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A Escola Nacional da Administração Pública (Enap), em parceria com a Diretoria de Formação (Difor), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), está com 300 vagas gratuitas em dez cursos de capacitação. As aulas são destinadas a servidores públicos envolvidos ou interessados na condução das organizações e na gestão de políticas públicas. Inscrições podem ser realizadas por meio do site do Enap em um período que varia de acordo com o curso escolhido. As aulas serão realizadas das 8h30 às 17h30, no campus Derby da Fundaj, localizado no Recife.

Com o objetivo de ensinar e aplicar a legislação vigente sobre a modalidade pregão na forma eletrônica, o curso “Formação de Pregoeiros” será realizado do dia 29 de outubro a 1° de novembro.

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A capacitação “Gestão de processos com foco em Inovação”, que será realizada do dia 2 a 4 de novembro, conta com tópicos que envolverão análise, transformação, modelagem de processos, entre outros e é voltada para servidores que trabalham com a gestão de serviços públicos.

Nomeado de “Tesouro Gerencial”, o curso ministrado pelo professor Dayvison Spindola Soares Bezerra, será realizado do dia 5 a 7 de novembro e irá abordar navegação com segurança no módulo tesouro gerencial, consultas independentes, extração de dados, entre outros assuntos.

Com o objetivo de proporcionar aos alunos uma visão crítica sobre a importância de saber conduzir o tempo na atualidade, nos dias 5 e 6 de novembro os servidores podem participar do curso “Administração do Tempo.”

A capacitação “Transformando Ideias em Projetos” possui um ensino baseado em projetos que estimulam a participação, colaboração e experiência prática do aluno nos conceitos, ferramentas e técnicas que serão apresentados e discutidos nos dias 11 e 12 de novembro.

Já do dia 12 a 14 de novembro, os participantes poderão entender os benefícios da implantação da Governança Corporativa em instituições públicas e como o gestor pode atuar na disseminação desse processo, por meio do curso “Governança no Serviço Público.”

Na capacitação “Estrutura Orçamentária: Despesas Públicas”, do dia 18 a 20 de novembro, os servidores poderão analisar a estrutura da despesa pública no orçamento, identificar as classificações da despesa orçamentária, além de relacionar o contexto fiscal e legal em que as despesas públicas estão inseridas e identificar o perfil de seus principais itens.

Quem deseja participar de uma análise de casos e dinâmicas em grupo para identificar teóricas introdutórias do orçamento público, do dia 18 a 22 de novembro, será realizado o curso “Gestão do Orçamento Público”.

Entre os dias 25 a 29 de novembro, servidores de qualquer nível ou esfera podem reconhecer a importância e a relação da gestão de processos com a política pública de gestão do Governo Federal através do curso “Análise e Melhoria de Processos. ”

Para os funcionários que trabalham com logística na área de contratações, o curso “Contratações de Serviços conforme a IN 05/2017: Planejamento, Estudos Preliminares, Termo de Referência e Gestão de Riscos” será realizado do dia 27 a 29 de novembro e tem o objetivo de estruturar as etapas relacionadas ao planejamento das contratações, implementar estudos preliminares e termo de Referência, entre outros.

Confira mais informações sobre os cursos:

Formação de Pregoeiros

Data: 29 de outubro a 1 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Edifício Ulysses Pernambucano (segundo andar), Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 2 de outubro a 22 de outubro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/282/

Gratuito

Gestão de processos com foco em Inovação

Data: 02 a 04 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 11 de setembro a 14 de novembro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/334/

Gratuito

Tesouro Gerencial:

Data: 5 a 7 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Edifício Ulysses Pernambucano (segundo andar), Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 02 a 29 de outubro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/205/

Gratuito

Administração do Tempo

Data: 05 e 06 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Edifício Ulysses Pernambucano (segundo andar), Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 02 de outubro a 29 de outubro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/261/

Gratuito

Transformando Ideias em Projetos

Data: 11 e 12 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Edifício Ulysses Pernambucano (segundo andar), Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 24 de setembro a 18 de outubro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/327/

Gratuito

Governança no Serviço Público

Data: 12 a 14 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Edifício Ulysses Pernambucano (segundo andar), Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 05 de outubro a 05 de novembro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/297/

Gratuito

Estrutura Orçamentária: Despesas Públicas

Data: 18 a 20 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 04 de outubro a 11 de novembro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/210/

Gratuito

Gestão do Orçamento Público:

Data: 18 a 22 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 04 de outubro a 11 de novembro

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/36/ em:

Gratuito

Análise e Melhoria de Processos:

Data: 25 a 29 de de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 11 de outubro a 18 de novembro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/333/

Gratuito

Contratações de Serviços conforme a IN 05/2017: Planejamento, Estudos Preliminares, Termo de Referência e Gestão de Riscos:

Data: 27 a 29 de novembro

Horário: 8h30 às 17h30

Local: Fundaj/Derby - Rua Henrique Dias, 609, Recife

Capacidade: 30 vagas

Inscrições: 13 de outubro a 20 de novembro em:

https://suap.enap.gov.br/portal/curso/350/

Gratuito

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta segunda-feira (2), ser contra uma reforma administrativa que retire dos servidores públicos o direito à estabilidade. Ele entende que novas regras que vierem a ser implementadas devem valer apenas para futuros servidores.

"No meu radar é tudo para frente. Essa discussão para trás eu acho ruim. Reduzir salário hoje de quem já entrou numa regra, eu acho ruim. Tirar estabilidade de que já entrou com essa regra, é ruim. Eu defendo, para que a gente tenha uma reforma administrativa mais rápida, e que atinja nossos objetivos, que não se olhe para trás. Olhe só para o futuro", disse após encontro com empresários no Rio de Janeiro, organizado pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).

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Maia informou que nesta quarta-feira (4) será realizada na Câmara dos Deputados uma reunião para discutir as queimadas na Amazônia. Ele manifestou receio de que a situação cause impacto nos negócios do país. "Falei com a bancada do agronegócio, que estava muito preocupado com o dano [ao país], e que estava disposto a visitar outros parlamentos aqui na nossa região ou na Europa".

O presidente da Câmara voltou a defender que seja destinado para o combate aos incêndios na Amazônia parte dos recursos de fundo da Petrobras, composto por R$ 2,5 bilhões recuperados a partir da Operação Lava Jato, e repatriados por meio de acordos firmados entre a estatal, o Ministério Público Federal (MPF) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O assunto está sendo avaliado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Maia sinalizou que não deverá levar ao plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 187/2016, que trata da exploração de terras indígenas, aprovada na semana passada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. Foram 33 votos a favor, 18 contra e uma abstenção. "Eu avisei aos deputados. Não é um tema simples de ser debatido. Nesse momento, acho que estamos criando uma polêmica desnecessária no Brasil", disse Maia.

Questionado sobre a decisão anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro de vetar ao menos nove pontos do Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado, Maia disse ser um direito do presidente da República. "Essa separação entre os poderes é importante, que fique muito clara. Cada um tem direito de cumprir sua função constitucional. A função do presidente é sancionar ou vetar. E a do Parlamento é manter ou derrubar o veto."

 

O Ministério da Economia apresentou, nesta semana, a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, no qual não prevê concursos não autorizados e nem reajuste para servidores públicos no próximo ano.  

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias é feito anualmente e serve para mostrar as metas e as previsões de receitas e despesas da administração pública para o ano seguinte. O governo já havia sinalizado em outras ocasiões a suspensão dos concursos públicos e o corte no número de cargos. A medida faz parte do pacote do ministro Paulo Guedes, que pretende dar mais eficiência aos custos da folha de pagamento, considerado pelo governo como um dos elementos mais pesados das contas públicas. 

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No mês de março, um decreto listando regras mais rigorosas para a abertura de novos concursos foi publicado. O governo também não pretende fazer reajustes para servidores públicos em 2020. A única exceção são os militares, que terão a possibilidade de reestruturação de carreira, cujo projeto foi anunciado em março.  

“A LDO diz que pode ser feita reestruturação para militares. Como não diz que pode outras coisas, não podem ser feitos [reajustes] para os demais servidores", explicou o secretário de Orçamento Federal, George Soares, em coletiva de imprensa.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 foi encaminhada ao Congresso. Os deputados e senadores têm até o dia 17 de julho para votar o projeto, que em seguida é enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) responsável por analisar a proposta. 

 

Os gastos dos estados com servidores inativos aumentaram, em média, 8% entre setembro de 2017 e agosto deste ano, conforme apontam dados divulgados hoje (26) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).  No mesmo período, os gastos com servidores ativos cresceram 0,8%.

Um dos autores da pesquisa, Cláudio Hamilton dos Santos, explicou que o esforço de contenção dos gastos com os funcionários públicos ativos não foi suficiente para compensar o rápido aumento das despesas com os profissionais inativos.

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Segundo o estudo, de 2014 a 2017, vinte estados registraram queda no número de servidores ativos, enquanto o número de inativos subiu em 24. Contabilizando todos os estados, o número de funcionários públicos ativos caiu 1,6%, enquanto o de inativos subiu 5,6%.

Os estados tiveram um crescimento de 2,7% na receita do primeiro semestre de 2018. A alta na arrecadação decorre da recuperação gradual da economia e de aumento de impostos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que não foram suficientes para recuperar o pico atingindo em 2014.

A pesquisa aponta, no entanto, que o espaço fiscal alcançado pelos estados, de R$ 11,5 bilhões até agosto deste ano, foi consumido principalmente por gastos com servidores e encargos sociais. O que também dificultou o espaço para investimentos, que representam somente 11,5% do aumento total da despesa primária entre 2017 e 2018.

Além disso, segundo o Ipea, é comum que em anos eleitorais as despesas com investimentos aumentem. Mas até o quarto bimestre deste ano o gasto acumulado foi de R$ 16,7 bilhões, valor abaixo de praticamente toda a série analisada pelo instituto, em anos de eleição ou não.

Trabalhadores da iniciativa privada nascidos em agosto e servidores públicos com inscrição no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) final 1 já podem sacar o abono salarial referente a 2017. O recurso está disponível a partir desta quinta-feira (16) até o dia 28 de junho de 2019.

O pagamento do abono do PIS/Pasep ano-base 2017 começou no dia 26 de julho e a liberação do dinheiro para os trabalhadores é feito de acordo com o mês de nascimento ou o número final da inscrição, a depender do programa.

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Conforme o calendário de pagamento, inscritos no Programa de Integração Social (PIS) que nasceram de julho a dezembro recebem o benefício ainda este ano. Já os nascidos entre janeiro e junho, terão o recurso disponível para saque no ano que vem. No caso do Pasep, servidores com inscrição final 0 a 4 recebem os recursos este ano; de 5 a 9 apenas ano que vem.

Em qualquer situação, o dinheiro ficará à disposição do trabalhador até 28 de junho de 2019, prazo final para o recebimento.

Os empregados da iniciativa privada, vinculados ao PIS, sacam o dinheiro nas agências da Caixa Econômica Federal. Para saber se tem algo a receber, a consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet ou no telefone 0800-726-0207.

Para os funcionários públicos vinculados ao Pasep, a referência é o Banco do Brasil, que também fornece informações pessoalmente, pela internet e pelo telefone 0800-729-0001.

O valor que cada trabalhador tem para sacar é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente em 2017. Quem trabalhou o ano todo recebe o valor cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo, que é R$ 80.

Além do tempo de serviço, para ter direito ao abono o trabalhador deve estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O abono salarial do PIS/Pasep é um benefício pago anualmente com recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), abastecido por depósito feitos pelos empregadores do país. Além do abono salarial, o FAT custeia o programa de Seguro-Desemprego e financia programas de desenvolvimento econômico. Os recursos do abono que não são sacados pelos trabalhadores no calendário estabelecido todos os anos retornam para o FAT, para serem usados nos demais programas.

Abono ano-base 2016

Também está aberto, desde 26 de julho, o novo período para o pagamento do abono salarial ano-base 2016. Quase 2 milhões de trabalhadores não retiraram os recursos no prazo, até 29 de junho deste ano, por isso foi aberto um novo período.

O valor chega a R$ 1,44 bilhão e ficará disponível para os trabalhadores que ainda não realizaram o saque até 30 de dezembro.

O deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) afirmou no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na última quarta-feira (9), que “o governo do estado não tem tratados os servidores do Detran de Pernambuco como deveria”. O parlamentar faz parte do grupo “Pernambuco Quer Mudar”, que faz oposição ao governador Paulo Câmara (PSB).

O deputado destacou que nenhum representante do Órgão compareceu à reunião com a também deputada Socorro Pimentel (PTB), para debater as demandas da categoria. “O governo do Estado não tem tratado os servidores do Detran de Pernambuco como deveria. O retrato disso foi a falta de um representante do Órgão, para debater as demandas da categoria em reunião dos profissionais com a deputada Socorro Pimentel”, enfatizou.

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Para Costa Filho, a gestão atual não cumpre suas promessas de melhorias para os servidores. “Destacamos essa falta de compromisso na tribuna da Alepe. Exemplo disso é a não implementação do Plano de Cargos e Carreiras, prometida desde o governo Eduardo Campos, mas que até agora não foi cumprida, a desvalorização dos servidores, como também o reajuste no valor das vistorias, e alterações nos planos de saúde”, finalizou.

Por Fabio Filho

O governo do estado de São Paulo informou que irá pagar o “Bônus por Merecimento” a 188,5 mil servidores da Secretaria de Educação do Estado. Neste ano, serão destinados R$ 315,3 milhões, R$ 25 milhões a mais do que em 2017, quando foram pagos R$ 290,3 milhões.

A maior parte dos beneficiados (151,2 mil) são professores, que receberão R$ 276,6 milhões. O pagamento deverá ser feito nesta quinta-feira (29).

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De acordo com o governo, o benefício é calculado a partir das notas do Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp). E além dos professores do Ensino Fundamental e Médio, diretores, agentes de organização e equipes técnicas das escolas e órgãos centrais também têm direito ao bônus. Para chegar ao valor individual, a Secretaria de Educação considera se a unidade avançou, atingiu ou superou a meta estipulada para o período. Os servidores precisam ainda ter trabalhado, no mínimo, em dois terços do ano letivo.

Para quem atingiu 120% da meta, o valor do pagamento é próximo a um salário. Já aqueles que alcançaram 100%, o valor aproximado é de 84%. Se não atingida a meta, é calculado o avanço da escola proporcional. Em 2018, o valor médio do bônus será de R$ 1.672,87 – e os maiores pagamentos ficarão entre R$ 13 mil e R$ 17 mil.

Avanço do Ensino Médio no Idesp

Segundo o governo, o Ensino Médio da rede estadual avançou pelo quinto ano consecutivo. Com isso, o ciclo alcançou na última medição 2,36 contra 2,30 registrados em 2016. A pontuação é a mais alta desde 2008, quando a secretaria adotou o indicador de qualidade da educação paulista.

O desempenho do 6° ao 9º ano do Ensino Fundamental retomou o crescimento e superou a marca anterior. Em 2017, o ciclo atingiu 3,21. Uma diferença de 0,28 em relação aos 2,93 de 2016. Já o 1º ao 5º ano teve queda de 0,07, com as notas que caíram de 5,40 para 5,33.

A criação de fundos de aposentadoria para os servidores públicos mais antigos não substitui a necessidade de aprovação da reforma da Previdência também para o funcionalismo, na avaliação do autor da proposta, o economista Raul Velloso. O economista se encontrou na segunda-feira com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e governadores para discutir um modelo de fundo de pensão para os servidores semelhante ao das estatais. Ele rechaça que o governo federal terá de cobrir o rombo da Previdência de Estados e municípios. "A União não precisará entrar com nenhum tostão", diz. A seguir, trechos da entrevista.

Como essa proposta pode ajudar a conter o déficit da Previdência do funcionalismo?

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Os servidores mais novos já contribuem para o Funpresp (fundo de previdência complementar dos servidores públicos), então a ideia é criar fundos para os funcionários antigos, tanto para os que já estão aposentados, quanto para quem ainda está trabalhando. Funcionará como os fundos de pensão das empresas estatais, em um modelo análogo à Previ do Banco do Brasil, e a partir daí tenta-se equacionar o passivo atuarial, como já determina a Constituição.

Como vai funcionar a capitalização desses fundos?

Além da contribuição previdenciária que os servidores já fazem, será necessária uma contribuição suplementar, que será igualada pelo poder empregador. Os porcentuais serão definidos caso a caso, mas a ideia é que haja um teto, para não virar uma contribuição proibitiva. Por exemplo, um servidor que já contribui com 14% teria de contribuir com mais 5% e o empregador colocaria mais 5%. Vai precisar desse extra para a conta fechar.

Mas somente esse acréscimo de contribuição será suficiente para cobrir as despesas desses fundos?

A ideia é também abastecer esses fundos com os ativos que já estiverem disponíveis, sejam ações de empresas estatais, recursos de venda ou aluguel de imóveis públicos, e inclusive o que puder ser antecipado da Dívida Ativa da União.

Se a conta não fechar, a União ficará responsável pela diferença?

Não. A União não precisará entrar com nenhum tostão. Na pior das hipóteses, a União vai desembolsar o que ela já paga com o pagamento dos benefícios aos aposentados e pensionistas do governo federal. Agora, a fundação também poderá vender ativos para fazer frente a esses gastos.

O modelo poderá ser replicado nos Estados e municípios?

A grande motivação para construir a proposta sempre foi sanear as contas dos governos estaduais. Os governadores são os mais interessados.

Em quanto tempo a mudança começa a fazer efeito?

Se os gestores forem ágeis, a formação dos fundos pode ser concluída em apenas seis meses. A partir daí já começa a aliviar os pagamentos feitos pelos orçamentos da União e dos entes.

A proposta é suficiente para substituir a reforma da Previdência no caso do funcionalismo?

De nenhuma maneira. A proposta é complementar à reformada Previdência. A diferença é que a criação dos fundos já pegará receita nova agora, enquanto a mudança de regras passará por uma transição. E, se a reforma não passar agora, seria ideal ao menos ter os fundos. É melhor isso que nada.

A proposta conta com o apoio do governo?

Levei a proposta há um ano e meio atrás ao presidente Michel Temer e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas eles não quiseram misturar a discussão com a Previdência. Cheguei atrasado. Mas estive duas vezes com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que está muito interessado na proposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Três funcionários públicos são presos a cada semana no País, em média, sob acusação de envolvimento com organizações criminosas responsáveis por desvios de verbas públicas, crimes fazendários, delitos ambientais e até mesmo tráfico internacional de drogas. Os números fazem parte de levantamento inédito obtido pelo Estado na Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), da Polícia Federal, e englobam resultados de 2.325 operações feitas entre janeiro de 2013 e março de 2017.

A análise dos dados, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra ainda que o total de agentes públicos detidos pelos federais cresceu 57% nos 24 meses após a deflagração da Operação Lava Jato, em 2014, na comparação com os dois anos anteriores (469 contra 298).

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Para o ex-secretário nacional antidrogas e juiz aposentado Walter Maierovitch, o número de detidos poderia ser maior ainda. De acordo com ele, há pouca investigação sobre o envolvimento de servidores com as organizações criminosas, apesar de "a criminalidade organizada não existir sem a conivência de agentes públicos".

Contas

Os números da Dicor mostram que são as operações que investigam corrupção, fraudes em licitações e desvios de verbas públicas que mais surpreenderam agentes públicos envolvidos com as chamadas organizações criminosas. Ao todo, 45% dos 783 detidos foram apanhados nessas circunstâncias. Em segundo lugar nesse ranking estão os casos de crimes fazendários, como a sonegação fiscal e o contrabando (16% do total), e depois os delitos cometidos contra a Previdência Social (10%). Essas organizações criminosas são chamadas pelos estudiosos de "parasitárias", ou seja, vivem dentro do Estado.

Para Márcio de Souza Christino, procurador de Justiça de São Paulo, é mais fácil um agente público se envolver com organizações criminosas que desviam verbas públicas, como as investigadas pela Lava Jato. "É mais fácil, menos perigoso e menos exposto do que a prática de crimes violentos", afirmou. Para ele, os números mostram o resultado do aumento da repressão a esse tipo de delito, além da maior experiência da PF e de mais investimentos da instituição.

Segundo a delegada Tânia Prado, da Associação Nacional dos Delegados Federais, o aumento de prisões está ligado à estruturação do combate ao desvio de verbas públicas. O fenômeno começou em janeiro de 2002, quando a PF passou a usar interceptações telefônicas para investigar desvios de recursos - antes o método era reservado às investigações sobre tráfico de drogas.

Depois, em 2012, a PF criou o Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos (SRDP). Até então cada setor investigava casos de corrupção em sua área. O desvio de verbas passou a concentrar os inquéritos e a contar com banco de dados próprio. "Geralmente esses casos estão ligados a licitações, como editais dirigidos", afirmou Tânia Prado. De acordo com ela, o combate à corrupção virou a prioridade da instituição. Em 2015, o SRDP se tornou uma delegacia e, neste ano, a direção da PF criou a Coordenação Geral de Combate à Corrupção, chefiada pelo delegado Josélio Azevedo, estruturando de vez essa atividade no órgão.

Além das chamadas organizações parasitárias, os números da Dicor envolvem grupos criminosas de tipo violento, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuam no tráfico de drogas e em crimes patrimoniais, como roubos e sequestros. Os funcionários públicos envolvidos com esse tipo de organização representam apenas 4,5% do total. "Quem (o funcionário público) se envolve com essas organizações violentas não é participante, integrante da organização", disse Christino. "Normalmente ele é corrompido e se torna conivente com tráfico de drogas ou crimes violentos, como o roubo de cargas."

Diferenças

Os Estados de Santa Catarina, Amazonas e Alagoas foram os que registraram a maior quantidade de servidores apanhados em organizações violentas. Para Maierovitch, ainda não há no Brasil um elo entre as organizações violentas e o desvio de verbas públicas, como acontece na Itália, por exemplo, nem há um relacionamento claro entre criminosos e poder público, como no México. "As organizações criminosas violentas parasitárias atuam, principalmente, no nível municipal", disse. Esse tipo de situação exigiria uma extensa contaminação do aparelho policial.

Para o coronel Nivaldo Restivo, comandante-geral da maior Polícia Militar do Brasil - a de São Paulo, com seus 87 mil homens -, isso está longe de acontecer. "Temos problemas muito pequenos no Estado, alguns policiais envolvidos com quadrilhas especializadas no roubo de caixas eletrônicos." A maioria das denúncias investigadas pela Corregedoria da PM, segundo ele, ainda envolvem casos de uso excessivo da força. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP-Prevcom), instituto gestor dos benefícios previdenciários dos servidores públicos, pagou R$ 3,58 milhões em aposentadorias para 259 participantes, de acordo com a folha fechada em outubro.

A verba administrada pela entidade rendeu 7,35% no período de dez meses, resultado que ultrapassou a meta estabelecida de 6,43%. O desempenho da instituição corresponde a 84,29% dos 8,72% da modalidade de investimento CDI (Certificado de Depósito Interbancário). 

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A rentabilidade desde o início do plano, em fevereiro de 2013, alcançou 72,01% até outubro de 2017, retorno superior aos 67,19% fixados como alvo pela entidade. No comparativo com outros investimentos, o resultado acumulado permanece acima dos 65,98% do CDI, dos 39,33% da poupança e também da inflação, que somou 33,32%.

O Governo de Pernambuco está convocando 461 profissionais aprovados em concurso público para atender 16 hospitais espalhados por todo o Estado. A medida foi anunciada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União. De 2015 para cá, a área da saúde já foi reforçada com mais de 3,8 mil profissionais.

De todos os convocados, 140 são médicos, das especialidades de cardiologia, cirurgia vascular, cirurgia geral, UTI adulto, traumatologia, pediatria, psiquiatria, clínica médica e otorrinolaringologia. E os outros 321 vão ocupar as funções de enfermeiro (obstetra, assistencial, intensivista), assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta (motor e respiratório), fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, biomédico, cirurgião dentista, técnico de enfermagem, técnico de radiologia e técnico de imobilização.

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Segundo o secretário estadual de Saúde, Iran Costa, o objetivo da convocação é fortalecer as escalas de plantões das unidades de saúde e garantir o atendimento aos pernambucanos. A partir dos próximos dias, esses profissionais aprovados serão convocados, por meio de telegrama, para perícia, posse e posteriormente lotação. Após a posse, terão até 30 dias para iniciar as atividades na unidade em que for lotado.

Os 16 hospitais contemplados foram Otávio de Freitas, Barão de Lucena, Getúlio Vargas, da Restauração, Agamenon Magalhães, Geral de Areias, Psiquiátrico Ulysses Pernambucano, Correia Picanço, todos no Recife;  Jaboatão Prazeres, (Jaboatão dos Guararapes), Fernandes Salsa (Limoeiro), Regional do Agreste (Caruaru), Dom Moura (Garanhuns), Inácio de Sá (Salgueiro), Prof. Agamenon Magalhães (Serra Talhada), Belarmino Correia (Goiana) e Emília Câmara (Afogados da Ingazeira).

Nesta quinta-feira (27), o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmou a implantação de um modelo de transportes semelhante ao Uber por parte do governo federal a ser utilizado pelos servidores. Esse serviço será utilizado para a realização do transporte entre prédios públicos de Brasília. 

O sistema se trata de uma frota contratada e não do governo. Essa equipe terá que funcionar através de um aplicativo próprio - semelhante ao Uber e demais aplicativos de transporte - para que os usuários possam realizar os chamados. O ministro explica que ao usar será necessário o nome e matrícula do servidor e através do aplicativo, será possível gerar estatística com os dados dos trajetos.

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Diante de uma realidade em que o governo não tem conhecimento de como seus funcionários se locomovem, esse aplicativo deve ser implantado e a expectativa é que haja redução nos custos de transporte com esses servidores e despesas como combustível e salário de motoristas da frota pública. 

A Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco faz um alerta: os servidores públicos que se candidatam com a finalidade de desfrutar licença remunerada poderão ser responsabilizados por infração administrativa, no âmbito do órgão a que o servidor público estiver vinculado, bem como por ato de improbidade administrativa.

Como forma de prevenção, os promotores eleitorais irão enviar recomendação a prefeitos, presidentes das Câmaras de Vereadores e dirigentes de empresas públicas, para coibir candidaturas irregulares de servidores públicos na eleição deste ano. Os candidatos fraudulentos caracterizam-se pela falta de engajamento na disputa eleitoral, com gastos de campanha inexistentes ou irrisórios e votação ínfima.

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Em nota, a PRE-PE ressalta que “a candidatura deve ser encarada com seriedade, com o verdadeiro objetivo de conquistar um mandato, e não como um pretexto para que o servidor receba salário sem o cumprimento de sua jornada de trabalho”.

Legislação

Os servidores públicos que desejam concorrer a qualquer cargo eletivo precisam se desincompatibilizar três meses antes das eleições, com direito a licença remunerada nesse período. A recomendação ainda informa os gestores que a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece ser desnecessária a desincompatibilização se o servidor público exercer suas atividades em local diferente daquele em que pretende se candidatar.

 

 

Servidores públicos do Poder Executivo Federal em todo o país poderão trabalhar no controle e monitoramento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições estarão abertas no período de 4 a 31 de julho e as provas serão aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro. As informações estão em edital publicado hoje (27), no Diário Oficial da União.

Com remuneração de R$ 39,15 por hora trabalhada, os servidores atuarão na chamada Rede Nacional de Certificadores (RNC). A principal função será garantir a integridade dos malotes que contêm as provas, nos locais de aplicação. Eles terão de acompanhar o exame e comunicar ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de imediato, quaisquer situações que estejam em desacordo com as normas de segurança.

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A seleção é aberta exclusivamente aos servidores do Executivo Federal ativos, regidos pela Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Para participar, o servidor deverá ter formação mínima em nível médio; não poderá estar de licença ou afastado nos dias de aplicação do Enem, nem ter parentes, cônjuges ou companheiros de até terceiro grau inscritos no exame. Também não pode ter vínculo com atividades do processo de elaboração, impressão, distribuição e aplicação dessas provas.

Os interessados que tiverem a inscrição homologada devem participar da capacitação a distância, obrigatória para a habilitação. O objetivo é apresentar aos selecionados os pressupostos legais, teóricos e metodológicos do Enem, principalmente os procedimentos de aplicação, sigilo e segurança pertinentes à atuação do certificador.

Enem

Pelo menos 8,6 milhões confirmaram a inscrição no Enem deste ano. A nota do exame é usada na seleção para vagas em instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bolsas na educação superior privada por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e vagas gratuitas nos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).

O resultado do exame também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado como certificação do ensino médio.

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Parte do pacote de ajuste fiscal lançado no ano passado pelo governo, o Projeto de Lei (PL) 3.123/15 pode ser votado esta semana na Câmara. O texto cria regras para o cálculo do teto salarial de servidores públicos, reduzindo gastos com supersalários, e é um dos que trancam a pauta da Casa, impedindo que novas votações ocorram em plenário.

A proposta, enviada pelo Executivo em setembro, definia quais verbas indenizatórias seriam incluídas no cálculo do limite remuneratório, ou excluídas da conta, e obrigava todos os entes federados a instituir um sistema integrado de informações sobre valor de remunerações, proventos e pensões.

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Para o governo, teriam que entrar na conta, por exemplo, abono, prêmios e adicional por tempo de trabalho e, sairiam desse cálculo ganhos como o de valores recebidos de entidade de previdência complementar e licença-prêmio convertida em pecúnia. Na Constituição Federal está estabelecido como teto para servidores da União o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (R$ 33,7 mil). Para o Executivo municipal e estadual, o limite é baseado na remuneração de prefeitos e governadores, respectivamente. Mas esse teto é extrapolado em muitos casos.

Quando enviou o texto para o Congresso, a equipe econômica do governo estimou que as regras provocariam redução em 10% dos subsídios dos ministros de Estado, do vice-presidente e presidente da República. A economia, segundo essas contas, seria de R$ 800 milhões por ano.

Substitutivo - A proposta passou por três comissões – Constituição e Justiça (CCJ), de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e de Finanças e Tributação (CFT) – e acabou sendo alterada por um substitutivo construído na Comissão de Trabalho a partir de 17 emendas que foram apresentadas pelos parlamentares. O texto seguiu para a de Finanças que acabou não concluindo a votação do parecer apresentado pelo deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) e esse texto pode voltar a ser apreciado no plenário.

No relatório, Marchezan Junior alerta que o substitutivo “subverte completamente” o sentido original do projeto enviado pelo Executivo e cita, como exemplos, mudanças que separaram da remuneração mensal, parcelas como retribuição pelo exercício de cargo ou função de confiança, retribuição decorrente da participação em órgãos colegiados sem vínculo, gratificação pelo exercício de função eleitoral. “A adoção do substitutivo da CTASP acarretaria aumento de despesa para a União e para os entes federados e não economia de R$ 800 milhões no âmbito federal, como pretendido pelo Poder Executivo.”

Além dessa matéria, os deputados podem começar a analisar o Projeto de Lei (PL) 2016/15, que tipifica o crime de terrorismo e também tranca a pauta de votações. Assim como a proposta dos supersalários, o texto sobre terrorismo foi apresentado pelo Executivo e tramita com urgência constitucional.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (18) que vantagens pessoais recebidas por servidores públicos não podem ultrapassar o teto remuneratório estabelecido para o funcionalismo, que é o correspondente ao salário de um ministro da Corte. Atualmente, o valor é de R$ 33,7 mil.

A decisão, por nove votos a um, chegou ao STF por causa da discussão de uma servidora que alegou ter incorporado os benefícios em seu salário antes de 2003, quando uma Emenda Constitucional instituiu o salário máximo entre servidores públicos. Não podem extrapolar o limite, portanto, vantagens pessoais - como o adicional por tempo de serviço. Os valores que ultrapassaram o teto e já foram pagos não precisarão ser restituídos, se tiverem sido recebidos de boa-fé. O teto, no entanto, não inclui as chamadas verbas indenizatórias, caso do auxílio-moradia, por exemplo.

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Os ministros criticaram, durante o julgamento, os chamados "penduricalhos" que levam vencimentos dos servidores a estourarem o teto. "Os únicos que observam o teto são aqueles que estão no teto, que são os ministros do STF", disse o ministro Gilmar Mendes.

"Eu penso que está na hora de colocar um ponto final no Brasil na questão do teto", disse o ministro Teori Zavascki, que afirmou que são usados "subterfúgios" para que os vencimentos fiquem acima da regra do teto constitucional. "Está na hora de a sociedade brasileira respeitar a Constituição", afirmou o ministro.

Mais de 2,6 mil processos estavam sobrestados, aguardando a decisão da Corte, e agora devem seguir a determinação dos ministros. A maioria do plenário seguiu o entendimento da relatora, ministra Rosa Weber, que considerou que a emenda de 2003 buscou afastar distorções entre os pagamentos e promover o "equilíbrio" das contas públicas.

O presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, disse que é preciso atentar para o interesse público, principalmente no "momento de dificuldades econômicas que vive o País, de ajuste fiscal".

O único a divergir foi o ministro Marco Aurélio Mello, sob argumento de garantir "segurança jurídica". Ele apontou que no teto, segundo entendimento anterior, não estão incluídas as vantagens pessoais recebidas antes de 2003 e já incorporadas no salário.

Provocações

O ministro Gilmar Mendes fez críticas ao que considerou excessos aprovados para integrantes do Ministério Público. "O País discutindo se paga ou não o Bolsa Família e a gente discute se procurador pode ou não andar de primeira classe", criticou.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, presente à sessão, pediu a palavra ao fim do julgamento e disse nunca ter viajado em primeira classe ou autorizado um colega a viajar. "Minha remuneração está estritamente dentro do conceito de teto remuneratório", disse Janot, que afirmou não ter nenhuma outra fonte de remuneração além do MP, nem de natureza empresarial.

A queda na arrecadação de impostos leva prefeituras a reduzir o atendimento público. Em pelo menos 17 cidades de São Paulo, o expediente nas repartições municipais foi reduzido de oito para seis horas. Os funcionários ganham pelas horas não trabalhadas ficando em casa. Os prefeitos reclamam principalmente da queda nos repasses da União.

Em Nova Odessa, os setores da administração passaram a funcionar durante cinco horas diárias, três a menos que antes. O prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB) espera economizar R$ 1,8 milhão até dezembro. De acordo com o prefeito, a crise econômica derrubou os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 28% e a arrecadação municipal de impostos caiu quase 30%. O corte é necessário para fazer frente a um gasto de R$ 15 milhões com a folha de pagamento de novembro e dezembro, mais o 13º salário.

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Em São Carlos, o expediente foi reduzido em agosto e vai até 29 de fevereiro de 2016. Em Ubatuba, no litoral paulista, a medida entrou em vigor em 15 de setembro por um período inicial de 90 dias. A redução atinge a alta temporada nas praias da cidade, mas a prefeitura diz que o atendimento ao turista não será afetado.

Em Arealva, as repartições abrem uma hora mais tarde e fecham uma hora antes. A prefeitura de Piratininga quer economizar R$ 150 mil por mês para garantir o pagamento dos servidores. "Cortamos também horas extras, nomeações e gratificações", disse o prefeito Sandro Bola (PSDB).

Expediente

No Estado da Paraíba, a redução de jornada de oito para seis horas já vale para todas as repartições estaduais, à exceção dos serviços essenciais.

Em Palmas, sete secretarias municipais estão com jornada reduzida para seis horas desde quinta. "Sabemos que os serviços serão prestados com a mesma qualidade, pois isso foi avaliado com muito cuidado", disse o prefeito Carlos Amastha. A economia prevista é de R$ 250 mil por mês.

Prefeituras de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo também cortaram horas. Em Resende (RJ), as áreas administrativas funcionam em turno único, a partir das 12 horas, desde o início de maio.

No Paraná, 24 prefeitos ligados à Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) decidiram adotar meio expediente para atendimento público em abril.

De acordo com o presidente Antonio Carlos Zampar (PT), prefeito de Itambé, os municípios buscam se adequar à queda de receita. "A mobilização é para o povo saber da dificuldade que a gente está passando", diz

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de Minas Gerais aumentou de R$ 3,7 bilhões para R$ 8,9 bilhões, em relação ao previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o déficit do orçamento do Estado em 2016 enviado em 30 de setembro à Assembleia Legislativa. A principal razão foi o crescimento da despesa com folha de pagamento, devido a aumentos salariais, e à arrecadação de impostos menor do que o esperado.

Com a deterioração nas contas, o Estado atingiu no segundo quadrimestre do ano o chamado limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 46,55% - a despesa com pessoal chegou a 48,71% da receita corrente líquida. Diante disso, o Executivo está proibido de aumentar salários, fazer contratações, com exceção de servidores em áreas como saúde e educação, e de enviar projetos de lei ao Legislativo com aumento de despesas.

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Os gastos com pessoal no Estado passaram de R$ 39,8 bilhões no primeiro quadrimestre de 2014 para R$ 47,3 bilhões no mesmo período deste ano, alta de 18,8%. Já arrecadação de ICMS, a maior fonte de receita dos Estados, ficou praticamente estagnada.

Para tentar aliviar o caixa, o governo enviou à Assembleia proposta de aumento na alíquota do ICMS para produtos como cerveja e serviços como internet e TV por assinatura. O orçamento enviado à Assembleia Legislativa pelo governador Fernando Pimentel (PT) prevê receita de R$ 83,099 bilhões e gastos de R$ 92,020 bilhões para o período.

O secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho, atribui parte dos problemas às administrações anteriores, de PSDB e PP. "As receitas estavam superestimadas, principalmente a receita patrimonial, e as despesas estavam subestimadas. De forma que o orçamento foi apresentado como equilibrado e, no fundo, era desequilibrado", afirma. Para a oposição, em nota, afirmou que o déficit "só pode ser atribuído à má gestão da administração petista".

Extras

No Rio, depois de cogitar e descartar enviar à Assembleia Legislativa o Orçamento 2016 com previsão de déficit, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), fechou a previsão de receita e despesa do Estado para o ano que vem em R$ 79 bilhões.

Para não ficar no vermelho, o Orçamento prevê R$ 14,1 bilhões em receitas extras, ainda incertas, que dependerão da venda de terminais rodoviários, imóveis e royalties futuros, concessão de linhas rodoviárias intermunicipais e securitização da dívida ativa, entre outras medidas. Também conta com novos empréstimos, que dependem de autorização da União. "Qual a chance de dar certo? Não sei, mas é uma tentativa", disse o secretário de Fazenda, Júlio Bueno.

A maior aposta do governo é a securitização da dívida, em que uma instituição financeira vende os papéis e atua com a Procuradoria Geral do Estado na cobrança dos débitos. A previsão é de que a operação renda R$ 4 bilhões aos cofres estaduais em 2016.

O governo enviou ao Legislativo projeto que aumenta alíquotas do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de motocicletas, veículos movidos a gás, caminhões tratores e carros flex. O Executivo também tenta mudar regras para pagamentos de pensão por morte.

O Rio vive grave crise, decorrente da retração da economia, que diminuiu a arrecadação de ICMS, e da queda brusca na receita dos royalties do petróleo.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A parcela da receita que os governos estaduais gastam com o pagamento de servidores públicos está no nível mais alto nos 15 anos de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O recorde se deve, principalmente, à queda de arrecadação provocada pela retração da economia.

Nos 12 meses encerrados em agosto deste ano, os governos de 26 Estados e o Distrito Federal gastaram, em média, 46,75% de sua receita corrente líquida com a folha de pessoal. Em agosto do ano passado, quando a crise ainda não havia se manifestado em toda sua gravidade, esse indicador estava em 44,75%. O patamar de 45% não era superado desde 2000, ano em que a LRF entrou em vigor.

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O impacto da retração da economia nas contas estaduais é generalizado: segundo levantamento do Estadão Dados, todos os Estados, sem exceção, tiveram queda de receita, em termos reais, quando se comparam os Relatórios de Gestão Fiscal do segundo quadrimestre deste ano com os do mesmo período do ano passado.

Mesmo com a crise, porém, nem todos os governadores reduziram suas despesas de pessoal: em 12 Estados houve aumentos reais (acima da inflação) de gastos com esse item.

Em vez de cortar gastos, gestores têm buscado o reequilíbrio das contas com a elevação de impostos. Nos últimos meses, pelo menos sete assembleias legislativas aprovaram aumentos de alíquotas do ICMS, fim de isenções ou criação de novas taxas.

Fiscal

Com exceção do Paraná, todos os Estados pioraram sua situação fiscal em relação ao ano passado, quando se leva em conta o indicador da relação despesas com pessoal e receita corrente líquida (o total de recursos arrecadados pelo Estado menos as transferências obrigatórias para os municípios).

A crise acelerou uma tendência que já se mostrava há anos: na média do conjunto dos Estados, a parcela da receita corrente líquida comprometida com o pagamento de servidores vem crescendo desde 2008 - houve uma exceção em 2011, quando ocorreu um leve recuo.

Em agosto, 21 das 27 unidades da Federação estavam acima de algum dos limites de gastos do Poder Executivo estabelecidos pela LRF - de alerta (44,1%), prudencial (46,55%) e máximo (49%). No mesmo mês do ano passado, havia 16 Estados nessa situação.

Ajuste

Seis governos ultrapassaram o limite máximo e precisarão se ajustar nos próximos meses para evitar as punições previstas na lei: Rio Grande do Norte (54,17%), Tocantins (51,47%), Mato Grosso (51,2%), Paraíba (51,15%), Distrito Federal (50,8%) e Pernambuco (50,33%). Desde a aprovação da LRF, é a primeira vez que seis governadores gastam com pessoal mais da metade de sua receita líquida.

Santa Catarina só não chegou ao limite máximo de 49% por 0,07 ponto porcentual: está comprometendo 48,93% de sua receita com a folha dos servidores. Outros quatro governos estão gastando mais de 48% da receita: Alagoas, Minas Gerais, Pará e Amazonas.

Punições

Quando um governo ultrapassa o teto de gastos com pessoal, a LRF dá prazo de dois quadrimestres para que sejam tomadas medidas que reequilibrem as contas. Se elas não derem resultado, começam as punições automáticas: são suspensas as transferências voluntárias de recursos e ficam proibidas as operações de crédito. Na gestão de pessoal, são vetadas concessões de reajustes, criação de cargos e qualquer outra alteração de estrutura que provoque aumento de despesas.

Governadores que ultrapassam o teto e não conseguem reequilibrar as contas estão sujeitos até a penas de reclusão, em caso de condenação judicial.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 17, uma proposta que estende de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória para os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. A iniciativa poderá ser votada no plenário da Casa a qualquer momento, uma vez que também foi aprovado um requerimento para que a matéria tramite em regime de urgência.

No início de maio, o Congresso promulgou uma emenda constitucional que eleva para os 75 anos a aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), das demais Cortes superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU). Antes da promulgação da lei, a aposentadoria era obrigatória aos 70 anos.

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Nesta quarta-feira, na CCJ, os senadores aprovaram um parecer do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a um projeto apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP). O texto prevê que a elevação da idade da aposentadoria compulsória abrangerá, além de todo o funcionalismo público, os demais membros do Poder Judiciário e os integrantes do Ministério Público (MP), das Defensorias Públicas e dos Tribunais e Conselhos de Contas.

No relatório, Lindbergh Farias argumenta que tem havido nos últimos anos uma ascensão da expectativa de vida dos brasileiros. Ele citou o fato de que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa alcançou o patamar de 74,9 anos em 2013 e deve aumentar nos próximos anos por causa da ampliação do acesso a melhores condições de saneamento básico, alimentação e tratamentos de saúde.

"Além disso, as despesas com pessoal inativo e pensionistas vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) vêm aumentado a cada ano. De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), no ano de 2014, foram gastos mais de R$ 100 bilhões com o pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores públicos da União", afirmou o Lindbergh Farias, no texto.

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