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Uma liminar concedida pela Justiça Federal do Rio, neste sábado (30), proíbe caminhoneiros em greve de bloquear, mesmo que parcialmente, a rodovia BR-101, que margeia o litoral do País, na manifestação que foi marcada para segunda-feira, 1º. A decisão vale para todo o trecho da BR-101 no Rio, desde Paraty, no litoral sul, a Campos, no litoral norte.

Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedida ontem (29), já havia proibido bloqueios da Rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116 que liga São Paulo ao Rio. Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro pediu aos caminhoneiros que não fizessem greve na próxima segunda-feira. Durante um passeio em Brasília, o presidente disse que fez um "apelo" aos caminhoneiros, pois "o Brasil todo" perderia com bloqueios de estradas.

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Assim como a decisão contra a manifestação dos caminhoneiros na Via Dutra, quem bloquear a BR-101 pagará multa. A liminar da Justiça Federal do Rio, concedida pela juíza federal Itália Bertozzi, titular da 24ª Vara Federal da capital fluminense, impõe ao motorista que descumprir a ordem multa de mil reais por hora e por veículo.

A decisão, tomada no plantão judiciário, respondeu ação movida pela Autopista Fluminense, concessionária que opera a BR-101 no trecho entre a Ponte Rio-Niterói a divisa do Rio com o Espírito Santo.

Na liminar, segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal do Rio, a juíza ressalvou que é permitido aos manifestantes fazer suas reivindicações, "devendo, inclusive, a União e os agentes públicos (policiais militares, policiais federais e policiais rodoviários federais) garantir o exercício do legítimo direito de liberdade de expressão e manifestação". Só que, conforme escreveu a juíza, essas manifestações não podem impedir "o direito de ir e vir, inclusive para evitar eventuais prejuízos materiais e físicos aos demais cidadãos que possam estar em situação de emergência".

A próxima sexta (29) foi o dia escolhido pelos funcionários do Banco do Brasil para a realização de uma paralisação nacional contra a reestruturação proposta pela direção da instituição. As mudanças preveem o fechamento de 112 agências e o desligamento de cerca de cinco mil funcionários, além do descomissionamento de funções e da extinção do cargo de caixa.

“Mais uma vez, como não poderia deixar de ser diante da atual conjuntura de desmonte do BB e ataques aos direitos dos funcionários, os bancários e bancárias do banco público da base do Sindicato reafirmaram a sua disposição para a luta. Na sexta-feira 29, todos iremos cruzar os braços, de agências ou departamentos, trabalhando presencialmente ou em home office. Juntos somos mais fortes”, comenta a dirigente do sindicato da categoria e bancária do BB, Adriana Ferreira.

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O Sindicato orienta que bancários que necessitem de materiais ou orientações entrem em contato por meio do WhatsApp (11-99930-8483) ou através do dirigente responsável pelo seu local de trabalho. “O Sindicato reconhece o grave momento da pandemia de coronavírus. Portanto, não será possível a realização de piquetes em todos os locais e muito menos aglomerações. O Sindicato está preparado para dar o suporte necessário para a paralisação, mas a adesão deve ser voluntária e responsável, sempre com a utilização de máscaras e respeitando o distanciamento social”, completa Adriana.

Nesta segunda-feira (28), o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) julgou como abusiva a greve do Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife, ocorrida na terça (22). A categoria reclamou da decisão e promete realizar uma nova assembleia para discutir os próximos passos do movimento.

Além de cessar o risco de mais uma paralisação, o TRT-6 estipulou a multa diária de R$ 100 mil caso a determinação seja desrespeitada. "Por 8 votos a 7, o poder econômico falou mais alto no TRT. O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana afirma que a luta não acabou e garante que vai retomar o debate no próximo ano.

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“Continuaremos a organizar os rodoviários e população para fazer valer a vontade da categoria e da opinião pública: o fim da dupla função e o retorno dos cobradores em todos os ônibus do Recife e da Região Metropolitana", criticou em nota.

Sem a ameaça de uma nova greve, pelo menos nos próximos três dias, o Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE) aprovou o entendimento do TRT-6. "A Urbana-PE espera que, com a decisão, a população e a economia locais não sejam mais penalizadas com paralisações ilegais e injustificadas de um serviço essencial, especialmente no contexto de crise no qual nos encontramos", posicionou-se em comunicado.

Após reunião na manhã desta quarta-feira (23), a greve dos ônibus foi suspensa pelo Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife. De acordo com o presidente Aldo Lima, os profissionais já foram orientados a retornar aos coletivos e espera que o serviço seja normalizado no decorrer da tarde.

Em assembleia com a categoria, após uma manhã de tratativas com o Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE) e o Consórcio Grande Recife de Transporte Metropolitano, o representante informou que, “em respeito à população, nós rodoviários achamos melhor suspender a greve até que seja julgado o dissídio coletivo, no próximo dia 28”.

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Marcado para a próxima segunda (28), às 10h, o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região não deve ter mobilização da categoria, garante Aldo. “Esperamos que justiça seja feita. Infelizmente, ultimamente a Justiça só tem se posicionado quando é pra multar o sindicato, mas as empresas descumprem tudo e, infelizmente, não tem multa. A lei é pra todos”, afirmou.

O presidente já acionou os motoristas, mas explica que a entrega de 100% do serviço à população é de responsabilidade das respectivas empresas e do Consórcio.

No segundo dia de greve dos motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR), a nova determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região de por 50% da frota em circulação nos horários de pico segue sem ser obedecida. Nesta quarta-feira (23), às 10h, o Grande Recife Consórcio de Transporte participa de uma audiência de conciliação entre a categoria e o patronato.

Apesar da redução da obrigatoriedade dos coletivos em circulação, que caiu de 70% para 50%, durante o horário de pico pela manhã, estipulado das 5h às 9h, o levantamento do Consórcio mostra que a medida não está sendo cumprida. Às 7h, terminais integrados estavam com poucos passageiros, pois apenas 41% dos veículos operavam, equivalente a 997 ônibus.

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O número era ainda menor às 6h, quando 34% dos ônibus estavam nas ruas, correspondente a 833 coletivos. O ideal na greve, de acordo com a Justiça, era que 1.208 ônibus estivessem disponíveis à população.

Para garantir metade da operação, o Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE) autorizou que as rodoviárias contratem motoristas cadastrados no banco de dados.  Dessa forma, cada empresa fica responsável pela quantidade de contratados e pelo acordo contratual vigente.

Já o Sindicato dos Rodoviários aprovou a adesão da categoria e garante que vai continuar em paralisação até que as reivindicações sejam atendidas, sobretudo a volta dos cobradores. Em meio à pandemia e às vésperas do Natal, quando o comércio é aquecido, os trabalhadores pedem compreensão dos usuários. “Governador Paulo câmara e empresários, se vocês quiseram ônibus no Natal, honrem com o compromisso feito com a categoria. Quem transporta vidas merece respeito!”, pressionou em nota.

Os rodoviários cobram a Urbana-PE pelo pagamento retroativo a partir de julho no salário e no ticket alimentação, o fim das demissões de profissionais e a estabilidade de seis meses. Já o Governo é acusado de ‘fazer corpo mole’ para pôr fim à dupla função aos motoristas e estabelecer o retorno dos cobradores.

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Nesta terça-feira (22), o Sindicato dos Rodoviários deflagrou uma greve por tempo indeterminado após o descumprimento de um acordo por parte do Governo do Estado de Pernambuco, firmado no último dia 23 de novembro com o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. De acordo com Aldo Lima, presidente do sindicato, não houve o movimento paredista vai continuar nesta quarta-feira (23). 

“A greve está muito forte, é uma adesão massiva da categoria e não houve nenhum avanço, não houve nenhuma discussão até o exato momento, mas o sindicato espera que o Governo do Estado tome para si a responsabilidade de resolver esse impasse, porque só ele pode fazer isso”, afirmou Aldo.

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Ele também se queixa da atuação da polícia nas garagens das empresas de ônibus, que buscava impedir piquetes. “Logo nos primeiros horários do dia, início da manhã, a categoria foi surpreendida nas portas das garagens com um aparato policial gigante disponibilizado pelo Estado para reprimir um movimento legítimo dos trabalhadores onde estão apenas exigindo que seja cumprido o acordo que foi firmado (...) Estamos dentro de um direito garantido pela Constituição, mas fomos reprimidos e surpreendidos com um gigante aparato policial disponibilizado pelo Governo do Estado em detrimento da defesa dos interesses dos empresários”, contou o sindicalista. 

Apesar disso, Aldo enviou “um recado para a categoria” pedindo que sigam mobilizados na greve. “Não vão para as garagens, continuem firmes na luta em defesa dos direitos, porque eu digo sempre, essa luta é mais do que uma luta por por salário e ticket, queremos esses direitos que são necessários e importantes para a categoria, mas muito mais por dignidade e respeito diante desses trabalhadores que nem têm o Governo do Estado, que tem sido omisso, que tem lado e não é o lado dos trabalhadores, e as empresas que tanto oprimem essa categoria”, disse o presidente do sindicato.

O movimento reivindica o pagamento retroativo a partir de julho no salário e no ticket alimentação, o fim das demissões de profissionais e a estabilidade de seis meses, enquanto acusa o Governo do Estado de fazer “corpo mole” para acabar com a dupla função de motoristas através do retorno dos cobradores. 

Por sua vez, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) reitera que a portaria 167/20 e a Lei Municipal 18.761/20, que atendiam a principal demanda dos profissionais sobre o fim da dupla função aos motoristas, foram suspensas, classificando a greve como ilegal. Para Aldo Lima, que preside a categoria dos rodoviários, o movimento grevista é “100% legal”. 

“O sindicato jamais iria fazer um movimento paredista se não tivesse ocorrido o descumprimento, então eles não estão com a verdade e isso já está apresentado ao Tribunal Regional do Trabalho (...) Essa greve é 100% legal, todos os requisitos legais foram cumpridos. É importante destacar duas coisas que são distintas: uma lei suspensa porque está sob júdice, e a outra questão é uma portaria que não cabe ação judicial porque se trata de uma questão administrativa”,`disse ele. 

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Ciente da greve dos rodoviários anunciada para esta terça-feira (22), parte dos passageiros evitaram a tradicional confusão no transporte público em dias de paralisação no Grande Recife. Ainda que os veículos saíssem lotados, os Terminais Integrados receberam menos pessoas, que lutaram contra a demora entre viagens para chegar ao destino.

“Tem menos gente porque o pessoal viu a notícia e desistiu, porque sem ônibus fica muito ruim, principalmente pra voltar”, comentou o porteiro Williams Roberto. Retido no Terminal do Barro, localizado na Zona Norte do Recife, ele lamenta que a falta de coletivos vai atrasar ainda mais seu percurso. “O ônibus aqui sempre demorou. Leva uns 30 a 40 minutos, mas hoje deve demorar mais [...] levei 15 minutos para pegar o primeiro. Cheguei aqui faz mais ou menos 20 minutos e ainda não chegou", disse.

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O universitário Alex Humberto admite que precisou invadir a estação do metrô para tentar embarcar em um ônibus. “Para chegar aqui, pulei o muro do metrô. Cheguei agora a pouco e saí ciente de que estava tendo greve. O movimento está visivelmente menor”, confirma.

Já a dona de casa Edna Clemente revela que fez parte do trajeto a pé para reduzir o atraso a caminho de uma consulta no Hospital das Clínicas. “Vim até aqui de metrô. Pra pegar o metrô em Jaboatão foi tranquilo, mas tive que ir à estação a pé, porque não tinha ônibus. Quando chego aqui, normalmente já entro no ônibus, mas está demorando mais. Hoje tá difícil [...] tem menos gente e também menos ônibus”, reclamou.

Com informações de Lara Tôrres

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Sem a habitual movimentação de passageiros, a Integração de Joana Bezerra, no Centro do Recife, reúne usuários de ônibus que ficaram retidos no terminal por conta da greve dos rodoviários do Recife. Com menos da metade da frota nas ruas, os poucos veículos que chegavam à estação eram disputados entre bastante correria e empurrões.

A dificuldade para chegar ao trabalho, fez o cozinheiro Sérgio Lima pedir um reforço ao patrão. Ele conta que saiu de Nova Descoberta, na Zona Norte, e demorou 1h30 até Joana Bezerra, em um trajeto feito diariamente em 40 minutos. Com destino ao bairro de Boa Viagem, na Zona Sul, o profissional esbarrou nos altos preços dos aplicativos de transporte e aguarda a chegada do chefe para levá-lo ao serviço.

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Após gastar com uma baldeação de metrô que seria desnecessária, Joseane Maria reclama das informações desencontradas repassadas pelos funcionários do Terminal, que dificultam ainda mais a condição imposta aos passageiros. Em meio à confusão de horários, ela saiu do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e corre o risco de perder uma consulta no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), na área Central.

Ainda assim, a desempregada acredita que a paralisação dos motoristas poderia estabelecer uma realidade pior. “Eu percebo que não tá normal, mas também vejo alguns ônibus. Então, não está muito ruim”, avaliou.

Com informações de Lara Tôrres

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Anunciada desde a semana passada, a greve por tempo indeterminado dos rodoviários foi vigorada e dificulta a mobilidade na Região Metropolitana do Recife (RMR), na manhã desta terça (22). Com a frota reduzida, terminais integrados e pontos de ônibus estão lotados, mesmo com a tentativa da Companhia Brasileira de Trens (CBTU) de mitigar os impactos.

O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano considera o serviço de transporte público essencial devido a condição de crise sanitária e destacou a necessidade do cumprimento da Lei da Greve, que determina 70% dos coletivos em circulação nos horários de maior demanda. Entretanto, a medida não é respeitada e os recifenses sofrem para conseguir com a demora e veículos lotados para chegar ao trabalho e seus respectivos compromissos. A situação é totalmente contrária às medidas de enfrentamento à Covid-19 estipuladas pelo Governo de Pernambuco, sobretudo o distanciamento social.

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Durante a manhã, representantes do Sindicato dos Rodoviários impediram a saída de ônibus das garagens e informaram que vão ser reunir às 9h na sede da entidade, na área Central do Recife, em todos os dias de paralisação, que segue sem prazo para o fim.

Para auxiliar o translado na região, o metrô do Recife ampliou o horário de pico em 1h e vai operar com menor intervalo entre as composições até às 9h30 pela manhã e até às 21h, no turno da noite.

A greve foi instaurada pois os rodoviários afirmam que o Sindicato de Empresas de ônibus (Urbana-PE) e o Governo de Pernambuco não cumpriram o acordo selado no dia 23 de novembro para evitar a iminente paralisação. De acordo com a categoria, nada do que foi negociado durante a conciliação com o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região foi cumprido.

Eles reivindicam a Urbana-PE pelo pagamento retroativo a partir de julho no salário e no ticket alimentação, o fim das demissões de profissionais e a estabilidade de seis meses. Já o Governo é acusado de ‘fazer corpo mole’ para pôr fim à dupla função aos motoristas e estabelecer o retorno dos cobradores.

Por conta da greve anunciada pelos rodoviários, a partir da próxima terça-feira (22), o metrô do Recife terá seu horário de pico ampliado. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que, enquanto durar a paralisação, o modal terá uma hora a mais de funcionamento reforçado, tanto pela manhã quanto no final do dia. 

A medida ampliará a quantidade de viagens de trens para tentar facilitar o deslocamento na região metropolitana do Recife. Os horários de pico do sistema são os que têm maior número de passageiros transportados e, por isso, maior quantidade de veículos em operação. 

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Geralmente, o reforço na frota acontece até às 8h30, pela manhã e 20h, na parte da noite. Novo horário de pico se estenderá até às 9h30 e no final do dia até 21h.

Greve dos rodoviários

Em decisão tomada na última quarta-feira (16) e divulgada através do Sindicato dos Rodoviários, a paralisação da categoria foi decretada após o descumprimento do acordo firmado entre os trabalhadores e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE), que encerrava a dupla função do motorista e deveria recolocar os cobradores nos ônibus que rodam pela cidade. 

A medida foi aprovada e sancionada por meio da Lei Municipal 18.761/2020, e foi publicada na Portaria Nº 167/2020, que atestou o vigor da lei a partir de 3 de dezembro. Após comunicar que não era possível dar fim à dupla função na RMR, mesmo sob acordo, a Urbana-PE obteve a suspensão da portaria, por meio de uma medida cautelar enviada à Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Os rodoviários da Região Metropolitana do Recife aprovaram nesta quarta-feira (16), a deflagração da greve a partir das 00h do próximo dia 22 de dezembro. A paralisação da categoria acontece em razão do descumprimento do acordo firmado junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região.

O acordo em questão determinava o fim da dupla função e o retorno dos cobradores que foram demitidos - mas isso não foi colocado em prática no Grande Recife. Segundo os rodoviários, a greve será por tempo indeterminado, até que a Portaria 167/2020, que revogou a autorização excepcional para que os ônibus circulem sem cobrador.

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Os rodoviários também querem que haja o pagamento imediato do reajuste retroativo nos salários e tickets, cumprimento da garantia de emprego de seis meses, dentre outras coisas.

Em uma primeira rodada de reuniões, o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) aprovou a greve de ônibus a partir da próxima terça-feira (22). A interrupção do transporte público não teve prazo estipulado, mas pode ser suspensa ainda na tarde desta quarta (16), caso a categoria vote contra a greve. 

A votação referente a paralisação segue em duas assembleias com os trabalhadores, agendadas às 15h e 16h, na sede do sindicato, na área Central do Recife. Para cobrar pelo cumprimento do acordo feito com a Sindicato de Empresas Rodoviárias (Urbana-PE), junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), motoristas e cobradores ameaçam deflagrar a greve na semana do Natal.

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Além da recontratação de cobradores, estipulada na portaria 167/20 do Governo do Estado, os rodoviários negociaram seis meses de estabilidade, e o reajuste de 2,64% no salário e no ticket retroativo a julho de 2020. Contudo, indica que a Urbana-PE ainda não cumpriu com nenhuma das promessas.

O Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) decide sobre a greve dos ônibus nesta quarta-feira (16). Além da recontratação de cobradores, a categoria alega que o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE) desrespeita o acordo selado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Os trabalhadores cobram pelo cumprimento da Portaria 167/20, que determina o retorno do cobrador aos coletivos. Eles também alegam que ainda não foi garantida a estabilidade de seis, nem o valor retroativo de julho a dezembro do ticket alimentação, combinados em conciliação com a Urbana-PE. Para os rodoviários, os patrões não respeitam "nada nem ninguém. Só respeitam o dinheiro arrancado com o suor, o sangue e a vida dos trabalhadores".

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Por isso, a categoria debate sobre a paralisação do serviço em reuniões durante a manhã e à tarde, na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. "A Urbana-PE não cumpriu nada, e diante disso, eu quero convocar toda a categoria para que a gente possa discutir e dar uma resposta à altura, tanto a Urbana, que tem descumprido tudo, quanto ao Governo, para que tome uma medida enérgica, para que as empresas cumpram a portaria que foi publicada", afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima.

Na manhã da quarta (9), representantes dos rodoviários foram às garagens das empresas Caxangá, Metropolitana, Pedrosa e Transcol, e bloquearam a saída de coletivos sem cobrador. A fiscalização foi dissolvida pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Um dia antes da greve, anunciada para o dia 24 de novembro, eles conseguiram a portaria do Governo de Pernambuco, que indicava o retorno dos cobradores nos ônibus da Região Metropolitana do Recife. A categoria ainda negociou a estabilidade de seis meses e o reajuste de 2,64% no salário e no ticket retroativo a julho deste ano.

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Insatisfeito com o descumprimento das leis que estipulam o retorno dos cobradores, o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) pode paralisar o serviço de transporte coletivo nesta semana. A categoria agendou assembleias nesta quarta-feira (16) e vai debater sobre a possibilidade de instaurar uma greve de ônibus.

"A dupla função não acabou e os cobradores não voltaram. As demissões continuam e os retroativos não foram pagos", pontou o sindicato ao anunciar as reuniões, que ocorrem em dois turnos, na sede da organização, localizada no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife.

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Na ocasião, os trabalhadores vão discutir sobre a aprovação do valor negociado para o ticket alimentação e a deliberação da greve, em face ao descumprimento da Lei Municipal 18.761/20, da Portaria 167/20 e do acordo firmado com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE) em uma conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região.

Na manhã da última quarta (9), os representantes dos rodoviários foram às garagens das empresas Caxangá, Metropolitana, Pedrosa e Transcol, e bloquearam a saída de coletivos sem cobrador. A fiscalização foi dissolvida pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Um dia antes da greve, anunciada para o dia 24 de novembro, os rodoviários conseguiram a portaria do Governo de Pernambuco, que indicava o retorno dos cobradores nos ônibus da Região Metropolitana do Recife. A categoria ainda negociou a estabilidade de seis meses e o reajuste de 2,64% no salário e no ticket retroativo a julho deste ano.

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Após o anúncio feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no início desta semana, de que havia risco de paralisação nas fábricas por causa de falta de peças, as primeiras linhas de montagem começam a ser desligadas. No ABC paulista, a Mercedes-Benz cancelou dois sábados de produção extra que tinham sido convocados para atender à demanda aquecida. Na fábrica da General Motors (GM), em São José dos Campos (SP), um comunicado no mural de avisos informa que a produção da picape S10 pode ser interrompida por um ou dois dias nas próximas duas semanas.

A retomada da demanda mais rápida do que se esperava, após meses de economia enfraquecida por causa da pandemia, desorganizou as cadeias de produção, obrigando fábricas de diferentes setores a adotarem "microparadas" e, segundo especialistas, o restabelecimento da sincronia entre os elos pode levar mais alguns meses.

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Não há ainda registros de paralisação completa de montadoras, mas, inevitavelmente, os atrasos das entregas de insumos retardam a produção em um momento em que os fabricantes precisavam acelerar para atender a já longa lista de espera, sobretudo de clientes frotistas, como locadoras.

"Um dia falta aço, no outro falta pneu, no outro falta longarina (componente do chassis do caminhão)", comenta o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes. Por causa da falta de peças, a espera por caminhões encomendados à fábrica da Volks em Resende (RJ) chega a "meses", segundo o executivo.

Para compensar volumes que se tornaram inalcançáveis - o que ocorreu também porque menos operários estão trabalhando nas linhas para evitar aglomerações -, a companhia cancelou as férias coletivas de fim de ano. "Vamos trabalhar durante todo o mês porque é obrigação nossa entregar o produto."

Na Fiat, o mesmo problema. O abastecimento de alguns insumos mostrou instabilidade, tanto de volumes como de prazos nos últimos dias, o que levou a uma diminuição, em "ocasiões pontuais", no ritmo das linhas de montagem, informou a empresa.

Desbalanço

 

Na tentativa de assegurar as matérias-primas e o fornecimento dos veículos, as montadoras têm dado apoio logístico e, em alguns casos, financeiro, para os insumos chegarem a fornecedores da base da cadeia. "Montadoras estão usando o frete aéreo para antecipar a entrega de material e diminuir o tempo, mas há um aumento de custo. Estão sendo observadas micro paradas ou paradas pontuais", diz o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. "Nossa cadeia de fornecedores é muito longa, há muito material importado. Houve uma parada muito forte no início da pandemia. Agora, com a retomada, que foi ficando mais forte, houve um desbalanceamento da cadeia produtiva", acrescenta.

Importante fornecedor de insumo para as montadoras, o setor de aço está operando com 68,4% da capacidade instalada das siderúrgicas, patamar superior ao do período pré-crise. Segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, dada a crise de demanda no início da pandemia, os principais mercados consumidores de aço reduziram drasticamente suas compras e, naquele momento, as usinas ajustaram a produção. Em abril, o pior momento em termos de pedidos para as siderúrgicas, o setor operou com 43% de sua capacidade, com 14 dos 31 altos-fornos apagados, sendo que seis já estavam desligados antes da crise.

"Quando tivemos o primeiro sinal de recuperação da economia, a siderurgia retomou sua produção", diz o executivo. Hoje, frisou, apenas os equipamentos que estavam desligados antes da pandemia não estão operando. Sua percepção é que no início do ano a situação estará normalizada.

Até lá, a indústria automotiva deve ter sua recuperação atrasada, o que é negativo para todo País, dado o peso do setor na economia, diz a economista Renata de Mello Franco, do FGV Ibre. "Isso tem um efeito multiplicador também, porque, se segmentos veem uma demanda melhor e conseguem atendê-la, seria normal que começassem a contratar mão de obra." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sindicato dos Rodoviários passou a maior parte da manhã e o início da tarde desta quarta-feira (9), fiscalizando as garagens da Caxangá, Metropolitana, Transcol e Pedrosa e não permitindo que os ônibus sem cobrador saíssem para realizar as viagens. 

A Polícia Militar esteve presente no ato do Sindicato e, segundo publicado pela categoria em sua página do Facebook, os PMs foram os responsáveis pelo encerramento da ação, possibilitando assim que os ônibus, mesmo sem os cobradores, realizassem as viagens.

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Os rodoviários querem que as empresas responsáveis pelo transporte público da Região Metropolitana do Recife cumpram o que determina a portaria que determina o fim da dupla função no Grande Recife - o que ainda não foi colocado em prática.

Esse acordo foi feito pelo Governo de Pernambuco, juntamente com a categoria, tendo sido mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no último dia 23 de novembro.

Na época, os rodoviários conseguiram uma portaria com abrangência metropolitana estabelecendo não só o fim da dupla função, mas também o retorno dos cobradores aos ônibus convencionais - a única exceção são os veículos do tipo BRT.

"Seguiremos firmes para que se cumpram todas as determinações legais que combatem a dupla função e, se preciso for, deliberaremos por uma greve geral em todo o sistema de transporte público, caso o acordo fechado no dia 23 de Novembro entre as partes e o TRT continue sem ser respeitado", confirma o sindicato. 

Para deliberar sobre essa possível greve, o Sindicato dos Rodoviários está convocando todos os rodoviários e rodoviárias para uma assembleia na sede da sua entidade, localizada na Rua Araripina, 111, Santo Amaro.

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Para cobrar pela ampla reavaliação do piso salarial e respeito ao Plano de carreira, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) paralisou as atividades nesta quinta-feira (26) e promoveu um ato em frente ao Palácio do Campo das Princesas, na área Central do Recife. Os professores e servidores da rede pública suspenderam as aulas para reivindicar por mais compromisso do Governo do Estado com a categoria.

De acordo com o sindicato, o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa na sexta (20), contempla apenas 5.611 professores e deixa 57.389 servidores de fora. Na prática, os profissionais com menos qualificação e tempo de serviço receberão o aumento em 2021, enquanto os formados no antigo magistrado não terão reajuste. “Isso destrói e enterra nosso plano de carreira, uma luta de duas décadas”, aponta o presidente do Sintepe, Fernando Melo.

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Na luta para que o projeto seja modificado através de emendas, Fernando reclama da posição da gestão estadual. "Ao atualizar o piso, o governo tem automaticamente que cumprir a lei do Plano de cargos e carreiras. Pelo projeto que ele enviou, todas as pessoas que estão na classe inicial estão recebendo igual a quem tinha o antigo curso de magistério", descreveu.

Ele ressalta que houve tentativas de negociação nos dias 6 e 18 deste mês, quando o sindicato chegou a ser recebido por representantes do Governo. Na última ocasião, a equipe do governador Paulo Câmara prometeu uma resposta no dia seguinte, no entanto, não manteve contato.

"Hoje completamos oito dias da marca que foi marcada para um retorno do Governo com relação a esse processo de uma possível renegociação. São oito dias de silêncio e estamos aqui para cobrar [...] essa atualização deve ser feita sempre a partir de primeiro de janeiro de cada ano e o governo enviou o projeto quase no fim do ano. Com praticamente um ano de atraso”, critica Fernando.

Em contrapartida, o líder dos profissionais da área de Educação promete flexibilidade para o reajuste integral, com a proposta de escalonamento a todos os servidores da rede pública, "mas o Governo foi bastante autoritário. Se fechou justificando uma lei complementar de maio, que congela o salário dos servidores públicos até dezembro de 2001. Só que essa lei do Governo Federal excetua professores", indicou.

Com carro de som e faixas, a categoria reuniu-se em frente à sede da gestão para pleitear a alteração da campanha salarial do próximo ano. A expectativa é ser recebida pelo governador Paulo Câmara e debater a proposta para que o aumento seja amplo e não apenas para os professores que recebem abaixo do piso. "A nossa luta é para que o Governo possa rever o projeto, através da apresentação de emendas, para que a gente possa contemplar a lei de 1998, respeitando o plano de carreira e o único instrumento de valorização que a nossa categoria tem hoje em Pernambuco", concluiu.

Esta é a segunda paralisação do Sintepe para cobrar por essa alteração do projeto. O presidente não descartou a possibilidade de greve e garantiu uma nova assembleia na próxima semana para avaliar a paralisação das aulas com a categoria.

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O Sindicato dos Trabalhadores e Educação de Pernambuco (Sintepe) anunciou que realizará uma paralisação na próxima quinta-feira (26). De acordo com a categoria, não haverá atividades presenciais nem remotas, "em defesa do Piso Salarial e das férias em janeiro". Os docentes também farão um Ato Político em frente ao Palácio do Campo das Princesas, às 9h.

O ato se refere, segundo o Sintepe, ao Projeto de Lei (PL) número 1,720/2020, enviado à Assembleia Legislativa que, "adequa ao Piso Salarial Nacional do Magistério o valor nominal do vencimento base das faixas que indica do cargo público de provimento efetivo de Professor da Rede Pública Estadual de Ensino". De acordo com a categoria, a PL "enterra nosso Plano de Cargos e Carreira conquistado com tanto suor e lutas há 22 anos".

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"O PL 1.720, enviado vergonhosamente no apagar das luzes para a Assembleia Legislativa, reduz o poder aquisitivo de 57.389 trabalhadoras e trabalhadores em educação de Pernambuco, porque não aplica ao PCCV o Piso Salarial do Magistério. Nessa maldade do Governo incluem-se também aposentados/as e pensionistas. Apenas 5.611 professores/as serão impactados pelo reajuste do Piso que já deveria ter sido aplicado em 1º de janeiro", destaca o sindicato.

O Sintepe também declarou que está trabalhando em uma proposta de para normatizar os direitos no trabalho remoto, como o direito à desconexão, liberdade de cátedra, liberdade autoral e registro de tempo trabalhado. O sindicato ainda garante que a pauta do ato também aborda questões como normas para afastamento de professores/as com comorbidades ou com parentes com comorbidades.

Confira, na íntegra, a nota do Sintepe:

"NOTA DO SINTEPE

Governo de Pernambuco ataca nosso Plano de Cargos e Carreira e nós precisamos lutar!

O Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 1.720/2020 que enterra nosso Plano de Cargos e Carreira conquistado com tanto suor e lutas há 22 anos.

Após oito meses de insistência e tentativas de negociação por parte do Sintepe, o Governo decidiu desobedecer duas leis federais e uma lei estadual de uma só vez. Descumpre a Lei do Piso Salarial do Magistério e rasga a Lei 11.559/1998 - que institui nosso Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV). Também, descumpre a Lei 173/2020, que trata de congelamentos de reajustes na pandemia, mas que excetua "determinação legal anterior à calamidade pública". A lei do Piso Salarial é uma determinação legal anterior à calamidade pública.

O PL 1.720, enviado vergonhosamente no apagar das luzes para a Assembleia Legislativa, reduz o poder aquisitivo de 57.389 trabalhadoras e trabalhadores em educação de Pernambuco, porque não aplica ao PCCV o Piso Salarial do Magistério. Nessa maldade do Governo incluem-se também aposentados/as e pensionistas. Apenas 5.611 professores/as serão impactados pelo reajuste do Piso que já deveria ter sido aplicado em 1º de janeiro.

PARALISAÇÃO

A categoria aprovou em assembleia geral mais um dia de Paralisação da Educação Estadual. Na quinta-feira, 26 de novembro, não teremos nem atividades presenciais, nem remotas! Todos e todas em defesa do Piso Salarial e das férias em janeiro! Além da paralisação, teremos mais um Ato Político em frente ao Palácio do Campo das Princesas, às 9h, onde denunciaremos à imprensa e a todos os pernambucanos e pernambucanas o descaso do Governo Estadual com a educação pública.

⠀Na assembleia também foram esclarecidos diversos pontos de nossa luta. Além da luta pela atualização do Piso Salarial com repercussão em toda a carreira da Educação, o Sintepe também está trabalhando em uma proposta para normatizar os direitos no trabalho remoto, como o direito à desconexão, liberdade de cátedra, liberdade autoral e registro de tempo trabalhado no SIEPE. Também é luta do Sindicato com a categoria a garantia das férias de janeiro, como é de costume e faz parte do planejamento das famílias dos estudantes e dos/as trabalhadores/as em educação.

Outras questões como normas para afastamento de professores/as com comorbidades ou com parentes com comorbidades também estão na pauta permanente de lutas do Sintepe e deve ser publicada uma Instrução Normativa garantindo estes afastamentos.

O Sindicato vai continuar sua campanha de mídia e denunciando na imprensa, tanto o crescimento de casos de contágios da covid-19 nas escolas, quanto o fato do Governo de Pernambuco está fora da lei, descumprindo a Lei Federal do Piso Salarial, a Lei Estadual do Plano de Cargos e Carreiras e a Lei Federal da pandemia.

Vamos continuar na luta por nossos direitos, pela vida e pela educação dos Pernambucanos e Pernambucanas.

A DIREÇÃO DO SINTEPE"

A quatro dias para a greve anunciada pelos motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana do Recife, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) afirmou que a mobilização é um "absurdo". Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Fernando Bandeira avaliou a lei municipal que proíbe a dupla função dos rodoviários e comentou sobre as possibilidades de reajuste da tarifa.

Sancionada pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), no dia 30 de outubro, após uma série de protestos do Sindicato dos Rodoviários, a Lei 18.761/2020 "proíbe o acúmulo de funções de motoristas de ônibus e cobrador de tarifas no transporte público coletivo do recife".  A categoria usa a decisão como recurso para pleitear a recontratação dos profissionais, vítimas de um movimento de demissão em massa nas garagens. "Como é que um sindicato convoca uma greve numa pandemia por uma lei municipal que nem está em vigor?", questiona o representante dos empresários.

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Sem intenção de recuperar os postos de trabalho, o presidente aponta que a determinação não estipula a volta dos cobradores. "Em momento nenhum a lei fala em recontratar cobrador, ela proíbe a dupla função", reforça. Mesmo com mais de 70% das linhas percorrerem a capital, ele classificou a greve como absurda, pois a norma tem efeito apenas no Recife e não em toda Região Metropolitana. "Tá completamente incoerente. A lei é municipal e ele [o sindicato] faz uma greve no sistema metropolitano, prejudicando mais de um milhão de pessoas numa pandemia. Ou seja, completamente foram de qualquer contexto racional. Acho um absurdo", criticou.

“Os rodoviários estão fora da realidade brasileira”

Bandeira explicou que a intenção é estimular o uso e qualificar o sistema do cartão VEM. "As cidades do Nordeste como, Fortaleza, Natal, Aracaju e Maceió, todas sem cobrador. É uma lei incoerente na minha maneira de ver [...], então não entendo esse movimento sindical, é estranho dessa maneira", comparou.

Além do fim das demissões, o Sindicato dos Rodoviários pede o aumento salarial, previsto para 2021, e a estabilidade de um ano no emprego. A Urbana-PE diz que tentou negociar a campanha salarial desde julho, mas os trabalhadores mostraram-se inflexíveis. "Novamente, o sindicato tá fora da realidade brasileira. Numa inflação de 3%, vou dar 29% [no salário]? Vou dar 79% de ticket? Isso não existe. É um absurdo", disparou o gestor.

Sem contraproposta, os empresários solicitaram adiar o realinhamento salarial por um ano. "Numa pandemia, você rodando com apenas 70% da sua frota, não tem condições nenhum em dar qualquer aumento salarial", reprovou.

Escalonamento seria a solução para conter pandemia

Questionado sobre a condição oferecida aos usuários em meio à pandemia, o presidente minimizou o risco de contágio da Covid-19 nos ônibus. "Como é uma viagem mais curta, se você operar com as janelas abertas, a contaminação é muito menor que restaurantes, shoppings e lojas. Então, você tem uma transmissão muito menor que em vários setores", considerou Bandeira, que propôs o escalonamento de horários do comércio, indústria, colégios e lojas para evitar o aumento de contaminações no Transporte Público.

De acordo com os cálculos da Urbana-PE, na pior fase da pandemia, em que as restrições impostas pelo Governo Estadual eram mais severas, a receita caiu para 25%. Após cerca de oito meses de combate à doença, a margem de arrecadação subiu para 70%. Porém, o representante dos empresários lamentou a falta de auxílio de todas as esferas do Executivo para mitigar os efeitos da Covid-19 no setor. Ainda assim, o representante garante que não há expectativa para o aumento no valor das passagens. "Nesse momento, isso não é possível", assegurou.

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O Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife se posicionou na tarde desta quarta-feira (18), sobre a posição da categoria em decretar greve na próxima terça-feira (24). A categoria afirma reconhecer as dificuldades causadas por uma greve e que essa é a "única alternativa" para reivindicar pelos direitos. 

"Nenhum de nós acha a greve uma tática agradável. É uma luta muito árdua também para os grevistas. Vamos entrar em greve porque esta é a única alternativa que os empresários do transporte e o Governo do Estado, que é o gestor do sistema, nos deixaram", diz o sindicato.

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Além disso, eles apontam que há meses estão tentando negociar a campanha salarial com os patrões, que - segundo afirma a categoria - encerraram as negociações e querem "empurrar a renovação da antiga convenção de trabalho que nos faz trabalhar horas e horas de graça e obriga o motorista a cumprir a função de cobrador", salienta.

O Sindicato dos Rodoviários pede que a população compreenda o movimento e afirma que os transtornos não acontecem apenas em dias de greve, mas também nos dias normais. 

"Os ônibus demoram a passar, circulam lotados, quentes e as viagens são intermináveis com o motorista dirigindo e passando troco. Enquanto os empresários e os gestores do sistema de transporte seguem em seus carros, somos nós, usuários e rodoviários, que enfrentamos no dia a dia o caos que é o transporte público em nosso estado", aponta a categoria. 

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