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O PSD será o maior partido do Senado no início da nova legislatura, fato confirmado na cerimônia de posse dos novos parlamentares nesta quarta-feira (1º). A bancada chegou a 15 senadores, graças a novas filiações de parlamentares desde as eleições do ano passado. O PL, com 12, começa o ano como segunda maior bancada.

Após a apuração das urnas, a projeção era que o PL seria a maior bancada de senadores, com o PSD no segundo lugar. A inversão foi resultado das movimentações partidárias, sempre comuns entre as eleições e o novo ano legislativo. O PSD filiou quatro novos membros. Ainda em dezembro acrescentou a senadora Zenaide Maia (RN), ex-PROS, e tirou do PL o senador Dr. Samuel Araújo (RO). Nesta semana foi a vez das senadoras Eliziane Gama (MA), ex-Cidadania, e Mara Gabrilli (SP), ex-PSDB, migrarem para o partido.

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Outras movimentações partidárias alteraram o quadro das bancadas entre as eleições e o início da legislatura. Em dezembro, o senador eleito Cleitinho Azevedo (MG) trocou o PSC pelo Republicanos. Em janeiro, dois senadores do Podemos passaram para o PSB: Flávio Arns (PR) e Jorge Kajuru (GO). Nesta quarta-feira (1º) o senador Carlos Viana (MG) confirmou mudança do PL para o Podemos.

O PL pode se aproximar em número de senadores com o PSD ainda no início do ano. Samuel Araújo é suplente de Marcos Rogério (PL-RO), que está em licença até março. Quando ele reassumir o mandato, se os tamanhos atuais das bancadas estiverem mantidos, o PL ganhará um senador e o PSD perderá um. Por outro lado, o PSD pode ser beneficiado pela suplência de Wellington Dias (PT-PI), que tomou posse nesta quarta mas reassumirá o Ministério do Desenvolvimento Social. Sua primeira suplente, Jussara Lima, é do PSD e pode ampliar a bancada caso assuma a vaga e fique no partido.

Outras mudanças de filiação partidária também podem mudar o cenário das bancadas ao longo do ano. Ao contrário da Câmara dos Deputados, onde os mandatos são conquistados por proporcionalidade e pertencem aos partidos, os senadores são eleitos pelo voto majoritário e não estão sujeitos à perda do mandato quando mudam de partido. Por isso, as trocas são comuns. No entanto, o tamanho das bancadas no início da legislatura é importante pois é o momento em que se definem os cargos na Mesa do Senado e as presidências das comissões.

É importante notar que três dos partidos representados no Senado fazem parte de federações partidárias, que são alianças de abrangência nacional que devem durar por pelo menos quatro anos. Partidos federados atuam sob um estatuto comum. Apenas um partido de cada federação está representado no Senado atualmente.

Movimentações Curiosamente, o PSD chega ao posto de maior bancada mesmo tendo perdido tamanho nas eleições de 2022: o partido reelegeu 2 dos seus 3 senadores que tentaram renovar o mandato e não elegeu nenhum nome novo. O crescimento da bancada através de transferências se reflete na composição: dos 15 senadores que compõem o PSD hoje, 10 não foram originalmente eleitos pelo partido. O número inclui o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), eleito em 2018 pelo antigo DEM.

O quadro é semelhante no PL. Dos 12 senadores na bancada, 4 chegaram ao Senado por outras legendas. Além deles, o senador Romário (RJ) conquistou a reeleição em 2022 já pelo PL, mas não integrava o partido até 2021. Ao todo, 15 dos 27 senadores que compõem as duas maiores bancadas atuais migraram para esses partidos nos últimos quatro anos.  Maior bancada A chegada de um novo partido ao posto de maior bancada é uma mudança significativa na configuração política do Senado.

Será a primeira vez em 25 anos, e apenas a terceira vez desde a redemocratização do Brasil, que o MDB não ocupa esse posto no início de um ano legislativo. Esse lugar foi brevemente ocupado pelo antigo PFL em 1997 e 1998, e agora é do PSD. O MDB inicia o ano na terceira posição, com 10 senadores.

*Da Agência Senado 

Os 513 deputados e 27 senadores eleitos em outubro de 2022  serão empossados nesta quarta-feira (1º), em Brasília. Após a posse, serão eleitas as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 

A mesa é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos de cada uma das casas. Entre suas atribuições, está a promulgação de emendas à Constituição pelas mesas de Câmara e Senado. A mesa diretora é composta pela presidência (presidente e dois vices-presidentes) e secretaria - formada por quatro secretários e quatro suplentes.

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Câmara

Os deputados federais tomarão posse em sessão às 10 horas, no plenário Ulysses Guimarães. À tarde, às 16h30, será iniciada a sessão para a eleição do novo presidente da Câmara e da mesa diretora para o biênio 2023/2024.

Segundo o regimento interno, os blocos partidários determinam a composição da mesa. Quanto maior o bloco, maior o número de cargos. Os cargos são distribuídos entre os partidos integrantes de cada bloco. Se preferirem, os partidos podem atuar sozinhos, sem integrar nenhum bloco.

O andamento das eleições é coordenado pelo deputado mais idoso com o maior número de legislaturas.  A votação só será iniciada quando houver, pelo menos, 257 deputados no plenário.

A apuração é realizada por cargo, iniciando-se pelo presidente da Câmara. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Depois de eleito o novo presidente, serão apurados os votos dos demais integrantes da mesa diretora: dois vices-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.

Senado

Com a renovação de um terço das vagas dos 81 de senadores, os novos congressistas tomam posse às 15h, no plenário. Os mandatos são de oito anos e vão até fevereiro de 2031. Entre os empossados, cinco foram reeleitos: Davi Alcolumbre (União-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT).

Outros quatro foram nomeados como ministros do governo Lula: Camilo Santana (PT-CE), da ministro da Educação; Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública; Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.

Segundo a Constituição, o parlamentar que assume cargo de ministro não perde o mandato no Congresso Nacional. Logo após serem empossados como senadores, os quatro devem retornar aos ministérios e deixar as cadeiras com os suplentes de cada chapa.

Camilo Santana tem como suplentes Augusta Brito (PT) e Janaina Farias (PT). No caso de Flávio Dino, as suplentes são Ana Paula Lobato (PSB) e Lourdinha (PCdoB). A cadeira de Wellington Dias deve ficar com Jussara Lima (PSD) ou José Amauri (Solidariedade). Os suplentes de Renan Filho são Fernando Farias (MDB) e Adélia Maria (PV).

As atividades para eleição da mesa diretora do Senado terão início às 15h, com a primeira reunião preparatória em que os senadores a serem empossados prestam compromisso regimental, sem discurso. De acordo com o secretário-geral da mesa do Senado, Gustavo Saboia, a previsão é que a votação seja presencial.

Depois da posse, por volta de 16h, começa a segunda reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado. O mandato do presidente, que também responde pela Presidência do Congresso Nacional, é de dois anos.

Os candidatos ao cargo defendem suas propostas na tribuna e logo depois é realizada a votação secreta, com uso de cédula. Os senadores são chamados a votar de acordo com a ordem de criação dos estados, assim como ocorre na posse dos parlamentares.

Até o momento, dois candidatos disputam oficialmente o cargo: o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Rogério Marinho (PL-RN). Será eleito quem obtiver a maioria absoluta dos votos, ou seja, 41. Se nenhum candidato receber esse apoio, o que nunca ocorreu, os dois mais votados vão para um segundo turno.

Concluída a votação, é iniciada a terceira reunião preparatória, para a eleição dos demais cargos da mesa - primeiro e segundo vices-presidentes e quatro secretários, com respectivos suplentes.

Seguança

Neste ano, a retomada dos trabalhos legislativos contará com reforço na segurança em razão dos atos de vandalismo - no dia 8 de janeiro - que causaram um prejuízo material para o Congresso Nacional calculado entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, conforme estimativa do Senado.

A Esplanada dos Ministérios terá o trânsito de veículos interrompido. Somente servidores, autoridades e convidados poderão acessar o espaço, com controle de credenciais feito por servidores dos órgãos responsáveis. Equipes de atendimento de emergência e combate a incêndios atuarão no local e haverá reforço nos efetivos das delegacias policiais.

A região da Esplanada será monitorada pelas forças de segurança do Distrito Federal por meio de imagens de câmeras, drones e informações enviadas ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), será proibido acessar a área portando armas brancas ou objetos pontiagudos, garrafas de vidro e latas, hastes de bandeiras, espetos de churrasquinhos, apontador a laser e similares, armas de brinquedo, réplicas ou simulacros, barracas, tendas, fogões e similares, fogos de artifício e artefatos explosivos, dispositivos de choque elétrico ou sonoros (como megafone), substâncias inflamáveis, drogas ilícitas ou quaisquer outros materiais que coloquem em risco a segurança das pessoas e do patrimônio. Não será permitido acessar a área com animais, exceto cães-guia.

Também será proibida a utilização de drones na região da Esplanada, exceto os das forças de segurança e autorizados. As ações de policiamento incluem reforço da segurança nas estações do Metrô-DF, Rodoviária e Aeroporto Internacional de Brasília e efetivo aumentando nas delegacias.

Retomada das atividades

Na quinta-feira (2), às 15h, haverá a sessão solene de abertura do ano legislativo. A solenidade é marcada pela leitura de mensagem do presidente da República, com as perspectivas para Câmara e Senado em relação à tramitação de propostas consideradas prioritárias pelo Poder Executivo.

A mensagem é levada ao Congresso pelo ministro-chefe da Casa Civil ou pessoalmente pelo próprio presidente da República. Na ocasião, também serão lidas mensagens dos Poderes Judiciário, levada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e do Legislativo, lida pelo presidente da mesa do Congresso. Pode haver ainda mensagem do presidente da Câmara dos Deputados.

Um quarto da bancada de parlamentares eleitos pelo Partido Liberal, que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais para dar apoio às invasões aos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Pelo menos 29 parlamentares da legenda repetiram desinformação ou teorias conspiratórias sobre o episódio protagonizado por bolsonaristas, como ocorreu com a narrativa dos infiltrados. A pesquisa foi feita pelo jornal O Globo. 

A bancada do PL é a maior do Congresso, com 99 deputados federais e 14 senadores a partir deste ano. Ainda segundo a pesquisa, 41 deputados federais e senadores de nove partidos que estarão na próxima legislatura emitiram posicionamentos falsos ou enganosos sobre as cenas de depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). 

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Versões inverídicas  

As principais versões alimentadas por esses parlamentares comparavam a detenção de golpistas a campos de concentração; acusavam o ministro da Justiça, Flávio Dino, de ter ignorado intencionalmente medidas de segurança; ou se referiam à presença de supostos “infiltrados de esquerda”. 

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) alega que as filmagens apontaram pessoas infiltradas. Em Minas, quatro parlamentares usaram informações distorcidas ou enganosas para se referir aos atos. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) apresentou queixa-crime pedindo a prisão de Dino com argumentação similar. 

Em São Paulo, o deputado eleito Danilo Balas compartilhou um vídeo no qual o senador Marcos do Val (Podemos-ES) alega que o governo federal “foi avisado, mas não tomou providências”. No Rio, o deputado estadual eleito Alan Lopes (PL) disse que há uma “armadilha preparada pelos comunistas para culpar inocentes”. 

 

Nesta sexta-feira (27), dia que marca os dez anos do incêndio da Boate Kiss em Santa Maria (RS), senadores declararam solidariedade aos familiares das vítimas e cobraram punição aos responsáveis pela tragédia. A tragédia deixou 242 mortos e 636 feridos.

O senador Paulo Paim (PT-RS) se pronunciou nas redes sociais sobre a dor vivida pelas famílias das vítimas. Paim foi relator do projeto que deu origem à Lei Kiss (Lei 13.425, de 2017), norma que estabelece medidas de segurança, prevenção e proteção contra incêndios em estabelecimentos de reunião de público. “Vidas ceifadas; sonhos interrompidos; famílias destruídas. Uma dor infinita", escreveu Paim.

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O incêndio foi causado pelo disparo de um artefato pirotécnico da banda que se apresentava no dia e que atingiu parte do teto da casa de festas e iniciou o fogo. As investigações concluíram que, além do uso de espuma inflamável no revestimento do prédio, o que facilitou a propagação das chamas, o artefato utilizado era de uso externo.

Quatro réus chegaram a ser condenados em dezembro de 2021, mas a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) anulou o júri após acolher parte dos recursos das defesas. Com isso, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, Marcelo de Jesus, vocalista, e Luciano Bonilha, auxiliar da banda, foram soltos no mesmo dia.

O senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) se solidarizou com as famílias e cobrou o fim da impunidade dos responsáveis.  “Como é possível que depois de todo esse tempo, absolutamente ninguém tenha sido responsabilizado? A morosidade da Justiça só amplia a dor das famílias. Registro aqui minha solidariedade, apoio e meu apelo por justiça. Chega de impunidade!”, publicou Heinze.

O caso aguarda a conclusão de diligências para que a Segunda-Vice-Presidência do TJ-RS decida se admite os recursos movidos pela acusação e pelas defesas. Entre eles, estão pedidos de retomada do julgamento na Primeira Câmara Criminal e da prisão provisória dos réus.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) também usou suas redes sociais para expressar solidariedade e apoio às famílias.  "Uma década depois, o incêndio na boate Kiss ainda dói no coração do Brasil, como se tivesse acontecido ontem", escreveu a senadora.

Além do uso indevido de materiais na construção da boate, a investigação policial apresentou um relatório com mais de 20 agravantes para a tragédia, entre eles, a falta de equipamentos de segurança, a superlotação do local e diversas irregularidades na realização de vistorias e concessão de alvarás de funcionamento.

*Da Agência Senado

Senadores que foram membros da CPI da Pandemia acionaram a Advocacia do Senado para fazer uma "radiografia" dos processos instaurados após a apresentação do relatório final e reunir todos os documentos que consideram ser provas de crimes cometidos pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro durante o período de enfrentamento à covid-19. Os parlamentares esperam que, sem foro privilegiado, Bolsonaro seja julgado em primeira instância. 

"Tomei a iniciativa de mobilizar os colegas senadores da CPI da Covid e vamos reunir as provas dos crimes cometidos por Bolsonaro, que não tem mais como se esconder por trás do foro privilegiado. A justiça será feita. A gestão irresponsável na pandemia não passará impune ", afirmou o senador Humberto Costa nas redes sociais. 

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O relatório final da CPI, apresentado em outubro de 2021 pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), acusou formalmente o então presidente Jair Bolsonaro de ter cometido nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade. 

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que sempre se opôs ao chamado “núcleo duro” da CPI da Pandemia e promoveu a defesa das ações do governo federal no enfrentamento à covid-19, contesta essa nova movimentação por parte de alguns senadores: "Depois de uma eleição controversa, com negativa de diversos pedidos de investigações sobre o sistema eleitoral e aplicação de censura, querem tornar Bolsonaro inelegível! Não existe elemento que possa sustentar essa denúncia, é um absurdo!”, rebateu Heinze. 

Ao se declarar o único senador independente da CPI da Pandemia, Eduardo Girão (Podemos-CE) afirma que essa proposta de levantar documentos é "muita desfaçatez, visto que todos perceberam que a CPI foi um palanque eleitoral visando apenas antecipar a disputa presidencial de 2022 para 2021, com o objetivo de desgastar unicamente o governo federal". 

"Tanto é verdade que além de a cúpula da CPI ter abraçado “de corpo e alma” a campanha do Lula no ano passado, na época da CPI eles blindaram apenas os governadores e prefeitos da investigação de desvios de verbas públicas (corrupção) quando tínhamos indícios fortes. Só eu entrei com dezenas de requerimentos nesse sentido, alguns negados e outros que nem sequer colocaram para votar. A CPI infelizmente foi zero na busca pela verdade e 100% politiqueira", afirmou. 

Entenda o caso Cópia do relatório final da CPI da Pandemia foi entregue em mãos pelos senadores ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, no dia 28 de outubro de 2021. Um dia antes, eles também estiveram com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. O documento foi distribuído ainda para órgãos do Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos previstos na legislação para que fossem promovidos os devidos encaminhamentos.

Nas questões em que havia autoridades com foro privilegiado, a PGR solicitou ao STF para instaurar investigações preliminares. Em janeiro de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) informou que desmembrou em 12 apurações a investigação a partir do relatório final da CPI da Pandemia. No mesmo período, Augusto Aras e o procurador Claudio Drewes José de Siqueira encaminharam ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ofício em que comunicaram a "autuação de notícia de fato". Caberia então à PGR apurar e, se fosse o caso, oferecer denúncias contra os investigados. 

Mas, em julho de 2022, a PGR deu início a pedidos de arquivamento de investigações contra o presidente Jair Bolsonaro, o que foi contestado por um grupo de senadores que integravam o colegiado. Eles apresentaram uma petição ao STF, solicitando aos ministros que desconsiderassem o pedido feito pela PGR e promovessem ação contra o presidente para apurar denúncias feitas pela CPI no relatório final.

"A Advocacia do Senado entrou com um pedido no STF, informando que havia ainda um procedimento de indexação das provas, de estudo das provas, porque era muita coisa, vários documentos digitais que não foram processados devidamente. E havia no Senado um processo para verificar essas provas e fazer a correlação delas com as imputações dos indiciamentos do relatório final", diz o coordenador do núcleo de processos judiciais da Advocacia do Senado, Edvaldo Fernandes da Silva, responsável por coordenar a representação judicial e a assessoria jurídica da CPI da Pandemia.

Alguns processos que estavam com o ministro Ricardo Lewandowski já foram arquivados, mas há procedimentos em aberto com a ministra e presidente do Supremo, Rosa Weber, com o ministro Luís Roberto Barroso e a ministra Cármen Lúcia.   

Como o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seus ministros de Estado que motivaram a fixação do foro no Supremo perderam essa condição privilegiada, os processos devem ser encaminhados automaticamente à primeira instância. 

"O Supremo já faz esse encaminhamento, mas nós podemos pedir o desaforamento dos processos para acelerar. Se os senadores determinarem esse pedido de desaforamento, para as suas remessas à primeira instância, a Advocacia do Senado vai fazer a solicitação", explica o coordenador.

A Advocacia do Senado representou, por exemplo, contra Bolsonaro em razão de ele ter feito uma associação das vacinas anticovid com propagação da AIDS. Foi aberto inquérito e recentemente houve a conclusão pela Polícia Federal de que sim, houve cometimento de crime. 

"Nesse caso agora, certamente esse relatório da PF vai ser remetido para a primeira instância e o juiz de primeiro grau vai adotar as providências que achar cabíveis". 

*Da Agência Senado

Dois senadores encerram seus mandatos neste domingo (1º) ao assumirem cargos eletivos nos Executivos estaduais. Jorginho Mello (PL-SC) foi empossado governador de Santa Catarina e Mailza Gomes (PP-AC), vice-governadora do Acre. 

Jorginho Mello teria mandato de senador até 31 de janeiro de 2027, mas deixa o cargo ao assumir o Poder Executivo catarinense. Ele foi eleito governador em disputa no segundo turno das eleições de 2022, quando superou Décio Lima (PT) nas urnas, ao obter mais de 70% dos votos válidos. 

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Ex-presidente da Frente Parlamentar Mista das Micros e Pequenas Empresas, Jorginho disse, em sessão solene em homenagem a micro e pequenas empresas no mês de dezembro, que se despedia do Senado com sensação de dever cumprido.

"Tenho orgulho de ter sido presidente dessa Frente, ao lado de toda a equipe que me apoiou, numa luta de muito sucesso. Feliz o brasileiro que dedica parte de sua vida ao bem comum. O Brasil precisa disso, pois a política que transforma está na nossa vida. Deixo o Senado não com tristeza, mas com a sensação de ter contribuído com esse Brasil dos que nunca se entregam", afirmou. 

Sua vaga será ocupada definitivamente por Ivete da Silveira (MDB-SC), que já esteve como senadora quando do período de licenciamento de Jorginho para as disputas eleitorais, entre agosto e dezembro de 2022.   Ivete da Silveira, 79 anos, é natural de Brusque (SC). Viúva de Luiz Henrique da Silveira, já foi a primeira-dama de Santa Catarina por duas vezes. Em seu primeiro pronunciamento no Senado, Ivete disse que iria exercer o mandato com foco em saúde, educação e segurança pública da população de Santa Catarina. 

Vice-governadora Mailza Gomes assumiu definitivamente a cadeira de senadora em 2019. Ela era a primeira suplente do senador Gladson Cameli, que renunciou para governar o Acre. Agora, a senadora deixa o Senado pouco antes de terminar o mandato da chapa — que se encerra em 31 de janeiro de 2023 — para assumir como vice-governadora do estado, que será governado novamente por Cameli, reeleito nas eleições majoritárias de 2022. 

Entre os projetos que Mailza apresentou está o PL 1.541/2019, que estabelece regras para incentivar as candidaturas femininas e combater as fraudes partidárias em relação ao cumprimento das cotas de gênero. 

Na vida pública, Mailza também ocupou as secretarias de Articulação Institucional e de Assistência Social no município de Senador Guiomard (AC).  O segundo suplente da chapa no Senado é Bispo José, natural de Sabinopolis (MG). 

*Da Agência Senado

A morte de Pelé comove o Brasil e o mundo. Com os senadores, não é diferente. Vários deles foram às redes sociais lamentar a morte do maior jogador de futebol da história. Edson Arantes do Nascimento morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, de falência múltipla de órgãos, depois de enfrentar um agressivo câncer de cólon.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou sua solidariedade aos familiares e admiradores do Rei do Futebol. Ele definiu Pelé como “o mais magistral jogador de futebol que o mundo viu nos gramados e que elevou o nome do Brasil por onde passou” e também lembrou que o jogador “interrompeu guerras e conflitos com a bola nos pés e a mensagem da paz”.

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Pacheco ainda disse que “neste momento de tristeza, o que conforta, entre tantos exemplos deixados por Edson Arantes do Nascimento, é ter a certeza do encantamento proporcionado pelo mineiro de Três Corações, que tornou o futebol algo mágico para todos os fãs do esporte”. 

O líder do governo, senador Carlos Portinho (PL-RJ), publicou uma foto de Pelé comemorando um gol e registrou: "Pelé é eterno."

No Facebook, Jorge Kajuru (Podemos-GO) gravou um emocionado áudio em homenagem a Pelé, lembrando as conquistas do Rei e sua relação pessoal com o maior jogador da história.

O senador Romário (PL-RJ), campeão mundial com a seleção em 1994, disse que “hoje o Brasil dá adeus a um de seus filhos mais ilustres: Pelé, o rei do futebol”. Romário lembrou que, “eleito o atleta do século, Edson Arantes do Nascimento fez o mundo se curvar diante do seu talento, levando o futebol brasileiro ao altar dos deuses”. De acordo com o senador, “durante toda sua vida, Pelé inspirou gerações de atletas e merece todas as homenagens”.

Pelé Pelé nasceu em Três Corações (MG), em 1940. Pelo Santos, único clube que defendeu no Brasil, conquistou mais de 40 títulos. Na seleção brasileira, participou de três conquistas mundiais (1958, 1962 e 1970). Ele também ajudou a popularizar o futebol nos Estados Unidos, ao jogar pelo NY Cosmos, no final da carreira, na década de 1970. Pelé fez 1.282 gols em sua carreira e jogou 92 partidas pela seleção. Ele deixa seis filhos e nove netos. Uma outra filha já morreu, também de câncer, em 2002. 

Para além dos campos, Pelé também foi cantor, compositor, ator, empresário, comentarista e garoto propaganda. Ele ainda foi ministro do Esporte, durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998). Há dois anos, os senadores destacavam o aniversário de 80 anos de Pelé. Muitos lembraram o fato de uma importante lei do esporte levar o nome do Rei do Futebol (Lei Pelé – Lei 9.615, de 1998).

Veja, abaixo, a repercussão da morte de Pelé entre os senadores. 

Paulo Rocha (PT-PA)

"Adeus ao maior de todos. Adeus, Pelé. Um Brasil inteiro de luto neste dia 29 de dezembro. A todos os familiares, amigos e fãs, meu total respeito e solidariedade".

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

"O Brasil e o mundo perderam o "Rei do Futebol", o nosso Pelé! Neste momento de dor, registro minha solidariedade à família e aos milhares de fãs. Sua história de vida jamais será esquecida. Valeu, Pelé! Paulo Paim (PT-RS) Pelé, eterno: rei, gênio, maestro. Gol, golaço, rede estufada, gritos, aplausos; alegria do povo, coração, paixão, vida; realidade e ficção. O maior de todos. Imortal na sua arte. Obrigado por me fazer amar o futebol. Vai em paz. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs".

Angelo Coronel (PSD-BA)

"Pelé, o ídolo de várias gerações mundo afora. Deus conforte sua família e sua legião de fãs. Maria do Carmo Alves (PP-SE) Perdemos o grande rei Pelé, uma perda para o futebol brasileiro e mundial. O grande goleador das Copas, o maior jogador da seleção! Vá em paz. Marcelo Castro (MDB-PI) Perdemos o atleta do século. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, foi o maior jogador de futebol da nossa história, um exemplo de vida, que nos enche de orgulho! Obrigado por apresentar o Brasil para o mundo! Você continuará vivo em nossos corações. Para sempre, nosso Rei Pelé!"

Alessandro Vieira (PSDB-SE)

"O sentimento orgulhoso de ser brasileiro está entrelaçado para sempre com a vida deste atleta extraordinário que representa o nosso país de forma única. Pelé é eterno! Meus sentimentos para seus familiares e para a imensa legião de fãs espalhados pelo planeta. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) O maior jogador da história do futebol nos deixou! Descanse em paz, Rei! Muito obrigado pelas alegrias que trouxe ao país! Meus sentimentos aos amigos, familiares e torcedores! José Serra (PSDB-SP) Foi-se Pelé. Gênio do futebol, colega do governo Fernando Henrique, bom amigo. Uma perda imensa!"

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

"Serás eterno, Pelé! Edson Arantes do Nascimento conquistou três Copas do Mundo e fez o Brasil ser visto e respeitado em todos os continentes. Pelé foi, é e sempre será histórico, dentro e fora dos campos. Obrigado por tudo, Rei. Vá em paz, você encheu a nossa nação de orgulho!"

Chico Rodrigues (União-RR)

"Que o senhor Deus receba o Rei Pelé em seus braços e conforte sua família. Sua vida foi uma jornada repleta de vitórias, muitas delas de grande valia para o nosso povo! Meu máximo respeito a esse grande brasileiro, que marcou a história do esporte no Brasil e no mundo".

Alvaro Dias (Podemos-PR)

"Nosso mais profundo pesar pelo falecimento desse que foi um dos maiores atletas da história do esporte, além de ter sido um brasileiro que sempre levou ao mundo uma imagem de simpatia e alegria. Descanse em paz, Pelé! Que Deus te receba de braços abertos!"

Humberto Costa (PT-PE)

"Soco no ar. Gols. Títulos. Dribles. Copas. Pelé. O Rei do Futebol, o maior de todos os tempos nos deixou. A ‘Camisa 10’ teve um significado antes e depois de Pelé, o futebol também. Nosso respeito, admiração e solidariedade aos familiares".

Roberto Rocha (PTB-MA)

"O Rei do futebol foi brilhar nos gramados lá de cima. Edson Arantes do Nascimento, o nosso Pelé, descansou. Jogador completo, dono da incrível marca de 1281 gols. Atleta genial, trouxe três Copas do Mundo e transformou de vez o Brasil no país do futebol. Vá em paz, Rei!"

Soraya Thronicke (União-MS)

"Que tristeza, Brasil… Perdemos nosso maior ídolo do futebol e inspiração para tantos jovens que vieram depois. Pelé foi puro talento, e responsável por tantos momentos de alegrias para nosso país. Merece todas as homenagens. Descanse em paz, Rei!"

Zequinha Marinho (PL-PA)

"Se vai uma lenda, um rei. Fica um legado, uma bela história e uma goleada de vitórias, ensinamentos e muita inspiração. Vá em paz, grande Pelé!"

Leila Barros (PDT-DF)

"Com a bola no pé, ninguém foi melhor que ele. Tri-campeão mundial, ganhou a Copa de 1958 com apenas 17 anos. Será para sempre fonte de inspiração e esperança para jovens atletas. Todas as homenagens são fruto da alegria que Pelé nos proporcionou. Que Deus conforte a família e amigos neste triste momento. Adeus, Pelé. Descanse em paz! Jean Paul Prates (PT-RN) Minha solidariedade aos familiares do nosso querido Edson Arantes do Nascimento, o grande Rei Pelé! Nosso maior goleador fará "jogos bonitos" lá em cima, junto com Garrincha e tantos outros ídolos do futebol."

Styvenson Valentim (Podemos-RN)

"Descanse em paz, Rei Pelé! O o rei do futebol, maior jogador da história deste esporte, acabou de nos deixar! Nossos sentimentos à família!"

Rogério Carvalho (PT-SE)

"O Brasil se despede do Rei. Com o Pelé, cultivamos o amor pela nossa camisa 10. E com ela, o sonho de milhares de jovens se tornarem craques do futebol. Descanse em paz, Rei Pelé, o Brasil te agradece por tantas conquistas e por semear a esperança em nossos corações!"

Mecias de Jesus (Republicanos-RR)

"Recebo com pesar a notícia da morte do Rei Pelé, o maior jogador da história. O país do futebol e o mundo perdem uma grande referência. Desejo que Deus conforte o coração dos familiares e de todos os brasileiros. Descanse em paz, Pelé". 

Carlos Fávaro (PSD-MT)

"No céu, uma constelação. De Três Corações, as três primeiras estrelas que nos consagraram país do futebol. (...) Eu vibrei pelo Brasil do Rei Pelé. E que me desculpe Charles Miller, se pai é quem cria, quem embalou e mais criou no futebol foi ele: Edson Arantes do Nascimento. E agora, do renascimento. O Brasil do futebol renasce com sua majestade imortalizada. Quem tem legado não deixa despedida, deixa a eterna inspiração".

Daniella Ribeiro (PSD-PB)

"Minha solidariedade aos familiares, amigos e fãs de todo o mundo do nosso rei Pelé. O maior atleta, o mais genial da história do futebol. Pelé se despede da vida nos deixando títulos, alegrias, vitórias e orgulho dele e do nosso Brasil. Eterno nas nossas memórias e glórias".

Eduardo Braga (MDB-AM)

"Obrigado Rei Pelé, que o nosso Deus te receba em seus braços!"

Renan Calheiros (MDB-AL)

"Se despediu hoje a mais elevada realeza brasileira. Um gênio, mestre de muitas artes, maestro da habilidade e ícone de nossas maiores paixões. Pelé ascendeu ao mundo dos imortais e está reluzindo entre os deuses. A vida o glorificou, a morte o sublimará". 

Giordano (MDB-SP)

"O rei do futebol acaba de nos deixar. Pelé, o maior jogador da história, que tanto nos orgulhou com a bola nos pés e com sua genialidade. O Brasil e o mundo se entristecem com a passagem deste que foi e sempre será referência no esporte. Que Deus conforte os familiares, amigos e admiradores do nosso eterno Rei."

Confúcio Moura (MDB-RO)

"O mundo se despede hoje do Rei Pelé, o maior ídolo do esporte no planeta, aos 82 anos. Pelé, sua arte nos encantou, sua genialidade e façanha ficarão para a eternidade. Você foi brilhante com a bola nos pés. Inesquecível! Neste momento de dor, queremos apenas agradecer. Muito obrigado por tudo. Descanse em paz". 

Telmário Mota (PROS-RR)

"Muito obrigado pelos mais de 1.000 gols e pela sua genialidade! Fica em paz, rei Pelé! Lasier Martins"

(Podemos-RS)

Perdemos a maior celebridade brasileira. Projetou o Brasil positivamente como ninguém, deliciando plateias e tornando o futebol, mais do que um esporte, também uma arte. Viva o Rei!

Lucas Barreto (PSD-AP)

"O Brasil se despede do maior jogador de futebol de todos os tempos: o Pelé! Não há palavras para descrever a sua importância para o esporte. Pelé foi um ídolo e uma referência para milhões e seu legado é eterno. Que Deus, em toda a sua glória, te receba com muita luz, Rei Pelé!"

Alexandre Silveira (PSD-MG)

"Vida eterna ao Rei! O maior jogador de futebol que o mundo já viu jogar será sempre reverenciado. Um abraço fraternal à família, amigos e a todos os fãs do Rei Pelé, que hoje se foi, aos 82 anos. Descanse em paz, lenda!"

Davi Alcolumbre (União-AP)

"Apenas palavras não conseguirão definir quem foi Pelé para o esporte e para o mundo. Tão bela missão é essa de fazer sorrir uma nação com seu talento, com sua maestria em campo, em tornar-se sinônimo do futebol arte. Uma bola, um campo, um homem e um legado para a história. Hoje, o Brasil se abraça. E chora junto. Vá com Deus, Edson Arantes do Nascimento. Aqui, você será eternamente Pelé, o maior jogador de todos os tempos". 

Esperidião Amin (PP-SC)

"É impossível dizer alguma coisa original a respeito do sentimento que ocorre a todos nós com a notícia do falecimento do Pelé. É um símbolo, uma marca, e uma marca para sempre do Brasil que se despede de nós. Fica o símbolo, o exemplo do atleta perfeito, se é que existe perfeição humana, e que nos trouxe alegria, alegria de termos podido comemorar os seus feitos. Agora podemos comemorar a sua memória e tê-la sempre no nosso coração para orgulho de todos nós brasileiros".

Zenaide Maia (PSD-RN)

"Perdemos, hoje, a maior referência do esporte brasileiro, maior jogador de futebol de todos os tempos, ídolo de gerações e uma lenda do esporte. Pelé se foi, mas deixou o orgulho de termos um atleta brasileiro tão genial, reverenciado no mundo todo como o Rei do Futebol. Nossa solidariedade aos familiares e amigos! Que Deus receba o nosso eterno camisa 10, imortal nas nossas lembranças e no seu legado". 

Mara Gabrilli (PSDB-SP)

"Dia muito triste para o Brasil. Perdemos nosso maior ícone do futebol, nosso rei Pelé, que foi pioneiro em muita coisa e nos deu muita alegria e orgulho. Pelé não era soberano apenas nos campos. Desde sempre, pensou na Educação do nosso país e promovia a saúde, incentivando a vacinação de nossas crianças. Era um ídolo que sabia o peso de sua responsabilidade e a carregava com maestria e muito amor".

Otto Alencar (PSD-BA)

"Tive a graça de ver Pelé jogar e sem dúvida nenhuma é o maior da história. Meus sentimentos aos familiares e amigos do Rei Pelé. Que Deus conforte o coração de todos. O Brasil perde hoje um gênio que transformou a maneira de jogar, rei imortal do futebol". 

Jaques Wagner (PT-BA)

"Com pesar, Fatinha e eu recebemos a notícia da partida do Rei Pelé, que nos deixou aos 82 anos. Lenda do esporte, Pelé encantou o mundo com sua genialidade, seus gols incríveis e títulos históricos que jamais serão esquecidos. Nossa solidariedade aos fãs, amigos e familiares". 

Plínio Valério (PSDB-AM)

"Meu grande pesar , gratidão e solidariedade aos familiares e amigos do Rei Pelé nesse momento doloroso. O mundo e nós brasileiros reverenciamos seu profissionalismo e talento nos campos e na vida. Jamais será esquecido".

Jader Barbalho (MDB-PA)

"Recebi com tristeza a notícia da morte de Pelé, o maior jogador de futebol do mundo, que levou uma imagem positiva do Brasil em todos os cantos da Terra. Com certeza será estrela do time de Deus e continuará a brilhar nos campos celestiais. Meus sentimentos à família e ao povo brasileiro".

Izalci Lucas (PSDB-DF)

"O Brasil perde hoje o maior ídolo do nosso esporte. Pelé, o atleta do século, um jogador insubstituível. Além do atleta, o homem que representou tão bem o Brasil  em tantos espaços e ocasiões e inspirou gerações. Meus sentimentos aos familiares e aos fãs. Descanse em paz, pode ter certeza que o seu trabalho foi cumprido aqui na Terra".

 

Eliziane Gama (Cidadania-MA)

"Pelé era um ícone, um ídolo incomparável e um gênio. O Brasil deve muito a ele. Sua criatividade, eficiência e genialidade atraíram os olhares do mundo para o país. Que tristeza! Meus sentimentos à família, aos amigos e a todos os brasileiros enlutados.

Fernando Collor (PTB-AL)

"Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, nos deixou nesta quinta-feira. O esporte mundial vive um dos dias mais tristes de sua história. Tive a felicidade de vê-lo em campo e o recebi, como presidente da República, no Planalto. A ele, concedi a medalha da Ordem Nacional do Mérito. A genialidade de Pelé, o atleta do século XX, marcou gerações e estará sempre viva na história do esporte".

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

"Pelé foi um gênio da bola e durante toda a vida simbolizou o Brasil no que temos de melhor. Com sua genialidade, projetou nosso País para o mundo.Tive o prazer de conhecê-lo, ocasião em que revelou a simplicidade de uma verdadeira Majestade. Vá em paz, Rei Pelé. Seus súditos honrarão sua memória para sempre".

Flávio Arns (Podemos-PR)

"O Rei do Futebol nos deixou para definitivamente virar lenda. Aos 82 anos, Pelé, brasileiro conhecido mundialmente e o maior atleta do século XX, merece todas as homenagens dentro e fora dos campos. Foi gigante e seu reinado será eterno. Nossa solidariedade à família e ao Brasil".

*Da Agência Senado

Três senadores em exercício e quatro eleitos para a próxima legislatura devem assumir o comando de ministérios na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alexandre Silveira (PSD-MG), Carlos Fávaro (PSD-MT) e Simone Tebet (MDB-MS) assumem as pastas de Minas e Energia; Agricultura e Pecuária; e Planejamento e Orçamento, respectivamente.

Entre os parlamentares eleitos, foram anunciados os seguintes nomes:  • Camilo Santana (PT-CE), Educação;  • Flávio Dino (PSB-MA), Justiça e Segurança Pública;  • Renan Filho (MDB-AL), Transportes; e  • Wellington Dias (PT-PI), Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome. 

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Todos eles começam a despachar na Esplanada dos Ministérios na segunda-feira (2). No dia 1º de fevereiro — durante a sessão preparatória do Senado que dará posse aos 27 parlamentares eleitos em outubro — Camilo Santana, Flávio Dino, Renan Filho e Wellington Dias devem se afastar temporariamente das funções no Poder Executivo para assumir formalmente os mandatos no Legislativo.

Logo após serem empossados como senadores, os cinco retornam aos ministérios e deixam as cadeiras no Senado com os suplentes de cada chapa.

De acordo com a Constituição Federal, o deputado ou o senador investido em cargo de ministro não perde o mandato parlamentar e pode a voltar a atuar no Congresso Nacional. 

Suplentes eleitos Camilo Santana foi governador do Ceará entre 2015 e 2022, além de deputado estadual e secretário de Desenvolvimento Agrário e de Cidades. Com a ida dele para a Educação, a vaga no Senado fica com uma das suplentes: Augusta Brito (PT) ou Janaina Farias (PT).

Flávio Dino foi governador do Maranhão entre 2015 e 2022, deputado federal e juiz de direito. Enquanto ele estiver na Justiça, o mandato deve ser exercido por Ana Paula Lobato (PSB) ou Lourdinha (PCdoB). 

Wellington Dias foi senador entre 2011 e 2014, além de vereador, deputado estadual, deputado federal e governador do Piauí por quatro mandatos. Com a ida dele para o Desenvolvimento Social, a cadeira no Senado deve ficar com Jussara Lima (PSD) ou José Amauri (Solidariedade). 

Renan Filho (MDB-AL) foi governador de Alagoas entre 2015 e 2022, além de prefeito de Murici (AL) e deputado federal. Enquanto ele estiver nos Transportes, a cadeira no Senado fica com Fernando Farias (MDB) ou Adélia Maria (PV).

Suplentes atuais

Carlos Fávaro tem mandato parlamentar até 2027. Após a nomeação para o Ministério da Agricultura, a vaga no Senado deve ficar com Margareth Buzetti ou José Esteves de Lacerda Filho, ambos recém filiados ao PSD.

O mandato de Simone Tebet termina no dia 1º de fevereiro. Até o final da atual legislatura, a cadeira dela no Senado deve ser ocupada por Celso Dal Lago Rodrigues (MDB) ou Moacir Kohl (PSB).

Alexandre Silveira também se despede do Senado em 1º de fevereiro. Ele foi eleito como primeiro suplente do então senador Antonio Anastasia, nomeado neste ano para o Tribunal de Contas da União (TCU). Com a ida para o Ministério das Minas e Energia, a vaga deve ser ocupada pelo segundo suplente, Lael Vieira Varella (União). 

*Da Agência Senado

O trabalho dos deputados federais e senadores não tem agradado tanto assim à população brasileira. Ao menos é o que aponta uma pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (26). De acordo com os dados, 26% dos entrevistados disseram reprovar a atuação dos parlamentares.

Na reta final da legislatura, que inicia um novo mandato em 1º de fevereiro, apenas 20% dos ouvidos pelo instituto consideraram o desempenho dos congressistas ótimo ou bom. Enquanto 48% apontaram como regular o trabalho dos deputados e senadores. Além disso, 5% preferiram não se posicionar sobre o assunto.

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O levantamento também aferiu a expectativa dos entrevistados para a nova legislatura. A maioria (48%) disse que é ótima ou boa, 33% consideraram regular e 10% ruim ou péssima.

A pesquisa do Datafolha foi realizada em 19 e 20 de dezembro, com 2.026 eleitores de 126 municípios.

A escolha dos eleitores vai levar novos parlamentares para representar Pernambuco no Congresso, mas também definiu o adeus de um senador e 12 deputados federais. Confira os políticos que vão deixar Brasília com o fim da legislatura.

Em oito anos no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) chegou a ser líder do governo Bolsonaro e vai se levantar da cadeira que será ocupada pela senadora eleita Teresa Leitão (PT). Ela vai iniciar a primeira metade do mandato ao lado de Humberto Costa (PT) e de Fernando Dueire (MDB), suplente de Jarbas Vasconcelos (MDB) que assume a cadeira pelos próximos quatro meses por um pedido de licença médica do titular. 

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O resultado das urnas deu certo equilíbrio em termos de renovação de mandatos na Câmara dos Deputados. Dos 25 integrantes da bancada pernambucana, 13 foram reeleitos e 12 vão se despedir do plenário da Casa. 

Nomes conhecidos entre os eleitores não conseguiram se reeleger, enquanto outros se deram mal ao apostar na disputa ao Governo do Estado.

Deputados de Pernambuco que não se reelegeram:

Raul Henry (MDB)

Gonzaga Patriota (PSB) 

Milton Coelho (PSB) 

Ricardo Teobaldo (PODE)

Tadeu Alencar (PSB)  

André de Paula (PSD)

Daniel Coelho (CIDADANIA) 

Danilo Cabral (PSB) 

Marília Arraes (SOLIDARIEDADE) 

Ossesio Silva (REPUBLICANOS)

Sebastião Oliveira (AVANTE)  

Wolney Queiroz (PDT) 



Conforme a escolha do eleitorado, essas 12 cadeiras serão ocupadas pelos seguintes eleitos:

Clarissa Tercio (PP)

Pedro Campos (PSB)

Waldemar Oliveira (Avante)

Clodoaldo Magalhães (PV)

Maria Arraes (Solidariedade)

Iza Arruda (MDB)

Eriberto Medeiros (PSB)

Lula da Fonte (PP)

Lucas Ramos (PSB)

Guilherme Uchoa Junior (PSB)

Coronel Meira (PL)

Mendonça Filho (União Brasil)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a aliados em reuniões nesta semana que o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) e o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro estão garantidos respectivamente no comando do Ministério da Justiça e no da Defesa. O petista falou sobre os dois cargos em pelo menos dois jantares no últimos dias, um feito na terça-feira, 29, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o outro realizado nesta quinta-feira, 1º, na casa da senadora Kátia Abreu (PP-TO).

Dino já era tratado como garantido em um ministério pelo próprio petista ainda durante a campanha eleitoral. Em setembro, o agora presidente eleito havia dito: "Flavio Dino que se prepare. Vai ser eleito senador, mas não será senador muito tempo porque vai ter muita tarefa nesse País". O ex-governador do Maranhão já tem cumprido um agenda de ministro e participado de reuniões cotidianamente com Polícia Militar, Polícia Federal e secretários estaduais de Segurança Pública, além de acompanhar Lula em reuniões com ministros do STF. Além dele, o PSB tenta emplacar a indicação de Márcio França para o Ministério das Cidades. O partido avalia que Dino, que era do PCdoB até ano passado, é da cota pessoal de Lula e não indicação do PSB.

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Em relação ao Ministério da Defesa, há a expectativa de que Lula já anuncie publicamente o nome de Múcio na semana que vem. O convite para assumir a pasta foi feito na última segunda-feira, 28, após uma reunião do presidente eleito com o ex-ministro do TCU no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da equipe de transição de governo. Junto com o anúncio de Múcio, os nomes dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica também devem ser oficializados. Perguntado sobre a possibilidade de definir a Defesa, Lula desconversou. "Se tiver que anunciar ministro (na próxima semana, anuncio, mas não tem nada certo", declarou ele em entrevista coletiva no CCBB nesta sexta-feira, 2.

O jantar organizado por Kátia Abreu ontem também contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e de senadores do União Brasil, MDB e PSD. O trio de legendas têm se movimentado para dar sustentação ao petista no Senado e em troca desejam cargos em ministérios do governo que começa a partir de 2023.

Segundo participantes do jantar disseram ao Estadão, Lula não definiu no encontro qual será o espaço que cada uma dessas três legenda terá em sua gestão. O presidente eleito tem tentado conciliar pressões de diferentes partidos e até disputas internas dentro de um mesmo partido para definir a divisão dos ministérios. A avaliação de um dos presentes no jantar é que foi um encontro para "criar liga" entre Lula e esses senadores que vão aderir a base do presidente. No encontro, o presidente eleito repetiu o discurso de que o País enfrenta uma grave social com uma grave desestruturação de políticas públicas.

Também estavam presentes no jantar os senadores Alexandre Silveira (PSD-MG), Davi Alcolumbre (União-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), Marcelo Castro (MDB-PI), relator do orçamento de 2023, Weverton Rocha (PDT-MA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell e de Bruno Dantas.

O encontro ainda serviu para que Pacheco dê prosseguimento às negociações para ser reeleito presidente do Senado. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, ensaia lançar Rogério Marinho (PL-RN) para o cargo, mas a trinca União Brasil-MDB-PSD junto com o PT e mais partidos de centro direita dão um cenário confortável de provável vitória para Pacheco.

A situação hoje menos avançada em relação a definição de ministério é a do União Brasil. Diferente do MDB e do PSD, a legenda que resultou da fusão entre DEM e PSL não teve representantes que embarcaram fortemente na campanha lulista. O partido também abriga opositores de Lula, como o ex-juiz responsável pela prisão do petista e senador eleito Sergio Moro. A avaliação, porém, é que a posição dele é minoritária na legenda. Nem mesmo líderes oriundos do DEM, que costumava fazer oposição às gestões passadas do PT se negam a conversar com o presidente eleito. Lula já chegou a convidar diretamente o partido para ser base em um encontro nesta semana com Alcolumbre e o líder na Câmara, Elmar Nascimento (BA). A legenda ainda não deu uma resposta e só pretende se classificar como base a partir do momento que Lula definir o espaço que a sigla terá na Esplanada dos Ministérios.

No caso do MDB há um problema específico com a indicação da bancada do Senado para o ministério de Lula. O presidente eleito avisou que pretende contar a escolha da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que é dada como certa em uma das pastas, como sendo a indicada dos senadores. Os parlamentares, no entanto, consideram Simone cota pessoal de Lula e pretendem fazer outra indicação. Além disso, a senadora emedebista já sinalizou preferência por comandar uma pasta da área social, algo que o PT já disse que não abre mão de ter sob o controle da legenda. O fato de senadores do PT não terem participado do jantar de ontem foi encarado como um sinal de que Lula de fato pretende dar espaços relevantes para mais partidos, mas não há definição sobre qual cargo Simone terá.

Por ter sido um dos principais articuladores da campanha de Lula em Minas Gerais, o senador Alexandre Silveira se movimenta para ser o indicado da bancada do PSD para uma pasta. Braço direito de Pacheco, Silveira não conseguiu se reeleger senador e participa do grupo de infraestrutura na transição de governo.

A Câmara e o Senado decidiram oficializar o pedido para que os salários de parlamentares e servidores sejam reajustados. Por meio de emendas, as duas Casas pedem a reserva de R$ 370,4 milhões do Orçamento de 2023 para aumentar as remunerações da Câmara e R$ 199,3 milhões para elevar as do Senado. Se aprovado o reajuste, os salários de deputados e senadores subiriam de R$ 33,7 mil para R$ 36,8 mil.

O Estadão revelou em agosto que a cúpula do Congresso já estava com o pedido de aumento salarial engatilhado e planejava apresentar a proposta após a eleição, para não prejudicar deputados federais e senadores que tentavam renovar o mandato. Nesta sexta, 18, a Coluna do Estadão mostrou que a medida foi oficializada no meio do feriado da Proclamação da República.

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A articulação para aumentar os vencimentos ocorreu após iniciativa de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 10 de agosto, a Corte aprovou, por unanimidade, uma proposta de aumento de 18% para seus integrantes e todos os magistrados da Justiça Federal, o que representa um impacto de aproximadamente R$ 4,6 bilhões. O reajuste, se aprovado, eleva o salário dos ministros do STF de R$ 39,3 mil para R$ 46,3 mil.

Os pedidos de ampliação dos salários ainda precisam ser autorizados pelo Congresso, mas a tendência é dar aval às iniciativas com a aprovação do Orçamento para 2023.

Questionado pelo Estadão, o presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), evitou comentar o assunto. "Nem vi ainda", afirmou.

O parlamentar disse estar focado nas negociações para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que é articulada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o objetivo de abrir espaço fiscal para pagar o novo Bolsa Família de R$ 600 e o aumento do salário mínimo. "A pauta é a PEC", disse o deputado federal.

Caixa

As emendas foram apresentadas após reuniões feitas pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com as Mesas Diretoras das duas Casas. O argumento para a correção dos valores é de que há recursos no caixa e, ainda, que deputados, senadores e servidores estão há oito anos sem reajuste. O último foi dado em 2014.

Quando os ministros do Supremo decidiram aumentar os próprios salários, o movimento despertou forte reação negativa na sociedade civil, que tem cobrado um enxugamento da máquina pública.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dona de uma das mais icônicas e importantes vozes brasileiras, a cantora e compositora Gal Costa, 77 anos, faleceu nesta quarta-feira (10) em São Paulo. Pelas redes sociais, senadores lamentaram a perda da artista baiana que estreou na década de 60 entre outros grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, todos ícones do Tropicalismo.

  Em nome do Congresso Nacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prestou seus sentimentos aos familiares, amigos e fãs “neste triste dia para a cultura nacional”. “O Brasil perde Gal Costa. Compositora, cantora e uma das vozes mais expressivas da Música Popular Brasileira”, afirmou Pacheco. 

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Senador pela Bahia, Jaques Wagner (PT) disse que recebeu com tristeza a notícia da morte de Gal, uma das maiores artistas baianas e do Brasil. “Com sua voz inconfundível e seus posicionamentos firmes, Gal marcou a história da cultura brasileira. Fátima e eu nos solidarizamos com os familiares, amigos e fãs de Gal”, tuitou. 

Conterrâneo de Gal, o senador Otto Alencar (PSD-BA) lembrou nas redes sociais que na sua época de estudante pode acompanhar Caetano, Gil, Gal e Bethânia trazendo novidades artísticas e musicais em plena ditadura militar. “Minha solidariedade aos familiares, amigos e fãs de Gal. Vá em paz”, afirmou. 

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) também manifestou abalo pela notícia: “Uma tristeza a notícia da morte de Gal Costa, que nos deixa aos 77 anos. O Brasil e a Bahia perdem uma de suas grandes artistas, dona de uma das vozes mais marcantes da MPB. Ficaremos com seu legado musical de um talento inigualável! Que Deus console seus familiares e amigos.” 

Veja abaixo as manifestações dos senadores

Alessandro Vieira (PSDB-SE) 

“Lamentar o falecimento da extraordinária artista Gal Costa. Que Deus console familiares, amigos e fãs. Sua música vai continuar eternamente entre nós.” 

Alexandre Silveira (PSD-MG) 

“Gal Costa foi fundamental para a construção da cultura do país. Uma tristeza a partida de alguém cujo tamanho contribuiu até mesmo para a ideia de um Brasil. Seu talento, seu legado, ficam pra sempre. Meus sentimentos à família e amigos. Obrigado, Gal! Descanse em paz.” 

Alvaro Dias (Podemos-PR)

  “A cantora Gal Costa faleceu nesta quarta-feira, aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Nossos sentimentos à família, amigos e aos milhares de fãs de uma das maiores cantoras da história brasileira. Que Deus possa confortar o coração dos familiares.” 

Chico Rodrigues (União-RR) 

"O Brasil perdeu hoje uma de suas grandes vozes." 

Confúcio Moura (MDB-RO) 

 “Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser...” é com essa passagem da música de Tom Jobim e Vinicius de Moraes que digo adeus à cantora Gal Costa. ícone da música popular brasileira. Gal embalou festas e sonhos de todos nós, com a sua voz inconfundível. Perde o Brasil, perde a cultura, perde cada um de nós que a amávamos. Conforto à família e que ela seja acolhida ao som de suas canções..." 

Daniella Ribeiro (PSD-PB) 

“Lamento profundamente a partida da nossa inigualável Gal Costa. Sua voz potente, única, maravilhosa está imortalizada nas nossas memórias, além do exemplo de grande mulher. Aos familiares, amigos e incontáveis fãs, meus sentimentos.” 

Dário Berger (PSB-SC) 

“O Brasil perde uma de suas maiores artistas. A música está de luto. Triste notícia!”  Davi Alcolumbre (União-AP)  “Perdemos hoje Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira. De timbre inconfundível e grande talento, Gal deixa um legado inesquecível para a cultura e para o país. Meus sinceros sentimentos aos familiares, amigos e fãs que, assim como eu, sentem sua perda.” 

Eduardo Braga (MDB-AM) 

“Acabamos de perder uma das vozes mais talentosas da música brasileira. Gal Costa foi uma estrela que iluminou, com seu brilho ímpar, a arte e a cultura do país. Muito triste. Minhas orações e minhas condolências a toda a família. Sou de uma geração que ouviu e viu o talento de Gal Costa crescer e alimentar a alegria e a esperança dos brasileiros. Gal foi, certamente, uma das mais brilhantes vozes da nossa música.” 

Eliziane Gama (Cidadania-MA) 

“Gal Costa é uma referência na música popular brasileira, uma gigante, amada por todos os brasileiros. Lamento demais saber q ela nos deixou hoje. Sinto muito por sua família, por seus parceiros nos palcos e por todos os fãs, os quais me incluo. Que Deus conforte a dor de todos.” 

Fabiano Contarato (PT-ES) 

“Artista plena, genial, revolucionária e ousada, Gal Costa foi a perfeita tradução do que é ser uma cantora moderna e à frente de seu tempo. Fez história na música brasileira com seu canto agudo e sua potente expressão como musa da contracultura e do desbunde. Sua voz de cristal emprestou vida e ressignificou o gosto musical brasileiro, desde os clássicos de Dorival Caymmi, Tom Jobim e Lupicínio Rodrigues até o Tropicalismo, importante movimento de ruptura cultural iniciado nos anos 60. Intérprete capaz de fazer contestações políticas e rupturas comportamentais com seu posicionamento sempre libertário e autêntico, Gal foi legal, fatal, tropical, plural. O Brasil agradece sua existência tão gigante e luminosa, Gal, Gracinha, Gaúcha, Gal de Tantos Amores. Eterna.” 

Humberto Costa (PT-PE) 

“Gal, uma das mais belas vozes da música brasileira nos deixou e a gente não estava preparado para isso. Fica o carinho, a admiração e a boa lembrança. Todo meu amor para os familiares, amigos e fãs como eu”. 

Izalci Lucas (PSDB-DF) 

“Perdemos hoje uma das maiores vozes brasileiras. Gal Costa era talento puro, obrigada por tanto talento e por contribuir com nossa cultura! Deus conforte o coração de toda família, amigos e fãs.” 

Jean Paul Prates (PT-RN) 

“Gal Costa foi fortaleza de um grande legado para a Música Popular Brasileira. Sua partida nos deixa tristes, mas sua enorme contribuição para nossa cultura irá se manter sempre viva! Presto todas as minhas condolências à família e aos amigos/as que a cercaram em afeto.” 

Jorge Kajuru (Podemos-GO) 

“Tive o privilégio de conviver anos no Rio de Janeiro com ela e Leda Nagle! O brasil perde uma das 3 maiores intérpretes da história. Deus recebe Gal no colo.” 

Leila Barros (PDT-DF) 

“A morte de Gal Costa é uma triste notícia para a cultura brasileira. Reconforta saber que seu brilho nunca se apagará. O imenso legado deixado por Gal e sua voz incomparável ficarão para sempre em nossas memórias. Que Deus possa amparar os corações de familiares, amigos e fãs”. 

Marcelo Castro (MDB-PI) 

“Gal Costa, uma das maiores vozes da nossa Música Popular Brasileira nos deixou. Que perda irreparável! Perde a nossa cultura, a nossa arte. Mas Gal será eterna em nossa história e em nossos corações!” 

Maria do Carmo Alves (PP-SE) 

“Triste notícia, sobre a morte de Gal Costa. Mais uma linda voz que se cala ! Descanse em paz !”.  Paulo Paim (PT-RS)  Gal Costa, uma das maiores expressões da nossa música, deixa um legado artístico incomparável. Voz em poesia lírica, profunda, grandiosa e repleta de caminhos de brasilidade que nos faz sonhar e amar e ter a certeza de que as coisas belas estão na simplicidade da vida. 

Paulo Rocha (PT-PA) 

“Que grande perda para a nossa música e para o país! Hoje partiu Gal Costa, uma das maiores vozes da MPB, aos 77 anos. Meus sinceros pêsames a todos os familiares, amigos e, assim como eu, milhões de fãs desta gigante. Muito triste. A nossa cultura está em luto”.  Randolfe

Rodrigues (Rede-AP) 

“A nossa grandiosa Gal Costa nos deixou! A música e a arte dela fizeram parte de toda a minha vida e dos caminhos que trilhei. Gal deixou um legado incomparável e jamais sairá das nossas lembranças. Obrigado por tudo! Você é eterna!” 

Rogério Carvalho (PT-SE) 

“Que perda irreparável! Gal Costa é um ícone da música popular brasileira e fez história com seus posicionamentos à frente do tempo. Deus a acolha em seus braços.” 

Zenaide Maria (Pros-RN) 

 “Tristeza imensa em saber que perdemos Gal Costa, uma das maiores cantoras que este Brasil já teve! Será sempre lembrada por seu talento, sua arte, sua voz, sua importância tremenda para a música brasileira! Que Deus dê forças e conforte a família e os amigos!”, publicou Zenaide. 

*Da Agência Senado

Um dos principais coordenadores da campanha o presidente eleito Luiz Inácio lula da Silva (PT), o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues afirmou em entrevista para a GloboNews, que quando o petista assumir o cargo ele terá maioria tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal para garantir a governabilidade. 

"Ontem inaugurei diálogo com diferentes senadores. Estou muito otimista na formação da base que sustentará o governo do presidente Lula. Tenho a expectativa de que nós poderemos ter 60 ou mais senadores e 300 ou mais deputados na Câmara", declarou.   

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Além disso, o parlamentar também acrescentou que o núcleo ideológico ligado ao presidente derrotado, Jair Bolsonaro (PL), não teria capacidade para se tornar "majoritário" na oposição ao petista. 

"O que é núcleo ideológico que pode vir a fazer oposição ao governo, na prática, não é grupo majoritário, não é maioria que foi formada, é um grupo minoritário", pontuou. "Eu me dedicarei [para que possamos] ter a maioria necessária. Estou otimista que a construção dessa maioria necessária é possível de ser realizada", afirmou.

Senadores criticaram nesta terça-feira (1º) o presidente Jair Bolsonaro pelo pronunciamento curto sobre o resultado das eleições presidenciais. Derrotado no segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (30), Bolsonaro fez sua primeira manifestação desde o resultado das urnas dois dias depois da eleição.

Em comentários nas redes sociais, parlamentares apontaram que Bolsonaro não reconheceu formalmente o resultado das eleições. Também criticaram a postura do presidente sobre as manifestações de caminhoneiros que fecham estradas em todo o país em protesto contra o resultado do pleito.

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Bolsonaro iniciou o rápido pronunciamento agradecendo os votos que recebeu, tentou justificar a motivação das manifestações com o que chamou de "sentimento de injustiça" em relação ao processo eleitoral, mas condenou o fechamento das rodovias por caminhoneiros.

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no ultimo dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição do patrimônio e direito de ir e vir", afirmou.

Para Renan Calheiros (MDB-AL), os protestos são “choro de perdedor” e prejudicam a economia do país. Ele entende que Bolsonaro deu seu aval à mobilização.

“O derrotado estimulou a arruaça com seu silêncio golpista. Vai pagar por isso também, apesar da fala cínica”, escreveu.

Paulo Rocha (PT-PA) criticou o presidente por não reconhecer a derrota e afirmou que haverá reação a qualquer tentativa de “golpe” em razão do resultado.

“Jair Bolsonaro reforçou hoje a total incapacidade de viver em um ambiente democrático. Que isso não seja um sinal de que tentará qualquer tipo de golpe. Não só não aceitaremos, como cobraremos medidas policiais imediatas”.

Soraya Thronicke (União-MS) destacou “contradição e ambiguidade” na fala de Bolsonaro, quando o presidente disse que os protestos de caminhoneiros são fruto de “indignação” com o processo eleitoral. Para ela, o tom do presidente é proposital.

“O método de causar confusão funcionou bem para ele até agora”, afirmou.

Leila Barros (PDT-DF) classificou o presidente como “mau perdedor” e também observou que ele não fez menção direta à derrota nas urnas.

“O pronunciamento relâmpago e tardio do presidente Bolsonaro dá sequência a um plano de alimentar o ódio entre a direita e a esquerda”, alertou.

Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que Bolsonaro “pertence ao passado” e disse esperar que a transição de governo seja “digna”. O senador também avaliou que o presidente “passou longe” do papel que deveria cumprir como mandatário.

“É vergonhoso que o atual inquilino do Planalto haja como um tiranete mimado diante da derrota democrática nas urnas. Ele sabe que será obrigado a cumprir a Constituição, sob pena de ser responsabilizado pelos atos que praticou e que venha a praticar”.

O líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou que “ao derrotado não cabe o ódio”. Humberto Costa (PT-PE) salientou a brevidade do pronunciamento do presidente, após dois dias de silêncio, comentando que “de onde menos se espera é que não sai nada”. Para Maria do Carmo Alves (PP-SE), o pronunciamento foi “nada com nada”.

*Da Agência Senado

Pelas redes sociais, senadores prestaram solidariedade à jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura. Os parlamentares repudiaram a atitude intimidatória do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) contra a profissional e reforçaram o apelo pela manutenção de uma cultura de respeito e de paz.

   A jornalista foi alvo de intimidação do deputado durante o debate com os candidatos ao governo de São Paulo realizado pela emissora com o jornal Folha de S.Paulo e UOL, nesta terça-feira (13).   

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o ataque feriu a honra e a dignidade da profissional. “Esse tipo de comportamento hostil e mal-educado, com contornos também de oportunismo e covardia, não é, e nunca será, um padrão de conduta dos brasileiros. Que prevaleça, no Brasil, a cultura do respeito, inclusive aos jornalistas e às mulheres”, afirmou. 

Douglas Garcia é candidato a deputado federal. Ele foi ao debate acompanhando a comitiva do candidato Tarcísio Freitas (PL). Ao final da transmissão, Douglas ajoelhou-se diante de Vera Magalhães e, gravando vídeo com o celular, perguntou se a jornalista da TV Cultura recebeu dinheiro para falar mal do governo Bolsonaro. Douglas ainda chamou a jornalista de “uma vergonha para o jornalismo”, repetindo a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) à profissional no debate da TV Band, em 28 de agosto. 

 Na avaliação do senador Paulo Rocha (PT-PA), esse tipo de ataque indica que “a misoginia, o ódio às mulheres, é um elemento fundante do bolsonarismo”.   

“Eles podem até disfarçar, mas são todos cúmplices da violência contra mulheres e jornalistas praticada por Bolsonaro e seus pares. Jornalista Vera Magalhães foi agredida durante o debate  ao governo de SP”, acrescentou. 

 A senadora Simone Tebet (MDB-MS) reforçou as críticas e disse que o que está em jogo nessas eleições é o futuro do Brasil como “civilização”.  “Espero que a Polícia Civil de São Paulo, a Assembleia Legislativa de SP e o Partido Republicanos tomem providência”, afirmou.   

Já Randolfe Rodrigues (Rede-AP) classificou o autor como covarde e elogiou a atitude do apresentador e mediador do debate, Leão Serva. O apresentador intercedeu e tomou o celular da mão do deputado, enquanto seguranças retiravam o agressor do local. 

“Os fascistas não suportam ver uma mulher em seu espaço de trabalho, tomando suas decisões e desnudando a corrupção deles. Agridem porque são covardes! Ao grande Leão Serva, minhas palmas. É assim que se combate um fascista!”, enfatizou Randolfe. 

 Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (PSDB-SE) também saíram em defesa da jornalista e do respeito à atuação profissional de todas as mulheres. 

 “Toda solidariedade à Vera Magalhães e às várias jornalistas competentes e corajosas que seguem prestando um enorme serviço para a democracia brasileira”, ressaltou Alessandro.   

*Da Agência Senado

Nove dos 13 senadores que concorrem à reeleição neste ano indicaram verbas do orçamento secreto. As informações foram declaradas pelos congressistas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por determinação da ministra Rosa Weber. O teor dos documentos varia entre si. Há senadores que fazem menção às emendas e apresentam detalhes dos gastos públicos e há aqueles que se limitam a confirmar o recebimento do dinheiro sem especificar a destinação.

A falta de transparência na indicação das chamadas emendas de relator, nome técnico do orçamento secreto - esquema revelado pelo Estadão -, faz com que os recursos sejam remanejados por meio de escolhas políticas, em vez de critérios técnicos. Além disso, não há publicidade dos atos.

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Dos senadores beneficiados pelas emendas de relator, sete não especificaram valores ou destinação: Omar Aziz (PSD-AM), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Otto Alencar (PSD-BA), Wellington Fagundes (PL-MT), Romário (PL-RJ), Telmário Mota (PROS-RR) e Rose de Freitas (MDB-ES). Procurados, os senadores não apresentaram informações à reportagem, com exceção de Alcolumbre, que foi presidente do Senado.

Já Kátia Abreu (Progressistas-TO) e Acir Gurgacz (PDT-RO) entregaram ao STF detalhes do uso dos recursos públicos. Eles apadrinharam R$ 29,3 milhões e R$ 35,6 milhões, respectivamente, para redutos eleitorais, em 2020 e 2021. Roberto Rocha (PTB-MA) e Alexandre Silveira (PSD-MG), por sua vez, não responderam à solicitação de Pacheco após a ordem judicial de Rosa Weber. Outros dois senadores que disputam a reeleição - Dário Berger (PSB-SC) e Alvaro Dias (Podemos-PR) - declararam não ter feito nenhuma indicação no orçamento secreto.

Nas redes sociais, senadores exploram a aplicação desses recursos em redutos eleitorais. Para o professor de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV) Gustavo Fernandes, essas emendas favorecem interesses particulares dos políticos, "de curto prazo, relacionados à sustentação do governo". "É o orçamento de acerto de contas e acertos políticos", afirmou.

INFRAESTRUTURA

Kátia e Gurgacz, por exemplo, priorizaram a alocação de quase a totalidade dos recursos em infraestrutura e maquinários. No caso da senadora, todas as 22 indicações foram para equipamentos e reformas.

Imagens de Kátia durante a entrega de obras foram compartilhadas em redes sociais. "A senadora fez questão de ajudar os prefeitos de forma completa. Duas perfuratrizes que poderão fazer centenas de poços por ano", afirma ela mesma, em um vídeo postado em outubro de 2021.

A parlamentar aparece na entrega do maquinário para municípios da região do Bico do Papagaio (TO). Ela indicou, em 2020, R$ 4,92 milhões em máquinas para o Consórcio Público Intermunicipal para Desenvolvimento Sustentável da Região do Bico do Papagaio (Coinbipa), que ela própria ajudou a criar. Além disso, a senadora repassou mais R$ 3,85 milhões para o Consórcio Intermunicipal Vale Serra Dourada, quantia que está estampada em um cartaz durante a entrega do maquinário.

Em nota, a assessoria de Kátia afirma que todas as indicações de emendas "são feitas de forma transparente e dentro do Orçamento da União, com a devida publicidade e atendendo a todas as regras". Diz ainda que os valores enviados para a região do Bico do Papagaio permitiram a perfuração de "30 poços artesianos, levando água para a população".

PAVIMENTAÇÃO

Gurgacz também fez 22 indicações. Uma delas foi destinada para a área da saúde. Em Rondônia, prefeitos agradecem em vídeo pelas emendas viabilizadas por ele. Um dos aliados é o prefeito de Butiris, Roni Irmãozinho (PDT), colega de partido.

Em postagem compartilhada no Facebook, Irmãozinho diz que vai construir duas pontes na cidade, além de pavimentar ruas. Ao todo, foram destinados R$ 8,8 milhões ao município, em dois anos - quase o triplo do total destinado à população de Buritis pelo Auxílio Brasil em 2022, de acordo com o Portal da Transparência. Procurado, Gurgacz não respondeu à reportagem.

REELEIÇÃO

A assessoria de imprensa de Alcolumbre afirma, em nota, que Macapá e Santana (AP) receberam, cada uma, aproximadamente R$ 100 milhões em emendas do orçamento secreto, em 2020 e 2021. Outros R$ 120 milhões foram destinados para o Hospital de Emergência do Estado.

As obras são destacadas na campanha de reeleição do ex-presidente do Senado. "Um sonho, uma realidade. Um trabalho do Davi, uma conquista para todos os amapaenses", diz vídeo com imagens das futuras instalações do novo equipamento de saúde.

A assessoria de Alcolumbre diz, ainda, que o senador "sempre apoiou pedidos de emendas destinados a beneficiar todos os municípios do Estado do Amapá, para execução das três esferas de governo".

SEM RESPOSTA

Em nota, Alexandre Silveira afirma que, por ter assumido o mandato em fevereiro deste ano, não indicou verbas em 2020 ou 2021. O orçamento de 2023 ainda será fechado. Ele assumiu o cargo após renúncia do titular, Antonio Anastasia, que passou a integrar o Tribunal de Contas da União (TCU) como ministro.

Já o senador Telmário Mota diz, em nota, que só se manifestará sobre o uso de recursos do orçamento secreto após a realização da eleição, no dia de 2 de outubro, em virtude de o pagamento dos recursos do orçamento estar suspenso até novembro conforme "determina a lei eleitoral, o que impossibilita sua discriminação".

Omar Aziz, Otto Alencar, Roberto Rocha, Romário, Rose de Freitas e Wellington Fagundes não se manifestaram até a conclusão desta edição.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, emitiu nesta quinta-feira (8) nota de pesar pelo falecimento da rainha Elizabeth II, a quem definiu como “exemplo de estadista”. Ela vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos anos e estava sob cuidados médicos no Castelo de Balmoral, na Escócia. Os senadores usaram as redes sociais para lamentar a morte da rainha. 

“Recebo com tristeza a notícia do falecimento da rainha Elizabeth II. Ela era a chefe de Estado do Reino Unido e de mais 14 Estados independentes dos Reinos da Comunidade de Nações. A rainha também liderava a Commomwealth, a Comunidade das Nações, organização intergovernamental composta por 56 países e população de 2,5 bilhões de pessoas. Aos 96 anos, e mais de 70 anos de reinado, Elizabeth II vivenciou alguns dos momentos mais importantes da história da humanidade. Cumpriu seu papel constitucional com louvor e foi um exemplo de estadista. Em nome do Congresso Nacional brasileiro, presto condolências à família e a todo o povo do Reino Unido”, diz a nota de pesar de Rodrigo Pacheco. 

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Redes sociais

Entre os senadores que repercutiram a morte da rainha Elizabeth II nas redes sociais, Luiz Carlos Heinze (PP-RS) afirmou que o mundo perde hoje uma grande mulher, um exemplo a ser seguido por todos os líderes mundiais. O senador definiu a rainha como “resiliente”, que “sempre zelou pela união da sua nação”. 

Simone Tebet (MDB-MS) avaliou o reinado de Elizabeth II como modelo de estabilidade e de convivência respeitosa entre instituições de Estado “num mundo em que valores como estes têm sido cada vez mais aviltados, como vem acontecendo, infelizmente, em nosso país. Em suas próprias palavras: ‘Foram as mulheres que inspiraram gentileza e cuidado no duro progresso da humanidade.’” 

Segundo Fabiano Contarato (PT-ES), a memória da falecida monarca “inspira respeito e inclui relações sempre amistosas com o Brasil. Maria do Carmo Alves (PP-SE) disse que é uma perda para o Reino Unido e para o mundo, afirmando que Elizabeth II “deixará seus grandes ensinamentos a seu povo”.

Para Soraya Thronicke (União-MS), Elizabeth II foi a “personificação da dedicação e da coragem, uma mulher à frente de seu tempo”.  Humberto Costa (PT-PE) destacou que a soberana “teve a oportunidade de ter três mulheres como primeiras-ministras em suas sete décadas de monarca”.

Mara Gabrilli (PSDB-SP) declarou que a rainha “simbolizou, com firmeza e coragem, a importância das mulheres nos mais altos cargos de poder”. Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que a história de Elizabeth II “se confunde com a História universal por sua atuação política no pós-guerra, pela longevidade de seu reinado e a inconfundível capacidade de interagir com a sociedade britânica”. 

Luiz Pastore (MDB-ES), da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, registrou que a morte da rainha Elizabeth II "não significa apenas o fim da vida de uma importante liderança mundial, mas de uma destacada geração que foi capaz de recompor o continente europeu atravessando momentos de muita turbulência ao longo da história, incluindo duas grandes guerras", acrescentando que seu legado "deixa o exemplo comprovado de que com diálogo, acolhimento e o comprometimento com a humanidade é possível sim construirmos um futuro promissor às próximas gerações". 

Elizabeth Alexandra Mary, conhecida como Elizabeth II, nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ela assumiu o trono da Inglaterra em 1952, aos 25 anos. A cerimônia de coroação ocorreu no ano seguinte. Foram 70 anos de reinado. Seu sucessor será o príncipe Charles, o mais velho de seus quatro filhos com o príncipe Philip, que morreu no ano passado, que usará o nome de rei Charles III. Uma das últimas medidas da rainha Elizabeth, na última terça-feira (6), foi a nomeação da nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. 

*Da Agência Senado

O impeachment de Dilma Rousseff completa seis anos nesta quarta-feira (31). Foram 273 dias do processo que culminou na quarta cassação de um presidente da República brasileira e marcou um retorno ostensivo da direita ao Congresso e ao Governo Federal. Condenada em 2016 pelas “pedaladas fiscais”, a ex-presidente foi, por ausência de provas, inocentada em março deste ano, após a extinção do processo que a obrigava a indenizar a União pelos danos financeiros. 

O processo de cassação foi um marco histórico na política brasileira. Movimentou milhões às ruas, pedindo pelo fim do Governo Dilma e pelo fim da corrupção e da influência do Partido dos Trabalhadores na política. Assim, a dominância que a primeira mulher presidente do país tinha no Congresso, foi, aos poucos, se desfazendo. O resultado do processo foi o esperado: por 61 votos contra 20, o Senado Federal aprovou o parecer pelo impeachment. 

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Dilma, que já estava afastada desde maio de 2016, nunca retornou ao cargo. Michel Temer (MDB), vice-presidente à época, assumiu interinamente. O processo durou de 2 de dezembro de 2015 a 31 de agosto de 2016, começando pelo encaminhamento do parecer na Câmara dos Deputados, liderada pelo cassado Eduardo Cunha. 

LeiaJá também: ‘Há exatos seis anos, Dilma Rousseff era cassada no Senado’ 

Relembre os votos no Senado 

Eram necessários os votos de 54 senadores (dois terços) para condenar a presidente da República por crimes de responsabilidade e afastá-la do cargo. Alguns dos que votaram a favor do processo, como Telmário Mota (Pros) e Cristovam Buarque (Cidadania), posteriormente se disseram arrependidos do voto. Mota chegou a pedir desculpas a Dilma publicamente. Tasso Jereissati (PSDB), ex-governador do Ceará, também votou contra Rousseff e posteriormente admitiu que o “golpe” foi “um erro”. 

Dilma foi acusada de, através do Tesouro Nacional, atrasar, voluntariamente, o repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), entre outros programas e iniciativas. Essas instituições teriam feito o pagamento com recursos próprios, garantindo a entrega de serviços, enquanto o Governo Federal omitia os dados da dívida pública. 

VOTOS 'SIM' (pelo impeachment) 

Acir Gurgacz (PDT-RO) | Aécio Neves (PSDB-MG) | Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) 

Álvaro Dias (PV-RR) | Ana Amélia (PP-RS) | Antonio Anastasia (PSDB-MG) 

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) | Ataídes Oliveira (PSDB-TO) | Benedito de Lira (PP-AL) 

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) | Cidinho Santos (PR-MT) | Ciro Nogueira (PP-PI) 

Cristovam Buarque (PPS-DF) | Dalirio Beber (PSDB-SC) | Dário Berger (PMDB-SC) 

Davi Alcolumbre (DEM-AP) | Edison Lobão (PMDB-MA) | Eduardo Amorim (PSC-SE) 

Eduardo Braga (PMDB-AM) | Eduardo Lopes (PRB-RJ) | Eunício Oliveira (PMDB-CE) 

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) | Fernando Collor (PTC-AL) | Flexa Ribeiro (PSDB-PA) 

Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) | Gladson Cameli (PP-AC) | Hélio José (PMDB-DF) 

Ivo Cassol (PP-RO) | Jader Barbalho (PMDB-PA) | João Alberto Souza (PMDB-MA) 

José Agripino (DEM-RN) | José Aníbal (PSDB-SP) | José Maranhão (PSDB-PB) 

José Medeiros (PSD-MT) | Lasier Martins (PDT-RS) | Lúcia Vânia (PSB-GO) 

Magno Malta (PR-ES) | Maria do Carmo Alves (DEM-SE) | Marta Suplicy (PMBD-SP) 

Omar Aziz (PSD-AM) | Paulo Bauer (PSDB-SC) | Pedro Chaves (PSC-MS)  

Raimundo Lira (PMDB-PB) | Reguffe (S/Partido-DF) | Renan Calheiros (PMDB-AL) 

Ricardo Ferraço (PSDB-ES) | Roberto Rocha (PSB-MA) | Romário (PSB-RJ) 

Romero Jucá (PMDB-RR) | Ronaldo Caiado (DEM-GO) | Rose de Freitas (PMDB-ES 

Sérgio Petecão (PSD-AC) | Simone Tebet (PMDB-MS) | Tasso Jereissati (PSDB-CE) 

Telmário Mota (PDT-RR) | Valodir Raupp (PMDB-RO) | Vicentinho Alves (PR-TO) 

Waldemir Moka (PMDB-MS) | Wellington Fagundes (PR-MT) | Walder Morais (PP-GO) 

Zeze Perrella (PTB-MG) 

VOTOS 'NÃO' (contra o impeachment) 

Angela Portela (PT-RR) |  Armando Monteiro (PTB-PE) | Elmano Férrer (PTB-PI) 

Fátima Bezerra (PT-RN) | Gleisi Hoffmann (PT-PR) | Humberto Costa (PT-PE) 

João Capiberibe (PSB-AP) | Jorge Viana (PT-AC) | José Pimentel (PT-CE) 

Kátia Abreu (PMDB-TO) | Lídice da Mata (PSB-BA) | Lindbergh Farias (PT-RJ) 

Otto Alencar (PSD-BA) | Paulo Paim (PT-RS) | Paulo Rocha (PT-PA) 

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) | Regina Sousa (PT-PI) | Roberto Muniz (PP-BA) 

Roberto Requião (PMDB-PR) | Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) 

Discursos 

Simone Tebet (MDB-MS, à época PMDB): Por dois anos, maquiaram-se as contas públicas. Fez-se a contabilidade criativa para esconder os desmandos com o dinheiro público, para maquiar e esconder o gasto excessivo, além do limite. É como se o Governo, além de ter gastado o dinheiro que vem do tributo e do imposto do povo brasileiro, tivesse - teria e fez - entrado no cheque especial. E mais grave que isso: pegou dinheiro não emprestado com bancos públicos, porque ele é o que opera, ele tem o controle desses bancos. Então, ele não pegou um empréstimo. Embora se fale em operação de crédito ilegal, o que houve foi uma coação, porque os bancos públicos não podiam dizer “não” para o Governo Federal. 

[...] E é por isso que eu venho com convicção, depois de duas semanas na Comissão Especial, analisando atentamente a defesa, a acusação, o relatório irretocável do nosso querido amigo, Senador Anastasia, afirmar ao Brasil que eu voto “sim” pelo juízo de admissibilidade deste processo porque também, em 2015, há indícios muito sérios de crime de responsabilidade com a materialidade do fato e com a autoria da Senhora Presidente da República. 

Aécio Neves (PSDB-MG): Na verdade, foi exatamente o descontrole da economia, conduzido pelo Governo da atual Presidente da República, que levou o Brasil a dois anos de queda expressiva de seu produto interno e à maior recessão de toda a nossa história republicana. Foram os atos conscientes da Presidente da República que nos trouxeram a maior inflação desde 2002, de quase 10%. Foi a irresponsabilidade deste Governo no descumprimento da legislação à qual ele estava submetido que levou o Brasil a ter hoje cerca de 11 milhões de desempregados, Senador Aloizio, três milhões em apenas um ano. Foi a irresponsabilidade deste Governo que levou à queda de 24% dos investimentos desde o início de 2014, a uma queda de 25% da nossa produção industrial, a 303 mil empresas fechadas apenas no ano de 2015! 

Randolfe Rodrigues (Rede-AP): Sinto um mal-estar com esse fundamento. A alegação é fraca e causa desconforto. Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação. Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados. Há um problema sério de proporcionalidade. Não estou dizendo que ela não descumpriu as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional tirar uma Presidente sob esse fundamento num País como o nosso. Vão aparecer dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se transformará em ódio entre parcelas da população. Quanto à justeza e o acerto político dessa medida, tenho dúvidas sinceras. 

A resposta, neste grave momento da vida nacional, Sr. Presidente, não pode ser tomada por 513 Deputados e 81 Senadores. Só a soberania do voto popular pode, só a soberania e a sabedoria do voto popular poderão, neste momento, devolvido o poder ao povo, dar a resposta a esta crise política. [...] Não aceitaremos retrocessos nas conquistas sociais que o povo brasileiro já teve. Não aceitaremos! Não será com o meu voto que será chancelado o retorno ao atraso no dia de hoje. Por isso que o meu voto será “não”. 

Omar Aziz (PSD-AM): Presidente Dilma, a senhora errou quando a senhora não cumpriu um negócio básico: falar a verdade. Esse foi o seu grande pecado. Se a senhora tivesse tido humildade... E, naquele dia, lhe disse: “Presidenta, faça a autocrítica, lidere o Brasil, lidere os políticos brasileiros. Vá à televisão e diga ao povo brasileiro qual é a real situação da nossa economia. O povo brasileiro é bom. Ele é compreensível. Vai perdoá-la e vai lhe dar apoio.” Ali, começou o impeachment da Presidenta Dilma, a partir do momento em que ela não teve humildade, e, sim, a soberba da reeleição. E muitos membros aqui. E eu não estou feliz com isso. Estou triste, porque lutei a minha vida toda pela democratização deste País, fui às ruas, não me omiti. [...] Voto com seu parecer, a favor do impedimento da Presidente Dilma. 

Gleisi Hoffmann (PT-PR): A Presidenta sofreu uma enorme desconstrução na sua imagem, na sua imagem pessoal e política de Presidenta, mas, sobretudo, na sua condição de mulher, com mentiras, calúnias, difamação, falso moralismo, um desrespeito total pelo fato de ser mulher. E estão tentando vender agora para o povo brasileiro que o afastamento, o impeachment da Presidenta é a solução de todos os problemas. Não, não é. Não é a solução de nenhum problema. Pior do que isso: é o agravamento dos problemas. Não há esperança popular no governo do Vice-Presidente Temer. Não há o que esperar a não ser perdas de direito e de retrocesso. O que estão querendo vender para o Brasil é uma mentira de que, tirando a Presidenta Dilma, todos os problemas estão resolvidos. Isso não é verdade, e nós temos que deixar claro isso aqui. Por isso, nós temos repetido que esse impeachment, por não ter base constitucional, por ser exatamente um instrumento para que a elite e a direita coloquem o seu projeto de governo no Poder sem passar pelo voto, é um golpe. Não temos o que esperar desse futuro. Termino aqui o dia ou começo um novo dia da mesma forma que comecei o de ontem, na companhia do Prof. Darcy Ribeiro: sou uma mulher de causas, sou uma mulher de lutas. Detestaria, não suportaria estar no lugar de quem me vencerá hoje. 

 

Esta quarta-feira, 31 de agosto, marca os seis anos do impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff. A cassação do mandato foi, para muitos, um atentado à democracia e um golpe de estado orquestrado por aliados e opositores da antiga chefe do Executivo. Para outros, foi uma vitória contra a corrupção e o último suspiro dos anos de dominância do Partido dos Trabalhadores, que estava há mais de uma década no Governo Federal. 

Um dos mais importantes episódios da história recente do país, o impeachment da primeira mulher presidente do Brasil foi marcado por controvérsias, pela crescente crise econômica, baixa popularidade e perdas de alianças no Congresso Nacional. Apesar do fatídico dia ter sido atravessado por uma sessão de 20 horas no Senado Federal, o processo inteiro levou quase sete meses e 29 dias (273 dias, no total), indo de 2 de dezembro de 2015 a 31 de agosto de 2016.  

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Dilma foi a quarta pessoa a exercer o cargo de Presidente da República a sofrer impeachment no Brasil, depois de Fernando Collor, Café Filho e Carlos Luz. Diferentemente dos seus antecessores, a cassação da mandatária dividiu opiniões entre congressistas e na sociedade civil. 

Para o seu afastamento definitivo, ao fim do processo, era necessário que 54 senadores (dois terços do parlamento) votassem a favor do parecer. O impeachment foi aprovado com 61 votos contra 20, condenando Rousseff por crimes de responsabilidade a partir das “pedaladas fiscais”, mas sem a perda dos direitos políticos. 

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O pontapé 

O processo de impeachment de Dilma Rousseff teve início em 2 de dezembro de 2015, quando o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (preso em 2016 por corrupção passiva) deu prosseguimento ao pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Na baixa câmara do Congresso, os 342 votos favoráveis à continuidade do processo de afastamento de impeachment de Dilma foram obtidos com facilidade. O 342º voto foi do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), e a partir de então, a matéria seguiu ao Senado. 

As “pedaladas” e o impeachment 

“Pedalar” fiscalmente é, em resumo, postergar o pagamento de suas dívidas, enquanto cria novas despesas e maquia a verdadeira situação fiscal de um negócio. Foi por esse comportamento financeiro que o Executivo, às mãos de Dilma Rousseff, foi acusado de crime de responsabilidade. No caso da ex-presidente, uma grande parte da dívida era comprometida à Caixa Econômica Federal, enquanto ela, supostamente, fazia parecer que havia equilíbrio entre os gastos e despesas nas contas públicas. 

Sobre o Governo Dilma, o Tribunal de Contas da União entendeu que o Tesouro Nacional teria atrasado, voluntariamente, o repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para o pagamento de programas sociais como Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, benefícios sociais como o abono salarial e o seguro-desemprego, além de subsídios agrícolas. 

Essas instituições faziam o pagamento com recursos próprios, garantindo que os beneficiários recebessem em dia. Ao mesmo tempo, o governo teria omitido esses passivos nas estatísticas da dívida pública, postergando para o mês seguinte a sua contabilização.  Com isso, as contas públicas apresentavam bons resultados que, no entanto, não eram reais. 

Dilma teve um dos maiores saldos negativos na Caixa: R$ 33 bilhões, com 19 “pedaladas” em todos os anos de seu governo, mais notoriamente em 2014 (oito vezes), ano de sua reeleição. Com os resultados das auditorias da época desfavorecendo a petista, congressistas da oposição se movimentaram para pautar o processo de impeachment, com base nas pedaladas, e tiveram sucesso nas apreciações e na votação. 

A presidente foi afastada em 12 de maio de 2016, após aprovação do Senado. O ex-vice, Michel Temer, assumiu. Os senadores cassaram definitivamente o mandato de Dilma ao fim de agosto daquele ano, em um domingo, por 61 votos contra 20. Dilma tentou se eleger senadora pelo PT de Minas Gerais em 2018, mas não conseguiu. 

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Dilma inocentada 

Em 27 de março deste ano, a 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES) extinguiu o processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff, no qual ela foi acusada de danos financeiros causados por pedaladas fiscais. 

A ação popular acusava Dilma, seu então vice Michel Temer e sua equipe administrativa de praticarem manobras fiscais para ocultar saldo devedor nas contas e demonstrações financeiras e orçamentárias do governo federal. As chamadas pedaladas fiscais levaram ao impeachment da presidente em 2016. 

Em 2020, a 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro condenou Dilma a indenizar a União por danos aos cofres públicos, no valor correspondente ao endividamento causado pelas operações irregulares, a ser apurado pelo Tribunal de Contas da União. Após recurso da ex-presidente, a sentença foi reformada, e a ação foi extinta sem resolução de mérito. 

Em 2016, uma perícia realizada por especialistas do Senado, e acompanhada pela defesa de Dilma, já havia indicado o mesmo resultado. Apesar da resolução ter sido diferente, essencialmente, no ano do impeachment já se sabia que a ex-presidente não era responsável pelas pedaladas, mas que havia autorizado decretos sem o aval do Congresso. O resultado teve efeito contrário e acabou sendo mais um utilizado para demonstrar arbitrariedade no governo e má relação com o parlamento. 

À época, e também em seu discurso do impeachment, Dilma Rousseff argumentou que as pedaladas são uma prática comum aos governos em crise e que não configuram crime de improbidade administrativa. Ela mencionou até mesmo os governos de seu aliado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como exemplos de gestões que “pedalaram” e não sofreram sanções políticas. 

Até mesmo o governo de Jair Bolsonaro (PL) já sofre questionamentos nesse sentido. Opositor de Dilma desde sempre e à época deputado federal pelo PSL, o atual presidente votou a favor do processo que culminou na cassação de Rousseff, na Câmara. Em seu discurso, desdenhou da tortura sofrida pela ex-presidente durante a ditadura militar, saudou o ex-chefe do DOI-CODI do regime militar, Carlos Brilhante Ustra, e gritou palavras de ordem pelo Brasil, por Deus e contra a corrupção. 

Naquele momento, o então parlamentar de baixo clero ensaiava a sua ascensão à política nacional, tendo as pedaladas como parte do seu discurso de oposição. Em seu governo, porém, Bolsonaro se tornou alvo de críticas de economistas por criar uma “bomba fiscal” que poderá se tornar responsabilidade do seu sucessor e sucessora. Com o aumento da inflação, dos itens básicos e da fome, o presidente intensificou em sua agenda publicitária dados que mascaram os índices negativos do Governo Federal e que servem de manutenção para o seu eleitorado. 

 

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