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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira, 18, o preço das passagens aéreas no Brasil e disse que o governo terá de "se debruçar" sobre o assunto. Ele deu as declarações em Macapá, capital do Amapá, onde foi entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida e fazer anúncios na área de energia.

"De vez em quando uma passagem de avião daqui (de Macapá, capital do Amapá) para Brasília chega a custar R$ 10 mil. Não tem explicação", disse o presidente. "Não tem explicação o preço das passagens de avião neste País. Essa é uma coisa que o governo vai ter que se debruçar, o Senado vai ter que se debruçar para a gente tentar encontrar uma solução", disse Lula.

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O governo do petista planeja um programa para baratear preços de passagens aéreas, o Voa Brasil. A medida era esperada para este ano. O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, porém, disse nesta segunda-feira que ficará para 2024.

A pasta anunciou na manhã desta segunda as primeiras medidas para redução dos preços das passagens aéreas. O anúncio, feito em conjunto com representantes das companhias aéreas, foi focado na promessa de maior volume de promoções.

O Voa Brasil foi mencionado pela primeira vez no primeiro semestre deste ano, quando o ministro de Portos e Aeroportos ainda era Márcio França. A ideia seria oferece passagens a R$ 200 para alguns setores da população. Segundo Costa Filho, a apresentação do programa deve ser na segunda quinzena de janeiro.

Ações estruturantes

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) avaliou em nota, nesta segunda, que o pacote de promoções de passagens feito pelas empresas aéreas em conjunto com o Ministério de Portos e Aeroportos mostra "cooperação do setor aéreo com a agenda de democratização da aviação". A entidade destaca que "somente com ações estruturantes e de longo prazo o setor poderá efetivamente ter redução de custos".

A Abear apontou que, "em todo o mundo, as companhias aéreas ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise de sua história" e que o preço das passagens no Brasil segue o movimento global, acompanhando o aumento dos custos do setor.

Em evento em Brasília que reuniu o ministro da pasta Silvio Costa Filho e representantes das principais aéreas que operam no Brasil (Azul, Gol e Latam) apresentaram planos de disponibilidades de assentos a preços promocionais. Por parte do governo, apesar das expectativas, não foi anunciada nenhuma ação concreta. "Essa é a primeira etapa do programa. Esperamos agendas como essa em 2024?, disse Costa Filho.

Na semana passada, os CEOs da Gol, Celso Ferrer, e da Azul, John Rodgerson, afirmaram em evento para investidores que as conversas com o governo para redução de passagem envolveram três pontos: preço dos combustíveis, alta judicialização do setor e custo de crédito.(Com Ana Rita Cunha, especial para o Broadcast)

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) avalia que o pacote de promoções de passagens feito pelas empresas aéreas em conjunto com o Ministério de Portos e Aeroportos mostra "cooperação do setor aéreo com a agenda de democratização da aviação". Em nota, a entidade destaca que "somente com ações estruturantes e de longo prazo o setor poderá efetivamente ter redução de custos".

Na nota, a Abear apontou que "em todo o mundo, as companhias aéreas ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise de sua história" e que o preço das passagens no Brasil segue o movimento global, acompanhando o aumento dos custos do setor.

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Em evento em Brasília que reuniu o ministro da pasta Silvio Costa Filho e representantes das principais aéreas que operam no Brasil, Azul, Gol e Latam apresentaram planos de disponibilidades de assentos a preços promocionais. Por parte do governo, apesar das expectativas, não foi anunciada nenhuma ação concreta."Essa é a primeira etapa do programa. Esperamos agendas como essa em 2024", disse Costa Filho.

Na semana passada, os CEOs da Gol, Celso Ferrer, e da Azul, John Rodgerson, afirmaram em evento para investidores que as conversas com o governo para redução de passagem envolveram três pontos: preço dos combustíveis, alta judicialização do setor e custo de crédito para o setor. Nenhuma medida sobre estes temas foi anunciada no evento de hoje, em Brasília.

O Voa Brasil, programa que o governo estrutura para passagens aéreas mais baratas, deve alcançar de 2 milhões a 8 milhões de brasileiros na sua primeira etapa, incluindo aposentados e pensionistas, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

"Temos possibilidade de inserir mais 30 milhões a 50 milhões de brasileiros na aviação. Não conseguimos fazer um programa para todos os brasileiros da noite para o dia. A primeira etapa será com públicos específicos", disse o ministro nesta quarta-feira (15), em entrevista à GloboNews. O programa prevê passagens aéreas a R$ 200.

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Segundo Costa Filho, a expectativa é que o programa seja lançado em janeiro de 2024. "Apresentamos ontem (terça-feira, 14) o Voa Brasil ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. Devemos apresentar ao presidente Lula em dezembro e esperamos anunciar em janeiro", afirmou o ministro.

Costa Filho voltou a afirmar que o governo brasileiro não aceitará preços abusivos de passagens aéreas. "Os preços das passagens subiram mais de 12% na Europa, mais de 15% nos Estados Unidos e mais de 20% no Brasil, mas não vamos aceitar aumentos injustificados. Em média, o trecho no Brasil é de R$ 580, não se justifica ir para R$ 3 mil a cinco dias da viagem", disse.

Na terça, após reunião com as companhias aéreas, ele afirmou que as empresas irão apresentar um plano para redução dos preços das passagens em até dez dias.

"Temos dois problemas que preocupam a aviação: o custo do querosene de aviação e a judicialização", apontou. Segundo ele, no Brasil, o combustível representa de 30% a 35% do custo das companhias, enquanto na Europa é em média de 18%. "O governo busca reduzir o custo do querosene de aviação. Já caiu 14%", disse.

O ministro acrescentou que o governo brasileiro não possui recursos para fornecer subsídios para as empresas aéreas. "Queremos combater preços abusivos. Não faz sentido os trechos subirem para R$ 4 mil", criticou.

Sobre a chamada "judicialização" do setor no País, Costa Filho destacou que o Brasil concentra 70% de todos os processos contra companhias aéreas no mundo. "A judicialização afeta o custo das companhias aéreas no Brasil em R$ 1 bilhão. Conversamos com presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e já pedi para as companhias apresentarem uma proposta para vermos como podemos combater ou diminuir a judicialização no Brasil", afirmou.

Outra ação citada pelo ministro é a estruturação do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que tramita na Câmara dos Deputados, e prevê R$ 8 bilhões de capital para investimentos para as companhias aéreas, envolvendo financiamento do BNDES. "Esperamos que o fundo avance em 20 dias e as companhias tenham mais capital de giro para investimento", avaliou.

Empresas estrangeiras

O governo brasileiro está intensificando a busca por companhias aéreas estrangeiras para atuarem no Brasil, segundo o ministro. "Retomamos o diálogo com companhias aéreas estrangeiras, a exemplo do Chile, da Argentina e do mercado americano. Abrimos também o diálogo com os árabes, mostrando o potencial de crescimento da aviação do País de 30 milhões a 40 milhões de passageiros", disse. "Essas conversas entraram nas prioridades do dia", apontou.

Ele relembrou que as empresas aéreas estrangeiras não podiam atuar no Brasil na década de 1990, o que foi modificado em legislação recente. "Nos últimos quatro anos, tivemos a liberação para elas operarem no Brasil, de fato, e fazer voos regionais, mas depois veio a pandemia", citou Costa Filho, em relação à baixa concorrência do setor no País, dominado por três empresas.

Segundo o ministro, após a migração de voos do Aeroporto Santos Dumont para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, o governo do Rio de Janeiro irá elaborar um plano de segurança pública para o entorno do aeroporto. "O Galeão é um ativo do País. Limitamos o tráfego do Santos Dumont em 6 milhões de passageiros e podemos chegar a 8 milhões de passageiros no Galeão. Levamos ao governador Cláudio Castro a preocupação com a Linha Vermelha", relatou.

O Procon de Pernambuco (Procon-PE), órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, notificou, neste sábado (19), a empresa de passagens aéreas 123milhas, que informou ao público, na última sexta-feira (18) a suspensão de pacotes com datas flexíveis e o cancelamento de compras promocionais. Segundo o órgão, a empresa tem o prazo de 20 dias para apresentar a defesa em resposta à notificação. 

Segundo o gerente geral do Procon-PE, Hugo Souza, a empresa deve apresentar esclarecimentos em relação à decisão tomada. O não cumprimento do tempo determinado acarretará uma multa para a 123milhas. “Queremos entender o que, de fato, está acontecendo para, assim, garantir os diretos dos consumidores. Garantir que ninguém será lesado diante das decisões emitidas pela empresa, é o nosso dever”, destacou Souza. 

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Entenda o caso 

A publicação feita no site da 123milhas, ao clicar na aba PROMO informa que “a linha PROMO foi suspensa temporariamente e não emitiremos as passagens com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023.” Dessa forma, os clientes que compraram passagens para o período estipulado poderão solicitar a emissão de vouchers “acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na 123milhas.” 

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que terá conversas com empresas de aviação para discutir o alto preço das passagens aéreas. O chefe do Executivo disse ter pedido ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, um estudo sobre as passagens e quantidade de voos.

"Muitas vezes, é mais barato viajar de Brasília a Miami ou de São Paulo a Miami do que viajar de um Estado brasileiro para outro Estado", declarou Lula, durante entrevista a pool de rádios da Amazônia nesta quinta-feira (3). "Vamos chamar as empresas de aviação para discutir o que está acontecendo de verdade na aviação brasileira", disse, acrescentando que irá falar também sobre a escassez de aviões regionais.

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Lula falou que, normalmente, responsabilizam o preço do querosene pelo alto preço das passagens aéreas. "No governo anterior, aumentou 21%, mas no nosso governo, já caiu 32%", comentou.

Com passagens aéreas a preços melhores, infraestrutura adequada e conectividade aérea ampliada, a vocação turística do Brasil poderia dar um salto qualitativo ainda mais expressivo do que o já registrado nos primeiros seis meses de 2023A percepção é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa visão foi ressaltada durante o 'Conversa com o Presidente', bate-papo semanal com o jornalista Marcos Uchôa pelas redes sociais.

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“Precisamos discutir como baratear o preço da passagem de avião para o povo viajar. Estamos pensando num programa para facilitar a viagem de aposentados, trabalhadores, empregadas domésticas”, afirmou o presidente. “Viajar é conhecer o nosso país. Dá uma dimensão de soberania, de nação”.

Turismo cresce no Brasil

O setor vem experimentando uma série de números expressivos em 2023. No mercado interno, mais de 43,8 milhões de brasileiros viajaram pelo país no primeiro semestre, alta de 15% em relação ao mesmo período de 2022. Só no mês de junho, foram 7,2 milhões de passageiros voando pelo Brasil, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Temos um grande turismo interno quando a economia está bem. Muito gaúcho, catarinense, paulista viajando para o nordeste, muitos nordestinos para o Sul, muita gente indo para o Norte. Existe um turismo interno grande”, disse Lula.

“As pessoas não sabem a riqueza da culinária do país. Se for ao Pará, a riqueza do Pará é de uma exuberância incrível. Pega Minas Gerais. Pega a culinária da Bahia. São estados que dão exemplo ao mundo da qualidade da comida, da diversidade, da gostosura”, listou o presidente.

Visitantes do mundo

O turismo internacional também tem mostrado força. Segundo informações levantadas por Ministério do Turismo, Embratur e Polícia Federal, mais de 3,2 milhões de turistas internacionais visitaram o Brasil no primeiro semestre, o que representa 92% do total de turistas internacionais que o país recebeu durante todo o ano de 2022, quando 3,6 milhões de estrangeiros entraram no Brasil.

No mês de maio, os turistas estrangeiros deixaram no país 567 milhões de dólares, o maior volume para o mês da série histórica registrada pelo Banco Central desde 1998. No ano passado, o gasto desse público no mesmo período foi de 373 milhões de dólares. No acumulado do ano, os visitantes internacionais já injetaram cerca de R$ 13 bilhões na economia brasileira, 35,9% a mais do que no ano passado.

Para o presidente, há espaço para um crescimento ainda mais consistente. Entre os desafios estão: aprimorar a conectividade aérea e a infraestrutura à disposição dos turistas em alguns pontos do país.

“Uma parte do sucesso do turismo depende da nossa responsabilidade enquanto governo, dos empresários do setor. Precisamos de uma rede hoteleira de qualidade, melhorar o que for possível”, disse o presidente.

As portas de entrada do país, sustenta Lula, podem ser mais diversificadas, para que um turista estrangeiro que vem da Europa, por exemplo, não precise passar por São Paulo antes de ir a Manaus (AM) ou Belém (PA).

Impulsionando o Brasil no estrangeiro

Belezas naturais, cordialidade na recepção, diversidade cultural e gastronomia capaz de encantar os paladares mais apurados. No plano da imagem do país no exterior, o presidente defende investimentos para uma divulgação mais frequente dos diferenciais do país.

“É preciso fazer propaganda das coisas bonitas, das coisas boas que o país tem. Temos uma culinária extraordinária, cultura, música, museus, florestas, praia de monte”, listou.

Lula defendeu também a ideia de o Brasil pensar em uma TV Internacional para fazer a divulgação das belezas do país no exterior.

“É para mostrar a cara do Brasil lá fora. Não o debate político, o governo, o Congresso. Mostrar simplesmente o Brasil como ele é. Despido. Para a pessoa saber o que significa o Delta do Parnaíba, os Lençóis Maranhenses. O Brasil precisa se mostrar ao mundo”, disse.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, deu mais detalhes nesta segunda-feira (13) sobre o Voa Brasil, programa formatado para que um público específico, com renda de até R$ 6,8 mil, possa comprar passagens aéreas a R$ 200. A ideia, segundo ele, é que as companhias aéreas tenham um segmento dentro de seus programas de fidelidade dedicado ao programa. Com ele, servidores, aposentados e pensionistas, além de estudantes com Fies, poderão comprar duas passagens por ano ao preço de R$ 200 cada, parcelar em 12 vezes por meio de financiamento da Caixa, que fica então responsável por fazer o pagamento às áreas.

França afirmou que é uma espécie de "consignado", mas negou que haja subsídio do governo, apenas o financiamento pelos bancos públicos. Em entrevista à CNN, ele citou a Caixa e também o Banco do Brasil. A previsão é de que quase 12 milhões de passagens sejam emitidas por ano dentro do programa.

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Além do público-alvo citado pelo ministro, outras pessoas - que tenham renda de até R$ 6,8 mil - também poderão participar, desde que paguem de forma antecipada, e não parcelada. As passagens a R$ 200 ficarão restritas a um período específico do ano, meses "intermediários" das temporadas nos aeroportos: a partir da segunda metade de fevereiro até junho, e depois nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro.

Se a formatação do programa ocorrer bem, o ministro acredita que poderá iniciar o Voa Brasil no segundo semestre, utilizando 5% da capacidade ociosa das aeronaves. A porcentagem vai escalonando a cada semestre, até chegar a 20% no quarto semestre de funcionamento da política.

"Descobrimos obviamente que durante os meses intermediários aviões saem com 21% de passageiros a menos. Governo não entra com subsídio, ele ajuda a financiar, mas é tarefa da Caixa financiar. Diferença é que essas pessoas têm renda garantida, vai ser espécie de consignado, quando der ok vai ser descontado da previdência, do salário, não tem intermediação de banco, é 100% sem inadimplência", disse França.

Na avaliação do ministro, o programa vai provocar uma redução de preço geral nas passagens, uma vez que reduz a ociosidade enfrentada pelas companhias áreas. Ele afirmou inclusive que as ações das empresas teriam subido pelo entendimento de que a partir do programa "vão voar lotadas". "Temos uma luta paralela, que é o preço do combustível de aviação (QAV), a gente quer que seja reduzida. Mas as companhias estão fazendo seu papel, oferecendo ao governo um voo mais barato para muitas pessoas", disse.

O ministro ainda destacou o pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que mais 100 aeroportos brasileiros passem a receber voos de carreira. Sem dar detalhes, França afirmou que quer mais empresas disputando o mercado e que uma "nova está chegando agora", sem dizer qual. "Número de aeroportos diminuiu porque voos ficaram concentrados em aeronaves maiores. Queremos várias empresas disputando, vai ter uma nova chegando agora que vai disputar mercado", disse.

O maior impacto no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de junho veio do setor de transportes, que influenciou o índice em 0,19 ponto porcentual. Os preços do setor aceleraram 0,84% em junho, ante 1,80% em maio, puxados principalmente pelas passagens aéreas (11,36%), gás veicular (8,77%), seguro voluntário de veículo (4,2%) .

Os dados fazem parte da pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial.

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Avião

Passagens aéreas lideram a alta da inflação Foto: Werther Santana/ Estadão

A desaceleração do setor de transportes em relação ao mês de maio se deu pela queda do preço dos combustíveis de veículos, que retraiu 0,55% em junho. Em maio, haviam subido 2,05%. Embora o óleo diesel tenha subido 2,83% em junho, o etanol e a gasolina caíram 4,41% e 0,27%.

Apesar da retração mensal de alguns itens, o preço dos combustíveis é um dos alvos atuais do presidente Jair Bolsonaro, que teme que a inflação atinja sua popularidade em ano eleitoral. Na semana passada, após a Petrobras anunciar o reajuste de preços, o governo Jair Bolsonaro, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) partiram para cima da estatal, cujas ações despencaram mais de 7% no pregão do dia 17.

No acumulado de 12 meses, o setor de transportes acumula alta de 20,51%. As maiores altas são das passagens aéreas (123,26%), transporte por aplicativo (64,03%), óleo diesel (51,04%), seguro voluntário de carro (39,91%), gás veicular (34,33%), combustíveis de veículos (27,44%), gasolina (27,36%), transporte público (21,73%) e etanol (21,21%).

Se você pesquisou por viagens aéreas recentemente, provavelmente ficou impressionado com os preços disponíveis, especialmente para trechos domésticos. Nem mesmo o esforço para ser flexível com as datas de viagem e aeroportos de destino têm sido suficientes para garantir um bom negócio, ainda que a escolha seja durante a baixa temporada e na categoria promocional.

Com as tarifas aéreas em gráfico crescente, as companhias aéreas não foram tímidas em dizer aos viajantes que os preços só tendem a ficar mais altos, seja inverno ou verão. Esse problema já dava sinais no início da pandemia, com o grande número de cancelamentos e reagendamentos dos voos nacionais. A demanda diminuiu abruptamente em todo o mundo e companhias tiveram demissões em massa para dar conta de deixar as portas abertas.

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Apesar do retorno gradual das atividades e do turismo, a crise ainda é realidade para o setor. Recentemente, as passagens passaram a ter momentos pontuais de queda, mas é necessário bastante procura e rapidez para encontrar um trecho que se assemelhe aos valores anteriores. Um dos principais motivos para a nova alta é a disputa por combustível de preço competitivo em todo o globo.

O último aumento foi anunciado em março, há menos de um mês, e as empresas foram transparentes ao afirmar que o consumidor pagaria parte da conta. No último dia 18, a Latam comunicou que iria suspender temporariamente, a partir de abril, 21 rotas nacionais por conta do aumento dos combustíveis. O anúncio veio quatro dias após a empresa comunicar, em nota, que o impacto nos custos das companhias em decorrência da guerra na Ucrânia é "inegável" e que a alta do preço do querosene da aviação afetará o valor das passagens.

“A elevação do preço do petróleo e seus derivados, dentre eles o querosene de aviação, tem impactado significativamente nos custos do setor aéreo, a elevação dos custos é repassada para o preço das passagens. Outro fator que tem contribuído para a elevação dos preços são as restrições de ocupação das aeronaves na pandemia; se antes da pandemia um Boeing 737 transportava 149 pessoas, uma restrição de 50% da capacidade derrubaria pela metade a receita com a venda de passagens, ou seja, o mesmo trajeto e custo, porém com 50% da receita, as companhias tiveram que aumentar os preços”, aponta Djalma Guimarães, economista e professor entrevistado pela LeiaJá, como fatores iniciais.

O LeiaJá consultou comparadores e os buscadores de passagens aéreas de diferentes companhias, em plataforma on-line, para acompanhar as alterações de preço. Do início da pandemia até agora, o pior ano para comprar passagem aérea foi o de 2021, com destaque ao período de agosto a dezembro, entrando para janeiro de 2022, considerado mês de alta demanda.

Atualmente, os valores seguem em alta, com baixas pontuais para voos mais longos e em dias comerciais. É possível encontrar passagens de Recife para Salvador com um preço promocional de R$ 636 a R$ 721, para uma pessoa, com ida e volta entre maio e setembro deste ano — antes da pandemia, um trecho considerado promocional para o mesmo trecho seria entre R$ 250-400.

Outro trecho aéreo que chama atenção é o de Recife-Rio de Janeiro, com destino ao RIOgaleão - Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG), que fica um pouco mais distante do centro da capital carioca, mas apresenta chegadas mais baratas. Em 2020, antes da pandemia, era possível pagar R$ 1.006,20, tipo ida e volta, para dois passageiros com assento confortável em um plano acima do básico (equivalente ao plano Topázio) da Azul Linhas Aéreas. Abaixo, é possível conferir um bilhete comprado com um mês e quatro dias de antecedência, para a alta temporada na cidade maravilhosa, em pleno Carnaval.

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O mesmo itinerário escolhido atualmente, com o mesmo período de antecedência e também para duas pessoas está custando R$ 4.111,78. Mas há diferenças: o voo é no plano básico da mesma companhia aérea e para um mês de baixa temporada (maio) e de muitas chuvas no Grande Rio. De acordo com os buscadores, os melhores preços para a capital estão no mês de setembro, com passagens de aproximadamente R$ 1.100 para uma pessoa, ida e volta. Em setembro, mês do Rock in Rio, os preços disparam novamente.

“Não se pode cravar um cenário de redução no curto prazo pois vivemos um momento de incertezas na economia mundial. De um lado, o fim das restrições tenderia a estimular uma redução de preços, mas, por outro lado, a Guerra entre Rússia e Ucrânia tende a elevar o preço do barril de petróleo contribuindo para elevação do valor das passagens. Enquanto não tivermos um horizonte mais previsível sobre a situação da guerra, não se pode vislumbrar redução nos preços”, comenta o economista Djalma Guimarães sobre a variação nos preços.

O especialista explica, também, que essa elevação dos preços das passagens aéreas acompanha um comportamento geral da economia. “O encarecimento das passagens tende a reduzir a procura do setor de turismo, de forma que a recuperação das atividades deste setor no pós-pandemia fica ainda mais comprometida. Sem falar no efeito que a inflação tem provocado na renda do trabalhador, com carne e outros alimentos mais caros, sobra menos dinheiro para turismo e lazer para a população das classes de renda mais baixa”, acrescenta.

Os aumentos pegaram desprevenida a classe média do país, que já vinha sofrendo com a inflação desde 2013. Em 2017, houve uma disparada na utilização do serviço, que junto à hotelaria e ao turismo local, conseguiu um rendimento acima da média. A reversão do cenário hoje se dá não só com o preço alto, mas com a insatisfação dos passageiros com as companhias. O serviço perdeu qualidade e o relacionamento com o cliente tem deixado a desejar, principalmente com o ‘BIG 3’ brasileiro: Gol, Latam e Azul.

Os Procons receberam, de janeiro a setembro de 2021, quase 65 mil reclamações relacionadas ao transporte aéreo, 36% a mais do que em igual período de 2020. Os consumidores reclamaram, dentre outras coisas, de dificuldades na remarcação de passagens.

“A classe média brasileira tem vivido um período de redução de seu poder de compra na última década. Desta forma, as viagens a turismo se tornam cada vez menos prioritárias para um grupo que perde poder de compra a partir de uma combinação de inflação alta e queda no rendimento médio. Assim, viajar não se tornou algo indisponível, mas caiu na fila de prioridades da classe média, que precisa pagar por um grupo de serviços que apresentam tendência crescente no seu nível de preços (planos de saúde, escolas, etc.)”, continua o entrevistado.

Dicas para pagar menos

O economista Djalma Guimarães compartilhou com o LeiaJá hábitos de compra que podem ajudar a aliviar o preço da passagem aérea para quem tem procurado o serviço.

1. O uso consciente do cartão de crédito pode auxiliar o consumidor a acumular milhas que podem ser utilizadas para aquisição de passagens aéreas.

2. Comprar com bastante antecedência: esta é talvez uma das dicas mais importantes. Comprar a passagem com meses de antecedência reduz significativamente o valor.

3. Utilizar sites e apps que monitoram promoções no preço de passagens e aproveitar tais possibilidades.

Toda companhia aérea possui um plano próprio de “benefícios” ou “recompensas”, como costumam chamar. Bancos também possuem a própria plataforma de utilização de pontos e podem ser vantajosos. É importante estar sempre a par dos próprios benefícios e entender as vantagens oferecidas por cada plano pago, pois elas têm tempo para expirar e não podem ser recuperadas.

Outra dica é fazer um bom uso dos buscadores on-line. O Google e demais sites de uso cotidiano possuem uma política de cookies e captação de dados intensa, então pode ser mais interessante usar a aba anônima, para não permitir que informações de pesquisas anteriores atrapalhem a busca pelo melhor preço.

O Skyscanner, por exemplo, é uma ferramenta que compara os preços de diversas companhias aéreas para determinado trecho. O Google Flights faz o mesmo tipo de serviço, ainda mostrando no calendário os preços mais interessantes por dia. Ambos são gratuitos.

O Decolar e a 123 Milhas são sites que trabalham exclusivamente com preços promocionais. O Hotel Urbano (Hurb) também oferece suporte na área, tendo foco em pacotes com os preços mais baixos do mercado atualmente, porém, a plataforma é de viagens com datas flexíveis. Ou seja, o comprador escolhe o período no qual quer viajar (ex.: 2023-2024 ou janeiro a abril de 2023) e em até 90 dias antes, o Hurb envia a data escolhida para a viagem. O cancelamento é gratuito.

Em todos os casos, é preciso realizar bastante pesquisa e ter paciência, pois não é o melhor momento para viajar. É indicado fazer a compra somente após ter comparado com todas as opções possíveis, considerando também gastos com assento, bagagem e a distância entre o aeroporto de desembarque e o destino.

--> LeiaJá também: Quais são as vantagens de optar por pacotes de viagens? 

No momento em que cerca de 70% da população brasileira está vacinada contra a Covid-19 ao menos com a primeira dose e se sente mais à vontade para retomar viagens aéreas, um fator pode complicar os planos de voar: o preço dos bilhetes. A inflação generalizada pesou sobre o setor de aviação. No acumulado de 12 meses, as passagens aéreas tiveram alta de 56,81%, ficando atrás apenas de quatro itens, três deles do grupo de alimentos, além do etanol. A diferença é considerável se comparada ao índice geral da inflação acumulada de 12 meses, que ficou em 10,25%, o maior desde fevereiro de 2016.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (8) ajudam a confirmar o sentimento de quem está na busca de um voo acessível, mas não encontra preços que caibam no bolso. É o caso da analista de sistemas Suellen Gonçalves Guimarães, de 35 anos.

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Desde junho, ela estava em busca de um destino para, com a família, aproveitar as férias escolares de janeiro. Residente em Brasília, ela pensou em partir para Salvador (BA), mas a viagem para quatro pessoas custaria R$ 5,2 mil só em passagens. Mesmo com oito meses de antecedência, o valor é considerado altíssimo pela família.

Suellen tentou outros destinos, mas o desembolso continuou inviável. A analista de sistemas conseguiu viajar para Fortaleza (CE) no início do ano com as duas filhas e o marido. Os pais de Suellen não embarcaram em razão da pandemia. Agora, com o avanço da vacinação, planejavam ir. Mas os planos acabaram frustrados em razão do preço das passagens.

"Estamos tentando a estratégia de viajar em julho de 2022. Estou monitorando as passagens, que também não têm muita diferença. O preço continua salgado", diz Suellen.

A alta dos combustíveis está diretamente ligada a essas tarifas salgadas, outro pesadelo do brasileiro. O setor aéreo é extremamente sensível a esse produto, porque o querosene de aviação é um dos principais custos para as companhias.

Relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ressalta esse peso. Na média do segundo trimestre, o valor do litro do querosene de aviação ficou 91,7% superior ao verificado em igual período de 2020.

A reabertura da economia e o aumento da demanda devido ao avanço da vacinação são outros fatores que explicam o aumento no preço dos bilhetes. A busca pelos destinos nem sempre é acompanhada por uma oferta suficiente por parte das companhias.

A Anac aponta para aumento nas passagens nos meses de abril, maio e junho. Em relação aos mesmos meses do ano passado, o avanço no preço médio dos voos domésticos foi de 21,7%. A variação também pode ser explicada pela queda que o tíquete médio sofreu no segundo trimestre de 2020, quando a pandemia fez o volume de voos despencar mais de 90%.

Tarifa dinâmica

Questionada sobre a alta que o IBGE apontou, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirma que o levantamento da Anac é o que "melhor retrata o comportamento das tarifas aéreas", já que considera todos os bilhetes comercializados num determinado período. Já o IPCA, do IBGE, considera um recorte específico de datas e de destinos mais visitados.

Em nota, a Abear destaca que, no segundo trimestre deste ano, a tarifa média doméstica caiu 19,98% em relação ao mesmo trimestre de 2019, anterior à pandemia. "O preço médio do bilhete foi de R$ 388,95, ante R$ 486,10. O 'yield tarifa aérea' (valor pago pelo passageiro por quilômetro voado), por sua vez, teve retração de 32,3% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019", diz.

A reportagem procurou as principais companhias aéreas brasileiras para que comentassem a questão. As três destacam que a precificação segue uma série de fatores. A Azul ressalta que a alta do dólar e do combustível, que vem ocorrendo sistematicamente, também influencia nos valores.

A Gol afirma que disponibiliza as vendas de seus voos, em geral, 330 dias antes da partida, possibilitando a quem se planejar com maior antecedência adquirir passagens mais baratas. Em nota, a Latam ressalta que, para a definição do valor da passagem, é preciso levar em conta que 65% dos custos da empresa são dolarizados e que o combustível da aviação representa em torno de 35% das despesas.

Tendência

Ao analisar a inflação das passagens aéreas, o secretário nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, lista como justificativas o patamar elevado do dólar e do petróleo, o avanço da vacinação e a pressão maior no mercado aéreo doméstico, além da tendência de recomposição de margem pelas companhias.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Glanzmann disse que o brasileiro deve enfrentar uma alta temporada movimentada e com preços elevados. Apesar de o ministério preferir trabalhar com os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e não com os do IBGE - que faz seus cálculos a partir de 'cesta' específica de destinos -, o secretário reconhece que a medição do IPCA sinaliza para bilhetes mais caros. "Acredito que os números da Anac vão sinalizar no mesmo sentido. Quem está comprando passagem está percebendo isso. Então, de fato, há uma tendência de aumento de preço", afirma.

Glanzmann prevê normalização dos preços ao longo de 2022, quando as malhas das companhias voltarem ao nível pré-pandêmico. Isso pode mudar de figura, no entanto, a depender das variáveis macroeconômicas, como câmbio e petróleo. O dólar e o combustível altos estão entre as principais causas do preço dos bilhetes aéreos.

Outro fator é a tendência de recomposição de margem das empresas aéreas. Com a vacinação avançada e a expectativa de que o retorno do mercado aéreo não seja um "voo de galinha", as companhias devem aproveitar para tentar recompor parte dos prejuízos que tiveram na pandemia. "Como elas vêm de um longo e tenebroso inverno, então, de fato, tem uma tendência de recomposição de margem", diz o secretário, lembrando que a ferramenta para controlar essa margem é a oferta de voos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Outubro registrou a maior alta da inflação na Região Metropolitana do Recife, que alcançou 0,82%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6). No período, o maior aumento de preços foi registrado no setor de alimentos e bebidas, enquanto a maior redução foi verificada no segmento de habitação.

Este é o quinto mês seguido de aumento nos índices da RMR em 2020, consolidando tendência de alta nos preços de produtos e serviços. Nesse sentido, as passagens aéreas foram o produto com maior alta de preço, com 47,67%.

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Mesmo com a inflação em alta no Grande Recife, a região teve a quinta menor variação mensal de preços entre as 16 localidades pesquisadas pelo IPCA. A RMR, no entanto, ostenta a segunda maior inflação acumulada do ano, com 3,62%, ficando atrás apenas do município de Campo Grande (4,36%).

A representante pernambucana no índice também tem o sexto maior índice no acumulado da inflação dos últimos 12 meses, com 4,77%. Nas duas variações acumuladas, os indicadores superam a média brasileira, que marcou inflação de 2,22% no ano e 3,92% nos últimos 12 meses.

Ainda assim, o resultado é ligeiramente inferior ao da média nacional, que registrou 0,86%, o maior percentual para um mês de outubro desde 2002.

Impressão por produto e serviço

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em outubro. O setor de Alimentos e Bebidas, com 1,74%, repetiu o desempenho de setembro e apresentou os maiores índices.

No entanto, a maior variação individual de preço ficou por conta das passagens aéreas, com 47,67%, que foram as principais responsáveis pelo crescimento do índice. Em segundo lugar, está a batata-inglesa, com 25,16%, e em terceiro, o coentro, com 19,98%.

O arroz, cujo aumento de preços chamou a atenção ao longo do ano, ficou em 7º lugar entre os dez produtos com maior reajuste no mês, 15,08%. Já o ritmo da escalada de preços do óleo de soja diminuiu. Em setembro, foi de 39,33%; em outubro, o índice baixou para 9,47%, deixando o item em 12º lugar.

O segundo grupo com maior aumento foi, novamente, o de Artigos de residência, com avanço de 1,57% em outubro frente a setembro. O preço do ar-condicionado subiu 16,67% no período e foi o quarto produto/serviço que mais subiu de preço no mês passado, aumentando o impacto dos utensílios domésticos na inflação do período.

Transportes (1,33%) e Vestuário (1,30%) estão em terceiro e quarto lugar, seguidos por Comunicação (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19%), Despesas Pessoais (0,09%) e Educação (0,05%).

Habitação foi o único grupo que apresentou queda, com -0,09%. Os cinco produtos e serviços que mais baixaram de preço em outubro foram a cebola (-11,34%), o mamão (-7,69%), os exames de imagem (-5,82%), a água sanitária (-3,37%) e a melancia (-3,13%).

Com informações de assessoria

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que expeça ato normativo que assegure aos consumidores a possibilidade de cancelamento sem ônus de passagens aéreas nacionais e internacionais para destinos atingidos pelo novo coronavírus (Covid-19).

No entendimento do MPF, a cobrança de taxas e multas, em situações de emergência mundial em saúde, é prática abusiva e proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

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A medida deve atender clientes de companhias aéreas que tenham adquirido passagens até 9 de março (data de assinatura da recomendação), tendo como origem os aeroportos do Brasil. Além disso, deve garantir também a possibilidade de remarcação de viagens para a utilização de passagens no prazo de até 12 meses.

O MPF quer ainda que as companhias aéreas devolvam valores eventualmente cobrados a título de multas ou taxas a todos os consumidores no Brasil que já solicitaram o cancelamento de passagens em função da epidemia. A recomendação foi expedida com base em inquérito civil que tramita no Ministério Público Federal no Ceará para acompanhar a propagação do coronavírus.

Titular da investigação, a procuradora da República Nilce Cunha Rodrigues argumenta que o Código de Defesa do Consumidor prevê, como direito básico do consumidor, a revisão de cláusulas contratuais devido a fatos supervenientes, como é o caso da situação atual de enfrentamento da emergência de saúde pública. “Mesmo não sendo de responsabilidade das empresas o fato extraordinário, a vulnerabilidade do consumidor nessas relações de consumo autoriza tal medida”, disse.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro, Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo Covid-19. O Brasil seguiu o mesmo caminho. Em 3 de fevereiro, o Ministério da Saúde decretou Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional com a publicação da Portaria MS nº 188.

Situação do Covid-19 no Brasil

No país, de acordo o Ministério da Saúde, dados divulgados nessa terça-feira (10), ao todo, são 34 casos confirmados em todo o país, sendo seis por transmissão local, cinco em São Paulo e um na Bahia, e 28 casos importados. Atualmente, são monitorados 893 casos suspeitos e outros 780 já foram descartados. De acordo com a pasta, os dados foram repassados pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

*Com informações do Ministério Público Federal no Ceará

O Banco Santander abriu 100 vagas para a edição 2020 do programa gratuito de intercâmbio Top España, que dá cursos de cultura e língua espanhola na Universidad de Salamanca, com passagens, alojamento, três refeições por dia, passeios culturais e seguro saúde para estudantes de 54 universidades. O programa não exige comprovação de conhecimento prévio do idioma e atende a estudantes de graduação e pós-graduação.

O programa terá três semanas de duração, com viagem prevista para o dia 30 de junho de 2020. Gratuitas, as inscrições devem ser feitas através do site do Top España até o dia 12 de abril.

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Serão considerados aptos a concorrer estudantes com excelência acadêmica e frequência na instituição de ensino durante todo o processo de inscrição, participação e realização do programa. Alunos em situação de vulnerabilidade social têm preferência. 

Cada instituição de ensino credenciada deverá divulgar seu próprio edital de seleção. que deve cumprir os requisitos fixados pelo banco e também pode fixar outros critérios para escolha dos bolsistas. Para mais detalhes, consulte os princípios gerais do Programa Top España

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A cobrança de bagagens pelas companhias aéreas voltará a ser alvo de pressão contrária do Congresso. Cinco meses após o parlamento ter chancelado a cobrança em voos domésticos, deputados querem rever a situação. A justificativa é que o mercado doméstico está concentrado em apenas três empresas, sem que nenhuma nova companhia de baixo custo, as chamadas "low cost", esteja operando rotas internas. Pesa ainda a avaliação, entre os parlamentares que viajam semanalmente pelo Brasil, de que as passagens continuam caras.

Em setembro do ano passado, deputados decidiram - com 247 votos a favor e 187 contra - manter o veto do presidente Jair Bolsonaro ao trecho da medida provisória que derrubava a cobrança da taxa de bagagem. Senadores não chegaram a votar. A posição da Câmara refletia a pressão do setor aéreo, com a justificativa de que haveria entrada de empresas de baixo custo no setor. Ocorre que isso ainda não aconteceu e hoje há, inclusive, dúvidas sobre quando haverá novas companhias atuando com voos domésticos no País.

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"Vamos ter de agir, não tem jeito. Isso já virou um engodo", afirma o deputado Celso Russomano (Republicanos-SP). O parlamentar é autor de projeto que impede a cobrança de bagagem pelas companhias aéreas.

No ano passado, no dia da votação do veto, o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que o projeto de Russomano poderia ser retomado. "O desafio que quero fazer é, se no início do ano, em fevereiro, não tivermos empresa de low cost operando, votaremos o projeto do deputado Celso Russomano", disse Ribeiro, em setembro de 2019.

O governo reagiu. O secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzmann, disse que se reuniu com Ribeiro nesta semana e pediu a ele uma reunião com lideranças da Câmara para apresentar novos dados sobre os preços das passagens e sobre o interesse de novas empresas operarem no mercado brasileiro. "Caíram os preços, temos preços mais baratos que tínhamos em 2018, quando a Avianca estava no mercado", disse Ronei.

"Estive no ministério para tratar desse tema, preocupa o parlamento como um todo e precisamos buscar uma solução. Combinamos de fazer uma reunião nos próximos dias com o ministério para apresentar dados", disse Ribeiro.

O deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO), um dos que resolveram dar "um voto de confiança" ao governo em setembro, afirma que há uma intenção de retomar a discussão no Congresso. "Caso medidas não sejam tomadas, iremos possivelmente analisar alguma matéria no sentido de reverter esse quadro", disse.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que era líder do governo na época da votação do veto, também defende a retomada da discussão. "A promessa do governo era de termos pelo menos seis low cost operando no País se o veto fosse mantido. O governo garantiu que já tinha empresa na fila. Foi pegadinha? Os preços das passagens continuam absurdos", disse.

O Ministério da Infraestrutura deverá apresentar na reunião com os parlamentares números da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que apontam que o preço médio real da tarifa no mercado doméstico teve queda de 5,7% em dezembro em relação ao mesmo período de 2018. Durante 2019, no entanto, as passagens subiram 8%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A França aplicará uma ecotaxa de entre 1,50 e 18 euros às passagens aéreas a partir de 2020 para quase todos os voos que partirem dos aeroportos franceses, informou a ministra dos Transportes, Elisabeth Borne.

Esta medida, que será aplicada a todas as companhias aéreas, prevê uma ecotaxa de 1,50 euros para voos domésticos e intra-europeus na classe econômica e de 18 euros para voos extracomunitários na classe executiva, disse Borne.

Exceções serão feitas para voos de conexão, voos para a ilha mediterrânea francesa da Córsega e para os territórios ultramarinos franceses.

O governo espera que esse novo imposto arrecade 182 milhões de euros por ano, que será usado para investir em infraestrutura de transporte mais ecológica, especialmente ferroviárias, informou a ministra.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, participou hoje (2), da 7ª edição da feira internacional do setor de viagens, Wold Travel Market, realizada em São Paulo. Na ocasião, ele declarou que uma das ações do governo para o crescimento do setor turístico no Brasil é a redução dos valores das passagens aéreas e que essa baixa ocorre com a aprovação no Congresso Nacional.

Uma das empresas de baixo custo a atuar no Brasil é a norueguesa Norwegian. O ministro chegou a participar do primeiro voo da empresa que pousou no Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro, onde ela passará a operar quatro voos semanais com destino à Londres.

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A isenção de vistos para estrangeiros dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, também é outra ação do governo e, começa a valer a partir de 17 de junho. De acordo com os estudos iniciais, a expectativa é que a medida atraia US$ 1 bilhões por ano com a circulação de estrangeiros no país.

Em tempos de ajuste fiscal e corte de gastos, o Supremo Tribunal Federal (STF) elevou em 24,4% as despesas com passagens aéreas de ministros, considerando a emissão de bilhetes nos últimos dois anos, segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo. Além das passagens dos ministros do tribunal, a Corte também custeia bilhetes de auxiliares, juízes e até mesmo de colaboradores eventuais. As despesas do STF com passagens aéreas do universo total de beneficiados cresceram 49% no mesmo período, chegando a R$ 1,2 milhão.

Como o STF ainda não tornou disponíveis as informações de dezembro de 2018, o jornal considerou o intervalo de janeiro a novembro dos últimos dois anos. Os gastos envolvem voos realizados, bilhetes cancelados e remarcados e multas. O custo com as viagens (nacionais e internacionais) dos magistrados saltou de R$ 272.979,18 para R$ 339.637,24 comparando os dados de 2018 (de janeiro a novembro) com os números do mesmo período do ano anterior.

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De acordo com o IBGE, de janeiro a novembro de 2018, o preço das passagens aéreas teve uma redução de 9,45%. Por uma determinação interna de 2015, todos os ministros da Corte viajam de primeira classe em voos internacionais.

Cota

Os bilhetes foram custeados com recursos públicos do próprio Supremo - no caso dos ministros, eles dispõem de uma cota anual, reajustada este ano para R$ 53.835,56, que serve para bancar apenas deslocamentos dentro do Brasil. Entre os destinos mais visitados aos fins de semana estão Rio e São Paulo, onde alguns ministros possuem residência, lecionam, participam de palestras ou comparecem a outros eventos.

De acordo com a Corte, os ministros "têm jurisdição em todo o território nacional e praticam atos judiciais independentemente de a viagem ser oficial ou não".

Dos 11 ministros do Supremo, apenas Celso de Mello e Marco Aurélio Mello abriram mão de recursos públicos para custear viagens nos últimos dois anos - Marco Aurélio paga do próprio bolso seus bilhetes. A ministra Cármen Lúcia usou dinheiro do Supremo apenas uma vez, ao participar de uma conferência judicial das Supremas Cortes do G-20, em Buenos Aires, ao custo de R$ 2,5 mil.

Na outra ponta do levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, os líderes nos gastos com bilhetes no ano passado foram o presidente do STF, ministro Dias Toffoli (R$ 97,4 mil), seguido pelo vice-presidente da Corte, Luiz Fux (R$ 50,8 mil), e os ministros Alexandre de Moraes (R$ 48,4 mil) e Ricardo Lewandowski (R$ 41,2 mil), de acordo com o levantamento.

Veneza

Em maio do ano passado, uma viagem de Toffoli, então vice-presidente do STF, para São Petersburgo, na Rússia, com um juiz auxiliar e um assessor de assuntos internacionais, custou R$ 102 mil, apenas em passagens. O bilhete de Toffoli saiu por R$ 48,2 mil. A de outubro, para a da 116.ª Sessão Plenária da Comissão Europeia para a Democracia pelo Direito (Comissão de Veneza), em que foi acompanhado de juiz auxiliar e assessor de assuntos internacionais, saiu, apenas em passagens, por R$ 88,1 mil. A de Toffoli custou R$ 41,5 mil.

As viagens internacionais de Toffoli e Cármen Lúcia não entraram na cota anual por envolverem deslocamentos para outros países, mas também foram custeadas com recursos públicos do Supremo por envolverem "representação institucional".

Além da cota, os ministros do Supremo possuem à sua disposição uma sala VIP no aeroporto de Brasília para aguardar o embarque. O aluguel do espaço custa R$ 29,5 mil por mês.

Em fevereiro do ano passado, a Corte desembolsou R$ 53,3 mil em passagens para que o fotógrafo Sebastião Salgado e sua mulher participassem da abertura da exposição "Amazônia", que conta com 16 painéis de Salgado na sede do tribunal, em Brasília. O casal, responsável pela curadoria, vive em Paris. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta quinta-feira (29), no Auditório do Porto Digital, foi lançado o Programa Milha Campeã, uma parceria entre a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco e o Mestrado Profissional do CESAR (Porto Digital). A iniciativa vai contemplar atletas e paratletas com doações de milhas aéreas para emissões de passagens aéreas visando competições.

Fruto de um projeto desenvolvido pela equipe Fast 5, do Mestrado do CESAR, o resultado é um website onde os atletas e paratletas vão poder se cadastrar e ter a chance de conseguir doações de milhas aéreas para emitir passagens. 

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"Trouxemos essa ideia junto ao CESAR e eles investiram no desenvolvimento da plataforma porque sabiam que era uma iniciativa inovadora. Mais que isso, ela trará um impacto direto no auxílio aos esportistas pernambucanos que estão em busca de competições a fim de aprimorarem suas técnicas. Estamos muito felizes em trazer mais esse programa de incentivo ao esporte estadual", disse o secretário de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras.

Os atletas e paratletas vão se cadastrar no site www.milhacampea.com.br para formar o banco de dados da plataforma. Daí, os esportistas poderão enviar suas respectivas demandas de passagens aéreas para competições, que serão aprovadas e validadas por uma comissão da Secretaria Executiva de Esportes e Lazer de Pernambuco junto às federações locais e confederações das modalidades. Todos os atletas e paratletas de todas as modalidades esportivas vão poder se cadastrar no site e haverá uma campanha de divulgação para angariar doadores.

De acordo com dados divulgados nesta terça (25) pela Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear), a procura por passagens aéreas domésticas cresceu 1,96% em junho (2017), comparado com o mesmo período de 2016.

Segundo o consultor técnico da Abear, Maurício Emboaba, a alta na demanda não significa crescimento do setor, já que junho de 2016 a demanda foi reprimida pela crise política do Brasil. Para ele, “a leve alta se deve mais ao ajuste de oferta”.

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Os dados levam em consideração os serviços prestados pelas companhias Avianca (que respondeu por 13,49% do mercado), Azul (18,28%), Gol (35,39%) e Latam (32,85%).

A taxa de ocupação nos voos foi de 80,24%, alta de 2,08 pontos percentuais (pp), o que a Abear considera desempenho saudável para as companhias. As empresas brasileiras tiveram crescimento de 15,10% na demanda do mercado internacional e a oferta nesse segmento aumentou 12,32%.

A movimentação de cargas domésticas cresceu 8,34% em junho, somando 28,3 mil toneladas. Nas rotas internacionais, o movimento foi de 20,6 mil toneladas, crescimento de 57,96%. Para Emboaba, esse aumento expressivo indica o amadurecimento do crescimento da oferta no mercado internacional de cargas.

A Avianca Brasil não começará a cobrança por bagagem despachada já em 14 de março, quando passará a valer a nova regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) relativa aos direitos e deveres dos consumidores de serviços aéreos.

"Nós chegamos à conclusão de que precisamos de mais tempo, queremos estudar o tema durante os primeiros meses", disse o presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo o executivo, a empresa deseja criar um programa que seja atrativo e coerente com o histórico de serviços da companhia.

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Questionado sobre os planos da empresa, Pedreira afirma que a ideia é criar diferentes grupos tarifários: um mais barato, destinado aos clientes "mais sensíveis a preço" e que viajam apenas com bagagem de mão, e outro que inclui o despacho de bagagem.

"Os passageiros sem bagagem (despachada) não têm que pagar pelos que levam. Claramente, teremos uma classe tarifária mais barata para esse cliente", diz. Segundo o presidente da Avianca Brasil, os planos ainda vislumbram que os usuários Premium possam comprar passagens sem direito a franquia e usar os benefícios dessa categoria para despachar malas.

Quanto à comparação com os atuais preços dos bilhetes aéreos, Pedreira diz que a categoria que não despacha malas terá tarifas mais atrativas. Segundo o executivo, o fato de os passageiros optarem por não despacharem malas implica menos peso nas aeronaves e, consequentemente, custos mais baixos, uma vez que o consumo de combustível será menor.

"Menos custo vai permitir fazer tarifas mais atrativas. Nosso objetivo é fazer com que o setor aéreo retome como um todo", afirma. Pedreira ainda avalia que os estudos da Avianca Brasil a respeito dos grupos tarifários deverá levar, ao menos, três meses.

Ontem, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, disse que o fim da franquia de bagagens poderá ser revisto se não resultar em redução dos preços das passagens. Segundo Quintella, o objetivo do governo, ao adotar a medida, foi criar um mercado de serviço aéreo de baixo custo, o chamado "low cost", no Brasil.

As novas regras da Anac acabam com o transporte gratuito de malas com até 23 quilos em voos domésticos ou de duas malas com até 32 quilos em voos internacionais. Passa a existir uma tarifa de bagagem cujo preço será estabelecido pelas empresas.

Sobre a bagagem de mão, que tinha limitação de gratuidade em malas com até cinco quilos, o limite do transporte gratuito foi aumentado para malas com pelo menos 10 quilos. O tíquete das aéreas terá de especificar claramente quais os valores que serão cobrados dos usuários.

2017

Questionado a respeito das perspectivas da Avianca Brasil para este ano, Pedreira afirma que 2017 deve ser mais estável que o ano passado, mas ainda não deve ser um ano bom. "O ano está começando devagar, mas claramente o mercado parou de cair", diz. "Mas, até voltar a crescer, ainda há um longo caminho."

O executivo ressalta, no entanto, que a empresa continuará investindo em sua frota e em outras iniciativas, como o entretenimento a bordo. Segundo Pedreira, esses investimentos são fundamentais para que a Avianca Brasil esteja preparada para capturar as oportunidades que surgirem quando o mercado aéreo brasileiro começar sua retomada.

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