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Presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) assegurou, nesta sexta-feira (13), que não vai renunciar ao cargo. “Sem renúncia. Vamos ajudar a governar nosso país”, disse Maranhão aos repórteres que o esperavam na entrada da Casa. 

O progressista afirmou também que o foco agora é "trabalhar pelo Brasil". A permanência de Maranhão no comando da Câmara deve agradar a nova bancada de oposição que já prometeu dar apoio a ele durante a condução dos trabalhos legislativos. 

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Maranhão estava sendo pressionado por partidos aliados ao governo de Michel Temer (PMDB) e por membros do PP a renunciar à presidência. Em coletiva, depois da afirmação do progressista, o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, deputado Beto Mansur, disse que esse assunto está superado e que a pressão para que Waldir renuncie “é cada vez menor”.

As movimentações pedindo a saída do progressista da Mesa Diretora iniciou na última segunda (9), quando ele anulou a sessão que admitiu, no último dia 17, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara. Maranhão argumentou que os partidos não poderiam ter orientado a votação; que os deputados não poderiam ter anunciado os seus votos previamente; e que a defesa da presidente não poderia ter deixado de falar por último antes da votação do impeachment. 

No dia seguinte (10), os titulares da Mesa Diretora da Câmara pediram, por unanimidade, a renúncia de Maranhão do cargo de 1º vice-presidente. A Mesa também propôs a Maranhão, como alternativa, o afastamento temporário do mandato – e, consequentemente, da 1ª vice-presidência – por 120 dias, não prorrogáveis.

Se Maranhão renunciasse, haveria novas eleições para o cargo de 1º vice-presidente da Câmara em cinco sessões. Segundo a Secretaria Geral da Mesa, o cargo cabe ao PP ou a outro partido do bloco que o PP integrava no início desta legislatura: PMDB, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEN e PRTB. 

Se Maranhão se licenciasse do mandato por 120 dias, o 2º vice-presidente, deputado Giacobo (PR-PR), assumiria a Presidência interina da Câmara nesse período.

O imbróglio em torno do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode refletir negativamente na gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Ao menos é o que considera o deputado federal Silvio Costa (PTdoB). Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (13), o parlamentar afirmou que Cunha é “uma bomba atômica” e pode ser um “elemento surpresa” durante os próximos meses.  

“Eduardo Cunha é uma bomba atômica. A maior delação premiada do mundo. Manda eles [aliados de Temer] mexerem com Eduardo Cunha para ver só. Ele não respondeu a petição da AGU [que suspende a sessão da admissão do impeachment] porque tenho certeza que ele ia usar depois, quando Temer negasse algo. Eduardo Cunha gostava de fazer chantagens, todo mundo sabe disso”, salientou. 

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Diante disto, Silvio Costa aconselhou o Temer a pedir a renúncia de Cunha.  “Sabe qual é o correto? Procurar Eduardo Cunha e mandá-lo renunciar. Agora eles estão é com medo de Eduardo Cunha. Peço a Michel Temer que tenha coragem. Ligue para ele e dia: aqui é o presidente provisório, renuncie para não atrapalhar o meu governo”, cravou. Segundo o pernambucano, onde é para Temer intervir ele não intervém.  

Apoio a Waldir Maranhão

Na liderança de articulações em prol da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal disse que o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), terá “toda sustentação” da nova bancada de oposição para permanecer presidindo a Casa no lugar de Eduardo Cunha.

“Maranhão teve mais de 400 votos. Agora esta oposição, que agora é a base do governo, fica tentando deslegitimar ele dando prazos para renunciar ao cargo. Não vão tirar Waldir Maranhão, nós vamos dar sustentação política a ele. Elegeram-no porque quiseram. Quem pariu Mateus que embrulhe”, frisou. “Estou monitorando ele para não renunciar. Espero que ele não renuncie, assim terá nosso apoio político”, acrescentou. 

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (MA), pediu tempo à bancada do partido, que tenta construir uma saída negociada do deputado do cargo, para se posicionar. Maranhão pediu para que fosse convocada uma nova reunião nesta quarta-feira, 11, e afirmou que estaria presente para anunciar sua decisão.

Na tarde desta terça-feira, a bancada do PP decidiu tentar uma "solução negociada" para retirar Maranhão da presidência da Câmara antes de encaminhar à Executiva Nacional seu posicionamento pela expulsão do partido. De acordo com o posicionamento da bancada, se Maranhão renunciar, ele não deverá ser cassado.

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Na reunião, ficou acertado que esse posicionamento seria levado ao deputado maranhense. O emissário foi o vice-líder do partido, Julio Lopes (RJ). Segundo ele, Maranhão disse em resposta: "Você não tem direito de pedir minha renúncia". O deputado carioca então disse ao colega que tem obrigação de manter o bom funcionamento da Câmara.

Maranhão pediu tempo para pensar, o que foi acatado por Lopes. Segundo ele, Maranhão pediu para que fosse convocada uma nova reunião nesta quarta-feira e afirmou que estaria presente para anunciar sua decisão. Com isso, fica adiada a reunião da Executiva Nacional do partido, que estava marcada para hoje.

Lopes afirmou que o ideal é que a "solução" seja o mais breve possível. "Já lhe foi comunicado que não tem condição de presidir a Câmara", disse.

A bancada do PP na Câmara dos Deputados decidiu, em reunião nesta terça-feira, 10, tentar uma "renúncia negociada" de Waldir Maranhão (PP-MA) da 1ª vice-presidência da Casa antes de dar seguimento ao processo de expulsão dele do partido. Na reunião, ficou decidido que um grupo de deputados da legenda procuraria Maranhão, para tentar negociar essa renúncia. Como argumento, os parlamentares do PP dirão que, caso renuncie, o presidente interino terá como garantia a salvação de seu mandato.

Nessa segunda-feira, DEM e PSD entraram com representação no Conselho de Ética da Câmara, acusando Maranhão de quebrar o decoro parlamentar ao anular sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A representação pode levar à cassação do mandato dele.

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"A bancada fez um encaminhamento a favor da expulsão dele, mas antes vamos tentar a proposta também encaminhada de renúncia negociada", afirmou o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB). Com a decisão, a reunião da Executiva Nacional da sigla que trataria do processo de expulsão foi adiada.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), explicou que a Executiva não terá como aprovar o afastamento cautelar (provisório) de Maranhão como pedido pelo deputado Júlio Lopes (PP-RJ) junto com o pedido de expulsão definitivo. Segundo o dirigente, não há previsão estatutária para isso.

O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a cúpula do partido quer evitar a expulsão definitiva de Maranhão para impedir que o presidente interino da Câmara migre para outro partido menor do mesmo bloco do PP. Com isso, ele poderia tentar manter o cargo de 1º vice-presidente.

Já com a renúncia, seria mais fácil para o partido tentar pedir a primeira vice-presidência de volta, para a legenda indicar um substituto. Embora o deputado maranhense tenha sido eleito, a interpretação da maioria da legenda é de que a 1ª vice-presidência cabe à sigla, por acordo político que culminou com a eleição tanto de Maranhão quanto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Caso renuncie ao cargo, o 2º vice-presidente da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR), assumiria interinamente o comando da Câmara e convocaria eleição para 1º vice-presidente em até cinco sessões. O eleito comandaria a Casa interinamente enquanto durar o afastamento de Cunha da presidência da Câmara.

Paulinho da Força

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, declarou hoje que os partidos da oposição vão pressionar o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), para que ele renuncie ao cargo e, caso não aceite, vão tentar forçar a sua saída. As siglas pretendem sinalizar a Maranhão que "ninguém mais vai trabalhar com ele na Casa".

Segundo Paulinho, as legendas que apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff vão atuar em três frentes. A primeira será através das lideranças partidárias, que pedirão ao parlamentar que ele renuncie ao cargo. A segunda, caso ele não aceite abrir mão da presidência, será através do PP, que pode pedir a desfiliação de Maranhão, e, consequentemente, a perda da vice-presidência. Por fim, caso não sejam bem sucedidos nas duas primeiras tentativas, os oposicionistas devem recorrer ao plenário, em ato inédito, para afastá-lo.

Paulinho da Força, um dos principais aliados do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a criticar Maranhão, dizendo que ele "não tem condições" de comandar os trabalhos legislativos. "O momento pede cautela e precisamos ter um presidente à altura. Ninguém aguenta mais e não vamos tocar a Casa com um presidente pirado", disse Paulinho. O presidente do Solidariedade afirmou ainda que Maranhão demonstrou ser "bipolar" ao mudar de ideia sobre a anulação do processo de impeachment.

O chanceler da Áustria, Werner Faymann, renunciou da chefia do governo nesta segunda-feira e da presidência do Partido Social Democrata citando falta de apoio em seu partido, informou a agência de notícias austríaca APA.

A renúncia ocorreu menos de duas semanas depois de o candidato de seu partido ter ficado em penúltimo lugar no primeiro turno das eleições para presidente do país, vencido pelo candidato de direita Norbert Hofer, do Partido da Liberdade, que recebeu quase quatro vezes mais apoio do eleitorado.

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Os resultados das eleições vieram depois de uma série de perdas nas eleições provinciais dos candidatos do Social Democratas, que vinha dominando o governo juntamente com o Partido Popular a política austríaca desde a Segunda Guerra Mundial. O Partido Popular sofreu perdas semelhantes.

O Partido da Liberdade conseguiu vencer em meio a preocupações com a crise de refugiados da Europa. Fonte: Associated Press.

O chefe do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2108, Cho Yang-Ho, deixou nesta terça-feira o seu cargo em meio aos crescentes problemas financeiros do grupo empresarial controlado por sua família. O pedido de renúncia foi aceito pelo Ministério da Cultura, do Esporte e do Turismo da Coreia do Sul.

Ainda não há uma indicação sobre quanto tempo vai demorar para ser definido o novo comandante da organização dos Jogos de Pyeongchang e nem qual será o nome do seu substituto. Esta, porém, é a segunda mudança em menos de dois anos na presidência do Comitê Organizador Local da Olimpíada de Inverno de 2018.

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Cho Yang-Ho assumiu a função em julho de 2014, sucedendo Kim Jin-Sun, o ex-governador da região de Pyeongchang. Ele é presidente do Grupo Hanjin, que controla a patrocinadora olímpica Korean Air e uma das principais empresa de transporte da Coreia do Sul, que sofre com os efeitos de uma dívida elevada.

Em um comunicado divulgado pelo Comitê Organizador dos Jogos de Pyeongchang-2018, ele declarou que não poderia continuar com o trabalho para a Olimpíada de Inverno por precisar focar na estabilização da Hanjin Shipping.

Os organizadores da próxima Olimpíada de Inverno têm enfrentado uma série de desafios nos últimos anos, incluindo atrasos nas obras, conflitos locais sobre locais de competições e críticas sobre seu planejamento financeiro.

A ministra dos Transportes da Bélgica, Jacqueline Galant, renunciou nesta sexta-feira, em meio a acusações de que teria ignorado advertências sobre problemas no monitoramento de segurança e no financiamento do Aeroporto de Bruxelas. Com isso, ela se tornou o primeiro membro do governo a perder o posto após os ataques terroristas do mês passado no país.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, confirmou que aceitou a renúncia de Jacqueline, integrante do mesmo partido centrista dele. "Eu saúdo a dignidade que ela mostra", comentou o premiê.

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A pressão sobre a ministra cresceu nos últimos dias, após relatórios da Comissão Europeia vazados mostrarem que o braço executivo da União Europeia havia advertido várias vezes que a autoridade de aviação civil do país não realizava checagens suficientes nos aeroportos belgas.

A comissão está encarregada de garantir que aeroportos, companhias aéreas e reguladores nacionais implementem leis da UE sobre segurança na aviação. A Comissão Europeia também levantava dúvidas sobre problemas na autoridade de aviação civil, controlada pelo Ministério dos Transportes. Um dos ataques ocorridos em 22 de março na Bélgica foi no aeroporto de Bruxelas.

Em entrevista coletiva, a ministra atribuiu as críticas a uma campanha pessoal. Ela rejeitou as alegações de que teria negligenciado questões de segurança. "Na verdade, se há uma área para a qual eu sempre dei atenção era essa", afirmou.

Funcionário sênior do Ministério dos Transportes, Laurent Ledoux se demitiu e criticou duramente os métodos da ministra, que segundo ele ignorou pedidos por mais financiamento para o monitoramento de segurança no aeroporto.

Os ataques de 22 de março mataram 16 pessoas no aeroporto e outras 16 em uma estação de metrô de Maelbeek. Mais de 300 pessoas se feriram.

Dois outros membros do governo, o ministro do Interior, Jan Jambon, e o da Justiça, Koen Geens, ofereceram seus cargos, mas Michel manteve a dupla.

Um porta-voz do partido da agora ex-ministra, o Movimento Reformista, afirmou que a sigla deve indicar um sucessor para o posto "o mais rápido possível". Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, confirmou o ministro da Agricultura, Sigurdur Ingi Johannsson. Nenhum substituto foi nomeado e o presidente do país, Olafur Ragnar Grimsson, ainda não aceitou formalmente a renúncia.

Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo.

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O agora ex-premiê havia pedido mais cedo ao presidente islandês que dissolvesse o Parlamento e convocasse novas eleições, mas Grimsson afirmou que queria consultar outros líderes partidários antes de concordar com um fim do governo de coalizão formado entre o Partido Progressista de Gunlaugsson e o Partido Independente.

Os documentos financeiros vazados sugerem que o primeiro-ministro e a esposa criaram uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas. Gunlaugsson é acusado de conflito de interesse por não revelar seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar.

Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo Gunnlaugsson, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país. Fonte: Associated Press.

A situação da Portuguesa é dramática dentro e fora dos gramados. Com riscos de rebaixamento na Série A2 do Campeonato Paulista, nesta quarta-feira (30) o presidente Jorge Manuel Gonçalves surpreendeu a todos numa carta em que comunicou sua renúncia.

O dirigente indicou uma possível saída na noite da última terça-feira (29), quando não compareceu a reunião do Conselho Deliberativo. Na ocasião, os conselheiros aprovaram a abertura do seu processo de impeachment. Ele se defendeu por meio da carta. Disse que suas forças acabaram.

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"Não nos encaixamos nos parâmetros vigentes, em que o sobrenome correto ou determinadas relações pessoais definem seu destino político no clube. Brigamos o quanto pudemos, mas esgotamos nossas forças. A Portuguesa, infelizmente, continua dominada pelas mesmas atitudes que a levaram a este estágio", disse.

Com a decisão, o presidente do Conselho Deliberativo, Leandro Teixeira Duarte, convocará eleições num prazo de 30 dias. Até lá ele responderá pelo clube. Em meio à renúncia, a Portuguesa enfrentará o Votuporanguense, nesta quarta-feira, às 15 horas, em Votuporanga, pela penúltima rodada da primeira fase do Paulista. O time precisa vencer para escapar do perigo do rebaixamento. O time soma 20 pontos e ocupa a 13.ª posição.

Alvo de denúncia do Ministério Público de São Paulo ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro escalão da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) renunciou. A debandada inclui os membros da diretoria e dois integrantes do Conselho Fiscal. Deixaram seus cargos o diretor presidente Vagner de Castro e a diretora administrativo-financeira Ana Maria Érnica, ambos acusados pela Promotoria da prática de 2364 crimes de estelionato na gestão da cooperativa.

A acusação, levada à Justiça no dia 8 de março, alcançou 16 investigados, entre os quais Lula, a mulher dele, Marisa Letícia, o filho mais velho do casal Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, o ex-tesoureiro e ex-presidente da Bancoop João Vaccari Neto e o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS - empresa que assumiu diversos empreendimentos que a Bancoop não finalizou, entre eles o Condomínio Solaris, no Guarujá, onde fica tríplex 164/A, supostamente de propriedade do ex-presidente - o que é negado por Lula e seus advogados.

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A Promotoria acusa o petista por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A Promotoria requereu a prisão preventiva de Lula, mas a juíza da 4.ª Vara Criminal da Capital, mandou os autos para o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. O caso está nas mãos do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A renúncia do primeiro escalão da Bancoop deixou perplexos muitos cooperados. Eles temem que ocorrerá "em momento próximo" a dissolução extrajudicial da cooperativa que foi criada nos anos 1990 por um núcleo do PT.

Uma Assembleia Geral Extraordinária está sendo convocada, por edital a ser publicado nesta quarta-feira, 30, para o dia 19 de abril, ocasião em que deverá ser eleita nova diretoria para finalização dos mandatos até 18 de fevereiro de 2017.

A Bancoop foi alvo da Operação Triplo X, 22ª fase da Lava Jato, deflagrada em janeiro. Agentes da Polícia Federal fizeram buscas em um endereço da cooperativa no Centro de São Paulo em busca de documentos. A PF informou que essa etapa da investigação apurou a ocultação de patrimônio por meio do Condomínio Solaris, "havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras".

A Polícia Federal incluiu o tríplex 164-A, que seria de Lula, no rol de imóveis com "alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade".

Defesa

Os advogados Rubens de Oliveira e Rodrigo Carneiro Maia Bancieri, da Bancoop, esclarecem: "Vagner de Castro foi Diretor Presidente por sete anos e Ana Maria Ernica foi Diretora Administrativa Financeira por onze anos. Nesse ínterim cumpriram com lisura e dedicação o Acordo Judicial realizado em 20.05.2008 nos autos de ação civil pública de autoria do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Nesse contexto, contaram com a participação e apoio da imensa maioria dos cooperados para solucionar diversos problemas relacionados à cooperativa, tendo sido entregues cerca de 5.697 (cinco mil e seiscentas e noventa e sete) unidades habitacionais, restando apenas três empreendimentos em busca de solução.

Mesmo assim, membro do Ministério Público do Estado de São Paulo atribuiu, por mais de uma vez, aos acordos judicialmente homologados, incidência penal.

Assim, com o desígnio de não prejudicar as atividades da Bancoop, bem como voltar esforços às defesas técnicas, foram por nós, orientados a renunciarem."

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, no início da tarde desta sexta-feira (11), que o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impetrado pelo Ministério Público de São Paulo “passou de todos os limites”. Em coletiva a imprensa, a petista defendeu o padrinho político, pontuou que teria “orgulho” em tê-lo como ministro e reafirmou que não tem intenção de renunciar ao cargo.  

“O pedido de prisão passou de todos os limites. Não existe base nenhuma para este pedido. É um ato que ultrapassa ao bom senso, de injustiça e é um absurdo que um país como o nosso assista isso. O governo repudia em gênero, número e grau este ato praticado contra o ex-presidente Lula”, cravou a presidente. 

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A presidente pediu “mais seriedade” diante da análise dos vazamentos de possíveis depoimentos prestados à Lava Jato e disse que o momento chama o país a ter “mais calma e menos violência”. “Este é o momento de diálogo, pacificação, calma e tranquilidade. Devemos isso ao país”, observou. 

Indagada sobre a possibilidade de Lula integrar seu ministério, a petista disse que não costuma discutir como forma a equipe ministerial. “Teria o maior orgulho de ter Lula no meu governo. Ele tem grande experiência, tem capacidade gerencial. Teria uma grande orgulha de ter ele no meu governo. Agora não vou discutir aqui com vocês se ele vai ser ou não ministro”, afirmou.

Dilma Rousseff reforçou ainda que não pretende renunciar o cargo, como os setores da oposição estão pedindo. “Solicitar a minha renuncia é dizer que não tem mais impeachment. E nós vamos discutir com a população o porquê de tirar uma presidente legitimamente eleita... Testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar”, ironizou a petista.

Durante a coletiva, a petista pediu ainda que não ajam confrontos entre militantes pró e contra ela nos protestos agendados para o próximo domingo (13). “Peço que não aja confronto. A manifestação é um ato importante para um país, não deve ser manchada. Uma das vitórias da democracia brasileira é o direito de livre manifestação. Não cabe de jeito nenhum a gente perder o patrimônio de tolerância”, disse, colocando-se tranquila quanto ao ato. 

Um grupo de 17 deputados federais pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a denúncia de que teria havido falsificação da assinatura do deputado Vinicius Gurgel (PR-AP) na carta em que ele renunciou, no dia 1º de março, à sua vaga no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. De acordo com uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, dois laudos grafotécnicos indicariam a falsificação. Um laudo, do Instituto Del Picchia, indicou "inequívocos índices primários das falsificações gráficas". O outro foi assinado pelo perito Orlando Garcia, que atestou "falsificação grosseira".

O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), disse que os laudos encomendados pelo jornal foram anexados ao pedido de investigação. "A Procuradoria tem recursos e deve pedir uma nova perícia para indiciar ou não o deputado, porque falsificação de documento e de assinaturas configura crime no Código Penal", afirmou Valente. Os pernambucanos Betinho Gomes (PSDB) e Tadeu ALencar também assinaram a representação encaminhada a PGR. 

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A carta de renúncia de Gurgel foi apresentada na noite em que o Conselho de Ética decidiu, por 11 votos a 10, dar continuidade ao processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. 

Gurgel afirma que a assinatura de fato é sua e nega qualquer falsificação. Durante a última reunião do Conselho, na última quarta-feira (9), o deputado Vinicius Gurgel explicou que a carta de renúncia já estava assinada em seu gabinete. Como ele estava fora de Brasília no dia 1º, pediu ao líder do seu partido, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), que a entregasse ao Conselho de Ética. Ele garantiu que assinou o documento de próprio punho.

"Tomo remédio controlado e acabei não assinando da maneira que costumo assinar. Estou afirmando. Agora, se alguém quiser duvidar, as instituições estão aí para isso. Eu não cometi nenhum ato irregular. A assinatura é minha", afirmou Gurgel.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu ingressar na ala dos partidos que defendem a renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). O pedido pela “saída imediata” do peemedebista foi feito pelo vice-líder da bancada, o deputado federal Tadeu Alencar, em discurso na Casa nesta quinta-feira (10). A postura foi definida pelos parlamentares, juntamente com a direção nacional do partido durante uma reunião na noite dessa quarta (9). 

Para Alencar, o presidente “deu as costas ao Brasil e à Câmara” e, em nome do decoro parlamentar e da decência, “o PSB exige sua renúncia”. Justificando o posicionamento, o pernambucano elencou “as denúncias e os desmandos” já atribuídos a Cunha e afirmou que cada um deles já seria motivo suficiente para que o peemedebista se afastasse do cargo. 

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Citando o episódio da Reforma Política, Tadeu Alencar recordou a “atitude imperial e autocrática” de Cunha ao “destituir o colegiado sem sequer permitir a entrega do relatório final dos trabalhos”. Para o vice-líder, o ápice dos erros do presidente da Câmara está na postura dele diante do processo que pede sua cassação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. 

“Agora, para coroar, tivemos a vergonhosa e fartamente denunciada informação sobre a possibilidade de falsificação de uma assinatura de um dos deputados do Conselho de Ética”, destacou, referindo-se ao caso do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP), aliado de Cunha. O socialista também mencionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e transformar o peemedebista em réu por envolvimento em irregularidades envolvendo a Petrobras. 

“Cada motivo desses, isoladamente, já recomendaria o afastamento imediato do presidente Eduardo Cunha. Mas o conjunto da obra é gravíssimo”, frisou Tadeu Alencar. 

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), pediu a renúncia da presidente Dilma Rousseff em discurso em plenário na tarde desta quinta-feira, 03. "Será que não está no momento da presidente, em um gesto de grandeza, pensando não no seu partido mas no seu País, renunciar ao mandato de presidente da República", indagou.

Segundo o senador, a partir desta renúncia, o País poderia passar por uma transição e resgate da economia. "Para que a partir deste gesto, nós possamos iniciar uma grande agenda de retomada da confiança, dos investimentos e dos empregos para os brasileiros", afirmou.

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O senador fez o discurso após anunciar à imprensa o pedido de aditamento das informações da suposta delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que citam a presidente, ao processo de impeachment que corre na Câmara dos Deputados.

A decisão foi tomada após uma hora de reunião com partidos de oposição na Câmara e no Senado. O aditamento será feito na próxima segunda-feira, 7. Segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o aditamento é possível porque ainda não houve a defesa prévia da petista.

A oposição pretende mostrar que houve ingerência da presidente Dilma nas investigações da Operação Lava Jato e que isso a impede de seguir na presidência da República. Também será solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o compartilhamento das informações da delação para que sejam anexadas ao processo que pode culminar com a cassação da chapa presidencial de Dilma e Michel Temer.

Ao final da reunião, Aécio disse que, se confirmada as informações delatadas por Delcídio, ficará configurado que o País vive o momento mais grave de "toda crise moral" que se arrasta nos últimos meses. "O Brasil hoje está frente ao momento mais grave dessas denúncias. Se confirmadas, a presidente Dilma Rousseff não tem mais condições de continuar governando o País", afirmou o tucano.

O dirigente tucano disse que seria uma "omissão imperdoável" das oposições não permitir que a comissão do impeachment e o plenário da Câmara não analisem as informações de Delcídio. "É algo extremamente grave e não tenho visto até agora, por parte do governo, uma condenação tão enfática que nos leve a perceber que essas denúncias não sejam verdadeiras", completou Aécio.

Questionado se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem condições de conduzir um processo de cassação de Dilma após se tornar réu na Lava Jato, Aécio argumentou que a decisão não cabe ao peemedebista porque é um assunto da instituição Câmara dos Deputados. Para Aécio, seria um "absurdo" se as questões envolvendo Cunha impedissem a Casa de cumprir sua prerrogativa de dar sequência no processo de impeachment.

"Seria melhor para todos o afastamento do presidente (Cunha). Mas lembro a vocês que quem preside esse processo não é o presidente da Câmara, é o presidente eleito pelo colegiado para presidir a comissão processante", declarou.

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) formalizou na tarde desta terça-feira, 01, sua renúncia à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Conforme antecipou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Delcídio tomou essa decisão em mais um lance para sair do foco das suspeitas que o envolvem. A medida abre espaço para que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seja eleita na próxima semana para o comando do colegiado.

O pedido de exclusão de Delcídio da comissão, o segundo mais importante do Senado, foi lido em plenário pelo presidente em exercício da sessão, o senador José Medeiros (PPS-MT). "Considerando a necessidade de preparar meu retorno à base eleitoral que represento, concentrar-me na defesa junto ao Conselho de Ética e ao restabelecimento pleno da minha saúde, deixo a Presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal. Sendo o que se apresenta para o momento, renovo os meus protestos de elevada estima e consideração", disse, no requerimento.

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A cadeira de presidente da CAE estava vaga desde o final de novembro, após Delcídio ter sido preso preventivamente sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi solto há duas semanas, mas não reassumiu o comando do colegiado que, pela proporcionalidade das bancadas, é uma indicação do PT, o segundo maior partido na Casa.

Por enquanto, a CAE tem sido presidida pelo primeiro vice-presidente, o peemedebista Raimundo Lira (PB).

Alvo de um pedido de cassação em razão da Lava Jato, Delcídio tem submergido para evitar a perda do mandato parlamentar. Ele, que não apareceu no Senado desde que foi solto, está em licença médica.

Após ter sua prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, o jornalista e marqueteiro João Santana, que atuou nas campanhas de Lula e Dilma (2010 e 2014) à Presidência, divulgou carta nesta segunda-feira, 22, informando ter renunciado de seu cargo na campanha do presidente Danilo Medina à reeleição na República Dominicana. No texto, Santana diz que a renúncia permitirá a ele "defender-se de acusações infundadas" e ressaltou que se colocou à disposição das autoridades desde a semana passada para esclarecer "qualquer especulação".

Nesta manhã, a Polícia Federal deflagrou a 23ª etapa da Lava Jato e cumpriu 51 mandados. Os mandados de prisão temporária de Santana e sua esposa, contudo, não foram cumpridos pois ambos estavam na República Dominicana. Os dois informaram que vão se apresentar às autoridades brasileiras em breve.

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O diretor da Polícia Nacional da Colômbia, general Rodolfo Palomino, deixou o cargo nesta quarta-feira (17), depois de ter sido iniciada, na véspera, uma investigação disciplinar por seu suposto envolvimento em uma rede de prostituição masculina vinculada à instituição.

"Frente aos fatos conhecidos (...) tomei a decisão, junto ao corpo de generais e diante do país, de pedir ao senhor presidente que me afaste do cargo como diretor-geral da Polícia Nacional", afirmou Palomino, acompanhado por sua esposa e filhos e por altas patentes oficiais.

Palomino, de 58 anos e à frente da Polícia Nacional desde 2013, alega ser inocente das acusações que serão alvo de investigação da Procuradoria Geral da Nação. Palomino é acusado pela "criação e colocação em funcionamento de uma rede de prostituição masculina que a imprensa denomina como 'A Sociedade do Anel'.

Os fatos teriam ocorrido entre 2004 e 2008 e teriam tido a cumplicidade de oficiais da Polícia Nacional, entre eles Palomino, que poderá ser julgado por proxenetismo, indução à prostituição e tráfico de pessoas.

Um dia após ser noticiado que foi indicado para integrar o Conselho de Ética no lugar de Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o deputado Nilton Capixaba (RO) renunciou à vaga de titular do colegiado nesta terça-feira (16). Oficialmente, o parlamentar alegou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não dispõe de tempo suficiente" para participar das reuniões do conselho. O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), ainda não indicou o substituto.

Capixaba tinha sido indicado para o Conselho de Ética por Jovair Arantes, após Faria de Sá renunciar à vaga de titular, em troca da promessa de ser indicado por Arantes para a presidência da comissão de Seguridade Social da Casa. A manobra visava beneficiar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado, pois Faria de Sá foi um dos 11 deputados que declararam voto a favor da continuidade do processo contra o peemedebista, enquanto a expectativa era de que Nilton Capixaba seguisse orientação do líder do PTB e votasse a favor do presidente da Câmara no caso.

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Capixaba afirmou, por meio de sua assessoria, que não teria como participar das reuniões do Conselho de Ética, pois é presidente estadual do PTB de Rondônia e, por isso, precisa estar no Estado todas as quintas e sextas-feiras. "Seria muito dispendioso para ele, que tem um perfil muito municipalista", afirmaram assessores do parlamentar ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

A assessoria de Capixaba negou que o fato de ele já ter sido alvo de processo no Conselho de Ética em 2006, devido a suposto envolvimento no escândalo da máfia dos sanguessugas, tenha motivado a decisão de renunciar ao posto no Conselho de Ética.

Na tarde de hoje, o Conselho de Ética voltará a se reunir. O presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo, deverá formalizar a concessão de vista feita por aliados de Eduardo Cunha. Araújo foi obrigado a conceder o pedido de vista após o vice-presidente da Câmara, Valdir Maranhão (PP-MA), aliado de Cunha, atender a recurso apresentado pela "tropa de choque" do peemedebista, e anular a votação do parecer preliminar que pedia a cassação de Cunha.

Com a saída de Capixaba, qualquer um dos nove suplentes do bloco liderado pelo PMDB que registrar presença primeiro na reunião desta tarde poderá votar. Entre os 9, apenas Onyx Lorenzoni (DEM-RS) já declarou oposição a Cunha no processo.

O ministro da Economia do Japão, Akira Amari, um aliado próximo do primeiro-ministro Shinzo Abe, anunciou nesta quinta-feira (28) sua renúncia ao cargo. Amari disse que tomou a decisão para assumir a responsabilidade por um escândalo envolvendo fundos políticos.

A revista semanal Shukan Bunshun publicou na semana passada que fundos políticos teriam sido recebidos por Amari e assistentes dele. O dinheiro veio de uma companhia envolvida em uma disputa por terras, de acordo com a publicação.

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O principal negociador do Japão na Parceria Trans-Pacífico, Amari admitiu nesta quinta-feira que recebeu pessoalmente um total de 1 milhão de ienes (US$ 8.400) em duas ocasiões de uma pessoa da companhia. Segundo o agora ex-ministro, porém, o dinheiro foi contabilizado de maneira apropriada.

Amari disse que renunciava para evitar prejudicar os planos de revitalização econômica de Abe e a fim de garantir que o orçamento para o ano fiscal que começa em 1º de abril seja aprovado sem demora no Parlamento. Ele pediu desculpas pela supervisão inadequada sobre seus assessores e disse que assumia a responsabilidade por gerar problemas para o premiê e seu governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Preso em Zurique na semana passada, o presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Ángel Napout, renunciou ao cargo nesta sexta-feira. Seu substituto será o uruguaio Wilmar Valdez, que assume a presidência de forma interina até o congresso extraordinário da entidade, marcado para o dia 26 de janeiro.

A renúncia de Napout foi anunciada durante reunião do Comitê Executivo da Conmebol, em Assunção. À frente do encontro, Valdez, que é o terceiro vice-presidente da entidade e chefe da Associação Uruguaia de Futebol, contou com o apoio dos demais membros do comitê para assumir a presidência provisoriamente.

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Napout foi preso na quinta-feira passada em Zurique, na Suíça, no mesmo hotel Baur Au Lac em que sete cartolas da Fifa foram detidos no dia 27 de maio. O episódio desencadeou forte crise na entidade máxima do futebol. Naquela ocasião José Maria Marin, ex-presidente da CBF, estava entre os detidos - já foi extraditado para os Estados Unidos.

Napout e o presidente da Concacaf, o hondurenho Alfredo Hawit, foram detidos pela polícia suíça a mando do Departamento de Justiça dos EUA sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro. Na sequência, os dois dirigentes, que também são vice-presidentes da Fifa, foram suspensos por 90 dias pela entidade. Agora aguardam processo de extradição para os EUA - Napout já avisou que aceita ser transferido.

Eleito em março deste ano, Napout se tornou o terceiro presidente da Conmebol a ser indiciado em denúncias de corrupção investigadas pelas autoridades norte-americanas. Antes dele, foram indiciados o também paraguaio Nicolás Leoz e o uruguaio Eugenio Figueredo. Leoz resiste à extradição em seu país, enquanto Figueredo está detido em Zurique desde maio.

Não foram os únicos dirigentes da Conmebol a serem citados pela Justiça norte-americana. Os dois primeiros vice-presidentes, o venezuelano Rafael Esquivel e o chileno Sergio Jadue, já deixaram seus cargos por envolvimento no mesmo escândalo de corrupção. Esquivel está preso na Suíça e Jadue assumiu a culpa e colabora com as autoridades norte-americanas.

Outros acusados são os dois últimos secretários-gerais da Conmebol, os argentinos José Luis Meiszner e Eduardo Deluca. Meiszner já se entregou à Justiça na Argentina. Todos são suspeitos de participar do esquema de pagamento de propinas para privilegiar empresas na venda dos direitos de transmissão de torneios organizados pela Conmebol, como a Copa América.

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