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Os primeiros 30 mil filhotes de tracajás, pitiús e tartarugas-da-amazônia da temporada 2020 do Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT) nasceram na Reserva Biológica do Rio Trombetas (Rebio Trombetas). As ações de manejo reprodutivo desses animais são realizadas anualmente na região dos tabuleiros do alto rio Trombetas e no lago Erepecu, município de Oriximiná, no oeste do Pará.

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O PQT é desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN) e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). Também conta com a fundamental parceria de mais de 100 comunitários quilombolas voluntários, totalizando 28 famílias, que trabalham na proteção, manejo e monitoramento de ninhos, ovos e filhotes nos tabuleiros de desova.

Este ano, por vcausa da pandemia, o modelo do programa precisou ser readequado para atender às normas de segurança preventiva das autoridades de saúde O número de praias protegidas (chocadeiras) foi reduzido de 12 para 6. “Houve a necessidade de adaptação das ações, principalmente no que se refere à participação dos comunitários voluntários do programa. Essa redução não afetou o esforço da busca de ninhos e a efetiva proteção dos quelônios. Mantivemos em funcionamento as chocadeiras nas praias protegidas, onde as famílias voluntárias são residentes, evitando que elas tivessem que deslocar suas residências para praias protegidas para não ocorrer aglomeração de famílias diferentes em uma mesma área”, explica Marco Aurélio da Silva, coordenador de pesquisa e monitoramento do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)  Trombetas.

Tradicionalmente, os nascimentos dos filhotes de tartaruga-da-amazônia, tracajá e pitiú ocorrem a partir de novembro até o final de janeiro, dependendo da espécie na região do Tabuleiro e no Lago Erepecu. “Não podemos prever números, mas, apesar dos desafios adicionais impostos pela pandemia, esperamos para a temporada 2020-2021 um número maior de nascimentos do que a média dos últimos anos devido a alterações que realizamos em algumas áreas do PQT que viabilizaram a proteção de um número maior de ninhos desses quelônios”, declara Marco Aurélio.

Os filhotes nascidos nas praias protegidas são mantidos por 10 a 15 dias em cativeiro até serem liberados no ambiente natural para que tenham maior capacidade de fuga dos predadores naturais, aumentando, assim, a chance de sobrevivência dos quelônios no primeiro mês de vida. Durante toda a temporada, os filhotes nascidos são liberados em pontos estratégicos pelos agentes ambientais. Para os eventos de soltura, demonstrativos das atividades do programa no final da temporada, em geral, são reservados os últimos 10 mil filhotes a nascerem no ciclo de 2020.

Os eventos de soltura de grande porte foram suspensos este ano para evitar aglomerações neste período da pandemia. “Teremos apenas pequenas reuniões nas chocadeiras com um número menor de voluntários para fazer uma soltura simbólica com eles. Vamos manter a soltura gradual depois que os filhotes nascidos passarem 15 dias em cativeiro”, afirma Silva.

Todos os voluntários do PQT são das comunidades quilombolas residentes da Reserva Biológica do Rio Trombetas, como Último Quilombo, Nova Esperança do Lago do Erepecu e as comunidades da região dos tabuleiros do alto rio Trombetas, que participam ativamente. O PQT é um dos programas de conservação de fauna mais antigos do Brasil. Iniciado na década de 80, esse programa evitou a extinção das três espécies que são protegidas e soltas anualmente na bacia do rio Trombetas. 

Da agência Temple.

 

Fogo por toda parte, milhares de espécies de fauna e flora dizimadas pelas chamas fora de controle. Depois de outros desastres que impressionaram o mundo nos últimos anos, os incêndios vieram para nos assustar ainda mais, afetando países como Brasil, França, Estados Unidos e Austrália. Naturais ou criminosos, os eventos reacendem a discussão sobre medidas de preservação do meio-ambiente.

Na Austrália, incêndios florestais que começaram em dezembro de 2019 destruíram quase 20 milhões de hectares. Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia já teve uma área de mais de 1,2 milhão de hectares incendiada. Aqui no Brasil, a Amazônia registrou recentemente diversos focos de incêndio, mas o que impressiona é o Pantanal, celeiro de grande diversidade biológica, que já perdeu mais 10% de sua cobertura vegetal apenas em 2020. A seca na região contribui para o aumento dos focos, mas a Polícia Federal trabalha com a hipótese de ação criminosa e investiga propriedades locais. Se comprovado o crime, é preciso haver punição exemplar.

Desde a década de 1930, com a promulgação do primeiro Código Florestal, o Brasil foi evoluindo na questão da preservação ambiental e chegou a ganhar papel de liderança em fóruns internacionais, como na Convenção da Diversidade Biológica que foi assinada durante a ECO-92. Apesar de todos os esforços e melhorias, as políticas públicas ainda não eram capazes de combater as queimadas criminosas, nem mesmo os incêndios espontâneos decorrentes do calor e da seca – estes, sazonais.

Nos últimos dois anos, no entanto, o Ministério do Meio Ambiente perdeu atribuições, reduziu participação da sociedade civil e flexibilizou a fiscalização ambiental. O reflexo é sentido agora: milhões de animais e plantas carbonizados, perda irreparável para o bioma. As suspeitas de que alguns focos tenham começado por iniciativa criminosa acende uma luz de alerta, ressaltando a importância do controle da atividade agropecuária de forma que economia e meio ambiente se desenvolvam concomitantemente. É preciso agir. Os esforços públicos existem, é verdade, mas ainda aquém do necessário – devemos reconhecer que não é fácil controlar uma crise sanitária e uma ambiental ao mesmo tempo.

O agronegócio brasileiro é um dos setores mais fortes de nossa economia e, como tal, deve ser valorizado e desenvolvido. O que não significa, na contramão, destruir a natureza. Por vezes, a ganância imediatista turva uma visão de futuro, de que precisamos deixar um Brasil sustentável para as próximas gerações. Técnicas de manejo sustentável, com legislações fortes e fiscalização bem feita se fazem, cada vez mais, condições para que possamos manter um país “bonito por natureza”, como canta Ben Jor. Queimar a mata é queimar nosso futuro.

O presidente Jair Bolsonaro disse, durante evento de lançamento do Plano Safra 2020/21, que o Brasil é o que mais preserva o meio ambiente. "O Brasil é o País que mais preserva o meio ambiente de todos", disse. "Nós somos um exemplo na questão ambiental", disse ele ao lado dos seus ministros. Bolsonaro afirmou que o Brasil usa apenas 8% do seu território para a produção de alimentos, enquanto outras nações usam mais.

Mesmo com uma operação do Exército em vigor na Amazônia desde o início de maio e com uma decisão da Justiça para que os órgãos ambientais combatam o desmatamento, os crimes ambientais continuam em disparada na região. Os alertas feitos pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam a perda de 828,97 km? no mês de maio, alta de 12,24% em relação a maio do ano passado, quando os alertas apontaram desmate de 738,56 km?.

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"Nosso vice-presidente General Mourão teve uma ideia excelente que foi a criação do Conselho da Amazônia. Para evitar que aquilo que é discutido lá fora de forma cruel, muitas vezes, e de forma não verdadeira seja", disse. "No passado tinham interesse na Amazônia, hoje outros países têm interesse em todo nosso País e devemos sim nos preocupar cada vez mais com isso", afirmou.

Bolsonaro também fez elogios ao setor, um dos apoiadores de primeira hora de sua campanha ao Palácio do Planalto, e disse que o homem do campo é um exemplo de trabalhador. "Trabalha de segunda a domingo, 24 horas por dia. Não reclama de absolutamente nada", disse. O presidente afirmou saber como é essa vida e que já precisou plantar muito arroz.

O presidente fez ainda uma homenagem ao ex-presidente Médici, pela criação da Embrapa, e elogiou a atuação de seus ministros, principalmente, em missões outros países."Hoje, colhemos o que foi plantado lá fora. Assim é a agricultura, você só pode colher o que você planta", disse. "O que nos plantamos hoje na política colhemos amanhã, prezado Ronaldo Caiado, você que é um governador de um grande Estado (Goiás) e seu Estado ganhou mais um degrau no tocante à produção de grãos no Brasil. Parabéns a você que é uma grande referência para nós nessa e outras áreas", disse se dirigindo ao governador goiano, que acompanhava o evento.

Quatro coalas adultos e um filhote foram reintroduzidos na natureza na Austrália. Eles se recuperavam dos incêndios que devastaram parte do país entre o meio do ano passado e o início deste ano. Agora, os animais fazem parte do Parque Nacional Kanangra-Boyd, localizado em Nova Gales do Sul. 

“Estamos felizes em finalmente enviar nossos coalas para casa. Estamos avaliando a área queimada de onde os resgatamos, para estabelecer quando as condições terão melhorado o suficiente para que as árvores possam sustentá-los novamente”, disse Kellie Leigh, diretora executiva da Science for Wildlife, ONG que fez o trabalho de recuperação dos animais, junto com a San Diego Zoo Global. 

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De acordo com os envolvidos nos resgates, outros 13 coalas estão sendo preparados para a reintrodução e deverão ser entregues ao parque nos próximos dias. “As chuvas recentes ajudaram e agora há muito crescimento para eles comerem, então é a hora certa”, concluiu Kellie. 

Considerada uma das maiores escritoras da literatura brasileira, Clarice Lispector completaria 100 anos em 2020. Nascida na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920, a autora passou sua infância, entre 1925 e 1934, no Recife, após sua família deixar o país europeu devido à perseguição antissemita. Recife está presente em muitos textos da escritora. Entretanto, a oportunidade única da capital pernambucana servir de moradia para tão cultuada figura parece não ser muito valorizada. O imóvel em que a escritora viveu é hoje um retrato do abandono e do descaso.

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A edificação de três pavimentos está localizada na esquina da Travessa do Veras com a Rua do Aragão, em frente à Praça Maciel Pinheiro, no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Com traços coloniais, o prédio tem idade estipulada em 150 a 180 anos. Em ruínas, o imóvel está vandalizado, com buracos no telhado e portas vedadas com gesso. O piso superior não existe mais e a calçada serve de depósito de garrafões de água.

Duas placas turísticas desgastadas lembram que ali viveu a escritora. Uma intervenção artística colou uma imagem da ucraniana na parede lateral. São os poucos vestígios que associam o endereço a Clarice. 

O sobrado é propriedade da Santa Casa de Misericórdia do Recife, que busca transformar o local em um ponto de atividades culturais, mas diz não ter dinheiro para a reforma. A organização civil contratou uma arquiteta para desenvolver um projeto e, a partir daí, conseguir linhas de crédito para fazer a obra. O contrato é de risco, ou seja, a arquiteta só receberá pelo serviço caso haja o financiamento. 

“O projeto se preocupa com o restauro e a reforma da edificação para que possa ser ocupada e usada”, resume Lia Rafael dos Santos, arquiteta contratada pela Santa Casa. Para definir o uso do prédio seria necessário um projeto cultural específico. A arquiteta imagina a operação de uma livraria no térreo e a realização de atividades culturais literárias, como oficinas, nos dois pisos superiores. O objetivo é que o sobrado tenha as mesmas características de quando Clarice Lispector viveu no Recife. Não há intenção de transformar a construção em museu.

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Lia conta que o sobrado já havia sofrido várias alterações quando Clarice foi morar no local. “Pelo que a gente levantou da história, antes era um sobrado unifamiliar e a parte de baixo era comercial. Os dois pavimentos superiores eram moradia de uma família. Ele passou a ser alugado para mais de uma família e foi subdividido para morar várias pessoas”, explica. O térreo do casarão era ocupado como um ponto comercial até 2008. Em 2013, há registro de invasão, ocasião em que foram furtados vários elementos do local.

O valor da reforma está orçado em cerca de R$ 2 milhões. Após aprovação na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a Santa Casa tentará inseri-lo em editais, como o da Lei Rouanet. O imóvel também não é tombado. O processo de tombamento se arrasta desde 2017 e está em fase de análise física. A Fundarpe prevê que todo o processo seja concluído até o final do primeiro semestre deste ano.

Clarice no Recife

Foi no Recife, quando vivia no sobrado, que Clarice Lispector aprendeu a ler. No Grupo Escolar João Barbalho, no bairro da Boa Vista, a autora tinha entre seus amigos de sala de aula Leopoldo Nachbin, que viria a se tornar um relevante matemático brasileiro e é citado na crônica “As grandes punições”, escrita por ela na década de 60. 

No texto “banhos de mar”, ela relata o prazer que tinha em tomar banho nas águas de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). A família saía de casa de madrugada, em jejum, e pegava o bonde ainda com o céu escuro. 

Ela costumava roubar rosas e pitangas, como narra em “Cem Anos de Perdão”. E apreciava o Carnaval da escada do sobrado. Foi na rua, diante do sobrado onde morava, que Clarice esqueceu um pouco da crítica saúde da mãe, que sofria de paralisia progressiva, enquanto um garoto enchia seus cabelos de confete e sorria para ela, como narra em “Restos de Carnaval”.

A criança estudou no tradicional Ginásio Pernambucano e teve aula com famosos professores, como Agamenon Magalhães, de geografia, e Olívio Montenegro, de história. Clarice se mudou do Recife para o Rio de Janeiro aos 12 anos. 

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Líderes de países sul-americanos vão se reunir no dia 6 de setembro para discutir uma política única de preservação da Amazônia e de exploração sustentável da região. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o encontro deve ocorrer em Leticia, cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil em Tabatinga, no Amazonas.

Bolsonaro recebeu hoje (28), no Palácio da Alvorada, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, para tratar de questões ambientais e conversar sobre a participação do chileno, como convidado, na reunião do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) na segunda-feira (26), em Biarritz, na França.

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“Eu havia solicitado por ele alguns dias antes, assim como outros chefes de Estado, que levasse a palavra do Brasil sobre o momento que estávamos vivendo [de queimadas na Amazônia]. E ele, com muita maestria, muito companheirismo, levou nossa posição de forma individual a todos os integrantes do G7. O que nós mais queremos é restabelecer a verdade sobre o que está acontecendo na Amazônia”, disse Bolsonaro após o encontro.

O presidente chileno destacou que a Amazônia compreende quase a metade das florestas tropicais do mundo e captura um quarto do carbono que se emite no mundo, mas afirmou que a soberania dos nove países amazônicos deve ser reconhecida e respeitada. “São eles os principais interessados e responsáveis em cuidar e proteger as florestas e a biodiversidade. Mas todos os demais países do mundo querem colaborar para poder proteger melhor a Amazônia”, disse.

O Chile vai enviar ao Brasil quatro aviões especializados no combate ao fogo. “E estamos convidando outros países que queiram também fazer uma contribuição para que Brasil e os demais países amazônicos, quando requererem, possam utilizar a colaboração de outros países”, disse Piñera.

Ajuda internacional

O presidente brasileiro voltou a citar declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, e lamentou a “péssima imagem [do Brasil] que foi potencializada pelo senhor Macron”. “Houve um aproveitamento por parte do presidente Macron, para se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa, única e exclusiva, interessada em defender o meio ambiente. Essa bandeira não é dele, é nossa, é do Chile, é de muitos países no mundo.”

Atual presidente do G7, Macron declarou que os incêndios na Amazônia são uma emergência global e disse que pode não ratificar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia devido às “mentiras” do presidente Bolsonaro quanto ao seu real comprometimento contra as mudanças climáticas e à preservação ambiental. O presidente francês também levantou a possibilidade de construir um novo direito internacional para o meio ambiente e estabelecer um status internacional para a Amazônia.

Os líderes dos países do G7 concordaram em liberar US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) para ajudar a conter as queimadas na Amazônia, sendo a maior parte do dinheiro para o envio de aeronaves de combate a incêndios florestais.

Para Sebastián Piñera, esse esforço de US$ 20 milhões pode crescer com contribuições bilaterais de cooperação ambiental. “Cada país sabe qual colaboração quer receber e qual não quer receber”, disse. “Se algum país quiser colaborar, respeitando a soberania do Brasil e o Brasil crê que essa ajuda é útil, muitos países estão dispostos a colaborar."

O presidente Jair Bolsonaro afirmou novamente que as doações que o Brasil recebia de países como a Alemanha e Noruega, para projetos de preservação ambiental, eram formas de “comprar a Amazônia à prestação” e ferir a soberania nacional no controle da região. “Quando vocês olham para o tamanho do Brasil, a oitava economia do mundo, parece que US$ 20 milhões é o nosso preço, o Brasil não tem preço, US$ 20 milhões ou US$ 20 trilhões é a mesma coisa para nós. Qualquer ajuda, como disse o Piñera, de forma bilateral, podemos aceitar."

Bolsonaro voltou a condicionar o recebimento dos recursos do G7 a um pedido de desculpas do presidente francês. “Somente após ele se retratar do que falou no tocante a minha pessoa, que representa o Brasil como presidente eleito, e bem como ao espírito patriótico do nosso povo, que não aceita relativizar a soberania da Amazônia, em havendo isso aí, sem problema nenhum, voltamos a conversar [sobre as doações]."

Nota conjunta

Após o encontro no Palácio da Alvorada, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma declaração conjunta em que os presidentes reafirmam seu compromisso de aprofundar a cooperação e a coordenação entre Brasil e Chile em todas as áreas e de abrir a integração na América do Sul, com base na liberdade política e econômica.

Ambos concordam em buscar formas de cooperação bilateral e apoio financeiro internacional para contribuir com a proteção das florestas tropicais da Amazônia, que sejam compatíveis com as políticas nacionais e complementares aos mecanismos multilaterais.

“Reiteraram o direito ao desenvolvimento sustentável dos países e o direito de cada país ao uso racional e sustentável de seus recursos naturais, em harmonia com suas obrigações ambientais e com as necessidades de seus cidadãos, incluindo suas populações indígenas. Enfatizaram que as questões ambientais devem ser abordadas com base em conhecimento e evidência científica”, diz a nota.

De acordo com o Itamaraty, o presidente Bolsonaro reiterou sua disposição de colaborar com a presidência chilena no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2019 (COP25), que será ralizada em Santiago, de 2 a 13 de dezembro, para assegurar que os instrumentos de financiamento existentes sejam implementados adequadamente.

O líder indígena Raoni, figura da luta contra o desmatamento da Amazônia, reuniu-se nesta segunda-feira à tarde com o presidente francês, Emmanuel Macron, conforme anunciou em entrevista coletiva em Biarritz ao fim do G7.

"Falei com o presidente Macron sobre muitos temas e tivemos uma boa conversa", disse. "Pedi ao presidente Macron que nos ajude a preservar nossas terras".

"Ele vai convencer os chefes de Estado a ajudarem a Amazônia com os incêndios e o estado crítico da floresta", acrescentou o cacique caiapó, de 89 anos.

Reunido em Biarritz, sudoeste da França, o G7 prometeu, na segunda-feira, uma ajuda de 20 milhões de dólares e o envio de aviões-tanque para combater os incêndios na Amazônia.

Além disso, o G7 acordou um plano de ajuda destinado ao reflorestamento, que será apresentado na Assembleia Geral da ONU, no fim de setembro.

"As florestas e as terras do Brasil ajudam todo o planeta a viver", informou Raoni Metuktire, defensor incansável dos direitos das comunidades indígenas.

De acordo com o cacique, o presidente Jair Bolsonaro "incitou agricultores e empresas mineradoras a incendiarem a Amazônia".

Na sexta-feira, em entrevista à AFP, Raoni pediu ajuda da comunidade internacional para fazer pressão e "tirar o Bolsonaro".

Em 7 de setembro, Raoni participará no Climax, reunião alternativa em Bordeaux, na França, com foco na Floresta Amazônica.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que parlamentares ligados ao agronegócio e ao meio ambiente vão se reunir nesta semana para apresentar uma lista de projetos de consenso entre as duas áreas para demonstrar a importância do Parlamento na preservação ambiental.

Segundo Maia, o coordenador da Frente Agropecuária, deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e o presidente da comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), vão apresentar propostas para serem votadas nas próximas semanas pelo Plenário da Câmara. Maia concedeu coletiva em São Paulo nesta segunda-feira(26).

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“Queremos dar uma sinalização clara do Parlamento de que todos estão juntos na  preservação da região amazônica”, afirmou Rodrigo Maia.

O presidente da Câmara disse ainda que pautas polêmicas, como as novas regras para o licenciamento ambiental, não devem ser votadas de imediato, mesmo sendo importantes. Segundo Rodrigo Maia, neste momento é importante trabalhar projetos que gerem unidade no Plenário.

“Tudo o que gerar polemica agora não vamos pautar, mesmo tendo clareza que um projeto é importante e não avance nenhuma flexibilização no nosso meio ambiente. Se no momento o projeto pode gerar polêmica e distorções de narrativas, é melhor deixar para depois”, argumentou o presidente.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, anunciou a suspensão do pagamento de R$133 milhões ao Fundo Amazônia.

Desde a criação do Fundo, a Noruega já contribuiu com cerca de R$ 3,69 bilhões, sendo responsável por quase 95% dos recursos da iniciativa. Os repasses variam de acordo com a área desmatada.

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"Isso é muito sério para toda a luta pelo clima. A Amazônia é o pulmão do mundo e todos nós dependemos inteiramente da proteção da floresta tropical lá. Não há cenários para atingir as metas climáticas sem a Amazônia", declarou o ministro para o jornal Dagens Næringsliv.

A suspensão dos recursos foi uma resposta às mudanças realizadas pelo atual governo brasileiro no Comitê Orientador do Fundo Amazônia.

"O Brasil rompeu o acordo com a Noruega e a Alemanha desde que o país fechou a diretoria do Fundo Amazônia e o Comitê Técnico", declarou Elvestuen.

"O que o Brasil fez mostra que ele não quer mais conter o desmatamento", acrescentou o ministro.

O governo brasileiro pretende utilizar parte dos recursos do Fundo para indenizar ruralistas por desapropriações de terras. A notícia repercutiu mal na Noruega e na Alemanha, que também participa da iniciativa.

A Alemanha, inclusive, também anunciou a suspensão do financiamento ao Fundo Amazônia.

O governo de Jair Bolsonaro, por outro lado, afirmou não precisar do dinheiro do país europeu.

Da Sputnik Brasil

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ao Broadcast/Estadão que a pasta irá apresentar "em breve" uma estratégia para tratar da preservação da Amazônia. Ele afirmou que a medida irá contemplar "formalizações, regularizações, regulação e ações de fiscalização, além de um modelo de pagamento por serviços ambientais". Segundo Salles, se a Alemanha desejar, poderá "ajudar".

A Alemanha decidiu suspender o apoio financeiro dado a projetos de conservação florestal e biodiversidade na Amazônia, disse a ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, em entrevista concedida ao jornal Tagesspiegel. Mais cedo, ao ser perguntado sobre a suspensão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (11) que a Alemanha "vai deixar de comprar à prestação a Amazônia". "Pode fazer bom uso dessa grana, no Brasil não precisa disso", afirmou.

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Em julho, o 'Estado' mostrou que o governo da Alemanha havia decidido reter uma nova doação de 35 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 151 milhões para o fundo Amazônia. O país já repassou R$ 193 milhões para o programa. Salles sustenta que este valor retido é o mesmo anunciado pela ministra alemã. A entrevista para o jornal Tagesspiegel foi publicada neste sábado (10).

Segundo a Deutsche Welle, a suspensão de projetos atinge somente o financiamento do Ministério do Meio Ambiente em Berlim. Os investimentos no Fundo Amazônia, por outro lado, seriam viabilizados pelo ministério alemão da Cooperação Econômica.

Reportagem do 'Estado' neste domingo mostrou que, após a decisão do governo federal de paralisar as ações do Fundo Amazônia, sob a justificativa de que teria encontrado supostas irregularidades na condução do programa pelo BNDES, os maiores Estados da Região Norte passaram a buscar parcerias diretas com doadores internacionais para financiar ações de combate ao desmatamento. Há consenso de que a devastação avança e que faltam recursos para fiscalizar e proteger a floresta.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a defender a necessidade de reestruturação do Fundo Amazônia, o maior projeto de cooperação internacional para preservação da área florestal de cerca de 4,1 milhões de quilômetros quadrados (km2).

Entre as medidas propostas por Salles, está a reestruturação do “sistema de funcionamento” do fundo por meio da revisão da composição e do funcionamento do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa). O órgão, que reúne representantes dos governos federal, dos nove estados da Amazônia Legal e de seis entidades da sociedade civil, é responsável pelo estabelecimento das diretrizes e dos critérios para aplicação dos recursos do Fundo Amazônia, bem como pelo acompanhamento da aplicação dos recursos. A Amazônia Legal abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte de Mato Grosso, do Tocantins e Maranhão.

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“Entendemos que o grupo gestor dos recursos tem que participar não só da escolha dos projetos de maneira mais ativa, mas também da execução e do acompanhamento dos resultados. É para isso que se pretende alterar a forma de trabalho do Comitê Orientador do Fundo Amazônia”, disse Salles, ao participar, na manhã de hoje (7), de audiência pública na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, a proposta do governo é transformar o Cofa em um “grupo orientador”, de caráter consultivo. “Sob sua orientação haveria um grupo executivo, com cerca de sete representantes que, no máximo a cada dois meses, acompanharia a escolha, a execução e os resultados da aplicação dos recursos do fundo”, explicou Salles, classificando de “fundamental” a mudança de concepção para permitir a verificação dos resultados dos projetos executados com recursos do fundo.

De acordo com Salles, cerca de R$ 3,4 bilhões já foram doados ao fundo criado em 2008, por meio do Decreto n° 6.527 . Os principais doadores são a Noruega (cerca de R$ 3,2 bilhões) e a Alemanha (R$ 200 milhões). O dinheiro é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao qual compete destinar ao fundo o valor das doações recebidas em espécie.

Legalmente, os recursos devem ser usados na “realização de aplicações não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal”. O que envolve atividades tais como a gestão de florestas públicas e de áreas protegidas; o controle, monitoramento e fiscalização ambiental; manejo florestal sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação; realização de Zoneamento Ecológico e Econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária; conservação e uso sustentável da biodiversidade e recuperação de áreas desmatadas.

“Indagamos se estamos atingindo os objetivos almejados pelo fundo”, questionou o ministro, ao explicar as origens da polêmica envolvendo suas recentes declarações a respeito do fundo – em maio, Salles chegou a declarar que havia indícios de irregularidades na gestão e execução dos projetos patrocinados pelo Fundo. As declarações motivaram os representantes da Noruega e da Alemanha a pedirem uma reunião com o ministro para tratar da manutenção do fundo.

Durante a audiência pública, Ricardo Salles afirmou que os próprios técnicos do BNDES já reconheceram problemas. “Verificamos, em uma primeira análise [de parte dos contratos], uma deficiência muito grande, para não dizer absoluta, de instrumentos de mensuração de resultados da aplicação do dinheiro e da prestação de contas das despesas”, disse o ministro, detalhando que, dos cerca de R$ 3,4 bilhões destinados ao fundo, 50% já foram empenhados – metade para projetos de estados e prefeituras, metade para os desenvolvidos por entidades do terceiro setor, totalizando 104 dos contratos assinados desde a criação do fundo.

Doações

Salles considerou inexpressivos os cerca de R$ 3,4 bilhões doados ao Fundo da Amazônia, “diante das necessidades de uma região tão grande”. Segundo o ministro, o fundo só deve ser analisado do ponto de vista dos interesses brasileiros. “Se não for assim, não estamos falando de doações, e sim de colocação condicionada de recursos. O que não me parece ser o caso”, disse Salles, reiterando que cabe ao Brasil decidir o “modelo de desenvolvimento que se pretende para a região”.

“O grande doador do Fundo, a Noruega, explora petróleo no Círculo Polar Ártico, uma área sensível. E, ao mesmo tempo, fomenta com recursos entidades, ONGS [organizações não governamentais] que vedam completamente o debate sobre a exploração de recursos naturais na Amazônia. Veja que contradição”, afirmou Salles.

O ministro defendeu ainda a busca do equilíbrio e disse que é preciso buscar a sustentabilidade econômica da Amazônia. Ele criticou a “visão de congelamento absoluto” da Amazônia, que dificulta “toda e qualquer atividade de exploração sustentável dos recursos naturais” da região.

 

O Brasil não tem muito o que comemorar no Dia da Preservação das Florestas. Segundo o boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) publicado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma área de 3.767 quilômetros quadrados da Amazônia Legal foi desmatada. O estudo mostra um aumento de 4% na área desmatada no mês de junho de 2019, em relação a junho de 2018.

Em 2018, a destruição das florestas totalizou 40 quilômetros quadrados, enquanto no mês passado 49 quilômetros quadrados de desmatamento foram registrados. A remoção da floresta nativa foi feita, em sua maioria, em áreas privadas ou em áreas que não foram destinadas pelo governo federal. Os demais registros da devastação foram em assentamentos (26%), unidades de conservação (13%) e terras indígenas (5%).

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A devastação se expande por áreas que deveriam estar protegidas como unidades de conservação, assentamentos e terras indígenas, que estão entre os pontos mais desmataoas da região. Segundo o SAD, nos estados pertencentes à área da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão) o Amazonas lidera o ranking do desmatamento, com 30% do total desmatado. O Pará vem em segundo com 26%, seguido por Rondônia que tem 19%. Os dados ainda apontam que o Mato Grosso tem 17%, o Acre 5% além de Roraima, Tocantins e Amapá com 1% cada.

 

"Isto é uma árvore", aponta Marcelo Grillo para a terra. Melhor dizendo: para uma planta 20 centímetros acima do solo. "As pessoas são muito ansiosas. Dizem 'Ih, árvore demora muito a crescer'. Eu não gostaria que meu filho já nascesse com 20 anos. Qual é a graça? Gosto de ver crescendo."

De pequenas árvores em pequenas árvores plantadas por ele, passaram-se 30 anos. E foi assim que o paulistano Marcelo Grillo, músico e consultor de tecnologia da informação de 60 anos, criou uma floresta particular na beira da Represa Jaguari/Jacareí do Sistema Cantareira, em um terreno de seis hectares em Joanópolis, a 122 quilômetros de São Paulo. Ali estão densas árvores de 250 espécies - a maioria nativa - em cinco hectares que ele cuida com a ajuda somente de um caseiro.

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A maioria delas foi plantada por ele mais de 25 anos atrás e hoje forma copas adensadas, criando um pulmão verde na propriedade com resquícios de Mata Atlântica. O reflorestamento contaminou positivamente os donos de sítios do entorno da propriedade de Grillo. Com os terrenos de pelo menos outros quatro vizinhos, que também gostavam de meio ambiente, a mobilização criou um corredor ecológico, que transformou a paisagem da região, anteriormente tomada por gado em seus pastos.

No Dia Internacional das Florestas, instituído em 2012, o jornal O Estado de S. Paulo conta a história de vizinhos que, juntos, estão reflorestando quase artesanalmente a região ao norte de São Paulo.

O conhecimento de Grillo se consolidou no contato direto com a natureza. Após estudar o comportamento das árvores nativas por conta própria, passou a cultivar milhares de mudas no viveiro que hoje doa - ou vende, a depender da quantidade - aos moradores de sítios próximos, de quem ficou amigo. "Eu nasci para ter uma floresta. É a minha missão na Terra", crava.

"Meu pai cortou muitas árvores por aqui para a passagem das estradas. Naquela época, achávamos que a mata nunca ia acabar. E agora sabemos que pode acabar, sim. Depois do Mig (como é conhecido Grillo entre amigos), que me ensinou tanto, passei a reflorestar em vez de criar gado. Estamos fazendo várias pessoas mudarem de ideia", diz a agricultora Daisy Takasawa, de 58 anos, nascida e criada em Joanópolis.

Desde 1985, ela mora em um sítio vizinho ao de Grillo, mas somente no ano passado começou a plantar mudas de árvores nativas no local.

Outro vizinho também engajado nas questões ambientais, o engenheiro e administrador de empresas Francisco de Cunto, de 60 anos, está na região há 11 anos. Ele estima que, juntando os sítios, pelo menos 100 mil árvores foram plantadas nos últimos sete anos na região de Joanópolis. "Os resultados foram surpreendentemente rápidos. Não são meus filhos que vão ver. Eu já estou vendo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir da próxima segunda-feira (11), a exposição fotográfica ‘Desvendando a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guadalupe’, localizado no litoral sul de Pernambuco, aporta no shopping RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.

A mostra itinerante é composta por 40 imagens que retratam a beleza da APA de Guadalupe, que abrange partes dos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e Barreiros. Alunos de escolas públicas localizadas do litoral sul do Estado fizeram 27 fotografias, as outras 13 imagens foram produzidas pelos fotógrafos Synara Dantas e Arnaldo Vitorino.

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A exposição faz parte de um projeto socioambiental realizado pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e desenvolvidos pela Associação Águas do Nordeste (ANE) e já passou por Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros e Cabo de Santo Agostinho. No Recife, a mostra fica aberta até o dia 15 de março na área de eventos do mall.

Serviço

Exposição Fotográfica Itinerante Desvendando a APA de Guadalupe

11 a 15 de março | 9h às 21h

Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251-Pina)

Um programa de engenharia para preservar o aumento do nível das águas subterrâneas em uma série de catacumbas de 2.000 anos foi lançado neste domingo (3), em Alexandria, pelas autoridades.

O projeto, realizado com a ajuda da Agência americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), havia começado em novembro de 2017 para equipar o local com seis bombas de drenagem.

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Usadas entre os séculos I e IV da Era Cristã, as catacumbas de Kom el-Shuqafa foram descobertas em 1900 e são consideradas as mais famosas e importantes de Alexandria.

A mistura dos estilos egípcio, grego e romano compõem um conjunto de três tumbas subterrâneas esculpidas em calcário, onde eram sepultados os membros das famílias ricas da época.

"Este é um programa único, que combina arqueologia e engenharia", explicou Thomas Nichols, engenheiro consultor envolvido no projeto.

Em 1985, as autoridades egípcias lançaram um programa de drenagem das águas subterrâneas através de um sistema permanente de bombeamento.

Em 2015, a USAID concordou em financiar o programa de modernização. "Em seguida, pedimos o lançamento de um novo projeto em Kom el-Shuqafa para acabar com o problema das águas subterrâneas que ameaçam a zona há mais de 100 anos", disse o ministro da área de arqueologia egípcia, Khaled el-Anani.

Vários sítios arqueológicos egípcios estão ameaçados pelo aumento das águas subterrâneas, que debilitam a sua fundação, incluindo o Templo de Karnak, em Luxor, e a Esfinge de Gizé.

O aumento no nível de água subterrânea está ligado a vários fatores, incluindo um ambicioso sistema de irrigação, urbanização, vazamentos de esgoto, o aumento do nível do mar devido às alterações climáticas ou barragens artificiais.

Este projeto é "um exemplo do apoio dos Estados Unidos ao governo egípcio para preservar seu patrimônio cultural", disse Tom Goldberger, encarregado de negócios da embaixada americana no Cairo.

Segundo ele, Washington dedicou "mais de 100 milhões de dólares" a essa área "nas últimas décadas". O Egito intensificou recentemente a sua comunicação em torno das novas descobertas arqueológicas e projetos de restauração de locais antigos, em especial para reativar o setor do turismo, em dificuldade desde os protestos populares de 2011.

As autoridades indianas multiplicaram por cinco o preço da entrada no Taj Mahal para os visitantes locais, visando limitar o número de turistas e reduzir os danos causados ao monumento turístico mais importante da Índia.

O ingresso "tudo incluído" para o Taj Mahal, mausoleu construído no século XVII pelo imperador mongol Shah Jahan em memória de sua esposa Mumtaz Maha, passou de 50 rupias (0,70 dólar) para 250 rupias (3,50 dólares) para os turistas indianos, a maioria entre os cerca de 15 mil visitantes diários ao palácio .

O ingresso para turistas estrangeiros ao palácio de mármore branco da cidade de Agra, no norte da Índia, subiu de 16 para 19 dólares.

"Queremos que as pessoas paguem mais para limitar a frequência", explicou à AFP um membro do Serviço de Arqueologia da Índia, o órgão governamental responsável pela manutenção do monumento, visitado por cerca de 6,5 milhões de pessoas em 2016.

"Isto reduzirá o número de visitantes ao Taj Mahal em entre 15% e 20%, além de gerar os recursos necessários para sua conservação".

As áreas de vegetação nativa preservadas por agricultores, pecuaristas, silvicultores e extrativistas somam 25% do território brasileiro e equivalem a R$ 3,1 trilhões em patrimônio imobilizado, mostra um mapeamento inédito feito pela Embrapa. "Sabia-se que havia uma contribuição dos agricultores na preservação, porém os números dessa participação eram desconhecidos", afirma Evaristo de Miranda, chefe-geral da Embrapa Territorial. "Mapeamos os dados do Brasil inteiro e constatamos que não há país do mundo no qual o setor agrícola dedique tanto patrimônio e recursos à preservação do meio ambiente."

O levantamento foi possível graças ao Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), o registro público obrigatório de todos os imóveis rurais, que identificou as áreas de preservação permanente, de uso restrito, reservas legais, remanescentes de florestas e outras formas de vegetação nativa. A partir desse cadastro, a expectativa do governo é aumentar controles, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e o combate ao desmatamento. "Ao registrar o CAR, o produtor fez uma espécie de imposto de renda no qual, além de declarar seu 'apartamento', foi obrigado a detalhar seus limites, a documentar a planta do imóvel e a disposição dos móveis, com o compromisso de não mexer mais neles", diz Miranda.

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Até janeiro, 4,8 milhões de produtores haviam feito seu cadastro, o equivalente a 94% dos imóveis registrados no Censo Agropecuário de 2006. A base de dados foi construída sobre imagens de satélite. "A precisão é impressionante: com um zoom, é possível verificar onde estão as nascentes, a extensão e a largura dos rios e riachos, os tipos de vegetação, as áreas de preservação excedentes", diz.

Monitoramento

O trabalho da Embrapa não analisou, nem fiscalizou a qualidade dessa preservação. Aliás, segundo o Prodes, o programa que acompanha o desmatamento da Amazônia e demais biomas e é monitorado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), quase metade do cerrado brasileiro foi desmatado e é hoje ocupado por atividades ligadas ao agronegócio. O Prodes mostra a evolução desse avanço ano a ano: só em 2017, 7,5 mil km ² foram desmatados na região. Na Amazônia, 62% das terras abertas estão sendo usadas pela pecuária e 6% pela agricultura. "Percebe-se, ao longo dos anos, que existe um avanço do desmatamento em direção à região Norte do cerrado", diz Claudio Almeida, coordenador do Prodes.

Essa expansão foi constatada também no trabalho da Embrapa. O número de imóveis rurais cadastrados no SiCAR na região Norte superou o que havia sido identificado pelo Censo Agrícola em 35%. Já a área aumentou em 240% no período. Só no Amazonas, o salto da área foi de 801%. Há duas explicações: A primeira é que o CAR considera em sua base também as reservas extrativistas, regiões enormes e com grande presença no Norte, não contabilizadas no censo. Outra é que agricultores com condições precárias de posse usaram o cadastro para tentar formalizar suas ocupações, mesmo com o fato de o documento não valer para regularização fundiária.

A Embrapa calculou a receita que o agronegócio teria, caso as reservas legais fossem exploradas. "A intenção não é aumentar o desmatamento, mas medir a contribuição financeira do agronegócio para a preservação", diz Miranda. Se as reservas legais fossem usadas para a produção de milho, uma cultura presente em todo o País, a receita obtida seria de R$ 6 bilhões no ano, com a geração de 74 mil empregos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Joaquim de Lima/Divulgação

A exposição fotográfica “Olhares da Mata” chega ao Recife nesta segunda-feira (30). A mostra reúne 40 imagens do Parque Estadual Mata da Pimenteira produzidas por jovens de Serra Talhada e pelo fotógrafo e educador Daniel Meirinho. A abertura será realizada às 18h, no Centro Cultural Correios, com acesso gratuito.

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A exposição fotográfica faz parte de um processo educativo que tem o objetivo de contribuir para a conservação e a interação sustentável da sociedade com a Mata da Pimenteira,  localizada no município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú de Pernambuco.

A iniciativa integra o projeto de educação ambiental “Olhares da Mata”, realizado pela Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH, em colaboração com a organização não-governamental AVSI Brasil. O projeto tem coordenação técnica pela PLONUS – Soluções em Engenharia e Meio Ambiente e apoio do Centro Cultural Correios.

A exposição “Olhares da Mata” ficará aberta à visitação no Centro Cultural dos Correios até sexta-feira (03/08), no horário das 13h às 18h. Em seguida, a mostra segue para o Parque Estadual Dois Irmãos, sendo instalada no Centro de Educação Ambiental. No Parque a visitação acontece de 07 a 14 de agosto, das 9h às 16h.

No Projeto “Olhares da Mata”, a imagem fotográfica fornece uma maneira acessível para definir realidades, perspectivas, para comunicar e sensibilizar sobre as questões voltadas ao meio ambiente. As fotografias apresentadas foram produzidas durante oficina de fotografia (40 horas), com a participação de 30 jovens estudantes de escolas públicas de Serra Talhada.

Os jovens também foram responsáveis pela curadoria da mostra, selecionando as imagens expostas. O projeto além de formar jovens aptos a realizar uma exposição fotográfica busca principalmente sensibilizar a comunidade local, gestores públicos, sociedade civil, escolas e a sociedade em geral sobre o meio ambiente, sua importância e diversidade.

Mirelly Ferreira

A oficina foi ministrada pelo fotógrafo e educador Daniel Meirinho, com experiência nacional e internacional em fotografia participativa e intervenção social. As atividades também contaram com a participação da educadora ambiental Angélica Magalhães. A formação utilizou a metodologia central da fotografia participativa,  Photovoice, desenvolvida em 1992 pelas investigadoras Caroline Wang, da Universidade de Michigan e Mary Ann Burris, da Universidade de Londres.

Durante a oficina, os jovens aprofundam o olhar em uma subjetividade que vai além do enquadramento estético e se encontra com as próprias preocupações de um cidadão.

Mata da Pimenteira - A Unidade de Conservação Parque Estadual Mata da Pimenteira é localizada no município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú de Pernambuco. Reconhecida como Unidade de Conservação Estadual em 30 de janeiro de 2012, por meio do Decreto Estadual nº 37.823, tendo como fundamento e principal objetivo de criação contribuir para a preservação e a restauração da diversidade ecológica da caatinga.

A região da Mata da Pimenteira apresenta grandes potencialidades, mas também grandes desafios. O parque é uma região de belas paisagens, com diversidade ecológica de caatinga, com centenas de espécies da fauna e da flora, afloramentos rochosos e os Açudes do Saco I e Cachoeira II. No entanto, a mata sofre com riscos atinentes às Unidades de Conservação, como o desmatamento, a caça clandestina, a retirada ilegal de madeira, queimadas, o descarte de resíduos sólidos, ocupação irregular, entre outros.

Inserida em uma propriedade do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), denominada Fazenda Saco, apesar de não haver populações residindo no interior do perímetro da Mata da Pimenteira, o Parque se localiza ao norte do núcleo urbano do município de Serra Talhada, distante apenas 3 km, o que coloca a área em alto risco de degradação ambiental.

O município teve em 2013, um aumento populacional significativo, com uma contagem de 80.051 habitantes. Destes, estando 77,34% localizados na zona urbana e 22,66% na zona rural (IBGE, 2013). Esta informação salienta a questão do avanço do crescimento da cidade em suas denominadas “franjas urbanas”, área onde se localiza o Parque Estadual Mata da Pimenteira.

O Parque Estadual Mata da Pimenteira é um valioso patrimônio que precisa ser preservado. Para que este patrimônio seja ainda mais valorizado, é necessário que não apenas a comunidade local, como também a sociedade o conheça e reconheça as belezas de sua paisagem e a interação do homem com o ambiente.

Serviço: Exposição “Olhares da Mata”

Abertura: Segunda-feira (30/07), às 18h

Visitação: Até dia 03/08 - Horário de visitação: das 13h às 18h.

Local: Centro Cultural Correios - Av. Marquês de Olinda, 262 - Recife, PE.

Acesso gratuito

Visitação: Do dia 07 ao 14/08, das 9h às 16h, no Parque Estadual Dois Irmãos. Centro de Educação Ambiental – CEAS - Praça Farias Neves, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE.

Da assessoria. Fotos: Joaquim de Lima e Mirelly Ferreira

Em meio à discussão sobre a falta de preservação de imóveis históricos no Recife, como as duas casas geminadas da Avenida Rosa e Silva que são Imóveis Especiais de Proteção (IEPS), mas estão destruídas e saqueadas, o LeiaJá denuncia mais um casarão antigo em situação de abandono. Tijolos aparentes, grades enferrujadas, pintura descascada e muito lixo espalhado. É esse o atual estado do prédio do Liceu de Artes e Ofícios, que em nada mais se parece com aquele imponente edifício inaugurado em 1880. 

A reportagem do LeiaJá foi até o local e encontrou tudo fechado e em situação crítica. Um segurança que estava no espaço conversou com a nossa equipe; ele não quis se identificar, mas contou que já faz a patrulha do local há alguns anos e trabalha com medo, já que durante cada turno há apenas um vigia para cuidar de todo o prédio. Em 2016, um vigilante do Liceu foi assassinado por uma pessoa que tentou invadir o imóvel.  

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Localizado na Praça da República, n. 281, próximo ao Teatro Santa Isabel, Palácio do Campo das Princesas e Palácio da Justiça, o Liceu é um projeto do engenheiro pernambucano José Tibúrcio Pereira de Magalhães. Tibúrcio é autor de outros importantes edifícios recifenses, como o da Assembléia Provincial, atual Assembléia Legislativa de Pernambuco. 

O prédio do Liceu, tombado pelo Estado de Pernambuco, há seis anos aguarda a liberação para que seja feita uma reforma e o espaço se transforme em um centro cultural. A proposta é da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) que é mantenedora do Liceu de Artes e Ofícios desde 1970.

Procurada por nossa equipe de reportagem, a Universidade se limitou a dizer que o projeto não foi finalizado e que ainda não há previsão de quando sairá do papel. Ao se mostrar pouco disposta a dar mais detalhes sobre a requalificação, a Unicap dá margem a questionamentos sobre se o projeto é prioridade no calendário da instituição. Segundo a assessoria, o professor Márcio Waked, coordenador do Católica Business School, está à frente do projeto.

História

Com um estilo classicista imperial, inspirado no neoclassicismo francês, o prédio é composto de dois pavimentos e começou a ser construído no dia 23 de abril de 1871. Nove anos mais tarde, em 1880, foi inaugurado como sede da Escola de Ofícios, mantida pela Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais de Pernambuco que, na época, ministrava aulas de desenho, arquitetura, aritmética e alfabetização. Em 1950 as atividades foram encerradas e apenas duas décadas depois o acervo e o prédio voltaram a funcionar - desta vez sob a guarda da Universidade Católica de Pernambuco, que passou a oferecer cursos técnicos em administração e contabilidade.

Em 1980 um convênio entre a Unicap e a Secretaria de Educação fez com que o local passasse a funcionar como uma escola filantrópica. Anos mais tarde, em 2006, o local ganhou um novo perfil como Complexo Educacional Nóbrega -  o Liceu foi transferido para suas instalações, passando a localizar-se no campus da Católica, no bairro da Boa Vista. Na sua antiga sede passou a funcionar o Centro de Ensino Experimental Porto Digital, que atualmente funciona também no campus da Universidade Católica. 

Após a Unicap assinar um novo convênio em 2008 com vários órgãos do Estado, o Liceu passou a ser uma escola de aplicação,entrando definitivamente para a rede estadual de ensino e sendo reconhecido com uma escola pública. A partir daí, a Unicap tem tentado transformar a antiga sede do Liceu de Artes e Ofícios em um centro cultural aberto ao público. O LeiaJá também entrou em contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno do órgão. 

O município de Guarulhos, em São Paulo, receberá a companhia de teatro "Pia Fraus" que fará diversas apresentações da peça infantil "Bichos Vermelhos" nesta quinta-feira (1º).

A peça pretende expor com humor e poesia a preservação da natureza em uma linguagem acessível às crianças. A encenação acontece dentro de uma estrutura colorida inflável, o que já permitiu o grupo a levar a peça para diversas cidades no interior paulista. 

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Entre os protagonistas do espetáculo estão os animais ameaçados de extinção como o tamanduá bandeira e o macaco grego galego. A entrada é gratuita e a capacidade de cada apresentação é de 100 pessoas.

A apresentação acontecerá no Bosque Maia, localizado na Av. Paulo Faccini - s/n - Centro, nos horários de 10h, 11h, 14h e 15h.

Para mais informações, acesse: www.guarulhos.sp.gov.br/

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