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Uma mulher de 50 anos ficou ferida após receber um buquê de flores e uma caixa com uma bomba escondida em Francisco Morato, no Estado de São Paulo, na terça-feira (5). O ex-namorado dela é o principal suspeito do crime.

O artefato explodiu no momento em que Edileuza Cardoso Ramalho dos Santos abriu o pacote. Ela está internada com quadro estável. Segundo a família, Edileuza teve a audição afetada e um estilhaço entrou em seu olho, além de sofrer queimaduras de terceiro grau nos braços.

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Com a explosão, o telhado da casa, portas, cozinha e sala ficaram danificados. O pacote foi entregue por um motoboy no sábado (2), mas só foi aberto na última terça-feira, após Edileuza voltar de uma viagem.

O suspeito é um ex-namorado da vítima, pois ele enviava ameaças por e-mail e redes sociais desde o fim do relacionamento de oito meses. A Polícia Civil de Francisco Morato investiga o caso.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou o atual líder da Casa Branca, Donald Trump, a assinar o novo pacote de socorro fiscal do país, aprovado na última semana pelo Congresso, com apoio de democratas e republicanos. "É o dia seguinte ao Natal, e milhões de famílias não sabem se conseguirão pagar as contas por causa da recusa do presidente Donald Trump em assinar um projeto de lei de alívio econômico aprovado pelo Congresso com uma maioria esmagadora e bipartidária", inicia a mensagem, divulgada por Biden. Ele também afirma que a "abdicação de responsabilidade" de Trump "tem consequências devastadoras".

A mensagem foi divulgada horas depois de o atual presidente norte-americano voltar a usar suas redes sociais para criticar o pacote, dizendo que ele simplesmente gostaria que as pessoas "recebam US$ 2 mil, em vez dos míseros US$ 600 que estão agora no projeto de lei". A declaração não é uma novidade. Um dia após o Congresso dos EUA aprovar o pacote fiscal de US$ 900 bilhões, na última segunda-feira, Trump disse que o projeto de lei era "muito diferente do que esperávamos" e defendeu que os parlamentares mudassem o texto para que ele pudesse assiná-lo. Entre as alterações pleiteadas estava justamente o aumento do valor do pagamento direto a americanos para US$ 2 mil.

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Na mensagem deste sábado, Joe Biden voltou a dizer que o pacote fiscal é um primeiro passo e que outras ações precisarão ser tomadas no início de 2021 para reanimar a economia e conter a pandemia, "incluindo atender à extrema necessidade de financiamento para distribuir e administrar a vacina e aumentar nossa capacidade de teste". Biden já havia dito, durante a semana, que vai propor um projeto de alívio econômico adicional, que incluirá extensão de benefícios a desempregados para além de 10 semanas, além de pagamentos diretos a cidadãos.

O presidente eleito dos EUA também salientou, neste sábado, 26, que, sem a nova lei, cerca de 10 milhões de americanos perdem os benefícios do seguro-desemprego. Além disso, ele cita que o financiamento do governo expirará, colocando em risco serviços vitais e contracheques de militares, enquanto o fim da moratória sobre despejos colocará milhões de pessoas sob risco de serem forçados a deixar suas casas. "Atraso significa que mais pequenas empresas não sobreviverão a este inverno porque não têm acesso à linha de vida de que precisam, e os americanos enfrentarão mais atrasos para obter os pagamentos diretos que merecem o mais rápido possível para ajudar a lidar com a devastação econômica causada pela covid-19", acrescentou.

"Em novembro, o povo americano falou claramente que agora é um momento para ação bipartidária e compromisso. Fiquei animado ao ver os membros do Congresso atenderem a essa mensagem, cruzarem o corredor e trabalharem juntos. O presidente Trump deve se juntar a eles e garantir que milhões de americanos possam colocar comida na mesa e manter um teto sobre suas cabeças nesta temporada de férias", concluiu Biden.

Agentes das forças de segurança dos Estados Unidos interceptaram um pacote enviado ao presidente norte-americano, Donald Trump, contendo o veneno ricina. 

Segundo a rede CNN, que cita dois oficiais estadunidenses, o pacote foi enviado no início dessa semana para o chefe de Estado, mas acabou sendo detectado pelas autoridades. Todo o correio enviado para a Casa Branca passa por um procedimento de verificação e segurança antes de chegar ao seu destinatário. 

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Dois exames foram realizados para comprovar que a substância era a ricina, uma proteína presente nas sementes da mamona e considerada muito tóxica. 

Se ingerida, a ricina pode causar náuseas, vômitos e sangramento do estômago e intestinos, que levam à insuficiência hepática, do baço e dos rins, causando a morte por colapso do sistema circulatório. A substância pode produzir armas biológicas e frequentemente é utilizada em atos terroristas.

Origem de carta seria o Canadá

O FBI e o Serviço Secreto dos Estados Unidos abriram uma investigação sobre o caso. Questionado sobre o ocorrido, o FBI disse que a agência apurando, ao lado do Serviço Postal dos EUA e do Serviço Secreto, "uma carta suspeita recebida em uma instalação de correio do governo dos Estados Unidos".

"No momento, não há nenhuma ameaça à segurança pública", acrescentou a agência. 

O envelope teria como origem o Canadá e foi interceptado em um centro de postagem do governo, antes de chegar à Casa Branca, que não fez comentários sobre o assunto.

Da Sputnik Brasil

O Ministério do Meio Ambiente da Tailândia tomou uma decisão inusitada e enviou de volta o lixo deixado por um visitante de parque nacional. Os visitantes do Parque Nacional Khao Yai vão precisar informar agora o seu endereço antes de entrar no local.

O próprio ministro do Meio Ambiente, Varawut Silpa-archa, divulgou imagens de garrafas, embalagens e copos deixados pelo visitante sendo embalados para despacho. "Você esqueceu essas coisas", diz a mensagem que acompanhará o pacote. Ele reforça que essa medida será tomada mais vezes.

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O Parque Nacional Khao Yaoi é um famoso destino turístico do país. A crescente sujeira deixada no local, entretanto, tem incomodado administradores e oficiais no país, devido ao risco à natureza e os animais.

O ministro do Meio Ambiente também reforçou que qualquer pessoa flagrada sujando o parque pode pegar cinco anos de prisão e uma multa elevada. Silpa-archa disse a um veículo local que o parque nacional tem quantidade suficiente de depósitos para lixo. "Eles apenas têm que vir aqui e curtir a beleza natural. Nunca pensamos que eles deixariam tanto entulho", comentou.

O Spotify anunciou nesta quarta-feira (1º) um novo pacote voltado para casais que dividem o mesmo teto. Premium Duo está disponível para 55 países, inclusive o Brasil, e chega no melhor estilo pague um leve dois, em que cada indivíduo recebe sua própria conta Premium de acordo com um plano, além de benefícios exclusivos para casais.

Além dos benefícios já conhecidos da assinatura premium, como a falta de anúncios entre as faixas, os enamorados que adquirirem o Duo terão uma lista de reprodução atualizada regularmente, para misturar o gosto do casal. Apesar da fusão do amor musical, o app permite que cada um tenha suas listas individuais. 

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De acordo com a empresa, um estudo realizado com os usuários da plataforma descobriu que 73% dos casais dizem que ouvem música juntos como uma maneira de lembrar memórias felizes. No total, 63% dizem que escutam músicas juntos como forma de construir sua identidade ou criar momentos memoráveis. 

Usuários que nunca experimentaram o Premium podem ter direito ao primeiro mês do Premium Duo de graça e é preciso que os dois vivam no mesmo endereço. Após o período de gratuidade o valor da assinatura passa para R$ 21,90. Que já tem uma conta Premium pode mudar para a versão "para dois" visitando sua página “Conta” no Spotify.com.

Empresas dos setores automotivo e de varejo não alimentício podem não contar com linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no pacote de socorro que está sendo desenhado para apoiar os segmentos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), apurou o Estadão/Broadcast com duas fontes. As negociações estão ocorrendo diretamente entre os bancos privados, que serão os financiadores da ajuda, e as respectivas empresas em acordos bilaterais.

Tais conversas passaram a contar ainda com a participação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A entidade, que representa os bancos no Brasil, enviou essa semana uma carta pública de intenções ao setor de varejo e outra direcionada à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de acordo com uma fonte, na condição de anonimato.

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No documento enviado para varejistas, a Febraban ressalta o apoio do BNDES ao setor, mas somente às empresas com capital aberto. "No caso de determinadas empresas de varejo listadas na B3, os bancos estão avaliando a possibilidade de estruturação de operações com o apoio específico do BNDES", afirma a entidade.

Em relação às demais, a federação diz que os bancos já têm disponibilizadas linhas para reforço de caixa em meio à pandemia e que seguem abertos para negociar caso a caso. Novos empréstimos dependem, de acordo com a entidade, da avaliação de cada instituição financeira.

A saída encontrada para apoiar os segmentos de varejo não alimentício e automotivo difere da oferecida às empresas aéreas e de energia. A mudança para conversas bilaterais entre empresas e bancos ocorre após não se chegar a um entendimento para uma ajuda setorial. Como não foi possível desenhar uma ajuda única e tanto o setor de auto quanto de varejo têm uma cadeia bastante diversificada, a alternativa é que cada empresa negocie com os bancos.

Tratativas

As montadoras Fiat Chrysler e General Motors (GM), por exemplo, já começaram as tratativas diretas com os bancos, conforme revelou o Estadão/ Broadcast. Essa lista deve aumentar nas próximas semanas com o reflexo da pandemia nas vendas do setor e, consequentemente, na situação financeiras das empresas.

O BNDES permanece no debate com os setores, mas apenas como coordenador das conversas ao lado dos bancos privados. O Itaú Unibanco ficou responsável pela indústria automotiva e o Santander Brasil pelo varejo não alimentício, que inclui ainda bares e restaurantes. "Tanto o segmento automotivo quanto o de varejo não terão linha do BNDES. Serão linhas convencionais dos bancos e que são negociadas em acordo entre as duas partes", confirma o vice-presidente de um grande banco, na condição de anonimato.

Em paralelo, os bancos desenham ajuda aos setores aéreo e de energia, que devem ser os primeiros a serem socorridos. As empresas de aviação receberam ofício com as condições e a ajuda pode ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. Também é esperada uma evolução na ajuda às companhias de energia esta semana. Outros segmentos que contam com grupos de trabalho são os sucroenergético, turismo, hotelaria e o de saúde.

Procurado, o BNDES não comentou até o fechamento desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Embraer contratou o Itaú Unibanco para assessorar no pacote de socorro que está sendo costurado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O resgate, que ocorre após a união frustrada com a Boeing, pode ficar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, apurou o Estadão/Broadcast com três fontes de mercado.

A operação deve contar ainda com o apoio de outros bancos privados que foram convidados, mas ainda não estão envolvidos nas negociações. Nos próximos dias, o banco de fomento deve convocar essas instituições para, juntos, trabalharem no pacote de ajuda à Embraer.

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Os bancos privados têm interesse no negócio principalmente se ele envolver concessão de crédito, e não compra de participação na fabricante de aviões. Com a entrada de Itaú, Bradesco e Santander, o pacote de ajuda deve envolver crédito novo e alongamento de prazo de dívidas já contratadas. Também são consideradas novas emissões de títulos de dívida, como debêntures e bônus de subscrição de ações (no qual os acionistas têm preferência de compra).

Procurado, o Itaú não confirmou a informação de que foi o escolhido para assessorar a Embraer. Mais cedo, em teleconferência com a imprensa, o presidente do banco, Candido Bracher, disse que a instituição está participando das discussões para ajudar setores específicos afetados pela pandemia, mas seu apetite está voltado para a concessão de crédito às empresas.

Desde que a Boeing rescindiu o contrato com a fabricante brasileira, há cerca de duas semanas, ficou claro que a Embraer precisará de capital. O resgate, contudo, deverá vir depois da ajuda às companhias aéreas, mais frágeis diante da atual crise trazida pela pandemia de covid-19. Desde que a doença se espalhou, grande parte dos aviões está no chão, o que tem ameaçado a sobrevivência das empresas.

Longo prazo

Ao contrário dos demais setores, nos quais o problema é de liquidez de curto ou médio prazos, com a Embraer o problema é mais profundo. A fabricante de aviões tem caixa para honrar seus principais compromissos. No entanto, a transação com a Boeing ajudaria a posicioná-la para a competição internacional e fazia parte de um plano estratégico de longo prazo - o que se esvaiu com a rescisão da operação. Nesse negócio o banco que atuava pela Embraer era Citi. Procurado, o banco não comentou.

Após pedido de entrevista, a Embraer informou que "regularmente avalia o acesso a fontes complementares de financiamento, tanto no mercado brasileiro como no mercado internacional". A companhia afirmou ainda que analisa "possíveis financiamentos, até mesmo do BNDES, sem que haja uma definição, nesse momento, quanto a uma linha específica".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara aprovou nesta terça-feira, 5, em sessão remota, o texto-base do projeto que estabelece ajuda financeira da União para Estados e municípios em razão da pandemia do coronavírus.

O pacote de medidas prevê repasses diretos de R$ 60 bilhões. No entanto, o custo total estimado do programa é de cerca de R$ 120 bilhões para a União, porque inclui também suspensão de dívidas dos governos regionais com bancos oficiais e o Tesouro.

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A ideia é amenizar as perdas com queda de arrecadação de impostos, decorrentes das medidas de contenção do vírus, como o fechamento temporário de lojas e empresas.

Para concluir a votação, os deputados ainda precisam analisar sugestões de emendas, que são alterações ao texto. O texto-base foi aprovado por 437 votos a favor e 34 contrários.

O texto já havia sido aprovado pelos deputados em 15 de abril. No último sábado, 2, foi modificado pelo Senado. Por isso, passa por nova análise da Câmara. Após essa fase, o texto terá de voltar para o Senado porque houve alteração do mérito.

Como contrapartida à liberação de recursos, o texto proíbe que os governos locais reajustem o salário de servidores públicos até 31 de dezembro de 2021.

A exceção será para profissionais das áreas de saúde e de segurança pública diretamente envolvidos no combate à pandemia. Outras categorias foram incluídas pela Câmara, como policiais federais, policiais legislativos, técnicos e peritos criminais, agentes socioeducativos, profissionais de limpeza pública e assistência social envolvidos no enfrentamento da doença.

O relator na Câmara, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), apresentou ainda uma emenda especificando que fica proibido o uso dos recursos da União transferidos a Estados e municípios para conceder reajuste para essas categorias. Na prática, os governos regionais que quiserem dar aumento terão de usar recursos de outra origem.

O programa estabelece R$ 60 bilhões de repasses da União a Estados e municípios para financiar ações de enfrentamento ao coronavírus. Cerca de R$ 50,5 bilhões de economia estimada com a suspensão de obrigações previdenciárias e do pagamento de dívidas com a União e bancos, como BNDES e Caixa. Outros R$ 10,6 bilhões de economia potencial com a renegociação de contratos com organismos internacionais.

Pelo texto, dos R$ 60 bilhões previstos em repasses diretos para Estados e municípios, R$ 10 bilhões sejam destinados a ações na área da saúde e assistência social. Desses, R$ 7 bilhões serão repassados aos Estados. O critério de divisão será uma fórmula que considera taxa de incidência da covid-2019 (40% de peso) e população (60% de peso). Os outros R$ 3 bilhões são destinados aos municípios. O critério de distribuição será o tamanho da população.

O rateio dos outros R$ 50 bilhões obedecerá ao seguinte cálculo: 60% com os Estados (R$ 30 bilhões) e 40% com os municípios (R$ 20 bilhões).

O novo critério de divisão de recursos para estados e municípios, definido pelos senadores, desagradou a alguns parlamentares - em especial os do Sudeste, onde os estados, proporcionalmente, receberão menos.

Segundo cálculos da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara, os Estados que mais terão repasses per capita são Roraima (R$ 798 per capita) e Amapá (R$ 733 per capita), estado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que relatou o texto quando tramitou no Senado.

Já São Paulo, o Estado com o maior valor em termos absolutos (R$ 12,8 bilhões), receberá, per capita, R$ 279. E Maranhão, que terá R$ 1,6 bilhão transferido pela União, é o que menos recebe considerando o critério per capita (R$ 224). Os dois Estados estão entre os que enfrentam situação crítica no enfrentamento à doença no País.

Parecer

Além da emenda que incluiu outras categorias autorizadas a ter reajuste, Pedro Paulo apresentou outra emenda que inclui os cargos de assessor entre os que podem ser repostos, sem aumento de despesa, durante a pandemia. Pelo texto, os Estados e municípios ficam proibidos de admitir ou contratar pessoal no período, mas ressalva as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa.

O relator também antecipou, de dezembro de 2021 para dezembro de 2020, o fim do prazo para a suspensão dos refinanciamentos de dívidas dos municípios com a Previdência Social, além de determinar que a suspensão seja definida por meio de regulamentação.

Durante a sessão, Pedro Paulo reiterou diversas vezes que se tratam apenas de emendas de redação. No entanto, técnicos da Câmara avaliam, que por mudar o mérito, o texto deverá voltar ao Senado para reanálise.

Tramitação

A ajuda financeira aos Estados começou a ser discutida pelo Parlamento há mais de um mês. Um primeiro projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril. O conteúdo era totalmente diferente do teor aprovado nesta terça.

A proposta inicial dos deputados recompunha, durante seis meses, as perdas de estados e municípios com a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, estadual) e com o Imposto Sobre Serviços (ISS, municipal).

O projeto, porém, não estabelecia nenhuma contrapartida por parte dos entes federados e recebeu críticas do governo. O episódio gerou uma troca de farpas públicas entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Quando a proposta chegou no Senado, houve uma manobra regimental e outro projeto, de autoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi apensada e passou a tramitar em conjunto.

A estratégia fez com que o andamento da matéria fosse reiniciado, desta vez, pelo Senado. Com isso, a Câmara passou a ser a casa legislativa revisora, ficando o Senado com a palavra final.

Isso porque, em geral, a tramitação de projetos de lei depende da autoria da proposta. Se for um deputado, começa pela Câmara, o Senado revisa, mas, se mexer, volta à Câmara antes de ir à sanção. Se for um senador, o caminho é o inverso. Começa pelo Senado, vai à Câmara e retorna para reanálise em caso de alterações.

Em seu parecer, o relator da matéria, deputado Pedro Paulo, fez críticas à proposta do Senado. Disse que preferia o trabalho feito pela Câmara.

O presidente da Câmara também foi na mesma linha e defendeu a aprovação do texto. Ponderou que, apesar das divergências e da troca de origem da matéria para o Senado, o objetivo principal é atender os estados e municípios e fazer com que os "recursos possam chegar o mais rápido possível".

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O gabinete do Japão aprovou na terça-feira, um pacote econômico de 108 trilhões de ienes (US$ 988,83 bilhões) para lidar com os efeitos adversos da pandemia de coronavírus. Como se esperava, o governo japonês também declarou estado de emergência por um mês em função da covid-19, como é conhecida a doença causada pelo vírus.

O pacote inclui gastos fiscais de 39,5 trilhões de ienes e repasses de 300 mil ienes a famílias que tenham sofrido forte perda e renda por causa do coronavírus. Além disso, o governo japonês pretende oferecer até 2 milhões de ienes a pequenas empresas afetadas pela pandemia e aliviar parte dos impostos pagos por firmas desse segmento.

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O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, também declarou estado de emergência por um mês em Tóquio e seis outras áreas. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Procon-PE liberou uma Nota Técnica, orientando os consumidores que compraram pacotes de viagens, passagens ou cruzeiros para um dos mais de 40 países onde a doença do coronavírus foi detectada. Caso o consumidor queira desistir da viagem, ele tem seu direito garantido, como diz o artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor (CDC). 

O artigo 4º diz que “a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo”.

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O Procon-PE orienta que o consumidor procure primeiro o fornecedor para tentar o cancelamento ou reagendamento, mas em caso de negativa, procure o órgão para que seja aberto um procedimento.

A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) ajuizou ação direta de inconstitucionalidade (6304) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o dispositivo do pacote anticrime que prevê o confisco amplo do patrimônio de condenados - medida divulgada e defendida pelo ministro Sergio Moro, Justiça e Segurança Pública, como o confisco alargado.

O documento de 50 páginas acusa a regra de "criar uma pena de confisco de bens travestida de efeito da condenação", o que violaria os princípios da individualização da pena e da função social da propriedade.

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O artigo 91-A da Lei 13.964, sancionada em 24 de dezembro de 2019, diz: "Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito."

Para a associação de magistrados criminalistas, a redação do artigo permitiria a inclusão de bens sem vínculo ou relação com o crime que resultou na condenação, o que caracterizaria confisco sem justa causa.

Outro ponto questionado é a introdução do artigo 28-A no Código de Processo Penal e que estabelece a possibilidade de o Ministério Público formalizar acordos de não persecução penal com os investigados. A entidade afirma que a obrigatoriedade de o investigado confessar o crime para que o acordo seja proposto viola o princípio da presunção de inocência.

A Abracrim impugna ainda as alterações na Lei de Execuções Penais relativas à progressão de regime. Para a associação, a nova redação do artigo 112 da lei endurece de forma desproporcional a progressão de regime e dificulta o livramento condicional e a ressocialização dos sentenciados.

A ADI 6304 foi distribuída ao ministro Celso de Mello.

Um pacote suspeito apareceu em frente a uma casa em Buenos Aires onde o papa Francisco viveu sua infância e juventude.

Segundo o jornal Clarín, o objeto foi detonado por um esquadrão antibombas, que encontrou apenas lixo. As autoridades haviam sido alertadas por um pedestre por volta de 19h do último domingo (19).

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O imóvel fica no número 533 da rua Membrillar, no bairro de Flores, e foi lar de Jorge Bergoglio antes de sua entrada para o sacerdócio.

Da Ansa

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou, na quarta-feira (11), uma lei que prevê isenção de impostos para escolas de samba e entidades que organizam o desfile de carnaval no Sambódromo do Anhembi. O texto não é válido para organizações de carnaval de rua.

A isenção é válida para barracões, sedes e quadras com "finalidade carnavalesca", mesmo que alugados. Embora a lei seja descrita como voltada a "atividades físicas e esportivas", ela se refere majoritariamente ao carnaval de escolas de samba. O projeto de lei original é de Celso Jatene (PL) e Milton Leite (DEM), que é presidente de honra de uma agremiação.

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O texto prevê a remissão integral dos créditos tributários, multas e juros de Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e taxas de fiscalização municipal.

Já a Liga Independente das Escolas de Samba, entidade que organiza os desfiles, poderá utilizar gratuitamente e por 40 anos as estruturas da Fábrica do Samba e da Fábrica do Samba 2. Além disso, a lei concede a permissão de uso de áreas públicas pelo mesmo período para as escolas Império da Casa Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Morro da Casa Verde, Tom Maior, Uirapuru da Mooca, Mocidade Alegre, Mocidade Unida da Mooca, Dragões da Real, Sambas Unidos de Santa Bárbara e Estrela do Terceiro Milênio - cujo presidente de honra é Milton Leite.

A lei também anistia de qualquer pagamento retroativo à municipalidade por uso irregular de espaços públicos. Além disso, ressalta que, para ter acesso a isenção e remissão de créditos tributários, as escolas precisarão realizar atividades culturais, sociais e esportivas gratuitas para a comunidade local e estarem regularizadas em até 120 dias.

A Prefeitura precisa ainda publicar a regulamentação da lei em até 60 dias. A sanção ocorre menos de um mês após o projeto ser aprovado na Câmara Municipal.

A poucos dias do recesso parlamentar, líderes de partidos do bloco conhecido como Centrão fazem articulações nos bastidores para votar um pacote de projetos com a finalidade de blindar a classe política, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Na lista estão a quarentena para que juízes, procuradores e policiais possam se candidatar nas eleições e a proposta sobre o fim do foro privilegiado, ampliando para integrantes do Ministério Público e do Judiciário o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que vale para parlamentares.

Os deputados tentam costurar um acordo para que a votação ocorra antes da discussão final sobre o Orçamento de 2020, prevista para o dia 17. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já deu sinais de que quer levar ao plenário, ainda neste ano, pelo menos uma dessas medidas.

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A votação das mudanças no foro privilegiado é prioridade do Centrão, grupo capitaneado por DEM, PP, PL, Solidariedade e Republicanos, que também conta com apoio de outros partidos, como MDB e PSD. A proposta restringe a prerrogativa de foro a apenas cinco autoridades do País - presidente da República, vice, presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo. Com isso, acaba com o benefício para ministros da Corte e outros integrantes do Judiciário e do Ministério Público. Em 2017 a restrição chegou a ser aprovada pelo Senado como forma de pressionar o STF, que na época começava a discutir a diminuição do foro exclusivamente para parlamentares.

"Eu tenho esse compromisso e vou pautar de qualquer jeito", afirmou Maia, numa referência à proposta. "Se eu não conseguir pautar até a próxima terça-feira, será no início do ano, após o recesso (que começa no dia 23)."

Na prática, o projeto em discussão cria uma espécie de salvo-conduto para proteger políticos. O Estado revelou em setembro que uma emenda costurada com o aval de Maia tenta impedir que juízes de primeira instância determinem medidas drásticas contra deputados, senadores, governadores e prefeitos, entre outros, como prisão, quebra de sigilos bancário e telefônico, além de busca, apreensão e confisco de bens.

A intenção é coibir o que o Congresso chama de "ativismo judicial" nas investigações. Em conversas reservadas, deputados sempre citam como exemplo o caso do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato em Curitiba, que era considerado linha dura.

Para o presidente da comissão especial que analisa a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), o fim do foro pode facilitar a discussão da proposta no colegiado. "Acho que esse tema está maduro no Parlamento. Igualar o foro para todos os Poderes resolveria, em parte, uma das discussões que vamos ter de travar sobre a segunda instância. É uma solução balizadora, que estabelece a mesma régua para todo mundo", afirmou Ramos.

Líderes do PP e do Solidariedade querem ainda trazer à discussão a proposta de quarentena para integrantes do Judiciário, Ministério Público e forças de segurança. Se aprovado, o texto elevará de seis meses para seis anos o prazo de desincompatibilização de militares, policiais, guardas municipais, juízes e promotores que desejem disputar qualquer cargo eletivo, de vereador a presidente. Os demais agentes públicos, como ministros de Estado, governadores, secretários e prefeitos, continuarão com a quarentena de seis meses.

Quarentena

O projeto tem potencial para atingir o novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil. Não sem motivo: na esteira da eleição de 2018, o número de eleitos ligados às forças de segurança e ao Judiciário chegou a 61 deputados e nove senadores.

No julgamento que cassou o mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT), apelidada de "Moro de saias", o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Felipe Salomão defendeu uma quarentena para integrantes do Judiciário que quiserem entrar na política. "A magistratura necessita de quarentena para entrar na política, após o protagonismo que o Judiciário está tendo ultimamente. Uma quarentena real, de uns dois anos ou mais. O que mais me espanta é que ela (Selma) se filiou ao partido antes da homologação de sua aposentadoria", disse o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (4), que deseja retirar a palavra "moderada" da legislação que trata sobre legítima defesa. "O cara está armado na tua casa, à noite, você está no sufoco, arrombam a porta da tua casa e você vai fazer o quê? Dar só um tiro no cara? Deu mais de dois não é legítima defesa moderada?", indagou Bolsonaro.

O presidente disse que deve esperar o "sinal verde" do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para enviar ao Congresso projetos que tratam de aumentar garantias legais para quem reage armado.

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Segundo Bolsonaro, a ideia é enviar as sugestões no tempo certo para não atrapalhar a tramitação do pacote anticrime apresentado por Moro ao Legislativo. Na última sexta-feira (29), o presidente disse que o seu pacote deve conter cinco projetos, incluindo o que trata da excludente de ilicitude para agentes em Garantia da Lei e da Ordem (GLO), já apresentado.

O presidente não detalhou até agora o teor de todos os textos. Bolsonaro já disse que deseja enviar projeto sobre permissão para GLO em ações de reintegração de posse e para dar garantias legais a quem reagir armado dentro de casa contra um invasor.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (29), que o pacote sobre segurança será composto por cinco projetos de lei. Em declarações anteriores, o presidente falava em quatro textos. Bolsonaro não detalhou qual medida foi incluída.

"São cinco projetos agora. E a decisão é da Câmara. Não tem de se preocupar com isso. O que quero é proteger a população. Quero dar meios para que a população exerça sua legítima defesa", disse o presidente.

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Bolsonaro afirmou que não teve tempo para assinar um dos projetos na quinta-feira (28), mas que enviará na segunda-feira (2) uma parte do pacote. Ele não especificou qual deve ser o texto encaminhado ao Congresso Nacional. "Não sei. Até lá pode mudar. Mudar a ordem. Está pronto."

"Podia ser um projeto só. Mas daí você embaraça tudo. Sei como funciona o Parlamento. Melhor decidir, particularizar os projetos. Daí fica mais fácil de você defender e buscar entendimento de todos", disse Bolsonaro.

O presidente não detalhou até agora o teor dos projetos que devem ser enviados sobre segurança. Um dos textos seria sobre a garantia da excludente de ilicitude a agentes em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), já encaminhado ao Congresso.

Bolsonaro já disse que deseja enviar projeto sobre permissão para GLO em ações de reintegração de posse e para dar garantias legais a quem reagir armado dentro de casa contra um invasor.

O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou nesta segunda-feira (18) em Plenário o artigo do jornalista Elio Gaspari publicado no fim de semana com críticas ao pacote do governo, formulado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que estabelece uma taxação sobre o seguro-desemprego para custear o estímulo à contratação de jovens com idade entre 18 e 29 anos, instituído pela Medida Provisória 905/2019.

"Tomar dinheiro do desempregado é covardia", leu Paim, sublinhando que a partir da MP o governo passa a cobrar do seguro-desemprego uma contribuição previdenciária correspondente a 7,5% do benefício para compensar a desoneração sobre as empresas. Para custear as perdas na arrecadação decorrentes da desoneração da folha de pagamento concedida aos empresários que aderirem ao programa de contratação de jovens, Guedes preferiu taxar os próprios desempregados, observa o jornalista.

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Paim ressaltou ainda que Elio Gaspari ainda alerta para o fato de o programa de estímulo à contratação de jovens durará até o dia 31 de dezembro de 2022, enquanto, de acordo com a MP 905, a contribuição previdenciária dos beneficiários do seguro-desemprego será por prazo indeterminado.

*Da Agência Senado

 

 

Municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria inferior a 10% da receita total serão incorporados pelo município vizinho. O ponto consta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo, enviada nesta terça-feira (5) pelo governo ao Senado.

Segundo o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, 1.254 municípios atendem às duas condições (poucos habitantes e baixa arrecadação). A incorporação valerá a partir de 2026, e caberá a uma lei complementar definir qual município vizinho absorverá a prefeitura deficitária.

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A PEC também estende as regras da execução do Orçamento federal aos estados e municípios. A regra de ouro (teto de endividamento público) e o teto de gastos seriam estendidos aos governos locais.

As prefeituras e os governos estaduais também poderão contingenciar (bloquear) parte dos Orçamentos dos Poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público locais. Atualmente, somente a União pode contingenciar verbas de todos os Poderes. Os governos locais só conseguem bloquear recursos do Poder Executivo.

Segundo o Ministério da Economia, a PEC do Pacto Federativo acabará com a disputa judicial em torno da Lei Kandir, ao estender a transferência de royalties e participação especial do petróleo para todos os estados e municípios. Hoje, os estados negociam com a União todos os anos os repasses da Lei Kandir, que prevê que o governo federal deve compensar a desoneração de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para mercadorias primárias e semielaboradas.

A PEC também proíbe que estados e municípios se apropriem de recursos de fundos de pensão e depósitos judiciais de ações entre particulares para pagarem despesas.

 

 

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz gastos obrigatórios do governo, flexibilizando os gastos orçamentários, foi entregue nesta terça-feira (5) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Congresso.

De acordo com o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ainda é cedo para avaliar a repercussão das propostas do pacote econômico entre os senadores, mas segundo ele, foram bem acolhidas. Ele disse acreditar que as PECs podem ser votadas até início de abril pelas duas Casas.

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*Da Agência Senado

Após a aprovação da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, entrega esta semana ao Congresso uma agenda de propostas com a sua digital. Essa segunda fase de reformas é a principal tentativa da equipe econômica para mudar a gestão das contas públicas nas três esferas de governo, com a criação de um novo marco institucional para o país quase 20 anos depois da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O conjunto é dividido em cinco eixos: 1) reforma administrativa (para reduzir o número de carreiras e o salário inicial dos servidores e mexer na estabilidade dos novos); 2) PEC emergencial (para cortar gastos obrigatórios e abrir espaço para investimentos); 3) PEC DDD (desvincular, desindexar e desobrigar - tirar as "amarras" - dos gastos do Orçamento); 4) pacto federativo (uma nova divisão dos recursos de Estados e municípios, com repartição dos recursos do pré-sal); e 5) programa de ajuda aos Estados.

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O conjunto de medidas chega ao Congresso no momento em que o presidente Jair Bolsonaro enfrenta dificuldades para conseguir apoio, até mesmo dentro do seu próprio partido, o PSL.

A PEC emergencial é considerada a mais urgente das propostas, porque tem por objetivo frear, principalmente, o crescimento dos gastos com pessoal. A expectativa é obter uma economia de R$ 27 bilhões, a depender da decisão do Congresso. A PEC será um grande teste porque é a pauta defendida pela equipe econômica desde a transição de governo, mas ficou engavetada à espera da votação final da Previdência.

Atraso

A expectativa era de que o anúncio do pacote ocorresse no fim de julho, mas as idas e vindas em torno das negociações da reforma da Previdência e a disputa por protagonismo entre Câmara e Senado acabaram atrapalhando os planos do governo. A indefinição da equipe econômica sobre pontos-chave das propostas e as prioridades também retardou o envio do pacote.

A reforma tributária, de simplificação dos impostos, só será enviada depois e as medidas para o emprego serão divulgadas na sexta-feira ou na próxima segunda-feira.

A interlocutores, o ministro Paulo Guedes tem reforçado a ideia de que as medidas criam um "novo regime de responsabilidade fiscal". Uma chance, na avaliação da equipe econômica, de redesenhar a arquitetura fiscal do País. Elas visam a criar uma nova governança fiscal para o setor público, assim como o Banco Central já tem o regime de metas de inflação (em que calibra os juros básicos para controlar o aumento dos preços).

Com antecipou o jornal O Estado de S.Paulo, será proposta a criação do Conselho Fiscal da República, com representantes dos três Poderes. A comparação é feita com o BC, que não tem independência formal, mas possui um regime de metas de inflação. Na área fiscal, ao contrário, há a LRF, que funciona sem governança. O que se quer, segundo uma fonte do governo, é evitar o quadro de "anos pisando no freio monetário com regime fiscal solto". O aumento dos juros básico ("freio monetário") foi necessário para compensar os gastos desenfreados do governo ("regime fiscal solto").

Nesse novo arcabouço, estará prevista a figura do "estado de emergência fiscal". O governador em grave situação poderá pedir socorro ao Conselho da Fiscal da República para decretar o estado de emergência. Dessa forma, terá poderes para segurar despesas, inclusive congelar reajustes salariais e reduzir jornada e salários.

Já a reforma administrativa pretende, além de mexer na estabilidade dos servidores, permitir que o presidente da República altere por decreto a estrutura do Poder Executivo e até declare extintos alguns órgãos e ministérios, como antecipou o Estadão/Broadcast. Hoje, o governo precisa do aval do Congresso Nacional para criar, reorganizar ou extinguir parte de sua estrutura. Recentemente, os parlamentares impuseram derrotas ao presidente Jair Bolsonaro ao manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vinculado à Economia, em vez do Ministério da Justiça de Sergio Moro.

Calendário

Ao Estado de S.Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou que, diante da demora do governo em enviar os próximos passos de sua agenda, a votação da reforma administrativa - proposta que terá o pontapé inicial na Câmara - deve ficar só para 2020. "Tem de passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e comissão especial. Vai votar no início do ano vem. Ué, o que eu posso fazer? Se o governo tivesse encaminhado em julho, eu votava este ano", disse ele, que também está com texto pronto para uma reforma administrativa na Câmara.

"Tenho todo o calendário da minha (proposta). Sei aonde a Câmara quer chegar e aonde ela pode chegar", disse. A reforma da Câmara, segundo Maia, vai reduzir os salários iniciais dos novos servidores do Legislativo, que estão hoje entre as maiores remunerações da Esplanada, diminuindo os custos com a Casa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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