. Cunha argumenta que, "em absolutamente nenhum momento", foi feita ressalva quanto à possibilidade de se reapreciar uma eventual cassação.

"Cuida-se, portanto, de lamentável episódio de tentativa de alterar a deliberação do colegiado, inclusive a própria proclamação do resultado pelo presidente do Conselho de Ética, a configurar, a princípio, até mesmo ato incompatível com o decoro parlamentar", diz a defesa.

A apreciação do recurso só será possível quando a CCJ voltar a funcionar. Todas as comissões da Câmara estão paradas a espera de que o Supremo Tribunal Federal (STF) responda a embargos de declaração apresentados por Cunha para que se esclareça o rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Notificação

Eduardo Cunha foi notificado na tarde desta segunda-feira, 7, sobre o andamento do processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. Na quinta-feira passada, foi feita a primeira das três tentativas regimentais de notificação, mas o servidor da Câmara foi informado que o peemedebista estava em reunião e que não poderia receber o documento. Sem alarde, às 15h28, o peemedebista recebeu o funcionário do conselho.

O Ministério do Turismo acatou um pedido da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e deu um prazo de 90 dias para a Azul Linhas Aéreas regularizar sua situação no Cadastur, o cadastro de pessoas e empresas que prestam serviço no setor de turismo. A acusação da Braztoa é que a agência de turismo do grupo, a Azul Viagens, é uma filial da companhia aérea e não uma empresa independente, o que seria irregular. Além do Ministério do Turismo, a associação também representou a Azul no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A briga da Braztoa contra a Azul começou em outubro passado, após receber denúncias dos associados de que a Azul estava oferecendo tarifas reduzidas a sua agência de viagens. "A empresa aérea é uma concessão. Ela não pode privilegiar uma companhia do grupo em detrimento das demais empresas do mercado", disse a CEO da Braztoa, Monica Sâmia.

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No Brasil, além da Azul, a TAM também tem uma agência de viagens própria. Segundo Monica, as denúncias dos associados da Braztoa se referem apenas as operações da Azul.

Em comunicado, a Azul disse que "não foi notificada pelo Ministério do Turismo e não vai comentar o assunto neste momento". O Ministério do Turismo disse, em nota, que notificou a empresa na quarta-feira e que ela tem um prazo de 90 dias para se regularizar.

Outros processos

A Anac tomou decisão contrária à Braztoa em 5 de janeiro e indeferiu o seu pedido. A agência não justificou a decisão e disse, em nota, que o processo está em sigilo.

Em comunicado divulgado na ocasião, a Azul disse que "a decisão da Anac reforça os princípios de liberdade tarifária e de oferta, que garantem às empresas de transporte aéreo autonomia no estabelecimento de suas tarifas". A Braztoa recorreu da decisão da Anac.

O Cade informou que instaurou um procedimento preparatório para verificar a denúncia de infração à ordem econômica, mas não há prazo para conclusão da análise.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado na manhã desta terça-feira (16) para se manifestar a respeito do pedido de afastamento do cargo de deputado federal e, consequentemente, das funções na presidência da Casa apresentado no fim do ano passado pela Procuradoria-Geral da República. A partir de agora, o peemedebista tem dez dias para apresentar sua defesa.

O pedido foi protocolado em 16 de dezembro no gabinete do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, e deve ser analisado em plenário pelos 11 ministros do tribunal.

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No pedido, de 183 páginas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lista vários eventos que indicam "crimes de natureza grave", com o uso do cargo a favor do deputado, integração de organização criminosa e tentativa de obstrução de investigações criminais. Cunha é suspeito, por exemplo, de apresentar emendas em onze medidas provisórias de interesse de empreiteiras e bancos, de ameaçar o relator do Conselho de Ética que o investiga e de usar a CPI da Petrobras para "constranger e intimidar testemunhas" de supostos crimes de corrupção cometidos por ele.

"Eduardo Cunha tem adotado, há muito, posicionamentos absolutamente incompatíveis com o devido processo legal, valendo-se de sua prerrogativa de presidente da Câmara dos Deputados unicamente com o propósito de autoproteção mediante ações espúrias para evitar a apuração de sua conduta, tanto na esfera penal como na esfera política", escreveu Janot na peça.

O procurador-geral afirma que o objetivo da medida é garantir a ordem pública para evitar nova prática de crimes e manter o "regular andamento" da investigação. Janot diz que o afastamento não é a medida mais drástica que poderia ser tomada - mais grave seria um pedido de prisão preventiva que, segundo Janot, foi descartada em "um primeiro momento".

Segundo a Procuradoria, as ações de Cunha para interferir na investigação e no processo de apuração interna no Conselho de Ética da Casa são "evidentes e incontestáveis".

Neste ano, uma nova manobra foi adotada no Conselho de Ética para beneficiar o deputado peemedebista. Aliado de Cunha, o líder do PTB na Casa, Jovair Arantes (GO), indicou o deputado Nilton Capixaba (RO) para a vaga a que o partido tem, após Arnaldo Faria de Sá (SP) renunciar ao posto. A substituição favorece Cunha, que é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado.

Arnaldo Faria de Sá, que deixou o conselho, já tinha declarado voto pela cassação do mandato de Cunha, enquanto Nilton Capixaba tende a seguir orientação do líder de seu partido e votar contra a perda de mandato do peemedebista. Em troca, Faria de Sá ganhou a promessa de ser indicado para a presidência da comissão de Seguridade Social.

Capixaba já foi alvo de processo no Conselho de Ética em 2006, por acusação de envolvimento com o caso da "máfia dos sanguessugas", escândalo de compra de ambulâncias superfaturadas com emendas parlamentares. O processo, contudo, não teve continuidade, porque a legislatura terminou e o deputado não foi reeleito. Cunha não se manifestou sobre a notificação da Justiça.

A presidente Dilma Rousseff foi notificada na tarde desta quinta-feira, 4, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apresentar sua defesa na ação proposta pelo PSDB pedindo a cassação da chapa presidencial que venceu as eleições de 2014. Na terça-feira, 2, o vice-presidente Michel Temer, que integrava a chapa com Dilma, já havia sido notificado.

Na ação, os tucanos alegaram que a presidente Dilma Rousseff fez propaganda eleitoral durante bate-papo realizado na internet quando falou sobre o Programa Mais Médicos, usando estrutura pública em período da campanha.

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A informação sobre a ação foi entregue à Assessoria Jurídica do Planalto, que a levou para a presidente Dilma assinar pessoalmente o seu recebimento. O advogado da campanha, Flávio Caetano, será o responsável pela preparação da defesa da presidente.

Dilma e Temer são alvo de três ações no TSE: uma prestação de contas, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo.

Nesta quinta-feira, a notificação foi apenas do pedido de impugnação de mandato eletivo. A ministra Maria Thereza Moura, do TSE, é a relatora do processo.

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