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Entregadores de aplicativos de delivery organizam uma paralisação para o próximo 1º de julho. O objetivo é parar as entregas em boa parte do país, atingindo principalmente as empresas iFood, Rappi e Uber Eats.

Os manifestantes cobram melhores condições de trabalho e criticam a queda na remuneração nos últimos meses. Eles pedem um aumento nos valores mínimos para corridas, mais transparência sobre os pagamentos, mais segurança, fim do sistema de pontuação, desligamentos indevidos, entre outras medidas.

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O movimento mais organizado teria começado em São Paulo, mas ganha força em estados como Pernambuco e Minas Gerais. O grupo Entregadores Antifascistas tem participado de manifestações contra o governo de Jair Bolsonaro. Sobre a paralisação de 1º de julho, os Entregadores Antifascistas pedem que a população não solicite comida nos aplicativos na data e avaliem os apps com notas baixas nas lojas digitais, deixando comentários de apoio ao protesto.

Pesquisadores da Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho) ouviram 252 trabalhadores da categoria em 26 cidades entre 13 e 20 de abril. Do total, 60,3% disse ter sentido queda na remuneração comparando o período da pandemia com o momento anterior. Ainda 27,6% afirmou que os ganhos se mantiveram e 10,3% apontou estar ganhando mais. 

As empresas negam falta de transparência e queda de remuneração. Destacam que mais pessoas começaram a trabalhar no setor por causa da pandemia, o que aumentou a concorrência. "Todos os ganhos estão disponibilizados de forma transparente para entregadores parceiros, no próprio aplicativo. Não houve nenhuma diminuição nos valores pagos por entrega, que seguem sendo determinados por uma série de fatores, como a hora do pedido e distância a ser percorrida", salientou a Uber Eats. O iFood argumentou que não houve alteração nos valores de entrega, que estabeleceu R$ 5 como valor mínimo para qualquer corrida e que "em maio, 51% dos entregadores receberam R$ 19 ou mais por hora trabalhada. Esse valor é quatro vezes maior do que o pago por hora tendo como base o salário mínimo vigente no país."

Com piora no índice de transmissão do coronavírus e aumento na ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e de enfermagem em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou nessa sexta-feira (29) a paralisação no processo de reabertura da economia.

A volta gradual da atividade econômica no município foi iniciada na segunda-feira. A próxima fase estava prevista para o início da semana que vem. "Deus permita que na próxima semana não tenhamos de anunciar lockdown", afirmou ontem Kalil, durante o anúncio da suspensão da reabertura da cidade.

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A decisão levou em consideração também, conforme o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, risco de contágio em cidades do interior e da Região Metropolitana, que dependem do sistema de saúde da capital. Na última segunda, voltaram a funcionar na cidade shoppings populares, livrarias e salões de beleza, por exemplo. Na próxima segunda, voltariam lojas de roupas, calçados, acessórios e material esportivo, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de BH. Os setores que já voltaram continuarão funcionando. Para o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, a decisão da prefeitura de frear a reabertura chegou como "um balde de água fria".

O índice de transmissão do vírus na cidade passou de 1,09 na sexta-feira para 1,24 ontem. Também cresceu a taxa de ocupação de leitos em hospitais - de 40% para 52% em UTIs e de 34% para 43% para leitos de enfermagem. Kalil afirma que, se dependesse apenas da cidade, a reabertura poderia ocorrer de forma mais rápida. Mas, em apenas um dia, chegaram 56 pacientes de outros municípios para atendimento na capital.

Subnotificação

Há ainda o problema de falta de registros. A subnotificação de diagnósticos de covid-19 em Minas Gerais pode ser hoje de dez por um, ou seja, para cada caso oficial, existiriam, na verdade, dez, conforme cálculo da própria Secretaria de Estado de Saúde. Minas acumula 9.232 casos registrados de infecção. E as mortes chegam a 257.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do crescente número de infectados e das condições enfrentadas por técnicos de enfermagem e auxiliares na rotina da pandemia, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) é acusada de não garantir a segurança adequada à categoria. Em entrevista ao LeiaJá, o sindicato responsável relata que a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) é o motivo do alto índice de contágio no setor e, que o atendimento à população poderá ser recusado caso o Governo do Estado não tome providências.

"Esses profissionais estão adoecendo por não terem EPIs. Para você ter uma ideia de como a coisa está caótica [...] nós não temos nem a mínima condição de trabalho", denuncia o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert. De acordo com o último boletim epidemiológico, Pernambuco registrou 1649 profissionais da saúde foram confirmados com o novo coronavírus. Contudo, Herbert estima que mais de 50% dos técnicos já estejam contaminados devido à subnotificação dos casos.

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Segundo o Satenpe, o suposto descompromisso repercute na falta de profissionais capacitados na linha de frente. "Se não cuidarmos desses profissionais, nós vamos ter leitos de UTI, leito de retaguarda, respiradores, só não vamos ter o técnico de enfermagem para operacionalizar isso e cuidar do paciente", pontua. Uma das solicitações é a testagem em massa da categoria, que relatou uma espera de 20 dias para a realização dos exames.

A redução de profissionais em atividade acaba sobrecarregando a rede e o estresse vivenciado nos hospitais, pois cada técnico estaria atendendo até 10 pacientes. "Se a gente não tiver cuidado, não vamos ter técnicos de enfermagem para cuidar da população daqui a 20 dias", alertou o representante.

Sem adicional de insalubridade e com o salário inicial de R$ 774, mesmo doentes, os técnicos e auxiliares continuam nos postos cumprir com as obrigações. "Muitos estão indo trabalhar acometidos da Covid, para não ter seus salários indo para o INSS ou atrasados", destacou. Por isso, o sindicato vai anunciar uma campanha de arrecadação de cestas básicas e também busca patrocinadores para promover a testagem autônoma dos profissionais de todo Estado.

Hebert conta que já solicitou à SES que quartos de hotéis fossem disponibilizados para que os profissionais não retornem para casa espalhem ainda mais o vírus, contudo, não obteve resposta.

Na próxima quinta-feira (7), expira o prazo da liminar que autoriza auxiliares e técnicos em enfermagem recusar atendimento, caso a SES descumpra com o fornecimento adequado de EPIs. "O Governo tem que se justificar e dar EPIs, caso não, a gente vai se recusar a colocar nossas vidas em risco e vai haver um colapso no sistema de saúde de Pernambuco", afirmou o representante, que acrescentou, "se o Governo não me suprir de EPIs, eu serei impedido de trabalhar".

O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), que enviou a nota abaixo:

"O Governo de Pernambuco, por meio da secretaria estadual de Saúde (SES-PE), tem monitorado permanentemente o abastecimento e os estoques de EPIs das unidades da rede estadual de saúde. Além disso tem deflagrado diversas ações para garantir a compra de itens, de acordo com as especificações técnicas recomendadas pelos órgãos de controle, visando garantir a segurança do profissional de saúde e dos pacientes. Desde o início dos esforços comandados pelo Gabinete de Enfrentamento à Pandemia, já foram adquiridos e entregues às unidades da rede hospitalar mais de 16 milhões de unidades de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

É importante destacar que alguns desses tipos de EPIs, como a máscara N95, conforme protocolos e orientações técnicas das autoridades sanitárias, só são indicados para profissionais que estão em contato direto com os pacientes suspeitos ou confirmados da Covid-19, em procedimentos com risco de geração de aerossol. Além disso, as unidades da rede estadual têm feito um trabalho permanente de conscientização dos seus profissionais sobre o uso adequado e oportuno destes equipamentos.

Já está em funcionamento o terceiro centro avançado de testagem para Covid-19. O novo local, na Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), no Bongi, é voltado para os profissionais e servidores que atuam nas sedes da SES (Bongi e Boa Vista), além dos seus contatos domiciliares que também estejam apresentando sintomas gripais. O posto funciona diariamente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Além do centro de testagem do Bongi, também estão em funcionamento o do Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (Cefospe) – instituição vinculada à Secretaria de Administração (SAD), no bairro da Boa Vista, área central do Recife –, e no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), no Complexo de Salgadinho, em  Olinda. Estes postos funcionam diariamente, inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 17h, com capacidade para 60 atendimentos, cada. Nesses locais, para realizar a testagem, o profissional de saúde, segurança ou familiares precisam agendar o atendimento por e-mail (coletasede@gmail.com; coletacefospe@gmail.com; e para unidade Cecon: coletacecon@gmail.com).

No dia 25 de março, o governador Paulo Câmara também assinou a nomeação de 1.982 profissionais concursados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) para atuarem no enfrentamento da emergência da Covid-19 em Pernambuco. Foram 430 médicos, 319 profissionais de diversas categorias de nível superior e 1.233 de nível médio. Desse total, 1.681 já foram encaminhados para as unidades. As vagas estão sendo ocupadas gradativamente."

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A primeira etapa da campanha de vacinação contra o H1N1 foi interrompida na Escola Municipal Dom Hélder Câmara, no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, devido à falta de seringas. Por volta das 10h da manhã desta segunda-feira (23), os idosos que foram ao local esbarraram na falta de logística e foram postos de volta para casa.

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O ponto de imunização só abriu às 8h30, com pelo menos meia hora de atraso. O tempo de espera resultou em uma extensa fila de idosos; ambiente ideal para a propagação do Covid-19, relatou a professora de educação física Manuela Priori. "Falam tanto de controle, mas como tem a vacina e falta seringa?", questionou ao relatar que o material acabou às 9h30.

Sem disponibilizar fichas, cerca de 15 pessoas ainda estão dentro da escola aguardando a chegada do insumo. Os que foram ao local e receberam a informação sobre a paralisação das atividades, optaram em retornar para casa e evitar aglomerações.

Sem previsão para a chegada das seringas, uma das agentes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) - que não foi autorizada a se identificar - informou que cerca de 150 idosos foram vacinados antes do término das seringas. Com cerca de 30 doses restantes, ela conta que já solicitou a reposição tanto das seringas, quanto do medicamento. “A gente tá aqui à postos só esperando chegar as vacinas”, concluiu. 

O Campeonato Amazonense de Futebol de 2020 não vai ser mais disputado por causa pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira, após uma reunião entre a Federação Amazonense de Futebol (FAF) e os oito clubes participantes da competição.

Só não ficou decidido se ele foi encerrado ou cancelado. Seis clubes (Nacional, Princesa, Fast, São Raimundo, Irandua e Manaus) votaram pelo cancelamento da competição, enquanto Peñarol e Amazonas, as equipes que lideravam o campeonato, foram a favor do encerramento da disputa.

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Esta indefinição vai acarretar em uma nova reunião, sem data marcada, para definir se a competição terá ou não um campeão. Também será definido se haverá rebaixamento e os classificados para a disputa da Série D e da Copa do Brasil de 2021. Antes, a CBF terá de decidir como ficará o calendário do futebol nacional após a pandemia.

Após três rodadas disputadas, o Peñarol era o líder com nove pontos, contra sete de Amazonas e Manaus. A quarta colocação estava com o Nacional, com quatro pontos, seguido por São Raimundo e Princesa de Solimões, cada um com três. Fast só tinha um e a lanterna Irandua, nenhum ponto.

Em raro comunicado conjunto, a ATP e a WTA anunciaram nesta quarta-feira o cancelamento da temporada de saibro do circuito em razão da pandemia de coronavírus. As competições só vão retornar no início de junho, já para a curta temporada de grama do calendário. As entidades também congelaram os rankings, mantendo a indefinição sobre a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Inicialmente, a ATP havia suspendido o circuito masculino por apenas seis meses, com retorno no meio de abril. Já a WTA paralisara o calendário feminino até o início de maio. Antes, a organização dos Torneios de Indian Wells e Miami, dois dos maiores do circuito, abaixo apenas dos Grand Slams, também cancelaram suas edições deste ano.

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Desta vez, as duas entidades ampliaram a suspensão do circuito até o dia 8 de junho, quando terão início dos torneios na grama, tanto no masculino quanto no feminino. A temporada nesta superfície culmina em Wimbledon, marcado para 29 de julho. A data do Slam foi mantida, assim como as demais competições na grama.

Já os torneios de saibro foram todos cancelados, neste período entre março e junho. Isso inclui os tradicionais Masters 1000 de Madri e Roma, que contam com chaves masculina e feminina, além dos Torneios de Strasbourg, Rabat, Munique, Estoril, Genebra e Lyon. Os cancelamentos incluem as competições de nível challenger e ITF.

O único torneio da gira de saibro que foi mantido no calendário deste ano é Roland Garros, transferido para o período de 20 de setembro a 4 de outubro. A mudança, anunciada de forma inesperada na terça, causou polêmica entre as principais entidades do tênis mundial.

Isso porque afetará os torneios mais próximos, como o US Open, marcado para acabar uma semana antes da nova data de Roland Garros. Além disso, haverá choque com a Laver Cup, que passou a integrar o calendário oficial da ATP no ano passado, com pontos no ranking, inclusive.

Ao anunciar as mudanças no calendário, a ATP e a WTA não deixaram de alfinetar a decisão dos organizadores do Grand Slam francês. "O momento não é de agir de forma unilateral, mas em uníssono. Todas as decisões relacionadas ao impacto do coronavírus exigem consultas apropriadas e revisões diante dos acionistas, uma visão que é compartilhada por ATP, WTA, ITF, AELTC, Tennis Austrália e USTA", diz o comunicado, sem citar a Federação Francesa de Tênis (FFT), responsável pela organização de Roland Garros.

RANKINGS - A mudança da data do Grand Slam disputado em Paris e o cancelamento da temporada de saibro deixaram em aberto os critérios para a classificação olímpica. Inicialmente, as vagas seriam definidas pelo ranking a ser atualizado justamente no dia 8 de junho, que seria a lista publicada logo após a disputa de Roland Garros.

Nesta quarta, as entidades decidiram congelar todos os rankings. Assim, a pontuação de todos os tenistas será mantida intacta até o dia 8 de junho, se descontar nenhum ponto e também sem acrescentar mais nenhum, afinal todas as competições do período foram canceladas.

Desta forma, se mantiver esta data como definição da classificação para os Jogos de Tóquio, a ATP e a WTA vão confirmar os tenistas que já estão neste momento dentro da zona de classificação. As entidades não informaram se o formato da qualificação olímpica será mantido.

O Sindicato dos Professores Rede Municipal Recife (Simpere) decidiu manter a greve, pro tempo indeterminado, da categoria. A decisão foi tomada durante assembleia realizada nesta sexta-feira (13), no Tetro Boa Vista, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Apesar de ter sido decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, a continuação da greve foi aprovada pela categoria. "Ilegal é Geraldo Júlio [prefeito do Recife] que não cumpre com a lei federal do piso [salarial], não garante ampliação de abertura de vagas das creches, não garante professores para atender ao déficit, então quem está na ilegalidade é Geraldo Júlio", disse a coordenadora do Simpere, Claudia Ribeiro.

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A categoria alega que a rede municipal tem déficit de 1.050 professores, enquanto a previsão de vagas para o próximo certame - ainda sem data - é para apenas 100 docentes. Após a reunião, os docentes seguem em passeata pela avenida Conde da Boa Vista e seguem até à Câmara dos Vereadores, no bairro de Santo Amaro, também no centro da cidade. 

O Simpere garantiu que, desde o decreto da greve, está cumprindo todo o protocolo jurídico necessário para reconhecimento legal da paralisação, direito concedido pela Constituição Federal.

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Os professores da Rede Municipal de Educação do Recife decidiram pela deflagração de uma greve por tempo indeterminado após a realização de uma assembleia do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). A categoria exige da Prefeitura do Recife o pagamento do Piso Salarial do Magistério (que implica em um aumento de 12,84%), estabelecido por lei, com retroativo a janeiro tanto para quem tem salários abaixo do valor do piso, quanto o reajuste para os demais. 

De acordo com Claudia Ribeiro, coordenadora geral do Simpere, na última segunda-feira (9) a prefeitura apresentou uma proposta de parcelamento do percentual em três vezes a partir do mês de outubro (duas parcelas de 4,5% em outubro e novembro e uma de 3,80% em dezembro), sem retroativo. A proposta foi recusada, levando à greve da categoria. “A Prefeitura do Recife gastou R$ 1 bilhão com serviços de terceirização em 2019. É difícil acreditar que não têm dinheiro para pagar nosso piso com retroativo a janeiro”, afirmou a coordenadora do Simpere.

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Crédito: Simpere

Outras demandas

Além da campanha salarial, ainda há outras pautas de reivindicação dos professores municipais do Recife. Segundo Claudia, atualmente há um déficit de 1000 professores na rede municipal, enquanto a prefeitura só pretende realizar um certame com 100 vagas. O quantitativo, de acordo com ela, não chega nem perto de suprir as necessidades educacionais da cidade. 

A falta de creches, segundo a coordenadora do sindicato, é outro problema que afeta o sistema de educação do Recife. “Há menos de 80 creches em toda a cidade do Recife”, afirmou Claudia. Na opinião dela, a realização das matrículas exclusivamente pela internet também é um problema, pois afasta a comunidade das creches ao não permitir a matrícula de forma direta e carece de mais transparência quanto ao número de vagas disponíveis e sua localização. 

A estrutura das escolas, segundo Claudia, também é um problema que gera grande desconforto e cria um ambiente insalubre para professores, alunos e funcionários devido ao calor. “Nós chamamos as salas de sauna de aula” afirmou a sindicalista, que criticou o que classifica como uma propaganda enganosa promovida pelo marketing da prefeitura sobre a estrutura das escolas municipais. “A prefeitura gastou R$ 25 milhões em publicidade sobre escolas em 2019 e R$ 3 milhões até março para mostrar escolas que não correspondem à realidade”, disse ela. 

Ameaça ao direito de organização e greve

Outra queixa feita pela categoria dos professores é uma tentativa da Prefeitura do Recife de tentar coibir a realização de assembleias profissionais, direito garantido por lei e em convenções. “É uma postura muito parecida com a de Bolsonaro. Eles estão exigindo reposição das horas gastas em assembleia, mas é a administração pública quem tem que realizar a reposição das aulas para os alunos”, explicou a Claudia. 

O LeiaJá procurou a Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife para averiguar a denúncia dos professores e aguarda resposta oficial para atualizar esta matéria. 

Próximos passos

Cláudia Ribeiro afirmou que na próxima quarta-feira (11) a categoria dos professores realizará ações de conscientização sobre a greve nas escolas e comunidades do Recife, junto à população. Na quinta-feira (12), está prevista uma assembleia na Prefeitura da Cidade do Recife.

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Diante da dificuldade sofrida pelos usuários de ônibus com a assembleia na empresa Metropolitana, na manhã desta quinta-feira (5), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) garantiu reforço das composições para auxiliar na mobilidade.

Conforme o comunicado, as Linhas Centro e Sul terão a demanda do horário de pico estendida até às 9h. Mais trens serão colocados em circulação e os intervalos entre composições serão menores, garante a administradora.

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Em continuidade ao movimento do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, na manhã desta quinta-feira (5), uma nova assembleia impede a saída dos ônibus da empresa Metropolitana, no bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife. Segundo informações, a frota reserva da Rodoviária Caxangá assumiu parte das 49 linhas, contudo, o serviço segue prejudicado.

Em continuidade ao movimento do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, na manhã desta quinta-feira (5), uma nova assembleia impede a saída dos ônibus da empresa Metropolitana, no bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife. Segundo informações, a frota reserva da Rodoviária Caxangá assumiu parte das 49 linhas, contudo, o serviço segue prejudicado.

Um dia após a reunião que paralisou os coletivos da Rodoviária Caxangá, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), o sindicato voltar a dialogar com a categoria para reivindicar o fim da jornada de dupla função imposta aos motoristas, o que eles consideram como acúmulo de obrigações.

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Cobradores estão sendo retirado de seus postos para que os condutores assumam toda operação. Essa é uma forma de estimular o uso do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) e reduzir a movimentação de dinheiro nos coletivos.

Os profissionais estão reunidos na frente da garagem e aguardam as deliberações dos representantes da categoria. A previsão é que o debate encerre às 8h e o serviço seja retomado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, em um vídeo publicado em sua página oficial do Twitter neste domingo (1º), que a solução do "problema" no Ceará "passa pelo fim da paralisação ilegal dos policiais".

"Os policiais têm de ser valorizados, mas a paralisação é algo que a Constituição não permite", repetiu. Moro já tinha dito que o motim dos militares era ilegal, mas que eles não podiam ser tratados como "criminosos". O movimento dos PMs começou no dia 18 e, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, foram registradas 219 mortes, entre 19 e 26 de fevereiro.

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Moro também disse, neste domingo no Twitter, que a exploração política do caso não ajuda. "Temos que parar de explorar politicamente, tanto dentro do Estado do Ceará quanto fora do Estado do Ceará, essa situação", afirmou. "Temos que respeitar os poderes que estão envolvidos nessa negociação, os policiais, e o trabalho que o governo federal vem fazendo em apoio à população cearense", completou.

Uma liminar concedida pela Justiça Federal neste domingo (16) à Companhia Docas do Estado de São Paulo, proibiu a manifestação de caminhoneiros no Porto de Santos, no litoral paulista. Em um vídeo divulgado pelos motoristas, eles haviam indicado que bloqueariam o porto, por 24 horas, nesta segunda-feira (17).

Na determinação, o juiz Roberto da Silva Oliveira veta manifestações, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Os caminhoneiros estão impedidos de bloquear os acessos ao porto de Santos, entre os dias 17 e 21 de fevereiro.

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"Além disso, como pano de fundo, há uma operação previamente agendada, no mesmo período de tempo, para se evitar a proliferação do coronavírus, com possível contágio de tripulantes em navio que atracou em portos chineses. Portanto, não é desejável bloqueios que inviabilizam as medidas sanitárias que estão sendo tomadas", diz o juiz Roberto da Silva Oliveira, que concedeu a liminar.

Na última semana, caminhoneiros do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam) publicaram um vídeo em que o presidente da entidade, Alexsandro Viviani, anunciava o bloqueio do porto. Ele reivindicava o piso mínimo do frete, o valor dos combustíveis e a perda de trabalho no porto.

A operadora logística Rumo também conseguiu, neste domingo, uma liminar proibindo qualquer manifestação na área que cabe à empresa na região portuária. A sentença foi dada pelo juiz Vítor Gambassi Pereira.

Nova greve

Questionado sobre a possibilidade de uma nova greve, um dos líderes do movimento de 2018, Walace Landim, o Chorão, disse que a categoria tinha combinado de fazer uma paralisação na próxima quarta-feira, 19, para acompanhar a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela do frete. Mas, a pedido da Advocacia Geral da União (AGU), a votação foi suspensa.

O ministro do Supremo Luiz Fux chamou uma audiência de conciliação para o dia 10 de março. Caso não haja um resultado positivo para os caminhoneiros, Chorão diz que uma paralisação deve ocorrer, com apoio dele.

Nos grupos de caminheiros que o Estado acompanha, o movimento a favor de uma nova greve da categoria ainda é fraco. Até o momento, Ivar Schmidt, do Comando Nacional dos Transportes (CNT) não vê apoio dos demais caminhoneiros, pelo menos na CNT, que é um grupo forte no País.

Mesmo depois da determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco ordenando o fim da greve dos auxiliares e técnicos de enfermagem de Pernambuco, a categoria continua em protesto pelos seus direitos. Segundo o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, eles ainda não receberam a decisão judicial e, até segunda ordem, continuam com a paralisação. Os profissionais pedem por melhoria salarial e melhores condições de trabalho.

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O presidente do sindicato afirma que nesta sexta-feira (14), será realizada uma assembleia no Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife, para que a categoria possa definir os próximos passos. Francis salienta que se não forem notificados até esta sexta-feira (14), devem voltar com o bloqueio da Avenida Agamenon Magalhães, Centro do Recife, como fazem desde o último dia 30 de janeiro, quando deflagraram a greve.

Nesta última quarta-feira (12), quando o TJPE determinou o fim do protesto, policiais foram acionados para acabar com o bloqueio feito pela categoria na Avenida Agamenon Magalhães, área Central do Recife - até bala de borracha foi disparado para dispersar os protestantes.

“A gente está com um governo que se diz socialista e de repente solta o batalhão de choque em cima do trabalhador, pais e mães de família. É algo que não tenho nem palavras para descrever. Nós estamos buscando condições de trabalho e de repente recebemos aquela truculência”, aponta o presidente da Satenpe, que chegou a ser levado para a delegacia, mas liberado no mesmo dia.

Francis garante que, se a categoria for notificada, irá recuar porque “decisão judicial se cumpre”, mas vão tentar derrubar a liminar. “Nesse intervalo nós vamos nos movimentar. Se por acaso a coisa demorar a sair, vamos continuar com o movimento de rua com os profissionais que estarão de folga. O governo não nos cala mais”, frisa.

 

Técnicos e auxiliares de enfermagem de nível médio continuam em protesto reivindicando pela isonomia salarial; reposição das perdas salariais dos últimos 10 anos; adicional noturno; insalubridade; quinquênio e atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. A manifestação dos profissionais se arrasta desde o dia 30 de janeiro, quando eles paralisaram a Avenida Agamenon Magalhães, na altura do Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife. 

O sindicato aponta que o salário base da categoria em Pernambuco é de R$ 774, menos do que os R$ 1.045 que é o atual salário mínimo do trabalhador no país. Nesta última quinta-feira (6), representantes do Governo de Pernambuco se reuniram com o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), que afirma que o governo não levou proposta concreta para a mesa de negociação. 

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"Com essa omissão e desrespeito à enfermagem de nível médio, os trabalhadores continuarão realizando atos públicos na Região Metropolitana e no interior de Pernambuco", acentua o Satenpe. O sindicato da categoria revela que o governo alega que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede o avanço das negociações e "reconhece que os baixos salários são um problema que precisa ser resolvido". 

“Diante disso, a categoria permanece com a greve e a orientação do sindicato é que as unidades das emergências e urgências funcionem com até 30% do efetivo”, salienta a assessoria do Satenpe. Essa mobilização da categoria deve permanecer até o Governo de Pernambuco dar uma resposta. 

A partir das 5h desta quarta-feira (29), vários bairros da Região Metropolitana do Recife ficarão sem água. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a interrupção é para garantir o abastecimento durante os dias de Carnaval nas cidades de Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu. A paralisação segue até às 17h da sexta-feira (31). 

“A medida é necessária para que a Compesa possa atender de forma eficiente as quatro cidades e seus visitantes no carnaval, um dos períodos de maior aumento da população flutuante nas cidades de Pernambuco. Com a intensificação da demanda, precisamos assegurar a oferta de água agindo previamente com a manutenção dos sistemas. A parada é uma medida preventiva”, explica o gerente de Produção Metropolitana, Euris Oliveira. 

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Todos os bairros afetados são atendidos pelo Sistema Botafogo. A Compesa recomenda o armazenamento de água nas residências das áreas atingidas, nos ciclos de abastecimento que antecedem a parada. Confira as localidades:

Parte de IGARASSU

LOT NOVA AURORA

JANGA

CRUZ DE REBOUÇAS

MARANGUAPE I

PAU AMARELO

ANA ALBUQUERQUE

ROSEIRA

MATINHA

ABREU E LIMA

RES. PARK JARDINS

PE-22 INDAIÁ/PORTUGAL

MAROMBA

PE-15 BATALHÃO

MUTIRÃO (ENGENHO MARANGUAPE)

CAÉTES III

PARATIBE

CONJ. ANTONIO MARIA

ALBUQUERQUE PNEUS

ARTHUR LUNDGREN

JAGUARANA

D.HELDER

CASARÃO

RIACHO DO PRATA

DESTERRO

RES. GREEN VILLAGE

ALAMEDA PAULISTA

TUPY

RES. VILA AURORA

MARANGUAPE II

INHAMÃ

JARDIM PAULISTA

ALTO DO BIGODE

JAPÃO

MIRUEIRA

SEM TERRA

BENJAMIM GERAL

BONAPARTE / Residencial

PERIJUCÃ

BENJAMIM IGREJA

COLUNA

PELUDO

AGAMENOM GERAL

SÍTIO CAJÁ

URUBU

5ª TRAV. AGAMENOM

TABAJARA

ALTO NOVA OLINDA

ALTO NOVA OLINDA

JARDIM BRASIL

ALTO DO CAJUEIRO

SAPUCAIA

ALTO DA CONQUISTA

ALTO DA MACAÍBA

AGUAZINHA

ÁGUAS COMPRIDAS

RUA DA LINHA

JARDIM BRASIL

ALTO DA BONDADE ALTA

MANGUBA ALTO

MANGUBA BAIXO

RIBEIRA

CLETO CAMPELO

CÓRREGO DO AURELIANO (PARTE BAIXA)

CÓRREGO DO ABACAXI BAIXO

CÓRREGO DO ABACAXI ALTO

MONTE

PEIXINHOS

A partir das 00h da próxima terça-feira (28), a cidade de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, ficará sem água. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), será feito uma manutenção em parte do Sistema Tapacurá. A motivação é a alta demanda no período carnavalesco, já que durante o Carnaval a população do Grande Recife chega a triplicar a demanda por água.

Essa ação preventiva nos sistemas de abastecimento da Compesa segue até as 8h da quarta-feira (29). O Terminal Integrado de Passageiros (TIP), Condomínio Alphaville Brennand e o Parque Industrial do Curado também serão atingidos pela paralisação. A companhia reforça que duas equipes com 35 colaboradores executarão os serviços de manutenção eletromecânica no sistema produtor. Com a ação preventiva, a Companhia espera atender de forma eficiente os moradores das áreas e seus visitantes no período carnavalesco.

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A Compesa recomenda o armazenamento de água nas residências dos moradores das áreas afetadas, nos ciclos de abastecimento que antecedem a parada. Caso o cliente tenha alguma dúvida, pode entrar em contato pelo telefone 0800 0810195, que funciona 24 horas, nas lojas de atendimento ou acessando o site.

Após uma manhã inoperante, o serviço do metrô foi normalizado por volta das 13h, informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Na manhã desta quarta-feira (15), um problema elétrico interrompeu as atividades da Linha Centro.

As linhas de ônibus precisaram ser reforçadas emergencialmente para atender aos usuários que lotaram os pontos. Segundo a CBTU, a causa da paralisação foi um problema na rede elétrica entre as Estações Joana Bezerra e Recife.

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A Consórcio Grande Recife de Transporte Metropolitano implantou um plano emergencial e vai reforçar as linhas para tentar conter o sufoco dos usuários de transporte público na Região Metropolitana, nesta quarta-feira (15). A Linha Centro do metrô amanheceu paralisada, após uma nova falha elétrica.

A suspensão do serviço é decorrente de um 'problema na fiação elétrica entre as Estações Joana Bezerra e Recife', informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Por isso, todas as estações da Linha Centro foram fechadas. Uma equipe de manutenção iniciou os reparos, mas o prazo para o retorno do transporte ainda não foi definido.

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Para minimizar a restrição na mobilidade, a entidade responsável pelo controle dos ônibus implantou um plano de contingência com o acréscimo de coletivos nas ruas. Confira:

“As linhas BRT que contarão com o reforço são: 2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista), 2443 – TI CDU/TI Joana Bezerra e a linha 2480 – TI Camaragibe/ Derby terá viagens alternadas para o Terminal Integrado Joana Bezerra.

Além destas, serão reforçadas as linhas convencionais 202 – Barro/Macaxeira (Várzea) e 207 – Barro/Macaxeira (BR-101). Com estas linhas, os usuários poderão ter acesso à linha 2490 – TI Camaragibe/TI Macaxeira. Teremos ainda a ativação da linha especial TI Camaragibe/TI TIP.

Para tirar dúvidas ou enviar sugestões e reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou WhatsApp (99488.3999), exclusivo para reclamações”.

As linhas de produção da Casa da Moeda do Brasil funcionaram normalmente na manhã desta terça-feira, 14, mas, à tarde, "alguns grupos" de funcionários ficaram fora das fábricas localizadas em Santa Cruz, zona oeste do Rio, informou a assessoria de imprensa da estatal. Segundo Aluizio Jr., presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, que representa os funcionários, a produção começou a voltar ao normal nesta terça-feira, 14. Uma assembleia de trabalhadores está marcada para a quinta-feira, 16, às 8 horas.

Os empregados da empresa federal cruzaram os braços na sexta-feira, 10, e na segunda-feira, 13, em meio às negociações de um novo acordo trabalhista, que ocorrem enquanto a estatal foi incluída no programa de privatizações e perdeu o monopólio de produção em território nacional.

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A Casa da Moeda é responsável pela fabricação de notas e moedas de real, dos passaportes emitidos pela Polícia Federal (PF) e de selos postais e fiscais. Na segunda-feira, 13, o Banco Central (BC), principal "cliente" da estatal, informou que "está ciente" do movimento e que "mantém estoques de segurança" de cédulas e moedas de real.

O presidente do sindicato afirmou que não há movimento de greve, mas que os empregados reagiram espontaneamente, na sexta-feira, 10, a uma entrevista do diretor de gestão da Casa da Moeda, Fábio Rito Barbosa, veiculada no canal por assinatura GloboNews, na manhã daquele dia.

Barbosa disse à GloboNews que o elevado gasto com pessoal é um dos problemas que levaram a estatal a registrar prejuízos nos últimos anos.

A Casa da Moeda já tinha sido incluída no programa de privatizações do governo Michel Temer, mas o projeto não foi adiante. No governo Jair Bolsonaro, o secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, vem tentando retomar a venda desde 2019.

Em novembro, o governo editou uma Medida Provisória (MP) que tira o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Conforme a MP, a exclusividade para a prestação desses serviços acaba em 31 de dezembro de 2023.

A retomada do processo de privatização ocorreu em meio às negociações em torno do acordo coletivo, que expirou em dezembro. Segundo Aluizio Jr., a manutenção de "cláusulas sociais" previstas no acordo é o principal motivo de descontentamento entre os empregados da estatal.

O movimento da sexta-feira, quando parte dos funcionários ocupou a sede administrativa da Casa da Moeda, que fica no mesmo complexo do parque fabril, teria ocorrido de qualquer forma no dia do pagamento de janeiro. A entrevista do diretor apenas antecipou os protestos, disse Aluizio Jr.

Entre as "cláusulas sociais" estão benefícios como plano de saúde, adicional de insalubridade e serviço de transportes. A Casa da Moeda oferece ônibus particulares para levar os empregados até o complexo fabril, que fica numa área afastada do Rio, e desconta 1% do salário, abaixo do previsto na legislação do vale-transporte. Segundo o líder sindical, esse benefício está associado a condições de segurança - por causa da violência urbana, em geral, os operários da Casa da Moeda evitam comentar publicamente que trabalham no local.

Em meio ao impasse nas negociações sindicais, que chegou a passar pela mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o sindicato propôs em reunião na segunda-feira, 13, a assinatura de um acordo coletivo temporário, para durar enquanto seguem as conversas com a diretoria. A assessoria de imprensa da Casa da Moeda informou que a proposta de um acordo provisório "terá de ser analisada pela empresa". A ideia do sindicato é levar uma resposta da diretoria à assembleia de quinta-feira.

Na avaliação de Aluizio Jr., as questões trabalhistas pesam mais do que o processo de privatização nas motivações para os protestos dos empregados. Isso porque o sindicato articula a oposição à venda da estatal no Congresso Nacional - a MP que retira o monopólio ainda terá que ser convertida em lei. Mesmo assim, o presidente do sindicato criticou a "narrativa" da diretoria atual da Casa da Moeda, que teria o objetivo de "justificar" a privatização.

"O que cobramos da direção da Casa da Moeda é que seja fiel às condições da empresa. Quando o diretor (Barbosa) diz (na entrevista à GloboNews) que a folha de pagamentos dos funcionários gasta 46% do faturamento, é uma meia verdade. Foi assim porque houve uma queda de R$ 1,5 bilhão no faturamento", afirmou Aluizio Jr.

Desde 2010, a estatal vem registrando receita bruta anual acima de R$ 2 bilhões, mas, em 2016, a estatal lucrou R$ 60,2 milhões, 80,7% abaixo de 2015. Desde então, vem dando prejuízos. Reduções de contratos com a Receita Federal para a produção de selos fiscais e a própria redução da demanda por cédulas e moedas pelo BC vem enfraquecendo a Casa da Moeda financeiramente - e, portanto, aumentando o peso relativo dos gastos com os cerca de 2 mil funcionários como proporção das receitas.

Os funcionários da Casa da Moeda do Brasil, estatal responsável pela fabricação de notas e moedas de real, dos passaportes emitidos pela Polícia Federal (PF) e de selos postais e fiscais, estão parados desde a última sexta-feira (10). A estatal foi incluída no programa de privatizações do governo federal, perdeu o monopólio de produção em território nacional e o sindicato dos empregados está no meio das negociações do novo acordo trabalhista com a diretoria. O Banco Central (BC), principal "cliente" da Casa da Moeda, informou que "está ciente da paralisação e mantém estoques de segurança" de cédulas e moedas de metal.

Na sexta-feira (10), um grupo de empregados ocupou a sede administrativa da estatal, que fica no mesmo complexo do parque fabril, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Na segunda-feira (13), os funcionários se recusaram a trabalhar após registrar entrada na fábrica. O jornal O Estado de São Paulo tentou contato com a diretoria do Sindicato Nacional dos Moedeiros, que representa os empregados da Casa da Moeda, mas não obteve retorno.

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Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória (MP) que tira o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Conforme a MP, a exclusividade para a prestação desses serviços acaba em 31 de dezembro de 2023. Tudo isso, em meio às negociações em torno do acordo coletivo. O acordo vigente expirou em dezembro.

Em nota sobre a ocupação da sede administrativa na sexta-feira, a diretoria da estatal diz que "entende que a empresa e os funcionários passam por um momento de incertezas e preocupações", por causa da inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND), da quebra do monopólio e da dificuldade em fechar o acordo coletivo, mas ressalta que "qualquer manifestação tem seu local e representantes legalmente definidos" e que "todo excesso ou ilegalidade serão apurados".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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