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As bolsas europeias fecharam em queda considerável nesta sexta-feira, 2. Os mercados foram afetados pelo anúncio de quinta-feira, 1, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que imporá tarifas à importação de aço e alumínio. O impacto direto da medida e ainda o risco de desdobramentos mais amplos, com uma guerra comercial, provocaram uma onda de fuga de risco nas praças europeias. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 2,08%, em 367,07 pontos. Na semana, ele teve baixa de 3,70%.

O governo americano evocou questões de segurança nacional para impor as tarifas e promete detalhá-las na próxima semana, quando Trump já pode assinar um decreto sobre o tema. Nesta sexta-feira, os governos da Alemanha e da França teceram duras críticas à posição de Washington e ameaçaram retaliar na Organização Mundial de Comércio (OMC). O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já detalhou produtos americanos que podem ser alvo de retaliações, entre eles motos da Harley Davidson.

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As tarifas e a retórica devem continuar a pressionar o sentimento, segundo a Evercore ISI. Nas bolsas, as ações da maior parte das montadoras europeias recuaram no pregão. Segundo a Evercore, porém, não há motivo para tanta preocupação, já que a tarifa sugeriria uma alta de apenas US$ 7 a US$ 8 por veículo para o mercado doméstico dos EUA, com um custo total de mais US$ 20 milhões a US$ 25 milhões para o setor, nas contas da consultoria.

A bolsa italiana esteve entre as mais pressionadas, também com a cautela antes da eleição de domingo no país. As pesquisas eleitorais apontam para um cenário equilibrado e provavelmente será preciso que os partidos negociem uma coalizão, após a disputa nas urnas.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 1,47%, em 7.069,90 pontos. Na semana, a praça londrina cedeu 2,41%. Também foi monitorado um discurso da premiê Theresa May sobre a separação do Reino Unido da UE, o chamado Brexit. A premiê defendeu uma "parceria econômica ambiciosa" com o bloco europeu, após a separação. Rio Tinto fechou em baixa de 3,8%, enquanto Glencore, BHP Billiton e Anglo American caíram todas mais de 3%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 2,27%, a 11.913,71 pontos. Na comparação semanal, o DAX caiu 4,57%. Entre as ações mais negociadas, Deutsche Bank caiu 3,09%, Deutsche Telekom recuou 1,53% e E.ON teve baixa de 2,48%, enquanto Commerzbank perdeu 3,62%. Daimler caiu 2,42%, BMW recuou 1,56% e Volkswagen, 2,16%, entre as montadoras alemãs.

O índice CAC-40, da bolsa de Paris, teve queda de 2,39%, a 5.136,58 pontos. Na semana, o índice recuou 3,40%. Entre os bancos franceses, Crédit Agricole caiu 2,39%, BNP Paribas recuou 2,83% e Société Générale, 2,98%.

Em Milão, o FTSE-MIB fechou em baixa também de 2,39%, a 21.912,14 pontos. A bolsa milanesa caiu 3,35% na comparação semanal. Telecom Italia teve recuo de 2,05% e Intesa Sanpaolo, de 2,16%. Fiat esteve entre as maiores baixas após o anúncio de Trump, em queda de 5,72%.

O índice IBEX-35, da bolsa de Madri, recuou 2,13%, a 9.531,10 pontos, e na semana caiu 2,97%. Iberdrola recuou 2,11%, no setor de energia, e entre os bancos espanhóis CaixaBank e Santander tiveram baixas de 3,17% e 2,18%, respectivamente.

Em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 0,17%, a 5.367,16 pontos, recuperando parte das perdas e fechando na máxima. Na semana, o índice teve baixa de 1,88%. EDP Renováveis caiu 0,91% e Ibersol recuou 0,88%, mas Banco Comercial Português se destacou e subiu 4,49%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Metade das pessoas de meia idade com peso normal, que não são fumantes ou diabéticos podem desenvolver aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura ou colesterol nas paredes das artérias, revelaram cientistas na quinta-feira, alertando para a necessidade de novas medidas de controle dos níveis de colesterol ruim.

Um alto nível do chamado 'colesterol ruim', ou LDL-C, é a principal razão pela qual indivíduos aparentemente saudáveis sofrem infartos ou derrames na meia idade, revelou a pesquisa divulgada no periódico científico Journal of the American College of Cardiology (JACC).

"Placas ateroscleróticas estão presentes em 50% dos indivíduos de meia-idade (com idades entre 40-54 anos) que não apresentam fatores comuns de risco cardiovasculares", destacou a pesquisa.

O estudo contou com a participação de 1.800 pessoas sem fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doenças cardíacas ou a ocorrência de derrames.

O Colesterol LDL foi o fator predominante para um possível endurecimento das artérias, mesmo sem ainda ter causado nenhum problema de saúde informado pelo entrevistado.

"Mesmo em pessoas com pressão sanguínea ótima, níveis de açúcar no sangue e colesterol total bons, nós detectamos uma correlação independente entre o nível de circulação do LDL-C e a presença e extensão da aterosclerose subclínica (sem causa aparente)", relatou o coautor da pesquisa Javier Sanz, do Centro Nacional de Investigações Carlos III (CNIC), da Espanha.

De acordo com as orientações do Programa Nacional de Educação sobre o Colesterol, dos Estados Unidos, são descritos como 'altos' os níveis acima de 160 mg/dL.

Indivíduos com colesterol entre 130 mg/dL a 159 mg/dL estão no nível considerado 'limítrofe'.

Os médicos devem pensar em formas de ajudar a população a diminuir esses níveis, como forma de melhorar a qualidade da saúde, acrescentaram os cientistas.

"Embora a não existência de fatores comuns de riscos cardiovasculares esteja ligada a um menor risco de problemas de coração, pessoas nessa situação ainda sofrem infartos e derrames", afirmou a principal pesquisadora que participou do estudo, Leticia Fernandez-Friera.

"Nós devemos definir novos parâmetros para (determinar) o início de uma aterosclerose nesses indivíduos aparentemente saudáveis", argumentou.

As corridas de rua chegam com grande força no final do ano, a exemplo da São Silvestre, mais famosa competição desse tempo do Brasil. Mas completar uma prova como essa não é tarefa fácil. Maratonas desse gênero exigem uma preparação e uma atenção redobrada ao sistema muscular e respiratório. Geralmente, qualquer pessoa pode participar, desde que não tenha nenhuma restrição de saúde. Em entrevista ao LeiaJá, a fisioterapeuta Karla Campos fala sobre os riscos, os cuidados e os benefícios dessa prática.

“A princípio é importante que o participante passe por uma avaliação médica para poder descartar qualquer lesão já pré-existente. Além disso, é importante você se programar, não começar de imediato e querer já correr 10 km, por exemplo. Tem que começar devagar, no seu ritmo. Você pode fazer o ‘trote’, devagar, para e vai caminhando. Isso tudo gradativamente, até que você consiga fazer uma corrida completa”, diz Karla.

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E nem só de um ‘check-up’ médico depende a participação nas maratonas, Karla ainda destaca outros fatores essenciais que merecem atenção antes das provas. “Também é importante você prestar atenção na alimentação, porque tem que ser uma alimentação sem comidas pesadas, assim como as roupas, que é indicado que sejam leves. E o tênis tem que ser adequado. Dependendo da sua pisada, tem palmilhas que ajudam você a alinhar seu corpo e assim, evitam as lesões. Essas que são geralmente causadas pelas pisadas erradas ou desgaste do tênis”.

Mesmo sendo um exercício físico, as maratonas possuem alguns riscos para os seus participantes. “Corrida de rua é conhecida por lesionar muito os membros inferiores. Quadril, joelhos, tornozelos e planta dos pés. Se você iniciar uma corrida com um calçado inapropriado, é mais fácil se lesionar. A lesão mais recorrente é a tendinite, por esforço repetitivo. Você é sedentário e quer começar uma corrida agora, ai já sai correndo, o corpo não vai entender essa sobrecarga de repente. A tendinite pode afetar a posterior da coxa, os joelhos, e pode até ocorrer uma fratura de calcâneo, dependendo do esforço que você faça. E a maioria das lesões está ligada ao excesso de exercícios”, explica a fisioterapeuta.

De acordo com Karla, para evitar a lesão é necessário um treinamento específico voltado para as maratonas. “Existe o treinamento com o fortalecimento da musculatura, que vai ser exigida no momento, os alongamentos, e por fim, não menos importante, o desaquecimento. Não é bom que você pare de vez. Você tem que desaquecer, para que o organismo possa se reestabelecer, diminuir a frequência cardíaca que vai estar muito acelerada, abaixar a temperatura do corpo mais rápido possível para não ter uma alteração cardíaca. E é importante finalizar com alongamentos. Principalmente de membros inferiores como panturrilha, que é bem exigida, joelhos, lombar e tornozelo”, completa Karla.

Karla Campos também destaca os benefícios da corrida. Confira no vídeo:

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Poucas gotas pingam dentro do nariz e pronto. O tão esperado alívio é imediato e a sensação de não conseguir respirar tem fim. Essa é a realidade de quem utiliza constantemente os descongestionantes nasais. Seja dentro das bolsas, ao lado da cama ou em qualquer lugar de fácil acesso, os pequenos frasquinhos de em média 30 ml estão sempre por perto de quem sofre com obstrução nasal diariamente.

O “remédio para nariz entupido”, como é conhecido pela maioria dos usuários, são descongestionantes nasais tópicos e ao contrário do que muitos pensam, não devem ser utilizados constantemente sem a avaliação de um profissional da saúde.

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Hoje com 27 anos, o jornalista Felipe Cabral convive com o vício em descongestionantes nasais desde o cinco anos de idade, quando descobriu que tinha rinite alérgica. Ele atribui a problemática a sua primeira moradia, onde as paredes eram cheias de infiltrações e a estrutura das telhas tinha muita umidade e mofo. “Por causa da poeira, meu nariz entupia muito e desde criança já passei por várias marcas de descongestionantes”, conta. No inverno, ele chega a utilizar o produto cerca de dez vezes ao dia. “Em épocas quentes diminuo o uso consideravelmente para três vezes”, explica.

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Ainda de acordo com Felipe, todo dia ele coloca ao menos uma gotinha de seu Neosoro, marca que utiliza atualmente. “O psicológico contribui muito pra isso. Se eu saio de casa e esqueço o remédio, bate o desespero do nariz entupir e eu estar sem. Aí, quase automaticamente ele entope. É psicossomático”, diz.

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Em 2015, o Neosoro foi o medicamento mais vendido nas farmácias brasileiras, em unidades, de acordo com uma pesquisa feita pela IMS Health. A liderança do descongestionante nasal vem se repetindo nos últimos anos. Em 2014, o remédio chegou perto de 40 milhões de unidades vendidas no Brasil. O produto é mais comercializado do que remédios para o tratamento de hipertensão, problemas cardíacos ou analgésicos. O preço varia entre R$ 2,99 e R$ 8,99, dependendo da farmácia e da localidade onde é vendido.

A assistente de saúde bucal, Mariluce Barbosa, 50 anos, já utilizou diferentes marcas de descongestionantes e se diz viciada no produto desde os 25 anos de idade. Começou com o Sorine, passou pelo multisoro e agora também é usuário assídua do Neosoro. “Eu sempre usei porque sou alérgica a poeira, tenho desvio de septo e quando o nariz entope não consigo dormir sem colocar as gotinhas de cada lado do nariz”, conta. Ela diz que já não consegue ter uma rotina sem utilizar o remédia todos os dias porque a sensação de não respirar é sufocante. “Já durmo com ele na mão e me considero viciada. Algumas pessoas já me disseram dos riscos, mas não procurei saber mais detalhes. Desentupiu tá bom demais”, pontua.

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As histórias de quem se tornou adepto aos descongestionantes nasais são semelhantes. Geralmente por causa de uma crise alérgica ou um resfriado, a sensação do nariz entupido por causa da obstrução tira o sono de muitas pessoas. O efeito do remédio quase imediato torna o produto um ciclo vicioso e o paciente já não consegue viver sem ele. As “gotinhas milagrosas” parecem ser a solução mais fácil e acessível, mas o uso de forma abusiva pode causar problemas mais sérios do que a própria obstrução nasal.

De acordo com o otorrinolaringologista Marcelo Longman Mendonça, a indicação dos descongestionantes são em casos de obstruções nasais crônicas, por no máximo quatro dias, dependendo do caso do paciente. “Uma gripe mais forte ou uma situação específica de pós-operatório com acompanhamento médico. São produtos com soluções fortes. Se forem mal utilizados podem murchar o tecido do nariz de forma intensa e medida que a ação milagrosa vai se perdendo, o caso volta pior do que já era e se cria um vício”, explica.

Longman complementa que o hábito de muitas pessoas “viciadas” no produto é equivocado e perigoso. “Tem de ser revisto porque pode trazer problemas de saúde mais graves. A maioria usa para tratar rinite alérgica  ou uma obstrução nasal, mas o uso de maneira contínua acaba criando o crescimento de tecido esponjoso do nariz e em casos mais graves só é solucionado com cirurgia”, conta. Para ele, existe, no primeiro momento, uma melhora, mas o organismo se acostuma com o remédio a partir de um determinado tempo, o usuário fica dependente.

Os “viciados” das gotinhas também se reúnem em páginas no Facebook, como “Viciados em neosoro por uma noite mais tranquila” ou “Meu Neosoro”, em que lamentam quando o frasco chega ao fim e relatam histórias nas quais o produto é o protagonista principal. Em uma das postagens, uma internauta comenta sobre o vício. "Vicia sim, porque não vivo sem Neosoro. Uso 5 por semana e se não tiver, eu só falto morrer", publicou.

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A farmacêutica Telma Cavalcanti diz que algumas substâncias contribuem para manter a população viciada no produto, como os componentes nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina. “No caso do Neosoro, existem dois agravantes. Ele é cloreto de nafazolina que causa dependência por causa da ação rápida. Os vasos contraem, sai o edema e com ele a sensação de nariz entupido. Mas, rapidamente o efeito passa e os vasos voltam ao normal e a obstrução nasal retorna”, completa.

Ela também explica que o uso excessivo dos descongestionantes causam lesões na mucosa e podem impactar em doenças cardiovasculares, uma vez que a ação do medicamento se dá através da vasoconstrição, diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos. “Eu trabalho em redes de farmácia comerciais e tenho visto o aumento das vendas desses produtos. As pessoas chegam perguntando por remédios bons e baratos para desentupir o nariz”, relata.

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O otorrinolaringologista Marcelo Longman lista os principais riscos de se manter um usuário “viciado” nos descongestionantes sem o acompanhamento de um médico. Arritmia cardíaca e pressão alta, Rinite medicamentosa, quando o pacientes é vítima do efeito rebote, que quando a ação do remédio passa, o nariz fique ainda mais obstruído do que estava antes.

Insônia, tremor e perda de olfato também estão entre os problemas. Em casos mais graves, ele alerta que o produto pode causar o aumento dos cornetos nasais e muitas vezes, o problema só é resolvido com uma cirurgia.

Ele indica que os pacientes devem ir ao médico para analisar esse problema e identificar como tratá-lo. “Certamente não vai ser com essa medicação. Existe uma gama de opções e tipo de tratamento, podendo ser ou não com cirurgia”. Uma outra opção é substituir o descongestionante por e realizar a higiene nasal diária com soro fisiológico.

Os riscos financeiros da China estão sob controle de modo geral, afirmou o presidente do país, Xi Jinping, durante reunião do Politburo do Partido Comunista, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

Na reunião, que ocorreu ontem, Xi enfatizou a importância da segurança financeira e afirmou que Pequim irá combater irregularidades nos mercados financeiros e no setor financeiro da internet, informou a Xinhua.

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Também participaram do encontro o presidente do banco central chinês (PBoC, na sigla em inglês), Zhou Xiaochuan, assim como os chefes dos órgãos regulatórios das áreas bancária, de títulos mobiliários e de seguros.

Xi também declarou que a China aprofundará reformas financeiras e aperfeiçoará seu sistema financeiro. "Nós não devemos ignorar um único risco sequer, ou permitir que um único perigo continue escondido", disse o presidente, de acordo com a agência.

No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da China teve expansão anual de 6,9%, acima da expectativa e também bem superior à meta anual do governo, de 6,5%.

No entanto, a segunda maior economia do mundo está exposta a riscos financeiros alimentados por estímulos que incentivaram a tomada de dívida e por um mercado doméstico superaquecido. Pequim vem reiterando a promessa de conter riscos financeiros desde o forte período de turbulência vivido pelas bolsas chinesas em meados de 2015. Fonte: Dow Jones Newswires.

O papa Francisco não usará carros blindados durante a viagem que fará ao Egito no próximo fim de semana, apesar dos riscos de atentados terroristas. "Para seus deslocamentos, o Papa usará um automóvel fechado, mas não blindado. Foi ele que quis assim", disse nesta segunda-feira (24) o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, ao apresentar a jornalistas um briefing da viagem.

Negando que o Vaticano esteja preocupado com qualquer risco à segurança de Francisco, Burke comentou que "vivemos em um mundo onde este aspecto [de atentados] faz parte da vida". "Vamos seguir adiante serenamente, como é a vontade do Santo Padre", acrescentou.

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De acordo com Burke, "a segurança é um problema também na Itália, ou na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos". "O Papa, mesmo após os atentados recentes no Egito, confirmou sua vontade de visitar o país como sinal de proximidade. Não estamos preocupados", garantiu o diretor de comunicação do Vaticano. Jorge Mario Bergoglio fará uma viagem oficial ao Egito entre os dias 28 e 29 de abril, cuja agenda inclui encontros com líderes religiosos locais e com as autoridades políticas.

No início do mês de abril, um atentado contra duas igrejas cristãs coptas cometido pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) deixou mais de 35 mortos e 100 feridos. Francisco condenou os ataques, mas não cancelou a viagem. O Papa costuma usar papamóvel (carro de aparição pública) aberto em suas viagens apostólicas, mas desta vez, no Egito, optará por veículos fechados. Mesmo assim, não haverá blindagem especial.

O presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Jayme de Oliveira, defende que a escolta seja dada para os juízes ameaçados, enquanto o risco existir, independentemente de o magistrado estar na ativa ou aposentado. "Como regra, a escolta é dada enquanto o juiz está atuando, mas o bom senso manda que, em situações excepcionais, ele seja protegido depois de aposentado. Nosso entendimento é de que não se pode perder a proteção do Estado enquanto a ameaça existir."

O presidente da AMB acredita que a consulta feita ao CNJ resultará em uma norma válida para todos os juízes brasileiros. "A gente espera que haja um disciplinamento no sentido de garantir a proteção. Não se pode abandonar à própria sorte os colegas que estão com a vida ameaçada porque se dedicaram e cumpriram seu dever no combate ao crime e na aplicação da lei."

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Segundo ele, em razão do grande número de juízes que estão em situação de risco em todo o País – 131, segundo o último relatório do Conselho Nacional de Justiça –, a AMB já vem atuando nos tribunais para aperfeiçoar a segurança, não apenas dos prédios, com equipamentos de raio X e detectores de metais, mas também dos magistrados. "É preciso que os mecanismos de proteção sejam melhorados."

Colega. O juiz federal Jean Marcos Ferreira, do Tribunal Recursal de Campo Grande, acompanhou a trajetória de Odilon de Oliveira e também defende a manutenção da escolta após a aposentadoria. "O juiz Odilon enfrentou o crime organizado de forma destemida e recebeu tantas ameaças reais que o tribunal reconheceu a necessidade de escolta. Com a aposentadoria, a situação que o colocou sob proteção continua." Ferreira também espera que o caso resulte em uma norma geral. "Há muitos juízes sob ameaça. Eles ficam privados da liberdade no seu dia a dia por toda a vida." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Considerado um dos maiores algozes do crime organizado no País por ter condenado a mais de mil anos de prisão dezenas de narcotraficantes e confiscado centenas de milhões em bens das quadrilhas, o juiz federal Odilon de Oliveira, com 68 anos de idade e mais de 30 de Judiciário, tem medo de se aposentar. A Justiça não garante escolta para o magistrado fora da ativa e ele já foi jurado de morte pelos chefões do tráfico que mandou para a cadeia. "Sou refém da toga. Se saio na rua aposentado e sem escolta, fico tão vulnerável que sou morto a porrete", afirmou.

Oliveira, que nasceu em Exu (PE) e começou a trabalhar muito cedo, já pediu a contagem do tempo de serviço para requerer a aposentadoria. "Eu poderia ficar até os 75 anos, mas estou saturado da hipocrisia da Justiça Penal brasileira e queria parar. O que está pegando é a segurança." Segundo ele, embora não haja uma norma clara a respeito, já houve provimentos dando ao juiz ameaçado direito a segurança após a aposentadoria.

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O magistrado disse ter consultado o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão regulador e de apoio ao Judiciário, mas ainda não teve resposta. "Em janeiro de 2014, pedi ao CNJ para que encaminhasse consulta ao ministro da Justiça, indagando se, após a aposentadoria, em virtude do risco à minha segurança criado pela atividade jurisdicional, eu poderia ter alguma proteção. Até hoje o CNJ não decidiu nada." Procurado, o conselho afirmou que o processo tramita em segredo.

Oliveira ficou conhecido não somente pela mão pesada na aplicação de penas contra os narcotraficantes. Após aplicar a sentença, o magistrado se valeu de instrumentos legais para expropriar fazendas, mansões, aeronaves, lanchas e carros de luxo adquiridos com o dinheiro do tráfico. Desde 2005, quando assumiu a Vara Criminal de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, na linha da fronteira com o Paraguai, ele promoveu o confisco de 85 fazendas, 370 sítios, casas e apartamentos, 18 aviões e 14 mil veículos – cerca de R$ 2 bilhões em valores atuais.

Jurado de morte, em 2011 teve o hotel invadido por homens armados quando não estava no apartamento e se abrigou no quartel do Exército. Com a chegada da escolta feita por dez agentes da Polícia Federal, passou a morar no Fórum. Na ocasião, o jornal O Estado de S. Paulo o encontrou à noite, dormindo em um colchonete, na sala de audiências. Até então, ele tinha condenado 114 traficantes a penas, somadas, de 920 anos. A Vara de Ponta Porã era a que mais condenava traficantes no País.

CV e PCC. Em julho daquele ano, o jornal paraguaio La Nación publicou a informação de que traficantes brasileiros que agiam no Paraguai se dispunham a pagar US$ 300 mil pela cabeça do juiz. Além da escolta, ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15. "Dos meus 30 anos de carreira no Judiciário, 18 foram sob escolta. Na época, os filhos ainda moravam comigo e isso causava enorme constrangimento para a família. Eu não me arrependo, só que não posso ficar eternamente em serviço. De lá para cá, continuei condenando muitos criminosos, mas o tráfico continua e está cada vez mais armado."

Mesmo depois que foi retirado da fronteira contra sua vontade e passou a atuar na 3.ª Vara Federal de Campo Grande, supostamente mais segura, Oliveira teve de continuar com escolta 24 horas por dia. Ele tem uma lista com mais de 60 nomes de criminosos que teriam motivos para matá-lo. Um deles é Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho (CV), mandado várias vezes para o castigo do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), quando ele era juiz corregedor da penitenciária federal de Campo Grande, entre 2006 e 2009.

Quando interrogava o megatraficante colombiano Juan Carlos Abadia, o juiz descobriu um plano de Beira-Mar para sequestrar um dos filhos do então presidente Lula. O traficante foi sentenciado em um processo de lavagem de dinheiro de R$ 11 milhões. O magistrado também condenou o traficante José Severino da Silva, o Cabecinha, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo ele, o PCC dominou a fronteira, o que aumenta o risco para sua segurança. Oliveira lembrou que a facção está por trás do atentado que matou o megatraficante Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016. "Com isso, o PCC tomou conta da fronteira. Seus membros estão radicados no Paraguai e transformaram a região em campo de batalha. O Brasil não cuida da fronteira, então de pouco adianta combater o tráfico aqui dentro. Isso vai aborrecendo a gente."

Oliveira disse que, se for decidido que não terá direito à escolta, vai embora do Brasil. "Mesmo que construísse um bunker (fortaleza) não estaria a salvo. Vou para fora, para outro lugar que não seja a América do Sul. Passei a vida toda confiscando os bens desses vagabundos e recolhendo o dinheiro para a União. Não acho que mereça ser descartado como um preservativo usado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O assassinato da juíza Patricia Acioli completa seis anos em agosto, mas a rotina dos três filhos continua limitada pela violência. Assassinada com 21 tiros numa emboscada quando chegava em casa de carro, Patricia atuava na área criminal e desagradara a grupos criminosos formados por PMs. Seis policiais foram condenados pelo crime. "Até hoje vivemos em estado de alerta. Fiquei um ano estudando fora, a vida mudou. Passamos a usar carro blindado, coisa que o Estado não havia proporcionado à minha mãe, e evitamos sair à noite", contou ao jornal O Estado de S. Paulo o filho mais velho, Mike Chagas.

Hoje com 25 anos, bacharel em Direito e estudando para também ser juiz – não quer seguir a área da mãe, e sim se dedicar à infância e à juventude –, ele ainda aguarda o resultado de um processo que a família move contra o Estado do Rio, com pedido de reparação por danos morais. "A gente se sentiu muito negligenciado", disse o rapaz, que, com o trauma, passou a temer tanto criminosos comuns quanto policiais. "É uma sensação de desamparo duplo. Se eu paro em uma blitz, fico inseguro."

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Patricia tinha 47 anos, morava em Niterói, na região metropolitana do Rio, e atuava na 4.ª Vara Criminal de São Gonçalo. Era considerada "linha dura" e foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a grupos de milícia e de extermínio. A juíza estava jurada de morte. Recebia ameaças regulares e chegou a ter proteção policial de 2002 a 2007 – que foi reduzida aos poucos, sob alegação de não haver risco iminente.

A prisão dos envolvidos no homicídio – condenados a penas de até 36 anos – não deu conforto à família. "Não é decisão judicial que vai trazer minha mãe de volta. A sensação de alívio é nula. E a gente fica preocupado em pensar no dia em que eles saírem (da prisão)", contou o filho. "Por causa do trauma, se ouvimos barulho de fogos de artifício, confundimos com tiros. Vivemos em liberdade vigiada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As mulheres que contraem herpes genital nos primeiros meses de gravidez têm o dobro de chances de dar à luz um bebê autista, informou nesta quarta-feira uma equipe de pesquisadores noruegueses e americanos.

Um estudo publicado na revista mSphere é o primeiro a demonstrar que a resposta imunológica de uma mulher pode ter efeitos nocivos no cérebro do feto em desenvolvimento e influenciar a probabilidade de que a criança tenha autismo.

"Acreditamos que a resposta imunológica da mãe ao vírus da herpes HSV-2 poderia afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, aumentando o risco de autismo", explicou Milada Mahic, cientista do Centro de Infecção e Imunidade da Universidade de Columbia em Nova York, autora principal deste estudo.

As causas do Transtorno do Espectro Autista permanecem mal compreendidas, e os cientistas acreditam que a condição tem origem em alguma combinação de influências genéticas e ambientais. Os pesquisadores acreditam que o risco de autismo nas crianças não está diretamente ligado à infecção do feto, porque neste caso poderia ser fatal.

Eles consideram que o risco está vinculado a uma reação do organismo da mãe ou a uma reativação da infecção somada a uma inflamação perto do útero.

A maconha pode ajudar a aliviar a dor de forma segura para alguns pacientes, mas muitas incertezas permanecem sobre seus riscos para a saúde e a segurança, de acordo com um amplo estudo publicado na quinta-feira.

Um comitê das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos (NASEM) analisou mais de 10.000 artigos científicos para chegar às suas quase 100 conclusões. O relatório de um painel de 17 membros oferece uma "revisão rigorosa das pesquisas científicas relevantes publicadas desde 1999", disse uma declaração da NASEM.

Cannabis, o nome científico da planta cujos botões e folhas secas fazem a maconha, é a droga ilícita mais popular nos Estados Unidos. Uma pesquisa recente mostrou que mais de 22 milhões de americanos de 12 anos ou mais relataram usar a droga nos últimos 30 dias. Nove em cada 10 usuários adultos afirmaram que usavam a droga para fins recreativos, enquanto apenas 10% alegaram fins exclusivamente médicos.

"Há anos o panorama do uso de maconha tem se transformado rapidamente, à medida que mais e mais estados estão legalizando a cannabis para o tratamento de condições médicas e para o uso recreativo", disse Marie McCormick, presidente do comitê e professora de saúde maternal e infantil da Universidade de Harvard. "Esta aceitação, acessibilidade e uso crescentes da cannabis e seus derivados têm levantado importantes preocupações de saúde pública", acrescentou.

McCormick disse que o relatório busca abordar o fato de que "a falta de qualquer conhecimento agregado de efeitos na saúde relacionados à cannabis levou à incerteza sobre se existem e quais são os danos ou benefícios do seu uso".

Benefícios

O estudo descobriu que os pacientes que usavam cannabis para tratar dores crônicas eram "mais propensos a experimentar uma redução significativa nos sintomas da dor". Adultos com espasmos musculares relacionados à esclerose múltipla também melhoraram seus sintomas ao usar certos "canabinoides orais" - medicamentos sintéticos feitos à base de canabinoides.

Também foram encontradas evidências conclusivas de que estes canabinoides orais poderiam prevenir e tratar náuseas e vômitos em pessoas com câncer que recebem tratamento quimioterápico. "Fumar cannabis não aumenta o risco de cânceres frequentemente associados com o uso do tabaco - como os cânceres de pulmão e de cabeça e pescoço", acrescentou o relatório.

Além disso, o comitê "encontrou evidências limitadas de que o uso de cannabis está associado a um subtipo de câncer testicular".

Riscos

Os riscos do uso de cannabis incluem a possibilidade de desencadear um ataque cardíaco, mas são necessárias mais pesquisas para entender "se e como o uso de cannabis está associado a ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e diabetes".

Fumar cannabis pode causar bronquite e tosse crônica, mas a interrupção do uso "provavelmente reduz essas condições", e ainda não está claro se há qualquer vínculo com doenças respiratórias, incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, asma ou piora da função pulmonar.

Em relação à saúde mental, o comitê descobriu que "o uso de cannabis provavelmente aumenta o risco de desenvolver esquizofrenia, outras psicoses e distúrbios de ansiedade social e, em menor medida, depressão". Os pensamentos suicidas podem aumentar e os sintomas de transtorno bipolar podem piorar com o uso intensivo de cannabis, acrescenta o estudo.

Mas em pessoas com esquizofrenia e outras psicoses, "um histórico de consumo de cannabis pode estar ligado a um melhor desempenho em tarefas de aprendizagem e memória", disse. Quanto mais as pessoas usam cannabis - e quanto mais jovens elas começam - mais probabilidades têm de desenvolver um "problema de uso de cannabis", aponta o relatório.

O comitê encontrou evidências limitadas de que o consumo de cannabis aumenta a taxa de iniciação no uso de outras drogas. Mesmo que funções cerebrais como aprendizagem, memória e atenção sejam afetadas após o uso de cannabis, os pesquisadores encontraram poucos sinais de danos a longo prazo em pessoas que pararam de fumar.

Em mulheres grávidas, alguns indícios mostraram que fumar maconha durante a gravidez está associado a um menor peso ao nascer, mas a relação com outros resultados da gravidez e da infância não está clara. Acidentes entre crianças, incluindo a ingestão de cannabis, aumentaram drasticamente desde que a substância foi legalizada em algumas partes dos Estados Unidos.

De forma pouco surpreendente, o relatório encontrou "provas substanciais" de que o uso de cannabis está ligado a uma condução prejudicada e a acidentes com veículos. Defensores da maconha medicinal disseram que o relatório mostrou que a cannabis pode ajudar as pessoas, e pediram ao governo federal americano para legalizá-la. A maconha é atualmente uma substância da Lista I sob a Lei de Substâncias Controladas, o que significa que está estabelecido que a planta não tem nenhum valor medicinal.

"Este relatório é uma reivindicação para os muitos pesquisadores, pacientes e profissionais de saúde que há muito compreendem os benefícios da maconha medicinal", disse Michael Collins, vice-diretor de assuntos nacionais da Aliança de Política de Drogas. Paul Armentano, vice-diretor do NORML, um grupo de lobby pela legalização da maconha, apontou que as evidências não são novas.

"Mesmo assim, há décadas a política de maconha neste país tem sido impulsionada pela retórica e pela emoção, e não pela ciência e pela evidência", disse ele. "No mínimo, sabemos o suficiente sobre a cannabis, assim como sobre as falhas da proibição da cannabis, para regular seu consumo por adultos, acabar com sua criminalização e removê-la da Lista I", acrescentou.

As altas temperaturas, típicas do verão brasileiro, exigem medidas e cuidados para combater e prevenir o câncer da pele, o de maior incidência no Brasil e nos demais países. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aponta que 4,5 milhões de brasileiros já tiveram câncer da pele.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, no ano 2030, serão registrados 27 milhões de casos novos de câncer, 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. O maior efeito desse aumento incidirá em países em desenvolvimento. No Brasil, o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das doenças do aparelho circulatório.

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A pesquisa aponta, ainda, que mais de 100 milhões de brasileiros se expõem ao sol de forma intencional nas atividades de lazer, 3% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia e 6 milhões de brasileiros adultos não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago.

O estudo indica, também, que - dos entrevistados que têm filhos até 15 anos - 20% dessas crianças e adolescentes não se protegem de forma alguma nas atividades de lazer. Se a análise incluir as classes D/E, o percentual sobe para 35%.

Erros aumentam casos da doença

Erros comuns, que as pessoas cometem no cuidado com a pele, aumentam a incidência de câncer. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, não usar filtro solar diariamente, não reaplicar o filtro solar, achar que em dias nublados ou chuvosos não precisa do filtro e usar maquiagens, que contenham filtro e achar que só isso já é o suficiente para se proteger são os erros mais frequentes.

Outros erros apontados são usar filtro solar só no rosto e esquecer do corpo, se expor ao sol e querer se bronzear, fazer bronzeamento artificial e não ir ao dermatologista regularmente.
A recomendação é se proteger do sol, usar o filtro solar diariamente, fazer o autoexame da pele e ir ao dermatologista. Segundo a SBD, “o sol não é um vilão, mas a exposição solar indiscriminada, desprotegida e intermitente pode torná-lo um vilão por ele ser o principal fator de risco para o câncer da pele”.

O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Anísio Brasileiro, se mostrou contrário à PEC 241. Em vídeo divulgado nesta quarta-feira (26) pela assessoria de imprensa da instituição de ensino, o gestor classificou a proposta como dramática e dona de riscos contra as conquistas obtidas pela UFPE nos últimos anos.

“No horizonte de 20 anos, configura um quadro dramático e de muitos riscos para as conquistas que obtivemos nos últimos anos. Nós sabemos que, para um projeto de um Brasil inclusivo, soberano, autônomo, onde todos possam usufruir das riquezas geradas pelo trabalho de cada um, as universidades públicas são fundamentais pelo conhecimento gerado e pela capacidade de formar recursos humanos de qualidade”, declarou Anísio Brasileiro.

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Reforçando temor pela atual conjuntura da PEC 241, o reitor descreveu ações realizadas na UFPE que podem ser prejudicadas com o teto dos gastos públicos. “A PEC 241, como está pensada hoje, compromete conquistas. Na UFPE, temos uma intensa expansão. Duplicamos nossos cursos de graduação e pós-graduação. Esses ganhos se encontram em risco, por conta com contingenciamento dos recursos do orçamento, que podem comprometer o custeio da Universidade e que podem levar a uma desestruturação dos laboratórios de pesquisa e perda da capacidade de gerar conhecimento nos planos nacional e internacional”, opinou. “A grande preocupação que nós temos é com pessoas. Temos um compromisso com nossos estudantes através da interiorização e das cotas, e não podemos comprometer as políticas de assistência estudantil, como as casas dos estudantes e o restaurante universitário”, completou o reitor. Confira o vídeo na íntegra:

 

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Um incêndio na manhã de hoje (22) em duas caixas subterrâneas da Companhia de Gás do Rio (CEG), após um vazamento de gás na Avenida Rio Branco com a Rua Buenos Aires, na região central da cidade, provocou a interrupção de um trecho do sistema de transporte VLT Carioca e o esvaziamento, por medida de segurança, de dois prédios na Rua Buenos Aires.

Em nota, a Defesa Civil do município do Rio informou que determinou a liberação de forma preventiva dos prédios de número 68 e 70 da Rua Buenos Aires, devido a um vazamento na tubulação de gás que passa pela rua. “Os imóveis serão liberados depois que as equipes da CEG que atuam no local finalizarem os serviços”.

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A CEG disse há pouco que o escapamento de gás já foi sanado e suas equipes estão finalizando os serviços na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Buenos Aires, no centro. Durante os trabalhos, houve um incêndio em duas caixas subterrâneas e dois técnicos que prestam serviço para a CEG tiveram queimaduras leves. Eles foram assistidos e passam bem.

Todas as medidas de segurança estão sendo tomadas. Após a conclusão dos trabalhos, a companhia iniciará um processo de investigação para apurar as causas do incidente. A concessionária do VLT Carioca informou que, após solicitação do Corpo de Bombeiros, o Veículo Leve sobre Trilhos operou parcialmente, por medida de segurança, a partir das 9h50.

Os trens ficaram circulando entre a Rodoviária Novo Rio e a Parada dos Museus e entre o Aeroporto Santos Dumont e a Cinelândia. Quatro estações ficaram sem funcionar: São Bento, Candelária, 7 de Setembro e Carioca. O transporte voltou a funcionar plenamente em todo o sistema, a partir das 14h30.

Os benefícios da sesta para a saúde são regularmente destacados, mas essa prática pode aumentar o risco de desenvolver diabetes, se durar mais de uma hora - adverte um estudo japonês recebido com reservas por especialistas independentes.

As pessoas que fazem sestas diárias de mais de 60 minutos de duração apresentam "um risco significativamente mais alto de diabetes do tipo 2" do que os que não dormem a sesta, observaram quatro cientistas da Universidade de Tóquio, sem demonstrar, porém, uma relação de causa e efeito.

Calcula-se que esse risco suplementar seja de 45%, segundo o estudo, que foi apresentado nesta quinta-feira (15) em um congresso da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD) na Alemanha. A pesquisa ainda não foi publicada em um periódico da área revisado por seus pares.

A diabetes do tipo 2, que representa 90% dos casos da doença, corresponde à incapacidade do organismo para regular o nível de açúcar no sangue. Se não for tratada, essa hiperglicemia pode causar graves problemas de saúde, como cegueira, perda de sensibilidade dos nervos e doenças cardiovasculares.

De acordo com o estudo, as pessoas que dormem sestas inferiores a 40 minutos não são mais afetadas pela diabetes do que a média. A frequência aumenta progressivamente, então, até mostrar uma diferença significativa além dos 60 minutos.

Os cientistas, que compilaram 21 estudos relativos a mais de 300.000 pessoas no total, não encontraram um vínculo estatístico entre a duração das sestas e o risco de obesidade. "Esse estudo não demonstra com certeza que a sesta diurna provoca diabetes, apenas que existe uma associação entre ambas que deve ser estudada", disse a EASD em um comunicado de imprensa anexado ao estudo.

Esses resultados devem ser considerados com precaução, porque não se pode excluir que a frequência crescente dos casos de diabetes esteja ligada a outras causas, advertiram vários especialistas que não participaram do estudo.

"Uma possibilidade é que as pessoas pouco ativas e com sobrepeso, ou obesas, sejam mais propensas a dormir sestas durante o dia. E estas pessoas também têm maior probabilidade de desenvolver uma diabetes", observou o professor de Epidemiologia do Câncer Paul Pharoah, da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Também poderia haver "uma relação de causalidade invertida: uma prática da sesta durante o dia causada por uma diabetes não diagnosticada", acrescentou.

Participando de um programa de intercâmbio em Madrid, na Espanha, em março de 2013, a biomédica Lívia Bandeira (foto), na época com 28 anos, viu sua vida tomar um rumo não esperado. Ela começou a sentir dores na cabeça, no corpo e muita náusea. Foram quase 15 dias entre internações e passagens pela emergência de hospitais sem saber a causa do seu mal estar. Sem melhoras ou diagnósticos corretos, ela decidiu retornar ao Brasil para buscar o apoio da família. "Quando voltei, eu já não conseguia andar e estava com a visão dupla (diplopia)", relata. Após passar por outras internações no Recife, Lívia foi finalmente diagnosticada com trombose cerebral e o uso contínuo do anticoncepcional foi apontado como um dos fatores principais para adquirir a doença. 

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A trombose cerebral acontece quando um coágulo de sangue entope uma das artérias do cérebro. Em agosto de 2016, mais de três anos após ficar curada da doença, Lívia lembra que fazia o uso da pílula 'Elani' por mais de quatro anos seguidos. "Na época que fui em uma ginecologista para saber sobre o uso das pílulas, me recomendaram um anticoncepcional com dosagem mais baixa. Mas em hora nenhuma foram feitas perguntas sobre o histórico de trombofilia na família ou de alguma alteração ou distúrbio de coagulação", lamenta. Lívia conta que na época da internação não fumava, não consumia bebidas alcoólicas e também não tinha o histórico da doença na família. 

Após passar por tratamentos, Lívia se curou e não teve sequelas, a biomédica conta que a trajetória com as pílulas teve fim e atualmente faz o uso de preservativos como método de prevenção. Como consequência, ela terá de tomar por toda a vida um anticoagulante oral para prevenir que a doença retorne. Para ela, a maioria dos médicos não faz uma avaliação correta antes de prescrever o anticoncepcional. Estimativas apontam que atualmente a pílula anticoncepcional é utilizada por cerca de 100 milhões de mulheres no mundo todo. No Brasil, as mulheres correspondem a mais de 10% da taxa mundial. São 11 milhões de adeptas ao produto. 

O uso do anticoncepcional também teve graves efeitos colaterais na funcionária pública Andrea Gorenstein, de 40 anos. Com ovário policístico, ela conta que foi submetida a hormônioterapia com pílula durante 17 anos. "Me tornei o sétimo caso da família aos 32 anos, com um câncer de mama agressivo, de crescimento rápido, em estágio avançado", detalha. Para ela, os médicos sempre ignoraram ou minimizaram esse fator de risco. De acordo com um estudo do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos, mulheres que tomam pílula anticoncepcional têm risco 50% maior de desenvolver câncer de mama em relação às que não utilizam o medicamento. 

Os diversos relatos e denúncias de mulheres que sofreram consequências pelo uso não orientado dos anticoncepcionais foram parar no Facebook. Na página "Vítimas de anticoncepcionais. Unidas a favor da Vida", que conta com quase 130 mil seguidores, é possível ter acesso às mais diversas histórias de consumidoras das pílulas. Em uma das postagens que viralizaram está o relato da internauta Vanessa Tozzi, de 33 anos. Ela conta que usava o produto desde os 16 anos e em março deste ano começou a sentir fortes dores na perna direita. 

"Achei que tivesse dado mau jeito, usei salompas, tomei anti-inflamatório, mas não passava, então dez dias depois, fui ao hospital e recebi a notícia. Tive uma tromboflebite na veia safena de mais de 40 cm de extensão", postou. Na rede social, Vanessa diz que ficou em choque com a revelação. "O trombo não se moveu, e sumiu por completo após o tratamento, com um anticoagulante fortíssimo que tive que tomar por três meses". A história de Vanessa foi compartilhada por quase 600 pessoas no Facebook. 

Mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais da chamada terceira geração, mais recentes (com drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona), correm maior risco de adquirir a trombose venosa. De acordo com um estudo publicado na revista especializada BMJ Today, a estatística é quatro vezes maior do que mulheres que não tomam pílula. Ao tomar conhecimento do histórico de trombose na família, a professora Carolina Dantas também preferiu deixar de fazer o uso das pílulas. "É um método que promove muita comodidade porque, além de anticoncepcional, controla o ciclo menstrual. Mas raramente os ginecologistas informam dos riscos. Não se deve ficar contra a pílula, em absoluto, mas entender que cada organismo responde de uma forma e ficar atento. Eu não tenho intenção de voltar a usar nunca mais", afirmou. 

Ginecologista culpa automedicação das mulheres

O ginecologista e gestor executivo do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), Olímpio Barbosa, explica que os benefícios dos anticoncepcionais são maiores do que os malefícios. "Hoje no Brasil, por exemplo, a taxa da natalidade diminuiu bastante graças ao anticoncepcional", explica. O médico avalia que os casos de efeitos colaterais são exceções. "Grande parte dos profissionais brasileiros realizam a triagem do paciente. O que acontece é que a maioria das mulheres compra o produto nas farmácias sem a receita médica e se automedicam", argumenta.

Ele explica que atualmente é muito mais seguro ser consumidora da pílula do que quando o produto chegou ao Brasil, na década de 1960. "Já se tem vários alertas de contra indicações no uso desses remédios. Hipertensas, fumantes e mulheres com histórico de trombose na família devem se afastar do produto". O médico citou que a pílula também traz uma série de benefícios estéticos para a consumidora. Para ele, caso não seja indicado o uso da pílula, o melhor caminho é se adaptar a outros métodos de contracepção, como o DIU, o preservativo, o adesivo e o diafragma.

Em contrapartida, a ginecologista Rebecca Spinelli é enfática ao alertar suas pacientes a evitarem o uso dos anticoncepcionais. "Eu praticamente não prescrevo mais anticoncepcionais. Quando explico os meus motivos e receios sobre os danos à saúde reprodutiva da mulher, sobre a associação de anticoncepcionais hormonais e câncer no colo do útero, câncer de mama e trombose, a maioria das pacientes compreende e concorda que o risco não compensa", pontua a médica.

A polêmica e a problemática do consumo das pílulas anticoncepcionais não se restringem ao Brasil. Em 2013, agência francesa de segurança de medicamentos chegou a proibir a venda do remédio Diane 35 do laboratório Bayer, gerando um debate mundial, tendo em vista que a pílula é vendida em mais de 100 países. A medida foi tomada após o produto ter sido associado a 125 casos e quatro mortes por trombose venosa que ocorreram desde 1987, ano em que a pílula em questão começou a ser vendida na França.

Impasse

Em 2015, uma petição online da carioca Danielle Fortuna, 29, pedia que os médicos solicitassem exames de trombose para a paciente antes de receitar anticoncepcional. "Usei anticoncepcionais por cerca de um ano. Na época, aos 18, tive uma trombose na perna ligada ao uso do medicamento", postou. Na página, ela direciona a mensagem para o Conselho Federal de Medicina e para a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Atualmente, o abaixo-assinado já conta com 36.611 assinaturas online. 

Ainda em 2015, a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) informou por meio de nota que avaliar o histórico familiar e pessoal da paciente, além de outros fatores que possam aumentar o risco de trombose, é melhor do que recomendar o exame para todas as mulheres. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) cabe ao médico na consulta inicial fazer todas as perguntas para avaliar os antecedentes pessoais e familiares da paciente. Através das perguntas, o profissional poderá perceber riscos ou contraindicações ao uso de qualquer contraceptivo hormonal que será prescrito.

Segundo os Critérios Médicos de Elegibilidade para uso de Métodos Anticoncepcionais da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizar os exames de rotina para rastreamento de trombofilias não é adequado, por causa da raridade das condições e o alto custo dos exames. A ginecologista Rebecca enxerga a petição citada pela Febrasgo com alegria. "Finalmente pessoas formadoras de opinião estão considerando todos os riscos inerentes à prescrição de tais substâncias que a curto, médio e longo prazo trazem muitas repercussões pro organismo", diz.

Em agosto de 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um comunicado de que o órgão e outras agências reguladoras internacionais monitoram continuamente os benefícios e os riscos do uso de anticoncepcionais, particularmente em relação ao risco de trombose venosa profunda. A Agência informa saber que o risco de formação de coágulos depende do tipo de hormônio progesterona presente no medicamento. 

Apesar dos riscos, a Anvisa argumenta que "até o momento, os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos". De acordo com o texto divulgado pela Agência, apesar dos diversos relatos de mulheres que sofreram efeitos colaterais, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno.

Com a chegada do mês de julho e das férias escolares, as crianças e os adolescentes tendem a acessar mais a internet, através de seus computadores, tablets e celulares. Com uma série de dicas e cuidados, a Polícia Federal lançou um material em que alerta para que os pais redobrem a segurança com seus filhos e tenham atenção com relação aos perigos e crimes de ataques de cibercriminosos e pedófilos na internet.

De acordo com a PF, os pais devem ter um conhecimento básico de internet e computação, principalmente sobre as redes sociais. No manual, o órgão alerta que os pais não precisam ser usuários assíduos ou experts das redes sociais, mas conhecê-las para entender como funciona. Além disso, os responsáveis pelos filhos também devem supervisionar o acesso à internet de forma discreta, fugindo de proibições.

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Para a PF, também é importante o alerta de não colocar informação pessoais na web como números de documentos, endereço residencial ou da escola, nome dos pais, foto da frente de sua residência, foto do carro com a placa exposta, da fachada do colégio, fotos com amigos e não adicionar quem não se conhece.

"Cabe aos pais alertar sobre a presença de perfis falsos, pedófilos e grupos com conteúdo inadequado nas redes sociais, mantendo apenas na lista de contatos apenas as pessoas que conhece fora do ambiente virtual, como os parentes, colegas de escolas e do condomínio", informa o manual da polícia.

Para as crianças e os adolescentes que são fãs de jogos online, a PF também informa que cuidados devem ser tomados. O órgão federal informou que é possível cometer inúmeros crimes através dos jogos online, tais como: clonagem de cartões de crédito, pedofilia, falsificação de documentos, difamação, calúnias e até assassinatos pelo fornecimento de informações pessoais e fotos em conteúdo íntimo.

Para quem for vítima de crimes na internet, a denúncia deve ser feita à Polícia através do número 100, www.dpf.gov.br, e www.safernet.org.br onde você pode baixar material didático sobre vários temas.  Cartilhas de segurança também podem ser baixadas através da Organização Não Governamental-Safernet que possui uma parceria com a PF.

Balanço - Em Pernambuco nos anos de 2013 e 2014, a Polícia Federal deflagrou onze operações, efetuou sete prisões em flagrante, cumpriu 42 Mandados de Busca e Apreensão e instaurou 76 inquéritos policiais.

Em 2015 já foram feitas quatro Operações de combate a pronografia infantil, 14 Mandados de Busca e Apreensão foram cumpridos, 12 endereços fiscalizados e três suspeitos autuados em flagrante. A PF informou que 21 suspeitos ainda estão sendo investigados e 24 cidades de PE foram detectadas com registro de pornografia infantil.

Nas estatísticas divulgadas pela PF, só em 2016 já foram feitas três operações de combate a pornografia infantil, cinco Mandados de Busca e Apreensão foram cumpridos, quatro endereços fiscalizados e três suspeitos estão sendo investigados.

Um novo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que oito a cada dez pessoas de 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de ser abusados sexualmente ou explorados online.  E mais de cinco em cada dez jovens acham que seus amigos têm comportamentos de risco ao usar a internet.

No Brasil, 94% dos entrevistados acreditam que as crianças e os adolescentes correm risco de ser abusados ou usados sexualmente online. A pesquisa de opinião internacional consultou mais de 10 mil pessoas de 18 anos de idade de 25 países, como o Brasil, revelando as perspectivas dos jovens sobre os riscos que enfrentam ao crescer em um mundo cada vez mais conectado.

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O novo relatório conclui que os adolescentes parecem confiantes com a sua própria capacidade de se manter seguros, com quase 90% dos entrevistados acreditando que eles podem evitar perigos online. Entre os brasileiros, 86% disseram que sabem como evitar esses riscos. Outros 80% afirmam que sabem como lidar como pessoas que fazem comentários indesejados ou pedidos online sobre sexo.

Globalmente, cerca de seis a cada dez entrevistados disseram que conhecer novas pessoas online é de alguma forma importante ou muito importante para eles, mas apenas 36% acreditam fortemente poder dizer quando estes indivíduos estão mentindo sobre quem são.

Mais de dois terços das meninas (67%), em todo o mundo, concordam fortemente que ficariam preocupadas se recebessem comentários ou pedidos sexuais por meio da internet, em comparação com 47% dos meninos. Quando ocorrem ameaças online, mais adolescentes procuram seus amigos do que pais ou professores, mas menos da metade concorda fortemente saber como ajudar um amigo que enfrenta a mesma situação.

Além disso, 83% dos entrevistados nos 25 países disseram que contariam a um amigo se eles se sentissem ameaçados online, em comparação com 69% que contariam a seus pais. Apenas 38% disseram que relatariam o problema a um professor. 

"A internet e o telefone celular revolucionaram o acesso de pessoas jovens à informação, mas os resultados da pesquisa mostram o quão real é o risco de abuso online para meninas e meninos", disse o diretor associado de Proteção Infantil do Unicef, Cornelius Williams.

Segundo dados da Unicef, um a cada três usuários de internet é criança. "A Unicef espera amplificar a voz dos adolescentes para ajudar a resolver a violência, a exploração e o abuso online e assegurar que as crianças possam tirar o máximo proveito dos benefícios que a internet e o telefone celular oferecem", complementa.

Centenas de trabalhadores rurais foram às ruas de Pernambuco, nesta quinta-feira (16), protestar contra a reforma da previdência, a extinção do Ministério da Previdência Social e a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). As manifestações aconteceram em cerca de 50 cidades do Sertão, da Zona da Mata e da Região Metropolitana, todas com Agências da Previdência Social.  

Com cartazes dizendo que a reforma “é um golpe aos diretos dos trabalhadores”, os agricultores justificavam as reivindicações pontuando que as atividades que exercem também “geram riquezas para o país”. Os atos foram organizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado Pernambuco (Fetape), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e os Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTRs).

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Vice-presidente da Fetape, Paulo Rodrigues Santos, afirmou, em conversa com o Portal LeiaJá, que a revisão das regras da previdência representa um “risco a vários direitos que já foram conquistados” e atinge, principalmente, os trabalhadores rurais. 

“Um dos principais riscos é a elevação de idade mínima; outro é a desvinculação ao salário mínimo que abre o precedente para reajustes e benefício menores do que o mínimo; ainda tem as mudanças nas regras de acesso ao regime da previdência social, que pode atacar diretamente os agricultores familiares, e o não acumulo da pensão com a aposentadoria. Isso seria um retrocesso muito grande”, detalhou o dirigente. 

Já sobre a extinção do Ministério da Previdência Social, Rodrigues disse que a ação compromete as atividades efetivas da política. “O que a gente necessitava não era a extinção, mas o fortalecimento do ministério. O governo deveria bancar a recomposição dos servidores. Em média, hoje são 6 meses de espera para fazer uma perícia. O ideal era fortalecer a estrutura para dar respostas ao cidadão”, observou. 

Os atos aconteceram em cidades como Recife, Vitória, Palmares, Nazaré da Mata, Petrolina, Garanhuns, Afogados da Ingazeira, Exu, Pesqueira, Goiana, Ribeirão e Águas Belas. Novas manifestações estão previstas para acontecer em julho, quando Michel Temer deve apresentar a proposta da reforma ao Congresso Nacional.

O senador Humberto Costa (PT) afirmou, nesta sexta-feira (3), que a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Câmara dos Deputados pode resultar em cortes de investimentos nas áreas de saúde e educação. Para o parlamentar, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), a quem chamou de “presidente sem voto”, conquistou “um cheque em branco” do Congresso Nacional.

“A saúde e a educação estão em risco porque esse é o primeiro passo para Temer dar fim às garantias de recursos mínimos para áreas sensíveis, onde não podemos ter retrocessos”, observou o senador. De acordo com ele, a DRU permite ao governo gastar livremente parte da arrecadação “tirando recursos de setores essenciais aos quais antes era obrigado a investir”.

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Sob a ótica do parlamentar, com a aprovação da DRU, Temer deve, agora, alterar a regra de recursos mínimos em áreas fundamentais para o desenvolvimento do País. “O ministro da Saúde já falou em diminuir o SUS e defendeu os planos de saúde. O ministro da Educação ameaça o Prouni, o Fies, o Ciência Sem Fronteiras. Está muito clara a lógica do governo golpista. É um governo de homens brancos e ricos feito para atender os interesses dessa mesma casta", acrescentou.

Para Humberto Costa é “um absurdo” o governo Temer falar em “cortes de gastos” e defender umaDesvinculação de Receitas da União (DRU) também aprovada na Câmara, que amplia gastos em R$ 58 bilhões até 2019. “Quando fala em cortar gastos, o presidente sem voto só fala em cortar no bolso do povo. Mas tende a privilegiar outras setores não estratégicos. Não que algumas das reivindicações, especialmente do funcionalismo público, não sejam legítimas. Elas são, mas é um contrassenso dizer que não tem dinheiro para garantir a saúde da população e cortar o mínimo de investimentos desta área, e defender um pacote que vai impactar imensamente as contas públicas”, afirmou o senador.

De acordo com um levantamento feito pelo petista, nesta semana foram aprovados 15 projetos de lei que estabelecem reajustes e benefícios a algumas categorias do funcionalismo. Entre as matérias apreciadas, está a do aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O rendimento, que delimita o teto do funcionalismo federal, subiu de R$ 33.763 para R$ 39.293.

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