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A Organização Mundial da Saúde pediu nesta terça-feira (9) prudência sobre a suposta relação entre o vírus zika e a morte de três pessoas na Colômbia pela síndrome de Guillain-Barré. "Sim, vimos estas mortes pela síndrome de Guillain-Barré, foram registradas três. Mas queremos convidar à prudência" sobre a possível relação com o zika, afirmou em Genebra o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.

A Colômbia registra 22.612 infectados pelo vírus zika, entre eles 2.824 grávidas, além do forte aumento de Guillain-Barré - de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde no sábado, com dados de até 30 de janeiro.

Segundo dados oficiais colombianos, a síndrome de Guillain-Barré estaria relacionada a três mortes por causas associadas ao vírus zika, afeta grande parte da América Latina.

Apenas nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11.000 pessoas foram contaminadas na Colômbia, o segundo país mais afetado pelo vírus depois do Brasil. Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde confirmou as três primeiras mortes associadas ao zika no país.

Embora, em geral, os sintomas do zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e articular e erupções na pele -, suspeita-se de que as grávidas possam ter bebês com microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.

Na sexta-feira, a ONU pediu que se autorize o aborto em países afetados pelo zika. Já as autoridades colombianas recomendaram aos casais em janeiro que adiem a gravidez entre seis e oito meses.

O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue, febre amarela e chikungunya.

Na Colômbia, a previsão é de que haja mais de 600.000 infectados pelo vírus este ano e 500 casos de microcefalia, caso se repita a situação vivida no Brasil, o país mais afetado por esta epidemia, com mais de um milhão e meio de casos.

O vírus se expandirá por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, advertiu a OMS.

O grupo farmacêutico francês Sanofi poderá realizar testes clínicos com o vírus zika dentro de um ano, mas a elaboração de uma vacina levará outros três,m afirmou seu diretor-geral, Olivier Brandicourt.

"Praticamente estaremos prontos para começar os testes clínicos em um ano com o vírus zika", declarou, acrescentando, no entanto, que o desenvolvimento da vacina não ocorrerá antes de três anos. O grupo anunciou na terça-feira que entrou na pesquisa de uma vacina contra o vírus zika, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública mundial.

A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo, afirmou que deseja apoiar-se "no êxito obtido no desenvolvimento de vacinas contra vírus similares", como dengue. A OMS classificou na segunda-feira de "emergência de saúde pública mundial" o vírus zika, transmitido pelo mosquito 'Aedes aegypti' e suspeito de provocar más-formações congênitas.

O Brasil, país mais afetado, afirmou que as grávidas devem evitar viajar aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A OMS prevê de três a quatro milhões de casos no continente americano em 2016.

No momento não existe nenhuma vacina ou tratamento específico contra o vírus, que poderia provocar microcefalia nos fetos das grávidas infectadas, assim como a síndrome neurológica de Guillain-Barré, uma doença do sistema nervoso que pode provocar paralisia. O mosquito 'Aedes aegypti' é responsável pela transmissão do vírus zika, dengue e chicungunha.

Uma mulher da província de Buenos Aires recém-chegada de suas férias no Brasil foi diagnosticada com o vírus do zika, o quinto caso registrado na Argentina, informaram fones sanitárias neste domingo.

Trata-se de uma mulher de 42 anos que vive na cidade de Pergamino (200 km a nordeste da capital argentina) e que apresentou sintomas da doença logo após seu retorno do Rio de Janeiro, informou o Ministério da Saúde da província.

A Argentina contabilizava até este domingo cinco casos de zika em seu território, todos importados e sem risco de vida.

Na sexta-feira, foi registrado o caso de uma jovem de 21 anos que viajou como turista para a Colômbia e que, em seu regresso à Mendoza (oeste), foi diagnosticada com o vírus. A paciente já recebeu alta.

O Ministério da Saúde considera "provável que a Argentina registre mais casos importados" em breve, devido aos regresso de turistas de suas férias de verão em países da América Latina, onde há vários pacientes afetados.

As prevenções sanitárias e as campanhas se concentram na Argentina no surto de dengue, com 2.500 casos, a grande maioria deles na província de Misiones (nordeste), na fronteira com o Paraguai e com o Brasil, onde é endêmica.

O vírus do zika apareceu na América Latina em 2015 e se propagou transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya.

Os sintomas do zika são similares aos de uma gripe leve, apesar de as autoridades médicas do Brasil estudarem sua relação com um anormal aumento dos casos de microcefalia em bebês nascidos de mulheres que contraíram a doença durante a gravidez.

O zika vírus é um drama principalmente para as famílias que tiveram seus bêbes atingidos pela microcefalia. Mas por mais que o problema de saúde pública seja alarmante e que remeta à tristeza, é Carnaval, e durante a folia de momo tudo vira motivo de brincadeira. Um casal resolveu sair com a fantasia de mosquiteiros, que teria como objetivo evitar o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

Para a funcionária pública Rebeca Alves, a 'piada' serve também para conscientizar os foliões sobre a gravidade do problema. "Não deixa de ser uma ironia com um momento delicado que passa a sociedade. A gente quis converter isso numa brincadeira", disse.

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Seu parceiro, Paulo Ribeiro, disse que a recepção das pessoas foi boa. "Todos estão entendendo e aceitando bem nossa fantasia", completou.

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Com informações de Nathan Santos

O cineasta Michael Moore foi hospitalizado com pneumonia e cancelou planos para promover seu próximo documentário "Where to Invade Next", mas disse nesta sexta-feira que está "muito melhor". Moore disse que foi internado na unidade de terapia intensiva de um hospital de Nova York no domingo, e que esperava receber alta ainda esta sexta-feira.

"Vamos apenas dizer que as coisas não pareciam boas domingo à noite. Mas, graças a uma combinação de bons médicos, comida hospitalar decente e Obamacare, estou muito melhor", escreveu Moore no Facebook. Moore atribuiu a doença a uma programação extenuante de promoção do filme, apoiando o candidato presidencial democrata Bernie Sanders, e tentando chamar a atenção para o escândalo de água envenenada em sua cidade natal, Flint, Michigan.

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O cineasta "guerrilheiro" alistou seus fãs para ajudarem a promover "Where to Invade Next", programado para estrear na próxima sexta-feira, através do compartilhamento de trailers e encaminhando resenhas para amigos e familiares. "Eu não posso voar, tenho que me recuperar, e em uma semana (12 de fevereiro) este grande filme para o qual tanto me dediquei vai estrear nos cinemas - com pouca ou nenhuma ajuda minha", escreveu Moore no Facebook.

O cineasta premiado com o Oscar é mais conhecido por dirigir documentários como "Tiros em Columbine" (2002), que fala sobre a cultura de armas americana; "Fahrenheit 9/11" (2004), que alfineta a resposta do governo Bush aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, e "Roger & Me" (1989), sobre seus esforços para falar com o chefe da General Motors sobre o impacto do fechamento de fábricas em Flint.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acaba de divulgar que constatou a presença de vírus Zika, com potencial de provocar infecção, em amostras de saliva e de urina. Segundo a entidade, agora, essas novas formas de transmissão serão mais estudadas.

"Essa comprovação tem um significado muito grande porque, até então, todas as evidências não significavam capacidade de infecção, muda o patamar e a forma que fazemos as pesquisa", disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

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Em entrevista à imprensa, a Fiocruz disse que a evidência de transmissão pelas excreções "sugere a necessidade de investigar a relevância de transmissão via oral".

Até então, a única via de transmissão do vírus, confirmada por autoridades sanitárias, é pela picada do mosquito Aedes aegypit.

Nesta sexta-feira (5), agentes de combate às endemias e arte-educadores, da Secretaria de Saúde de Olinda, saem às ruas com o bloco Enterro do Mosquito. A ideia é atrair a atenção da população para a necessidade de prevenir e eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti no município. O cortejo, que tem concentração na Praça do Carmo e saída marcada para as 8h30, percorre as principais ruas do Sítio Histórico.

Mesmo durante o Carnaval, equipes de combate às endemias estarão nas ruas inspecionando as residências da Cidade Alta. O trabalho acontece no período da manhã quando a circulação de foliões ainda é baixa. Nas duas últimas semanas, o serviço tem tido o apoio do exercito para alcançar o maior número de casas possível, eliminando assim possíveis focos do Aedes Aegypti. Nesta quarta e quinta-feira, dias 03 e 04 de fevereiro, ouve o reforço com a aplicação de UBV-pesada (carro fumacê) nos bairros Guadalupe, Monte, Bonsucesso, Amparo e Amaro Branco, localidades com maiores índices de infestação do mosquito.

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Em 2016, Olinda notificou 104 casos de dengue com 22 confirmações; 748 notificações de chikungunya com 321 confirmações e 42 notificações de microcefalia. Atualmente, o município tem a pontuação 1.4 no Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). Isso significa que a cada 100 residências visitadas foram encontrados 1.4 focos do Aedes aegypti.

Serviço:

Enterro do Mosquito

Sexta-feira (05), às 8h30

Praça do Carmo

Quando o assunto é saúde, o corpo humano não economiza em criatividade. Da mesma forma que diversos mecanismos trabalham entre si para manter o organismo funcionando, outros mecanismos fisiológicos provocam doenças, síndromes e condições especiais de saúde. Conheça algumas síndromes assustadoras que, felizmente, são bastante raras. Vale sempre lembrar que todo portador de síndrome, assim como qualquer outra pessoa, merece respeito, sempre, em primeiro lugar.

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O Facebook entrou na guerra contra o Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha. Em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a rede social começou a veicular vídeos educativos com orientações para ajudar no combate ao inseto.

Os vídeos da campanha #saizika são divulgados em português e possuem legenda em inglês. Neles, são listadas medidas de prevenção ao mosquito, como o uso de repelentes, instalação de telas em portas e janelas e limpeza de possíveis focos de reprodução do inseto. Assista abaixo.

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O criador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em seu perfil na rede social que a campanha é uma maneira de ajudar a sensibilizar a população no combate ao mosquito, fornecendo informações valiosas principalmente para gestantes.

"Como uma comunidade, nós podemos ajudar a combater o vírus Zika através da sensibilização. O Facebook fez uma parceria com a organização sem fins lucrativos Abrasco Divulga no Brasil, como parte de um esforço que também vai ser divulgado pela América Latina", escreveu. A postagem de Mark Zuckerberg já conta com mais de 66 mil curtidas e 10 mil compartilhamentos.

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As autoridades sanitárias da América Latina buscavam uma estratégia comum esta quarta-feira em Montevidéu para combater o zika vírus na região, a mais afetada do mundo, num clima de alerta reforçado por um caso de contaminação sexual nos Estados Unidos.

Em busca de conter o avanço do vírus, que é relacionado a má-formações em fetos, se reúnem em Montevidéu autoridades de Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela e Uruguai, como membros do Mercosul; e de Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, como estados associados. Também estarão presentes representantes de Costa Rica, República Dominicana, México e a diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne.

"O que preocupa os ministros é a rapidez com que a infecção do zika vírus tem se espalhado, já que em menos de um ano o vírus se disseminou em 26 países", disse Etienne à imprensa. Com casos isolados confirmados na Indonésia, Tailândia, Cabo Verde e temores diante da vulnerabilidade de contágios na Ásia, por ora a América do Sul é a região com mais casos do vírus: mais de 1,5 milhões no Brasil e mais de 20.000 na Colômbia.

Desde que o vírus foi detectado no Brasil, foram confirmados 404 casos de microcefalia, que impede p desenvolvimento normal do cérebro do bebê em estado de gestação e há 3.670 casos suspeitos. Como referência, em 2014 foram registrados 147 casos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou na segunda-feira estado de emergência pública internacional pelo possível vínculo entre o contágio de zika em mulheres grávidas e um aumento de casos de bebês nascidos com microcefalia.

Guerra ao Aedes aegypti

A Organização Mundial da Saúde pediu nesta quarta-feira aos países europeus para que coordenem entre si uma ação para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que além do vírus zika transmite a dengue, a febre amarela e o chikungunya.

"Peço aos países europeus a tomarem medidas coordenadas para controlar os mosquitos através do envolvimento das pessoas para eliminar os focos e do planejamento para espalhar inseticida e matar as larvas", escreveu em um comunicado a diretora Europa da OMS, Zsuzsanna Jakab. O zika também é suspeito de causar síndrome neurológica de Guillain-Barré (SBG), que pode causar uma paralisia definitiva.

"A resposta para este problema está na luta contra o mosquito que transmite o vírus", afirmou Etienne. Se turistas europeus foram infectados com o vírus, o mosquito que o transmite (Aedes aegypti) ainda não foi descoberto na União Europeia.

A OMS estima que o risco de que o vírus chegue ao continente "continua a ser extremamente baixo durante o inverno". Mas esse risco aumenta à medida que as temperaturas sobem, uma vez que o inseto pode se adaptar a todos os climas quentes.

Às vésperas dos Jogos Olímpicos no Rio em agosto, o Brasil mobilizou mais de meio milhão de trabalhadores de saúde e militares, entre outros, para combater o mosquito Aedes aegypti.

"Estamos fazendo o maior esforço na história do Brasil", disse a repórteres em Montevidéu o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro.

"Temos 46.000 agentes de combate que estão indo de casa em casa, e reforçamos com outros 266.000 agentes comunitários de saúde que não faziam este trabalho, mais de 210 mil soldados das forças armadas do país", acrescentou o ministro.

Contágio por via sexual

O último sinal de alerta pelo zika chegou do estado norte-americano do Texas, onde foi registrado um caso do vírus transmitido por via sexual e não pela picada de mosquito. Segundo as autoridades sanitárias do condado de Dallas, o paciente teve relações sexuais com uma pessoa doente que esteve em viagem na Venezuela.

No entanto, o porta-voz dos CDC que confirmou à AFP a informação da infecção de zika não contou a maneira como o indivíduo teria contraído o vírus. "Se confirmado, isso representaria uma nova dimensão do problema", disse a diretora da OPAS, em Montevidéu.

A perspectiva de que o vírus seja transmitido sexualmente e não apenas pela picada do mosquito Aedes aegypti é preocupante para a Europa , Estados Unidos e outras regiões fora da América Latina, onde todos os casos foram importados até agora.

A OMS alertou na semana passada que o zika está se espalhando de maneira "explosiva" na América Latina, onde são esperados de 3 a 4 milhões de casos em 2016.

O vírus foi descoberto em uma floresta de Uganda chamada Zika, em 1947.

A Justiça Federal determinou que a União adote com urgência medidas básicas para o atendimento à saúde de 13 povos indígenas de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, no oeste do Pará. O atendimento aos índios estava sendo negado sob as alegações de que as terras desses povos ainda não estão demarcadas ou porque há índios que não moram nas aldeias, mas o Ministério Público Federal (MPF) defendeu e a Justiça acatou a tese de que esses critérios são ilegais. As informações são do MPF.

A decisão foi anunciada no site da Justiça no último dia 25, e o MPF teve acesso à íntegra do documento na última quinta-feira, dia 28. O juiz federal Victor de Carvalho Saboya Albuquerque estabeleceu prazo de 90 dias para que a União cadastre os indígenas no banco de dados do sistema diferenciado de saúde, distribua os cartões para acesso aos serviços e organize e passe a manter equipes de atendimento às comunidades.

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As etnias com direitos garantidos pela decisão são: Borari, Munduruku, Munduruku Cara-Preta, Jaraqui, Arapiun, Tupinambá, Tupaiu, Tapajó, Tapuia, Arara Vermelha, Apiaká, Maitapu e Cumaruara. Desde 2001 quase 6 mil indígenas desses povos reivindicavam à União a atenção diferenciada à saúde, sem resposta.

A determinação liminar (urgente) também estabelece que, dentro de 48 horas, a Casa de Saúde Indígena (Casai) de Santarém deve passar a atender qualquer indígena que esteja morando na zona urbana do município, provisória ou definitivamente. O atendimento deve ser feito a indígenas das 13 etnias citadas na ação e a integrantes de quaisquer outras etnias.

Em caso de descumprimento da liminar, a multa é de R$ 10 mil por dia. Os prazos passaram a contar a partir do dia 25, quando a Advocacia-Geral da União (AGU) tomou oficialmente conhecimento da decisão.

Direitos ignorados – Na ação, o procurador da República Camões Boaventura defendeu que não se pode atrelar o acesso à saúde indígena à conclusão de procedimentos demarcatórios, sob pena de a omissão e morosidade do Estado na demarcação de terras gerar outra omissão, que é a falta de atendimento à saúde. “Também não é imprescindível, para ser indígena, que suas terras sejam demarcadas. O que define o indígena é seu autorreconhecimento como tal e sua ligação aos costumes, crenças e tradições”, registrou a ação com base na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 2002.

Em relação aos índios que vivem fora das aldeias (chamados de não aldeados), o MPF destacou na ação que a portaria do Ministério da Saúde nº 1.163/99 é categórica: “A recusa de quaisquer instituições, públicas ou privadas, ligadas aos SUS [Sistema Único de Saúde], em prestar assistência aos índios configura ato ilícito, passível de punição pelos órgãos competentes”.

Sobre a vinculação do atendimento à saúde à finalização de processos de demarcação de terras, Albuquerque registra que a ausência de reconhecimento do direito fundiário não deve prejudicar o acesso a outros direitos já assegurados à população indígena. “Não se pode olvidar [esquecer] que a demarcação de terras é ato meramente declaratório, que reconhece situação fática já existente. Se não detém caráter constitutivo não influi na identificação do índio como tal e nem na obtenção de direitos outros já assegurados”, observa o juiz em entrevista ao site do MPF.

Sobre o não atendimento, pela Casai de Santarém, a índios não aldeados, Albuquerque enfatiza que a Convenção 169 da OIT deve ser respeitada. “Assim, a inscrição de indígenas no Siasi [Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena] deve se pautar pela aplicação do critério do autorreconhecimento.” 

Em relação ao não atendimento, também pela Casai de Santarém, a índios de áreas fora do município, a liminar registra que a divisão territorial do subsistema de atenção à saúde indígena serve apenas para orientar a organização e gestão administrativas do serviço público, e não à vinculação de atendimento de determinada Casai apenas à população indígena residente no município em que esteja localizada. “À Casai compete o apoio à população indígena, desimportando a localização geográfica da comunidade à qual pertence o usuário atendido.”

 

O vírus zika, que se espalha pela América Latina, também representa um desafio para a Ásia, região com subúrbios densamente povoados, mosquitos em abundância e uma história de transmissão rápida de doenças, advertem especialistas.

Tailândia e Indonésia confirmaram cada um deles um caso deste vírus, principal suspeito da multiplicação recente de casos de microcefalia, uma malformação congênita em crianças, que nascem com uma cabeça e um cérebro anormalmente pequenos.

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Os casos na Ásia coincidem com o anúncio na terça-feira de outro caso no Texas (Estados Unidos) transmitido por via sexual, o que aumenta o temor de uma transmissão ainda mais rápida.

Na Índia, as autoridades temem ser os próximos na lista, sobretudo nas zonas de grande densidade de população e condições de higiene precárias, onde o mosquito Aedes aegypti que transmite não apenas o zika, mas também a dengue, está muito presente.

"Na Índia há uma grande ameaça de que o zika se propague rapidamente pela presença do mosquito Aedes e pelo ambiente favorável", afirma Om Shrivastav, um especialista em doenças infecciosas.

"Para os países asiáticos seria um grande desafio ter que controlar a propagação do vírus levando-se em conta o grande número de habitantes", acrescenta este especialista que vive em Mumbai, uma megalópole que inclui Dharavi, o maior bairro de favelas do continente.

Mais da metade dos 20 milhões de habitantes da cidade vivem em favelas - quase um milhão apenas em Dharavi - com pouca ventilação e sem serviços de saúde. Além disso, a cada ano as chuvas de monções caem durante quatro meses e inundam parte da cidade, que se converte em terreno fértil para os mosquitos e as doenças tropicais.

"Levando-se em conta como a dengue se propagou nos últimos anos através de países e continentes e o fato de o zika ser uma doença transmitida por mosquitos, há um potencial para a propagação", disse Soumya Swaminathan, diretora do conselho indiano de investigação médica, à rede NDTV.

Aumento de ansiedade

Também existe o risco de que o zika passe despercebido, ao menos no início, e se confunda com a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, explica à AFP Malik Peiris, um virologista da universidade de Hong Kong, que adverte que "o zika pode chegar sem ser reconhecido até que se propague a um ritmo alarmante".

Este vírus, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, provoca uma febre relativamente baixa e erupções cutâneas. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) o considera o "principal suspeito" pelo aumento de casos de microcefalia na América Latina e decidiu declarar uma emergência mundial.

Embora a América Latina, em particular o Brasil, seja por enquanto a região mais afetada, não há motivos para pensar que o vírus permaneça apenas nestes locais. "Sabemos que os mosquitos que levam o zika estão em toda África, partes do sul da Europa e algumas partes da Ásia, em particular no sul", disse Anthony Costello, um especialista da OMS.

Os responsáveis da organização da ONU consideram, no entanto, que os riscos para a Ásia são baixos. "Agora mesmo não queremos aumentar o nível de ansiedade", afirma Eloi Yao, porta-voz da OMS em Manila.

Os governos da Ásia já tiveram que enfrentar outras emergências sanitárias. Em 2003 a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAS), um tipo de pneumonia, afetou várias zonas da região, principalmente a China continental e Hong Kong. E no ano passado a Coreia do Sul declarou oficialmente o fim do surto de Síndrome Respiratória por Coronavírus do Oriente Médio (MERS, em inglês), que matou 36 pessoas.

Diante da ameaça, muitos governos asiáticos afirmam que os casos registrados recentemente, como o da Tailândia, são excepcionais. É o caso do Paquistão, que afirma que o risco não é significativo, embora tenha garantido que o governo acompanha a situação com atenção.

burs-pdh/tha/ds/pc/app/ma

Uma recém-nascida morreu e outro bebê está internado após o Hospital do Município de Jutaí, a 751 quilômetros de Manaus, improvisar garrafas pet como máscaras de oxigênio. Filhos da dona de casa Francisca Neres, de 20 anos, o casal de gêmeos nasceu prematuro, à 1 hora da última quinta-feira (28). Sem o devido suporte neonatal, a menina morreu 10 horas após o parto.

O menino Gabriel sobreviveu e teve alta do hospital no domingo (31), mas retornou durante a noite e foi internado. Na tarde de segunda-feira, o bebê foi transportado para Manaus por meio de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea. Na capital, ele foi encaminhado à Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais da Maternidade Ana Braga.

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Irmão de Francisca, o cabeleireiro Raimundo Neres, de 23 anos, que reside na capital, informou que a mãe estava preocupada com a saúde do menino. "Ele passou mal no domingo e todos ficaram desesperados para trazê-lo a Manaus. Deram alta para a criança e, depois, querem colocar a culpa na família", protestou o tio das vítimas.

Acionada pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam), ainda no fim de semana, a direção do Hospital de Jutaí informou que "os gêmeos nasceram de 7 meses e que a menina tinha um quadro pulmonar mais debilitado.

Mesmo tendo sido submetida aos mesmos procedimentos que o irmão, ela não resistiu por causa do quadro de infecção respiratória aguda de etiologia alveolar, ocasionada por síndrome de membrana hialina, principal complicação de prematuridade".

A direção destacou ainda que "a falta da máscara de venturi - que não estava disponível na unidade e que foi substituída pelo material improvisado de garrafa PET - não teria contribuído para o óbito do bebê".

De acordo com a secretaria, "as circunstâncias do atendimento estão sendo apuradas, para as medidas cabíveis, além das providências imediatas já adotadas". A Susam informou ainda que o médico que realizou o procedimento é contratado pela prefeitura de Jutaí.

Um homem contraiu o vírus zika na Tailândia, indicaram nesta terça-feira (2) as autoridades de saúde, afirmando que não há epidemia no país, apesar dos casos descobertos desde 2012.

As autoridades não informaram em qual região do país o paciente, um jovem de 22 anos, contraiu a doença. Mas confirmaram que se trata da mesma cepa do vírus que afeta a América Latina, onde se suspeita que é o causador de um número anormalmente elevado de bebês que nascem com microcefalia, especialmente no Brasil.

Na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o vírus como uma "emergência de saúde pública de alcance mundial". O vírus, transmitido por um mosquito, "foi confirmado por exames de sangue" em um hospital de Bangcoc, disse Santi Srisermpoke, diretor do centro Bhumibol Adulyadej.

O homem já recebeu alta, indicou o responsável sem dar mais detalhes. "Não é uma doença nova na Tailândia. O primeiro caso confirmado ocorreu em 2012. Desde então, temos em média não mais de cinco casos ao ano", disse Amnuay Gajeena, funcionário do ministério da Saúde.

"Não devem se deixar levar pelo pânico, nunca houve uma epidemia do zika vírus na Tailândia, e todos os casos foram pontuais", acrescentou. Assim como a dengue e a chicungunha, o vírus da zika é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Seus sintomas habituais são febre leve, dores de cabeça e erupções cutâneas.

A OMS se absteve até o momento de desaconselhar as viagens aos países afetados pela zika, limitando-se a indicar que o melhor modo de evitar o contágio é permanecer afastado de água parada, onde os mosquitos proliferam, e usar repelentes. A Tailândia acolheu em 2015 cerca de 30 milhões de turistas, e o setor é chave para sua economia.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou no Diário Oficial da União (DOU) resolução que decreta a liquidação extrajudicial da operadora Unimed Paulistana. Na prática, a medida encerra o processo de retirada definitiva da empresa do mercado de planos de saúde.

Também na edição de segunda-feira do DOU, a ANS publicou outra resolução, esta para prorrogar por até 30 dias o prazo para que os beneficiários da Unimed Paulistana exerçam a portabilidade extraordinária de carências. Com isso, explicou a ANS em nota, eles podem escolher um dos planos disponíveis no Sistema Unimed ou buscar produtos em qualquer operadora de plano de saúde, sem necessidade de cumprir novos períodos de carência. Os beneficiários remanescentes da operadora podem fazer a portabilidade, independentemente do tipo de contratação e da data de assinatura dos contratos.

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"Vale lembrar que o beneficiário que estiver cumprindo carência ou cobertura parcial temporária na Unimed Paulistana pode exercer a portabilidade extraordinária de carências sujeitando-se aos respectivos períodos remanescentes na outra operadora escolhida. Caso o plano de destino possua a segmentação assistencial mais abrangente do que o plano em que o beneficiário está vinculado, poderá ser exigido o cumprimento de carência no plano de destino somente para as coberturas não previstas no plano de origem", alertou a ANS.

O Corpo de Bombeiros foi acionado na manhã desta segunda-feira (1°) para socorrer um recém-nascido abandonado na Avenida Recife, no bairro de Areias, nas proximidades do conjunto residencial Ignez Andreassa, na Zona Norte da capital. O bebê se encontrava dentro de uma caixa de sapato e teria sido abandonada na calçada de um bar.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o menino estava com soluço, mas não apresentava ferimentos. O bebê, ainda preso ao cordão umbilical, foi envolvido para amenizar o frio e levado à Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, no Ibura, Zona Sul do Recife, para atendimento médico. 

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De acordo com a diretora da unidade Erilane Fonseca das Neves, o bebê, de 2,33 kg, não corre risco de morte e está respirando normalmente no berçário da materniade. Acredita-se que o menino tenha nascido ainda nesta madrugada.

A Colômbia registra mais de 20.000 casos de pessoas infectadas com o vírus zika, que atinge grande parte da América Latina, e mais de 2.000 dos infectados são mulheres grávidas, informou neste sábado o Instituto Nacional de Saúde.

Segundo o mais recebem boletim epidemiológico, os casos de zika são de 20.297, sendo que 2.116 de grávida. A Colômbia é o segundo país mais afetado da região pelo vírus, depois do Brasil.

Os pesquisadores observaram ao vivo o nascimento de um câncer num animal, desde a primeira célula afetada, e continuaram durante sua propagação, uma novidade que pode ajudar a compreender melhor o melanoma, um câncer de pele agressivo.

O estudo, publicado na quinta-feira pela revista Science, pode abrir caminho para novos tratamentos que visam o tumor antes que ele comece a se desenvolver.

"O grande mistério é o fato de por que as células do organismo já têm mutações observadas no câncer, mas não se comportam como tal", explica Charles Kaufman, pesquisador do laboratório Zon no Hospital Infantil de Boston, principal autor do estudo.

"Descobrimos que o câncer é acionado na ativação de um agente cancerígeno ou na perda de um gene supressor de tumor, o que pode ocorrer quando uma única célula retorna ao estado de célula-tronco", conta.

Este processo envolve vários genes, que poderiam ser apontados para prevenir o câncer quando começa a se desenvolver, dizem os pesquisadores.

Para este estudo, utilizaram o peixe-zebra, um importante modelo para o estudo porque seus embriões são transparentes, para acompanhar o nascimento de um melanoma.

Todos os peixes utilizados neste estudo foram geneticamente modificados para ser portadores de uma mutação cancerígena humana encontrada na maioria das pintas. Também não tinham o gene supressor de tumores chamado p53.

Os autores modificaram estes peixes-zebra para que as células ficassem da cor verde fluorescente se um gene chamado "crestin" fosse ativado. Isto indica a ativação de um programa genético característico das células estaminais. Estas células, numa forma pura, podem criar todos os tecidos e órgãos do corpo.

Normalmente, o programa para de funcionar após o desenvolvimento do embrião, mas podem, por razões desconhecidas, ser ativadas novamente em algumas células.

"Vimos os pontos verdes fluorescentes em alguns desses peixes, e todos aqueles que seguem mais tarde se tornou 100% nos casos de tumores cancerosos", disse Leonard Zon, diretor do laboratório de células-tronco de pesquisa no Hospital de Crianças Boston, um dos autores da descoberta.

Os pesquisadores descobriram que estas primeiras células cancerosas são semelhantes às de células-tronco formam melanócitos que pigmentam a pele.

Uma célula entre as dezenas de milhões que estão em uma pinta vai se tornar um melanoma, estima Kaufman. Assim, os investigadores acreditam que a sua descoberta pode permitir o desenvolvimento de novos testes genéticos para determinar se as manchas suspeitas podem se tornar cancerosas e também produzir tratamentos para evitar que virem câncer.

Na luta contra a dor crônica, a Zodiac e a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) promovem a Caminhada Pare a Dor neste sábado (30), às 6h30, na Praça Batista Campos, em Belém. Periódica e gratuita, a iniciativa é uma maneira de conscientizar a população sobre a importância de se buscar a ajuda profissional em caso de dores constantes.

Em entrevista ao portal LeiaJá, a idealizadora da Caminhada, Mariana Schamas, fala sobre a importância dos exercícios físicos para o combate da dor crônica. "Muitas pessoas acabam se conformando e, durante anos, convivem com dores crônicas, fazendo uso da automedicação para aliviar o sofrimento, em busca de uma solução imediata e desesperada. Dessa forma, problemas que poderiam ser tratados com avaliação e acompanhamento médico, exercícios físicos para reabilitação, prevenção e medicação correta acabam prejudicando a qualidade de vida de quem as sentem", conta.

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A Caminhada terá três grupos, conforme a condição do caminhante: 1) caminhada leve (percurso de até 1 Km); 2) caminhada moderada (percurso de até 2 Km); 3) caminhada avançada (percurso de até 4 Km). "Por isso, é indispensável a coleta de dados e características pessoais dos participantes por meio de questionário antes da caminhada já que é por ele que equipe multidisciplinar, em parceria com o participante, define o grupo de caminhada no qual ele será inserido", afirma Mariana.

O questionário é composto por: dados pessoais; mensuração da dor nas últimas 24 horas através da escala verbal numérica (EVN); descrição do local da dor; tempo de duração e o impacto da dor nas suas atividades; tratamento até então realizado (farmacológico e não farmacológico). A Caminhada Pare a Dor atua em três frentes: na melhoria da postura, da respiração, da força e da flexibilidade em prol da redução da dor; na prevenção da dor e na prática da atividade física regular.

A Venezuela registra 4.700 casos suspeitos de pacientes contaminados com o zika vírus, informou nesta quinta-feira a ministra da Saúde, Luisana Melo, no primeiro balanço oficial sobre a doença no país caribenho.

"Temos relatos de 4.700 casos suspeitos de zika na Venezuela, são pacientes que apresentavam os sintomas", disse o ministro a repórteres no lançamento em Caracas de um plano para a eliminação de criadouros de Aedes aegypti, transmissor do vírus. Mas Melo disse que como as manifestações iniciais da doença são "suaves", três em cada quatro pacientes não procuram atendimento médico, por isso "provavelmente há sub-notificação dos casos suspeitos".

O funcionário também disse que não existe ainda "nenhum caso associado de microcefalia que possamos relacionar ao zika". Os cientistas ainda não encontraram possíveis ligações entre esta malformação e do vírus em crianças em gestação. Melo também informou sobre 90 casos de síndrome de Guillain-Barre, mas disse que não está provado qualquer relação com o zika. Este síndrome é uma doença auto-imune que se manifesta como uma ligeira paralisia, progressiva, dos membros.

Dada a escassez de medicamentos e suprimentos médicos no país, a ministra garantiu os tratamentos para a gestão da doença. O governo venezuelano não costuma dar números sobre questões de saúde ou escassez de medicamentos, a tal ponto que o boletim semanal de epidemiologia deixou de ser publicado em outubro de 2014.

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