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Um dos chefes da Casa Militar do Palácio do Bandeirantes, o tenente-coronel da PM Marcelo Tasso, e outros três policiais militares estão sendo investigados sob a suspeita de escolta de 78 quilos de ouro extraídos ilegalmente. O carregamento foi apreendido. Os policiais alegam que a operação era legal.

A Casa Militar é órgão do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Seu comandante é responsável ainda pela Defesa Civil do Estado e pela segurança do governador, Rodrigo Garcia (PSDB). A detenção dos policiais aconteceu - segundo documento sigiloso da Polícia Militar - às 15h desta quarta-feira, 4, no quilômetro 74 da Rodovia Castello Branco, na cidade de Sorocaba, na pista no sentido São Paulo.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que foi registrado um boletim de ocorrência de averiguação de extração irregular de minério. Segundo a pasta, o tenente-coronel Marcelo Tasso está afastado do trabalho desde dezembro. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha a investigação.

Um cabo e dois soldados da 1.ª Companhia do 5.º Batalhão de Polícia Rodoviária da PM pararam dois carros. O primeiro era um Toyota Corolla dirigido pelo motorista Wilson Roberto de Lucca. Nele estavam ainda o tenente-coronel e o terceiro-sargento da reserva da PM Marcelo Dantas, que trabalhou no 9.º Batalhão da PM. No segundo carro - também um Corolla - estavam o motorista Marcos Pereira dos Santos, o primeiro-sargento Gildsmar Canuto (da Casa Militar) e o soldado da PM Douglas Cristiano Burin, do 33.º Batalhão da PM.

Os PMs revistaram os dois veículos e encontraram 78 quilos de ouro. O metal estava em duas malas encontradas no Toyota dirigido por Santos e em uma mala no porta-malas do carro dirigido por Lucca, onde estava o tenente-coronel. Os policiais rodoviários levaram todos os detidos e o metal para a delegacia da PF de Sorocaba, que está tratando do caso.

Os policiais abordados disseram que tinham documentos que constatavam a legalidade do ouro, mas a Polícia Federal decidiu apreender todo o material para verificar a origem. O material foi encaminhado para realização de perícia em laboratório específico da corporação. A PF estima o valor da apreensão em R$ 23 milhões.

Além das três malas em que as barras de ouro estavam acondicionadas, os agentes da PF encontraram em um dos carros uma mochila com documentos diversos. Os papéis, que serão posteriormente analisados, indicam que o ouro seria oriundo de Mato Grosso e do Pará.

Os federais apreenderam ainda um avião - King Air - que teria feito o transporte do metal até Sorocaba antes de ele ser colocado nos dois carros interceptados na estrada. A corporação diz que a aeronave é objeto de sequestro criminal em outro inquérito. Assim, os investigadores também vão apurar as "circunstâncias da utilização proibida" do avião. Foram também apreendidos os celulares dos policiais e dos motoristas.

Até a noite desta quarta-feira, os federais estavam ouvindo os detidos, seis pessoas ao todo. Segundo a PF, o inquérito apura possível prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação dolosa. O Estadão não conseguiu localizar a defesa dos policiais. O espaço está aberto para manifestações.

Doze mulheres que trabalhavam em uma mina de ouro ilegal na província indonésia de Sumatra Setentrional morreram em um deslizamento de terra, informou a polícia local.

O acidente aconteceu na quinta-feira (28) na localidade de Bandar Limabung e matou 12 mulheres com idades entre 30 e 55 anos. Elas procuravam ouro em uma mina ilegal abandonada.

"O penhasco ao redor da mina desabou e sepultou as 12 mulheres, matando todas", declarou o chefe da polícia local, Marlon Rajagukguk. Ele disse que as vítimas não eram profissionais do setor de mineração.

Duas mulheres que trabalharam com as vítimas conseguiram sobreviver à catástrofe. Elas informaram as autoridades sobre o acidente.

As equipes de emergência demoraram horas a encontrar os corpos das vítimas, que estavam em um buraco de dois metros de profundidade repleto de lama.

"Todos os corpos das vítimas foram entregues às famílias", disse o policial.

O país rico em metais preciosos tem muitas minas artesanais. Os moradores procuram vestígios de ouro, sem o equipamento adequado, em locais abandonados.

Os acidentes em minas são frequentes no arquipélago devido aos deslizamentos de terra, especialmente durante a época das monções.

A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta quinta-feira (24) convite ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, para explicar as acusações de que ele estaria envolvido em esquema irregular de distribuição de verbas da pasta a pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro. A audiência para ouvir o ministro será na quinta-feira (31). Os senadores ainda aprovaram requerimento pedindo o comparecimento dos demais atores envolvidos nas denúncias, como o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Márcio Lopes da Ponte; os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura; além de prefeitos que relataram o esquema.

Inicialmente os requerimentos (REQ 9/2022 e REQ 12/2022) apresentados pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jean Paul Prates (PT-RN) sugeriam a convocação do ministro, no entanto, como o gestor manifestou ao presidente da comissão, Marcelo Castro (MDB-PI), disponibilidade em comparecer ao colegiado, o chamamento foi convertido em convite.

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Os senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO) também estiveram com o ministro. Segundo eles, Milton Ribeiro manifestou desimpedimento para esclarecer os fatos.

"O ministro já se colocou a disposição. Será muito importante ouvir o ministro acerca desses assuntos aqui", disse Vanderlan.

Para Randolfe, os fatos que envolvem o ministro são “graves” e precisam ser apurados com urgência.

"As denúncias dão conta de crime, de tráfico de influência e de corrupção passiva, no mínimo. As denúncias mais recentes chegam ao ponto de indicar o pagamento de propina com barras de ouro que totalizaria R$ 300 mil a título de liberação de recursos. Os depoimentos e falas mais recentes do ministro da Educação inclusive não negam os fatos. Então, pela gravidade desses acontecimentos, se faz urgente que se ouça não só o ministro da Educação (...), se ouçam todas as pessoas envolvidas", afirmou.

As denúncias sobre o possível esquema no Ministério da Educação veio à tona após a divulgação de um áudio, pelo jornal Folha de São Paulo, em que Milton Ribeiro relata um “pedido especial” do presidente Jair Bolsonaro para priorizar liberação de verbas a aliados dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

De acordo com os relatos publicados na imprensa, os pastores são apontados como lobistas que atuavam no MEC para ajudar prefeitos a conseguir liberação de recursos públicos, em troca do pagamento de dinheiro. O esquema destinaria recursos do ministério para obras e compras de equipamentos escolares em cidades indicadas pelos pastores. O Procurador Geral da República, Augusto Aras, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue a atuação dos pastores.

Pastores e prefeitos

O senador Randolfe Rodrigues ainda apresentou um requerimento (REQ 11/2022), que foi votado como item extrapauta, para que os demais envolvidos nas denúncias possam ser ouvidos pela comissão. Os senadores aprovaram o chamamento do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Márcio Lopes da Ponte; os pastores, Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura; além dos prefeitos Calvet Filho (Rosário-MA), Helder Aragão (Anajatuba-MA), Junior Garimpeiro (Centro Novo-MA), Marlene Miranda (Bom Lugar-MA) e Kelton Pinheiro (Bonfinópolis-GO). Os depoimentos serão agendados somente após a audiência com o ministro.

"De igual sorte, assim como os acontecimentos que envolvem o ministro da Educação necessitam o imediato esclarecimento da sua excelência no Plenário desta comissão, seria de bom tom ouvirmos as demais pessoas envolvidas nesse episódio", defendeu Randolfe durante a discussão.

Wellington Fagundes também considerou importante ouvir os nomes aprovados para que os fatos sejam esclarecidos.  

"Quanto mais claro pudermos deixar esse assunto, principalmente para nós que trabalhamos na Comissão de Orçamento", melhor.

*Da Agência Senado

Um dos pastores que controlam um gabinete paralelo no Ministério da Educação pediu pagamentos em dinheiro e até em ouro em troca de conseguir a liberação de recursos para construção de escolas e creches, disse ao Estadão/Broadcast o prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB). Segundo o prefeito, o pastor Arilton Moura solicitou R$ 15 mil antecipados para protocolar demandas da prefeitura e mais um quilo de ouro após a liberação dos recursos.

"Ele (Arilton) disse: ‘Traz um quilo de ouro para mim’. Eu fiquei calado. Não disse nem que sim nem que não", afirmou Braga, que diz não ter aceitado a proposta.

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O prefeito afirmou que a conversa ocorreu em abril de 2021 durante almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília, logo após uma reunião com o ministro Milton Ribeiro no Ministério da Educação. A reunião no MEC, fora da agenda oficial do ministro, foi uma das diversas solicitadas pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos.

"Ele disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar (a demanda no MEC). E, na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto, X. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro", afirmou Braga ao Estadão/Broadcast. Na cotação desta terça-feira, 22, um quilo de ouro valia R$ 304 mil.

"Ele (Arilton) falou, era um papo muito aberto. O negócio estava tão normal lá que ele não pediu segredo, ele falou no meio de todo mundo. Inclusive, tinha outros prefeitos do Pará. Ele disse: ‘Olha, para esse daqui eu já mandei tantos milhões, para outro, tantos milhões’", declarou, se referindo a verbas do MEC. "Assim mesmo eu permaneci calado, não aceitei a proposta", disse o prefeito. Braga afirmou que até hoje não recebeu os recursos que solicitou no MEC.

DEMANDAS

Também nesse encontro, segundo o Estadão/Broadcast apurou, o pastor repassou o número da sua conta-corrente para que prefeitos anotassem e pudessem fazer os repasses da taxa de R$ 15 mil, apenas para dar entrada nas demandas ao ministério. Um dos presentes relatou que, após deixar "as demandas na mão" de Arilton, recebeu a conta do pastor para que o dinheiro fosse transferido. Como não efetuou a transferência, o pedido "não foi protocolado".

No encontro que antecedeu o almoço, o ministro teria afirmado que havia muitos recursos no MEC e estimulou prefeitos a buscarem verbas para seus municípios.

PROVA

Um vídeo postado no perfil da prefeitura de Luís Domingues no Instagram comprova que Braga esteve em Brasília e se reuniu com Ribeiro em abril de 2021. "O prefeito Gilberto Braga está nesse (sic) momento em Brasília na reunião dos prefeitos maranhenses com ministro da Educação, Milton Ribeiro, senador Roberto Rocha e a equipe do MEC", diz trecho da legenda do vídeo.

O Estadão/Broadcast revelou com fotos, vídeos e documentos públicos que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura têm livre acesso ao gabinete do ministro Milton Ribeiro e participaram de 22 reuniões no MEC.

A reportagem procurou os pastores para questionar sobre o relato de pedido de pagamento. Arilton não quis se manifestar. "Não, não vou comentar", disse. Gilmar Santos não atendeu. O jornal não conseguiu contato com o MEC. Em conversas anteriores com o Estadão/Broadcast, os pastores confirmaram que usaram a relação com Ribeiro para abrir as portas do MEC aos prefeitos. E negaram ter pedido contrapartida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou o pedido de propina em ouro pelos pastores do gabinete paralelo do MEC, revelado pelo Estadão. Ele chamou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, de "pessoa honesta" e declarou que não vê problemas em o líder da Esplanada seguir no governo. Por outro lado, o general disse aguardar esclarecimentos sobre o caso.

"Não tenho mais detalhes para emitir qualquer opinião. A visão que tenho do trabalho do ministro Milton é que é pessoa honesta, tem honestidade de propósitos, é uma pessoa extremamente educada, cautelosa nas coisas. Então, acho que tem que esclarecer melhor essa situação para chegar à conclusão do que realmente ocorreu, e se realmente houve algo que não seja realizado dentro dos princípios da administração pública", declarou o vice-presidente a jornalistas nesta quarta-feira, na chegada ao Palácio do Planalto.

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Como mostrou o Estadão, o prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), afirma que o pastor Arilton Moura pediu R$ 15 mil antecipados para protocolar demandas da prefeitura na pasta e mais um quilo de ouro após a liberação dos recursos.

"Enquanto não houver esclarecimento a respeito disso aí, acho que não há problema de ele continuar no governo, até pela forma que o ministro se comporta. Tenho muito respeito por ele", seguiu Mourão, que ainda considerou a hipótese de o áudio em que Ribeiro envolve o presidente Jair Bolsonaro (PL) no favorecimento a pastores ser uma montagem. "Você não sabe se foi editado. A gente não pode, a priori, chegar e emitir um juízo de valor".

De acordo com o general, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, é preciso saber qual o valor executado após o intermédio dos pastores. "Tem que ver qual o valor que foi executado, se realmente houve tráfico de influência, se os recursos estavam fora do planejamento que já havia, se eles foram executados de forma correta. Tem uma porção de coisas que têm que ser verificadas, para que a gente possa chegar e dizer ‘isso está totalmente errado’", minimizou.

Eleições 2022

Mourão ainda disse que não foi convidado para o lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro à reeleição, marcada para o próximo domingo, às 9h, em Brasília. "Se eu for convidado, eu vou", afirmou a jornalistas.

O vice-presidente também comentou a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ao PSB, que acontece nesta quarta-feira, em meio às negociações para o ex-tucano ser o vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

"Quem conhece a trajetória do Alckmin acha estranha essa mudança de comportamento dele. Se é para concorrer junto com Lula é algo mais estranho ainda. Um chamava o outro de ladrão e agora vão ficar abraçados? Na minha ética isso não funciona", disse o general.

A Operação Terra Desolata, da Polícia Federal, desbaratou uma organização criminosa que envolve dezenas de empresas, cooperativas e funcionários fantasmas para um esquema de extração ilegal e venda de ouro para o exterior, como o Estadão mostrou ontem. A escolha do nome da operação, em outubro, não foi mera citação à expressão italiana que significa "Terra Devastada". Um dos principais elos da quadrilha é a atuação de uma família de italianos que atua há décadas no comércio de ouro.

Pai e filho, Mauro Dogi e Giacomo Dogi chegaram a adiantar dezenas de milhões a agentes do garimpo, para receber depois a mercadoria retirada ilegalmente da terra indígena Kaiapó, no sul do Pará.

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O inquérito aponta que a empresa da família Dogi, a CHM do Brasil, sediada em Goiânia, fez 3.179 operações de compra de joias, pedras e metais preciosos no período de cinco anos entre setembro de 2015 a setembro de 2020, movimentando mais de R$ 2,142 bilhões.

O Estadão tentou contato com os citados na reportagem. Eles cumprem prisão preventiva. Foram procurados, portanto, os advogados, que também não foram encontrados ou não se manifestaram. Mauro Dogi não foi preso na operação, mas a reportagem também não conseguiu contato com ele. Além disso, o Estadão não conseguiu contato com a empresa CHM do Brasil.

Só para garimpeiros do Sul do Pará, os quais raramente têm o documento de permissão de lavra garimpeira, a empresa desembolsou nada menos que R$ 246,5 milhões no período, valor que corresponde a cerca de mil quilos de ouro extraído de forma ilegal.

O negócio era viabilizado por meio da empresa CHM do Brasil Metais, que tem sede em Goiânia, e sua parceira diretamente na Itália, a empresa Chimet SPA Recuperadora e Beneficiadora de Metais, conhecida mundialmente em recuperação e refino de metais preciosos. É uma parceria de décadas. Mauro Dogi, que fundou a CHM do Brasil, e trabalhou antes para a Chimet.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) levantou que a italiana Chimet SPA remeteu à CHM do Brasil mais de R$ 2,106 bilhões. A Chimet SPA foi acionada pelo Estadão, mas não se manifestou.

ANTECEDENTES

Conforme a investigação, os nomes de Mauro e Giacomo não são novidade em inquéritos policiais. Ambos têm antecedentes criminais ligados a comércio ilegal de minério e já foram citados como principais destinatários do ouro ilegal extraído de terras indígenas da região de Cumaru do Norte, no Pará.

A negociação para compra de ouro incluía uma série de empresas e pessoas, mas dois intermediários se destacavam: os irmãos Walterly Guedes Pereira dos Santos e Vergelina Pereira dos Santos. A confiança dos italianos nas operações com Walterly era tanta que, em dois anos e quatro meses, o investigado recebeu diretamente da empresa CHM do Brasil, em 102 operações, mais de R$ 14,5 milhões como "antecipação para entrega de mercadoria futura" de joias, pedras e metais preciosos".

O problema é que nem Walterly, sua irmã ou sua empresa, a W.G.P. dos Santos Comércio de Metais, tem autorização de compra e venda de ouro ou permissão de lavra garimpeira, além de não serem classificados como Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM). Ou seja: não têm condição para realizar atividades relacionadas ao comércio de minério e metais preciosos.

A PF concluiu que Vergelina atuava como braço operacional do irmão. O Coaf identificou que ela fez 142 saques nas contas bancárias de Walterly, em 20 meses, com movimentação de mais de R$ 16,175 milhões. Os saques, em sua maioria, se destinavam a pagamentos a fornecedores. As exportações eram feitas, muitas vezes, em voos privados, sem conhecimento das autoridades nem passar pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior.

O Estadão não conseguiu contato com os investigados Giacomo Dogi, Walterly Guedes Pereira dos Santos e Vergelina Pereira dos Santos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a notícia de que a expansão do garimpo em áreas preservadas da Amazônia foi autorizada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, nesta segunda-feira (6), o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) classificou o braço direito de Jair Bolsonaro (PL) de “Napoleão do Hospício" e "alcoviteiro de golpes".

Heleno é recordista em permitir que empresas de minério mantenham as atividades próximas a reservas indígenas, como o Parque Nacional do Pico da Neblina, e às margens do Rio Negro. Pelo menos sete liberações foram para a pesquisa e extração na região conhecida como a cidade mais indígena do Brasil.

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Ciro criticou o GSI e reiterou que ele desonra os militares. O pedetista lembrou das declarações da ex-militante bolsonarista Sara Winter sobre Heleno ter orientado redirecionar os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele ainda avaliou o gerenciamento do Comando Militar da Amazônia na época do general como pífio e cobrou investigações ao Ministério Público e Polícia Federal para apurar o interesse do ministro em continuar com a "devastação dos últimos santuários da Amazônia brasileira" . 

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Braço direito de Jair Bolsonaro (PL), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, liberou o garimpo em regiões preservadas da Amazônia. Nos últimos 10 anos, ele concedeu a primeira autorização para projetos de extração de ouro na área considerada a mais indígena do Brasil. As informações são da Folha de S. Paulo.

Também secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional, cabe a Heleno orientar Bolsonaro em questões sobre a soberania nacional. Como GSI, ele pode permitir a atividade mineradora em uma largura de 150 km na extensão da fronteira.

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O registro da Agência Nacional de Mineração (ANM) indica que, só neste ano, o general autorizou sete projetos de pesquisa de ouro em São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do Amazonas. A região comporta ao menos 23 etnias indígenas e é considerada a cidade mais indígena do Brasil.

Entre pesquisas para definir jazidas ou a lavra, ele liberou 81 autorizações de mineração na Amazônia desde 2019. Só em 2021 foram 45 permissões, que se destaca como a maior quantidade de autorizações em um ano desde 2013.

Ao todo cerca de 587 mil hectares, aproximadamente quatro vezes a cidade de São Paulo, deve sofrer com a atividade mineradora. A área de São Gabriel da Cachoeira representa 12,7 mil hectares.

Em nota à reportagem, o GSI informou que "não se evidenciou impedimento legal à solicitação dos interessados para o secretário-executivo assinar os atos de assentimento". A pasta ressaltou que é instruída pela ANM e os terrenos pertencem à União.

Embora sejam da União, as regiões ficam entre território indígena. Inclusive, uma delas abaixo do Parque Nacional do Pico da Neblina e outra às margens do Rio Negro.

"A ANM não aprovará o requerimento de qualquer título minerário se este incidir em área onerada ou em área com qualquer outro bloqueio legal, a exemplo de terras indígenas ou unidades de conservação de proteção integral", defendeu-se a agência em nota.

 Nesta quarta-feira (24), a Bolsa de Valores brasileira (B3) informou que guardou a escultura Touro de Ouro em um depósito onde é mantido o acervo da instituição. Não há previsão de nova exposição pública da obra.

O Touro, que estava instalado na rua 25 de novembro, na área central da cidade de São Paulo, foi retirado na noite da última terça. A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), da Secretaria Municipal de Urbanismo, considerou que o Touro de Ouro é uma peça publicitária, que foi instalada em via pública sem autorização. A Subprefeitura da Sé aguarda o processo da CPPU para determinar o valor da multa pela irregularidade.

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Membros da CPPU apontaram que o touro representa uma das marcas do seu idealizador, Pablo Spyer, sócio da XP investimentos e presidente da empresa de educação financeira Vai Tourinho. O empresário também apresenta um programa na Jovem Pan, intitulado Minuto Touro de Ouro.

O Touro de Ouro imita o famoso Touro de Wall Street, nos Estados Unidos, um dos grandes símbolos do mercado financeiro do país. Os chifres apontados para cima são uma metáfora com o “bull market” (mercado do touro), conforme os investidores denominam os movimentos de alta nos papéis. No Brasil, a réplica de uma tonelada causou polêmica, em razão da desconexão entre sua opulência e a crise econômica enfrentada pelo país.

Uma organização criminosa que atua em garimpos ilegais de ouro na região do Município de Centro Novo (MA) é o alvo da Operação Curimã, da Polícia Federal, nesta quarta-feira (15). Segundo a PF, os criminosos têm grande poderio econômico e político e atuam na região há pelo menos três anos.

Os investigados foram os responsáveis pelo desmatamento ilegal de mais de 60 mil hectares de áreas para abertura de garimpos de ouro, sem qualquer autorização dos órgãos competentes.

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As investigações apuraram que esses garimpos utilizam cianeto de forma massiva para extração do ouro, além do uso de mercúrio, situação que tem causado grande poluição ambiental, inclusive, do Rio Maracaçumé.

Cianeto

O cianeto pode atacar o cérebro e provocar tremores, delírios e alucinações, além de provocar parada cardíaca. A vítima desse tipo de envenenamento pode morrer por asfixia ou por falência múltipla de órgãos por isso, os policiais constataram que há grande perigo para população local exposta a este tipo de substância.

Na ação, 130 policiais federais deram cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão, além de cinco mandados de prisão preventiva nos estados do Maranhão e do Pará, expedidos pela 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Maranhão.

Crimes

Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, poluição, mineração ilegal, além de porte ilegal de arma de fogo e por integrarem organização criminosa. Somadas as penas máximas ultrapassam mais de 20 anos.

 

A World Para Athletics (WPA), entidade ligada ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) e responsável pelo atletismo paralímpico no mundo, manifestou-se nesta quinta-feira (9) sobre a prova do arremesso de peso da classe F57 da Paralimpíada de Tóquio (Japão). A princípio, a disputa teve Thiago Paulino como vencedor, mas o resultado foi alterado após a China recorrer ao júri de apelação dos Jogos, que invalidou dois arremessos do brasileiro (que ficou com o bronze) alegando infração. O ouro foi para o chinês Goushan Wu.

No comunicado, a WPA diz que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) “requisitou a exibição do vídeo oficial, que embasou a decisão do júri de apelação” e que “representantes do CPN [sigla para comitê paralímpico nacional] do Brasil foram autorizados a fazê-lo na sala de vídeo, na presença do secretário do júri”. O CPB rebateu em publicação no Twitter, pedindo à entidade que apresentasse, “em nome da transparência”, as imagens que comprovam a infração de Paulino, “que até agora não foi esclarecida”.

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A classe F57 da Paralimpíada reúne atletas com deficiência nos membros inferiores e que competem sentados. Segundo a WPA, o recurso da China se baseou na regra 36.3 da prova, que considera o arremesso falho se o competidor “mover-se da posição sentada do momento em que leva o implemento para a posição inicial da prova até o instante que ele toca o solo”.

Antes de acionar o júri de apelação, os asiáticos reclamaram (sem sucesso) com o árbitro da disputa sobre o segundo e terceiro arremessos de Paulino, ambos acima de 15 metros, que foi a marca alcançada por Wu. Com a invalidação, o brasileiro passou a ter 14,77 metros como melhor resultado, ficando também atrás dos 14,85 metros alcançados pelo compatriota Marco Aurélio Borges, que levou a medalha de prata.

De acordo com a WPA, as imagens analisadas foram as da fornecedora oficial de tecnologia do evento, em uma câmera posicionada em frente ao brasileiro, “permitindo uma visão clara do atleta durante o arremesso e a fase de preparação”. Segundo o comunicado, “nenhum outro vídeo foi apresentado pelo CPN da China”.

A nota ainda informa que o veredicto foi anunciado “às 0h22 do dia 4 de setembro” e que um e-mail foi enviado ao CPB avisando do resultado, já que o Comitê “não tinha representante no Centro de Informação Técnica [TIC, sigla em inglês] quando o presidente do júri explicou a decisão”. A manifestação da WPA encerra informando que os brasileiros apresentaram imagens do arremesso de Paulino feitas por um celular na arquibancada e que as mesmas foram analisadas, mas que o júri entendeu não serem suficientes para mudar a posição.

Paulino expressou indignação com o resultado da chegada à saída do pódio, realizado quase 24 horas após a prova. Ao passar pelo centro do tablado, onde fica o vencedor, o brasileiro apontou para o chão. Durante a cerimônia, sinalizou negativamente várias vezes, inclusive ao receber a medalha de bronze.

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A cerimônia de premiação do arremesso de peso classe F57 da Paralimpíada, realizada no Estádio Olímpico na madrugada deste sábado (4), foi marcada pela polêmica envolvendo a invalidação do resultado da prova final, com a anulação dos dois melhores arremessos do brasileiro Thiago Paulino, que perdeu o ouro e ficou com o bronze. Da chegada à saída do pódio, o brasileiro protestou e expressou sua indignação durante toda a cerimônia.

Paulino subiu ao pódio primeiro, como fazem todos os terceiros colocados, mas, ao passar pelo centro do tablado, na posição do medalhista de ouro, pisou firme e apontou para o chão, como se marcasse sua posição de contrariedade à decisão final. Com aquele gesto ele expressou, sem dizer qualquer palavra, que, na verdade, ele era o legítimo medalhista de ouro.

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Durante toda cerimônia de premiação, Paulino mostrou sua revolta com o ocorrido. Sinalizou negativamente várias vezes, inclusive quando recebeu a medalha de bronze. No momento das fotos, Paulino abaixou a cabeça e ergueu o punho direito. Além dele, o também brasileiro Marco Aurélio Borges participou da premiação, ficando com a prata.

Chineses apelam ao júri do IPC

Thiago Paulino perdeu a medalha de ouro mais de dez horas após conquistá-la. O Comitê Paralímpico Chinês entrou com um recurso contra o segundo e o terceiro arremessos do brasileiro. Os dois arremessos foram os melhores entre os de todos os competidores, e o maior deles, de 15,10 metros (m), foi o da medalha de ouro. Com a invalidação, Paulino caiu para o terceiro lugar, com a sua melhor marca ainda válida sendo de 14,77 m.

A prova acabou às 9h50 (horário de Brasília) desta sexta-feira (3), e perto das 21h do mesmo dia veio a decisão da organização dos jogos aceitando uma apelação da China, que invalidou os melhores arremessos de Paulino. Segundo o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o vídeo oficial dos arremessos foram revisados e os árbitros da prova consultados antes da decisão final.

Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os chineses protestaram durante e após a prova, mas os árbitros não aceitaram os argumentos. Por isso, foram ao júri de apelação, uma instância do IPC. Esse júri decidiu de forma favorável à apelação, mas não revelou qual imagem mostrava a irregularidade dos arremessos.

“O Brasil apresentou imagens das transmissões de TV dos arremessos em que não havia qualquer indício de infração no movimento de arremesso do atleta, mas a alegação do júri é que o vídeo acusatório seria de outro ângulo, mas se recusou a mostrar o vídeo que embasou a decisão”, afirmou o CPB em nota.

 

Em comemoração às medalhas de ouro conquistadas pelos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Tokyo, o influenciador digital Felipe Neto comentou em seu Twitter: “Se o Nordeste fosse um país, teria mais medalhas de ouro que o Brasil”. 

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A publicação foi feita em referência à quantidade de medalhas de ouro alcançadas por atletas nordestinos. Das seis vitórias em primeiro lugar do comitê brasileiro, quatro foram de esportistas da Região. Itallo Ferreira do surf é do Rio Grande do Norte, enquanto Hebert Conceição do boxe, Isaquias Queiroz da canoagem, Ana Marcela Cunha da maratona aquática são baianos.

Além do topo do pódio, Rayssa Leal, a “Fadinha”, ganhou prata no skate street, e é do Maranhão. Na madrugada deste sábado (7) para o domingo, a baiana Beatriz Ferreira ainda disputa a final no boxe, e pode ser mais uma medalha no saldo da região.

Outros internautas têm brincado nas redes sobre a quantidade de medalhas que os atletas nordestinos conquistaram. Além de Felipe Neto, o próprio Itallo Ferreira comentou em seu perfil sobre a quantidade de vitórias. “Nordeste tem água? Não, não, só ouro”, brincou o medalhista olímpico.

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Além dos esportes individuais, o Brasil ainda disputa ouro nesta madrugada no vôlei feminino contra os Estados Unidos.

A Suécia conquistou a medalha de ouro na final do salto por equipes do hipismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A disputa foi definida em um desempate entre suecos e a equipe dos Estados Unidos, depois que os dois países empataram com 8 pontos de penalidade na passagem de seus conjuntos.

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No desempate, o time formado por Peder Fredricson, Henrik von Eckermann e Malin Baryard-Johnson não sofreu penalidades e foi o mais rápido, com o tempo acumulado de 122.90.

A equipe americana, que tem Jessica Springsteen, filha do cantor Bruce Springsteen, levou a prata, sem penalidades, mas com o tempo de 124.20.

A medalha de bronze no Equestrian Park ficou com a Bélgica, que perdeu 12 pontos.

O Brasil, com o trio formado por Marlon Zanotelli, Yuri Mansur e Pedro Veniss terminou em sexto lugar, depois de perder 29 pontos.

O Canadá se tornou campeão olímpico no torneio de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ao derrotar a Suécia por 3 a 2 nos pênaltis, nesta sexta-feira (6), em Yokohama, conquistando sua primeira medalha de ouro da história.

No tempo regulamentar, as suecas, que haviam perdido para a Alemanha na final dos Jogos do Rio-2016, marcaram com Stina Blackstenius (34). A meio-campista do Chelsea, Jessie Fleming, marcou pelo Canadá de pênalti (67) antes da disputa dos pênaltis.

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Nessa definição, converteram para o Canadá Fleming, Deanne Rose, Julia Grosso, enquanto a goleira defendeu os chutes de Ashley Lawrence e Adriana Leon, e Vanessa Gilles perdeu.

As escandinavas foram mais erráticas, porém. Apenas Nathalie Bjorn e Olivia Schough marcaram, enquanto Asllani e a capitã Caroline Seger erraram, e os chutes de Anna Anvegard e Jonna Andersson foram defendidos.

As canadenses lideradas pela veterana Christine Sinclair sobem ao topo do pódio olímpico, após os bronzes em Londres-2012 e Rio-2016.

No Canadá, Quinn, meio-campista, foi a primeira atleta transgênero a pendurar uma medalha olímpica na história dos Jogos.

As suecas, número cinco mundial, tiveram as chances mais claras e também o ouro ao alcance com o pênalti que Seger perdeu, além de terem trilhado um caminho mais sólido até a final, com cinco vitórias consecutivas.

Na fase de grupos, a Suécia venceu os Estados Unidos por 3 a 0; a Austrália, por 4 a 2; e a Nova Zelândia, por 2 a 0. Depois, venceu o Japão por 3 a 1, nas quartas de final, e a Austrália, por 1 a 0 nas semifinais.

Já as canadenses passaram de fase na segunda colocação, com empate em 1 a 1 contra Japão e contra Grã-Bretanha e derrotando o Chile por 2 a 1.

Nas quartas de final, derrotou o Brasil por 4 a 3 nos pênaltis, após placar de 0 a 0, e, nas semifinais, deu adeus aos Estados Unidos (1 a 0).

O ugandense Joshua Cheptegei conquistou a medalha de ouro dos 5.000 metros, prova em que é recordista mundial, nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta sexta-feira (6).

Cheptegei, que levou a prata nos 10.000 metros em Tóquio, completou a prova com o tempo de 12 minutos, 58 segundos e 15 centésimos.

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O canadense Mohammed Ahmed (12:58.61) levou a prata e o americano Paul Chelimo (12:59.05) o bronze.

Um golaço de Marco Asensio para a Espanha, como nas semifinais contra o Japão, ou uma finalização eletrizante de Richarlison para o Brasil podem definir a medalha de ouro no futebol masculino nos Jogos de Tóquio, no sábado (7), em Yokohama (8h30 de Brasília), quando essas potências se encontram numa final que pode dar mais um título olímpico a uma delas.

Estrelas não faltam e o planeta do futebol vibra ansiosamente à espera deste duelo decisivo, de qualidade e promessa de emoções e de bom jogo. Se a pressão não agir sobre os protagonistas.

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A Espanha, medalhista de ouro em Barcelona-1992, conta com a base da seleção dirigida por Luis Enrique na recém-diputada Eurocopa 2020 -Pedri, Olmo, Oyarzabal, Unai Simon, Eric García, Pau Torres- e grandes reforços de luxo, como Asensio (do Real Madrid), autor do gol que levou a equipe para a disputa de pênaltis contra o Japão.

Mesmo caminho trilhado pelo Brasil, que após o 0 a 0 no tempo normal e prorrogação, foi para a loteria das penalidades e derrotou o México por 4 a 1.

Tendo como destaques a experiência do capitão Daniel Alves, de 38 anos e dono da maior quantidade de títulos conquistados no mundo (42), a solidez do goleiro Santos, herói nas semifinais, e a periculosidade de Richarlison no ataque, a Seleção Brasileira também tem credenciais para repetir o lugar mais alto no pódio, obtido na Rio-2016.

- Passado e presente -

O conjunto espanhol, sob o comando de Luis de la Fuente, de 60 anos, fez uma campanha sem brilho, embora contra adversários mais fortes. No entanto, superou todos os desafios que surgiram.

Na estreia, ficou no empate por 0 a 0 com o Egito, campeão africano, suou para derrotar a Austrália por 1 a 0 e sofreu para empatar com a Argentina (1-1) para avançar como primeiro no Grupo C.

Nas quartas de final, faltavam dois minutos para ser eliminado, mas três gols de Rafa Mir garantiu uma vitória por 5 a 2 na prorrogação, após o 2 a 2 no tempo normal.

Na semifinal, o salvador foi Asensio, que marcou um golaço de pé esquerdo para decretar o 1 a 0 contra os japoneses na prorrogação (115).

“Queríamos uma medalha, essa meta já foi alcançada, mas não queremos ficar aqui. Queremos mais, queremos aquela medalha de ouro, além do fato de já termos feito uma grande virada”, disse o atacante do Real Madrid.

Por outro lado, o Brasil chegou à final com mais solidez, embora tenha perdido força até aqui.

O atual campeão olímpico começou ofuscando os adversários com uma vitória por 4 a 2 sobre a Alemanha, com direito a três gols Richarlison.

Em seguida, empatou por 0 a 0 com a Costa do Marfim e passou como primeiro no Grupo D ao vencer a Arábia Saudita por 3 a 1.

Nas quartas de final, venceu o Egito por 1 a 0 com justiça, mas sem poupar, e nas semifinais superou o México nos pênaltis, devolvendo a derrota na final de Londres-2012.

“A Espanha está no seu melhor e construiu uma equipe poderosa ao longo do torneio. Será um rival forte", disse o técnico André Jardine, 41 anos, em entrevista coletiva.

O Brasil disputa sua quinta final olímpica. Em Los Angeles-1984 perdeu por 2 a 0 para França e quatro anos depois, em Seul-1988 foi derrotado pela antiga União Soviética (2-1), Em Londres 2012 foi superado pelo México (2-1), até vencer na Rio-2016 a Alemanha por 5-4 nos pênaltis, após o 1 a 1 no tempo normal.

“Jogar a final olímpica é um sonho. Estou orgulhoso deste grupo. Durante as palestras anteriores, elogiei os jogadores por sua dedicação e esforço em todos os momentos. Nenhum deles mostrou vaidade e sempre respeitaram as minhas decisões ", disse Jardine.

A Espanha jogará sua terceira final, porque em Antuérpia-1920 foi prata, mas vencendo um torneio de consolação. Em Barcelona-1992, derrotou a Polônia por 3 a 2 e Sydney-2000 perdeu nos pênaltis para os Camarões, após o 2 a 2 no tempo regulamentar.

As americanas April Ross e Alix Klineman conquistaram a medalha de ouro no vôlei de praia dos Jogos de Tóquio na vitória sobre as australianas Artacho del Solar e Clancy (que ficaram com a prata), por 2 a 0, parciais de 21/15, 21/16, nesta sexta-feira.

Antes desta final olímpica, as suíças Verge-Depre e Heidrich superaram Graudina e Kravcenoka, da Letônia, também por 2 sets a 0, e ficaram com o bronze.

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Este é o sétimo ouro olímpico dos EUA no vôlei de praia, o quarto para as mulheres. Já o Brasil, maior medalhista da modalidade, com 13 pódios, não teve nenhum representante nas finais do masculino e feminino, pela primeira vez desde que este esporte entrou no programa olímpico, nos Jogos de Atlanta, em 1996.

A americana Katie Nageotte conquistou a medalha de ouro no salto com vara nos Jogos Olímpicos de Tóquio ao superar a marca de 4,90 metros na final disputada nesta quinta-feira (5).

Nageotte superou na final a russa Anzhelika Sidorova, que levou a prava com a marca de 4,85 metros. A britânica Holly Bradshaw (4,85 metros) completou o pódio.

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O boxeador brasileiro Hebert Conceição passou para final da categoria peso-médio (até 75kg) nos Jogos de Tóquio, nesta quinta-feira, ao derrotar Gleb Bakshi, atleta do Comitê Olímpico Russo (ROC, pela sigla em inglês), em decisão dividida dos árbitros (4 a 1).

Com esta vitória, o Brasil passa a ter dois representantes do boxe em busca do ouro nas Olimpíadas na capital japonesa, já que pouco antes do duelo de Hebert, Beatriz "Bia" Ferreira derrotou na semifinal da categoria peso leve (57-60kg) a finlandesa Mira Marjut Johanna Potkonen, medalhista de bronze na Rio 2016, em decisão unânime dos árbitros (5 a 0).

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