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Os católicos que participam de um retiro religioso de Carnaval no Centro Pastoral Arquidiocesano, localizado no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, foram surpreendidos com a renúncia do papa Bento XVI, anuciada nesta segunda-feira (11). O Portal LeiaJá foi ouvir a opinião de alguns fiéis sobre a saída do religioso, que estava coordenando a Igreja Católica há sete anos.

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Os fiéis lamentaram a saída de Bento XVI do cargo, mas entenderam o motivo. “Pelo que eu vi, a decisão dele foi por questão de saúde. O papa falava muito sobre as coisas que a Igreja Católica reprime, como o homossexualismo e ele sofre também por isso. É difícil lidar com tudo devido a idade dele. Espero que o novo papa estabeleça a mesma responsabilidade com a Igreja que Bento teve até agora”, afirmou o estudante João Victor, de 15 anos.

“Eu fiquei triste, mas devido à saúde fragilizada, a gente entende. Ele dava muita assistência aos jovens e acho que especificamente eles vão sofrer com a saída. A gente podia ler as cartas dele pela internet, com tudo que ele relatava sobre a situação atual dos jovens. Agora, espero que o sucessor também faça isso para termos um gesto conforto”, lamentou Damiana Lucia (esquerda), 30, participante do retiro.

A professora Andréa Feitosa (direita), 30, disse que vai orar pelo católico. “Se ele, em Deus, avaliou que é necessária a saída, só basta a todos nós a reza. Vamos rezar para que Bento se recupere na saúde e para que o próximo papa seja uma pessoa que traga o bem à igreja, assim como ele”, relatou. 

Ana Elisa, 24, analista de departamento pessoal, disse que com certeza o próximo vai amparar a igreja como um todo. “O nosso futuro papa terá com certeza toda a plenitude do seu antecessor”, disse.

O retiro funciona neste Carnaval com cerca de 200 pessoas e tem como objetivo proporcionar um momento de reflexão, além de brincadeiras católicas com músicas, missas, louvor, dentre outras atividades. Os católicos vão participar do retiro até esta terça-feira (12).

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, também comentou a saída de Bento XVI. Confira neste link.

A renúncia do Papa Bento XVI resulta em uma sequência complexa de eventos para a eleição do novo líder da Igreja Católica Romana. As leis que governam a escolha são as mesmas de quando um Papa morre e o procedimento segue o mesmo ritual.

Primeiro o Vaticano convoca um conclave de cardiais que deve começar de 15 a 20 dias após a renúncia de Bento XVI, em 28 de fevereiro. Os cardeais elegíveis a votar, os que estão com menos de 80 anos, são mantidos dentro do Vaticano e fazem um juramento de manter segredo sobre o que ocorrerá durante a eleição.

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Duas votações são feitas a cada manhã e duas a cada tarde na Capela Sistina. Para que um papa seja eleito é necessário a maioria de dois terços. Em 2007, Bento retomou essa regra da maioria de dois terços, invertendo uma decisão do Papa João Paulo II, que decretou que a maioria simples poderia ser invocada após 12 dias de voto inconclusivo.

Os votos são queimados após cada rodada. A fumaça negra que sai da chaminé significa que não houve decisão. Já a fumaça branca é indício de que os cardeais escolheram o novo Papa e que ele aceitou. O toque dos sinos também sinaliza a eleição de um novo Papa e ajudam a evitar uma possível confusão em relação à cor da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina.

O novo Papa é apresentado na arcada da Praça de São Pedro com as palavras "Habemus Papam!", em latim (Temos papa!) e o escolhido concede sua primeira bênção.

As informações são da Associated Press.

A renúncia do Papa Bento XVI desperta, de imediato, especulações sobre quem será o próximo "sucessor do apóstolo Pedro", líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Nas discussões informais em Roma, quem encabeça a lista dos papáveis atualmente é o cardeal italiano Angelo Scola, da arquidiocese de Milão, uma das mais importantes da Itália. A lista dos nomes considerados traz ainda outros representantes da Europa, Canadá, Estados Unidos e também da América Latina - entre eles, o brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.

Embora não existam pré-requisitos oficiais para ser um "papabile" ("papável"), há mais de 600 anos eles elegem entre si o novo Papa. Atualmente, existem 119 cardeais eleitores, isto é, com menos de 80 anos e que podem votar. Durante o período de transição, quem administra a Igreja é o colégio de cardeais, especialmente na figura do "camerlengo", o responsável pelos bens da Cidade do Vaticano. Trata-se do Secretário de Estado, o "número dois" do Vaticano, atualmente o cardeal italiano Tarciso Bertone.

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Pela proximidade com o Papa, Bertone é um dos candidatos naturais para suceder Bento XVI, embora neste momento não seja o favorito. Sua função envolve grande autoridade política e diplomática e, por isso, ele conhece bem o funcionamento do Vaticano.

O favorito Angelo Scola, da arquidiocese de Milão, uma das mais importantes da Itália, é especialista em antropologia teológica e muito alinhado a Bento XVI, o que é visto como uma qualidade. Ambos são pensadores católicos. Scola é mais extrovertido e carismático do que Ratzinger. É muito aclamado em Milão e, portanto, está acostumado com multidões.

Seus fãs dizem que Scola mistura a autoconfiança de João Paulo II com a intelectualidade de Bento XVI. Ele tem 71 anos, idade que lhe confere ampla experiência como religioso, bispo e administrador, sinalizando que seu pontificado duraria até 20 anos - seria mais longo do que o de Bento XVI, Papa por apenas sete anos. Porém, é justamente a idade que pode tirar votos de Scola: alguns cardeais querem um papado mais longo.

Há também outros italianos entre os favoritos, como o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, de 70 anos, um intelectual renomado em diversas áreas, como teologia, arte, ciências e filosofia.

Mas a vivência internacional que falta para Ravasi sobra para o cardeal canadense Marc Ouellet, de 68 anos, prefeito da Congregação para os Bispos e um discípulo intelectual de Bento XVI. Embora seja canadense, já viveu também na Áustria, na Alemanha e na Colômbia, o que é visto como uma grande qualidade para o papado. Se eleito, ele será o primeiro Papa das Américas.

Brasileiros

O brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, não é considerado um favorito, mas sua eleição tampouco seria uma surpresa. Scherer lidera a mais importante arquidiocese do Brasil - país com maior número de católicos - e uma das maiores da América Latina. Isso atribui a ele grande visibilidade e experiência pastoral. O cardeal brasileiro também tem ampla vivência em Roma, onde trabalhou e estudou por sete anos. Com 63 anos, seria esperado do eventual Papa brasileiro um longo pontificado.

Entre os papáveis não europeus, há ainda pelo menos três latino-americanos: além do brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, figuram um argentino e um hondurenho. Outros nomes estão na lista dos papáveis, mas com menor probabilidade de eleição.

Aspectos

Segundo observadores do Vaticano - jornalistas, religiosos, acadêmicos e diplomatas - entre os papáveis há cardeais que ocupam cargos importantes na cúria romana e outros mais afastados, mas a escolha sempre pode surpreender. O cardeal Joseph Ratzinger era um papável e, de fato, se tornou Bento XVI. Mas seu antecessor, João Paulo II, era um jovem desconhecido, cujo nome, Karol Wojtyla, os cardeais mal sabiam pronunciar.

De qualquer forma, o perfil do Papa eleito deve sinalizar qual é o rumo que os cardeais pretendem dar à Igreja Católica nos próximos anos. Eles devem avaliar ao menos cinco aspectos principais na escolha do novo pontífice: idade, que ajuda a estimar quanto tempo deve durar o pontificado; experiência pastoral e fidelidade ao ensinamento teológico da Igreja; experiência como governante ou administrativa - ter sido bispo de uma grande diocese pode ser uma qualidade; experiência política, para mediar conflitos e se relacionar com autoridades de outros países; carisma, pois o Papa precisa lidar com multidões e saber se comunicar.

Quando o chefe da Igreja católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.

Durante seus dois mil anos de história, a Igreja Católica modificou várias vezes as modalidades para a designação de um Papa até chegar tardiamente à fórmula atual do conclave. Nada no Evangelho indica como escolher o sucessor do Santo Padre.

A intervenção de soberanos, de grandes famílias, ou até da força armada na escolha dos Papas levou Nicolau II a reagir publicamente em 1060, publicando a bula In Nomine Domini. Este texto codificou permanentemente a eleição dos Papas, que ficou a cargo exclusivamente dos cardeais.

Em 21 de novembro de 1970, Paulo VI definiu as características atuais do colégio eleitoral: a idade limite de um cardeal para participar da eleição é de 80 anos, e no número máximo de cardeis eleitores é 120. João Paulo II confirmou essas regras em fevereiro de 1996 em sua constituição apostólica "Universi Domini Gregis".

Nos últimos anos, a internacionalização crescente do colégio de cardeais tornou cada vez mais aleatório qualquer previsão sobre a escolha do conclave.

A eleição de um Papa deve acontecer distante de toda pressão externa, para isso, o enclave (cum clave) fica isolado do mundo exterior.

Este isolamento existe desde 1271 quando, em Viterbe (Itália), os cardeais, sem conseguir chegar a um acordo para escolher o sucessor de Clemente IV, foram presos pelos cristãos, que os mantiveram apenas com pão e água, para incitá-los a eleger rapidamente um novo Papa.

O eleito, Gregório X, institui esta prática como regra, a exceção do regime de pão e água.

Atualmente, mudanças especiais foram realizadas no Vaticano a fim de assegurar o isolamento dos "grandes eleitores", mas também para permitir o mínimo de conforto durante a duração do conclave, já que vários deles são idosos.

Os cardeais entram em conclave em no mínimo 15 dias e no máximo 20 dias após a morte ou renuncia de um Papa. Eles passam em cortejo da Capela Paulina até a Sistina. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas, e o isolamento é assegurado pelo cardeal carmelengo no interior, e pelo prefeito da Casa Pontifícia no exterior.

Os cardeais não têm o direito de votar em si mesmo e devem, um de cada vez, prestar juramento de respeito ao voto secreto e de aceitar o resultado. Eles juram igualmente que aquele entre eles que for eleito não renunciará jamais a reivindicar a plenitude dos direitos de pontífice romano.

A eleição acontece na Capela Sistina, com duas votações de manhã e duas à noite. As cédulas de voto são queimadas. O cardeal eleito é aquele que recebe pelo menos dois terços dos votos. Em caso de impasse, uma votação pela maioria absoluta é possível.

Quando o resultado é alcançado, o decano dos cardeais imediatamente pergunta ao eleito se ele aceita a eleição. Se este for o caso, torna-se Papa e sua jurisdição estende-se imediatamente para o mundo católico.

O novo Papa deve declarar o nome que ele escolheu como pontífice.

Durante o processo de votação, uma espécie de fogareiro é instalado na Capela Sistina para informar a multidão de fiéis, tradicionalmente reunida na Praça de São Pedro junto com o batalhão da imprensa, sobre o resultado da votação. Se a fumaça é preta, não há eleito. Se a fumaça é branca, um novo Papa foi escolhido.

Em nota, a Arquidiocese de Brasília se disse surpresa com a notícia da renúncia do Papa Bento XVI. Segue a íntegra:

"A Arquidiocese de Brasília recebe, com surpresa, a notícia da renúncia do Santo Padre. Em ligação telefônica com o cardeal Dom João Braz de Aviz, diretamente de Roma, confirmamos que a renúncia se dará no dia 28 de fevereiro após uma convocação do próprio Santo Padre. Convidamos toda a Arquidiocese para estar em oração com o Santo Padre nesse momento em que a Igreja mais precisa do seu Pastor.

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Pe. José Emerson Barros Cabral

Coordenador do Setor de Comunicação"

O conclave para eleição do novo Papa, após a renúncia de Bento XVI anunciada nesta segunda-feira, provavelmente deve ser realizado antes do fim de março, afirmou há pouco o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi. Segundo ele, as autoridades responsáveis pela sede vacante - período em que o colégio de cardeais governa a Igreja - serão responsáveis por definir a duração.

"Não é possível prever, mas parece que a duração da sede vacante em outras ocasiões foi inferior a um mês", afirmou. "Mas antes tínhamos os funerais e desta vez não temos. Acredito que em março haveremos um conclave." Segundo Pe. Lombardi, as celebrações da Páscoa também podem ser comandadas pelo novo Papa. "Bento XVI permanece em pleno governo da Igreja até 28 de fevereiro", recordou o porta-voz. Em 2013, o Domingo de Páscoa será no dia 31 de março.

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O porta-voz do Vaticano acrescentou que o Papa não teme qualquer potencial consequência cismática da sua renúncia, "ele não vê risco de a confusão se espalhar por causa de sua decisão".

Após a renúncia, Bento XVI deve se mudar temporariamente para a residência de verão em Castelgandolfo, perto de Roma, e depois viverá em uma residência isolada no Vaticano, onde se dedicará à estudos, rezar e possivelmente escrever livros. Pe. Lombardi acrescentou que Bento XVI não participará do conclave para eleição do novo Papa.

A renúncia de Joseph Ratzinger ao trono do apóstolo Pedro nesta segunda-feira é histórica. Ele se torna o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos. A partir de 28 de fevereiro, quando deixará o cargo, Bento XVI se unirá ao pequeno grupo de papas que abdicaram.

Segundo a tradição cristã e relatos históricos Clemente I (97), Ponciano (235), Silvério (537), João XVIII (1009), Bento IX (1045), Celestino V (1294) e Gregório XII (1415) fazem parte do grupo de bispos de Roma que deixaram o papado, pequeno se for considerado o total de 265 papas ao longo da história.

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"O Papa nos pegou de surpresa", disse há pouco o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, ao confirmar a saída de Bento XVI. Embora essa possibilidade fosse especulada em razão da idade avançada e o evidente cansaço do pontífice, ao mesmo tempo sempre costumava ser vista com certo ceticismo pelos observadores do Vaticano.

Também nos últimos anos de pontificado de João Paulo II havia muitos rumores de que o papa pudesse renunciar, o que não aconteceu. De qualquer forma, há mais de dois anos, Bento XVI afirmou ao jornalista e escritor alemão Peter Seewald não hesitaria em renunciar ao cargo se não se sentisse em condições "físicas, psicológicas e espirituais" para conduzir seu rebanho adequadamente.

O anúncio de Bento XVI ocorreu durante um consistório para a canonização de três mártires, tipo de reunião do Papa com os cardeais que ocorre regularmente. A partir das 20 horas do dia 28 de fevereiro inicia o período chamado de "sede vacante", durante o qual a Igreja Católica é governada pelo colégio de cardeais, especialmente na figura do camerlengo, atualmente o cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.

Entretanto, nenhuma grande decisão pode ser tomada. Neste ano, o conclave (eleição do novo Papa) deve ser convocado rapidamente, considerando que não há a necessidade de organização de um funeral para o antigo Papa. Atualmente são 119 os cardeais eleitores, ou seja, com menos de 80 anos. Todos podem ser eleitos. Ainda não está claro se Bento XVI continuará vivendo em Roma e que atividades realizará nos próximos anos.

A notícia de que o papa Bento XVI irá renunciar no fim deste mês surpreendeu a todos na manhã desta segunda-feira (11). O motivo principal seriam as condições físicas do religioso que vem à frente da Igreja Católica ao longo dos últimos sete anos. 

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, acredita que o próximo escolhido pela igreja deve ser alguém mais jovem. Segundo ele, a agenda corrida do papa com muitas viagens é muito pesada para ele que tem 86 anos. “Fomos pegos de surpresa. Fiquei muito emocionado quando recebi a notícia nesta manhã”, relatou. Ainda de acordo com Dom Fernando, a decisão da renúncia ocorreu na tarde desse domingo (10), durante uma reunião com os cardeais em que os religiosos discutiam casos de beatificações. 

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O arcebispo acredita que no início do mês de março, os cerca de 120 cardeais devem se reunir e votar entre si quem será o novo papa. “Não tem nenhum candidato especifico. Agora só nos resta rezar para que a vontade de Deus prevaleça. E rezar também pelo papa Bento XVI pelo homem que ele é”, completou. Em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro, a Igreja Católica já deve ser representada com um novo papa, segundo Dom Fernando.

Em toda a história da Igreja Católica apenas três papas renunciaram os cargos. São eles: Ponciano, no ano de 235, Celestino V, em 1294 e Gregório XII, 1415 (havia sido deposto pelo Concílio de Pisa, depois renunciou espontaneamente). 

São Paulo, 11/02/2013 - O Papa Bento VXI vai renunciar a seu pontificado no próximo dia 28 de fevereiro, anunciou nesta segunda-feira o Vaticano. Leia abaixo a íntegra do anúncio da renúncia do Papa:

"Caríssimos irmãos,

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Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI"

A edição online do El País informa que, segundo um porta-voz do Vaticano, o papa Bento XVI vai renunciar em 28 de fevereiro. Segundo o jornal, o porta-voz confirmou a informação à agência France-Press.

O executivo-chefe da Rio Tinto, Tom Albanese, deixou o cargo depois que a mineradora anglo-australiana informou que terá uma perda de US$ 14 bilhões com a redução do valor de sua problemática divisão de alumínio e de seus ativos de carvão em Moçambique. Sam Walsh, diretor da divisão de minério de ferro da companhia e das operações na Austrália, foi escolhido para suceder Albanese imediatamente.

A Rio Tinto vai reconhecer nos resultados de 2012 um prejuízo entre US$ 10 bilhões e US$ 11 bilhões com os ativos de alumínio e mais US$ 3 bilhões relacionados aos ativos de carvão, que foram adquiridos em 2011 por meio da compra da Riversdale Mining, que é listada na Bolsa de Sydney. O diretor de estratégia da empresa, Doug Ritchie, que liderou a aquisição, também renunciou ao cargo hoje.

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"Um prejuízo desta escala com a relativamente recente aquisição em Moçambique é inaceitável", afirmou o presidente da Rio Tinto, Jan du Plessis. O presidente destacou, porém, que os negócios principais e o balanço da companhia estão saudáveis e que medidas para reduzir custos e melhorar a competitividade da Rio Tinto continuam sendo tomadas.

Em um comunicado, Albanese disse reconhecer que a responsabilidade por todos os aspectos dos negócios é do executivo-chefe. Apesar de terem renunciado com efeito a partir de hoje, Albanese e Ritchie sairão da empresa em 16 de julho. O movimento inesperado amplia os problemas que a Rio Tinto vem enfrentando desde a aquisição da empresa canadense de alumínio Alcan por US$ 38 bilhões no auge do mercado, em 2007. A Rio Tinto teve queda de 59% no lucro em 2011, prejudicado por uma baixa contábil de US$ 8,9 bilhões sobre ativos.

A saída de Albanese, que entrou na empresa em 1993 e se tornou CEO em 2007, é mais um rearranjo recente entre as maiores mineradoras do mundo. A Anglo American nomeou Mark Cutifani para o posto de executivo-chefe no lugar de Cynthia Carroll, e a BHP Billiton disse que está procurando um sucessor para o executivo-chefe Marius Kloppers. As informações são da Dow Jones.

Eleito em outubro, o vice-prefeito de Palmas, Sargento Aragão (PPS), renunciou nesta quinta-feira (10), causando a primeira crise política da gestão do empresário colombiano naturalizado brasileiro Carlos Amastha (PP) na capital do Tocantins.

Aragão tomou a decisão sob a alegação de ser contra a nomeação do irmão e da cunhada do deputado federal Eduardo Gomes (PSDB-TO) e de um vereador ligado à senadora Kátia Abreu (PSD-TO) para cargos do primeiro escalão. Também disse discordar do remanejamento de 50% no orçamento municipal, pedido por Amastha e incluído no Orçamento 2013, aprovado pela Câmara Municipal em dezembro.

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Deputado de oposição ao governador Siqueira Campos (PSDB), Aragão já havia votado contra o pedido do Executivo estadual de remanejar 40% dos recursos sem consulta à Assembleia. "Como posso aceitar 50% no município?", questionou. Em relação ao secretariado, disse que Amastha "juntou tudo e todos e esqueceu de combinar com a base que o elegeu".

O prefeito disse, por meio de assessoria, que entende o posicionamento de Aragão e a decisão dele de continuar na Assembleia e que escolheu o secretariado com critérios técnicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Com a posse dos prefeitos e vice no Recife e Região Metropolitana ocorrida no dia 1º de janeiro, alguns deputados deixaram as vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e tiveram que ser substituídos. Com a saída dos eleitos, assumiram os deputados Eduardo Porto e Terezinha Nunes do PSDB, Sebastião Rufino (PSB) e Ossesio Silva (PRB).

Os deputados que renunciaram foram: Edson Vieira e Carlos Santana, ambos do PSDB e que administrarão Santa Cruz do Capibaribe e Ipojuca, respectivamente e os ex-deputados Izaías Régis, do PTB que é o novo prefeito de Garanhuns e Luciano Siqueira, do PCdoB, vice-prefeito do Recife.

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Na nova composição da Alepe, Eduardo Porto e Terezinha Nunes assumem como efetivos na bancada de oposição, já que o PSDB não coligou na campanha de 2010. Já Ossesio Silva e Sebastião Rufino atuarão como suplentes da coligação Frente Popular de Pernambuco. Os deputados Augusto César, do PTB, e Zé Maurício, do PP, que ocupavam vagas de suplência, tornaram-se efetivos. 

Milhares marcharam em Hong Kong no primeiro dia de 2013 para pedir que o líder, apoiado por Pequim, renuncie diante das alegações sobre renovações ilegais em sua mansão. Os manifestantes exigem democracia completa.

A polícia estima que 17 mil pessoas tenham protestado nesta terça-feira. Organizadores dizem que o número foi de 130 mil. Com faixas e gritos, a manifestação pedia que o dirigente Leung Chun-ying renuncie ao cargo.

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O protesto ocorreu meio ano depois de o dirigente ser escolhido por um comitê e gira em torno de um escândalo sobre construção ilegal de estruturas em sua mansão.

Os pôsteres retratam Leung como vampiro e lobo. Os manifestantes usam o escândalo para pressionar pelo voto direto para eleger o líder de Hong Kong. É uma região com autonomia limitada, mas com garantias civis como a de manifestação, o que não ocorre em Pequim.

"Por não termos um governo democrático, grande parte das políticas introduzidas por este governo não reflete diretamente o interesse das pessoas", disse a porta-voz dos organizadores da manifestação a Frente dos Direitos Humanos e Civis, Jackie Hung. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O ministro para Assuntos Legais e Parlamentares do Egito, Mohammed Mahsoub, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, um dia depois de o presidente Mohamed Morsi ter prometido uma reforma na tumultuada economia do país.

Mahsoub disse que estava deixando o cargo porque "muitas políticas e esforços (do governo) contradizem minhas convicções pessoais", de acordo com carta publicada na página do Facebook que pertence ao líder de seu partido, o moderado Wasat.

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Ele também criticou o fracasso do governo em recuperar os recursos supostamente desviados por membros do regime de Hosni Mubarak. Sua renúncia ocorre dois dias depois de o ministro de Comunicação de Morsi, Hany Mahmud, ter deixado o governo em razão da "atual situação do país".

Mahsoub, vice-líder do Wasat, havia apoiado Morsi contra a oposição laica durante a profunda crise política a respeito da nova Constituição, que se tornou lei na semana passada.

Semanas de protestos e confrontos violentos precederam o referendo constitucional. A nova lei foi redigida por um painel dominado por islamitas e boicotada por cristãos e liberais.

Em discurso feito na quarta-feira, Morsi elogiou a Constituição e disse que estudava mudanças ministeriais. "Vou implementar todas as minhas ideias para estimular a economia egípcia...e farei todas as mudanças necessárias para cumprir esta tarefa", declarou o presidente.

Ataque à oposição

O promotor chefe do Egito ordenou nesta quinta-feira a realização de uma investigação sobre os líderes da oposição, depois que um advogado os acusou de incitar a queda do regime do presidente Morsi, informou um funcionário do judiciário, em condição de anonimato.

A ordem, emitida por um funcionário indicado por Morsi, deve agravar as tensões políticas, que resultaram em violentos episódios de violência nas ruas.

A acusação, aberta no mês passado, diz que Mohammed ElBaradei - ganhador do prêmio Nobel da Paz e ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU -, juntamente com Amr Moussa, ex-ministro de Relações Exteriores, e Hamdeen Sabahi, que foi candidato à presidência, fizeram campanha para derrubar Morsi. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

A emissora estatal de televisão do Egito noticiou ontem que o presidente do Banco Central do país, Faruq El-Okda, havia renunciado, mas pouco depois a própria emissora divulgou outra notícia, citando uma fonte do gabinete de governo, negando a renúncia. Nos últimos dias aumentaram os rumores sobre a possível saída de Okda, em função de problemas de saúde.

Segundo a TV estatal, Okda, que presidente o banco central desde 2003, pode ser substituído por seu ex-vice, Hisham Ramez. As reservas internacionais do país despencaram nos últimos dois anos, em meio às turbulências após a queda do regime de Hosni Mubarak. Enquanto isso, os egípcios negociam há meses um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). As informações são da Dow Jones.

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O vice-presidente do Egito, Mahmud Mekki, anunciou sua renúncia neste sábado, informou a televisão estatal. A medida foi tomada no mesmo dia em que é realizada a segunda etapa do referendo sobre uma nova Constituição.

Mekki, de 58 anos, já era um respeitado juiz antes de o presidente Mohamed Morsi tê-lo nomeado para o cargo em agosto.

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Ele liderou a oposição do judiciário que derrubou Hosni Mubarak, mas não atendeu os pedidos para se candidatar à presidência, afirmando que desejava se manter politicamente independente. As informações são da Dow Jones.

O prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), Elias Gomes (PSDB), renunciou nesta quinta-feira (20) ao cargo faltando 10 dias para término do mandato. Na justificativa ele diz querer homenagear o vice-prefeito, Edir Pinto. Além dessa explicação, o tucano alegou precisar de tempo para pensar no próximo governo e enviou uma carta ao presidente da Câmara Municipal detalhando os motivos do afastamento.

Com a renúncia solicitada por Elias Gomes, ele só voltará à prefeitura no próximo dia 1º de janeiro, quando assume oficialmente o próximo mandato a prefeito da cidade. Em carta endereçada ao presidente da Câmara Municipal, vereador Manoel da Costa Neco, o tucano diz o porquê do desligamento desses 10 dias. “Estou preparado e me preparando para um novo mandato, um novo governo de ruptura e continuidade para o qual peço de público o apoio deste e do novo Parlamento municipal para, juntos com a sociedade, fazer Jaboatão avançar ainda mais”, declara Gomes que no mesmo documento solicita autorização para o afastamento.

Também na carta, Elias Gomes diz que fará avanços na gestão. “O meu compromisso e dever, agora, é o de dar um salto qualitativo à gestão, consolidando e avançando num governo cada vez mais profissionalizado, democrático, orientado pelo interesse público e focado nos resultados”, destaca o prefeito que logo em seguida complementa: “Preciso refletir, maturar ideias, confabular sobre este honroso e novo desafio. Para tal, peço permissão a Deus, a este Poder, ao povo da minha cidade, para renunciar a este mandato que se findará nos próximos dez dias”

Em relação, ao vice-prefeito, Edir Pinto Peres, o prefeito de Jaboatão diz que essa atitude é também uma maneira a homenageá-lo. “Grande figura de homem público, leal companheiro e militante das boas causas, a quem sou agradecido e o homenageio neste instante”, elogiou o tucano.


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O presidente da China, Hu Jintao, renunciou à liderança do Partido Comunista para deixar o caminho livre a fim de que o vice-presidente, Xi Jinping, assuma seu posto. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (14), último dia do 18º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh), realizado em Pequim.

Delegados presentes no Congresso disseram que Hu não foi reeleito membro do comitê central do Partido Comunista, nesta quarta-feira. Já Xi foi reeleito juntamente com outros principais candidatos para assentos no todo poderoso Politburo Standing Committee.

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Designado sucessor de Hu cinco anos atrás, Xi assumirá o cargo de secretário geral do partido na quinta-feira, e como presidente, na próxima primavera, configurando-se assim a segunda transferência ordenada de poder na China. Li Keqiang também deve assumir o cargo do premiê Wen Jiabao. Os novos líderes vão enfrentar a desaceleração econômica e a inquietação crescente da população. As informações são da Associated Press.

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O diretor-geral da rede britânica BBC, George Entwistle, entregou no sábado sua carta de demissão. Em meio ao escândalo sexual envolvendo o ex-apresentador Jimmy Savile, que morreu em 2011, ele e a emissora pública se viram ainda em outra polêmica. O canal teria transmitido um programa de investigação com acusações falsas de pedofilia contra um ex-líder do Partido Conservador.

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