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Por Thiago Augustto

Depois de um ano de altos e baixos, a Ferrari foi tomada por alguns rumores que o  presidente,  Luca di Montezemolo, estaria prestes a abandonar o cavalo rampante, para aceitar um cargo no Parlamento Italiano. O empresário comanda a Ferrari desde 1991. 

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Durante sua gestão foram numerosas vitórias desportivas da equipe Ferrari e de Michael Schumacher (sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1) e nos sucessos comerciais e técnicos conquistados pelos carros de série da Ferrari em todos os continentes. Montezemolo, que fundou o grupo liberal Itália Futura em 2009, afirmou que haveria conflito de interesses caso decidisse acumular as duas funções.

“Não lutarei para conseguir um cargo. Deixarei isso para pessoas qualificadas, que apoiaram e trabalharam com o nosso grupo durante todos estes ano. É justo que essas pessoas sejam as protagonistas do cenário político”, declarou o presidente da Ferrari.

No início dos anos 1990, quando foi nomeado presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, passou a dar prioridade ao automobilismo mundial, e transcendeu sua vontade de promover carros esportivos. Contou com a parceria do piloto Michael Schumacher, que após 21 anos de jejum trouxe um título do Mundial para a equipe. Somando todos os triunfos o “poderoso chefão” já acumula seis títulos de pilotos e oito campeonato construtores. 

 

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1 - Em outubro de 2012, o País vivenciou as eleições em todos os municípios brasileiros. No Recife, Geraldo Julio (PSB), candidato apoiado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, venceu no primeiro turno com mais de 450 mil votos. Em São Paulo, o petista Fernando Haddad levou a prefeitura. Confira como foi a vitória do Recife e de SP.

2 - A proposta de redistribuição da receita dos royalties do petróleo virou tema de opiniões divergentes no Congresso Nacional neste ano. Veja o que ocorreu em Brasília e como este assunto mexeu com os Estados brasileiros. 

 

3 - No mês de fevereiro, o empresário goiano Carlos Augusto Ramos, conhecido como o Carlinhos Cachoeira, foi preso pela Polícia Federal na operação Monte Carlo. Ele foi acusado de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás. Conheça o desfecho dos fatos e a decisão da justiça. 

4 - Um dos maiores escândalos da política do Partido dos Trabalhadores (PT), o Mensalão, esquema de compra de votos de parlamentares, movimentou durante o segundo semestre o Supremo Tribunal Federal. Veja os resultados dos processos. 

5 - Tendo como presidente nacional o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que possui a maior aceitação no Brasil, o PSB teve um grande crescimento a partir das eleições municipais de 2012. Confira a ascensão do partido. 

6 - A Comissão da Verdade criada para esclarecer crimes políticos, do período da ditadura e escândalos de mortes no País, foi bastante ativa em 2012. Conheça as principais ações da Comissão no Brasil e no Recife.

7 - 2012 também foi marcado pela cassação do senador Demóstenes Torres. Com o ato, ele ficará inelegível até 2027. Veja como ocorreu a cassação. 

8 - O Brasil passou a ter uma lei que pune com maior rigor as pessoas que dirigem após ter consumido bebida alcoólica. A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, no último dia 21 um novo projeto de lei, no qual o motorista flagrado embriagado e que se recusar a fazer o teste do bafômetro será multado em R$ 1.915,10. Confira a matéria AQUI.

9 - A presidente Dilma Rousseff sancionou em outubro, com nove vetos, o novo Código Florestal. Confira AQUI o texto que aborda os vetos feitos pela presidenta na matéria, tais como a proibição de usar árvores frutíferas para a recuperação de áreas degradadas dentro das Áreas de Preservação Permanente (APPs). 

10 - A reeleição de presidente dos estados Unidos da América, Barack Obama, atraiu olhares dos brasileiros e movimentou também as redes sociais. Veja o sucesso da reeleição de Obama.

O ministro para Assuntos Legais e Parlamentares do Egito, Mohammed Mahsoub, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, um dia depois de o presidente Mohamed Morsi ter prometido uma reforma na tumultuada economia do país.

Mahsoub disse que estava deixando o cargo porque "muitas políticas e esforços (do governo) contradizem minhas convicções pessoais", de acordo com carta publicada na página do Facebook que pertence ao líder de seu partido, o moderado Wasat.

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Ele também criticou o fracasso do governo em recuperar os recursos supostamente desviados por membros do regime de Hosni Mubarak. Sua renúncia ocorre dois dias depois de o ministro de Comunicação de Morsi, Hany Mahmud, ter deixado o governo em razão da "atual situação do país".

Mahsoub, vice-líder do Wasat, havia apoiado Morsi contra a oposição laica durante a profunda crise política a respeito da nova Constituição, que se tornou lei na semana passada.

Semanas de protestos e confrontos violentos precederam o referendo constitucional. A nova lei foi redigida por um painel dominado por islamitas e boicotada por cristãos e liberais.

Em discurso feito na quarta-feira, Morsi elogiou a Constituição e disse que estudava mudanças ministeriais. "Vou implementar todas as minhas ideias para estimular a economia egípcia...e farei todas as mudanças necessárias para cumprir esta tarefa", declarou o presidente.

Ataque à oposição

O promotor chefe do Egito ordenou nesta quinta-feira a realização de uma investigação sobre os líderes da oposição, depois que um advogado os acusou de incitar a queda do regime do presidente Morsi, informou um funcionário do judiciário, em condição de anonimato.

A ordem, emitida por um funcionário indicado por Morsi, deve agravar as tensões políticas, que resultaram em violentos episódios de violência nas ruas.

A acusação, aberta no mês passado, diz que Mohammed ElBaradei - ganhador do prêmio Nobel da Paz e ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU -, juntamente com Amr Moussa, ex-ministro de Relações Exteriores, e Hamdeen Sabahi, que foi candidato à presidência, fizeram campanha para derrubar Morsi. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Recebemos a notícia que o Brasil perdeu o posto de 6ª maior economia do mundo. De acordo com a Economist Intelligence Unit (EIU), responsável pelo levantamento dos dados e ligada à revista The Economist, nosso País foi ultrapassado pelo Reino Unido e só voltará a ultrapassar a economia britânica em 2016.

Apesar de acreditarmos que esse fato não aconteceria, todos os indicativos foram desfavoráveis ao Brasil. A desvalorização do real em relação ao dólar aliada ao pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a falta de investimentos do Governo Federal - só foram investidos aproximadamente 50% do orçamento previsto para 2012 - foram decisivos para a queda no ranking.

Em texto anterior escrevi sobre o baixo crescimento do Brasil. Economicamente, o País cresceu apenas 0,7% de janeiro a setembro deste ano, enquanto o Reino Unido registrou estagnação no período.  A expectativa é que a economia brasileira não atinja 1,5% até o final do ano. O baixo ritmo da atividade econômica brasileira foi decisivo para que a diferença entre Brasil e Reino Unido, que era até então a 7ª potência, passasse dos US$ 200 bilhões.

Nos dois primeiros anos do governo Dilma Rousseff, o crescimento do Brasil ficou inferior a 2% ao ano – em 2011 foram 2,7% e, apenas, 1% estimados para 2012. Para 2013, a projeção é de um crescimento de 3,3% do PIB, resultando em uma média anual de 2,3%. Ainda assim não seria suficiente para recuperar a diferença existente para o Reino Unido.

Contudo, não foi apenas entre as potências que o Brasil decepcionou. No ranking do Banco Mundial que mede o PIB per capita, nosso País ocupa apenas a 75ª posição.  E a situação é pior quando falamos dos rankings que mensuram a qualidade da educação, o Brasil está na 88ª colocação.

O Brasil tem inúmeros problemas e antes de pensarmos em ficar entre as cinco potências econômicas mundiais, precisamos pensar neles. A inflação em 2012 deve ficar próxima dos 6%, perto do limite de 6,5% estipulado pelo regime de metas. Isso comprova que o governo não teve sucesso nas políticas econômicas   adotadas.

O que o País precisa é de investimentos e não de mais consumo. Isso ficou comprovado, também, com a queda do índice de confiança do consumidor de 1,1%, de 120 pontos em novembro para 118,7 pontos neste mês. É evidente que o aumento do crédito no intuito de incentivar o consumo é uma alavanca para a recuperação da economia, mas o risco de endividamento também se faz presente.

O Brasil tem capacidade para estar entre os grandes, só é preciso criar um ambiente bom para o investimento privado. E no caso do Governo, é preciso investir e garantir que o mesmo seja feito de forma total e correta.

O ex-presidente dos Estados Unidos George H.W. Bush passou o natal em um hospital do Texas junto com a família após uma série de problemas de saúde, disse nesta terça-feira seu porta-voz.

O ex-presidente, de 88 anos de idade, foi admitido no Hospital Metodista de Houston no dia 7 de novembro para o tratamento de uma bronquite e teve alta dia 19 de novembro.

Contudo, voltou a ser internado quatro dias depois, após apresentar um quadro de tosse persistente.

"O presidente Bush teve uma série de contratempos que, combinados com sua idade, complicaram sua alta", disse o porta-voz, Jim McGrath, à AFP.

"Seus médicos estão moderadamente otimistas e, atualmente, têm a situação sob controle. O presidente passou o natal junto com sua esposa, seu filho Neil e seu neto Pierce".

McGrath não informou a data de uma possível alta do veterano estadista.

O Houston Chronicle informou que na semana passada Bush teve febre depois de se sentir fraco.

O ex-presidente republicano, que ocupou a Casa Branca entre 1989 e 1993, se destacou por ter decidido pela intervenção das forças norte-americanas no Iraque na guerra do Golfo, depois que as forças de Saddam Hussein invadiram o Kuwait.

Pai do também ex-presidente republicano George W. Bush, foi também vice-presidente, diretor da CIA e congressista.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, dissolveu o Parlamento neste sábado, após a renúncia do primeiro-ministro Mario Monti, oficializada na sexta-feira. A medida abre formalmente o caminho para a realização de eleições gerais em fevereiro, mas ainda não está claro se Monti participará do pleito.

Napolitano assinou o decreto neste sábado, após realizar consultas com demais líderes políticos. Monti, que foi empossado 13 meses atrás para impedir que a Itália entrasse numa crise da dívida como a Grécia, renunciou ontem, depois de o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi ter retirado o apoio a seu governo.

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Monti deve realizar uma coletiva de imprensa no domingo, durante a qual espera-se que ele anuncie se vai ou não concorrer ao cargo de premiê.

Pequenos partidos de centro têm tentado convencer Monti a se candidatar, mas jornais italianos dizem que ele está mais inclinado a recusar a oferta. Pesquisas de opinião indicam que o Partido Democrático, de centro-esquerda, deve vencer as eleições. Uma chapa liderada por Monti roubaria votos do Partido Democrático, embora não se espera que consiga a maioria. As informações são da Associated Press.

O Parlamento da Romênia aprovou nesta sexta-feira a formação do governo de centro-esquerda no país, colocando um fim à disputa entre o presidente Traian Basescu e o primeiro-ministro Victor Ponta, que quase paralisou a nação do Leste Europeu. Os parlamentares aprovaram o novo gabinete, que será liderado pelo primeiro-ministro Ponta, por 402 votos a favor e 120 contrários. A aliança de centro-esquerda de Ponta conquistou 68% das cadeiras nas eleições parlamentares de 9 de dezembro. Basescu e Ponta mantém há anos uma amarga disputa política.

"Eu quero mostrar que a justiça social pode ser alcançada. Eu quero dizer aos pobres, aposentados e desempregados que a luta contra a pobreza é uma prioridade do governo romeno", disse Ponta.

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As informações são da Associated Press.

A tensão política e os saques a supermercados se alastraram de Bariloche para outras cidades da Argentina nesta sexta-feira, com centenas de saqueadores invadindo e atacando supermercados em Rosario, Campana, Zárate e até em San Fernando, na grande Buenos Aires. Pelo menos duas pessoas foram mortas durante os tumultos nesta sexta-feira em Rosario e pelo menos 137 foram detidas. A administração da presidente Cristina Kirchner despachou 400 agentes federais para a província de Rio Negro, na noite de ontem, após os saques em Bariloche. Segundo o jornal Clarín, pelo menos mais duas pessoas ficaram gravemente feridas em Rosario e em Campana foram detidos 100 suspeitos de saques.

A onda de saques aos supermercados, às vésperas do Natal, é mais um problema em uma crescente lista de desafios econômicos e políticos para o governo de Cristina. Após ter crescido 8,9% em 2011, a economia luta para fechar 2012 com um crescimento de 2%, enquanto muitas projeções feitas pelo setor privado colocam a inflação anual acima de 20%, informa o Wall Street Journal.

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O estilo confrontador de Cristina na política também tirou grande parte da popularidade da presidente. Ela enfrenta sérios desafios à sua autoridade que partem do próprio Partido Justicialista (peronista), com rumores de que tentará fazer emendas na Constituição que lhe permitam disputar um terceiro mandato em 2015.

Hugo Moyano, um poderoso chefe sindicalista e ex-aliado da presidente, conduziu uma greve geral no mês passado por melhores salários e impostos mais baixos para os trabalhadores. Foi a primeira greve geral contra o governo desde 2008, quando os agricultores fizeram um locaute contra a política agrícola de Cristina, que começou a taxar a exportação de grãos.

O chefe de gabinete da presidente, Juan Manuel Medina, acusou os sindicatos de caminhoneiros de Moyano de terem organizado a violência de ontem e desta sexta-feira. "Esses foram eventos isolados e claramente organizados. Em nenhum deles as pessoas buscavam comida. Elas levaram televisores e bebidas dos supermercados", disse Medina. Um porta-voz de Moyano não pôde ser encontrado hoje para comentar as declarações de Medina.

A mídia argentina reportou que os saqueadores pareciam organizados e em vários casos usaram automóveis para levar embora as mercadorias saqueadas. Hugo Filippini, gerente de um supermercado saqueado em Campana (província de Buenos Aires), disse que os criminosos usaram a rede social Facebook para planejar o ataque.

Lojas em Bariloche e em Zarate, na grande Buenos Aires, permaneciam fechadas nesta sexta-feira. "Não sabemos se vamos abrir hoje...foi um ano muito ruim, com a criminalidade, e esperávamos vender mais neste mês. Agora veja, a loja está fechada", disse um lojista em Zarate, atrás das grades protetoras que mantinham sua loja fechada hoje.

As informações são da Dow Jones.

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite desta quarta-feira esperar que o presidente Hugo Chávez, que se recupera de uma cirurgia contra o câncer em Cuba, tome posse normalmente no dia 10 de janeiro. Maduro deu as declarações após o líder governista na Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, ter sugerido que a posse de Chávez poderia ser adiada. Maduro afirmou que, se não tomar posse no dia 10, Chávez "deixou orientações públicas e claras para qualquer cenário". Maduro não quis entrar em "especulações" para o caso de Chávez não tomar posse no dia 10.

As informações são da Associated Press.

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, sugeriu nesta quarta-feira (19) que a data de posse do presidente Hugo Chávez, de 58 anos, poderia ser adiada, embora tenha ressaltado que essa é uma ideia dele e não uma posição do governo venezuelano. A posse de Chávez para um quarto mandato de seis anos está marcada para 10 de janeiro de 2013, mas ele está em Havana, onde passou pela quarta cirurgia contra o câncer e permanece internado.

"Essa é uma opinião minha, não é algo oficial", disse Cabello, em declaração publicada no diário El Nacional. "Você não pode amarrar a vontade de um povo a uma data, então a vontade de oito milhões de pessoas não vale?", perguntou Cabello, ao fazer referência ao número de votos que Chávez obteve nas eleições de outubro. A Constituição estabelece que, se o presidente não puder tomar posse no dia 10, o cargo deve ser assumido pelo vice-presidente, que precisa convocar novas eleições em 30 dias.

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Cabello também é presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de Chávez. "Nosso cenário é que o presidente se recuperará e tomará posse em 10 de janeiro", disse Cabello. Mesmo assim, os comentário de Cabello tem peso, uma vez que há pelo menos 14 anos ele participa do projeto político de Chávez.

Na noite da terça-feira, o ministro da Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, leu em cadeia nacional de rádio e televisão um novo boletim sobre a saúde de Chávez, na qual afirmou que a infecção respiratória que o presidente teve, após a cirurgia, foi controlada. "A equipe médica informou que o presidente Chávez deve ficar em repouso absoluto pelos próximos dias", leu Villegas. Os pais, alguns filhos e o irmão de Chávez, Adán, partiram para Havana na terça-feira.

As informações são da Associated Press.

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, que sofreu um acidente vascular cerebral na noite de segunda-feira, será internado em um hospital na Alemanha, disseram dois funcionários curdos nesta quarta-feira. Médicos alemães que chegaram a Bagdá na manhã de hoje recomendaram que Talabani, de 79 anos, seja enviado a um hospital alemão. Médicos iraquianos que tratam Talabani em Bagdá disseram que a condição de saúde do paciente é estável e apresentava leve melhora, mas não deram detalhes sobre a doença que atinge o presidente iraquiano, que é da minoria curda.

A doença do presidente levanta novas preocupações sobre a estabilidade no país, que registra uma nova onda de tensões entre o governo central, comandado pelos árabes xiitas, e os curdos.

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Firad Rawndouzi, membro do Partido União Patriótica do Curdistão, de Talabani, disse que a equipe de médicos alemães recomendou que o presidente seja enviado à Alemanha, possivelmente já na quinta-feira. O chefe da assessoria de imprensa de Talabani, Barazan Othman, disse que a transferência para um hospital alemão está em curso. "É muito provável que o presidente viaje amanhã, no máximo na sexta-feira, à Alemanha para completar o tratamento", disse Othman. "A situação de saúde do presidente melhorou e ele atravessou o estágio mais crítico".

Antes de sofrer o derrame, Talabani estava acima do peso e passou por cirurgias nos últimos anos, incluída uma operação cardíaca em 2008. Embora os poderes de Talabani sejam limitados em comparação ao do primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, ele é visto como uma figura unificadora no país, acima das divisões étnicas e sectárias que existem no Iraque.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

As últimas pesquisas realizadas pelo IBOPE e Datafolha revelam que 62% dos eleitores aprovam a administração de Dilma Rousseff (Datafolha). Em todos os cenários avaliados pelo Datafolha, a presidenta Dilma tem larga vantagem sobre os diversos adversários e se a eleição fosse hoje ela venceria a disputa no primeiro turno.  Segundo o IBOPE, 78% dos eleitores aprovam o modo de governar de Dilma. Os dados de ambos os institutos são complementares e coerentes entre si.

Em razão dos dados apresentados, os apressados, os quais estão costumeiramente postados, afirmam que Dilma é favorita a vencer a disputa presidencial em 2014. Os apressados estão falando o óbvio. Mas ao lado, próximo ou inerente a um quadro eleitoral óbvio, estão presentes ameaças, que caso sejam sintomáticas poderão enfraquecer o favoritismo de Dilma. Portanto, os admiradores do óbvio devem ampliar as suas análises.

Caso o crescimento econômico brasileiro continue lento, a variável econômica interferirá no comportamento dos eleitores. Os eleitores não fincam raízes na sociedade. Eles são dinâmicos, assim como as suas escolhas. Deste modo, a herança lulista, pautada exclusivamente na ampliação do consumo, ainda está presente nas classes A, B e C. Por sua vez, a classe D ainda está encantada com os benéficos programas sociais expandidos na era Lula.

Pois bem, os eleitores que hoje aprovam Dilma, os fazem, em parte, em virtude da herança lulista e não necessariamente em razão dos méritos do governo Dilma. Embora, o jeito de ser de Dilma tenha possibilitado que ela seja admirada pelos brasileiros. Sendo assim, Dilma hoje não é uma candidata que depende exclusivamente da economia para ser reeleita. O seu jeito de ser poderá garantir a sua reeleição.

Não se devem desprezar três pontos fundamentais que podem estar presentes na conjuntura de 2014. Na disputa presidencial de 2014, parte dos eleitores estará ressacada com o PT? É possível que sim, em razão de variados motivos, dentre os quais: 1) longevidade no poder por parte do PT; 2) e variados escândalos de corrupção. Este último é uma variável que certamente fará com que o PT perca admiradores nas classes A e B.

O sucesso das obras da Copa do Mundo beneficiará Dilma e os governadores. Mas efeito contrário ocorrerá caso o insucesso esteja presente. Portanto, não só será apenas a economia que influenciará a escolha dos eleitores em 2014, mas também a capacidade de gestão dos governadores e da presidenta. O que estará mais visível para os eleitores em 2014 são as obras da Copa, e eles associarão a realização de obras ao desempenho do gestor.

Outro ponto relevante: caso Eduardo Campos, Marina Silva e Aécio Neves disputem a eleição presidencial contra Dilma, existe a possibilidade de que o segundo turno venha a ocorrer.  Neste caso, a lógica é simples: mais candidatos, forte possibilidade de ocorrência do segundo turno. Portanto, os apressados devem saber que o óbvio sugere miopia na análise política. 

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Hugo Chávez, venceu as eleições para governador em 20 dos 23 Estados do país onde ocorreram sufrágios no domingo, informou nesta segunda-feira o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. Chávez, de 58 anos, está em Cuba desde a semana passada, onde foi submetido à quarta cirurgia contra o câncer. Os partidários do bolivariano conquistaram os governos estaduais de importantes redutos da oposição, como Zulia e Mérida. Os opositores conseguiram manter os governos de apenas dois dos sete Estados que comandavam, Miranda e Lara; além disso, venceram as eleições no Estado de Amazonas.

As eleições estaduais do domingo aconteceram menos de uma semana após Chávez partir para Cuba, onde foi operado. Ele sofre de câncer desde meados de 2011. As eleições foram amplamente vistas como um referendo sobre o movimento bolivariano fundado por Chávez, se ele terá sobrevida política no caso de seu mentor sucumbir ao câncer ou não ter condições de saúde para assumir a presidência em 10 de janeiro de 2013.

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O governador de Miranda, Henrique Capriles, conseguiu se reeleger com pouco mais de 40 mil votos de diferença sobre seu principal adversário, o ex-vice-presidente Elias Jaua, do PSUV. No Estado de Lara, onde fica Barquisimeto, quarta maior cidade do país, o vencedor foi Henri Falcon, um ex-militar que era aliado a Chávez mas em 2008 se desentendeu com o presidente e passou para a oposição.

Os chavistas, contudo, elegeram governadores dos importantes estados de Zulia, Carabobo e Mérida. Em Zulia, o governador Pablo Pérez, de 43 anos e visto como uma das figuras mais importantes da oposição, foi derrotado pelo candidato do PSUV, Arias Cárdenas. A capital de Zulia, Maracaibo, é a segunda maior cidade do país e o Estado é um dos centros da indústria petrolífera.

"A realidade é que os chavistas provaram que o movimento deles está institucionalizado o suficiente na sociedade venezuelana, pelo menos em um nível regional, e isso mesmo sem Chávez", disse o cientista político Miguel Tinker Salas, professor de Estudos Latino-americanos na Universidade Pomona, em Claremont, Estado da Califórnia (EUA).

A eleição do domingo foi a primeira, nos 14 anos de Chávez na presidência, em que o bolivariano não participou ativamente, nem pedindo votos durante a campanha e nem viajando pelos Estados em apoio aos correligionários. Jorge Rodríguez, chefe de campanha do PSUV, disse que a vitória significa que o mapa da Venezuela "foi pintado de vermelho".

Capriles disse aos seus partidários, após sua vitória em Miranda, que era "difícil vir aqui hoje e exibir um sorriso", fazendo referência à derrota da oposição, em um sentido mais amplo. "Esse é um momento difícil, mas em todos os momentos difíceis as oportunidades podem surgir", afirmou. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 54% dos 19 milhões de eleitores votaram, uma participação que ficou bem abaixo dos 80% que foram às urnas em 8 de outubro, quando Chávez derrotou Capriles. O jovem governador de Miranda devolveu a derrota no domingo, obtendo 582 mil votos (51%) e vencendo o ex-vice-presidente Elias Jaua, que obteve 534 mil sufrágios (47%). Jaua foi encarregado pessoalmente por Chávez de derrotar Capriles em Miranda.

Chávez deverá tomar posse para um quarto mandato em 10 de janeiro de 2013. Mas se suas condições de saúde não permitirem, a Constituição da Venezuela exige que novas eleições sejam convocadas em 30 dias. Chávez, antes de partir para Havana na semana passada, nomeou o ex-chanceler e atual vice-presidente Nicolás Maduro como seu possível sucessor e disse que se o pior acontecer, Maduro deverá se candidatar e liderar o PSUV.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O espanhol Angel Carromero será deportado de Cuba à Espanha, onde cumprirá a pena de prisão de quatro anos emitida pela Justiça de Cuba, por ter sido responsável involuntário do acidente de trânsito que matou o dissidente cubano Oswaldo Payá, informou nesta sexta-feira o governo da Espanha. No dia 12, os governos da Espanha e Cuba firmaram um memorando em Havana para permitir a deportação de Carromero, que pediu para ser enviado à Espanha, o que facilitou o processo, disse a vice-presidente espanhola Soraya Saenz de Santamaría. Como parte do acordo, também será deportado o espanhol Juan Manuel Vives, que cumpre sentença de prisão de 18 anos em Cuba por tráfico de drogas.

Carromero, de 27 anos e militante do Partido Popular (centro-direita), foi condenado em Cuba por homicídio culposo, porque dirigia o automóvel onde viajava com Payá, com outro dissidente cubano, Harold Cepero, e um sueco. Além de Payá, Cepero também morreu no desastre, que acontece em julho em Bayamo, no leste de Cuba. O sueco, considerado não responsável pelo acidente, partiu para Estocolmo em setembro.

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As informações são da Associated Press.

Dilma entrará em seu terceiro ano de mandato com um débito para com seus eleitores, qual seja: ausência de crescimento econômico pujante. Obviamente que a ausência de tal crescimento não traz nenhum demérito para a presidenta, pois ela teve ações meritórias no decorrer dos dois anos de mandato, inclusive no âmbito da economia.

 

Entretanto, a economia tem impacto em todas as esferas da sociedade, inclusive na escolha do eleitor durante os períodos eleitorais. Recentemente, a revista inglesa The Economist sugeriu a demissão do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em razão do pífio desempenho da economia brasileira durante o mandato de Dilma. A presidenta reagiu publicamente e não admitiu que revistas estrangeiras digam quais decisões devem ser tomadas em relação ao Brasil, manteve o pulso forte.

A liberdade de imprensa serve também para criticar a economia. A mesma revista que criticou, por várias vezes, elogiou o Brasil. Portanto, assumindo a posição de crítica, a The Economist contribuiu para o debate e não para menosprezar a economia brasileira. O que se deve fazer, neste instante, é avaliar as causas que permitiram o reduzido crescimento econômico do Brasil nos últimos dois anos, com a inflação bem acima da meta, mesmo com o desemprego em baixa recorde.

Desde a era Lula, impostos foram reduzidos em segmentos específicos da nossa economia, em particular, no setor automotivo e de eletrodomésticos através da redução do IPI para veículos e da linha branca de eletros. Esta medida possibilitou a expansão do consumo. Porém, e como consequência do risco ao incentivar a expansão do consumo, as medidas possibilitaram o crescimento de pessoas endividadas. Diante de tal relação, a qual é causal, e não associativa, vislumbro que a economia brasileira poderá continuar em ritmo de crescimento lento.

A lógica é simples: a era Lula foi caracterizada pela inclusão ao consumo, em razão de que o ex-presidente priorizou acertadamente o mercado interno. Dilma foi eleita presidente do Brasil em virtude das suas qualidades, mas também em razão da expansão do consumo incentivada por Lula. Contudo, tal expansão permitiu o endividamento dos indivíduos, o qual ameaça o crescimento robusto da economia brasileira.

As medidas para a expansão do consumo chegaram à exaustão. Isto significa que os efeitos de tais medidas não são mais suficientes para alavancar o crescimento da economia brasileira. Portanto, surge uma nova política econômica, com medidas fiscais visando fortalecer a demanda e extensão da política monetária, a qual não deve relegar os incentivos para a expansão do consumo, mas outras ações precisam ser realizadas com o objetivo de expandir o PIB.

Os resultados do PAC ainda são insatisfatórios. Desconfio que os eleitores brasileiros não saibam apontar nenhuma obra do PAC realizada. Os investimentos privados em parceria com o estado estão sendo realizados, neste instante, exclusivamente em alguns aeroportos. A redução da conta de luz, medida que merece ser aplaudida se pensarmos nos consumidores finais, pode prejudicar os investimentos futuros das empresas. E, por fim, as obras de infraestrutura como a construção de aeroportos, estradas, portos, usinas termelétricas, biocombustível, dentre outros, que só existem nas promessas.

E neste contexto, podemos afirmar que o Brasil também sofre com a crise econômica mundial. Porém, sofre mais ainda com a falta de políticas econômicas que visem o desenvolvimento a longo prazo.

O Parlamento da Ucrânia, recém-eleito, tomou posse nesta quinta-feira e nomeou dois deputados governistas para os cargos de primeiro-ministro e líder parlamentar, mas a sessão foi tumultuada por uma briga violenta entre parlamentares do governo e da oposição, que trocam murros e pontapés. O Partido das Regiões, do presidente Viktor Yanukovich, e seus aliados governistas asseguraram uma maioria após as eleições de outubro, consideradas irregulares pelo Ocidente. Mas três partidos da oposição se manifestaram de maneira violenta hoje no Parlamento.

Logo após o começo da sessão, parlamentares da oposição fizeram o juramento, assumiram as cadeiras e começou uma discussão com os governistas. Os opositores estavam furiosos com a prática dos governistas, de votarem na ausência de colegas. Rapidamente os políticos passaram dos insultos à troca de murros e pontapés. Um parlamentar enfiou o dedo no olho de um colega.

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"Estimados deputados, vamos nos acalmar", disse o deputado governista Volodymyr Rybak, ex-prefeito de 66 anos da cidade de Donetsk, que teve que interromper seu discurso. Após a briga ter terminado, Rybak foi eleito líder do Parlamento. Um pouco mais tarde, o Parlamento efetivou o primeiro-ministro interino Mykola Azarov, aliado de Yanukovich, no cargo de premiê.

A oposição recusou-se a assistir à efetivação de Azarov e saiu em bloco para o saguão do Parlamento, deixando o presidente Yanukovich discursar para um plenário vazio pela metade. A sessão desta quinta-feira fez pouco para reduzir as preocupações da União Europeia (UE) sobre a situação da democracia na Ucrânia, cuja principal líder da oposição, Yulia Tymoshenko, cumpre pena de prisão. A UE afirma que a condenação de Tymoshenko foi politicamente motivada.

A UE suspendeu um acordo de cooperação com a Ucrânia. Nesta quinta-feira, após as cenas do pugilato entre os políticos exibidas pela televisão, o Parlamento Europeu adotou uma resolução na qual reiterou que "a Ucrânia precisa provar seu comprometimento a uma democracia genuína antes que um acordo com a Europa possa ser assinado".

As informações são da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que descartaria sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro se o atual ocupante do cargo, Mario Monti, concordar em liderar o partido de centro-direita de Berlusconi, Povo da Liberdade (PDL). "Não tenho ambições pessoais", afirmou Berlusconi no lançamento de um livro em Roma. "Mas Monti não parece querer ser candidato de um partido." Ele afirmou que fará o possível para que os "moderados" vençam o Partido Democrático, de centro-esquerda, nas eleições previstas para o primeiro semestre do ano que vem, e que acredita poder recuperar a maior parte dos votos recebidos por ele em sua campanha de 2008.

Além disso, o ex-premiê atacou os líderes europeus que criticam sua volta à política, dizendo que existe "muita malícia" dentre os líderes da região e que é uma "mentira colossal" dizer que ele levou a Itália para perto do abismo.

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Berlusconi também reiterou suas críticas à política econômica da Alemanha, dizendo que a União Europeia idealizada por ele não consistiria em "uma hegemonia de interesses próprios". Ele acusou os bancos alemães de comandarem vendas sistemáticas de bônus italianos em junho de 2011, levando ao aumento nos custos de empréstimos da Itália, o que o fez abrir espaço para Monti. Segundo ele, porém, os 5 bilhões de euros a mais em custos de financiamento nunca seriam capazes de colocar a Itália na beira da falência.

Ele afirmou que o euro não é uma moeda "verdadeira", já que não existe um banco central disposto a "emitir moeda" como no Japão, para eliminar a possibilidade de um default.

Na semana passada, Berlusconi havia anunciado que pretende concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro. Hoje, ele foi perguntado cinco vezes se esse ainda é o seu plano, já que suas respostas não foram convincentes. "Neste momento, sou candidato a primeiro-ministro", afirmou. "Com certeza venceremos."

As informações são da Dow Jones.

O Brasil sentiu os efeitos da crise mundial com a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) durante todo o ano. Mas, no terceiro trimestre do ano, a desaceleração ficou mais evidente. Entre julho e setembro deste ano, o PIB brasileiro cresceu 0,6%, quando era esperado, pelo menos, 1%.

Em 2012, a economia do País fecha abaixo da expectativa, com crescimento discreto desde o começo do ano. As taxas foram de 0,1% no primeiro trimestre e de 0,2% no segundo. A explicação para o crescimento um pouco mais expressivo entre julho e setembro foi a ampliação do setor de agronegócios, que obteve um acréscimo de 2,5%. Já a grande decepção foi o desempenho do setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB nacional e não obteve nenhum crescimento no mesmo período. 

Não menos importante, vale ressaltar a posição de alguns economistas que creditam o retrocesso econômico do Brasil às opções políticas da presidenta Dilma Rousseff. A política de fechamento da economia, com controle sobre o câmbio, imposição de tarifas sobre importados e políticas de curto prazo para tentar induzir o crescimento, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido dos automóveis e a frágil tentativa de manter a inflação controlada, resultaram na perda de competitividade e redução dos investimentos. 

Caro leitor, seria impossível dizer que o Brasil não sofreria nenhum impacto com as crises econômicas da Europa e dos Estados Unidos. A grande dificuldade vivida pelo País foi na área de investimentos privados. Somos um país exportador e com a fragilidade do euro e do dólar os grandes investidores internacionais ficaram receosos em injetar capital. Sem investimentos o setor privado não tem como crescer, prejudicando o crescimento do PIB. E, ao mesmo tempo, esse mesmo setor privado era o que deveria estar crescendo a passos largos.

Analistas dizem que Dilma sofre ao tentar corrigir erros da gestão anterior, que deixou de investir em infraestrutura e na qualificação de mão de obra – aqui a explicação para o não crescimento do setor de serviços, que em sua maioria depende de mão de obra qualificada.

É evidente que ações para impulsionar a economia precisam ser tomadas. O corte de tributos, como IPI, os investimentos em infraestrutura e a redução dos juros básicos, são necessários para não ficarmos estagnados. Contudo, a crise nos países europeus e nos EUA está longe do fim e a recuperação da economia mundial deve ser lenta. O Brasil precisa dobrar a sua taxa de investimentos para continuar com o crescimento. Ademais, os problemas que temos para resolver são muitos e não podem ser corrigidos em curto prazo.

Precisamos investir sim, cada vez mais. Contudo, o Brasil de hoje não é o país de décadas atrás e assim sendo, as mesmas políticas antiquadas de antes não vão funcionar. É preciso fazer da educação, da ciência e da tecnologia exemplos para prosseguir com o desenvolvimento.

A Itália voltou ao centro das atenções na crise da zona do euro nesta segunda-feira, após o primeiro-ministro Mario Monti ter dito que renunciará ao cargo depois que o Parlamento votar o orçamento de 2013, o que deverá ocorrer até o final deste mês ou no começo de janeiro. Quando Monti renunciar, o presidente Giorgio Napolitano marcará eleições gerais, que deverão ocorrer em fevereiro do próximo ano. O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de 76 anos, declarou nesta segunda-feira que não teme enfrentar Monti nas eleições, se o economista decidir se candidatar, e também não teme a centro-esquerda - que recentemente lançou a candidatura de Pier Luigi Bersani, chefe do Partido Democrático (PD). Nesta segunda-feira, o prefeito de Florença, Matteo Renzi, rechaçou um convite de Berlusconi para juntar forças com o partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) do magnata da mídia.

Monti afirmou hoje em Oslo que os mercados financeiros não deveriam temer um "vazio político" na Itália. Segundo ele, o governo italiano "está mantendo todas as suas funções e continuará a mantê-las após o chefe de Estado (Napolitano) dissolver o Parlamento. O governo também continuará a funcionar até passar a administração a um novo governo", afirmou.

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Renzi disse a Berlusconi que não tem interesse em mudar de lado. "Você pode comprar coisas, não pessoas, pelo menos não a mim", afirmou o prefeito florentino em uma declaração publicada no Twitter. Os jornais italianos informaram nesta segunda-feira Berlusconi anunciou seu plano para "vencer" as eleições gerais na próxima primavera (na Europa), tendo deixado uma porta aberta para Renzi, ao convidá-lo para se juntar a seu partido de centro-direita. "Feche a porta, está frio lá fora", afirmou Renzi.

A Bolsa de Valores de Milão fechou nesta segunda-feira em queda de 2,2% no índice FTSE-MIB, perdendo 345,21 pontos na jornada. O yield (taxa de retorno) dos bônus italianos de 10 anos voltou a subir hoje, em 0,26 pontos porcentuais para 4,79%. "A sucessão de Mario Monti será uma incerteza para a solução da crise na zona do euro, e a credibilidade das reformas econômicas na Itália, sem dúvida, sofrerá um forte escrutínio nos próximos meses", disse Geoffrey Yu, estrategista no banco suíço UBS.

O partido de Berlusconi declarou que o atual governo tecnocrata da Itália acabou, provocando a decisão de Monti de renunciar assim que o orçamento de 2013 for aprovado. A decisão foi anunciada no sábado. É provável que isso ocorra antes do Natal, o que significa que as eleições gerais no país deverão ser realizadas em fevereiro ou início de março, um mês antes do prazo original.

Renzi, que foi considerado um centrista em sua primeira batalha com o líder do Partido Democrático, Pier Luigi Bersani, pediu abertamente uma mudança de gerações na política italiana, um mensagem que intensificou o debate nacional, mas que acabou por ser rejeitada pelos eleitores no país demograficamente mais idoso da Europa.

As pesquisas de opinião indicam que o Partido Democrático, de Bersani, está muito à frente dos rivais, mas aquém dos votos necessários para conquistar uma maioria parlamentar por conta própria. O PDL de Berlusconi estava com 15% nas intenções de voto nas últimas pesquisas, publicadas em outubro. As eleições regionais feitas em outubro na Sicília foram vencidas por uma coalizão de centro-esquerda entre o PD e a Unione Democratica Cristiana (UDC, União Democrática Cristã, de centro), que obtiveram 31% dos votos. O PDL de Berlusconi obteve 24% dos votos. Segundo analistas, o desafio para a centro-esquerda italiana será formar uma coalizão com os democratas cristãos para derrotar Berlusconi em fevereiro no país inteiro.

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

O presidente Mohamed Morsi concedeu poderes de polícia ao Exército egípcio nesta segunda-feira (10). A medida foi anunciada às vésperas do controverso referendo constitucional, que deu origem a enormes e violentos protestos de rua no país e resultaram na morte de sete pessoas, além de deixar mais de 600 feridos. O referendo constitucional ocorrerá em 15 de dezembro, em momento de profunda divisão na sociedade egípcia, que também enfrenta a crise econômica. Tanto a oposição quanto partidários da Irmandade Muçulmana, grupo que apoia Morsi, marcaram enormes manifestações para a terça-feira no Cairo, Alexandria e Ismaília.

A oposição egípcia rechaça o referendo, mas ainda precisa definir se pedirá que a população boicote a votação ou pedirá que vote pelo "não" nas urnas. "Nós ainda discutimos se vamos boicotar o referendo ou pediremos para a população votar 'não'. Por enquanto, rechaçamos o referendo assim como rejeitamos o rascunho de Constituição", disse Hossam Moanis, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, formada por grupos seculares, cristãos, socialistas, muçulmanos moderados e feministas.

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O decreto, publicado hoje (10) no diário oficial, ordena que os militares cooperem com a polícia "para preservar a segurança e proteger as instituições estatais vitais, durante um período de tempo limitado, até o anúncio dos resultados do referendo", de acordo com uma cópia do documento obtida pela agência France Presse (AFP). Morsi também revogou nesta segunda-feira um outro decreto que havia emitido no domingo, o qual aumentava os impostos sobre cigarros, bebidas alcoólicas (legalizadas embora proibidas pelo Islã, mas consumidas por parte da população), telefones celulares e empréstimos bancários.

O judiciário egípcio entrou em greve após Morsi emitir um decreto em 22 de novembro que lhe deu superpoderes e o colocou acima do poder judiciário. Os juízes disseram que não monitorarão o referendo do dia 15. Nesta segunda-feira, o judiciário pareceu suavizar um pouco a sua posição, ao dizer que poderá acompanhar o referendo do dia 15, mas antes os partidários da Irmandade Muçulmana precisam suspender o cerco que fizeram à Corte Constitucional, tribunal máximo do país no Cairo. Desde a semana passada, partidários da Irmandade e os salafitas, mais radicais, cercam o prédio da Corte.

O Exército, que governou o Egito entre a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011 e a eleição de Morsi em junho deste ano, tem buscado permanecer neutro em relação à crise política, embora tenha advertido que "não vai permitir" que a situação se deteriore e pediu que os dois lados dialoguem.

Desde quinta-feira, tanques do Exército estão ao redor do palácio presidencial, mas os militares não entraram em confronto com os milhares de manifestantes que se reúnem no local toda noite.

A oposição, formada por seculares, liberais, esquerdistas, cristãos e feministas, afirmou que vai intensificar os protestos para prejudicar o referendo. Para os opositores, a nova Constituição, redigida principalmente por aliados islamitas de Morsi, enfraquece os direitos humanos, os direitos das mulheres, as minorias religiosas e prejudica a independência do Judiciário.

Na noite de domingo, a Frente de Salvação Nacional convocou a realização de enormes protestos no Cairo contra o referendo, marcado para 15 de dezembro.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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