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A Arábia Saudita anunciou nesta terça-feira (15) o início de uma campanha de vacinação em massa contra o coronavírus, poucos dias após aprovar a vacina da aliança americana-alemã Pfizer/BioNTech.

"O ministério da Saúde anunciou o início do registro de todos os cidadãos e residentes para obter a vacina contra o coronavírus a partir de hoje" terça-feira, disse a agência oficial de notícias SPA.

Os sauditas, assim como muitos expatriados estrangeiros no país, podem obter a vacina gratuitamente através do aplicativo "Sehaty" do ministério, seguindo uma campanha de vacinação de três etapas, explicou a SPA.

A primeira fase abrange as pessoas mais vulneráveis, como as maiores de 65 anos, pessoas que sofrem de obesidade e doenças crônicas graves ou que trabalham em profissões particularmente expostas ao vírus.

A segunda beneficiará as pessoas maiores de 50 anos, outros profissionais da saúde e os que possuem doenças menos graves.

Por último, todas as demais pessoas que desejarem se vacinar poderão fazê-lo durante a terceira fase.

A Arábia Saudita, que tem uma população de mais de 34 milhões de pessoas, de acordo com dados oficiais, aprovou a vacina Pfizer/BioNTech em 10 de dezembro, tornando-se o segundo país do Golfo a dar sua aprovação, depois do Bahrein.

O país registra oficialmente mais de 360.000 casos de infecção, que incluem 6.059 mortes.

Na segunda-feira, Abu Dhabi, a capital dos vizinhos Emirados Árabes Unidos, também lançou uma campanha de vacinação, mas com a vacina da gigante farmacêutica chinesa Sinopharm.

Ilma Silva Santos e o marido, moradores de um terreno ocupado de Salvador, perderam os empregos devido à pandemia, mas conseguiram alimentar os três filhos graças ao auxílio emergencial disponibilizado pelo governo, que irá expirar no fim do ano.

Quando questionados sobre como irão fazer para sobreviver com o fim da ajuda financeira, Ilma, que trabalha no revestimento de materiais de construção, afirma: "Eu nem sei te responder".

Ilma e a família vivem em um barraco de dois quartos na Vila Manuel Faustino, nos arredores da capital baiana. Quase todos os moradores do lugar recebem o auxílio emergencial, que desde abril beneficiou a mais de 67 milhões de brasileiros, quase um terço da população do país.

Não é muito dinheiro e as parcelas iniciais, de 600 reais, foram reduzidas pela metade em setembro, em meio a disputas dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro sobre como financiar o auxílio.

Mas, para os habitantes da Vila Manuel Faustino, a diferença entre receber ou não esse dinheiro é abismal.

Se a ajuda parar "eu não vou viver, vou sobreviver, né?", lamenta Jaira Andrade do Nascimento, de 37 anos, da porta de sua pequena casa, uma das 60 construídas à margem das três ruas de terra do assentamento.

"Mesmo esses 300 reais sendo pouco, a gente sabe que vai ganhar e, pelo menos, dá para a gente comprar comida", revelou outro morador, Juraci Andrade dos Santos, de 26 anos, um cabeleireiro que perdeu o emprego quando começou a pandemia.

- Buscar o equilíbrio -

O Brasil tem o segundo maior número de mortes na pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos, com quase 174.000 falecimentos.

A crise sanitária atingiu em cheio a economia do país.

O desemprego alcançou um índice recorde de 14,6%, com 14,1 milhões de pessoas em busca de trabalho; e quase 6 milhões de desalentados.

A ajuda emergencial, destinada aos trabalhadores de baixa renda afetados pela pandemia, se tornou um tema polêmico a nível político, econômico e orçamentário.

Bolsonaro, que ganhou a eleição presidencial em 2018 com um plano de governo baseado em reformas de austeridade e cortes orçamentários, viu sua popularidade desmoronar com o início da pandemia, que classificou de "gripezinha".

Mas, desde o início do pagamento dos auxílios emergenciais, a tendência foi revertida, com o presidente alcançando cerca de 40% de respaldo popular, recorde de seu mandato.

"As pesquisas nos dizem que seu índice de aprovação aumentou em função do auxílio emergencial. Isso leva a crer que, quando acabar, sua aprovação cairá", afirmou o analista político David Fleischer, da Universidade de Brasília.

Bolsonaro, que pretende se reeleger em 2022, tentou preservar de qualquer maneira a ajuda financeira, que já custou mais de 615 bilhões de reais aos cofres públicos e contribuiu para disparar o déficit fiscal e a dívida pública.

Mas os investimentos multiplicaram os sinais negativos.

"O presidente quis estender o auxílio emergencial o máximo possível, mas teme uma crise de confiança nos mercados", analisou para a AFP Silvio Cascione, diretor para o Brasil da consultora Eurasia Group.

Na terça-feira, Bolsonaro deu sinal de que finalmente está pronto para ceder. "Alguns querem perpetuar alguns benefícios. Ninguém vive dessa forma. É o caminho certo para o insucesso", declarou.

- Aumento da desigualdade -

A magnitude do programa é uma mostra das profundas desigualdades do Brasil, um dos dez países mais desiguais do mundo, de acordo com o Banco Mundial.

O número de brasileiros que se beneficiam da ajuda financeira do governo é quase o dobro do total de trabalhadores com carteira assinada.

Os especialistas dizem que a pandemia só piorou a situação, atingindo mais os pobres em termos econômicos e sanitários.

Os moradores da Vila Manuel Faustino, em dificuldade com a redução do valor do auxílio, enxergam um futuro ainda mais complicado.

"Comprar máscaras e álcool gel ficou difícil. Ou compra estes itens ou come. Vou precisar me apertar aqui em casa. Deixar de tomar café todo dia e tentar economizar onde mais for possível", lamentou a líder comunitária Miralva Nascimento, de 61 anos.

Em Pernambuco, 753 mil pessoas, ou 7,9% da população, fez algum teste para detectar Covid-19 do início da pandemia até o mês de outubro, empatando com o Acre como o estado que menos testou no país. Nos três meses anteriores, Pernambuco havia ocupado sozinho o último lugar nacional. No Brasil, 12,1% das pessoas fizeram teste para detectar o vírus em outubro, contra 10,4% em setembro. No Nordeste, a proporção é de 11,3%.

A PNAD Covid detectou que, em outubro, 99 mil pessoas a mais disseram ter realizado algum tipo de testagem relacionada ao novo coronavírus em comparação ao mês anterior, quando o percentual de população testada no estado foi de 6,8%. A quantidade de pessoas testadas tem crescido desde julho, quando a PNAD Covid divulgou dados sobre testagem pela primeira vez, mas não o suficiente para fazer Pernambuco sair da última posição pelo quarto mês seguido

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O aumento no número de testes também se refletiu em uma elevação nos resultados positivos: aproximadamente 1,6% da população do estado disse ter testado positivo para o novo coronavírus em outubro, em comparação a 1,4% em setembro. No Brasil, o índice de positivados foi de 2,7% da população do país em outubro, frente a 2,3% no mês anterior.

Das 753 mil pessoas testadas, 279 mil realizaram o swab, ou seja, com cotonete na boca e no nariz, e 69 mil (24,9%) tiveram resultado positivo; 352 mil fizeram o teste rápido com coleta de sangue através de furo do dedo e 58 mil (16,5%) testaram positivo, percentual inferior ao do mês de setembro, quando a proporção foi de 17,8%; enquanto 227 mil fizeram o teste de sangue com Covid por meio de veia no braço, sendo 60 mil (26,2%) com Covid confirmada. Uma pessoa pode ter feito mais de um tipo de teste.

Assim como ocorreu desde que a PNAD Covid passou a incluir perguntas sobre testagem no questionário, em julho, as pessoas do sexo feminino foram mais testadas em outubro: 392 mil mulheres contra 361 mil homens. No entanto, a proporção de mulheres testadas cujo exame deu positivo aumentou, passando de 53,6% para 56,3%.

No recorte por cor ou raça, das pessoas que afirmaram ter feito o teste, 61,8%, ou seja, 465 mil pessoas, se identifica como preta ou parda. Eles também são seis em cada dez dos infectados, totalizando 95 mil pessoas. Os brancos, por sua vez, totalizam 280 mil testados e 60 mil com resultado positivo para Covid.

Na distribuição por idade, a maior quantidade de pernambucanos testados está em idade de trabalhar - 432 mil pessoas de 30 a 59 anos, seguidas por 127 mil habitantes do estado na faixa etária de 20 a 29 anos. Entre as pessoas de 60 anos ou mais, 103 mil também fizeram testes para detectar o coronavírus, e 16 mil tiveram resultado positivo.

Cai número de pessoas com sintomas conjugados de Covid-19

Em outubro, 23 mil pessoas (0,2% da população) tiveram sintomas conjugados de Covid-19 no estado. Em setembro, eram 27 mil (0,3% da população). Os sintomas conjugados considerados pelo IBGE são três: perda de cheiro ou sabor; febre, tosse e dificuldade de respirar; febre, tosse e dor no peito.

Dessa parte da população local que teve sintomas conjugados, 40,9% procuraram estabelecimentos de saúde em outubro, enquanto, em setembro, foram 58,8%. O levantamento também constatou que a proporção de pernambucanos com plano de saúde no mês de outubro (18,3%) ficou praticamente estável com relação ao mês anterior. Em maio, mês inicial da PNAD Covid, pouco mais de 2 milhões de pernambucanos tinham acesso à saúde suplementar; em outubro, era 1,75 milhão.

Também em outubro, 248 mil pessoas (2,6% da população) apresentaram algum sintoma relacionado a síndrome gripal em Pernambuco, uma queda de 24,3% frente ao mês de setembro. Os sintomas gripais considerados nesta parte da pesquisa foram febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor, e dor muscular. Os sintomas foram informados pelo morador e não se pressupõe a existência de um diagnóstico médico.

De acordo com a pesquisa, a proporção de idosos vivendo em lares onde há pessoas com sintomas subiu de 20,6% em setembro para 28,4% em outubro. Entre as pessoas que afirmaram ter alguma doença crônica, 42 mil, ou 2,2% do total, testaram positivo para Covid.

*Do IBGE.

Para encerrar o projeto Pergunta Eleitor, realizado em parceria com moradores de seis cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), o LeiaJá visitou São Lourenço da Mata e ouviu os problemas que a futura gestão municipal deve priorizar. A falta de oportunidades de emprego e de Segurança foram as dificuldades mais criticadas pela população. 

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Para garantir a ampla concorrência, o LeiaJá enviou as questões da população para todos os candidatos. Contudo, Denis Alves (PTC), Klecyo (Rede) e Missionaria Savana (PRTB) não se posicionaram em tempo hábil sobre seus projetos e respectivas soluções, caso eleitos.

Na sexta-feira que antecede as Eleições, agendadas para este domingo (15), os candidatos à Prefeitura responderam diretamente às reclamações destacadas por populares. A ordem alfabética do nome do candidato na urna foi respeitada.

1. Qual a proposta do candidato quanto a geração de emprego e renda na cidade? Há a intenção de cadastrar trabalhadores informais e ambulantes? A condição estrutural das feiras públicas e a autorização dos comerciantes está inserida nas intenções do candidato?

Bruno Pereira (MDB)

"Quem fala que o município não dispõe de posto de trabalho, desconhece nosso polo industrial, além dos novos empreendimentos que nossa gestão trouxe para cidade, como: a metalúrgica MOR e a nova loja do Armazém Coral, que oferecem mais de 550 empregos diretos. Já com relação à formalização dos comerciantes, que trabalhavam de maneira informal no município, nossa gestão inaugurou a Sala do Empreendedor", lembra o representando do MDB.

"Pretendemos investir ainda mais na instalação de empreendimentos de grande porte, atraindo os mesmos por meio de incentivos fiscais e condições para que se instalem em São Lourenço da Mata; bem com seguir investindo na capacitação profissional dos moradores, com cursos profissionalizantes. Quanto ao cadastramento de trabalhadores informais, pretendemos atualizar o referido cadastro, e seguir com as melhorias estruturais das feiras públicas, como já foi feito com a entrega do banheiro do Pátio da Feira, uma antiga demanda dos feirantes"

Lucia Cabral (PT)

"Criaremos o maior e mais moderno centro de formação de São Lourenço da Mata. Outro ponto importante é a concessão de benefícios fiscais às empresas que aderirem ao programa de geração de emprego. Vamos, também, dar descontos do ISS para empresas que aderirem ao programa. Vamos incentivar, dentro da Secretaria de Ação Social, jovens empreendedores e isso, perpassando pelas Startups. Iremos firmar parcerias com Centros de formação e capacitação profissional, preparando nossa gente para as oportunidades que virão".

"Cabe ao governo municipal é conhecer o perfil socioeconômico desses trabalhadores informais, dialogar e formalizar oportunidades de capacitação, treinamento e crédito, através de associações e cooperativas. É preciso repensar nossa cidade em todos os aspectos, criando condições para que todos tenham oportunidade de ganhar seu sustento. Nossa zona rural permite o nascimento de um polo agroindustrial. A agricultura familiar precisa ser valorizada, levando para o campo apoio e incentivo. Iremos estruturar essas feiras, levando a acessibilidade, segurança, banheiros e postos de saúde e de atendimento aos comerciantes. Iremos dar um novo redimensionamento aos feirantes e comerciantes. Vamos com isso, atrair mais visitantes e consumidores", pontuou a candidata do PT.

Milton Micuiba (Solidariedade)

“Historicamente, os índices econômicos de empregabilidade na cidade têm decaído ao longo dos últimos 40 anos. Então, a partir de janeiro, pretendemos fazer um alto investimento na área rural, no agronegócio, e consequentemente vamos incluir os feirantes, os comerciantes informais, os pequenos e médios produtores e comerciantes da cidade através da criação do Banco Popular, que será uma forma de investir dinheiro com a carência, uma taxa atrativa, de forma que dê um fôlego financeiro à São Lourenço da Mata, gerando emprego e renda. Neste sentido, também vamos oportunizar o comércio local. O investimento no agronegócio será o principal caminho para gerar emprego e renda na cidade”, destaca o concorrente do Solidariedade.

Vinícius Labanca (PSB)   

“O maior desafio que o prefeito de São Lourenço da Mata terá é fazer com que o município diminua o número de pessoas que fazem daqui uma cidade dormitório. E isso pode ser feito através de muita força política, que vai ajudar a gente a atrair investimentos para a cidade. Essa conquista também será possível pela credibilidade administrativa. Vamos cadastrar os ambulantes e os feirantes fazendo um cadastramento amplo e investigando caso a caso. E também vamos organizar a mobilidade da nossa cidade, fazendo concurso para a guarda municipal e organizando o transporte alternativo. Em São Lourenço da Mata já existem emendas impositivas para que a gente reforme o pátio da feira e o mercado de Tiúma, e através destas emendas impositivas, e com recursos próprios da prefeitura, nós vamos fazer um trabalho grande de requalificação desses equipamentos”, prometeu o postulante do PSB.

2. Como promover um atendimento humanizado na rede pública de Saúde?   A contratação de médicos faz parte do planejamento? Quais medidas podem facilitar o acesso ao sistema e garantir agilidade nos atendimentos?

Bruno Pereira (MDB)

"Dentre nossas propostas estão a criação de policlínicas, para atender ainda mais os cidadãos; implantação de cirurgias mamárias com mastologista no hospital municipal; criação das clínicas de Fisioterapia, da Mulher, do Idoso, Clínica Veterinária e uma para realização de cirurgias de catarata; assim como, a contratação de profissionais para atuarem nestes locais", prometeu Bruno.

Lucia Cabral (PT)

“O bom atendimento será uma regra e não uma exceção. Porém, isto tem que está diretamente ligado com um bom aparelhamento hospitalar, pois o ambiente das unidades de saúde não é humanizado. Iremos modernizar o Plano Municipal de Saúde, dialogando com as comunidades e buscando implementar ações afirmativas de prevenção e acompanhamento para todos os munícipes. No nosso governo iremos de imediato, promover concursos públicos para diversas áreas, em especial para a saúde. Porém, havendo uma situação emergencial, podemos abrir exceções e fazermos contratações de médicos e outros profissionais de saúde, através de uma seleção simplificada. Uma ação que iremos implantar é a modernização do Sistema Municipal, automatizando todos os processos e substituindo as velhas fichas e protocolos de papel. Iremos ganhar agilidade e teremos um quadro real da saúde, que irá proporcionar subsídios para maximizar o planejamento”, propõe Cabral.

“Os celulares serão aliados da população na marcação de exames e no acompanhamento dos pacientes por parte dos profissionais da saúde. Será criado o sistema “Internet com Vida”. Essa plataforma fará o atendimento médico a distância, levando comodidade, agilidade e conforto ao nosso povo. Vamos ampliar os horários de funcionamento dos postos médicos, que terão 3 turnos de atendimento, desafogando o principal hospital, o Petronila Campos. Através de aplicativos, a Secretaria receberá, em tempo real, o quadro de saúde da população. É preciso olhar para todos, e nossa cidade sofre com o descaso com os mais necessitados. Nossa zona rural passará a contar com atendimento médico, aonde equipes irão, com regularidade, visitar e acompanhar a saúde dos moradores, agindo com prevenção. Iremos ampliar as especialidades, modernizar o laboratório de análises clinicas e implantar uma ala cardiológica no Hospital Petronila Campos. Outra ação que iremos tomar é a implantação de uma ala de cuidados intensivos para crianças com necessidades especiais, pauta tão importante, mas que é esquecida em nossa cidade. Nesta ala, tanto as crianças quanto os pais terão atendimento e acompanhamento especializado, estrutura digna e apta a receber todos. Por fim é preciso mapear as áreas, identificar onde não há cobertura e ampliar o número de profissionais”, complementou.

Milton Micuiba (Solidariedade)

“Vamos automatizar e modernizar o atendimento nos postos de saúde. No Hospital Petronila Campos, maior unidade de saúde da cidade, vamos segmentar uma ala para atendimento exclusivo para criança e idosos. Ao longo do tempo tenho percebido que a comunidade está esquecida no que se refere à saúde. Vamos qualificar nossos agentes de saúde, enfermeiros, técnicos de enfermagem e criar uma concepção direta entre os ACS e ACE, da forma que o programa federal exige”, ressaltou.

Vinícius Labanca (PSB)

“O que vemos hoje são reclamações em todos os aspectos, desde a falta de fraldas geriátricas, a falta de remédio controlado, a falta de atendimento especializado, a falta de exames mais simples no município, e por aí vai. Mas, através de uma gestão comprometida vamos fazer com que a gente diminua as filas, e vamos fazer com que as pessoas sejam atendidas. Há a necessidade também de construção de alguns postos médicos e que a gente finalize duas Upinhas do Loteamento São João em São Paulo e do distrito de Matriz da Luz, que estão abandonadas nos últimos anos. Há também uma proposta nossa de fazer o Centro de Atendimento ao Idoso e o Centro de Atendimento à Mulher, e isso junto com os outros equipamentos de saúde que vão funcionar vai facilitar ainda mais os atendimentos na área de saúde”, garantiu Labanca.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

3. De que forma o candidato vai reduzir os índices de criminalidade em São Lourenço? Como atender à demanda dos comerciantes, que tentam sustentar o negócio mesmo após serem vítimas reincidentes?  Qual atenção o candidato pretende oferecer à Guarda Municipal?  

Bruno Pereira (MDB)

"Conseguimos ampliar o número de agentes na cidade e novos veículos para ronda policial, bem como, ampliamos o horário de atendimento da delegacia. Também implantamos os Anjos da Noite, para combater a criminalidade na cidade, que realizam rondas diárias nos bairros da cidade e contam com o apoio dos agentes policiais. Também está dentro de nossas propostas a realização de concurso para Guarda Municipal", indica.

Lucia Cabral (PT)

“Nossa gestão irá sentar com o governo estadual e cobrar ações estruturantes de segurança, desde a implementação de um programa de rondas fixas – tanto na área urbana quanto na zona rural – a implantação de uma delegacia que funcione 24h e todos os dias, não apenas de segunda a sexta. Sem contar na ausência de atendimento especializado às vítimas de violência doméstica e patrulhamento e cumprimento da lei Maria da Penha”, aponta.

Iremos implementar a central de vídeo monitoramento e, em parceria com nossos comerciantes, PMPE e comunidade, criar programa de ação e combate ao crime. Vamos criar o “Drone Pol”, por onde monitoraremos todo o perímetro urbano. A ampla participação popular para o Plano Municipal de Segurança será de suma importância. A Guarda Municipal terá papel importante nesse processo, e para isso iremos realizar a sua institucionalização e posterior realização de concurso público, buscando assim estruturar e dar condições dignas de trabalho aos nossos profissionais. O concurso público para o acesso e o nivelamento da guarda”, elencou Lucia.

Milton Micuiba (Solidariedade)

“A tendência no Brasil é a municipalização da guarda. A Polícia Militar já não tem o contingente que consiga atender a todas as cidades. Então nós vamos no primeiro ano de mandato realizar o concurso da guarda municipal que é uma forma de qualificar e municiar a guarda, com aparelhamento suficiente. Na hora que a gente cria uma secretaria de segurança municipal, a cidade passa a receber benefícios direto do governo federal.  O comércio e os feirantes eu tenho denunciado, inclusive, que têm sido alvo de extorsão, com fiscais não legalizados, com arrecadação de dinheiro que não resulta em nenhum retorno benéfico a quem está pagando uma suposta segurança. Não vamos permitir e vamos moralizar esse segmento da segurança”, sugere Micuiba.

Vinícius Labanca (PSB)

“Primeiro fazendo com que o policiamento do batalhão da área seja mais incisivo. Segundo fazendo concurso para a guarda municipal de São Lourenço, que é a única cidade metropolitana que não tem uma guarda efetiva. A gente precisa investir em câmeras de monitoramento, e principalmente continuar lutando junto ao governo do Estado pela reabertura da delegacia 24 horas, que há tempos está fechada. O nosso governo será voltado, principalmente, para cobrar dos órgãos competentes mais segurança pública”, explica.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

4.  Qual medida o candidato acredita ser eficaz para fiscalizar e garantir o trabalho adequado dos professores do município? O cardápio da merenda de São Lourenço vai sofrer alteração? O candidato almeja climatizar as unidades de ensino e creches municipais?  

Bruno Pereira (MDB)

"Quem diz que nossa rede municipal de ensino tem apenas dois dias de aula, com certeza não mora em São Lourenço da Mata. Nosso sistema de ensino melhorou sua nota no IDEB, implantamos uma merenda de qualidade, regulada por nutricionista, e com produtos saudáveis, oriundos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Todos os nossos alunos são atendidos, inclusive, durante a pandemia, entregamos o kit merenda aos alunos, que estavam em casa. Sobre a climatização das unidades de ensino, consta em nossos projetos e já vinha sendo realizado em escolas que estão sendo reformadas, porém, devido à crise econômica, com os cortes na receita, a limitação dos recursos, principalmente por parte do governo federal, devido à pandemia, esse nosso compromisso ficará para nossa próxima gestão. Mas, adianto que fizemos e vamos fazer muito mais pela educação, como entregamos todos os anos os kits escolares, com mochila, fardamento, lápis, caderno e canetas, novo mobiliário escolar, com bancas e mesas, entre outras melhorias", lembrou o concorrente.

Lucia Cabral (PT)

“Na nossa gestão, quem será combatida é a criminalidade e não os professores e as professoras. Eles e elas devem ser promovidos e os seus direitos respeitados. A época de “caça às bruxas” não se refere a uma gestão petista. É preciso reestruturar o Plano Municipal de Educação, trazer para a discussão toda a comunidade escolar e resgatar o orgulho de fazer parte da transformação. O que é preciso é melhorar as estruturas das unidades escolares, qualificando-as com modernas infraestruturas e equipando-as tecnologicamente, na concepção de uma educação inclusiva e qualitativa. A escola precisa está apta a receber todos, com acessibilidade, estrutura digna de receber alunos e alunas e professores e professoras, e espaço para práticas e esportivas. Dentre as medidas que iremos implementar, a que se destaca é a valorização profissional dos nossos professores e professoras, desde o concurso público à oferta permanente de cursos de aperfeiçoamento. Nossa meta climatizar as unidades de ensino, ouvindo opiniões de técnicos e médicos onde procuraremos as condições adequadas para os nossos educandos e educandas, e nosso corpo docente. Precisamos dar um basta no descaso da merenda. A merenda ainda será supervisionada por nutricionistas. Iremos implantar o Programa Municipal de Alimentação Escolar, ofertando para nossas crianças e adolescentes um cardápio correto, nutritivo e que irá valorizar a produção da agricultura familiar. As cozinheiras e cozinheiros também receberão atenção, sendo periodicamente capacitadas e capacitados. Os alimentos serão inspecionados, averiguando a validades dos produtos. A aquisição desses produtos, será através da prioridade aos comerciantes e os produtores e produtoras do próprio município. Incentivaremos a participação e a fiscalização dos conselhos escolares das escolas municipais. Os pais irão produzir alimentos de qualidade, e parte dessa produção irá para as escolas dos seus filhos", frisou a postulante.

Milton Micuiba (Solidariedade)

“Um dos nossos focos principais é o investimento no agronegócio que vai gerar alimento em larga escala no município. Neste sentido, a prefeitura, através de cooperativa dará incentivo e ficará responsável em absorver essa produção, uma forma de gerar emprego e renda e ter qualidade na alimentação. Escolas hoje estão tendo esse problema porque os diretores, em sua maioria, são colocados de forma amigável, sem qualificação e comprometimento. Vamos escolher o secretário de educação que esteja no alinhamento da nossa percepção da educação, os diretores serão escolhidos de forma qualitativa e não por indicação de vereadores, de amigos e de compadres. É por isso que a qualidade está comprometida. Então, a merenda sairá da produção local como forma de incentivar a economia local e dar celeridade na empregabilidade. As escolas terão aparatos suficientes para atender e manter da melhor forma as crianças e jovens, de forma integral nas escolas e nas creches, bem como toda a comunidade escolar", propôs o representante do Solidariedade.

Vinícius Labanca (PSB)

“O reforço escolar está dentro do planejamento educacional. É muito claro que nesses últimos anos faltou desde merenda nas escolas, água mineral, até falta de energia elétrica. Isso porque, muitas escolas tiveram a energia cortada. Com relação a merenda, nós vamos fazer com que seja de qualidade. Esse compromisso herdei do meu pai, aprendi com ele, e sei da importância que tem; e compreendo que a grande maioria de nossas crianças só presta atenção na sala de aula depois que se alimentam. Então, o que foi feito nesses últimos anos é um crime por parte da gestação atual e nós vamos reformular tudo isso. Faremos também um trabalho muito grande com o programa Creche para Todos. A gente espera aumentar e muito o número de vagas de creche no nosso município. Hoje São Lourenço tem apenas duas creches funcionando e a gente precisa no mínimo de 25 para que a gente chegue mais ou menos a dar um atendimento respeitoso as crianças de nossa cidade dando mais oportunidade às mães e os pais de trabalharem. Das escolas que tinham salas climatizadas, nesses últimos quatro anos foram todas abandonadas. A gente precisa fazer agora uma avaliação em cada escola, ver os custos para que a gente possa realmente apresentar um plano concreto e não fique só em falácias e promessas vazias”, concluiu.

Você sabe o que é psoríase? Se não sabe, você faz parte de um grupo de mais de 90% da população brasileira. De acordo com pesquisa do Datafolha, apenas 6% dos brasileiros identificam corretamente a doença quando é apresentada uma imagens de lesões provocadas por ela. A maioria das pessoas, ao ver imagens de uma pele acometida pela doença, acredita se tratar de algum tipo de alergia, câncer de pele, hanseníase ou micose.

“O desconhecimento facilita ainda a disseminação de inverdades sobre a psoríase, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado”, diz o dermatologista e professor Paulo Oldani. A psoríase é uma doença crônica que provoca lesões avermelhadas e descamativas na pele. Sua causa é desconhecida mas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. A doença aparece mais comumente no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

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Apesar de não ser contagiosa, os portadores de psoríase sofrem com preconceito e afastamento social. “O preconceito e estigma contra a doença podem aumentar o impacto negativo psicológico e mental dos pacientes, já que, como mostrou o levantamento, 65% dos entrevistados pensam que a psoríase oferece risco à vida e 49% acreditam que é contagiosa, o que é totalmente equivocado”, acrescentou Oldani.

A pesquisa “Psoríase: conhecimento entre a população brasileira” expõe o preconceito sobre a doença. O trabalho revela que 88% dos entrevistados acreditam erroneamente que os portadores da psoríase não podem trabalhar na preparação de alimentos, 69% afirmaram que seus pacientes não podem ter contato com crianças e 62% acham que pessoas com a doença não podem se expor ao sol.

A pesquisa mostra ainda que o conhecimento sobre psoríase aumenta entre a população de maior renda (22% desse perfil conhecem a doença), com mais anos de estudos (16% entre aqueles com ensino superior) e entre os pertencentes às classes A/B (13%). Por outro lado, esse esclarecimento despenca entre os mais jovens (1%), com escolaridade até o ensino fundamental (2%), entre a população da Região Nordeste (2%), e entre os pertencentes às classes D/E (1%).

A psoríase acomete entre 1% e 3% da população mundial, de acordo com Sociedade Brasileira de Dermatologia. Cerca de 30% desses pacientes também apresentam, em algum momento de sua vida, dor e inflamação nas articulações, a chamada artrite psoriásica.

A psoríase não tem cura, mas existe tratamento para controlá-la. Medicamentos de uso tópico (aplicação no local), de via oral e imunológicos podem ser usados. De acordo com a SBD, os sintomas aparecem e desaparecem periodicamente, mas o estresse, a ansiedade e a falta de sol podem provocar o aumento e agravamento da doença.

Desta vez, o Pergunta Eleitor ouviu as reclamações da população de Camaragibe, localizada na Região Metropolitana do Recife, que cobra uma política mais digna no município, após ser frustrada pela gestão do ex-prefeito Demóstenes Meira (PTB).

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Na reta final das eleições, agendadas para este domingo (15), os eleitores questionaram os candidatos sobre a dificuldade para conseguir emprego e a falta de incentivo à capacitação de jovens em Camaragibe, as restrições e lotação do transporte público, a falta de medicamentos nas unidades públicas de saúde e, sobretudo, quanto à precariedade da infraestrutura.

Confira as perguntas que os camaragibenses lançaram aos candidatos e veja as propostas para solucionar os problemas destacados.

Acompanhe

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Para garantir a ampla concorrência, o LeiaJá enviou as questões da população para todos os candidatos. Entretanto, apenas Beto Accioly (PP) mostrou interesse em debater sobre a melhoria do município através do Pergunta Eleitor. Dra Nadegi (Republicanos), Gustavo Matos (MDB), Jorge Alexandre (Solidariedade), Roberto Ferraz (PRTB) não se posicionaram sobre seus projetos e respectivas prioridades, caso eleitos.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

1. Poucas linhas de ônibus em circulação, resultam na superlotação dos coletivos – mesmo em meio à pandemia. Sobre o transporte público, como o candidato pretende promover mais qualidade nas viagens dos passageiros?

Beto Accioly (PP)

A população tem toda razão quando reclama do transporte público. Infelizmente, as últimas gestões em Camaragibe abriram mão de algo primordial: o planejamento das ações. É com planejamento que vamos elaborar e executar um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, com o objetivo de não somente ampliar o número de linhas no transporte público, mas também expandir a oferta às localidades ainda não atendidas. É preciso atuar nos gargalos do trânsito de maneira a racionalizar caminhos, minimizar os tempos de deslocamento e criar conforto para os usuários. No entanto, nosso plano vai muito além de mais ônibus e novas vias. Vamos investir em mobilidade alternativa, viabilizando a construção de ciclovias, bicicletários e paraciclos, previstas no Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife desde 2014 e até hoje não implantado.

2. Em relação à Saúde, foi destacada a baixa disponibilidade de remédios e a falta de profissionais para realizar os atendimentos. Qual a proposta do candidato para solucionar a dificuldade no acesso aos medicamentos de uso contínuo? 

Beto Accioly (PP)



Em recente entrevista, a atual gestora disse que o principal problema da saúde de Camaragibe são as consultas de rotina. Na verdade falta tudo, do médico ao remédio. Não podemos admitir que o paciente saia da consulta com a requisição de um exame sem uma previsão de quando será realizado. Em nosso governo vamos implantar o Camaragibe Conectada, que é uma plataforma digital onde todo cidadão poderá agendar pelo celular ou computador as suas consultas e exames. Os que não dispuserem desses recursos terão mais duas alternativas, que é uma Central de Marcação ou diretamente na sua unidade de saúde. Isso acabará com aquelas filas de madrugada, expondo-se aos riscos, para aventurar conseguir uma ficha de atendimento. Com a otimização de recursos e o planejamento estratégico manteremos o abastecimento de nossas farmácias de modo a não faltar nenhum medicamento, como ocorre atualmente. Vamos ofertar o remédio em casa para os idosos, as pessoas com deficiência ou que estejam em tratamento domiciliar. Vamos adotar ainda o Fila Zero, com a realização de mutirão mensal para zerar a fila dos atendimentos básicos, inclusive odontológico.

3. Desempregados e autônomos reclamam da falta de oportunidades na cidade. É comum os populares saírem de Camaragibe para conseguir trabalho em cidades vizinhas. Desse modo, como gerar postos de trabalho na cidade? Há um planejamento para as áreas comercial e industrial na região?

Beto Accioly (PP)

É um dado lamentável, mas real. De acordo com dados do IBGE, de 2010, Camaragibe é a cidade da Região Metropolitana do Recife onde a maioria dos empregados - 51,04% - trabalham em outros municípios. Camaragibe precisa deixar de ser uma cidade dormitório. Para isso, está em nosso Programa de Governo três passos primordiais. O primeiro deles diz respeito a desburocratização, tornando o ambiente de negócios mais atrativo para que os empresários venham investir e gerar emprego e renda. O segundo passo é focar na qualificação profissional e estímulo ao primeiro emprego. Por fim, mas não menos importante, vamos valorizar o empreendedorismo local, a economia criativa e solidária, e o ecoturismo, explorando de forma sustentável as belezas naturais que dispomos, criando assim uma nova cadeia produtiva.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

4. Sobre a Educação, a falta de políticas de capacitação aos jovens e pessoas com idade mais avançada foi cobrada. Quais projetos serão desenvolvidos pelo futuro gestor para qualificar a população ociosa e desempregada de Camaragibe?

Beto Accioly (PP)

Camaragibe tem 38 anos de emancipação política e foram criadas até hoje menos de 600 vagas em creche. Vamos criar 2.000 mil novas vagas, em tempo integral e com 5 refeições diárias, espalhadas pelas 5 RPAs. Sem uma ação desse porte, pais e mães não terão onde deixar seus filhos para estudar ou trabalhar. Também vamos trabalhar pela transformação gradual das escolas em tempo integral, inclusive vamos buscar junto ao Governo Federal a implantação de uma Escola Cívico-Militar. Quanto aos jovens e as pessoas com mais idade, teremos o Qualifica Camaragibe, um programa inteiramente voltado para qualificação profissional alinhado com um setor de intermediação e direcionamento para o mercado de trabalho.

 5. Nos bairros, a infraestrutura é o ponto que mais gerou indignação. Segundo os entrevistados, ruas sem pavimentação ou calçadas, esgoto a céu aberto e escadarias sem segurança fazem parte do cenário de Camaragibe, e já resultou em acidentes. Quais as propostas palpáveis para melhorar a condição das ruas do município e garantir acessibilidade aos cidadãos? Como a baixa disponibilidade de saneamento adequado pode ser resolvida?

Beto Accioly (PP)

 Já disse e repito. A falta de planejamento levou Camaragibe ao caos. As coisas não têm começo, meio e fim. O setor de infraestrutura e defesa civil em nosso governo terão enormes desafios. É por isso que nosso secretariado será extremamente técnico. Nas ruas vamos trabalhar com base em um tripé: drenagem, saneamento e pavimentação. De uma vez só resolvemos os problemas de alagamento, esgoto na rua e a poeira. As calçadas precisam ser acessíveis e vamos começar essa recuperação nos corredores de ônibus, áreas comerciais e onde haja grande circulação de pessoas, como as praças. Quanto às localidades cravadas nos morros, como o Bairro dos Estados, já lançamos o Encosta Segura, um programa de contenção de encostas que prevê a implantação de geomantas, muro de arrimo e outras tecnologias, a depender das condições do terreno. As escadarias também serão requalificadas, inclusive com a implantação de corrimão para auxiliar quem circula. Para todas as ações do nosso governo, vamos criar a Fábrica de Projetos, um setor dedicado a captação de recursos junto aos governos Estadual e Federal, e aos bancos que fomentam o desenvolvimento.





Em continuidade ao Pergunta Eleitor - projeto que dá a oportunidade dos eleitores lançarem questões diretamente aos candidatos a prefeito -, o LeiaJá visitou o município de Paulista, localizado Região Metropolitana do Recife (RMR), para indagar aos cidadãos sobre quais devem ser as prioridades do próximo gestor.

Além da falta de uma maternidade, a população reclamou da estrutura da rede municipal de ensino, das dificuldades na mobilidade em meio às pistas esburacadas e da falta de políticas para alavancar a economia através da Cultura.

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Para garantir a ampla concorrência, o LeiaJá enviou as questões da população para todos os candidatos à Prefeitura de Paulista. Entretanto, a maioria dos concorrentes não mostrou-se interessada em responder aos eleitores sobre as soluções para o município.

Alemão (Republicanos), Nena Cabral (PSDB), Delegado Gilderley (PRTB), Fábio Barros (PDT), Ramos (PTB) e Yves Ribeiro (MDB) não conseguiram responder em tempo hábil. Já a assessoria de Geraldo Alves (Avante) informou que o candidato não tinha interesse em debater sobre a melhoria do município através do Pergunta Eleitor.

Confira as perguntas que os paulistenses lançaram aos candidatos e veja as propostas para os problemas questionados. A ordem alfabética do nome do candidato na urna foi obedecida.

1. Qual a proposta do candidato para destravar a mobilidade no município? Qual o planejamento para solucionar de forma efetiva a incidência de buracos nas estradas e ruas? Como melhorar a rotina do usuário do transporte público?

Francisco Padilha (PSB)

"A pavimentação é um problema histórico na cidade. Principalmente na área das praias. A maioria das ruas são imensas e muito caras para calçar, precisando inclusive captar recursos para tocar a obra. Quanto ao BRT, mesmo não sendo da nossa responsabilidade, vamos buscar melhorias para este modal. Em Paulista, a grande maioria dos moradores dependem de transporte complementar para circular dentro do município. Existe deficiência no sistema, mas não vamos tomar nenhuma atitude sem debater com motoristas e cobradores do transporte complementar [...] nossa proposta para garantir mais mobilidade passa necessariamente pela criação de uma autarquia de transito, para, junto com a população, criar e executar as mudanças necessárias, como a implantação de ciclofaixas e ciclovias; implantar o Plano de Mobilidade Urbana; promover a integração dos modais de transportes para garantir maior fluidez do deslocamento da população; investir em educação para o trânsito e aumentar a fiscalização do trânsito, seja através dos nossos educadores de trânsito ou de vídeo monitoramento", apontou o candidato.

Promotora Maria Aparecia (PSD)

Por meio da assessoria, a candidata Maria Aparecida elencou as medidas que pretende tomar para resolver os problemas no tráfego. 

“Atuar junto ao Governo Estadual, BANCADA ESTADUAL, MDA, INCRA, GOVERNO FEDERAL a BANCADA FEDERAL para capitar recursos para o asfaltamento da Cidade de Paulista, prioritariamente com mão de obra local, promovendo a manutenção de ruas, avenidas e praças em todo o município.  Captar junto ao Governo Estadual, BANCADA ESTADUAL, MDA, INCRA, GOVERNO FEDERAL a BANCADA FEDERAL, recursos para a construção de uma estação de tratamento de esgoto e implantar rede de esgoto neste Município. Já sob a égide do novo Marco Regulatório do Saneamento.  Atuar junto a BANCADA FEDERAL para captar recursos para construir casas populares, cobrindo gradativamente o déficit habitacional no município.  Reabrir inscrições para os interessados no Programa Minha Casa Minha Vida.  Dar cumprimento ao que preceitua o Plano Municipal de Habitação.  Articular junto ao órgão competente para levar energia elétrica para todas as famílias que não recebem este serviço na Zona Rural.  Buscar parceria ao GOVERNO DO ESTADO para Recuperação de toda frota de veículos do município.  Melhorar a rede de iluminação pública na cidade.  Buscar parceria com o GOVERNO DO ESTADO para ampliar a arborização de ruas, avenidas e áreas públicas.  Desenvolver um novo Plano Diretor para o transporte no Centro de Paulista e dos principais Centros de Bairros, onde trânsito e transporte dos diferentes modais fazem parte. Uma nova proposta integrada para o sistema de mobilidade na sua totalidade, definindo a sua hierarquização e arquitetura de fluxos, em função de novos dados de pesquisa de origem e destino e análise de contagem de tráfego – inteligência de trânsito.  Promover uma maior integração entre os modais de transporte e a região metropolitana.  Criação de mais canaletas e ou faixas exclusivas para ônibus, novas linhas e maior frequência de ônibus.  Construção de um anel viário interligando os bairros mais distantes da cidade desta forma evitando um maior tráfego em direção ao centro da cidade.  Investir em frota urbana sustentável (ônibus, veículos da PMC, táxis, ambulâncias) com combustível com menor emissão de poluentes.  Completar e integrar as principais avenidas com novas trincheiras, viadutos e passarelas e principalmente com transporte coletivo.  Implantar um programa de redução de acidentes no trânsito, com um projeto educacional de prevenção, fiscalização rígida, sinalização adequada.  Instituir um projeto educacional específico para o correto uso da motocicleta, principalmente como veículo de trabalho e transporte de bens.  Estimular o desenvolvimento de aplicativos para smartphones e outros para facilitar a mobilidade urbana.  Iniciar um projeto para construção de ciclorotas em toda a cidade”.

Sergio Leite (PP)

“Nas praias, por exemplo, vamos requalificar toda a Avenida Cláudio Gueiros, concluindo o serviço até Maria Farinha. Vamos resolver a questão da Estrada do Sol, que será uma paralela à Cláudio Gueiros, desafogando o trânsito do Janga até Maria Farinha. Dentro das condições financeiras disponíveis na prefeitura, vamos criar uma paralela à via costeira. Vamos recuperar também as vias de acesso aos bairros de Maranguape para que não haja tanta buraqueira, pois hoje o serviço é mal feito, sempre tem buraco e isso atrapalha muito o trânsito. A população irá fiscalizar toda a realização do serviço de infraestrutura e criaremos uma operação permanente de tapa buraco, realizada sempre à noite para não atrapalhar o trânsito, visando corrigir qualquer problema nas vias da cidade. Daremos uma solução definitiva ao acesso Mirueira-Olinda, um problema permanente na cidade. Também vamos garantir espaço para ciclovias na orla, na Estrada do Sol e na Cláudio Gueiros. Implantar uma ciclovia na PE-22 e reorganizaremos o espaço na PE-15, que está abandonado. Importante frisar que todo bairro terá uma via de acesso qualificada, facilitando a ligação dentro do município. Faremos convênio com o consórcio Grande Recife para garantir a redução do anel B para anel A, lutando para que tenhamos menor intervalo entre os ônibus e melhorando a qualidade da frota. Vamos negociar e construir alternativas junto com o transporte alternativo para garantir o transporte nas comunidades que são de difícil acesso para os ônibus”, prometeu o candidato.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

2. Qual a proposta do candidato para solucionar as dificuldades elencadas em relação à Saúde? Há a expectativa para a construção de uma maternidade no município? Construir mais postos de saúde está no planejamento? Quantos e em que localidades?

Francisco Padilha (PSB)

“Já consta no nosso Plano de Governo que teve efetiva participação popular, a implantação de uma casa de Partos para que os Paulistenses voltem a nascer em Paulista e de forma humanizada. Não vamos ser demagogos e prometer uma maternidade que o município não tem condições de bancar. Vamos construir uma clínica de urgência e emergência na área das praias, onde também vai funcionar uma urgência pediátrica.  A Pronto clinica Torres Galvão será requalificada. Vamos informatizar toda a rede municipal de saúde e implantar um aplicativo para acompanhar o resultado dos exames e marcar consultas, acabando as filas na frente das unidades de saúde. Nosso maior desafio vai ser humanizar as relações atendentes/pacientes, é inadmissível que alguém seja mal recebido em um posto de saúde, só procura um atendimento médico quem precisa e não porque quer ou acha bonito. Tá aí uma coisa que eu não vou admitir: que um paulistense seja mal tratado em um posto de saúde”, ressaltou o representante do PSB.

Promotora Maria Aparecia (PSD)

A equipe de comunicação destacou a criação de uma ouvidoria municipal de Saúde para promover uma gestão participativa e apresentou as medidas que a candidata pretende pôr em prática:

“Fortalecimento das ações da equipe de Vigilância Sanitária implantada e devidamente regulamentada.  Fortalecimento das ações das equipes dos Agentes de Saúde, valorizando e promovendo treinamento conduzido por acadêmicos de enfermagem.  Promover a construção de um Perfil Municipal de Saúde, baseado em relatórios periódicos, fundamentados nas informações coletadas pelos Agentes de Saúde.  Promover o Direito universal à saúde emocional.  Garantir o acesso à saúde, respeitando o direito do cidadão.  Desenvolver ações articuladas de prevenção, acolhimento e acompanhamento no atendimento a pessoas em situação de violência.  Capacitar os profissionais de saúde para realizar atendimento humanizado e garantir melhor assistência ao usuário.  Garantir a melhoria e a humanização do atendimento na rede de saúde pública, assegurando uma postura de atenção e cuidado que responda efetivamente à expectativa da população.  Introduzir, manter e ampliar os programas do Ministério da Saúde, tais como Programa Saúde da Família (PSF). Programa Brasil Sorridente. Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Saúde do Idoso. Saúde da Mulher. entre outros.  Garantir o atendimento nas UBS da demanda de gestantes no município.  Adequar os parâmetros referentes à base territorial das unidades de saúde para ampliar a cobertura, preenchendo os vazios assistenciais.  Fortalecer a Política de Promoção à Saúde, de forma articulada intra e interinstitucionalmente, incluindo o incentivo a hábitos saudáveis e a prática de atividades físicas.  Desenvolver ações de apoio matricial para aprimoramento dos processos de trabalho das equipes das unidades básicas de saúde e ampliação da sua capacidade resolutiva, de forma articulada com os serviços especializados e todas as redes de atenção à saúde.  Implantar um calendário e manter o atendimento médico e odontológico nas Comunidades, via Saúde itinerante.  Desenvolver ações de atenção a usuários de álcool e drogas nas unidades de atenção básica, de forma articulada com o Estado e o Governo Federal, estendendo e ampliando esta linha de cuidado para a população em situação de rua.  Verificar a viabilidade da utilização de uma Unidade Odontológica Móvel – UOM.  Garantir e manter as campanhas de vacinação.  Com a finalidade de induzir melhorias, ou seja, melhorar as diretrizes de controle, os seguintes programas e projetos serão submetidos a modernas ferramentas de controle administrativas, mormente a DEMAC – (Define, Measure, Analyze, Improve e Control), visando correções preditivas, melhores níveis de eficiência e eficácia, são eles: Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), Estratégia De Saúde da Família (ESF), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Programa Academia da Saúde, Programa Saúde na Escola (PSE), e a organização de cada um dos Órgãos que compõe os Centros de Saúde”.

Sergio Leite (PP)

“Faremos um concurso público para trazer profissionais qualificados, sem esquecer de valorizar os que já trabalham no município. Vamos dar condições para que todos exerçam suas atividades. Iremos recuperar os postos de saúde, reabrir os que foram desativados pela prefeitura durante a pandemia e estudaremos as condições financeiras para abrir postos nas comunidades que não têm. Os agentes de saúde da família terão plenas condições de trabalho e remuneração digna, com capacitação para dar um atendimento qualificado aos moradores. Realizaremos um grande sonho do Paulista: teremos uma maternidade para que as mães tenham seus filhos na nossa cidade e voltem a nascer paulistenses, buscando recursos junto ao Governo Federal. Também teremos um Hospital Infantil e atendimento específico para as mulheres nos postos. E ainda instalaremos clínicas de fisioterapia descentralizadas para atender pessoas que venham a sofrer qualquer acidente, como motoqueiros e idosos. Vamos ampliar o número de ambulâncias para facilitar o atendimento à população e a compra de medicamentos do município será colocada de forma transparente em um portal para que todos tenham acesso ao valor recebido, o valor gasto pela prefeitura, a nota fiscal discriminando a quantidade do medicamento, o lote e o prazo de validade do medicamento adquirido. Assim teremos certeza de que o medicamento está disponível e sendo entregue ao cidadão. Os moradores serão cadastrados para que todos recebam o remédio e quem não tem condição de ir ao posto pegar o medicamento terá o remédio entregue em casa”, propôs Sergio.

3. De que forma o candidato pretende melhorar a qualidade e a distribuição das merendas? Pela necessidade da climatização das salas de aula e creches, a partir de quando o candidato pretende instalar ar-condicionado nas instituições de ensino?  Como evoluir os índices da Educação no município? Além da estrutura, foi pontuada a falta de limpeza das unidades, qual a proposta para esta questão diante de um cenário de pandemia? Como será o controle dos profissionais, visto que parte dos professores costumam faltar ao expediente?

Francisco Padilha (PSB)

Padilha reforça que nasceu em uma família de professores e adotou tom descontraído para garantir o compromisso com a pasta, “Taí uma área que se eu não fizer a tarefa direito, vou apanhar dentro de casa”, brincou.

 “No meu governo, vou construir 8 novos Cemedi’s, que são creches de 0 a 5 anos, que acolhe as crianças na primeira infância, mas que também oferece educação; Vamos investir na formação dos professores, reestruturando o Centro de Formação e promover a valorização dos profissionais da educação. Vamos investir em cultura, esportes e lazer para as crianças nas escolas; vamos reforçar a merenda, ampliando para os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental; Criar o pré Enem, para deixar nossos alunos preparados para disputar uma vaga do Enem; Ampliar a educação integral, implantando uma escola integral em cada bairro da cidade; Inserir o curso de Libras nas escolas e ampliar os polos de Atendimento Educacional Especializado para crianças com deficiência; vamos democratizar a gestão escolar; criar o programa Professor Conectado, com acesso a ferramentas tecnológicas para desenvolver atividades digitais remotas. Paulista terá a educação mais inclusiva de sua história”, apresentou.

Promotora Maria Aparecia (PSD)

“Fortalecimento das ações e das carreiras dos Professores municipais, promovendo a capacitação e treinamento, através de palestras e/ou cursos personalizados (in company), focados no constante desenvolvimento do seu capital intelectual, habilitando para atuar nas seguintes áreas: mente, cérebro e aprendizagem. império das imagens e a educação na contemporaneidade. novas tecnologias na escola. games em educação. ciberbullying. cultura juvenil e vulnerabilidade no ambiente escolar. corpo, movimento e escolarização. lazer e ludicidade. esportes. dificuldades na aprendizagem. elaboração de questão e itens no modelo destinados para concursos e vestibulares. educação profissional. bullying no ambiente escolar, dentre outros.  Fortalecimento das ações e das carreiras dos funcionários das Escolas Municipais, promovendo a capacitação e treinamento, através de palestras e/ou cursos personalizados (in company), para execução de uma gestão linear, com o objetivo de que seja concebido, em cada unidade escolar, um Planejamento estratégico. Marketing Educacional. Alinhamento de objetivos e metas. Rotina Escolar. e o Relacionamento com os pais e alunos, todos interagindo com a realizado do bairro onde está inserida.  Fortalecer e integrar a Secretaria Municipal de Educação.  Construir se necessário, reformar e ampliar a escolas municipais.  Transparência na aplicação do FUNDEB (Fundo de Financiamento de Ações de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica Pública).  Revisar o Plano de Carreira dos Profissionais de Educação, com a participação efetiva da Comissão de Direitos e Deveres da Educação Municipal.  Implantar e informatizar uma Biblioteca Pública Municipal.  Levar a inclusão digital para os professores e alunos nas escolas municipais.  Garantir e melhorar o transporte dos alunos.  Contratar nutricionista para orientação na merenda escolar.  Implantar a assistência de médico, enfermeiro, psicólogo e dentista nas escolas do município.  Estabelecer um padrão de qualidade na rede municipal de educação, de forma a garantir o bom atendimento a todos os alunos, sem restrição.  Implantar a política de entrega dos uniformes e materiais escolares, assegurando sua qualidade e prazos de entrega.  Estabelecer parcerias com as entidades SENAR, SEBRAE, SENAI, SESC, SANAT, SEST e ETC, possibilitando o aumento da oferta de cursos.  Construir se necessário, reformar e ampliar creches municipais.  Capacitar os servidores públicos das creches.  Implantar Guarda Mirim no município e promover outras instituições ou iniciativas privadas de atendimento as Crianças e Adolescentes tipo: Escoteiros, Escoteiros do Mar e etc.  Promover cursos profissionalizantes, objetivando o atendimento da demanda impostas pelas atividades econômicas realizadas em nosso Município.  Implantar Programa de Educação para o Mundo do Trabalho, dirigido aos adolescentes com idade entre 14 e 17 anos”, destacou responsável pela campanha da representante do PSD.

Sergio Leite (PP)

“Recuperar os prédios das escolas de Paulista, que ainda funcionam em casas alugadas e sem infraestrutura adequada. Nos primeiros meses de governo, cada caso será avaliado e estudado para que as escolas sejam bem equipadas, instalando aparelhos de ar-condicionado nas salas de aula de acordo com a situação de cada prédio e garantindo um ambiente adequado aos alunos. Vamos implantar escolas em tempo integral e garantir que a merenda adquirida pelo município seja fiscalizada pela comissão de pais e alunos. Material e fardamento serão entregues no primeiro dia do ano letivo, algo que não ocorre hoje na cidade. Criaremos um mecanismo de biometria para controlar a frequência de alunos, evitando a evasão porque o pai e a mãe terão acesso à presença dos filhos nas escolas. Com os professores, discutiremos todos os pontos relacionados à categoria junto ao sindicato”, comprometeu-se o candidato.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

4. Quais os projetos para alavancar o Turismo e a área da Cultura em Paulista? Como aproveitar a noite do município e auxiliar os empresários do setor de eventos? Quais propostas para readequação de espaços públicos? Há a intenção de construir praças, parques e monumentos?

Francisco Padilha (PSB)

Na opinião do concorrente, o primeiro passo para fortalecer a vinda de visitantes é elaborar o Plano Municipal do Turismo. “Vamos criar um conjunto de rotas turísticas contemplando as potencialidades históricas, religiosas, gastronômicas e culturais de nossa cidade que é rica neste setor, explorando principalmente nossos 14 km de praias; Investir na requalificação dos equipamentos turísticos do município, com atenção para a sinalização, acessibilidade e reestruturação dos nossos espaços públicos; realizar campanhas de divulgação digital engajando todos que atuam neste segmento”, frisou.

Ele ainda disse que “Paulista tem um potencial mais significativo que outros municípios da RMR” e destacou expoentes da Cultura local como Dona Duda, Zeca do Rolete. “Vamos atualizar o inventário cultural do município, contemplando todas as manifestações culturais, grupos, pontos de cultura e eventos; construir com ampla participação o Plano Municipal de Cultura; Desenvolver projetos e conjuntos de ações permanentes de resgate de nossa cultura e dos agentes culturais, apostando em talentos, produtores e realizadores comunitários; implantar a Casa da Cultura, Implantar o Calendário Municipal Cultural; Fortalecer o Fundo Municipal de Cultura e resgatar a Ciranda como expressão máxima da cultura popular local", anunciou.

Promotora Maria Aparecia (PSD)

A candidata pretende construir e requalificar praças, quiosques em toda orla, teatros municipais e a agenda cultural com objetivo de gerar renda para artistas locais.

“Fortalecer o cenário artístico-cultural da cidade por meio da efetivação de ações de reestruturação de espaços culturais e de fomento à produção dos diversos segmentos culturais do município, disponibilizando os subsídios necessários à ampliação das manifestações culturais e consolidando a identidade cultural da cidade de Paulista.  Consolidar os corredores culturais da cidade do Paulista, como por exemplo: Praias, Centro, Zona Oeste, Zona Norte e Maranguape, de modo a contribuir para fomentar o Turismo Cultural e gerar oportunidades de emprego e renda.  Promover Festivais de Verão, envolvendo cultura e artes, contemplando música popular e erudita, dança, artes visuais, teatro, cinema, dentre outras manifestações, objetivando atrair estudantes em férias como forma de vitalizar as ações culturais e revelar o potencial artístico da juventude.  Incentivar a produção audiovisual.  Manter e ampliar os eventos culturais realizados atualmente, tais como Ciranda, Maracatu, Festejos Juninos e Carnaval de rua.  Promover atividades culturais relacionadas às práticas marítimas, em proveito da costa oceânica que dispomos.  Promover a formação e qualificação de gestores, agentes culturais e da população em geral.  Ampliar e fomentar programas de preservação ambiental nas ações de cultura do Município do Paulista, bem como fomentar o uso dos espaços públicos abertos existentes.  Ampliar a participação das pessoas com deficiência no setor cultural.  Adequar e normatizar a legislação municipal referente à cultura.  Aprimorar ações para a inserção de produtos culturais no mercado local, nacional e global.  Promover a transversalidade da política cultural com o turismo para a inclusão das linguagens artísticas nos programas de fomento das potencialidades criativas realizados pelo Município.  Construir, ampliar e manter os equipamentos públicos municipais.  Promover o Patrimônio Cultural do município, com destaque para preservação de sua memória.  Promover, por meio de editais, a premiação de pesquisas de conteúdos culturais como forma de estímulo à produção teórica de conteúdos culturais.  Estimular os programas e projetos de formação de leitores, tendo como suporte o espaço democrático das bibliotecas.  Fomentar a literatura de cordel através da realização de editais.  Promover ações que fomentem a diversidade da literatura paulistano.  Promover o acesso digital aos serviços e equipamentos virtuais”, listou.

Sergio Leite (PP)

“Vamos divulgar Paulista fora do estado, com foco na região Nordeste e exterior. O Forte de Pau Amarelo está destruído e precisamos recuperá-lo. O Cine Teatro Paulo Freire está destruído, vamos reativá-lo. A praça principal da cidade está abandonada, vamos qualificar o espaço de deixá-lo novo. A orla será valorizada, retirando o esgoto que é jogado no mar e deixando o ambiente organizado e atrativo para os turistas. Nos bairros, as praças serão recuperadas e se transformarão em verdadeiras áreas de lazer. Também teremos em cada região uma academia da cidade, importante equipamento para o lazer e a saúde.  E criaremos centros culturais para identificar talentos, capacitar os produtores culturais e instalar no forte de Pau Amarelo um centro cultural com praça de alimentação, espaço para comércio de artesanato e apresentações culturais. Os artistas da terra, que muitas vezes são famosos fora da cidade, terão a oportunidade de se apresentar na terra onde vivem pois firmaremos parcerias com os empresários do ramo de gastronomia, turismo e eventos. Nossa Secretaria de Cultura será ativa e contará com a participação da sociedade na construção da política cultural da cidade”, indicou o representante do PP.

Com apenas 115 habitantes, sendo quase a metade idosos, o vilarejo medieval de Santo Stefano di Sessanio, no centro da Itália, decidiu apostar em uma prática cada vez mais usual no país para combater o esvaziamento populacional: oferecer casas a preços simbólicos para interessados em repovoar um local que luta contra a extinção.

Divulgado em meados de outubro, o projeto é voltado para pessoas de até 40 anos e que tenham cidadania italiana ou de outro país da União Europeia. Indivíduos com permissão de estadia de longo prazo na Itália também podem participar. Candidatos de cidades italianas com menos de 2 mil habitantes não serão aceitos.

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A ideia da Prefeitura é oferecer moradia e até 44 mil euros para quem estiver interessado em abrir um negócio no município. "A situação atual não permite dispor do capital humano necessário para um desenvolvimento sustentável e duradouro do território", justifica a administração municipal.

Além de residência com aluguel a preço simbólico, a Prefeitura de Santo Stefano di Sessanio pagará 20 mil euros imediatos para a abertura de um negócio e contribuições mensais que podem chegar a 8 mil euros por ano, por um período máximo de três anos.

Esse dinheiro será repassado a fundo perdido. Em troca, o interessado também terá de residir no vilarejo por pelo menos cinco anos. Os setores identificados como prioritários pela Prefeitura são os de turismo, informação, limpeza, manutenção, farmácias e comércio de produtos agroalimentares típicos.

Oferecer casas a preços simbólicos se tornou uma prática comum entre os vilarejos italianos, que são os mais afetados pela tendência de esvaziamento populacional e envelhecimento demográfico que atinge todo o país.

A Itália acumula cinco anos seguidos de queda em sua população e teve em 2019 cerca de 435 mil nascimentos, menor número já registrado pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).

Da Ansa

Os moradores de Penedo, no interior de Alagoas, reuniram-se na manhã da última terça-feira (20) para impedir a instalação de uma estátua do humorista e influenciador digital Carlinhos Maia na cidade. A imagem feita toda em bronze seria implementada na orla da cidade e causou revolta na população.

A ideia da homenagem partiu da prefeitura de Penedo e a recusa dos moradores em aceitar a colocação da estátua no local causou revolta no humorista. Segundo ele, a rejeição dos moradores é por ele ser gay. 

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"Me entristece os comentários que os penedenses dizem de alguém que veio do mesmo lugar que eles. Ah, mas um viado não representa a nossa cidade. Para que colocar a estátua de um viado? Acho que isso não tem nada a ver com o Carlinhos, mas com o preconceito e a maldade que existe dentro de vocês. E por não suportarem um viado e pobre que saiu do mesmo lugar (que vocês)", disse o humorista. 

Nas redes sociais, internautas se manifestaram sobre o discurso do influenciador por afirmar que o motivo do povo não permitir a estátua seria homofobia, já que algum tempo atrás o influenciador negou que seu casamento era gay e também foi apontado como homofóbico.

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Dados do Departamento Penitenciário Nacional, divulgados nesta segunda-feira (19) no 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que a cada três presos em 2019, dois eram negros. Os negros representam 66,7% da população carcerária, estipulada em 755.274 reclusos no país. 

“As chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de encarceramento do país”, avalia o estudo.

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Os negros são a maioria - 66,7% - diante de 33,3% da população carcerária composta por brancos, amarelos e indígenas. “A taxa de variação nesse período [2005-2019] mostra o crescimento de 377,7% na população carcerária identificada pela raça/cor negra, valor bem superior à variação para os presos brancos, que foi de 239,5%”, informa o Anuário. A proporção de negros no cárcere cresceu 14% nos últimos 15 anos, enquanto a proporção de brancos sofreu ua queda de 19%.

Para os pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), “as chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de encarceramento do país”.

O levantamento do FBSP também destaca que 95,1% dos presos são homens, enquanto 4,9% são mulheres. Entretanto, nos últimos 11 anos houve um aumento de 70,9% de prisões do sexo feminino, alcançando a marca de 36.926 detentas.

A principal faixa etária nas prisões é a de 18 a 24 anos, equivalente a 26% do total de presos. Em seguida estão aqueles com idade entre 25 e 29, que representam 24% da população carcerária, segundo o estudo. "A população prisional do país segue um perfil muito semelhante aos das vítimas de homicídios", indica o Anuário.

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O Banco Mundial (BM) reduziu nesta quarta-feira (7) suas perspectivas sobre o efeito da pandemia e anunciou que até 115 milhões de pessoas podem cair na extrema pobreza neste ano devido à crise ocasionada pela covid-19.

Para o Banco Mundial, a pobreza extrema - definida como aquela que vive com menos de US$ 1,9 por dia - pode aumentar, atingindo de 88 milhões a 115 milhões de pessoas no mundo, caso a previsão mais negativa se confirme.

"Em 2020, projeta-se que a pobreza extrema global aumente pela primeira vez em mais de 20 anos como resultado das dificuldades causadas pela pandemia da covid-19", alertaram os economistas da instituição.

As previsões do Banco, com sede em Washington, têm piorado à medida que a pandemia avança e sua duração se prolonga. Desde que foi detectado na China em dezembro, o novo coronavírus matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo e atingiu fortemente a economia global.

O Banco Mundial estima que a economia tenha uma retração de 5,2% em 2020, a maior queda do PIB em 80 anos.

Em maio, no pior cenário previsto, os economistas estimaram que 60 milhões de pessoas poderiam chegar à extrema pobreza. Já em agosto, a previsão mais pessimista elevou o número para 100 milhões dos que entrariam na condição de miséria.

Se as piores previsões se confirmarem, em 2021 quase 150 milhões de pessoas em todo o mundo podem cair na pobreza extrema.

Sem o impacto da pandemia, os especialistas esperavam que a taxa global de extrema pobreza caísse de 9,2% em 2017 para 7,9% este ano.

Essa condição "provavelmente afetará entre 9,1% e 9,4% da população mundial em 2020", ressaltou o Banco. O presidente do Banco Mundial, David Malpass, também indicou que "evidências preliminares indicam que a crise vai aumentar as desigualdades no mundo".

- Mais de 4,7 milhões de novas pessoas em condição de pobreza na América Latina -

No pior cenário, o estudo projeta que a região do Sul da Ásia será a mais atingida, com quase 57 milhões de pessoas levadas à pobreza, seguida pela África Subsaariana, com 40 milhões.

Na perspectiva mais adversa, na América Latina - região onde vivem mais de 650 milhões de pessoas - a taxa de extrema pobreza passaria de 3,9% em 2017 para 4,4% no final deste ano, e atingiria um total de 28, 6 milhões de pessoas.

Sem a pandemia, especialistas do Banco com sede em Washington previram que a taxa de pobreza na região cairia para 3,7%, afetando 23,9 milhões de latino-americanos. Se a previsão se confirmar, isso significa que a pandemia teria levado 4,7 milhões de latino-americanos para a condição de extrema pobreza em 2020.

De acordo com a pesquisa, a diminuição da renda durante a pandemia resultou rapidamente na diminuição do consumo.

"Em sete países da América Latina e do Caribe, 40% ou mais da população relatou que ficou sem alimentos durante o confinamento", afirmaram os economistas.

Caso se confirme a pior previsão para 2021, o nível de miséria subiria para 4,5% entre os latino-americanos, ou seja, um total de 29,1 milhões de pessoas ficariam na condição de extrema pobreza.

Segundo projeções do Banco Mundial, a extrema pobreza afetará cada vez mais os habitantes das áreas urbanas do mundo. Trata-se de uma novidade, já que a pobreza tradicionalmente afetou mais as áreas rurais.

"A magnitude desse efeito ainda é altamente incerta, mas está claro que a pandemia vai levar ao primeiro aumento da pobreza global desde 1998", observaram os economistas.

Especialistas do Banco Mundial alertaram que os níveis de pobreza serão maiores do que em 1997, já que "o aumento da pobreza é maior em termos absolutos, mas também em termos relativos".

O programa de vacinação contra a Covid-19 no Reino Unido será direcionado, se possível, às pessoas idosas e aos profissionais que atuam em áreas consideradas de risco, e não a toda população, informou a coordenadora do grupo de trabalho sobre o tema.

Kate Bingham, nomeada pelo governo como presidente do grupo de trabalho responsável pela vacinação contra o coronavírus, afirmou ao jornal Financial Times que uma vacinação geral da população "não vai acontecer".

"Só precisamos vacinar todas as pessoas de risco", explicou em uma entrevista no domingo.

"Estão falando sobre o 'tempo que vai demorar para vacinar toda a população', mas isto é equivocado. Não haverá vacinação de menores de 18 anos. É uma vacina apenas para adultos, para pessoas com mais de 50 anos, com foco em profissionais de saúde e trabalhadores de casas de repouso e os vulneráveis", disse.

O Reino Unido superou no domingo a marca de 500.000 casos de coronavírus, com mais de 42.000 mortes.

Assim como outros países europeus, o Reino Unido registra um aumento do número de contágios, o que provocou a retomada de algumas restrições e aumenta o interesse por uma vacina.

O governo britânico já encomendou dezenas de milhões de vacinas de vários programas, como o liderado pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, sem ter a certeza do sucesso da pesquisa.

As medidas no combate à pandemia do novo coronavírus foram adotadas em todo mundo, inclusive no Brasil. Entre os protocolos de segurança implantados para evitar uma maior disseminação da doença está o uso de máscaras. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pelo O Globo, cerca de 83% dos brasileiros concordam com o uso de máscaras para proteção individual contra a doença em locais públicos.

Dentre os 83%, cerca de 72% concordaram totalmente e 11 parcialmente. Nos subgrupos da pesquisa, entre os indivíduos que se declaram politicamente de esquerda o apoio foi de 91%, contra 78% dos declarados de direita.

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Apesar do grande número de aceitação da pesquisa, o contraste com a realidade é perceptível se comparado ao que vem sendo encontrado nas praias e bares das grandes cidades.

A pesquisa foi realizada com 2.626 pessoas acima dos 18 anos, das classes A, B e C, entre os dias 21 e 31 de agosto, em todo o país. As informações foram coletadas através do painel de internautas do Ibope Inteligência, tendo uma amostragem de cerca de 70% da população brasileira. 

Tradicionalmente consumidos como um lanche, eles foram transformados pela pandemia do coronavírus em um prato de resistência: os ratos se tornaram um ingrediente essencial na alimentação da população mais pobre do Malauí, ameaçada pela fome.

Ao longo dos 320 quilômetros de estrada que separam Blantyre e Lilongwe, as duas maiores cidades do país, dezenas de vendedores oferecem aos viajantes espetos de carne do roedor.

No meio do caminho, no distrito de Ntcheu (centro), Bernard Simeon virou um dos "chefs" informais. "Caçamos os ratos para viver. Nós usamos como complemento da dieta diária e vendemos aos viajantes para complementar a renda", explica o agricultor.

"Já era difícil antes do coronavírus, agora se tornou muito mais difícil", desabafa. Localizado na África austral, Malauí é considerado um dos países mais pobres do planeta. Mais da metade dos quase 18 milhões de habitantes sobrevivem abaixo da linha de pobreza.

Como no restante do continente, as medidas de saúde adotadas para frear a propagação de covid-19 - mais de 5.400 casos e quase 170 mortos no balanço oficial mais recente - afetaram a economia, amplamente informal e rural, e a população.

O Banco Mundial projeta uma queda de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Uma federação industrial local (ECAM) registrou a perda de 1.500 empregos por dia, em média, e calculou que o número acumulado pode alcançar 680.000 até o fim do ano.

O governo do ex-presidente Peter Mutharika, que perdeu a eleição de maio, havia prometido um programa de ajuda urgente aos mais pobres que nunca foi adotado. O sucessor, Lazarus Chakwera, ainda trabalha no próprio plano de subsídios.

A crise de saúde e econômica aumentou a insegurança alimentar de vários malauianos, obrigados a adotarem medidas alternativas para saciar a fome.

- Assado em espetos -

"Normalmente, contamos com meu marido e seu trabalho", afirma a esposa de Bernard Simeon, Yankho Chalera. "Mas quando os tempos são duros, temos os ratos porque não conseguimos comprar carne".

Assados no espeto e salgados, os ratos são tradicionalmente consumidos entre as refeições em localidades do centro do país.

"Quando era criança, nos ensinavam a caçar ratos a partir dos três anos", recorda o ex-deputado e músico de sucesso Lucius Banda. "No vilarejo, esta atividade não é considerada una obrigação, e sim um entretenimento, tanto para meninos como meninas", contou.

A variedade mais popular na região é cinza, de cauda curta, e conhecida entre os amantes da gastronomia pelo nome "kapuku".

"Continuo comendo (ratos), mais como recordação da infância do que outra coisa", explica Luciius Banda.

As autoridades de saúde recomendaram há alguns meses o consumo de rato, uma alternativa à carne que se tornou inacessível. "É uma fonte valiosa de proteínas", alega Sylvester Kathumba, nutricionista chefe do Ministério da Saúde.

E, como a epidemia afeta em especial "pessoas com baixa resistência imunológica, recomendamos uma dieta rica", explica o diretor de alimentação da secretaria de Saúde do distrito de Balaka, Francis Nthalika.

O interesse renovado nos pequenos roedores, que são alimentados com sementes, frutas ou ervas, provoca preocupação entre os defensores do meio ambiente, devido aos métodos utilizados na caça.

Para retirar os ratos de suas tocas, os caçadores costumam queimar a mata. "Ao fazer isso, os caçadores destroem o ecossistema", lamenta Duncan Maphwesesa, diretor da ONG Azitona Development Services, no distrito de Balaka.

"Entendemos que as pessoas pobres precisam viver", mas "não percebem que provocam um impacto no meio ambiente e que, assim, participam no aquecimento global", conclui.

A estimativa populacional para 2020 aponta que Pernambuco registrou um aumento de habitantes e alcançou a 7ª posição na lista de estados mais populosos da Federação. O levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgado nesta quinta-feira (27), com data de referência de 1º de julho deste ano.

Com 9.616.621 habitantes, Pernambuco comporta 4,5% da população brasileira e assumiu a 2ª posição em relação à Região Nordeste. O estado fica apenas atrás da Bahia, com 14,9 milhões de habitantes.

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A Região Metropolitana do Recife (RMR) representa a 7ª maior em termos populacionais, com 4.103.780 habitantes. Naturalmente, a capital assume a primeira colocação no ranking local e é seguida por Jaboatão dos Guararapes, com 706.867 pessoas.

Jaboatão ganhou destaque no levantamento entre as cidades do Brasil com mais de 500 mil. O município é o 10º mais populoso na categoria sem as capitais, sendo o 1º fora do eixo Rio-São Paulo.

Entre 2019 e 2020, 25 cidades pernambucanas apresentaram crescimento superior a 1%. Toritama registrou o maior aumento do Agreste, com 2,09%, seguida por Bom Jardim, com 2,04%, e Santa Cruz do Capibaribe, que assinalou 1,82%. Enquanto 72,2% do estado, equivalente a 133 cidades, apresentaram o acréscimo de até 1%.

Reconhecida pela fruticultura, Petrolina teve resultado satisfatório e tornou-se o 9º maior município de Pernambuco, com o aumento de 1,48%. Caruaru registrou 1,15%.

Decréscimo no Interior

Segundo a entidade, 26 municípios sofreram uma retração no contingente populacional. Os representam maior queda foram Cumaru, com -6,55%, Sairé, com -1,69% e Palmeirinha, com -1,21%.

A pesquisa do IBGE ainda indica que Fernando de Noronha é a localidade com menos residentes, somando apenas 3.101. Outras cidades que integram a lista com menor contingente são Ingazeira, com 4.534, e Itacuruba, com 4.966, ambos n Sertão.

“As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos”, informa o IBGE.

Diário Oficial da União publica, nesta quinta-feira (27), portaria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga as estimativas da população para estados e municípios, com data de 1º de julho de 2020.  

As estimativas mostram que o Brasil já tem uma população de 211.755.692 de pessoas. Em 2019, a população estimada era de 210.147.125 pessoas. De acordo com a projeção, o Brasil ganhou mais 1,6 milhão de habitantes em relação ao ano passado,

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Os estados mais populosos são: São Paulo (46.289.333), Minas Gerais (21.292.666) e Rio de Janeiro (17.366.189).

O Distrito Federal já conta com uma população de 3.055.149 habitantes. Roraima é o estado com a menor estimativa populacional (631.181).

tabela completa, por estado, pode ser conferida no Diário Oficial. 

A população ocupada foi estimada no ano passado em 94,6 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 2,5% na comparação com 2018, quando era 92,3 milhões. Comparada à população de 2012, a alta é de 6,1%, ou 5,4 milhões. Naquela época, 89,2 milhões de pessoas formavam a população ocupada. Apesar de ser o maior avanço anual desde 2013, o nível de ocupação em 2019, de 55,3%, permaneceu bem abaixo do que se viu em 2012, quando era 57%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua): Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2019, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nessa edição, a pesquisa apresenta dados de trabalhadores com associação a sindicato, registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), associação à cooperativa de trabalho e produção e local de exercício do trabalho.

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Para o IBGE, os números da população ocupada significam que o ritmo de crescimento, de 6%, foi menor do que a expansão total da população de 14 anos ou mais (8,9%) entre 2012 e 2019.

Carteira assinada

A pesquisa revelou que depois da tendência de queda registrada desde 2015, o emprego com carteira assinada no setor privado voltou a aumentar 3,3%, ou 1,1 milhão de pessoas, em 2019. Segundo o IBGE, o movimento respondeu por quase metade do crescimento da população ocupada (2,3 milhões de pessoas) no ano passado. Mesmo com o aumento no contingente desses trabalhadores em 2019, estimado em 33,9 milhões de pessoas, continuou longe do maior valor observado em 2014, que ficou em 36,1 milhões de pessoas.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que o crescimento da ocupação em 2019 teve também um aspecto qualitativo bastante importante, que foi o aumento no número de carteiras de Trabalho assinadas. “Além de a gente ter registrado um crescimento quantitativo dessa população ocupada, parte importante do crescimento foi feita por meio de Carteira de Trabalho, que vem desde o ano de 2016 com quedas importantes e tem em 2019 um início de recuperação”, disse. Segundo ela, o patamar de carteiras no ano passado, ainda que represente crescimento, é muito aquém do que já ocorreu. "Mas, de fato, foi um movimento de reação que ocorreu no ano de 2019”, completou.

Sem carteira

Houve aumento também no número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, que alcançou 12 milhões. Já o total de trabalhadores por conta própria subiu 4,2%, o que representa mais 991 mil pessoas, chegando a 24,4 milhões. Esse, conforme o IBGE, é o maior patamar de toda a série da pesquisa. Se comparado ao contingente de 2012, a elevação é de 4 milhões no período.

Para a pesquisadora do IBGE, além do total de trabalhadores sem carteira, um registro importante é o crescimento do percentual dos que faziam as atividades por conta própria, que vinha em queda nos últimos anos. “O que a gente nota em 2019, esse crescimento da ocupação, foi observado em diversas formas de inserção no mercado de trabalho, seja no trabalhador por conta própria ou naquele sem carteira”, disse.

2012 para 2019

No intervalo de sete anos, a proporção de trabalhadores por conta própria aumentou de 22,8% para 25,8% e a de empregado com carteira assinada no setor privado caiu de 38,4% para 35,8%. Tanto no setor público, incluindo servidores estatutários e militares, quanto no setor privado, nesse período os empregados sem carteira assinada tiveram participação praticamente estável. No público, ficou estável em 12,3%, enquanto no setor privado passou de 12,5% para 12,7%.

"Não obstante a reação da carteira em 2019, no que se refere à participação no conjunto geral de ocupação do mercado de trabalho, a Carteira de Trabalho, em relação ao que já foi, ainda tem proporção menor. Por outro lado,esse trabalho por conta própria vem ganhando espaço na série histórica”.

Atividades

A pesquisa do IBGE  identificou também que as atividades de serviço responderam por 51,7% da ocupação, o que significa expansão se comparadas a 2012. Naquele ano, representavam 46,8%. A indústria geral teve participação de 12,9% e a construção, de 7,2%. As duas apresentam tendência de queda na participação da população ocupada no período, mas o comércio representou estabilidade, com 18,9%. A participação da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura ficou em 9,1% da população ocupada.

Todos os grupamentos de atividade tiveram variação positiva de população ocupada no ano passado, especialmente, os serviços de informática, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 4,3% ou 444 mil pessoas. Os serviços de alojamento e alimentação registraram 7,5% ou 395 mil pessoas, e a indústria geral ficou com 3,2% ou 380 mil pessoas. Depois de cinco anos seguidos de perdas na ocupação, a atividade de construção teve discreto aumento de 88 mil pessoas ou 1,3%, enquanto as de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, subiram 1,4%, o que representa 116 mil pessoas.

Parte do crescimento na atividade de transporte, armazenagem e correio - que em 2012 era 4,7% e chegou a 2019 com 5,1% - se deve à expansão dos motoristas de aplicativos. “A gente vem observando que dentro dessa categoria o segmento que mais expandiu foi o de motorista de aplicativo”, afirmou a pesquisadora.

A Universidade Guarulhos (UNG) retomou, com preços acessíveis, os agendamentos de consultas presenciais para pacientes que necessitam de atendimento odontológico da Clínica-Escola de Odontologia.

Dentre os serviços oferecidos estão tratamentos de cáries e gengiva, canal, próteses dentárias, diagnóstico de lesões da boca, extrações, pequenas cirurgias orais e instalação de implantes. Ao total, cerca de 45 mil pessoas já se beneficiaram com os atendimentos da Clínica, entre crianças, adultos e terceira idade.

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De acordo com o reitor da UNG, Eloi Lago, os serviços são realizados pelos estudantes e supervisionados por professores, mestres e doutores. "A universidade tem um papel importante, que é atender a população do entorno com serviço de qualidade e valor que cabe no bolso", explica.

Os pacientes agendados são atendidos com hora marcada, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 19h às 22h45.

Serviço 

Clínica-Escola de Odontologia 

Local: Rua Eng. Prestes Maia, 88 - Centro, Guarulhos – São Paulo 

Informações: (11) 2464-1668 

 

*da Assessoria de Comunicação

A renúncia do governo libanês abre, nesta terça-feira (11), uma fase de negociações e debates para determinar quem assumirá um país onde a revolta ressoa uma semana após a trágica explosão que devastou o porto de Beirute.

A tragédia de 4 de agosto alimentou a ira da opinião pública, ainda traumatizada com os 160 mortos e 6.000 feridos em uma cidade na qual bairros inteiros viraram campos de ruínas.

Desde o outono de 2019, o país tem sido palco de uma revolta popular sem precedentes, na qual milhares de libaneses saem às ruas para denunciar as dificuldades econômicas que só se agravam e uma classe política sem mudanças há décadas, acusada de corrupção e incompetência.

Para acalmar as ruas após a explosão, o governo do primeiro-ministro Hassan Diab renunciou na segunda-feira. Mas, exatamente uma semana após a tragédia do porto, os libaneses exigem que os responsáveis sejam levados à Justiça e sejam responsabilizados pela negligência do Estado.

"A república está desmoronando", foi a manchete do jornal L'Orient-Le Jour desta terça-feira.

"O apocalipse de 4 de agosto foi a manifestação mais dura e severa do mau funcionamento das instituições e do aparato estatal", comentou o jornal em seu editorial.

Nomeado no final de janeiro, o governo de Diab consistia em um único campo político, o do movimento xiita Hezbollah e seus aliados.

O governo cuidará dos assuntos correntes até que seu sucessor seja nomeado.

Diab era criticado há vários meses por sua incapacidade de responder à crise econômica, a desvalorização histórica da libra libanesa, escassez de combustível e hiperinflação.

- "Governo neutro" -

A grande questão é quem o sucederá, em um país acostumado a debates intermináveis entre forças políticas que passam vários meses negociando pastas antes de nomear um governo.

Resta saber se desta vez a magnitude do cataclismo os levará a mostrar velocidade.

Contará também a participação da comunidade internacional.

Citando fontes políticas, o jornal Al-Akhbar, próximo ao Hezbollah, assegura que Washington, Riade e Paris estão pressionando pela nomeação do ex-embaixador Nawaf Salam como chefe de um "governo neutro".

Este diplomata de grande experiência, que representou seu país na ONU, foi juiz da Corte Internacional de Justiça (CIJ).

A posição do influente Hezbollah e a de seu aliado, o presidente do Parlamento Nabih Berri, ainda não é conhecida, disse o jornal.

Os libaneses permanecem quase indiferentes aos debates políticos. Eles ainda estão nos bairros devastados de Beirute, limpando por conta própria os escombros, enquanto criticam a inércia das autoridades.

- Pão para duas semanas -

O que causou a catástrofe foi um incêndio em um armazém onde 2.750 toneladas de nitrato de amônio estavam armazenadas por seis anos sem "medidas de precaução", como reconheceu o primeiro-ministro Hassan Diab.

O porto foi completamente arrasado.

Em um país mergulhado em uma severa crise econômica, a tragédia gerou insegurança alimentar.

Quase "85% dos alimentos do Líbano são importados e passam por este porto", disse David Beasley, diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) na segunda-feira.

Ele falou do porto, onde um avião descarregava geradores, guindastes e elementos para fazer depósitos temporários.

O objetivo é restabelecer alguns serviços "em duas semanas" para garantir o abastecimento alimentar do país.

"No estado atual, os libaneses terão pão por apenas mais duas semanas, por isso é essencial lançar essas operações", disse Beasley.

Quase 10 dias após a liberação das praias no Recife, muitos frequentadores e banhistas seguem sem cumprir as regras estabelecidas pela Secretaria de Saúde do Estado para o uso correto do litoral. Em um giro pela praia de Boa Viagem, neste sábado (25), a reportagem do LeiaJá identificou aglomerações e falta do uso de máscaras pelos transeuntes. Com as areias lotadas, a vida no bairro da Zona Sul, segue como se o novo coronavírus tivesse sido evaporado pelo sol quente da capital pernambucana.

Nos quiosques o cenário também não é diferente. Autorizados a retornar ao trabalho, das 15h às 20h, os funcionários pareciam serem os únicos a cumprirem as regras para o retorno seguro aos espaços públicos. Apesar de não formarem filas e aglomerações em frente aos quiosques, os clientes tampouco utilizavam máscaras para comprar nos estabelecimentos. 

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Sem uma delimitação clara de espaço feita pela prefeitura do Recife, como é feita em diversos países que permitiram a reabertura de seus litorais, os banhistas deitam quase aglomerados para garantir o seu lugar ao sol e mais uma vez, sem máscaras. Mesmo insistindo em dispensar o equipamento de proteção, ele permanece obrigatório para saídas ao ar livre em todo Estado, de acordo com decreto publicado no Diário Oficial em maio.

Boletim deste sábado

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, neste sábado (25), 1.710 novos casos da Covid-19. De acordo com o órgão, o aumento no número de casos ainda é motivado pelo acúmulo de notificações, devido à instabilidade no sistema de notificação dos casos de menor gravidade ao longo dos últimos dias. Pernambuco totaliza 86.752 casos já confirmados, sendo 22.855 graves,  63.897 leves e 6.299 óbitos pela doença. 

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