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Durante este período pandêmico, diversos projetos sociais buscam minimizar os impactos do novo coronavírus na educação dos jovens vestibulandos, principalmente os que vivem em periferias do País. Um desses projetos é da pernambucana Brenda Teixeira, de 23 anos, graduanda do curso de direito na Universidade de Pernambuco (UPE).

O projeto Help, que começou no ano passado, surgiu da inquietude da jovem com relação ao ensino nas escolas durante a pandemia. “Havia acabado de perder meu avô, o estágio e as aulas na faculdade estavam suspensas por causa da Covid-19 e, por ter o privilégio de estudar em uma rede superior de ensino público, me fez sentir a necessidade de devolver à sociedade de alguma forma [a educação]”, contou em entrevista ao LeiaJá.

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Brenda, que reside no Bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, montou o projeto solidário, junto com alguns amigos, no intuito de dar aulas a estudantes interessados em se preparar para o Enem. “Como sempre ajudei meus amigos em português e redação, decidi fazer um post no Twitter para convidar alunos dos terceiros anos da rede pública interessados em aprender redação para o Enem”, disse. 

A iniciativa teve, rapidamente, mais de 20 alunos interessados. As aulas foram realizadas remotamente, com dicas de gramática, produção e correção de redações, além de rodas de debates com profissionais de várias áreas para ampliar o conhecimento dos participantes. O projeto alcançou vestibulandos de Pernambuco, Rio de Janeiro, Alagoas, Acre, Pará e até mesmo do Panamá. Desse total, a maioria conseguiu alcançar boas notas na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado este ano.

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Brenda comemora as notas que seus alunos alcançaram. Mas, para ela, a dificuldade em outras disciplinas fizeram muitos deles não serem aprovados no vestibular. “A realidade é que o déficit deles é para além da redação. Muitos não foram aprovados pelas outras competências, mas essa nota de redação fez com que eles se sentissem vitoriosos e instigou o estudo novamente esse ano”, comentou.

Segundo a jovem, o projeto vai continuar e já está sendo organizado para este ano. As vagas serão divulgadas em seu perfil no Instagram, porém, como ela corrige sozinha as redações, a quantidade de vagas será limitada e terão prioridade os alunos que já vinham tendo sua assistência.

Com a iniciativa, ela tem esperança que mais pessoas possam se juntar para ajudar o máximo de estudantes. “Meu intuito também é despertar em outras pessoas, que sejam boas em outras matérias, a ajudar quem precisa, porque faria total diferença.” Os interessados em ensinar alguma das áreas do conhecimento cobradas no Enem, e ajudar os vestibulandos, também podem entrar em contato com Brenda pelo seu perfil no Instagram.

Para a jovem, a mensagem que fica é que "todos podemos contribuir, do nosso jeito, para um mundo melhor, naquilo que somos bons, seja qual for o meio" E completa: “Conhecimento válido é conhecimento compartilhado! A gente não pode morrer com ele, precisamos disseminar e o processo é lento, mas recompensador. Só a educação é capaz de salvar nosso país”, conclui a futura advogada.

Uma estudante de Buritama, interior de São Paulo, com diagnóstico de autismo, conquistou o primeiro lugar no curso de Medicina da Universidade Federal de Jataí (UFJ) e compartilhou a notícia através de suas redes sociais. Rúbia Carolina Nobre Morais tem 30 anos e fez 920 pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conseguindo assim, a primeira colocação para o curso sonhado. Ela dedicou a conquista aos pais. 

Rúbia Carolina já é formada em odontologia mas largou a profissão por conta do autismo. Ela sofre com hipersensibilidade sensorial e não suportava os ruídos do consultório quando estava em atendimento. A ex-odontóloga então decidiu dedicar-se aos estudos novamente e chegou a vender crochê para custear um cursinho preparatório. O resultado foi uma pontuação de 920 na redação do Enem que lhe garantiu o primeiro lugar no curso de Medicina da UFJ.

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Em seu Instagram, Rúbia comemorou a conquista e a dedicou aos pais. Segundo ela, aceitar o diagnóstico de autismo foi um dos passos primordiais para que ela pudesse chegar onde sonhou. “É isso que acontece quando pais de autistas ACEITAM o diagnóstico de seus filhos. A gente cria asas e voa. Eu odeio abraços, mas minha mãe pediu e hoje eu deixei”. 

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) emitiu uma nota, nesta semana, anunciando que fez uma revisão das imagens das redações dos alunos que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. De acordo com o texto, todas as redações foram revistas pelo Consórcio Cesgranrio-FGV e “não há inconsistências nas notas disponibilizadas na Página do Participante”.

A revisão, segundo o Inep, aconteceu entre os dia 1º e 4 de abril. Ao detalhar o método que usaram, o Instituto disse que “a folha de redação do Enem é personalizada e possui um código de barras atribuído individualmente a cada participante”.

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De acordo com a nota, “a verificação realizada pela FGV em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante extraído a partir da leitura dos códigos de barra com o nome impresso na folha de redação, não apresentou inconsistências”.  Além disso, “novas amostras das reclamações em redes sociais e veículos de imprensa também foram verificadas em casos pontuais e não foi identificada qualquer divergência”.

Veja a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento | Verificação das folhas de redação do Enem 2020

Em respeito a todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e reforçando seu compromisso com a integridade e seriedade do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que solicitou ao Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do exame, nova averiguação de 100% das imagens de redações do Enem 2020 e reitera que não há inconsistências nas notas disponibilizadas na Página do Participante.

Durante todo o feriado e fim de semana recentes, entre 1º e 4 de abril, foram feitas novas verificações e, após análise realizada em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante com os códigos de barra impressos nas folhas de redação, não foram identificadas inconsistências e as notas apresentadas na Página do Participante correspondem à realidade da nota atribuída pelos corretores dos textos.

A folha de redação do Enem é personalizada e possui um código de barras atribuído individualmente a cada participante. Também são impressas nela outras informações pessoais vinculadas ao participante, como nome completo, número de inscrição no exame, CPF e data de nascimento. A partir disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV), membro do consórcio aplicador responsável por operacionalizar as correções das redações do Enem, revisou a totalidade das imagens digitalizadas pela operação reversa do Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do Enem. A verificação ocorreu da seguinte forma:

1.     Importação da imagem na aplicação do robô de verificação;

2.     Identificação e separação da folha de redação de cada participante;

3.     Leitura do número de inscrição, presente no código de barras impresso em cada folha, realizada por meio do reconhecimento óptico de código de barras (BCR);

4.     Identificação do nome do participante impresso na folha de redação, realizada por meio do reconhecimento óptico de caracteres (OCR);

5.     Execução de pesquisa de dados do participante na base oficial de inscritos, a partir da inscrição obtida com o resultado da leitura do código de barras;

6.     Comparação do nome obtido a partir de pesquisa realizada na base de inscritos, com o nome existente na folha de redação. 

Dessa forma, a verificação realizada pela FGV em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante extraído a partir da leitura dos códigos de barra com o nome impresso na folha de redação, não apresentou inconsistências. Novas amostras das reclamações em redes sociais e veículos de imprensa também foram verificadas em casos pontuais e não foi identificada qualquer divergência. 

O Inep aproveita para reforçar que o processo de correção das redações do Enem é acompanhado em todas as suas etapas e segue rigorosamente os critérios estabelecidos pelo Instituto. Os textos dos participantes, transcritos na folha de redação, podem passar por até quatro correções para o cálculo da média final. Os corretores de redação são selecionados em um processo rigoroso e capacitados pelo consórcio aplicador. Destaca-se que os profissionais selecionados para o processo de correção atendem critérios de formação inicial (graduação em Letras e Linguística) e continuada (exigência mínima de mestrado para as funções de supervisores e subcoordenadores), além da experiência comprovada em coordenação de correção de produção textual em avaliação educacional, exames ou concursos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) protocolaram ação judicial, na última terça-feira (6), pedindo a divulgação dos espelhos da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. A ação requer, ainda, que o prazo de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seja estendido até a divulgação dos espelhos.

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Vale destacar que as instituições protocolaram, na última segunda-feira (5), uma notificação extrajudicial pedindo esclarecimentos sobre as notas do Enem ao Ministério da Educação (MEC) no prazo de 24 horas. Ainda na segunda-feira, no Twitter, ambas as instituições estudantis afirmaram que caso não recebessem resposta dentro do prazo, entrariam com ação judicial para manter o Sisu aberto até que tenham respostas sobre as notas.

As inscrições no Sisu começaram nesta terça e vão até a próxima sexta (9). Nesta edição, estão sendo oferecidas mais de 200 mil oportunidades em instituições públicas no país.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na tarde desta terça-feira (6), um novo posicionamento sobre reclamações de estudantes alegando erros nas notas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2020. Segundo o órgão, foi solicitado ao Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para a “operacionalização do Exame”, uma nova averiguação em 100% dos textos.

De acordo com o Inep, durante “todo o feriado e fim de semana recentes”, de 1º a 4 de abril, foram feitas novas verificações nos textos. O Instituto alega que não “há inconsistências nas notas disponibilizadas na Página do Participante”. “Após análise realizada em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante com os códigos de barra impressos nas folhas de redação, não foram identificadas inconsistências e as notas apresentadas na Página do Participante correspondem à realidade da nota atribuída pelos corretores dos textos”, acrescentou a organização do Enem.

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Em seu site oficial, o Instituto deu mais detalhes a respeito da personalização das redações, assim como explicou as novas verificações por parte do Consórcio Cesgranrio-FGV.

No Enem 2020, foram registradas apenas 28 redações nota mil. O Inep também informou que mais de 80 mil candidatos zeraram a produção textual. Confira, a seguir, a nota de esclarecimento:

Em respeito a todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e reforçando seu compromisso com a integridade e seriedade do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que solicitou ao Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do exame, nova averiguação de 100% das imagens de redações do Enem 2020 e reitera que não há inconsistências nas notas disponibilizadas na Página do Participante. Durante todo o feriado e fim de semana recentes, entre 1º e 4 de abril, foram feitas novas verificações e, após análise realizada em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante com os códigos de barra impressos nas folhas de redação, não foram identificadas inconsistências e as notas apresentadas na Página do Participante correspondem à realidade da nota atribuída pelos corretores dos textos. A folha de redação do Enem é personalizada e possui um código de barras atribuído individualmente a cada participante. Também são impressas nela outras informações pessoais vinculadas ao participante, como nome completo, número de inscrição no exame, CPF e data de nascimento. A partir disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV), membro do consórcio aplicador responsável por operacionalizar as correções das redações do Enem, revisou a totalidade das imagens digitalizadas pela operação reversa do Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do Enem. A verificação ocorreu da seguinte forma:

1. Importação da imagem na aplicação do robô de verificação;

2. Identificação e separação da folha de redação de cada participante;

3. Leitura do número de inscrição, presente no código de barras impresso em cada folha, realizada por meio do reconhecimento óptico de código de barras (BCR);

4. Identificação do nome do participante impresso na folha de redação, realizada por meio do reconhecimento óptico de caracteres (OCR);

5. Execução de pesquisa de dados do participante na base oficial de inscritos, a partir da inscrição obtida com o resultado da leitura do código de barras;

6. Comparação do nome obtido a partir de pesquisa realizada na base de inscritos, com o nome existente na folha de redação.

Dessa forma, a verificação realizada pela FGV em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante extraído a partir da leitura dos códigos de barra com o nome impresso na folha de redação, não apresentou inconsistências. Novas amostras das reclamações em redes sociais e veículos de imprensa também foram verificadas em casos pontuais e não foi identificada qualquer divergência.

O Inep aproveita para reforçar que o processo de correção das redações do Enem é acompanhado em todas as suas etapas e segue rigorosamente os critérios estabelecidos pelo Instituto. Os textos dos participantes, transcritos na folha de redação, podem passar por até quatro correções para o cálculo da média final. Os corretores de redação são selecionados em um processo rigoroso e capacitados pelo consórcio aplicador. Destaca-se que os profissionais selecionados para o processo de correção atendem critérios de formação inicial (graduação em Letras e Linguística) e continuada (exigência mínima de mestrado para as funções de supervisores e subcoordenadores), além da experiência comprovada em coordenação de correção de produção textual em avaliação educacional, exames ou concursos.

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Apenas 28 estudantes, em todo o Brasil, conseguiram a nota máxima na prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): 1000 pontos. Esse foi o caso de Sofia Lorenzoni Vale, de 19 anos, de Belém. Segundo a estudante, a nota foi fruto de dedicação e perseverança. “Esse já é o 5º Enem que eu faço. Participo desde o 9º ano do ensino fundamental”, contou. 

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O exame foi aplicado para 2.795.369 candidatos. Por causa da pandemia de covid-19, mais da metade dos inscritos não participou das provas. 

 Candidata a uma vaga no curso de Medicina, Sofia Vale disse que a base dessa conquista foi o treino diário. “Eu ia para o cursinho de manhã, depois do almoço tirava um cochilo e estudava até a hora de dormir”, afirmou.

A estudante contou também que teve muito apoio da família, que a inspirou na escolha da profissão. “Eles se preocupavam com cada simulado, com cada redação e com todas as minhas inseguranças. Eu sempre digo que eles fizeram vestibular comigo e, por isso, passamos todos juntos”, falou.

Para Sofia, a melhor maneira de se preparar é escrever sobre o máximo de temas possível, para não ser pego de surpresa. “Eu tentava fazer todas as redações do cursinho, analisar a correção delas e procurar bastante repertório. Eu tenho, inclusive, um caderninho cheio de repertório de livros, citações e músicas”, disse.

A professora Nicinha Câmara, dona do curso de redação de mesmo nome, reforça a importância dos conhecimentos gerais do aluno. “Não basta conhecer as técnicas: o estudante precisa ter informações sobre o tema. Para isso, quanto mais ele ler, melhor. É importante que o estudante leia atualidades, mas o conhecimento de mundo também é importante, por isso não se pode deixar de valorizar a vivência do estudante como um ser social”, explicou.

Para a professora, tirar a nota 1000 é possível para qualquer um, desde que o aluno treine de forma adequada. “O aluno precisa construir e reconstruir o texto, para aperfeiçoá-lo, para que ele se aprimore como produtor de texto escrito”, afirmou.

A coordenadora do curso de Letras da UNAMA - Universidade da Amazônia, Terezinha Barbagelata, também dá dicas de como melhorar o texto. “O aluno tem que introduzir, desenvolver e concluir. Depois, ele  tem que ordenar e esquematizar as ideias. Ele não pode escrever por escrever. E por último, ele tem que revisar o texto”, orientou.

Por Sarah Barbosa.

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Estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 puderam conferir, na segunda-feira (29), a pontuação obtida em cinco áreas de conhecimento. No entanto, grande parte deles está contestando as notas obtidas na prova de redação.

Maria Vitória Gomes, de 20 anos, moradora do Rio de Janeiro, é uma das estudantes que tirou uma nota muito abaixo do que vinha conseguindo nas edições anteriores. Ela acredita que deve ter havido um erro no sistema. “Esse Enem não é o primeiro que eu faço. Fiz em 2018 e 2019 e tive notas acima de 840. Além do mais, eu estudei muito ano passado, principalmente redação, que tem peso maior para a faculdade que eu quero entrar. Posso ter sim errado em algumas coisas a ponto de não tirar 1000, mas 460 é impossível aceitar. Acredito que minha nota não caiu drasticamente desse jeito porque eu mantive o meu padrão, com repertórios e proposta de intervenção. Tenho quase certeza que houve erro no sistema”, relatou.

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A vestibulanda, que pretende cursar farmácia, sente que essa nota vai prejudicar sua entrada na universidade. "Com certeza, ainda mais para a UFRJ, que é a faculdade que eu quero, porque a nota da redação tem peso 3 e eu já fiz o cálculo e a pontuação ficou muito baixa”, disse.

Maria Luiza Ribeiro, de 23 anos, moradora de Montes Claros, Minas Gerais, obteve 760 na redação e acredita que essa não seria sua pontuação. "Creio que houve um erro na hora de lançar a nota, não apenas a minha, mas de muitos estudantes que vêm contestando também. Tenho a certeza de que fiz uma redação bem estruturada e dentro do tema, e estava esperando uma nota alta e na hora veio uma bem mais baixa do que o esperado. Acredito que o erro tenha sido na hora de colocar as notas e não dos corretores", pontuou.

A estudante, que está ansiosa para cursar medicina, aponta que merecia ter tirado entre 880 a 900, uma vez que essa média foi confirmada por um professor de redação. "Ela (a redação) foi corrigida e recebeu essa média. Apesar de alguns pequenos erros, o texto estava bem estruturado e não fugia do tema. Vou tentar recorrer para ver o que poderá ser feito, pois acaba sendo um prejuízo para os estudantes que se dedicaram, mesmo com todo o cenário atual que o Brasil vive", comentou.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) usou as redes sociais para explicar como são corrigidas as redações. “Os textos dos participantes do Enem passam por até quatro correções para o cálculo da média final, o que correspondeu, nesta edição, a, aproximadamente, 7 milhões de análises dos textos válidos, sem contar as folhas em branco ou com texto insuficiente”, informou.

Segundo o Inep, por conta desses procedimentos de correção, não há como entrar com recurso para que as notas sejam revistas. O órgão afirma que os corretores seguem um rigoroso processo de seleção e capacitação. “Os corretores de redação são selecionados em um processo rigoroso e capacitados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), membro do consórcio aplicador responsável por operacionalizar as correções dos textos do exame. O processo é acompanhado em todas as suas etapas e segue rigorosamente os critérios estabelecidos pelo Inep”, alega o órgão organizador do Enem.

Fernanda Pessoa, professora de redação, comentou, em live do Vai Cair no Enem, realizada na terça-feira (30), que os corretores foram “duros” na correção deste ano como uma forma de dar "credibilidade" à prova. “Eu acho que acabou virando um marketing do Inep essa história das notas mil serem a cada ano uma quantidade menor. Na minha opinião, é como se eles dissessem assim: ‘nossos critérios são rigorosos. A redação é levada muito a sério’, mas, na verdade, não é isso”, opinou a professora.

Os estudantes poderão conferir, no dia 28 de maio, na Página do Participante, as correções realizadas pelos avaliadores do Inep no espelho da redação. Por meio do espelho, serão vistos acertos e os erros que foram considerados para calcular a média final.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa do Inep para que o Instituto se posicione sobre as contestações dos estudantes e se, de fato, houve erro no preenchimento das notas. Até o fechamento desta reportagem, não tivemos retorno do órgão.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou como funciona o sistema de correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o órgão, os textos válidos passam por até quatro correções, o que totalizou sete milhões de análises.

Os corretores de redação

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Os profissionais selecionados para corrigir as redações são avaliados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), seguindo todas as etapas estabelecidas pelo Inep. Dentre os critérios, estão a formação inicial (graduação em Letras e Linguística) e continuada (exigência mínima de mestrado para as funções de supervisores e subcoordenadores). Os profissionais ainda devem comprovar experiência em coordenação de correção de produção textual em avaliação educacional, exames ou concursos.

Como forma de manter o controle de qualidade, os corretores passam por avaliação de desempenho em tempo real e diariamente, através de relatórios enviados ao Inep. Caso algum corretor esteja mostrando resultado insatisfatório, este pode vir a ser substituído ou desligado.

Média de desempenho

A nota de zero a 1.000 pontos é atribuída de acordo com os critérios estabelecidos no edital divulgado pelo Inep, que também podem ser conferidos na Cartilha de Redação do Enem 2020. A cartilha é disponibilizada pelo Inep com dicas de como se sair bem na produção textual e que critérios podem levar a zerar o texto.

A redação é corrigida por, pelo menos, dois corretores, de forma independente, e cada um atribui uma nota entre zero e 200  pontos para cada uma das cinco competências. A nota total de cada corretor corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências. Caso haja discrepância entre dois corretores, que é quando suas notas totais diferirem por mais de 100 pontos, se houver diferença de suas notas em qualquer uma das competências que for superior a 80 pontos ou qualquer outra situação semelhante, uma terceira correção será feita por outro corretor.

Quando a discrepância entre as notas persiste, depois da terceira correção, a pontuação final do aluno será corresponde à média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem, sendo descartada a outra nota. Em casos em que o terceiro corretor atribui uma nota equidistante das duas primeira, uma banca com três corretores ficará responsável por avaliar e dar a nota final, descartando as anteriores. 

Espelho da redação

O Inep irá divulgar dia 28 de maio o espelho da redação. Os candidatos poderão conferir todas as correções realizadas em suas redações. Para isso, basta acessar a Página do Participante.

Aos 20 anos, o estudante de direito Savicevic Ortega Silva de Melo foi um dos 28 participantes que tiraram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. O jovem, morador de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, é bolsista do Programa Universidade para Todos (Prouni) em uma faculdade particular localizada na capital pernambucana, mas sonha em ser médico.

A fórmula para a nota mil

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De acordo com Savicevic, o segredo para a nota máxima está na constante prática textual. "Criei um cronograma de redações. Por semana, fazia duas de temas variados", contou. Além de produzir textos semanalmente, o jovem também buscava dedicar um dia inteiro da semana a assistir às aulas de redação. "Eu praticava no mesmo dia. Fazia a introdução e ia mudando. Aí depois passava para o D1 (desenvolvimento 1), D2 (desenvolvimento 2). No outro dia, só passava a limpo, tirava foto e mandava para correção", explicou.

O estudante resolveu conciliar as aulas de direito com a preparação para o Enem. Savicevic assinou uma plataforma on-line de estudos para o exame e fez isolada de redação com a professora Fernanda Pessoa. "Nanda sempre dizia que o segredo era a prática", relembra. "Às 18h eu parava para as aulas da faculdade", completou.

Savicevic só começou a estudar para o Enem em outubro de 2020. "Meu sonho sempre foi medicina. Mas em 2018, quando terminei o ensino médio, não passei. Passei em direito e fui. Mas em outubro eu percebi que estava deixando o meu sonho para trás e decidi começar a estudar. Já tinha me inscrito no Enem, só que não pensava em fazer 'valendo'", explicou, ao LeiaJá.

A emoção ao ver a nota 1000 na redação foi grande. "Desde as 18h eu estou no site, mas só consegui ver agora a pouco. Fui logo na redação. Quando vi, dei um pulo da cama e gritei tanto", relatou Savicevic.

O sentimento de dever cumprido chegou após muito esforço. De acordo com o estudante, ele nunca recebeu a nota máxima na correção das redações. "O meu máximo foi 960. Mas eu agradeço por isso, se tivesse tirado nota 1000, teria me acomodado e não iria buscar melhorar.

Para quem também busca uma nota máxima na redação nas próximas edições do Enem, Savicevic recomenda: "Eu li muitas redações nota mil, isso ajudou muito. É uma dica. A outra é treinar muito e, por último, estudar muitos repertórios de todos os eixos temáticos", garantiu.

Orgulho para quem ensina

A professora Fernanda Pessoa deu aulas de redação para Savicevic e comemora a conquista. "Eu estou muito feliz com o mil do aluno, foi realmente um ano muito atípico. Nós tivemos notas altíssimas, muitas notas acima de 900, centenas de notas 960, 980. A expectativa pelo mil é, de fato, muito grande", contextualiza. "É um aluno muito esforçado, é um aluno que o último Enem que itnha feito foi em 2018. Aí ele me procurou de forma on-line e eu pude acompanhá-lo até a véspera da prova", finalizou Pessoa.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 obteve, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 28 redações nota mil. O número é menor em relação à edição anterior, em que 53 estudantes alcançaram a nota máxima na disciplina.

Segundo a avaliação do professor de português e redação Diogo Xavier, dois fatores influenciaram essa queda. “Um deles é que de fato o número de participantes fazendo a prova caiu porque houve uma taxa de abstenção muito alta. Outro fator que repercute, principalmente no da nota 1000, é que foi um ano mais complicado para o preparo dos alunos. Muitos candidatos não conseguiram dar o seu melhor na prova e nem na rotina de estudos ao longo do ano”, explicou.

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O Inep informou que o índice de abstenção no primeiro dia do Enem 2020 foi de 51,5%, representando mais de 2,7 milhões de faltosos, e no segundo dia, 55,3%. Já na edição 2019, o quantitativo de abstenção no primeiro dia foid e apenas 23,6%, e no segundo, 27,19%.

“Esse número muito grande de alunos que deixaram de fazer, fez com que esse número de redações nota 1000 caísse. Inclusive, o número de candidatos que zeraram a redação também caiu em relação ao ano passado. Ou seja, os dois caíram de maneira proporcional”, esclarece o docente. O Enem 2020 teve mais de 87 mil candidatos que zeraram a redação, contra mais de 143 mil da edição anterior.

O baixo número de redações nota mil também esteve ligado, segundo Diogo Xavier, à falta de estrutura, a poucas aulas satisfatórias e a dificuldade em se adaptar a esse período de estudo remoto. “São fatores que certamente influenciaram bastante a redução da quantidade de alunos que efetivamente fizeram a prova e as dificuldades neste período pandêmico que prejudicaram o preparo dos alunos”, conclui.

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na noite desta segunda-feira (29), dados sobre as notas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2020. De acordo com o órgão, 87.567 candidatos zeraram a prova, enquanto apenas 28 participantes alcançaram o mil na redação.

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Segundo o Inep, redação em branco foi o motivo com maior percentual (1,12%) para a nota zero na produção textual. Em seguida aparecem “fuga ao tema (0,93%) e cópia do texto motivador (0,46%), em um total de 2.723.583 redações corrigidas”.

Ainda sobre os textos, a organização da prova informou que a maior média geral do Enem 2020 foi a redação, com 588,74. “Entre as provas objetivas, a que teve maior média geral foi linguagens, códigos e suas tecnologias, com 523,98. Matemática e suas tecnologias ficou com a média geral em 520, 73, seguida de ciências humanas e suas tecnologias com 511,64 e ciências da natureza e suas tecnologias 490,39”, detalhou o Instituto.

A prova de redação do Enem impresso foi realizada em 17 de janeiro. Na ocasião, o índice de abstenção foi de 51,5%, representando mais de 2,7 milhões de faltosos.

No Enem impresso, o tema abordado no texto foi "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira", enquanto na versão digital foi cobrada a temática “O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil”. Já a reaplicação da prova abordou “A falta de empatia nas relações sociais no Brasil”.

Os candidatos também podem consultar as notas das demais disciplinas. “Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do Governo Federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link ‘Esqueci minha senha’. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet banking, e-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha”, orientou o Inep.

No que diz respeito aos treineiros, o resultado do Enem impresso, apenas para fins de autoavaliação, será publicado no dia 28 de maio de 2021. A consulta também será realizada na Página do Participante. A edição impressa do Enem 2020 foi realizada nos dias 17 e 24 de janeiro deste ano, enquanto a versão digital foi aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O Enem PPL, por sua vez, ocorreu em 23 e 24 de fevereiro, quando também foi realizada a reaplicação da prova.

Na edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 28 candidatos conseguiram a nota mil na redação. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (29) e pode ser consultado na Página do Participante. Por outro lado, segundo a organização do processo seletivo, 87.567 zeraram.

A prova de redação do Enem impresso foi realizada em 17 de janeiro. Na ocasião, o índice de abstenção foi de 51,5%, representando mais de 2,7 milhões de faltosos.

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No Enem impresso, o tema abordado no texto foi "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira", enquanto na versão digital foi cobrada a temática “O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil”. Já a reaplicação da prova abordou “A falta de empatia nas relações sociais no Brasil”.

Os candidatos também podem consultar as notas das demais disciplinas. “Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do Governo Federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link ‘Esqueci minha senha’. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet banking, e-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha”, orientou o Inep.

No que diz respeito aos treineiros, o resultado do Enem impresso, apenas para fins de autoavaliação, será publicado no dia 28 de maio de 2021. A consulta também será realizada na Página do Participante.

A edição impressa do Enem 2020 foi realizada nos dias 17 e 24 de janeiro deste ano, enquanto a versão digital foi aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. O Enem PPL, por sua vez, ocorreu em 23 e 24 de fevereiro, quando também foi realizada a reaplicação da prova.

O preparatório 'Os Caras de Pau do Vestibular', situado no Recife, ofertará, no dia 26 de março, a partir das 20h, um aulão gratuito sobre “Pós-verdade: a era da manipulação, através das linguagens”. O evento será transmitido no canal do YouTube da empresa e ministrado pelos professores de Linguagens e redação Felipe Rodrigues e Pedro Santos, como também pelo docente de atualidades Benedito Serafim.

O aulão pretende fazer uma abordagem literária, geopolítica, sociológica e filosófica, com viés redacional, sobre o tema. O evento será a abertura para os debates que ocorrerão no “Linguagens Rolando”, isolada de Linguagens dos Caras de Pau, que estão previstos para começar no dia 5 de abril, tanto presencial, quanto virtual.

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Na isolada, os vestibulandos irão aprender de forma interdisciplinar os conteúdos de Linguagens, literatura, redação e atualidades. Os valores, segundo o preparatório, estão abaixo do mercado. Veja mais detalhes no Instagram do grupo.

Encerram, no dia 26 deste mês, as inscrições para a 50ª edição do Concurso Internacional de Redação de Cartas, feita no Brasil pelos Correios e coordenado pela União Postal Universal. A iniciativa é destinada aos estudantes de até 15 anos das escolas públicas e privadas de todo o País.

O concurso visa incentivar as crianças e adolescentes a expressarem a criatividade e aprimorarem os conhecimentos linguísticos. Este ano, o tema do certame é "Escreva uma carta a um familiar, contando sobre sua experiência da Covid-19”. As cartas deverão ser argumentativas, recentes e inéditas.

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A seleção é composta por quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional. Na fase escolar, os estudantes passarão por uma seleção onde será escolhida a carta que irá representá-la. Na etapa seguinte, cada Estado irá eleger a melhor redação, que irá para a fase nacional, quando é escolhida apenas uma carta para representar o Brasil na etapa internacional realizada em Berna, na Suíça, pela União Postal Universal.

Os resultados da fase estadual serão divulgados no site dos Correios a partir do dia 30 de abril, após a análise da Comissão Julgadora Nacional. A escola e o aluno vencedores ganharão prêmios de até R$ 10.500 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Saiba todas as informações, regulamento, formulário, ficha de inscrição e contatos por meio do edital da disputa.

Estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um exercício que requer foco e determinação, especialmente quando se trata de uma das etapas mais complexas da prova: a redação. Cada ano que passa, o tema da avaliação escrita se torna peça fundamental na rotina de estudos dos concorrentes, e as perguntas mais comuns são: como garantir o 1000 na redação do Enem? Existe alguma ‘fórmula mágica’ para obter a nota máxima? Confira as dicas que o LeiaJá separou, com professores de Linguagens e redação, para atingir um bom aproveitamento dos estudos, e assim, garantir a maior pontuação na produção escrita.

O professor Felipe Rodrigues ensina redação em um pré vestibular no Recife, e explica que, a princípio, é importante “focar na estrutura do texto argumentativo/dissertativo, que traz o cunho da informação, mas não somente, [o texto] informa com o intuito de convencer”, e complementa sobre a construção: “[o tipo dissertativo] exige uma introdução, desenvolvimento e uma conclusão.” É o que diz também o professor Diogo Xavier. “O principal a saber sobre a redação é o que será avaliado na prova, ou seja, as cinco competências. Todos os anos, o Inep disponibiliza o Manual do Participante sobre a redação, explicando detalhadamente cada competência cobrada, com exemplos dos problemas recorrentes em cada uma.”

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Outro ponto que Xavier também observa é sobre o tema da redação. “Os temas cobrados sempre envolvem uma problemática no âmbito cultural, sanitário, social, histórico e/ou político.” Os professores alertam que os temas propostos são sempre recentes. Colocando dentro de uma linha do tempo, a temática proposta estaria relacionada a algum fato ocorrido entre a metade do ano anterior até a metade do ano da realização da prova, “de julho do ano passado até julho deste ano”, exemplifica Rodrigues. “Eu sempre digo aos alunos que o período [de possíveis temas] do Enem vai do meio do ano anterior até o meio do ano corrente. Todos os assuntos podem compor a prova de redação", finaliza.

Além da estrutura textual e da variedade de temas possíveis, os alunos devem atentar em unir a proposta da avaliação com seus conhecimentos prévios, onde tudo pode ser aproveitado, desde que feito respeitando as competências previstas no Manual do Participante. O professor Xavier comenta: “O mil, apesar de cada vez mais raro, é possível, mas o fera deve atingir o seu máximo quanto ao uso da norma culta; à interpretação da proposta; ao conhecimento do tipo textual; ao desenvolvimento das ideias e do projeto de texto; à articulação por meio de recursos coesivos, principalmente operadores argumentativos; e à estrutura exigida para  a proposta de intervenção.”

Na edição de 2019, apenas 53 pessoas em todo o país tiraram a nota máxima na redação, sendo um deles do Recife. O resultado oficial do Enem 2020 será divulgado em 29 de março. As datas para a prova de 2021 ainda não foram divulgadas.

E por fim, Xavier comenta sobre como organizar a rotina de estudos para garantir o melhor resultado, dividindo em etapas. “Primeiro, sanar dificuldades quanto à estrutura básica do gênero textual e reduzir desvios gramaticais. Depois, desenvolver a habilidade de planejar o texto e de executar esse projeto. Por fim, aprofundar as estratégias de argumentação.”. E além de foco e dedicação, é fundamental também escrever sobre os mais variados temas. “É essencial que, independentemente da etapa, a produção de textos esteja sempre presente. Sem praticar, não é possível evoluir.”, conclui.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o tema da redação da reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e do Enem para pessoas privadas de liberdade (Enem PPL), realizado nesta terça (23) e quarta-feira (24).

Com tema "A falta de empatia nas relações sociais no Brasil", os candidatos precisam escrever até 30 linhas sobre o assunto. No primeiro dia de aplicação das provas, os participantes farão, além da produção textual, 90 questões de Ciências Humanas e Linguagens, das 13h30 às 19h.

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Já nesta quarta-feira (24), os candidatos responderão a mais 90 questões de Ciências da Natureza e matemática, das 13h30 às 18h30.

Neste domingo (21), foram realizadas as provas da primeira etapa da segunda fase da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), em que os candidatos precisaram responder a questões de português e fazer uma redação. O tema da produção textual, por sua vez, agradou muitos estudantes.

"O mundo contemporâneo está fora de ordem?" foi o assunto que norteou a escrita da redação dos candidatos. Nas redes sociais, muitos participantes comemoraram o tema abordado pela Fuvest e opinaram, de forma divertida, sobre o assunto. Confira:

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A Universidade de Pernambuco (UPE) aplicou, na manhã desta quinta-feira (4), as provas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) 3 para estudantes do terceiro ano do ensino médio que visam cursar o ensino superior na instituição. Neste primeiro dia, os feras enfrentaram, além das questões, uma redação cujo tema foi “A importância do SUS para a pesquisa e a qualidade de vida das pessoas”.

Ao LeiaJá, a professora de redação Fernanda Bérgamo comemorou a escolha da temática: “Amei o tema e a própria apresentação já mostra como é que o aluno pode desenvolver”, disse. Ela analisou que “a UPE fugiu da linha tradicional na qual costuma colocar temáticas mais reflexivas e subjetivas. Dessa vez ela [a banca] colocou uma temática objetiva, relevante e necessária. A banca merece todos os elogios pela elaboração”, pontuou. 

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Bérgamo explica como os estudantes poderiam desenvolver a redação. “O tema geral ‘A importância do SUS’, foi apresentado com o seguinte recorte: ‘A importância do SUS para a pesquisa’ e ‘a qualidade de vida das pessoas’, ou seja, o aluno já teria na temática não só a apresentação do assunto geral, como também os dois argumentos que precisaria desenvolver. Ele poderia apresentar ambos os argumentos como consequência, ou seja, como resultados da valorização do SUS, o bem que ele faz para a pesquisa e para a qualidade de vida das pessoas, como também poderia desenvolver os dois argumentos fazendo uma relação de causa e consequência”, ensina.

Segundo a professora de redação Lourdes Ribeiro, o tema foi "extremamente pertinente para o momento no qual estamos inseridos". Para ela, os vestibulandos poderiam abordar várias citações, direitos humanos, a própria constituição, a série brasileira ‘Sob pressão’, "até mesmo o fato de o Butantã ter conseguido fazer uma vacina já serviria como argumento para comprovar que o investimento no SUS é de extrema importância", comentou.

Suelen Oliveira, professora de redação, também gostou muito da temática abordada no vestibular da UPE. Ela explica que “o tema proposto apresenta-se de maneira pontual e necessária, dado o contexto de pandemia na sociedade atual. Logo, temáticas como universalidade, integralidade, participação popular, equidade, somados ao contexto atual, poderiam ser abordados na construção do texto”, elenca.

A Universidade de Pernambuco (UPE) realiza, na manhã desta quinta-feira (4), a aplicação das primeiras provas da terceira fase do Sistema Seriado de Avaliação (SSA 3). O processo seleciona estudantes ao longo dos três anos do ensino médio para vagas na intituição. O tema da redação, segundo a universidade, é “A importância do SUS para a pesquisa e a qualidade de vida das pessoas”.

Na proposta de tema para a redação, a UPE faz menções a reportagens e usa opinião de infectologista para que os estudantes possam embasar o texto. Confira, aqui, a proposta completa.

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Neste domingo (31), foram aplicadas as provas da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), contendo redação, Linguagens e Ciências Humanas, que engloba as disciplinas de história, filosofia, sociologia e geografia. Essa divisão de temas, na opinião do professor de geografia Marcelo Rocha, foi melhor na edição digital da prova que na impressa. 

“Fazendo uma comparação entre a prova de Ciências Humanas de hoje e a prova da edição impressa, notei que a de hoje teve uma distribuição mais igualitária de conteúdos, inclusive também privilegiou história, filosofia, sociologia em questões bem interdisciplinares, bem contextualizadas. Diferente da primeira prova, em que a geografia se sobressaiu um pouco em relação às outras disciplinas”, disse ele. 

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A grande surpresa do Enem Digital em relação aos temas de geografia, no entanto, não estava na prova de Ciências Humanas e sim no tema da redação. “Em relação à geografia, a grande surpresa foi a temática da redação, desigualdade social dentro do Brasil, citando inclusive um trecho de entrevista do professor Milton Santos, um ícone da geografia. Era necessário para escrever uma boa argumentação que o aluno estivesse bem conciso, bem sólido nas aulas de geografia e em conceitos geográficos”, analisou Marcelo. 

Na prova, o professor afirma também ter sentido falta de alguns assuntos que apareceram pouco. “Senti falta, em comparação à questão impressa, de questões de geografia física e da área de meio ambiente. E alunos que querem cursos mais concorridos como direito e medicina precisarão estudar mais geografia pois a prova está ficando mais conceitual e ganhando mais espaço no Enem”, finalizou.

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