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O prefeito do Recife Geraldo Julio afirmou, nesta sexta-feira (19), que o PSB “nunca esteve na base aliada do governo” do presidente Michel Temer (PMDB). Segundo ele, a decisão da legenda há cerca de um ano foi de se manter independente à gestão do peemedebista. Apesar disso, acabou ganhando o comando do ministério de Minas e Energia, com o ministro Fernando Filho.  

“O partido nunca esteve na base do governo Temer, não estamos saindo porque nunca estivemos. O que há é uma indicação feita pelo próprio presidente do deputado Fernando Filho [para o ministério], não é uma indicação do partido [ao cargo]”, argumentou o pessebista, em entrevista a Rádio Jornal. 

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Sobre a eventual entrega do cargo, já defendida pelo presidente nacional da legenda Carlos Siqueira, Geraldo ressaltou que a decisão não é do PSB, mas do próprio Fernando Filho. “Não cabe ao PSB esta decisão, é do presidente Temer com o ministro. O PSB não tem ministro, diferentemente de outros partidos que agora decidem se ficam ou não no governo”, frisou. 

Geraldo Julio defendeu ainda que o presidente deixe o comando do país. “A renúncia era o melhor caminho, este governo perdeu as condições. E após a divulgação do áudio perdeu a governabilidade”, disse. “Isso vai aprofundar a crise econômica do Brasil que já é tão grave”, acrescentou. 

Neste sábado (20), o partido vai reunir a direção nacional em Brasília para discutir sobre como vai agir diante da nova crise política nacional. Nessa quinta (18), o partido assinou, junto com partidos como o PT e o PSOL, um pedido de impeachment protocolado contra o peemedebista na Câmara dos Deputados. 

Com a divulgação de um áudio que integra a delação dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, na Lava Jato revelando o provável envolvimento do presidente Michel Temer (PMDB) em pagamentos de propina e no incentivo a manutenção de uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações do esquema, o PSB começou a se afastar ainda mais do governo.

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu nesta quinta-feira, 18, a renúncia de Michel Temer (PMDB) como a melhor solução para crise do País, caso os áudios da conversa entre o presidente com o empresário Joesley Batista, sócio da JBS, confirmem as acusações contra Temer.

"A solução mais indicada é ele renunciar, pois é mais rápido." Bolsonaro afirmou ainda que, nesse caso, o novo presidente deve ser escolhido por meio de eleições indiretas. O deputado se disse contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da eleição direta. ""Não pode ter casuísmo."

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Bolsonaro estava em Florianópolis, em mais uma de suas viagens pelo País nas quais tenta tornar viável sua candidatura presidente em 2018.

Por enquanto, Bolsonaro afirmou que não deve ser candidato em caso de eleição indireta. "Não tenho um grande apoio entre os parlamentares e não vou concorrer para pagar um mico." Somente no caso de ele conseguir reunir apoio suficiente, é que uma candidatura indireta poderia ser apresentada. Por enquanto, Bolsonaro acredita poder contar com apenas uma quinzena de votos de seus colegas.

O pré-candidato afirmou que ficou surpreso com as denúncias contra Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Em 2014, meu antigo partido (PP) quis colocar na minha conta de campanha dinheiro da JBS. Eu recusei. Vi que tinha maracutaia. A contrapartida não era só votar com o governo, era não assinar CPI. Esse escândalo vai mais longe. Você olha para cara dos caras no Congresso todo dia e vê o que está acontecendo", concluiu.

Além de assegurar que não renunciaria ao mandato, o presidente Michel Temer (PMDB) fez uma análise da semana para a sua gestão. Segundo o peemedebista, o governo foi “do melhor ao pior momento” em uma semana e, sob a ótica dele, as denúncias oriundas da delação da JBS trouxeram de volta o “fantasma da crise política”. 

“Quero deixar muito claro dizendo que o meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda na inflação e os números de retorno do crescimento econômico criaram esperança de dias melhores, o otimismo retomava e as reformas avançavam”, salientou. “Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada”, acrescentou.

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Com um tom duro e demonstrando insatisfação com o clima em torno do nome dele, Michel Temer disse que “todo esforço de tirar o país da recessão pode ser tornar inútil” com as acusações. 

No início da tarde, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o presidente por obstrução. Ele é acusado de incentivar o dono da JBS a manter uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações da Lava Jato. 

Finalizando o pronunciamento, o presidente disse que com “tanto esforço e dificuldades superadas”, o “único compromisso” dele é com o Brasil.

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, nesta quinta-feira (18), que não vai renunciar ao cargo mesmo após as denúncias de que ele teria comprado o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) diante de investigações da Lava Jato. Em pronunciamento, na tarde de hoje, ele foi enfático: "não renunciarei, repito, não renunciarei".

Uma matéria divulgada pelo jornal O Globo revelou a gravação de um áudio em que o peemedebista teria incentivado o dono da JBS a manter uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações da Lava Jato. 

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Michel Temer confirmou a conversa, mas negou o incentivo da mesada. "Houve realmente o relato de um empresário que, por ter relação com o ex-deputado, auxiliava a família do deputados, mas não solicitei que isso acontecesse e em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado, não comprei o silêncio de ninguém porque não temos nenhuma delação", argumentou. 

O pronunciamento do presidente aconteceu após o Supremo Tribunal Federal autorizar a abertura de inquérito contra ele para apurar o caso. Antes de falar com à imprensa, inclusive, Temer solicitou ao STF o acesso aos documentos que embasam as denúncias, mas “até o momento não conseguiu”. 

“Na investigação pedida pelo STF surgirão todas as explicações. Sei o que fiz e exigo uma investigação plena e muito rápida. Esta situação não pode persistir por muito tempo”, salientou. Antes disso, ele deixou claro que não tinha nada para esconder. “Não preciso de cargo público, nada tenho a esconder. Sempre honrei meu nome e nunca autorizei, por isso mesmo, que usassem meu nome indevidamente”, acrescentou. 

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Em texto publicado no seu blog, o jornalista Ricardo Noblat revela que o presidente da República, Michel Temer, estaria "pronto para anunciar sua renúncia ao cargo e deverá fazê-lo ainda hoje". 

Segundo Noblat, o pronunciamento de Temer, previsto para 16h, será adiado. O presidente teria conversado com alguns ministros e já informado sua decisão ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). 

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O movimento do Governo seria este: baseado na Constituição, convocar o Congresso para que Maia - substituto direto - seja eleito o novo presidente do país até o fim do próximo ano. 

Michel Temer completou um ano na Presidência do Brasil há apenas seis dias. Apesar de toda a instabilidade política causada pelo impeachment da petista Dilma Rousseff, pela crise econômica que assola o país e pelos protestos da oposição, o peemedebista enfrenta nesta quinta-feira (18) sua maior crise, com risco de tirá-lo do cargo.

Delatores disseram na noite dessa quarta-feira (17) terem um áudio bombástico no qual Temer autoriza o pagamento de suborno para manter calado o ex-deputado Eduardo Cunha. A conversa foi gravada pelos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, que fizeram acordo de delação premiada, a qual ainda não foi homologada e cita também outra negociação envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB). A dupla contou ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tinha gravado em março as palavras de Temer sobre Cunha.

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O presidente logo negou o teor das delações e garantiu que não renunciará ao cargo. Mas movimentos políticos prometem sair às ruas nesta quinta-feira para exigir a renúncia de Temer e a convocação de novas eleições, apesar da Constituição prever um pleito indireto.

Ontem à noite, um grupo já se reuniu na Avenida Paulista, em São Paulo, pedindo "Fora, Temer". Entre os manifestantes, havia apoiadores do PSOL e do Movimento Sem Terra (MST), que milita a favor de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Brasília, foram protocolados dois pedidos de impeachment de Temer. O primeiro partiu do deputado Alessandro Molon, da Rede, alegando crime de responsabilidade. O outro pedido veio do terceiro-secretário da Câmara, João Henrique Holanda Caldas, do PSB.

A oposição também se uniu em uma nota assinada por PT, PDT, PC do B, PSB, PSOL e Rede para anunciar um fórum permamente de ação para pedir a renúncia ou o afastamento de Temer. Mas, desde o mês passado, tramita na Câmara outro requerimento de impeachment, aberto por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do STF. Só que a comissão especial que analisará o pedido ainda não foi instalada.

Apesar dos pedidos de impeachment, muitos parlamentares defendem que Temer opte pela renúncia, que é mais rápida que todo o processo de afastamento via Congresso. Outra opção seria acelerar o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do processo da chapa Dilma-Temer, marcado para 6 de junho. Com impeachment ou renúncia, caso Temer saia do poder, são realizadas eleições indiretas para a Presidência. O novo mandatário seria escolhido pelo Congresso, ideia à qual muitos brasileiros já se manifestam contrariamente.

Nesse sentido, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB), afirmou que avaliará a possibilidade de pautar nos próximos dias no colegiado a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê eleições diretas para presidente.

Os senadores Lindbergh Farias (PT), Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Gleise Holffman (PT) defenderam, em um vídeo publicado nas redes sociais na noite desta quarta-feira (17), a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB). Para os parlamentares que compõem o bloco de oposição ao peemedebista, a atitude "é o mínimo de diginidade" que o Chefe do Executivo nacional pode fazer após a divulgação do áudio em que ele aparece recomendando a manutenção de uma mesada que a JBS supostamente paga ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). O dinheiro seria para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados diante das investigações da Lava Jato. 

Apesar da afirmativa de que eles vão entrar com um pedido de impeachment na Câmara, Vanessa Graziotin disse que "antes do impeachment temos que pedir renúncia já". "Não tem nem que ter processo de impeachment. Ele tem que renunciar", disparou a comunista. "A situação piora muito com isso. Temos a responsabiidade de não deixar este país à deriva. A questão do impeachment demora, a saída é Temer renunciar e convocar novas eleições gerais. Ele tem que ter pelo menos esta dignidade. É só isso que vai resolver. Não tem outro jeito. Vamos fazer todo esforço para que isto aconteça", corrobora Gleise.

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Reforçando os argumentos das aliadas, Lindbergh Farias observa que "o governo acabou" com as revelações. "Esta dado as condições para que a gente faça um movimento pedindo a antecipação das eleições. Agora todos sabem que este governo não tem condições de permanecer. É uma gravação, não é delação. Está todo mundo em choque, isto é mais que uma delação é uma gravação. Temos que procurar partidos do lado de lá também para procurar soluções para o país", salientou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu sua primeira crise interna de gabinete. Michael Flynn, assessor de Segurança Nacional, renunciou nessa segunda-feira (13) após um escândalo gerado por conversas com a Rússia que não tinham sido informadas à Casa Branca.

"Infelizmente, pelo ritmo dos acontecimentos, informei inadvertidamente e de forma incompleta ao vice-presidente, Mike Pence, e a outros sobre minhas ligações com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak", disse Flynn em sua carta de renúncia. As conversas entre Flynn e o embaixador russo ocorreram antes da posse de Trump, em 20 de janeiro, e haviam sido interceptadas pelo FBI.

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Em um dos diálogos, o assessor do magnata republicano falou sobre sanções contra o Kremlin e sobre a suposta interferência russa nas eleições presidenciais de novembro passado. Questionado pelo gabinete de Trump, Flynn mentiu sobre as conversas, negando que havia mantido contado com o embaixador e falado sobre as sanções.

O vice-presidente dos EUA acreditara em Flynn e também mentiu para a imprensa, há um mês, ao negar tais contatos. Michael Flynn já era alvo de polêmicas nos EUA antes mesmo da vitória de Trump nas eleições. Ele costumava publicar nas redes sociais notícias falsas de portais de extrema direita sobre supostos crimes cometidos pela adversária de Trump no pleito, a democrata Hillary Clinton. Trump aceitou a renúncia de Flynn e nomeou o tenente-coronel reformado Joseph Keith Kellogg como assessor de Segurança Nacional interino. Kellogg serviu no Exército entre 1967 e 2003 e esteve na Guerra do Vietnã.

Rússia

O governo russo, que sempre negou ter interferido nas eleições norte-americanas através de ataques de hackers, lamentou o incidente. Parlamentares disseram que a renúncia de Flynn é "pior que paranoia".

"Demitir o conselheiro de segurança nacional por ter contato com o embaixador russso, um relação diplomática de praxe, não é nem paranoia, é algo imensuravelmente pior", disse o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado russo, Konstantin Kosaciov. "Não era Flynn o alvo, mas sim, as relações com a Rússia", afirmou, por sua vez, o presidente da Comissão Exterior da Duma, Alexei Pushkov. 

Nos Estados Unidos, o recém-nomeado secretário do Exército, Vincent Viola, renunciou ao cargo, tornando-se o primeiro designado do alto escalão do governo de Donald Trump a abandonar o cargo antes de tomar posse.

Viola é empresário, fundador de uma financeira em Wall Street, a Virtu Financial, e dono da equipe de hóquei Florida Panthers. Em comunicado, ele disse que renunciava, pois "os desafios que o separavam de seus negócios do departamento de defesa tinham se provado insuperáveis".

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"Estou profundamente honrado por ter sido considerado para esse posto e aprecio a confiança do presidente Trump", disse Vincent Viola. "Eu ofereço meu suporte para o presidente Trump e sua administração, e vou redobrar meus esforços para apoiar o exército e seus veteranos como um cidadão", complementou.

Um funcionário do governo confirmou a renúncia de Viola, mas não fez comentários.

As nomeações de Trump de executivos têm gerado complicações para empresas e seus advogados. A Exxon Mobil, por exemplo, teve que desembolsar US$ 180 milhões para a aposentadoria de seu executivo-chefe, Rex Tillerson, que assumirá como Secretário de Estado de Trump. Fonte: Dow Jones Newswires.

Ao fazer um balanço dos sete meses de gestão, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (22) que não cogita renunciar ao cargo e que vai recorrer até ao Supremo Tribunal Federal caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pela cassação da chapa Dilma-Temer. Mesmo sem ter sido questionado sobre uma possível renúncia, Temer disse que "não tem pensado" nisso.

Durante o café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada, o presidente foi perguntado sobre uma eventual cassação da chapa reeleita em 2014 e sobre possíveis impactos das investigações da Operação Lava Jato no mandato presidencial. Em relação ao julgamento da ação que analisa se houve abuso de poder econômico na eleição presidencial de 2014, Temer disse que, caso o TSE decida pela cassação, "haverá recursos e mais recursos", também ao Supremo.

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Temer negou também que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vá deixar o governo. Ontem, a Coluna do Estadão informou que Padilha pediu ao lobista Lúcio Funaro a entrega de dinheiro no escritório do ex-assessor da Presidência José Yunes. Funaro teria entregue a Yunes dinheiro em espécie repassado pela Odebrecht, empresa alvo das investigação da Lava Jato. "Não tirarei o chefe da Casa Civil. Não haverá mudança."

Além de negar mudanças no núcleo duro do governo, o presidente também afirmou que, "no momento", não pensa em realizar uma reforma ministerial no início do próximo ano.

Ao lado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo de Oliveira (Planejamento), o presidente minimizou a baixa popularidade e comentou a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - que comparou o atual governo a uma "pinguela". Temer disse que, quando criança, "nunca caiu de uma". A seguir os principais trechos da entrevista:

TSE/delação/renúncia. "Em havendo uma decisão (a favor da cassação) haverá recursos e mais recursos, não só no TSE, mas no Supremo Tribunal Federal. Mas no dia que o Judiciário tiver uma decisão definitiva, eu serei obediente a ela... Segundo ponto, o fato de delatores terem mencionados nomes, digo com muita frequência que no Brasil se formou a seguinte convicção: se um delator mencionou o nome de alguém, ele [O ACUSADO]está definitivamente condenado... Agora você me pergunta se eu vou renunciar? Eu confesso que não tenho pensado nisso."

Reforma ministerial. "Não tirarei o chefe da Casa Civil. Na verdade, ele continua firme e forte a frente da Casa Civil. Hoje (ontem) verifiquei uma notícia de que ele seria substituído por uma outra figura também exponencial, mas não haverá mudança nenhuma. Sobre esse outro tópico de que haverá mudança ou não (reforma ministerial) isso, naturalmente não sei o que vai acontecer lá para frente, mas não cogito. Não há nenhuma intenção neste momento de fazer qualquer alteração ministerial."

Vazamentos. "Quando mandei a carta para o procurador-geral não me insurgi contra a Lava Jato. Me insurgir contra a história, se tem 78, 80, 90 delações, não pode soltar uma por semana. Digo que isso prejudica realmente, cria um clima de instabilidade. Se for possível, acelere essas delações de modo que elas possam logo ser remitidas ao Supremo Tribunal Federal, ao juízo competente. Se nessas delações pessoas forem citadas, cada uma delas saberá como justificar, como se defender."

Pinguela. "Quando eu era menino, eu sou do interior do Estado de São Paulo, cidade pequena, havia um riacho e eu e alguns colegas brincávamos muito colocando uma pinguela para atravessar exatamente esse riacho... sabe que nunca caí, embora fosse uma pinguela. Quando ouço essa expressão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é porque se percebe que há muitas amarguras, paixões. No fundo quando o ex-presidente menciona, ele menciona que é um pinguela, mas precisamos sustentar."

Erros. "Acho que eu tenho muitos erros, muitos acertos, como é natural num governo. Agora, eu quero repetir aqui a frase do presidente Juscelino: eu não tenho compromisso com o erro. Quando eu percebo que erro, eu logo conserto. É interessante quando você erra, as pessoas acham que você não pode recuar. E daí vem ‘Temer recua’... não me incomodo."

Popularidade. "Não abro mão da popularidade. Dizem que há impopularidade. Isso me incomoda? Digamos assim, é desagradável. Mas não me incomoda para governar. Para governar, alguém até disse, há poucos dias: ‘Olha, a popularidade é uma jaula. Aproveite a impopularidade para fazer aquilo que o Brasil precisa’. E é o que estou fazendo. Lá na frente haverá reconhecimento. A verdade virá."

Desembarque do PSB. "O interessante é que embora haja manifestações de que devem sair, isso nunca chegou a mim. E nas votações do Congresso, ressalvada essa última (da renegociação da dívida dos Estados), o PSB deu um número muito significativo de votos. Ou seja, quando alguns líderes se manifestam não sei se tem repercussões dentro da bancada."

FGTS. "Isso (o saque de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) vai permitir que cerca de 10,2 milhões de trabalhadores possam sacar o saldo de suas contas do FGTS. Os trabalhadores alcançados são aqueles que possuem contas no FGTS inativas até 31/12/2015 (...) Há restrições para o saque do saldo dessas contas (...) Nós estamos flexibilizando essa exigência. Porque o momento que nós vivemos na economia demanda a adoção de medidas que permitam, ainda que de forma parcial, uma recomposição da renda do trabalhador (...) Portanto, é uma injeção de recursos que vai mobilizar, movimentar a economia. E equivale, também pelos cálculos do Planejamento, a cerca de 0,5% do PIB." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer disse na manhã desta quinta-feira, 22, que não cogita renunciar ao cargo e que vai recorrer caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determine a cassação da chapa Dilma-Temer. No próximo ano, o tribunal vai julgar a ação que analisa se houve abuso de poder econômico na eleição de 2014.

"Não tenho pensando em renúncia", afirmou o presidente em café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada. Ele não descartou recorrer caso a decisão seja pela cassação da chapa. E em seguida completou: "Serei obediente à decisão definitiva do Judiciário".

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Sobre a Lava Jato, ele voltou a criticar vazamentos de delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Temer foi citado pelo ex-executivo Cláudio Melo Filho acusado de ter pedido dinheiro para a campanha do PMDB.

"Vazamento de delações cria clima de instabilidade", afirmou Temer. "Não pode soltar uma delação por semana. Não dá para esperar 77 semanas para que todas as delações sejam trazidas à luz", disse. Na semana passada, Temer mandou carta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo "celeridade" no caso.

Afastado do Náutico desde maio, o até então presidente eleito do Náutico, Marcos Freitas, entregou na noite desta quinta-feira (15) a oficialização do pedido de renúncia do cargo. Licenciado por razões médicas, Marcos comandou o alvirrubro apenas por cinco meses, sendo eleito em dezembro de 2015 em disputa acirrada com Edno Melo, que venceu por apenas 10 votos de diferença.

O Conselho Deliberativo, por meio de nota oficial, aceitou o pedido de saída de Marcos Freitas, e lamentou o fato do afastamento. “Lamentamos o afastamento e agradecemos a dedicação empreendida enquanto esteve à frente da gestão da Diretoria Executiva”, divulgou. O presidente, de 64 anos, tem hipertensão e diabetes e vinha apresentando descontrole e alterações em suas taxas.

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Ivan Brondi, que esteve à frente do Náutico nos últimos sete meses, assumirá integralmente a presidência do clube em 2017. Na próxima segunda-feira (19), às 18h, será realizada uma sessão solene, na qual o mandato será oficialmente transferido. No caso de uma ausência de Ivan do clube, Gustavo Ventura, presidente do Conselho Deliberativo irá assumir o Timbu. Ao final do próximo ano, novas eleições serão realizadas no alvirrubro para o biênio 2018/2019.

Confira a nota do Conselho Deliberativo do Náutico:

“O Conselho Deliberativo do Clube Náutico Capibaribe recebeu nesta data a carta-renúncia do presidente Marcos Freitas. 

Lamentamos o afastamento e agradecemos a dedicação empreendida enquanto esteve à frente da gestão da Diretoria Executiva. 

Aproveitamos o ensejo para comunicar que o vice-presidente Ivan Brondi assumirá a titularidade da presidência do CNC na próxima segunda-feira (19 de dezembro) às 18h.”

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Em nota divulgada nesta quinta-feira (15), a Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul criticaram a postura do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Eles alegam que o magistrado "vem reiteradamente violando as leis da magistratura e os deveres éticos impostos a todos os juízes do país, valendo-se da imprensa para tecer juízos depreciativos sobre decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato e mesmo sobre decisões de colegas seus, também Ministros do Supremo Tribunal Federal".

Na nota, os juízes ironizam e dizem que Gilmar Mendes pode renunciar. "Nada impede que o Ministro Gilmar Mendes, preferindo a função de comentarista à de magistrado, renuncie à toga e vá exercer livremente sua liberdade de expressão, como cidadão, em qualquer dos veículos da imprensa, comentando - aí já sem as restrições que o cargo de juiz necessariamente lhe impõe - o acerto ou desacerto de toda e qualquer decisão judicial".

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"Enquanto permanecer magistrado da mais alta Corte do país, porém, a sociedade brasileira espera que ele se comporte como tal, dando o exemplo de irrestrito cumprimento das leis do país e dos deveres ético-disciplinares impostos a todos os juízes", diz outro trecho da publicação. 

A Associação ainda destacou que o Estatuto da Magistratura proíbe os magistrados que manifestem "por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério".

Nesta quinta, Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o STF vive "momentos esquisitos" e que "a toda hora é um surto decisório que não corresponde às nossas tradições". A afirmação foi feita ao comentar a medida do ministro Luiz Fux que anulou a votação da Câmara sobre o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção e solicitou que fosse seja devolvido ao Senado para análise entre os deputados.

Miguel Arraes passaria por dias difíceis. Era 1 de abril de 1964. O Palácio do Campo das Princesas foi cercado por tropas do exército que pediam sua renúncia. Arraes não ser curvou. Se recusou a renunciar. Um golpe do estado tiraria o governador de seu mandato. Saiu preso do Palácio, em um fusca, direto para a prisão em Fernando de Noronha. Passaria também pela Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. No dia 25 de maio de 1965, foi exilado, na Argélia, no Norte da África, onde passou 15 anos. 

Arraes declarou que se recusava a renunciar ou abandonar o mandato porque este o acompanharia enquanto o prazo que o povo lhe concedeu e enquanto o fosse permitido viver. “O Palácio do Governo está sendo ocupado por tropas do exercito, que se subordinaram contra o presidente da República tocando assim, no meu mandato, que o povo de Pernambuco me concedeu através de gloriosa campanha eleitoral. Sei que cumpri, até agora, o meu dever para com o povo pernambucano. Sei que estou fiel aos princípios democráticos e a legalidade e à Constituição, que jurei cumprir. Estou assim, por força da ocupação do palácio feita a luz do dia enquanto se registrava negociações impedido de exercer o mandato numa violação da constituição do estado e da constituição federal”, contou. 

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“Prefiro isso do que a negociar e a vê-lo manchado porque jurei ser digno das gloriosas tradições do povo de Pernambuco e o povo de nunca haveria o seu governador descer para negociar o mandato que, honrosamente, conquistou nas ruas do Recife e na cidade do interior do nosso estado. Espero que todos possam, através da unidade, cada vez maior do povo levar o nosso estado e a nossa pátria, a grandeza que todos nós precisamos”.

Ainda na situação que se encontrava, o líder disse que tinha esperança. “Sei que a nossa pátria atravessa dias de grandes dificuldades, mas sei que o povo haverá de conquistar cada vez maior liberdade e condições de lutar por um Brasil grande em que haja harmonia entre seus filhos e que essa harmonia pode vir senão da justiça que se estabeleça para todos, para milhões de cidadãos nossos, milhões de irmãos que estão no Brasil inteiro, a espera de uma palavra da luta que cada um tenha a consciência dos nossos destino nos possa dar e nos possa fazer". 

COMPORTAMENTO ALTIVO

Para o deputado Jarbas Vasconcelos, Arraes caiu com muita dignidade. “Entre mim e Arraes existia uma diferença de idade de 27 anos. Eu não conheci Arraes, pessoalmente, no primeiro período quando ele foi governador e deposto, mas, o que me marcou muito e eu acredito que há muitos pernambucanos naquela época, era o seu comportamento digno, altivo, correto, do enfrentamento aos militares que se subordinaram e deram um golpe de estado”.

O peemedebista acredita que a atitude de Arraes de não ter cediço à pressão marcou a sua trajetória. “Arraes foi acionado pelos militares para que assinasse um documento de apoio ao golpe ou então mudasse os secretários para que continuasse a ser governador. Ele refutou as duas hipóteses e foi ameaçado de voz de prisão, reagiu e saiu preso do Palácio. Foi preso e depois foi para um período de exílio. Isso marcou muito ele, sobretudo, no Recife das pessoas que acompanharam esse gesto altivo”.

Milhares de sul-coreanos tomaram as ruas da capital, Seul, neste sábado (29), pedindo a renúncia da cada vez mais impopular presidente Park Geun-hye, sob alegações de que ela teria deixado uma velha amiga, filha de um líder religioso, interferir em importantes assuntos de Estado.

O protesto ocorreu após Park ordenar que 10 de seus secretários seniores renunciem por causa do um escândalo, que deve prejudicar ainda mais a imagem da presidente, antes das eleições do próximo ano.

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Segurando velas e cartazes dizendo "Quem é o verdadeiro presidente?" e "Park Geun-hye, demita-se", os manifestantes marcharam pelo centro de Seul depois de realizar uma vigília perto da prefeitura. A polícia estima que cerca de 9 mil pessoas tenham comparecido à maior manifestação antigovernamental da capital sul-coreana em meses.

"Park perdeu sua autoridade como presidente e mostrou que não tem as qualidades básicas para governar um país", disse o prefeito da cidade de Seongnam, Jae-myung Lee, do Partido Minjoo, de oposição.

Park vem enfrentando pedidos para reorganizar sua equipe depois que admitiu, na última terça-feira, que forneceu à amiga de longa data Choi Soon-sil rascunhos de seus discursos para edição. Seu pedido de desculpas na televisão provocou inúmeras críticas sobre sua má gestão da informação nacional e de seu estilo de liderança mão pesada que muitos veem como falta de transparência.

Há também especulações da imprensa de que Choi, que não possui qualquer emprego no governo, teria se intrometido nas decisões do governo e explorado seus laços com a presidente para se apropriar de fundos de organizações sem fins lucrativos.

Promotores aprofundaram neste sábado a investigação, fazendo buscas nas casas e escritórios de funcionários presidenciais suspeitos de interagir com Choi, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O escritório de Park negou que promotores tenham procurado a Casa Azul - gabinete presidencial e residência.

Os promotores haviam previamente convocados alguns dos principais interlocutores de Choi e estiveram em suas casas e locais de trabalho e também os escritórios de duas fundações sem fins lucrativos supostamente controladas por Choi.

A saga, desencadeada por relatos da mídia, levou a aprovação de Park a níveis recordes de baixa. O Partido Justiça, de oposição, pediu que ela renunciasse. O Partido Minjoo, também de oposição e que tem maior representatividade, absteve-se de pedir a renúncia, com medo de que isso pudesse afetar de forma negativa a eleição presidencial do próximo ano, mas declarou que a decisão de Park de mudar seu secretariado era muito pequena e tomada tardiamente e pediu mudanças mais fortes, incluindo o remanejamento de seu gabinete.

Entre os assessores de saída está Woo Byung-woo, secretário presidencial sênior para assuntos civis, e Ahn Jong-Beom, secretário sênior para a Coordenação Política. Lee Won-jong, chefe de gabinete de Park, apresentou sua demissão na quarta-feira. Woo tem sido responsabilizado por não ter impedido Choi de influenciar os assuntos do Estado e também tem sido envolvido em acusações de corrupção em torno de sua família.

O escritório de Park informou que pretende anunciar uma nova linha de secretários seniores em breve. Fonte: Associated PressS

A presidente sul-coreana Park Geun-hye ordenou que 10 de seus secretários seniores renunciem em meio a uma investigação de que ela teria deixado uma velha amiga, filha de um líder religioso, interferir em questões de estado importantes. O anúncio, feito pelo escritório de Park, ocorreu antes de esperados protestos antigovernamentais, planejados para este sábado em Seul e que deveriam reunir milhares de pessoas, tendo em vista o escândalo, que pode piorar a imagem da presidente antes das eleições do ano que vem.

Park vem enfrentando pedidos para reorganizar sua equipe depois que admitiu, na última terça-feira, que forneceu à amiga de longa data Choi Soon-sil rascunhos de seus discursos para edição. Seu pedido de desculpas na televisão provocou inúmeras críticas sobre sua má gestão da informação nacional e de seu estilo de liderança mão pesada que muitos veem como falta de transparência.

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Há também especulações da imprensa de que Choi, que não possui qualquer emprego no governo, teria se intrometido nas decisões do governo e explorado seus laços com a presidente para se apropriar de fundos de organizações sem fins lucrativos.

Promotores aprofundaram neste sábado a investigação, fazendo buscas nas casas e escritórios de funcionários presidenciais suspeitos de interagir com Choi, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O escritório de Park negou que promotores tenham procurado a Casa Azul - gabinete presidencial e residência.

Os promotores haviam previamente convocados alguns dos principais interlocutores de Choi e invadiram suas casas e locais de trabalho e também os escritórios de duas fundações sem fins lucrativos supostamente controladas por Choi.

A saga, desencadeada por relatos da mídia, levou a aprovação de Park a níveis recordes de baixa. O Partido Justiça, de oposição, pediu que ela renunciasse. O Partido Minjoo, um partido de oposição que tem maior representatividade, absteve-se de pedir a renúncia, com medo de que isso pudesse afetar de forma negativa a eleição presidencial do próximo ano, mas declarou que a decisão de Park de mudar seu secretariado era muito pequena e tomada tardiamente e pediu mudanças mais fortes, incluindo o remanejamento de seu gabinete.

Entre os assessores de saída está Woo Byung-woo, secretário presidencial sênior para assuntos civis, e Ahn Jong-Beom, secretário sênior para a Coordenação política. Lee Won-jong, chefe de gabinete de Park, apresentou a sua demissão na quarta-feira. Woo tem sido responsabilizado por não ter impedido Choi de influenciar os assuntos do Estado e também tem sido envolvido em acusações separadas de corrupção em torno de sua

Família.

O escritório de Park informou que pretende anunciar uma nova linha de secretários seniores em breve.

Fonte: Associated Press

O alemão Martin Roth, que dirigia desde 2011 o Victoria & Albert Museum de Londres, explicou que deixava seu posto para se envolver na luta contra os nacionalismos na Europa, após a vitória do Brexit no Reino Unido.

Na semana passada havia anunciado sua renúncia e na sexta-feira à noite considerou, na emissora de rádio BBC, que após a decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia (UE) será mais difícil trabalhar com as instituições no exterior.

"Amo verdadeiramente este país, amo Londres, amo viver aqui", disse Roth, de 61 anos. Mas "as modalidades e as condições mudam", afirmou.

"É pior. Isso acaba de começar no Reino Unido, mas o novo nacionalismo está por toda parte, é um movimento de direita na Alemanha, está na França, na Holanda, está por toda parte e penso que devemos fazer algo, é uma das razões pelas quais vou embora", explicou.

Disse temer que o Reino Unido acabe entrando em colapso. "Não quero falar da 'pequena Inglaterra', mas isso vai mudar. Já está acontecendo".

Segundo ele, quando a Grã-Bretanha tiver abandonado de forma efetiva a UE, será mais difícil para os museus trabalhar com outras instituições no exterior e compartilhar exposições.

Antes da criação da UE "era mais difícil trabalhar com outros países, com outros museus. Isso implica o contexto legal, os impostos, o comércio e muito mais".

"As fronteiras abertas oferecem uma situação completamente diferente", ressaltou.

Martin Roch anunciou que se tornará presidente do Instituto de Relações Internacionais, com sede em Stuttgart, Alemanha.

O deputado afastado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou na tarde desta segunda-feira, 12, que pretende renunciar ao mandato.

Questionado pela reportagem se procedia a informação de que iria abrir mão do cargo diante da possibilidade de o plenário iniciar a votação do processo de cassação no dia de hoje, o peemedebista foi enfático: "Não. Sem a menor chance".

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Apesar das negativas de Cunha, dentro da Câmara circula, entre alguns parlamentares, a informação de que ele deverá renunciar ao cargo, antes ou durante a sessão, marcada para as 19h.

Em meio aos rumores, integrantes da assessoria técnica da Casa esclareceram aos jornalistas que, caso Cunha apresente um pedido de renúncia, ele continuará com a prerrogativa do foro privilegiado até a conclusão da votação.

A renúncia, no entanto, não interrompe o processo, ou seja, a Câmara ainda assim deve votar a cassação. Mas, diante do impacto da decisão do peemedebista, há a possibilidade de a sessão ser tumultuada por ação de aliados do deputado e obrigue o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a interrompê-la. Assim, Cunha ganharia tempo e continuaria com foro privilegiado até ser marcada nova sessão e a votação definitiva do processo.

Às 16h05, o painel da Câmara já registrava a presença de 218 deputados na Casa e 159 na sessão. Alguns aliados do peemedebista, que integram o chamado Centrão, dão como certo que haverá quórum suficiente para votar o processo de cassação hoje.

Rodrigo Maia tem ressaltado, contudo, nos últimos dias, que só abrirá a sessão caso tenha um quórum mínimo de 420 deputados. Para que Cunha seja cassado é necessário no mínimo 257 votos.

A três dias do início do julgamento final de seu processo de impeachment no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou na madrugada desta segunda-feira (22) em entrevista ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), que não tem a menor intenção de renunciar ao mandato.

"Não tenho a menor intenção de, em nenhum momento, renunciar. Não dou esse presente para eles", afirmou a petista na entrevista, em referência ao grupo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), a quem chamou de "usurpador golpista".

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Embora aliados de Dilma digam que ela já dá seu impeachment como certo, a presidente afastada declarou que lutará "até o fim" para se manter no cargo. "Realisticamente, lutarei até o fim", disse. "Jamais eu jogo a toalha".

Dilma afirmou que tem conversado com senadores e vê a possibilidade de conseguir os 28 votos para se salvar. Para ela, o grupo de Temer trabalhou para antecipar a votação final do impeachment, porque tem "medo" de alguma delação premiada que mostre o "grau de comprometimento" do governo interino.

Ela, que promete ir pessoalmente ao Senado para fazer sua defesa, afirmou ser uma pessoa "extremamente tranquila" quando enfrenta situações adversas. O julgamento final do impeachment está previsto para começar na próxima quarta-feira, 24, e pode se estender por cinco dias.

Defesa

Dilma voltou a dizer que não cometeu nenhum crime que justifique seu impeachment, mas reconheceu que cometeu "vários erros". "Inclusive o de não perceber que iria ser traída do jeito que fui", afirmou. "Achei também que era possível fazer um ajuste (fiscal) rápido para sair da crise", acrescentou.

Citada em delações feitas no âmbito da Operação Lava Jato, como a do ex-líder do governo dela no Senado e senador cassado, Delcício Amaral, a presidente afastada voltou a se defender dessas acusações e disse que não teme ser condenada e presa. "Eu sei o que eu fiz", declarou.

A presidente afastada disse que "nenhum empreiteiro" pode afirmar que deu alguma contribuição financeira para ela. "Pode dizer que deu para minha campanha", afirmou. Ela ressaltou que a relação dela com Marcelo Odebrecht, que negocia processo de delação premiada, foi "bastante profissional".

Lealdade

A petista afirmou que tem uma lealdade "pessoal" e "política" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ela, Lula está "só no início (da luta política) outra vez", por três fatores: a força política dele, o fato de ele ter sido, na avaliação dela, um bom presidente e pela disposição do petista.

A presidente da República afastada disse também achar uma "temeridade" a Justiça eventualmente determinar a prisão de Lula. "Principalmente porque tenho certeza que ele é absolutamente inocente daquilo que está sendo acusado", afirmou.

Dilma ainda negou que esteja se sentido abandonada por seu partido desde que foi afastada temporariamente do mandato pelo Senado, em maio deste ano. "De maneira alguma. É o PT que me acompanha diariamente aqui (no Palácio da Alvorada, onde mora e despacha)", disse. (Igor Gadelha)

O médico Mozart Júlio Tabosa Sales foi dispensado, a pedido, do cargo de diretor da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Segundo o decreto publicado no Diário Oficial da União, Mozart renunciou ao cargo.

O médico foi alvo da Operação Pulso, deflagrada em dezembro do ano passado pela Polícia Federal. Ele já estava afastado do cargo por suspeita de envolvimento com organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos.

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