Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram contemplados em um edital lançado pelo Banco da Amazônia, que tem por finalidade apoiar o desenvolvimento e projeto de pesquisa científica aplicada e estimular a agropecuária sustentável nas cadeias produtivas da região. O trabalho foinidealizado e é coordenado pelo pesquisador Oriel Filgueira Lemos.
"A partir do que o nosso grupo de pesquisa em pimenta-do-reino da Embrapa Amazônia Oriental vem desenvolvendo, elaboramos uma proposta que contempla pesquisa e transferência de tecnologias para um sistema de produção sustentável. Ela promove a consolidação de tecnologias para produção de pimenta-do-reino em tutor vivo de gliricídia, introduzindo boas práticas agrícolas de colheita e pós-colheita. Para tanto, envolvemos produtores familiares, assim como órgãos de assistência técnica e principalmente a parceria com a iniciativa privada, atendendo, assim, aos pré-requisitos do edital", conta Oriel.
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O Brasil é um dos principais produtores de pimenta-do-reino (Piper nigrum L.), oscilando entre o terceiro e o quarto lugares entre os outros três países produtores: Vietnam, Indonésia e Índia. Entre agosto de 2011 e agosto de 2012, as divisas brasileiras com a cultura ultrapassaram 200 milhões de dólares, com 50 mil toneladas exportadas e área plantada de 20 mil hectares.
O pesquisador Oriel Filgueira revelou que foi uma conquista muito gratificante ficar em primeiro lugar no edital, entre 206 pesquisadores. "É algo que nos impulsiona a acreditar que o nosso grupo de pesquisa está no caminho certo para fazer do Pará o maior produtor e com a melhor pimenta-do-reino do mundo. A partir de um sistema de produção sustentável que só foi possível com as parcerias dos produtores, técnicos da assistência Técnica e Extensão Rural, a iniciativa privada e o Banco da Amazônia, aprovando esses recursos que serão importantes para a adoção das tecnologias que estão sendo desenvolvidas, beneficiando as comunidades da região", explica.
O projeto da pimenta-do-reino tem previsão de ser executado em até 36 meses, ajudando na economia sustentável do Estado. O valor estabelecido garante apenas a pesquisa. “São somente R$ 72.955,00 para todo o projeto que contempla atividades de pesquisas e transferência de tecnologias. Logicamente que cada recurso é muito bem-vindo e importante para as nossas ações de pesquisa e transferências de tecnologia”, afirma Oriel Filgueira Lemos.
Oriel ressalta a importância dos investimentos para a realização de pesquisas feitas na região. “O Pará tem as condições necessárias, no caso da pimenta-do -reino, para ser o maior produtor mundial a ter a melhor pimenta-do-reino do mundo. Precisa investir mais nas pesquisas e no fomento desta cadeia que julgamos ser umas das mais importantes pela geração de emprego, renda e divisas para a região”, conclui.
Por Amanda Martins e Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).