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A maioria dos brasileiros já ouviu falar no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não tem ideia do que fazem as Cortes. O desconhecimento é tamanho que 70% declaram não saber o que significa a sigla "STF" - órgão responsável por interpretar a Constituição e julgar políticos com foro privilegiado, por exemplo. Hoje, as duas instituições são alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Dados de uma pesquisa inédita realizada pela consultoria Quaest e encomendada pela Revista Justiça & Cidadania, publicação especializada em temas jurídicos, trazem um panorama geral da relação da população com os dois Tribunais. A maior parte dos entrevistados (78%) diz que "já ouviu falar" no STF, porém mais da metade se diz pouco (29%) ou nada informada (26%) sobre a atuação da Corte. Além disso, 72% não souberam citar nenhuma função específica do Tribunal.

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O presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, disse que os resultados da pesquisa mostram que o STF deve continuar se aproximando da sociedade, "a fim de esclarecer suas funções e o papel da Corte". "Trata-se de uma ação educativa e de cidadania, que também deve ser incentivada por governos, escolas e entidades, inclusive sobre o papel dos Poderes e o funcionamento do regime democrático", afirmou Fux, em nota, ao Estadão.

O levantamento foi encomendado como parte das celebrações dos 130 anos do Supremo. A pesquisa da Quaest ouviu 1.717 pessoas nas cinco regiões do País entre os dias 11 e 15 de junho deste ano. Por desconhecimento, 82% dos entrevistados dizem acreditar que não há nenhuma decisão do STF que tenha afetado a própria vida diretamente, quando, na prática, impacta todos os brasileiros. O Tribunal é a última instância do Judiciário. Cabe a ele decidir, quando há questionamentos, se atos do Executivo e leis estão de acordo com a Constituição.

Segundo o levantamento, só 16% confiam muito no STF, enquanto 45% dizem que confiam pouco, e um terço (33%) que não confiam. Outros 7% não souberam ou não responderam. Para fins de comparação: 43% dos entrevistados pela Quaest afirmam confiar muito na Igreja Católica, e 40% confiam muito nas Forças Armadas. No fim do ranking da confiança dos brasileiros estão o Congresso (6% dizem confiar muito) e os partidos políticos (3%).

Entre os 78% que dizem "confiar pouco" ou "não confiar" no STF, a maior parcela (24%) considera que "os juízes não são sérios" ou "são injustos". Outros 11% mencionam que "falta informação sobre o STF", e 7% dizem que a Corte "não pune os políticos". "Embora o STF não julgue casos com a intenção de ser aprovado pela opinião pública, visto que seu papel de guarda da Constituição muitas vezes exige ir contra a maioria para salvaguardar direitos, é importante a toda instituição obter informações que ajudem a compreender melhor sua relação com a sociedade", disse Fux.

No TSE, a situação não é muito diferente da identificada no Supremo. De cada dez entrevistados, oito (82%) conhecem superficialmente o órgão e só 12% se consideram "bem informados" sobre o trabalho da Corte eleitoral. A atuação do TSE nas eleições é considerada positiva por 42% dos entrevistados, 15% avaliam o trabalho negativamente e 37% consideram a atuação "regular".

ANIMOSIDADE. Nos últimos anos, Bolsonaro tem fomentado a desconfiança e a animosidade contra o Supremo e a Justiça Eleitoral. Além de atacar a credibilidade das urnas eletrônicas, o presidente se referiu aos ministros como "surdos de capa preta" durante a convenção do PL que oficializou sua candidatura à reeleição ao Palácio do Planalto, no domingo passado.

Para Felipe Nunes, cientista político e pesquisador da Quaest, os resultados do levantamento dão indicativos de que a campanha de Bolsonaro contra as instituições começa a fazer efeito. "De fato, já há criada na sociedade uma percepção (negativa), com metade (dos entrevistados) começando a ter algum tipo de dúvida em relação ao trabalho (da Justiça Eleitoral). Isso advém, claro, desse grau de polarização e do ataque do presidente da República à instituição que coordena o trabalho de apuração", disse o pesquisador.

APOIO. Apesar disso, achados da pesquisa revelam aprovação a iniciativas do Judiciário. A maioria dos entrevistados, por exemplo, apoia as ações dos ministros do STF no enfrentamento das fake news. De acordo com o levantamento da Quaest, 88% estão de acordo com o controle do Tribunal e do Judiciário no combate à desinformação.

Ainda do lado positivo, a confiança no trabalho do STF aumenta quanto mais o entrevistado conhece a instituição. Entre os que estão bem informados, 63% depositam alguma confiança na Corte. Dos que têm pouca informação sobre o Supremo, 49% dizem confiar ao menos um pouco no órgão.

De acordo com Nunes, da consultoria Quaest, o desconhecimento em relação ao Judiciário era esperado. Ao contrário do Executivo e do Legislativo, o Judiciário não é um Poder eleito e só age quando provocado. "As pessoas têm com o Poder Judiciário uma relação mais distante. O que chama a atenção é que esse desconhecimento acaba gerando um alto nível de desconfiança", disse o pesquisador.

AVALIAÇÃO. Das decisões recentes do STF, a mais bem avaliada é a que trata da vacinação obrigatória de crianças contra covid, aprovada por 71% dos brasileiros e criticada por Bolsonaro. A decisão foi tomada pelo ministro Ricardo Lewandowski em janeiro deste ano e referendada pelo conjunto dos ministros em março.

O maior índice de rejeição, por sua vez, está associado à união estável de pessoas do mesmo sexo, vista como negativa por 26% dos entrevistados - mesmo assim, 45% deles apoiam a decisão. A questão foi pacificada pelo STF em 2011.

Já entre todas as áreas de atuação do Supremo, a mais rejeitada é a de combate à corrupção: 44% dos entrevistados consideram "negativo" o trabalho da Corte no tema. A mais bem avaliada é a de proteção aos direitos humanos e às minorias, com 37% considerando a atuação do Tribunal "positiva" neste quesito, e só 22% avaliando de forma negativa o trabalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com pesquisa realizada por BTG Pactual e FSB Pesquisa, 62% dos brasileiros acreditam que o País está em crise econômica, com dificuldade de recuperação.

Em contrapartida, 32% avaliam que o Brasil está conseguindo superar o momento e 5% pensam que a economia vive um bom momento.

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A culpa é de quem?

Ainda segundo o documento, no quesito "culpa", dois em cada cinco eleitores (40%) acreditam que o governo atual é o principal responsável pela crise econômica.

A pandemia vem em seguida, com 25%, governos passados, 21%, e situação internacional, 8%.

Expectativa

Em termos de expectativas, há um certo pessimismo por parte dos entrevistados. 60% avaliam que a inflação e o custo de vida devem aumentar nos próximos seis meses (20% acham que vão aumentar muito e 40% avaliam que vão aumentar); 43% acreditam que os atrasos em pagamentos de contas vão aumentar (13% aumentar muito e 30% aumentar) e 36% pensam que o desemprego vai piorar (9% aumentar muito e 27% aumentar).

Alcance da pesquisa

O levantamento "O que pensa o eleitor brasileiro (rodada 2)" foi realizado via telefone, entre os dias 22 e 24 de abril deste ano, com 2 mil eleitores.

A metodologia para os questionamentos utilizados nesta pesquisa foi "estimulada e única".

O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 2 pontos porcentuais.

O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o BR-04676/2022.

Às vésperas da páscoa, uma nova tendência no consumo de peixes vem chamando a atenção dos comerciantes da área central do Recife. Antes descartada por parte dos clientes ainda na peixaria, a cabeça do animal vem sendo procurada por quem não tem mais condições financeiras de arcar com a peça completa. 

Por volta das 11h da última terça-feira (12), o peixeiro Henrique Silva já havia vendido mais de 60kg de cabeças de peixes diversos no Mercado de São José. Em atividade na área há 20 anos, ele garante que a demanda pelo produto nunca foi tão grande quanto no período de páscoa deste ano. 

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“Nunca vi sair tanta cabeça, está fora do normal. Antes eu vendia de 10kg a 20kg de cabeça por dia, na mesma época”, comenta.

O peixeiro Henrique Silva, que vendeu mais de 60 kg de cabeça de peixe em metade de seu horário de trabalho. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

A mudança de comportamento de parte dos consumidores, que antes costumava descartar a peça nas próprias peixarias, vem preocupando os peixeiros da área. Eles temem que o desempenho das vendas fique abaixo do esperado para a páscoa. 

“O preço do peixe subiu demais e o consumidor não está conseguindo arcar com ele, então as vendas caíram muito. Clientes que compravam entre 3 kg e 4 kg de peixe para a páscoa, agora estão levando só 1 kg. E quem já levava só 1 kg está comprando só a cabeça, que passou de R$ 5 para R$ 7”, acrescenta Henrique Silva.

Na tentativa de atender à nova demanda, o peixeiro Wellington Pereira conta que se desdobra para fazer os cortes da cabeça dos novos produtos que vão chegando.

“Hoje mesmo já vendi todas as cabeças, cerca de 10 kg. A cioba e a pescada, que são peixes mais nobres, estão custando R$ 45 e R$ 30. Tivemos que subir o preço por causa da inflação, do PIB do Brasil e desse governo, que é carrasco do povo. Um monte de gente agora está procurando cabeça para comer”, lamenta Pereira.

Cabeças de peixe disponíveis em um dos boxes do Mercado de São José. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

As cabeças geralmente são utilizadas para produção de sopas e caldos. “O pessoal procura principalmente a cabeça de cioba, pescada-amarela e albacora, que dão um caldo ou um pirão gostoso. Tem muita gente comprando cabeça ao invés do peixe completo”, acrescenta o peixeiro Vitor Marcos.

De acordo com ele, quem leva o peixe completo está optando por espécies mais baratas. “O que sai mais com a gente é a corvina, que é bastante em conta e tem um sabor gostoso. O quilo dela está custando R$ 18”, pontua.

Alta nos preços

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), no setor formal, as vendas de peixe durante a Páscoa deste ano poderão ser até 20% menores na comparação com 2021. Para o diretor executivo da instituição, Cristiano Lobo, a projeção pessimista está associada à queda na renda dos brasileiros e ao aumento dos custos de produção.

O peixeiro Vitor Marcos indica que as cabeças com maior saída são as de cioba, pescada-amarela e albacora. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

“Quando a gente pensa no pescado de cultivo, o maior custo que ele possui está relacionado à engorda dos animais. A ração do peixe é feita à base de soja e de milho, ambos produtos que tiveram um aumento absurdo de preço desde o início da pandemia. Se a soja e o milho ficam mais caros, o preço da ração também sobe”, explica Lobo.

O executivo também aponta a alta dos combustíveis e o aumento dos custos de manutenção das embarcações como responsáveis pelo encarecimento dos peixes.

“Além disso, as grandes fornecedoras mundiais, que passaram a pandemia inteira com a demanda reprimida, agora retomam suas atividades normais com alta demanda. Como a demanda cresce, o preço aumenta. É uma questão que afeta pescados importados, como salmão, merluza e bacalhau”, afirma Lobo.

Para o executivo, a alta dos preços, contudo, afeta mais o setor formal do que o informal.

"O consumidor que não conseguir arcar com o preço da gôndola no supermercado, vai para o mercado informal em busca de preços melhores. Muito provavelmente nossas vendas cairão, enquanto as do setor informal sobem”, frisa Lobo.

Mais da metade da população de Kiev, capital da Ucrânia, já fugiu da cidade desde o início da invasão russa, no último dia 24 de fevereiro.

O município tinha pouco menos de 3 milhões de habitantes antes do início da guerra, e seus arredores, como Irpin, têm sido constantemente atacados pelas forças russas.

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"Pelas informações que temos, um em cada dois residentes de Kiev já deixou a cidade", disse o prefeito Vitali Klitschko a uma emissora local nesta quinta-feira (10).

"Pouco menos de 2 milhões de pessoas já saíram. No entanto, Kiev foi transformada em uma fortaleza. Cada rua, prédio e posto de controle foi fortificado", acrescentou.

Sirenes antiaéreas voltaram a soar na capital nesta quinta, e a prefeitura pediu para os cidadãos remanescentes se esconderem em abrigos subterrâneos.

De acordo com a ONU, a guerra na Ucrânia já gerou mais de 2,3 milhões de refugiados, sendo que a maior parte (1,4 milhão) cruzou a fronteira com a Polônia.

Da Ansa

A África alcançaria o objetivo de 70% de sua população vacinada contra a Covid-19 em agosto de 2024, de acordo com projeções anunciadas nesta terça-feira (14) pela OMS, que mais uma vez pediu para acelerar as campanhas de vacinação para "salvar muitas vidas".

A meta de 70% é considerada fundamental para poder controlar a pandemia, lembrou o escritório regional para a África da Organização Mundial da Saúde (OMS) em sua coletiva de imprensa habitual online.

No entanto, até 13 de dezembro, somente 20 países africanos vacinaram ao menos 10% de sua população, outros seis apenas 40% e somente dois (os arquipélagos de Mauricio e Seychelles) 70%.

"No ritmo atual, a OMS calcula que terá que esperar até maio de 2022 para que haja uma cobertura de 40% da população vacinada na África e 70% em agosto de 2024", indicou a OMS-África em um comunicado.

"Mas podemos salvar muitas vidas ainda se acelerarmos o ritmo da vacinação no início de 2022", afirmou sua diretora, Matshidiso Moeti.

A OMS-África também destacou que durante a semana passada registrou um aumento de 83% de novos casos de covid-19, causado pela variante ômicron, detectada pela primeira vez na África do Sul em 24 de novembro.

A África está sofrendo uma quarta onda da pandemia.

"A quantidade de novos casos dobra a cada cinco dias, sendo este o índice de maior rapidez registrado desde o início deste ano", acrescenta, embora observe "menos mortes" em relação aos surtos anteriores. "Inclusive, o número de mortes caiu em 19% em relação à semana anterior", destaca a organização.

"Acreditamos, com um otimismo prudente, que a quantidade de mortes e casos graves continuarão sendo baixos nesta nova onda, mas o ritmo lento da vacinação na África sugere que serão muito mais elevados do que deveriam", explicou a doutora Moeti.

No total, foram reportados mais de 2.700 casos da variante ômicron em 59 países do mundo, incluindo 11 africanos, que representam 33% do número global de casos, de acordo com a OMS.

 Desde as 6h desta terça (16), a Polícia Militar do Rio de Janeiro realiza uma operação em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a ONG Voz das Comunidades, moradores relatam abuso de poder e violações dos direitos humanos.

A população relata invasões de casas, destruição de calçadas e canos de água, além de fios telefônicos arrebentados. As denúncias também incluem a depredação de bicicletas e motos utilizadas por moradores para deslocamento ao trabalho.

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De acordo com a deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ), a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635 do Supremo Tribunal Federal, que restringe ações policiais nas favelas durante a pandemia de covid-19, ainda está em vigor. “Quem está fiscalizando?”, questionou a parlamentar, em suas redes sociais.

A governadora em exercício Luciana Santos coordenou, nesta quinta-feira (4), uma reunião para traçar ações voltadas para a população negra e para as mulheres. O encontro, no Palácio do Campo das Princesas, contou com a presença da prefeita do Recife em exercício, Isabella de Roldão, e dos secretários estaduais André Longo (Saúde) e Sileno Guedes (Desenvolvimento Social, Criança e Juventude), e das secretárias municipais do Recife, Luciana Albuquerque (Saúde) e Ana Rita Suassuna (Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos).

A governadora informou que o Estado aproveitará o calendário de atenção à saúde e o mês da Consciência Negra para definir metas, investimentos e iniciativas para incrementar as políticas públicas em Pernambuco.

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“Neste mês da consciência negra, discutimos iniciativas para agregar à nossa política antirracista e metas para o próximo Outubro Rosa e para o Novembro Azul. O câncer de mama é uma das principais causas de morte de mulheres quando falamos em câncer, e sabemos também da baixa adesão dos homens em relação à prevenção do câncer de próstata. Fizemos essa reunião de trabalho e anunciaremos em breve ações que agreguem às políticas de saúde e de combate ao racismo no Estado”, afirmou Luciana Santos. 

A prefeita do Recife em exercício ressaltou a importância da parceria entre Estado e município para a construção conjunta de políticas públicas. Isabella de Roldão salientou ainda o fato de duas mulheres estarem à frente do Governo do Estado e da Prefeitura da capital, discutindo pautas para a população feminina. “É muito marcante. A gente entra com essa representação feminina, somos maioria no Estado. É um momento histórico para Pernambuco e para o Brasil, a gente ter o Estado e a capital governados concomitantemente por mulheres”, concluiu.

*Da assessoria de imprensa

*Da assessoria de imprensa

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (16) que toda a população brasileira estará imunizada contra a Covid-19 até o final deste ano. Queiroga participou, neste sábado, do lançamento do Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, em São Luís. A iniciativa busca incentivar a imunização com 18 vacinas diferentes. O público-alvo são pessoas com até 15 anos.

Em relação à Covid-19, Queiroga lembrou que o Brasil já ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas com o ciclo vacinal contra a Covid-19 completo. O termo é usado para designar pessoas que receberam duas doses de imunizantes oferecidos no Brasil ou a dose única da vacina Janssen.

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“Estamos nos preparando para sair da maior crise sanitária que a humanidade já enfrentou. Isso se deve ao esforço conjunto de todos nós. Tenho certeza de que haveremos de vencer, em breve, essa pandemia. Isso eu posso me comprometer com vocês porque eu sei que até o final do ano toda a população brasileira estará imunizada”, disse.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050 cerca de 25% da população do planeta vai ter algum grau de perda de audição. Em outras palavras, estima-se que pelo menos 700 milhões de pessoas passem a ter a necessidade de recursos médicos para reabilitação auditiva, o que fará com que essa parcela da população tenha dificuldades com a comunicação em geral, seja na vida pessoal ou profissional.

Segundo a entidade, dentre as principais causas para a projeção de surdez na população está o barulho excessivo, principalmente relacionado a profissionais que trabalham em ambientes com alto teor de ruído, que podem chegar a um quadro de perda de audição irreversível. Além disso, os fones de ouvido surgem como possíveis agravantes, já que a saída de som do objeto pode lesionar a célula da orelha interna.

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Vale lembrar que o relatório divulgado pela OMS afirma que aproximadamente 60% dos casos de pessoas com futuros problemas de surdez podem ser evitados, caso haja investimento na prevenção e tratamentos precoces ligados à saúde do ouvido. Destacam-se também planos de vacinação contra doenças que podem estar ligadas a algum quadro de surdez, como a rubéola e a meningite.

Há casos em que há a necessidade de utilizar o aparelho auricular, dispositivo vendido geralmente por preços pouco acessíveis no Brasil. Segundo especialistas da área da saúde, é interessante que o país passe a ter uma produção local de aparelhos com valores mais baixos, já que a demanda pode aumentar nos próximos anos.

 

 

Começa nesta sexta-feira (1º) a Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil postos em todas as 27 unidades federativas e seus respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.

A campanha foi lançada oficialmente nessa quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde e vai durar até o dia 29 de outubro. O público-alvo é formado de crianças e adolescentes até 15 anos.

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Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) oferte imunizantes contra todas essas enfermidades, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, alertou para a queda da cobertura vacinal nos últimos anos. “Percebemos que desde 2015 a cobertura vacinal no Brasil vem diminuindo - reflexo do próprio processo pandêmico nos últimos dois anos. Precisamos melhorar esta cobertura. Ampliar a cobertura vacinal e proteger a população é uma prioridade do governo federal. Manter a vacinação em dia é também um dever dos pais e responsáveis. Leve seu filho, sua criança e adolescente”, pediu o secretário.

O Brasil, que registrava índices de vacinação acima de 90% por décadas, viu esse patamar se reduzir nos últimos anos, baixando para cerca de 60% de cobertura vacinal, levando preocupação às autoridades sanitárias. Doenças que eram consideradas erradicadas no país, como sarampo, por exemplo, voltaram a registrar casos, o que tirou do Brasil a condição de país livre do sarampo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em parte, a baixa cobertura, segundo autoridades do Ministério da Saúde, é explicado pela disseminação de notícias falsas (fake news) e pela atuação de grupos antivacinas.

Entre as vacinas que estarão disponíveis nos postos durante campanha estão: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).

Estarão disponíveis para atualização da caderneta de adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a Covid-19 no Brasil chegou neste sábado (18) a 141.453.669, o equivalente a 66,31% da população total. Nas últimas 24 horas, 368.475 mil pessoas receberam a primeira aplicação da vacina, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.

Entre os mais de 141 milhões de vacinados, 80.054.632 estão com a imunização completa contra o coronavírus, o que representa 37,53% da população total com a imunização completa contra o novo coronavírus.

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Nas últimas 24 horas, 736.026 pessoas receberam a segunda dose e outras 4 mil receberam um imunizante de aplicação única. Somando todas as vacinas aplicadas, o Brasil administrou 1.137.106 doses neste sábado.

Entre 15 de agosto e 14 de setembro, foram aplicadas no estado do Rio de Janeiro 3.012.597 doses de vacina contra a Covid-19, chegando ao total de 17.139.270 de doses. Assim, o estado alcançou 82,8% da população com 18 anos ou mais imunizados com a primeira dose e 44,6% já completaram o esquema vacinal, com duas doses ou a dose única.

Os dados são baseados nas informações do painel de vacinação da Covid-19 do Ministério da Saúde. Na capital, a campanha segue nesta quinta-feira (16) com a vacinação de meninas de 14 anos, além da repescagem da primeira dose para pessoas a partir de 22 anos, gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com deficiência a partir dos 12 anos. A dose de reforço nos idosos hoje é para 92 anos ou mais.

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Por fabricante, a cidade aplicou até o momento 3.656.320 doses da vacina Butantan/CoronaVac, 2.795.340 da Fiocruz/AstraZeneca e 1.857.158 da Pfizer/Biontech, imunizantes que requerem duas doses. Apenas 138.879 pessoas receberam a dose única da Janssen.

O Rio já aplicou 8.464.513 doses, sendo 12.728 doses de reforço, campanha iniciada esta semana. Dentro da população-alvo, acima de 12 anos, 93,8% receberam a primeira dose e 54,8% já estão com a imunização completa. A proporção chega a 60% considerando a população adulta, e entre todos os moradores do Rio de Janeiro, 47,1% estão totalmente vacinados contra a Covid-19.

Nesta segunda-feira (30), a Prefeitura do Recife iniciou a testagem em massa da população para a Covid-19 e promete percorrer bairros da periferia. Dividido entre os oito Distritos Sanitários, o objetivo da primeira fase do Programa TestaPE é aplicar 33 mil testes rápidos de antígeno na capital.

A princípio, os agentes sanitários estarão em stands em mercados públicos, estações de metrô e escolas municipais. Com apoio da unidade móvel 'Bora Testar', eles também vão percorrer os bairros de Joana Bezerra, São José, Coelhos, Santo Amaro, Alto Santa Terezinha, Barro, Caçote, Brejo de Beberibe, Guabiraba, Córrego do Jenipapo, Alto Santa Isabel, Casa Amarela, Torrões, Várzea, Iputinga, Comunidade Irmã Doroty, Buraco da Velha, Portelinha, Ilha do Destino, Passarinho, Cohab e Jordão.

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Cada ponto terá capacidade para 200 testes diários, equivalente a um total de 1.600 checagens, estima a Prefeitura. Os locais foram selecionados a partir de critérios como Índice de Desenvolvimento Humano, cobertura vacinal e cobertura de Estratégia de Saúde da Família.

Conscientização 

O exame deve ser feito em 10 dias após o início dos sintomas e o resultado sai em aproximadamente 30 minutos. Caso o testado apresente sintomas respiratórios e dê negativo, ele será agendado para fazer o RT-PCR por meio do Atende em Casa. Os positivos também serão cadastrados no programa para telemonitoramento e acompanhamento da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau).

Conforme a Sesau, os profissionais também farão abordagens educativas sobre a importância da vacina e as pessoas que não tiverem recebido nenhuma dose ou não tiverem o esquema vacinal completo poderão agendar.

Próximos passos

Sem prazo para o avanço da iniciativa, a Prefeitura indica que a segunda fase só inicia após o término da primeira rodada. Os próximos testados pela equipe volante serão categorias profissionais específicas do setor público (Saúde, Educação, Guarda Municipal e Limpeza Urbana) e do transporte público (ônibus e metrô).

Já a última fase volta a atender locais de grande circulação de pessoas e trabalhadores e estudantes de universidades públicas e privadas, e em trabalhadores específicos do setor privado como bares e restaurantes, hotéis e pousadas, bancos e escolas.

O Brasil atingiu a marca de 80% dos brasileiros acima de 18 anos imunizados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde. Isso significa que são mais de 128 milhões de brasileiros vacinados com a primeira dose. 

A pasta estima que até o dia 15 de setembro serão distribuídas vacinas suficientes para aplicar a primeira dose a toda a população brasileira com mais de 18 anos, o que representa um total de 160 milhões de pessoas.

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Para ter a proteção, é preciso completar o esquema vacinal. A maior parte das vacinas aplicadas no Brasil precisa de uma segunda dose para atingir a potência máxima. Ao todo, até o momento, 60 milhões de brasileiros, o equivalente a 37% da população adulta, estão com o esquema vacinal completo.

Estudos divulgados recentemente mostram que as vacinas reduzem significativamente o risco de morte, de internações e de infecções causadas pelo vírus, mas não evitam completamente que a pessoa se contagie nem que leve o vírus para outras pessoas.

O Ministério da Saúde ressalta que, mesmo com a vacina, os cuidados individuais, como o uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social, são importantes para evitar o contágio. "O cuidado é de cada um, mas o benefício é para todos", diz em nota.

Remessas aos estados

A partir de hoje, o Ministério da Saúde anunciou que irá enviar aos estados mais 3 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 voltadas para a segunda aplicação. São 2 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Fiocruz e 1 milhão de doses da Pfizer/Biontech.

Na distribuição, a pasta tem como base dois critérios: as vacinas para a primeira dose já enviadas para cada estado, desde o começo da campanha, e a estimativa da população acima de 18 anos de cada unidade da Federação.

Chegada de novas vacinas

Também neste domingo chegaram ao Brasil mais 2,1 milhões de doses de vacinas da Pfizer. A remessa, segundo a pasta, chegou em dois voos, um que desembarcou às 7h30 e outro às 16h15.

Depois de recebidos, os imunizantes passam por rigoroso controle de qualidade antes de seguir para os estados. A nova remessa chegará aos estados e municípios nos próximos dias. 

Em 1º de julho de 2021, a população brasileira foi estimada em 213,3 milhões de habitantes, mas o cálculo não leva em consideração a mortalidade provocada pela pandemia de Covid-19, que já tirou a vida de mais de meio milhão de pessoas no País. Os dados são das Estimativas da População, divulgadas nesta sexta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Os efeitos da pandemia da Covid-19 no efetivo populacional não foram incorporados nesta projeção, devido à ausência de novos dados de migração, além da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade, fundamentais para se compreender a dinâmica demográfica como um todo. O Censo Demográfico 2022 trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras projeções populacionais, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população em curto, médio e longo prazo", explicou o IBGE, em nota.

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As estimativas populacionais referentes a 1º de julho são divulgadas anualmente pelo IBGE em cumprimento à legislação vigente. As informações são usadas pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de servirem como referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

O município de São Paulo manteve-se como o mais populoso do País, com 12,396 milhões de habitantes no último dia 1º de julho. No ranking de municípios mais populosos, o segundo lugar é ocupado pelo Rio de Janeiro, com 6,776 milhões de habitantes, seguido por Brasília (3,094 milhões), Salvador (2,900 milhões) e Fortaleza (2,703 milhões).

Os 17 municípios brasileiros com mais habitantes - mais de um milhão de pessoas - concentram 46,7 milhões de moradores, o equivalente a 21,9% da população brasileira. Mais da metade da população brasileira, 57,7% ou 123,0 milhões de habitantes, está concentrada em apenas 5,8% dos municípios brasileiros, os 326 municípios do País com mais de 100 mil habitantes.

A região metropolitana de São Paulo continua sendo a mais populosa do País, com 22,04 milhões de habitantes, seguida pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (13,19 milhões) e Belo Horizonte (6,04 milhões), além da Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e Entorno (4,75 milhões).

O Estado mais populoso é São Paulo, com 46,6 milhões de habitantes, o equivalente a 21,9% de toda a população do País, seguido de Minas Gerais (21,4 milhões de habitantes) e Rio de Janeiro (17,5 milhões de habitantes).

Os cinco Estados menos populosos somam cerca de 5,8 milhões de pessoas, todos na região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia. Entre os 5.570 municípios brasileiros, Serra da Saudade (MG) era o que tinha a menor população em 1º de julho, 771 habitantes. O município de Borá (SP) contabilizou 839 habitantes, e Araguainha (MT) totalizou apenas 909 habitantes.

Até a manhã desta sexta-feira (27) a população brasileira já subiu a 213,519 milhões de habitantes, calcula o portal de Projeções e Estimativas da População mantido pelo IBGE.

A população brasileira chegou a 213,3 milhões de pessoas em 1º de julho de 2021, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o Brasil tinha 211,7 milhões de habitantes.

O dado foi publicado na edição de hoje (27) do Diário Oficial da União. O crescimento estimado da população de 2020 para 2021 foi de 0,74%, de acordo com o IBGE.

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A estimativa mostra que os estados mais populosos são: São Paulo (46,65 milhões), Minas Gerais (21,41 milhões) e o Rio de Janeiro (17,46 milhões).

O país tem três estados com menos de 1 milhão de habitantes: Roraima (652,7 mil), Amapá (877,6 mil) e Acre (906,9 mil).

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que havia no Brasil, naquele ano, 17,3 milhões de pessoas de 2 anos ou mais de idade com deficiência em pelo menos uma de suas funções. O número correspondia a 8,4% da população nessa faixa etária. Do total de pessoas com deficiência, 14,4 milhões residiam em domicílios urbanos e 2,9 milhões na área rural; 10,5 milhões eram mulheres e 6,7 milhões, homens; 7,8 milhões eram pardas (8,5%), 7,1 milhões, brancas (8%), e 2,1 milhões, pretas (9,7%).

Por região, o maior percentual de pessoas com deficiência foi encontrado no Nordeste (9,9%), seguido do Sudeste (8,1%), Sul (8%), Norte (7,7%) e Centro-Oeste (7,1%). De acordo com o IBGE, todos os estados da Região Nordeste tiveram percentuais acima da média nacional, com destaque para Sergipe (12,3%).

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A pesquisa foi feita em parceria com o Ministério da Saúde, com base em amostra de 108 mil domicílios. Ela mostra também que 24,8%, ou o equivalente a 8,5 milhões de pessoas com deficiência, estavam no grupo etário de 60 anos ou mais, enquanto 332 crianças (1,5%) se encontravam no grupo de 2 a 9 anos. As entrevistas ocorreram entre os dias 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020, embora a data de referência da pesquisa seja 27 de julho de 2019, segundo o IBGE.

Perda de funções

Por volta dos 40 anos de idade, ocorre aumento significativo no percentual de pessoas com deficiência (32,4%), indicando os primeiros indícios do processo de envelhecimento e, em consequência, alguma perda em suas funções visuais, auditivas, motoras e intelectuais.

Tomando por base o nível de escolarização, a sondagem identificou que nas pessoas com 18 anos ou mais com deficiência, o índice da população com nível superior completo era de 5%, contra 17% das pessoas sem deficiência. Em relação ao ensino médio completo ou superior incompleto em 2019, isso incluía 16,6% da população com deficiência, contra 37,2% das pessoas sem deficiência. Mais de 67% (67,6%) da população com alguma deficiência não tinham instrução ou tinham o ensino fundamental incompleto, percentual menor (30,9%) para as pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas.

Embora a Lei 13.146, em seu Artigo 8º, assegure o direito ao trabalho para as pessoas com deficiência, a PNS 2019 constatou que o nível de ocupação das pessoas de 14 anos ou mais com deficiência foi de apenas 25,4%, contra 57% na população em geral, atingindo até 60,4% nas pessoas sem deficiência em idade para trabalhar. O desnível entre os dois grupos populacionais foi marcante em todas as regiões. A proporção de pessoas com deficiência em domicílios com renda per capita (por indivíduo) de meio a um salário mínimo foi de 10,7%, caindo para 6,3% nos domicílios com rendimento de mais de dois a três salários mínimos; para 5,8% naqueles com rendimento com mais de três a cinco salários mínimos; e para 4,6% nos domicílios que superavam cinco salários mínimos per capita.

Libras

Segundo o IBGE, 3,4% da população com dois anos ou mais de idade declararam ter muita dificuldade ou que não conseguiam enxergar de modo algum, o que correspondia a 6,9 milhões de brasileiros com deficiência visual, sendo de 2,7% na população masculina e de 4% na feminina. No caso da deficiência auditiva, 2,3 milhões de brasileiros com dois anos ou mais de idade declararam ter muita dificuldade ou não ouvir de modo algum, o que constituía 1,1% da população brasileira no período, atingindo homens e mulheres com 1,1%. Do total, 22,4% disseram conhecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A PNS investigou, pela primeira vez, se brasileiros, independentemente de serem pessoas com deficiência, sabiam usar Libras. Percebeu-se que 2,4% da população com cinco anos ou mais, totalizando 4,6 milhões, sabiam usar a língua. As pessoas com deficiência nos membros superiores ou inferiores somavam 4,9% da população em 2019, ou o equivalente a 10,1 milhões. A maior concentração de pessoas com deficiência física era na população fora da força de trabalho (10%),enquanto 1,2% (2,5 milhões de pessoas) apresentavam deficiência mental.

Envelhecimento

O envelhecimento da população foi objeto também da pesquisa do IBGE e Ministério da Saúde, tendo em vista o aumento da expectativa de vida, que passou de 74,9 anos, em 2013, para 76,6 anos, em 2019. As pessoas com 60 anos ou mais foram estimadas, em 2019, em 16,4% da população, atingindo 34,4 milhões, contra 13,2% ou o correspondente a 26,3 milhões, em 2013.

A PNS revela ainda que 9,5% (ou 3,3 milhões) das pessoas de 60 anos ou mais tinham dificuldade para realizar suas atividades diárias, como comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, andar em casa de um cômodo para outro no mesmo andar, deitar-se ou levantar-se da cama sozinho. Todas as grandes regiões apresentaram níveis semelhantes à média nacional. O percentual de mulheres nessas condições (10,6%) superou o dos homens (8,2%).

A pesquisa identificou que quanto mais elevada a idade, maior a proporção de pessoas com limitações, variando de 5,3% para as de 60 a 64 anos, até 18,5% para as de 75 anos ou mais. Sobre o nível de instrução, constatou-se que quanto mais elevado ele era, menor era o indicador investigado: para as pessoas sem instrução, os maiores de 60 anos com limitações representavam 16%; com fundamental incompleto, 9,7%; e com fundamental completo ou mais, 6,3%.

Medicamentos

Outra abordagem se referiu ao uso de medicamentos. A estimativa foi que 75,4% das pessoas de 60 anos ou mais faziam uso regular ou contínuo de algum medicamento receitado por médico. Desse total, 81,1% eram mulheres e 67,8%, homens. Na população parda, o percentual alcançou 72,2%, contra 77,5% e 76% nas populações branca e preta, respectivamente. Os grupos de idade mais avançada registraram percentuais mais elevados (19%) que os de menor idade (3,3%). Por regiões, Norte (61,7%) e Nordeste (72,7%) apresentaram proporções abaixo da média nacional.

A vacina contra a gripe foi tomada por 72,3% das pessoas de 60 anos ou mais de idade nos 12 meses anteriores à data da entrevista. A população de 60 a 64 anos apresentou estimativas mais baixas que as dos demais grupos etários, com um percentual de vacinação de 66,3%, enquanto os grupos de 65 a 74 anos e de 75 anos ou mais registraram adesão de 74,4% e 75,8%, respectivamente. Para as pessoas que disseram não ter tomado a vacina, o principal motivo (41,8%) foi não achar necessário ou raramente ficar gripado, seguido de medo da reação por 19,8%.

Entre os idosos de mais de 60 anos, 15,5% sofreram alguma queda nos 12 meses anteriores à entrevista e 34,6% foram diagnosticados com catarata.

As informações da PNS 2019 serão utilizadas para subsidiar a formulação de políticas públicas nas áreas de promoção, vigilância e atenção à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), devendo seus resultados fomentarem a resposta e o monitoramento de indicadores nacionais e internacionais, informou o IBGE.

As mulheres correspondiam, em 2019, a 52,2% (109,4 milhões) da população residente no Brasil, além de serem maioria entre a população idosa (56,7%). É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS), divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A sondagem foi realizada em parceria com o Ministério da Saúde. Foram entrevistadas mulheres de 15 anos ou mais de idade na pesquisa. Em 2013, o alvo da sondagem foram mulheres a partir de 18 anos de idade.

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Preventivo de câncer

O exame preventivo de câncer de colo de útero, conhecido como Papanicolau, foi feito por 81,3% das mulheres de 25 a 64 anos de idade há menos de três anos da data da entrevista; e em 2013, foram 78,7%. Os maiores percentuais foram encontrados nas regiões Sul (84,8%) e Sudeste (84,1%), enquanto as regiões Norte (79%), Centro-Oeste (78,8%) e Nordeste (76,4%) ficaram abaixo da média nacional.

O percentual nacional foi maior para as mulheres com ensino superior completo (90,4%) do que para o grupo sem instrução até o nível fundamental incompleto (72,5%). Pela análise do rendimento, a pesquisa apurou que o percentual de mulheres que fizeram o exame variou de 72,9% (sem rendimento até um quarto do salário mínimo) até 93,8% (mais de cinco salários mínimos).

Entre as mulheres de 25 a 64 anos de idade, 6,1% revelaram nunca ter feito o exame preventivo, 45,1% declararam não achar necessário, 14,8% disseram não terem sido orientadas a fazer o exame e 13,1% declararam ter vergonha de fazê-lo. Outras 7,3% das entrevistadas afirmaram não ter feito o exame por dificuldades em relação ao serviço de saúde.

Mamografia

Cerca de 58,3% das mulheres de 50 a 69 anos fizeram mamografia há menos de dois anos da data da entrevista, percentual mais alto que o de 2013 (54,3%). Metade destas fez o exame no Sistema Único de Saúde (SUS).

O maior percentual de mulheres que realizaram o exame de mamografia foi encontrado no Sudeste (65,2%), resultado semelhante ao de 2013. Em contrapartida, a PNS constatou que apesar da melhora frente a 2013, nas regiões Norte (43,2%) e Nordeste (49,5%), menos de 50% das mulheres de 50 a 69 anos haviam realizado a mamografia no período de menos de dois anos. O percentual de mulheres dessa faixa etária que fizeram mamografia aumenta conforme a renda é maior: 83,7% para renda acima de cinco salários mínimos, contra 42,9% para mulheres sem rendimento até um quarto do salário mínimo.

Entre as mulheres sexualmente ativas nos últimos 12 meses, de 15 a 49 anos de idade, cerca de 80,5% usavam algum método para evitar gravidez. Dessas, 40,6% usavam pílula como método mais eficaz, 20,4% a camisinha masculina, 17,3% haviam feito laqueadura, 9,8% usavam injeção, 5,6% adotavam a vasectomia do parceiro, 4,4% DIU, 1,2% usavam tabelinha ou outro método anticonceptivo tradicional, como coito interrompido, e 0,6% adotavam outro método moderno, como a camisinha feminina, por exemplo.

As mulheres que disseram querer engravidar ou não se incomodavam de engravidar na faixa etária de 15 a 49 anos de idade somavam, em 2019, percentual de 47,3%.

No Brasil, 4,7 milhões de mulheres de 15 anos ou mais de idade deram à luz entre 29 de julho de 2017 e 27 de julho de 2019. No parto, 87,2% delas foram atendidas por médico(a), 10,4% por enfermeiros(as) e 1% por parteiras. Do total, 98,2% afirmaram ter realizado consulta pré-natal, o que corresponde a 4,6 milhões de gestantes que tiveram consulta pré-natal durante a gravidez, mostrou o IBGE.

Alimentação

A pesquisa investigou também os hábitos alimentares, vacinação e exames neonatais de 4,7 milhões de crianças nascidas entre 29 de julho de 2017 e 27 de julho de 2019, correspondendo, naquele ano, a 2,26% da população menor de 2 anos de idade.

O levantamento mostrou que 27,8% das crianças com idade inferior a 6 meses de idade na data de entrevista, no Brasil, foram alimentadas exclusivamente com leite materno. Apurou ainda que 57,8% das crianças com menos de 2 anos de idade comiam à época biscoitos, bolachas ou bolo; 25% comiam doces, balas ou outros alimentos com açúcar; 11,5% tomavam refrigerante e 16,9% haviam ingerido suco artificial.

O teste do pezinho, usado para detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas nos bebês, realizado por meio da análise de amostras de sangue coletadas do calcanhar da criança, foi efetuado no país, em 2019, por 73% das crianças com menos de 2 anos de idade até o quinto dia após o nascimento. As maiores proporções ocorreram nas regiões Sul (88,5%), Sudeste (83,5%) e Centro-Oeste (78,5%), enquanto as regiões Nordeste (57,7%) e Norte (54,9%) apresentaram proporções abaixo da média nacional. Na área urbana, a proporção foi maior (75,6%) do que na área rural (60,1%).

Segundo a PNS 2019, 64,4% das crianças com menos de 2 anos de idade receberam três doses da vacina pentavalente, que evita tétano, hepatite B, coqueluche, difteria e meningite, e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo B.

Em relação à imunização contra poliomielite, ou paralisia infantil, a PNS estimou que em 2019, 64,2% das crianças com menos de dois anos de idade receberam três doses dessa vacina e 42,7% das crianças com menos de dois anos de idade tinham tomado uma dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Homens

Em 2019, cerca de 64,6% dos homens com 15 anos ou mais de idade já eram pais. A idade média deles, quando o primeiro filho nasceu, era de 25,8 anos. Entre os homens de 15 a 29 anos, o percentual de homens com filho foi de 19%. Na faixa de 30 a 39 anos, o número variou de 67,5% na área urbana a 76,9% na área rural. Já nas faixas de idade de 40 a 59 anos e de 60 anos ou mais, o percentual atingiu 85,3% e 91,4%, respectivamente. Entre os homens com 40 anos ou mais de idade, mais de 80% já haviam tido pelo menos um filho, independente da região onde se encontravam.

O número médio de filhos foi de 1,7 para os homens que tinham 15 anos ou mais de idade em 2019. Esse valor variou segundo a faixa de idade. Entre os homens com 15 a 29 anos, que estão no início da vida reprodutiva, o número médio de filhos foi de 0,3, subindo para 1,3 filho no grupo de 30 a 39 anos. Para os homens de 40 a 59 anos, a média foi de 2,1 filhos tidos, com 2 filhos na área urbana e 2,6 filhos na área rural amplia. Já os homens com 60 anos ou mais, além de apresentarem o maior número médio de filhos (3,6), foram também os que apresentaram a maior diferença entre urbano (3,3) e rural (5).

A PNS perguntou sobre a vontade de ser pai aos homens cuja parceira estava grávida ou o último filho tinha menos de 6 anos. No grupo etário dos 15 aos 34 anos, cerca de 27,3% dos consultados afirmaram que gostariam de ter esperado mais para ter o filho. Entre aqueles com 35 anos ou mais, 10,4% não queriam ter filho ou não queriam ter mais filhos.

As entrevistas para a PNS 2019 foram feitas entre os dias 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020. 

 Pernambuco chegou a 30,63% da população elegível com o esquema vacinal contra a Covid-19 concluído. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) neste sábado (21), um total de 7.320.972 doses de vacinas foram aplicadas no estado, com 2.231.118 pernambucanos com a vacinação completa, dos quais 2.058.447 cidadãos foram contemplados com imunizantes em duas doses e outros 172.671 receberam dose única.

Ao todo, foram aplicadas 5.089.854 primeiras doses no estado, das quais  324.650 foram direcionados para trabalhadores de saúde, 26.147 povos indígenas aldeados; 45.540 em comunidades quilombolas; 7.700 idosos em Instituições de Longa Permanência; 683.153 idosos de 60 a 69 anos; 611.773 idosos de 70 e mais; 2.463 pessoas com deficiência institucionalizadas; 426.025 pessoas com comorbidades; 35.599 pessoas com deficiência permanente; 74.372 gestantes e puérperas; 418.286 trabalhadores de serviços essenciais; 1.935 pessoas em situação de rua; 30.946 pessoas privadas de liberdade, 1.462 adolescentes de 12 a 17 anos de idade, além de 2.399.803 pessoas de 18 a 59 anos.

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Já as segundas doses beneficiaram 272.046 trabalhadores de saúde; 25.974 povos indígenas aldeados; 42.791 em comunidades quilombolas; 5.943 idosos institucionalizados; 570.192 idosos de 60 a 69 anos; 525.766 idosos de 70 e mais; 1.191 pessoas com deficiência institucionalizadas; 195.686 pessoas com comorbidades; 11.440 pessoas com deficiência permanente; 15.221 gestantes e puérperas; 127.691 trabalhadores de serviços essenciais; 666 pessoas em situação de rua; 28.463 pessoas privadas de liberdade; além de 235.377 pessoas de 18 a 59 anos, somando 2.058.447 pernambucanos.

Por sua vez, as vacinas com dose única foram direcionadas para 2.186 idosos de 60 a 69 anos; 564 idosos de 70 anos e mais; 2.502 pessoas com comorbidades; 373 pessoas com deficiência permanente; 12.282 trabalhadores de serviços essenciais; 1.016 pessoas em situação de rua, bem como 153.748 pessoas de 18 a 59 anos.

Novos casos

Neste sábado, Pernambuco registra novos 477 casos da Covid-19, dos quais 58 casos (12%) são graves e 419 (88%) são leves. Também foram registrados mais 25 óbitos causados pelo novo coronavírus. Agora, o estado totaliza 603.534 registros da doença, sendo 19.287 deles fatais.

Dados do Vacinômetro do 'Plano Vacina Recife' escancaram a disparidade na entrega de doses à população preta. Seja pela restrição de pontos de imunização na periferia ou por dificuldades de deslocamento, o recorte racial da campanha expõe uma realidade excludente.

O Recife iniciou o Plano em janeiro deste ano com a missão de garantir a cobertura vacinal para 1.237.614 pessoas aptas a receber as doses. Dessas, apenas 427.776 tomaram as duas ou a dose única da Janssen. Cerca de 34% da população foi protegida.

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O ritmo lento é sentido por todos os recifenses, mas, para os brancos, o imunizante é mais acessível.

A atualização da Secretaria de Saúde (Sesau) na terça-feira (3) mostra que 195.659 caucasianos concluíram o esquema vacinal e 174.410 pardos foram protegidos. No caso dos pretos, só 48.851 foram imunizados.

LeiaJá também: Periferia em depressão e a epidemia dentro da Covid-19

Entre os recifenses que já encerraram o ciclo de vacinas, cerca de 45% são brancos, 40% são pardos e apenas 11% pretos.

O que diz a Prefeitura?

"A Sesau lembra que a informação de raça no cadastro é 'autodeclaratória'", apontou em nota enviada ao LeiaJá.

A gestão apresentou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em que apenas 8,31% da população do Recife se considera preta. Partindo deste resultado, afirmou que 43% desse total completou o esquema até o último dia 28 de julho.

Falta de adesão à campanha

Outra motivação sugerida pela Prefeitura cita o desinteresse de quem se agendou e não compareceu para a aplicação.

"As pessoas que se consideram negras e ainda não completaram o esquema vacinal é porque ainda não estão no prazo para receber a segunda dose ou não compareceram na data agendada", complementou no comunicado.

Antes, o LeiaJá denunciou que apenas dois locais de vacinação foram montados em áreas periféricas. Além da “estratégica” escolha dos centros e drive-thrus, a gestão ressaltou uma parceria com transportes por aplicativos para atender gratuitamente ao público. Contudo, falta transparência sobre a quantidades de corridas realizadas, o que deixa em xeque a eficácia da proposta.

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