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Escolhido para substituir Marcelo Calero no Ministério da Cultura, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) afirmou, neste sábado (19), em entrevista ao Portal LeiaJá, que pretende gerir a pasta com “diálogo” e “respeito as divergências políticas”. Ele já assume a pasta em meio a polêmica gerada entre Calero e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). 

O peemedebista baiano foi acusado pelo ex-ministro de usar do próprio cargo para conseguir vantagens pessoais. Em declaração após pedir demissão Calero disse ter sido pressionado por Geddel a liberar um empreendimento imobiliário em Salvador embargado pelo Iphan, onde o articulador político do presidente Michel Temer (PMDB) adquiriu um imóvel.

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Sobre as declarações, Freire amenizou. “A impressão que eu tenho é de que no âmbito do ministério não tem polêmica nenhuma”, ponderou. Já quando a decisão do Iphan, ele pontuou que “já foi decidido”. “Se você tem o organismo técnico e competente não tem por que você como ministro passar por cima de questões. Parece que isto já estava resolvido. O problema que existe lá na Bahia vai ser revolvido judicialmente”, acrescentou. 

Mudanças na Lei Rouanet

Outro assunto que tem gerado discussões dentro do Ministério da Cultura é a Lei Rouanet. De acordo com o substituto de Calero, os “defeitos” da legislação devem ser revistas. “Tem um projeto que tramita no Congresso que modifica a lei [Rouanet]. Ainda tenho que analisá-la detalhadamente para dizer onde, mas mesmo com a critica grande  e o argumento de que ela não deveria existir eu pontuou que ter uma legislação que incentiva a cultura no Brasil é extremamente importante. Se tem defeitos, vamos modificar”, frisou. 

A lei é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados e em junho a Polícia Federal afirmou que o Ministério da Cultura falhou na fiscalização dela. Freire defende que a própria pasta faça uma auditoria nos mecanismos da Rouanet. 

Falta de Verbas

Antes de deixar o comando do Ministério da Cultura, Calero também chegou a disparar contra a falta de verbas para efetuar os projetos. Indagado sobre como pretende lidar com o orçamento enxuto, Roberto Freire foi irônico: “se alguém tiver a expectativa de muitos recursos é melhor ficar em casa”. 

“Tivemos o impeachment pelo desmantelo que o governo anterior deixou a sociedade brasileira e a economia. Ela saiu por conta da irresponsabilidade e do desmantelo, então não podemos pensar que vai ter facilidades. Temos ajustes em andamento no Congresso”, observou, lembrando da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 que está sendo discutida no Senado, e limita os gastos públicos por 20 anos. 

“Nenhum ministro ou ministério pode achar que vai ter tempo bom. Vai ter aperto e contenção, tenho clareza disso. Vamos usar a criatividade para levar o ministério à frente e sair da crise”, acrescentou. 

Já quanto à condução da pasta, o deputado federal disse que não pretende interromper uma gestão já iniciada por Calero. “Vou conversar com o ministro que saiu, conversar com o presidente [Michel Temer] e discutir o que estava sendo planejado e feito. Vai ser continuidade o que precisar e de mudança, caso necessite. Mas uma coisa importante, que o país já vinha caminhando, é a necessidade de instalar na cultura brasileira o clima de diálogo e o respeita as divergências políticas. Com isso tudo é possível”. 

Líder do PT no Senado, Humberto Costa, pediu, neste sábado (19), que o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) seja demitido do cargo "imediatamente". O peemedebista baiano foi acusado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de usar do próprio cargo para conseguir vantagens pessoais. Calero pediu demissão da pasta nessa sexta-feira (18), após, segundo declara em entrevista a um jornal de circulação nacional, ser ameaçado por Geddel a liberar um empreendimento imobiliário em Salvador embargado pelo Iphan, onde o articulador político do presidente Michel Temer (PMDB) adquiriu um imóvel.

"A narrativa do ex-ministro da Cultura expõe as víscera desse governo corrupto. Ele entregou o cargo para não ser obrigado a atropelar pareceres técnicos que negavam autorização para a construção de um prédio em uma área tombada, onde o Geddel tem investimentos. É escandaloso que um ministro extremamente poderoso dentro do governo, que trabalha na antessala de Temer, use do próprio cargo para coagir e ameaçar colegas em favor de interesses pessoais", criticou o líder do PT. "Se Temer tiver o mínimo de decência e de escrúpulo, demite Geddel hoje mesmo", complementou.

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O líder do PT informou que a bancada do partido fará um convite para que Marcelo Calero vá ao Senado explicar, publicamente, os fatos que redundaram em sua demissão. Além disso, também vão convocar Geddel para que explique as acusações que lhe foram imputadas pelo ex-ministro.

Humberto Costa também disse que vai ingressar com representações na Comissão de Ética da Presidência da República e no Ministério Público Federal para que abram investigação sobre o caso. Marcelo Calero é o quinto ministro do governo Temer a ser demitido após polêmicas. Na lista estão Romero Jucá (Planejamento), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Fabiano Silveira (Transparência) e Fabio Medina Osório (AGU). O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, é o novo ministro da Cultura. 

O deputado Roberto Freire (PPS-SP), novo ministro da Cultura a convite do presidente Michel Temer, após demissão de Marcelo Calero, já se envolveu em um episódio polêmico no final do ano passado. 

Durante uma discussão com o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), na sessão de debate das medidas provisórias do ajuste fiscal, Freire teria tocado Orlando com as mãos pelas costas. Silva reagiu: "Não toque em mim, não toque em mim". Em seguida, a deputada Jandira Feghali, que estava perto dos dois parlamentares, criticou Freire e o acusou de tê-la empurrado.

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 “Ele começou a bater nas costas do Orlando. Eu falei, ‘opa, pera aí’, e coloquei a mão nas costas do Orlando para ele parar, e ele [Freire] puxou meu braço”, disse, na ocasião, Jandira.

Roberto Freire chegou a pedir desculpas e admitiu que pode ter a tocado com força. "Eu estava discutindo com o deputado Orlando Silva quando a deputada Jandira se colocou no meio dessa discussão, até uma discussão meio estranha porque o deputado Orlando estava de costas. A deputada Jandira entrou e eu a tirei. Pode até ter sido um pouco com força. Olha, se for para pedir desculpas, eu peço desculpas, porque eu não fiz nada que tenha que me arrepender. Pode ter sido um gesto que naquele momento da discussão eu tenha tomado, mas não foi nenhuma intenção minha agredir quem quer que seja", se defendeu. 

A época, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa instaurou processo para apurar a suposta quebra de decoro parlamentar do deputado. 

 

 

O presidente Michel Temer convidou o deputado Roberto Freire (PPS-SP) para ocupar o cargo de ministro da Cultura após o pedido de demissão de Marcelo Calero. O parlamentar aceitou o convite.

Pouco antes do anúncio do novo nome, o Palácio do Planalto havia confirmado a saída de Calero do Ministério da Cultura. A carta de demissão foi entregue pelo ministro na noite de quinta-feira ao presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente solicitou ao ministro que reconsiderasse a decisão. Mas no fim da tarde desta sexta-feira Calero ligou para Temer para confirmar a decisão de que deixa o governo.

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Segundo o Ministério da Cultura, a saída foi motivada por divergências com alguns integrantes do governo. Calero pediu demissão do governo seis meses após assumir o cargo. Há tempos, vinha reclamando de falta de verbas na área para executar os principais programas da pasta.

Calero foi secretário de Cultura da Prefeitura do Rio. Comandou a pasta após seu trabalho como presidente do Comitê Rio 450, criado para organizar a celebração dos 450 anos da cidade, em 2015.

Com a extinção do Ministério da Cultura (Minc), Calero chegou a assumir primeiro uma secretaria para cuidar da área, vinculada ao Ministério da Educação. Temer, porém, foi pressionado a reativar o Minc e chamou Calero para ser ministro.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), considera equivocada a tese de que os partidos de pequeno porte são “os problemas da democracia no país”. Lembrando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui uma nova reforma política no país, em tramitação no Senado, Freire criticou, por exemplo, a aprovação, em primeiro turno, da cláusula de desempenho.

Para o dirigente, a nova legislação atende apenas aos “grandes partidos”. “O Senado aprovou a questão da cláusula de desempenho, o fim das coligações e, inclusive, o financiamento público por meio do fundo partidário. Um bom início, mas trouxe preocupação. Infelizmente há uma ideia profundamente equivocada de que os problemas da democracia brasileira são os pequenos partidos”, disse.

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“Basta um exemplo: o maior partido [PT], que era governo, tem três dos seus tesoureiros nacionais presos por crimes de corrupção. Os quatro maiores partidos estão envolvidos na Lava Jato. São os pequenos partidos os responsáveis?”, acrescentou, indagando.

Para o parlamentar, a reforma com a cláusula de desempenho atende apenas aos interesses de alguns partidos e adiantou que a democracia não será melhor representada com o “monopólio” da representação política. 

 

O Partido Popular Socialista (PPS) oficializa, nesta segunda-feira (27), o apoio à reeleição do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). A postura da legenda para as eleições na capital pernambucana será anunciada durante um encontro que iniciará às 17h, no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, na Zona Sul. O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, e o senador Cristovam Buarque, cotado para disputar à Presidência da República em 2018, participam do ato.  

De acordo com o presidente do PPS Recife, o advogado Cláudio Carraly, após seguidas reuniões internas, chegou-se a um consenso para a realização desse gesto, que contou com indicativo positivo do partido nas esferas estadual e federal. “Não temos dúvidas hoje de que a reeleição de Geraldo Julio representa a melhor escolha para os recifenses. Sabemos que temos grandes desafios pela frente e muito o que construirmos juntos em benefício da cidade, mas é inegável reconhecer os avanços promovidos nos últimos anos”, ressaltou.

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Antes do evento de oficialização do apoio ao prefeito, Freire e Buarque visitam o ateliê de João Câmara e almoçam no Hotel Costeiro, ambos em Olinda.

Em encontro nesta quinta-feira,28, com o vice-presidente Michel Temer, lideranças do PPS confirmaram o apoio do partido a um eventual governo do peemedebista e pediram que ele assuma compromisso de "total apoio" às investigações da Polícia Federal, em especial, a Operação Lava Jato. A operação investiga casos de corrupção na Petrobras, incluindo membros do PMDB, como o próprio Temer.

O vice se encontrou nesta quinta-feira com o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), e com o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). O encontro aconteceu na sede da Vice-Presidência e foi convocado pelo peemedebista. O vice tinha chamado Cristovam, que já declarou voto a favor do impeachment no Senado, para conversar, e Freire foi junto ao encontro.

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"Vamos apoiar um eventual governo dele. Temos uma preocupação grande por conta de que será um governo que surge de um processo de impeachment tem que ter uma base de sustentação com as mesmas forças políticas que votaram a favor do impeachment. Não tem como fugir", afirmou Freire. A bancada do PPS na Câmara tem 9 deputados. Segundo ele, Temer sinalizou que gostaria de contar com a participação do PPS no governo, mas não se falou de cargos específicos.

O presidente do PPS disse que aconselhou Temer a nomear pessoas para seu eventual governo que não tragam "ônus". "Dissemos a ele para ter o cuidado de perceber que o governo de transição terá muito pouco tempo para resolver todos os problemas e por isso ele tem que ter foco. E o foco deve ser a retomada da economia", afirmou Roberto Freire ao Broadcast Político.

O dirigente contou que ele e Cristovam deixaram claro que o PPS tem uma posição clara em defesa do parlamentarismo. De acordo com o presidente do partido, Michel Temer "admitiu que algo pode ser pensado" sobre o tema, mas no futuro. "Pedimos também total apoio às investigações da Polícia Federal", acrescentou Freire.

Além do processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa instaurou, nesta terça-feira (3), outros dois processos para apurar a suposta quebra de decoro parlamentar dos deputados Alberto Fraga (DEM-DF) e Roberto Freire (PPS-SP).

Para a relatoria do processo contra Fraga foram sorteados Betinho Gomes (PSDB), Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) e Washington Reis (PMDB-RJ). Já para o caso contra Freire, os deputados Paulo Azi (DEM-BA), Leo de Brito (PT-AC) e Vinícius Gurgel (PR-AP), este último também sorteado para o processo de Cunha.

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Os deputados são acusados de quebrar o decoro em sessões plenárias na Câmara. Fraga foi protagonista de um embate com a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), em maio deste ano. Ele chegou a dizer que mulher que "bate como homem, tem que apanhar como homem também" durante uma discussão sobre as medidas provisórias do ajuste fiscal. 

Já Roberto Freire estaria envolvido no mesmo episódio com a comunista. Segundo ela, o deputado teria segurado seu braço com força em meio a uma discussão com outro parlamentar. Ela é autora da representação contra os dois deputados. 

Há exatamente um ano a morte do ex-governador Eduardo Campos abalou o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Aquele 13 de agosto, além de tristeza para sete famílias, trouxe também frustração ao projeto de ascensão política de um partido que dava os primeiros passos firmes para um possível, e posterior, comando do país. A partir do desaparecimento do líder, como os socialistas costumam dizer, 'um desafio maior se iniciava': o de encontrar um novo norte e recomeçar sobre os mesmos (ou novos) conceitos.

A escolha da ex-senadora Marina Silva para disputar à presidência da República no lugar de Campos, os imbróglios em torno de Roberto Amaral, a escolha precoce da nova Executiva Nacional, o início do processo de fusão com o PPS e o recuo dele marcaram as movimentações da legenda nos últimos 12 meses.  

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Sob o comando da mesma linhagem desde 1993 – quando o avô de Eduardo Campos, Miguel Arraes, assumiu a presidência do partido – o PSB precisou, neste um ano, reaprender a andar já que Campos era dono de uma percepção política ímpar e centralizadora, como alguns pessebistas revelaram ao Portal LeiaJá.   

“O PSB passa por um processo de reorganização e reaprendizado. Todos têm esta noção. A responsabilidade de todo mundo aumentou (sem Eduardo Campos)”, observou o prefeito do Recife, Geraldo Julio. “O que nós fizemos neste ano sem ele foi mudar a forma de gestão do PSB. Nós tínhamos uma gestão muito centralizada em Eduardo, ele era nossa grande referência nacional. Hoje estamos com lideranças médias e que gerenciam o partido de forma horizontal”, acrescentou conjecturando o secretário-geral do PSB e presidente nacional da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande.

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Entre essas novas “médias lideranças” do PSB, a maior apreensão era de que houvesse uma grande dispersão do partido, o que visivelmente não aconteceu. “O partido, no primeiro momento que perde a sua grande liderança, corre sempre um grande risco de dispersão ou de desentrosamento. Mas nós estamos 100% dedicados a cuidar do partido. Felizmente foi um primeiro semestre de muitas reuniões, discussões e debates. O PSB está unido na responsabilidade de seguir a história de Eduardo”, avaliou o vice-presidente nacional do PSB e ex-deputado federal, Beto Albuquerque (RS).

Apesar da visão positiva de Albuquerque, algumas lideranças, como Roberto Amaral – que assumiu a presidência do partido logo após a morte de Campos –, protagonizou imbróglios internos e terminou sendo isolado dentro do PSB. Posicionamentos dele, como ficar contrário ao apoio da legenda a Aécio Neves no segundo turno das eleições em 2014, foram encarados como divergentes a “linha Eduardo Campos”, o que ocasionou o desembarque de Amaral do cargo de presidente do PSB e a eleição de Carlos Siqueira para substituí-lo. 

"A escolha de Siqueira foi para o amadurecimento de outros quadros, para que se possam inaugurar novas lideranças. Eles (Paulo Câmara, Rodrigo Rollemberg, Geraldo Julio e Beto Albuquerque) podem se firmar como lideranças, apesar das incertezas, e colocarem o partido para frente", avaliou o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes. 

Eduardo Campos e o recuo da fusão com o PPS

Se o ex-governador Eduardo Campos teria ou não recuado com o processo de fusão entre o PSB e o PPS, nunca saberemos. Mas o certo é que, de acordo com líderes da legenda, as articulações para a junção dos dois partidos foi iniciada por ele com a projeção de dois cenários: a vitória nas eleições para presidente da República e uma reforma política mais ampla. 

Apesar da frustração dos dois cenários, o processo de fusão foi ensaiado e entusiasmado por socialistas, como o vice-governador de São Paulo Márcio França, no entanto não vingou. Após divergências internas e a rejeição da proposta por alguns diretórios, inclusive o de Pernambuco, a ideia excluída dos planos do PSB.  

“A fusão nasceu de uma articulação que iniciou com ele ao imaginar primeiro uma reforma política no país e a possibilidade completa de ganhar as eleições, o que não aconteceu. Neste novo cenário não valia a pena (a fusão). Se ele estivesse aqui estaríamos numa situação diferente, com a presidência da República com certeza. Projetar isso neste momento é impossível”, detalhou Sileno Guedes.

Para Renato Casagrande, Eduardo teria prezado pela união do partido diante do processo de fusão. “Não podemos dizer se ele tinha recuado, mas ele teria trabalhado pela unidade partidária como nós fizemos. Nós avançamos naquilo que era preciso avançar, estamos mantendo o assunto em aberto”, observou o secretário-geral do PSB. 

O PSB em Pernambuco e a ausência de Eduardo Campos

Casa política de Campos, o PSB de Pernambuco era o que mais sofria influência do ex-governador. Apesar de não presidir a agremiação no estado, todas as decisões políticas passavam pelo crivo do Palácio do Campo das Princesas, onde ele permaneceu por sete anos e quatro meses. 

No comando estadual desde 2011, Sileno Guedes pontuou que dentre as características de Eduardo a que mais sente falta é a agilidade na contextualização e decisão das questões partidárias.

“São tantas coisas (que fazem falta), mas, sobretudo, o time dele é a falta mais latente. Ele tinha um sentimento muito aguçado para tomar decisões e dar encaminhamento. Eduardo era muito preciso, todos nós que ficamos por aqui temos a necessidade de ouvir mais e falar menos”, observou.

O futuro do PSB e a hereditariedade de Campos

Mesmo com a ausência do líder maior, o PSB tem boas perspectivas para os próximos anos. De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, a expectativa é “continuar crescendo” e ter bons resultados nas próximas eleições. “Continuamos crescendo sobre a inspiração das ideias e do brilhantismo de Eduardo. O PSB não parou. Temos perspectivas muito boas para as eleições de 2016 e 2018. Ele (Eduardo Campos) continua mais presente do que nunca no nosso partido”, ressaltou. 

Segundo Siqueira, apesar do crescimento, Pernambuco continua sendo um dos estados mais expressivos da legenda. O que na ótica socialista deve ser perpetuada pela hereditariedade política de Eduardo Campos, apostada em João e Pedro Campos, filhos do ex-governador.

Recentemente Pedro foi anunciado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), como o filho que dará “continuidade à obra de Eduardo”. E João é apontado nos bastidores como possível candidato a um cargo eletivo em 2018. 

Veja o trecho de um pronunciamento de Pedro Campos no dia 11 de agosto deste ano:

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Pedro e João se tornaram interlocutores da família em eventos públicos desde a tragédia há um ano. Os dois subiram em palanques pelo estado para reforçar as campanhas de Marina Silva à presidência da República e de Paulo Câmara ao Governo de Pernambuco. Depois do período eleitoral ficaram imersos a um silêncio que é quebrado durante as homenagens prestadas ao pai, inclusive, com análises políticas da conjuntura nacional.

 

O programa partidário do PPS começa a ser exibido a partir desta quinta-feira (25). No esquete, a legenda convoca a população para “protestar contra os malfeitos praticados pelo governo do PT” e participar de uma “agenda positiva” que traga melhorias para o país. No programa, que vai ar às 20h30, o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), afirma que as eleições de 2016 serão uma oportunidade para que a população “aponte um novo caminho para o Brasil”.

Na TV e no rádio, o PPS também chama a atenção da população para os cortes feitos pelo governo federal nos programas educacionais e no Minha Casa, Minha Vida. Além disso, a sigla também ressalta que as promessas feitas pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante a campanha eleitoral “não foram cumpridas até agora” e diz que a crise econômica nacional “foi provocada por uma série de políticas errôneas adotadas pelas gestões de Lula e Dilma”.

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No programa, parlamentares da bancada da Câmara e do Senado defendem propostas com foco na melhoria da mobilidade urbana nas cidades, maior participação da mulher na política, combate a corrupção, maior acesso a programas habitacionais e atenção aos agricultores.

A decisão tomada pela Executiva Nacional do PSB em relação ao cancelamento da fusão com o PPS não é vista pelo presidente nacional do partido e deputado federal, Roberto Freire, como a melhor opção. Lamentando o adiamento da possível junção das legendas, o parlamentar revelou não ter participado da decisão, mas garantiu está aberto a novos diálogos. 

De acordo com o líder nacional do PPS, a única atitude do partido após decisão socialista é esperar os desdobramento político. “Nós do PPS apenas recebemos a declaração do PSB de que pediam para adiar. Só nos restava aceitar e aguardar se o PSB deseja retomar, e quando quer retomar a decisão”, lamentou. 

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Freire também fez questão de frisar que não houve participação dos pós-comunistas na decisão do PSB e que o PPS já tem pensamento firmado sobre o assunto. “O PPS tem uma decisão e não tive nenhuma participação deste adiantamento e nós aceitamos. Não tínhamos outra coisa a fazer do que aceitar, e estamos no aguardo e abertos”, se dispôs. 

Questionado pela equipe do Portal LeiaJá se a decisão do PSB neste momento foi a mais sensata, ele descordou do cancelamento. “Não, não. Eu acho, que era do ponto de vista político, algo muito significativo, profundo pelo o momento que vive a sociedade brasileira: a crise econômica e a fusão poderia ser muito positiva”, avaliou, reforçando a opinião. “E apenas uma avaliação e é ate mesmo porque algumas decisões da reforma política que tem influências e que poderiam ser muito positivas, caso tivesse sido realizado”, opinou o deputado. 

A suspensão do processo de fusão entre PSB e PPS foi anunciada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em menos de dez dias atrás. Entre as justificativas estavam questões exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, em Pernambuco, terra do ex-governador Eduardo Campos, os socialistas eram contrários à união, e esse é um dos principais embates entre a cúpula. 

As críticas do ex-presidente Lula (PT) ao atual governo da presidente Dilma Rousseff (PT) não foram apenas analisadas pelas lideranças petistas como a deputada estadual Teresa Leitão (PT). O deputado federal e presidente nacional do PPS, partido opositor ao governo, também comentou a postura do ex-chefe do Poder Executivo e disparou contra o petista classificando seu posicionamento como “deslavado oportunismo”. 

 “Lula inaugurou um festival de oportunismo, em que não respeita o seu partido e a presidente da República de seu governo”, afirmou Freire. O deputado vê, no gesto, “um claro intuito de tentar se afastar e se eximir de qualquer responsabilidade da grave degradação que estamos vivendo no país durante o desastroso governo do PT”.

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Para Freire, Lula é o grande motivador dos problemas enfrentados pelo país neste momento. “Ele é o grande responsável por isso e agora está querendo se eximir por conta do desastre que o governo está apresentando?”, questionou, comparando o ex-presidente a um crítico político. “É como se ele não tivesse nenhuma responsabilidade e fosse um critico dos mais isentos, quando ele é o mais responsável por tudo isso que estamos passando no país. Ele também é responsável pela eleição de Dilma”, pontuou, em entrevista ao Portal LeiaJá.

O parlamentar acredita que a “estratégia” usada pelo petista não terá êxito porque a opinião pública brasileira “não vai se deixar enganar por um reles oportunismo desses”. Na avaliação do presidente do PPS, o comportamento de Lula “é uma das coisas mais vergonhosas que a política brasileira já experimentou”.

Segundo o deputado federal, há um sentimento contraditório em relação ao governo Dilma porque ao mesmo que ele deseja que ela saia da gestão, tem pena dela. “Isso é um desafeto com Dilma. As pessoas estão tendo uma certa pena dela em relação a agressão de Lula. Ela é uma das pessoas mais rejeitadas do país, mas com essa agressão até eu estou com pena dela, e ao mesmo tempo querendo ver ela fora do governo. Há um certo paradoxo”, analisou, reforçando a ideia de reprovação da presidente. “Nós estamos sentindo. Há uma desaprovação tão grande a isto que uma certa comiseração para com Dilma começa a aparecer - e veja bem que é rejeitada como poucos na história brasileira”, disparou. 

O parlamentar lembrou que já se teve na política brasileira problemas entre o presidente e o vice, rupturas de aliados quando no governo, coisas que, segundo ele, a política explica. “São fatos que ocorreram e a história nos dá vários exemplos. Mas com esse grau de desfaçatez que Lula começa a explicitar não se tinha conhecimento”, criticou, revelando ter lido nesta terça-feira (23) um artigo do El País sobre a situação de esquerda do país. “Acabei de ler um artigo do El País que diz que a esquerda brasileira sofreu com os descaminhos que foram dotados pelo PT. Esse é talvez, o mais triste legado do PT: a degradação e a desmoralização da esquerda brasileira”, cravou o pós-comunista. 

 

O PPS define, nesta sexta-feira (12), o posicionamento que tomará diante do possível adiamento da fusão com o PSB. De acordo com a presidente da legenda em Pernambuco, Débora Albuquerque, o diretório nacional vai ouvir representantes de vários estados e encontrar um denominador comum sobre o tema: se cancela de uma vez o processo ou apenas posterga a junção das duas siglas. 

“Soubemos que a fusão realmente não ia acontecer de forma alguma, mas ontem (quinta-feira) o presidente Roberto Freire disse ter se reunido com o governador de Pernambuco, em Brasília, e ele pontuou que continuariam conversando”, revelou Albuquerque, que está em Brasília para participar da reunião do Diretório. 

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Questionada sobre qual seria a postura da agremiação em Pernambuco, a presidente estadual afirmou ter ido ao encontro “para ouvir e ponderar dentro do que será votado”. “A questão em Pernambuco é mais complicada. A fusão não vai acontecer justamente por causa da postura do PSB daí [de Pernambuco]. Eles não querem fundir os partidos”, cravou. “Vamos firmar um denominador comum hoje”, acrescentou. 

Na quarta (10), o governador Paulo Câmara (PSB) encontrou o presidente do PPS, o deputado Roberto Freire. Sobre a conversa, Câmara disse que o PSB pretende permanecer em discussão com o PPS para aprimorar o processo. “É necessário ter mais um prazo para as questões internas serem melhor resolvidas. Vamos fazer uma aliança política como aconteceu em 2014”, argumentou o governador. Na próxima terça-feira (16), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e Roberto Freire devem conceder uma coletiva para detalhar o assunto. 

Após um fim de semana de conversas entre a cúpula nacional do PSB, o governador de Pernambuco e vice-presidente do partido, Paulo Câmara, afirmou, nesta segunda-feira (8), que a legenda socialista quer firmar parcerias com o PPS, mas também observa a necessidade de rediscutir a fusão e deixar a concretização do processo “mais para frente”. De acordo com ele, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai se reunir com o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire, e outros membros dos partidos nesta semana para tratar dos desdobramentos do assunto. 

“O partido está unido, todos entendendo da necessidade de se rediscutir essa questão do processo de fusão. Esta semana vai ter alguns desdobramentos do processo lá em Brasília, o presidente Carlos Siqueira deve se encontrar com representantes do PPS para que a gente possa definir (o adiamento efetivo do processo)”, frisou o governador, após a cerimônia de posse dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos. “A gente quer ter políticas juntas (com o PPS), mas com esse processo de fusão sendo mais discutido com os estados e ficando um pouco mais para frente”, acrescentou. 

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Questionado sobre a possibilidade do adiamento do processo gerar algum desconforto interno – principalmente com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que esteve à frente das negociações –, o governador voltou a pontuar a unidade da legenda e destacou que as conversas em torno da fusão vão continuar acontecendo para que as divergências entre o PSB e o PPS sejam superadas. “As conversas com o PPS continuam é apenas o momento de abranger mais o debate. Temos mais convergências do que divergências e precisamos mesmo aprofundar o debate para superar qualquer tipo de divergência que possa ocorrer. É isso que vai se fazer em 2015 e 2016”, conjecturou.

Encontro com Carlos Lupi – O governador encontra no início da tarde desta segunda-feira com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que está em Pernambuco para um encontro com a direção estadual pedetista. Apesar de não compor a base aliada de Paulo Câmara, o PDT integra, em alguns municípios, o hall de aliados do PSB, entre eles Caruaru, no Agreste.

Na cidade, inclusive, há instalada uma pré-disputa pelo apoio de Câmara para as eleições municipais de 2016. Nos bastidores, conta-se com, no mínimo, três aliados que pretendem disputar o pleito: os deputados federal Wolney Queiroz (PDT) e estaduais Raquel Lyra (PSB) e Tony Gel (PMDB). 

“Está muito cedo para conversar sobre 2016. Tenho um amplo palanque em Caruaru, a gente quer na verdade é ajudar Caruaru para que a cidade ajude o Estado. Estamos conversando com todos os atores. Tanto a deputada Raquel Lyra, quanto Tony Gel e Wolney Queiroz são pessoas que eu respeito muito”, observou o governador ao ser indagado se a disputa pelo Executivo de Caruaru em 2016 estava na pauta da conversa com Lupi. Os dois almoçam juntos neste momento. 

A presidente Dilma Rousseff saiu em defesa da líder do PC do B, Jandira Feghali (PC do B-RJ) em sua conta pessoal no microblog Twitter, depois de a deputada se sentir agredida no plenário da Câmara em confusão com o deputado Roberto Freire (PPS-SP).

"A política fica menor - com p minúsculo - quando é praticada com base no sexismo e no machismo", escreveu Dilma no Twitter. "Minha solidariedade à deputada Jandira Feghali, ameaçada no plenário da Câmara, na noite de quarta-feira, por expor suas ideias."

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Jandira teve o braço segurado pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP). Em meio à confusão e ao bate-boca entre deputados durante a votação da Medida Provisória 665, que altera regras de concessão de seguro-desemprego e de abono salarial, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) disse que "mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem".

"Jandira Feghali, você só engrandece a luta das mulheres na política brasileira", disse Dilma no Twitter. "Avante, com força e fé", prosseguiu a presidente, que colocou a hashtag #JandiraMeRepresenta para encerrar a declaração.

Em alta na discussão do Congresso Nacional, a reforma política também virou pauta dos partidos que protagonizam, junto com os políticos, o sistema vigente. Desde que iniciou um clamor popular pela modificação das regras eleitorais, as legendas começaram a expor suas propostas, inclusive, para a Comissão Especial que analisa as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que versam sobre o assunto na Câmara dos Deputados.

Proposições como a instalação do parlamentarismo, o fim da reeleição, o financiamento público de campanhas, o voto distrital, a coincidência das eleições e o mandato de cinco anos para o Executivo estão sendo expostas por lideranças e se tornaram defesas partidárias.

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O PPS, por exemplo, defende a instalação do parlamentarismo no país. De acordo com o presidente nacional da legenda e deputado federal, Roberto Freire (SP), a medida é um pré-requisito para a discussão de qualquer outro ponto da reforma política.

“Se hoje o regime fosse parlamentarista, esse governo já nem mais existia”, disse ao Portal LeiaJá, referindo-se as crises enfrentadas pela gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). “A alternativa para a crise, no sistema parlamentarista, é radical, mas democrática”, acrescentou. Freire alegou que a instituição de um novo regime não seria “golpista”, já que a instalação se daria após o fim do atual governo. 

No quesito financiamento de campanha, quem bate na tecla para a adoção do regime público é o PSOL. Para eles, essa seria a solução para reduzir os atuais escândalos de corrupção nas campanhas eleitorais. “O problema da corrupção é o financiamento privado de campanha, mesmo sendo o financiamento legal”, disparou o presidente nacional da legenda, Luiz Araújo. 

A defesa pela exclusividade do financiamento público, no entanto, tem enfrentado resistência no Legislativo. E, por isso, o PSOL já recuou da proposta, adotando a ideia do fim das doações de empresas e da instituição de um teto para as doações de pessoas físicas. A doação mista (pública e privada) é mais consensual entre os partidos. O PPS, PSDB, DEM e PSB também são a favor desse tipo de financiamento. 

Quando o assunto é o sistema do voto, partidos como o PSDB e o DEM defendem a mesma linha de raciocínio: a instalação do sistema distrital misto, baseado no modelo da Alemanha. Nele, parte do Legislativo seria eleita pelo sistema distrital - os mais votados em cada região dos estados - e outra parcela pelo sistema proporcional de lista fechada - os votos entre os partidos. 

“Isso equilibraria o jogo político, com mais identificação do parlamentar com sua base, e, ao mesmo tempo, não privaria o parlamento de representantes de segmentos variados da sociedade”, defende o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, em nota encaminhada ao Portal. “Com modelo próximo do alemão, o país poderia ter melhora na qualidade de representação política, com mais acompanhamento por parte dos eleitores”, acrescentou o deputado federal e líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho.

O fim da reeleição e a implantação do mandato de cinco anos para os cargos do executivo são os pontos de maior consenso entre a maioria das legendas. A maior defesa desses aspectos tem sido feita pelo PSB. Para o líder da legenda na Câmara, o deputado Fernando Filho, a expectativa é de aprovação das duas novas regras. "Temos muita concordância quanto a esses assuntos. O fim da reeleição é um clamor das bases, pois temos visto alguns desastres políticos entre os reeleitos nos comandos dos executivos", observou o socialista. Outro posicionamento defendido pelo PSB é o fim das coligações proporcionais. "Este item sabemos que tem muita gente contra. Caso seja aprovado os partidos terão que mudar a regra do quadro da eleição", destrinchou o líder.

Apesar das disposições partidarias, esta é a sexta legislatura que o tema reforma política entra na pauta do Legislativo. A Comissão Especial que analisa os assuntos na Câmara Federal tem até meados de maio para apresentar o texto da PEC para a apreciação em plenário. Caso isso não aconteça, o presidente da Casa, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já prometeu que votará as propostas sem o crivo da comissão. 

O deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), criticou, nesta terça-feira (7), a proposta de coincidência de eleições municipais com as eleições federais e estaduais. Para ele, as questões locais devem ser discutidas separadamente nas eleições municipais.

“Nenhum país democrático coincide as eleições”, apontou Freire, ao participar da audiência pública da Comissão Especial da Reforma Política com os presidentes nacionais de alguns partidos.  O deputado voltou a afirmar que a liberdade partidária deve ser plena, sem regras que restrinjam o funcionamento de partidos, como a cláusula de barreira - norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos. "Interessa ao Brasil excluir minorias como a cláusula de desempenho faz?", questionou.

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O deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), pretende apresentar, na próxima terça-feira (7), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para instalar o regime parlamentarista no Brasil. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4) pela coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, a pretensão do pernambucano radicado em São Paulo é de que o regime entre em vigor após a atual gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Freire teria conversado sobre o assunto com o senador Aécio Neves (PSDB), que ficou de analisar a proposta.

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O parlamentarismo é um sistema de governo em que o Executivo depende do apoio direto ou indireto do Legislativo (Senado e Câmara Federal) para governar e ser constituído. Esse apoio costuma ser expresso pelo chamado voto de confiança e não há uma separação nítida entre os dois Poderes, ao contrário do que ocorre no presidencialismo.

O governo é formado por maioria partidária (ou de coalizão) no Parlamento e pode ser demitido antes da data prevista para as eleições regulares, caso aconteça alguma crise política ou o escolhido tenha atitudes reprovadas pela maioria dos parlamentares. Há os papéis de chefe de Estado e de governo, ao contrário do presidencialismo, onde as duas funções são exercidas pela mesma pessoa. 

O PSB e o PPS estão negociando uma fusão entre as legendas. Nesta terça-feira (14), uma delegação socialista se reuniu com o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), onde definiram as primeiras ações visando aprofundar a discussão iniciada com ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em agosto, sobre a integração das legendas. Caso o acordo dê certo, o “novo PSB” sai fortalecido passando a configurar a quarta maior bancada da Câmara Federal. 

A reunião, de acordo com o dirigente, marcou a retomada das costuras para a unificação das legendas. “Seria um reencontro ideológico e histórico das forças da esquerda. Estamos começando a discutir os primeiros passos mais profundos desta questão. Do PSB só não veio Carlos Siqueira, pois ele fez uma cirurgia há pouco”, disse. Segundo ele, a nova direção eleita pelo PSB nessa segunda (13) é a favor do procedimento. “Eles concordam e o PPS tem muita simpatia por isso”, frisou o dirigente.

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Roberto Freire preferiu não detalhar o que ficou acertado no encontro com os socialistas, mas disse que novas reuniões já foram marcadas para fortalecer a ideia. Entre os principais objetivos do PSB e do PPS com fusão, está à possibilidade de se tornarem a via alternativa ao duelo histórico entre PT e PSDB. “São questões que envolvem as estruturas de poder, mesmo que pequenas, controle e hegemonia”, observou. 

Indagado sobre como surgiu à intenção de fundir as legendas, o presidente pontuou o reencontro do PPS com o PSB para as eleições presidenciais. “Isso foi algo discutido lá trás entre eu e Eduardo Campos, quando começamos a ver a questão de possíveis apoios para a eleição. Ele ainda não era nem candidato a presidente”, detalhou. “A discussão era que com o nosso reencontro (PPS e PSB) a possibilidade de unificação viesse à tona. Estivemos juntos durante muito tempo, em especial em Pernambuco. Desse reencontro poderia surgir uma fusão e algo mais concreto”, acrescentou.  

O deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), reforçou neste sábado (16) a indicação de Marina Silva (PSB) para assumir a chapa na disputa nacional. Segundo ele, a ambientalista vai manter as alianças. 

“Tudo indica que há um consenso de ser Marina. O PSB vai indicar o vice. Ela está integrada no projeto e é uma força eleitoral significativa. Quem tinha isso não poderia discutir outro caminho”, frisou ao sair da Casa do ex-governador e presidenciável, Eduardo Campos, falecido na última quarta-feira (13). Freire deixou claro que já estava sendo conversado, desde a quarta, mesmo com o luto a nova composição da chapa.

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Para o parlamentar, “a comoção nacional já muda o cenário político” e algumas pesquisas feitas em estados, por telefone, já apontam a força de Marina. “Ela tem grande competitividade eleitoral, por ser mais conhecida. Marina já entra na campanha com o nível de conhecimento bem maior e o recall muito expressivo. Esta é a mudança que traz preocupações para quem estava imaginando que estava tudo consolidado”, comentou, pedindo cautela. “Só tenho uma certeza, vamos ter segundo turno”.

De acordo com o dirigente, o objetivo do PPS eliminar a força do “Lulismo”. “O PPS luta para unidade da oposição e a derrota do Lula e do PT. O PT mina tudo no Brasil, evidente que fica tentando se aproveitar deste momento, mas não vai adiantar”, afirmou pontuando os dribles petistas para que a Rede Sustentabilidade não fosse criada. “A fatalidade fez tudo isso ir por água a baixo, Marina será candidata”, alfinetou.

Questionado sobre as posturas da ambientalista que divergem com os posicionamentos políticos do PPS e de outros partidos da legenda, Freire afirmou que ela terá sensibilidade e discernimento político. “Se a gente for buscar aquilo que tinha de divergência, não estaríamos juntos. Ela terá sensibilidade. A fatalidade quase impedia de nós continuarmos. Independente dela gostar ou não Eduardo fazia política. Ela vai ter que fazer o que Eduardo fazia. O projeto que estamos juntos e unidos começou com Eduardo. Não tenho dúvida que ela tem competência”, ressaltou o parlamentar. 

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