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Com a vantagem conquistada para o segundo turno, Lula (PT) passou a ser relacionado com o satanismo por grupos bolsonaristas nas redes sociais e em aplicativos de mensagem. O vídeo foi compartilhado com mais frequência após o resultado desse domingo (2) e obrigou a campanha do ex-presidente a emitir um comunicado desmentindo a informação. 

Como já defendido pelo próprio ex-presidente, seu governo é responsável pela lei que criou o Dia da Marcha para Jesus. O comunicado "A verdade sobre Lula e o satanismo" ressalta que o petista é católico praticante e que "a máquina de fake news do bolsonarismo é desonesta e cruel".  

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"Quem espalha isso é desonesto e abusa da boa-fé das pessoas. O vídeo circulou em muitos canais do Telegram e grupos de WhatsApp e comprova como os apoiadores de Bolsonaro abusam da boa-fé de das pessoas", rebate em parte do texto. 

No vídeo polêmico publicado no TikTok, o influencer Vicky Vanilla diz ser "sacerdote da igreja luciferiana". Ele aparece vestido com uma camisa com a estrela do PT e a imagem de Lula no fundo do cenário, ao lado de símbolos ocultistas. 

Em sua fala, o rapaz chama Jair Bolsonaro (PL) de vagabundo e diz que a vitória do petista estaria "decretada" no primeiro turno através da união de vertentes ligadas ao satanismo e à bruxaria.  

Após a repercussão, ele fez outro vídeo para explicar que não possui relação alguma com Lula e, inclusive nem vota no candidato. “Aposto que vão me chamar de petista, lulista, sendo que nem no Lula eu voto! Fui!”.  

O próprio Vanilla já havia feito duras críticas ao ex-presidente no podcast ‘A Hora do Inferno” e acusa militantes bolsonaristas de terem tirado o conteúdo de contexto. “O vídeo está sendo espalhado como uma fake news tanto a meu respeito quanto a respeito do candidato Lula, que não tem qualquer ligação com a nossa casa espiritual”, complementou. 

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Admirador do presidente há tempos, Neymar finalmente resolveu declarar voto em Jair Bolsonaro (PL). Nesta terça-feira, usando a rede social TikTok, o astro do PSG e da seleção brasileira postou um vídeo em que pede votos para o candidato à reeleição. O craque aparece dançando um jingle cuja letra diz “vota, vota e confirma: 22 é Bolsonaro”.

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Na última quarta-feira, o jogador já tinha enviado um vídeo para o presidente, agradecendo a visita dele ao seu instituto, que fica em Praia Grande, litoral de São Paulo, Mas na mensagem não havia nenhum teor eleitoral.

Com o avanço das redes sociais e da tecnologia, ficou mais fácil o aprendizado, sendo possível realizar cursos, se especializar e até mesmo se graduar em diversos segmentos sem sair de casa. Atualmente, a internet e suas plataformas, como TikTok, Instagram e YouTube, por exemplo, se tornaram grandes aliados para a educação, adicionando novos significados para aprender e ensinar.

Morador de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, o professor de matemática e policial aposentado Erinaldo Oliveira tem sido um exemplo de uso das redes sociais como novas formas de aprendizagem. Aos 70 anos e autodidata, o senhor é destaque na plataforma de vídeos TikTok, onde ensina sobre variados temas, como matemática, neuroanatomia, hebraico e química básica.

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Erinaldo afirma que a educação faz parte da sua vida e pretende repassar para todos que desejam buscá-la. Para o professor, nada é difícil, mas com perseverança e treinamento todos conseguem alcançar seus objetivos. “Desde que a gente tenha um pouco de conhecimento e passe para alguém, não estamos somente ajudando, mas também fazendo uma coisa que gostamos. Eu incentivo muito, mesmo nessa idade ainda continuo estudando. Se eu fosse mais novo seria mais vantajoso, mas o meu objetivo é aprender e repassar conhecimento para alguém que esteja desestimulado no estudo”, conta, em entrevista ao LeiaJá.

Dentre os assuntos que ensina, o professor relata que há menos de seis meses vem estudando constantemente sobre neuroanatomia e, desde então, tem focado nesse assunto em suas lives, além dos idiomas russo e hebraico.

Erinaldo usa o Tiktok para ensinar sobre matemática, química, anatomia e idiomas (Arquivo pessoal)

Tudo começou há cerca de dois anos quando o seu genro, apresentou a Erinaldo o TikTok e o incentivou a passar seus conhecimentos para outras pessoas. As lives acontecem de segunda a sexta-feira, a partir das 21h30, e contam com a presença de centenas de estudantes. Mesmo sendo muito dedicado e cuidadoso em suas aulas, Erinaldo conta que foi ridicularizado por um internauta, situação essa que o fez desistir temporariamente de ensinar na plataforma.

“Entrou um rapaz em uma live minha e começou a perturbar, me chamando de velho e que era pra eu 'tá' dormindo. Eu fiquei chateado e passei de oito meses há um ano sem fazer live nenhuma, mas como eu não posso ficar sem ensinar, porque eu amo o ensino, tive que voltar. Fiz um vídeo falando sobre isso e mil e poucas pessoas comentaram e me incentivaram a voltar”, relata o professor.

Além das lives e publicação de vídeos na plataforma, o professor também conta co turmas de árabe, hebraico e coreano no WhatsApp, onde ensina o básico da conversação e gramática de forma totalmente gratuita. “Toda aula eu digo: ‘olhe, quem quiser aulas de idiomas vá no meu privado e mande o zap’, aí eu mando fotos, vídeos, áudios, tiro dúvidas e tudo de graça”, finaliza.

Uma bebê brasileira que nasceu com dois dentes viralizou nas redes sociais. A criança nasceu de 37 semanas e a mãe, Ádria Paes, compartilhou a situação inusitada da filha no TikTok. Até a publicação desta matéria, o vídeo tinha mais de sete milhões de visualizações. 

De acordo com o Metrópoles, que conversou com a odontopediatra Ilana Marques, a condição pode acontecer de duas formas: a primeira é batizada de dente natal, que é quando a estrutura cálcica aparece no momento do nascimento do bebê. A segunda é chamada de dente neonatal, e surge quando os pontinhos brancos aparecem na cavidade bucal após as primeiras semanas de vida.  

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No entanto, o caso pode atrapalhar no desenvolvimento do bebê, por ser incomum. É necessário fazer uma radiografia para saber a origem do dente. “O diagnóstico diferencial deve ser feito pelo odontopediatra para decidir pela remoção ou manutenção do dente”, explicou a médica. 

A bebê que viralizou nasceu com os dois dentes supranumerários e foi preciso fazer a extração. “Ela é indicada quando existir risco de aspiração ou deglutição e quando o dente apresenta borda cortante, podendo provocar ferimentos na base da língua do bebê ou nos mamilos da mãe durante o aleitamento materno”, explicou. O primeiro dente de um bebê pode nascer a qualquer momento entre os oito meses e 1 ano de vida. 

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A traição e desconfiança com o parceiro acabaram se tornando comuns para grande parte dos relacionamentos brasileiros. Segundo dados da pesquisa “Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil 2022”, cerca de 80% dos brasileiros traíram o (a) companheiro (a) em 2022. Com o aumento do uso de internet, plataformas digitais e diversos aplicativos de namoro, a infidelidade passou a ser mais fácil de ser realizada e acobertada.

Febre nas redes sociais, os famosos “testes de fidelidade” são formas de descobrir traições e também gerar renda. O serviço está presentes em diversas plataformas, grande parte no Instagram e TikTok, mas sempre com o mesmo objetivo descobrir infidelidades de homens e também mulheres. Dentre os milhares de profissionais na área está a paraense Thaís Cristinny, de 20 anos, que encontrou nesse novo mercado uma oportunidade para ganhar dinheiro. 

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Thaís conta que o trabalho surgiu de forma repentina, após ver uma publicação no TikTok e comentar na postagem que poderia fazer de graça para quem estivesse interessada. “Uma moça me chamou no Instagram, perguntando se eu fazia, mas eu fiz pra ela sem cobrar porque foi o primeiro teste. Quando eu fiz o teste acabei fazendo um vídeo e postei na conta do TikTok, aí foi que viralizou e eu comecei a cobrar”, explica Thaís.

Com a quantidade pessoas que começaram a procurá-la, Thaís percebeu um grande potencial nesse novo mercado, um tanto controverso. Atualmente, a jovem realiza uma média de sete testes por dia e cobra o valor fixo de R$ 35 por cada. Após o pagamento, ela começa o trabalho, tento todos os passos observados pela cliente. “Eu pergunto a elas qual a forma de abordagem, se é por engano, que é o que geralmente sempre funciona. Nessa abordagem eu mando mensagem como se tivesse enganado e começo a puxar assunto, falo que tô passando na cidade de férias tenho parentes ou então digo que vi em tal lugar e consegui o número com outra pessoa, como a pessoa me pede eu faço”, explica Thaís.

As conversas não ficam apenas nas palavras, para que o teste seja bem executado e tenha uma boa estratégia, é necessário o uso de outras ferramentas, como troca de fotos, chamada de vídeo, áudio e até mesmo o próprio Instagram, para que seja o mais real possível. Segundo Thaís, a maiorias dos homens caem nos testes, mesmo aqueles que no início podem parecer mais sérios e leais às suas parceiras.

Nem tudo são flores 

Sabe aquele ditado de “em briga de marido em mulher não se mete a colher”? Com os testes isso não tem vez, mas as consequências podem vir. As ameaças são rotineiras para Thaís, afinal, se “intrometer” nos relacionamentos de casais pode ser um grande problema.

“Eu recebo muita ameaça, ligação, mandam mensagens por outro número, fazem conta fake no Instagram para me xingar, recebo SMS. Hoje eu não atendo ligação normal, nem coloco chip no celular porque eu sei que vão me ligar, mas é bem ruim. Eu fico com muito medo, porém estamos acostumados”, conta.

“No começo, o dinheiro é fundamental” 

Desde o início, Thaís percebeu esse potencial em gerar renda com os testes de fidelidade, podendo tirar seus sonhos do papel e conseguir um meio mais fácil de alcançar os seus objetivos. “Para uma pessoa que não tem condições, começar a ganhar muito dinheiro com uma coisa fácil é incrível. O meu ponto é trabalhar com isso até certo tempo para poder abrir um negócio”, disse Thaís.

Mas além de ter como objetivo principal o dinheiro, ela conta que já realizou teste de forma gratuita para mulheres que não tinham como pagar seus serviços, mas estavam desesperadas para descobrir sobre a infidelidade do parceiro.  

Conteúdo nas redes sociais 

As redes sociais são as aliadas de Thaís no momento de conseguir mais clientes. A profissional conta que um dos seus focos é a criação de conteúdo, sempre buscando criar bons vídeos, edições e estar presente nas plataformas diariamente. “Quando dá, eu pego e posto no TikTok, porque eu quero ser reconhecida e nem é tanto pela questão de continuar nesse trabalho. Muitas meninas dizem que fazem (testes de fidelidade) e aplicam golpe, muitas clientes dizem 'eu paguei a essa pessoa e ela não respondeu mais’, então tem que ter muito cuidado”, explica Thaís.

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Depois dos testes 

O que será que acontece após a finalização do serviço? Bom, o futuro do casal muitas vezes é incerto, porque mesmo depois da comprovação de traição sabemos que muitas vezes acontece o perdão. Para Thaís, a história se encerra ali e o número é bloqueado, mas para a cliente muitos sentimentos podem vir à tona. 

Para uma de suas clientes, que não será identificada, o teste foi o ponto final da relação. “Depois de um ano juntos e momentos muito bons, ele [namorado] fez isso comigo. Nunca esperaria uma atitude dele assim, estando comigo”, afirma a jovem.

Homens realizam os testes de fidelidade

Em sua grande maioria, podemos ver mulheres realizando os testes de fidelidade, mas Júnior Araújo, de 25 anos, nada contra o fluxo. Pai e casado com a digital influencer Nicolly Souza, o rapaz entrou no mercado há cerca de cinco meses após pedir demissão e começar a trabalhar com sua esposa, que também realiza os serviços.

“Ela me chamou e me disse ‘por que você não deixa o seu trabalho e vamos trabalhar comigo?’, a gente viu que estava dando uma graninha, então eu decidi sair do emprego e começar a trabalhar com isso”, explica. Atualmente, Júnior trabalha com diária e combos, cobrando a partir de R$ 40,00 que podem ser pagos por Pix e até mesmo cartão de crédito. Ele e sua esposa conseguiram garantir a renda totalmente pela internet, através dos testes de fidelidade.

Mesmo que seus clientes sejam, em grande maioria, homens em relacionamentos heterossexuais, ele afirma que já prestou serviços para casais homossexuais. “O público que me procura são homens, para testar suas esposas e namoradas, mas já tive casos de o cara querer testar o namorado dele e a menina testar a namorada dela”, conta.

As mulheres também caem no teste 

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A dúvida de muitas pessoas é se as mulheres também têm facilidade de cair nos famosos testes, afinal, é comum ver homens caindo nesse tipo de serviço, mas Júnior garante que mesmo sendo um trabalho um pouco mais complicado é mais rotineiro do que imagina.  

“Eu falo para os caras que mulher é muito desconfiada, mas elas acabam caindo bastante. Como a minha esposa também faz testes, eu percebo que os caras caem muito mais que as mulheres, tipo se ela faz dez testes, oito deles caem”, finaliza.

O TikTok poderia pagar uma multa de 29 milhões de dólares por infringir uma lei vigente no Reino Unido, que sanciona as redes que não protegem os dados de seus usuários menores de idade, disse nesta segunda-feira (26) o Information Commissioner's Office (ICO) em nota.

O ICO afirmou que a rede social chinesa "poderia ter processado os dados de crianças menores de 13 anos sem o consentimento adequado dos pais".

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Observou também que a plataforma, muito popular entre os jovens, "não forneceu a informação adequada aos seus usuários de forma concisa, transparente e facilmente compreensível".

O órgão de controle enviou ao grupo um aviso de intenção, que é um documento legal que antecede uma possível multa.

"Todos queremos que os crianças possam aprender e experimentar o mundo digital, mas com a devida proteção da privacidade de dados", disse o comissário de informação John Edwards.

"As empresas que prestam serviços digitais têm a obrigação legal de estabelecer essa proteção, mas nossa opinião provisória é que o TikTok não cumpriu com esse requisito".

O TikTok disse que discordava da ICO.

"Embora respeitemos o papel da ICO na proteção da privacidade no Reino Unido, discordamos das opiniões preliminares expressas e pretendemos responder formalmente à ICO no devido tempo", disse a plataforma de vídeos curtos.

Antes de virar rei nos celulares de adolescentes de todo o mundo, o TikTok passou por um longo desenvolvimento de erros e acertos dentro e fora da ByteDance, gigante chinesa dona da plataforma. O caminho envolveu testes com música, notícias e memes. Mas foi o formato de vídeo curto que garantiu a popularidade.

No livro TikTok Boom, lançado em abril no Brasil, o jornalista britânico Chris Stokel-Walker conta a trajetória da rede social, dos primeiros dias apenas na China à fusão com o Musical.ly. No livro, também é possível entender como a chegada de um app chinês fez barulho no governo americano, resultando em uma batalha que quase fez o app ser banido no país.

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Em entrevista ao Estadão, Stokel-Walker reconhece que o TikTok tem desafios no futuro. Porém, ele crava que o TikTok permanecerá no topo dos downloads de apps por muito tempo. Além da potência do algoritmo para entender tudo aquilo que os usuários gostam, a ByteDance aprendeu com erros de rivais, como o Facebook.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

O TikTok parece ter seus passos bem divulgados na internet. O que mais surpreendeu sobre a empresa durante o livro?

Uma das coisas que mais me deixaram surpreso é que as pessoas ainda pensam que o sucesso do TikTok aconteceu do dia para a noite. Elas acreditam que não existia a plataforma até o começo de 2020 - e que, de repente, se tornou um aplicativo com mais de 1 bilhão de usuários no mundo. O que as pessoas pensam que foi sorte foi, na verdade, um movimento de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, desenvolvendo o sucesso do aplicativo a partir de seus predecessores.

Desde o ano passado, empresas como o Facebook já falaram abertamente sobre como o TikTok é uma ameaça aos seus negócios. O quanto a ameaça é real?

Passamos os últimos 25 anos online seguindo regras que eram ditadas por poucas empresas do Vale do Silício, nos EUA. Vivemos nossas vidas pelas lentes do Facebook e do Instagram. Consumimos notícia pelo Twitter, com a empresa decidindo o que é importante. O que preocupa algumas pessoas é a ideia de um app de fora dos EUA se tornar popular e a ideia de quem vai ter o controle da internet no futuro.

O TikTok pode vencer a batalha com o Facebook mesmo com as mudanças de ferramentas das plataformas para se tornarem mais semelhantes?

Acho que o que é significativo sobre o TikTok é que ele tem esse elemento intangível por trás. O Facebook já teve um app parecido, o Lasso, uma primeira tentativa de derrubar o TikTok, mas não funcionou. O TikTok tem esse algoritmo que nos conhece melhor que nós mesmos e estamos vendo uma mudança no poder das empresas. O TikTok aprendeu com os erros das outras redes sociais, como o Facebook, e isso faz com que eles evitem ao máximo repeti-los.

Por que o Vale do Silício está tão preocupado com o TikTok?

Talvez o que assuste as outras empresas de tecnologia é que elas passaram anos construindo a posição que elas ocupam na nossa vida. E, de repente, o TikTok conseguiu entrar pela porta dos fundos, com esse formato de vídeo curto, e deixou todo mundo viciado. A ideia de o TikTok virar um superapp no futuro, como o WeChat na China, pode acontecer. A ByteDance nunca planejou ser apenas mais uma empresa chinesa. Eles investem no formato.

Nas últimas semanas o TikTok lançou uma versão do app similar ao BeReal, rede francesa de fotos ‘espontâneas’. Isso pode significar um esforço menos voltado para o foco do usuário e mais para acompanhar o mercado?

É muito interessante ver os paralelos entre os dois apps. O TikTok é muito consciente dos problemas de seus antecessores. Ao copiar o BeReal, e colocar outro recurso no aplicativo, isso prejudicaria a reputação do TikTok entre os usuários? Partindo do princípio de que ele está ciente de como o Facebook colocou vários recursos diferentes em seu aplicativo e acabou assustando todo mundo, talvez haja uma razão por trás disso e pode ser que o TikTok seja bem-sucedido.

No livro, o sr. comenta sobre o TikTok desenvolver formas próprias de atrair usuários. Com a popularidade, existe chance de a empresa ser menos criativa daqui para frente?

Uma das questões-chave ainda desconhecidas é como as pessoas vão continuar olhando para o aplicativo. Análises da empresa de monitoramento SensorTower identificaram, pela primeira vez, que o crescimento do TikTok está ficando mais lento. Isso foi visto como uma grande questão para eles. Como vão resolver esse problema? Esse é um risco constante quando um aplicativo se torna maduro. Esse é o risco que o TikTok corre em cada nova ferramenta que eles adicionam, de diluir o que os tornou populares.

Os EUA lideram a discussão sobre coleta e armazenamento de dados de usuários no TikTok, afirmando uma possível ligação com o governo chinês. Essa preocupação faz sentido?

O TikTok tem consciência sobre os dados que recolhe. Eles precisam ser muito cuidadosos na forma em que lidam com isso. Mesmo que a gente tenha identificado problemas com o TikTok, existe o argumento de que eles são mais observados do que qualquer outra empresa por conta de suas origens. Além disso, vivemos em um mundo pós escândalo da Cambridge Analytica, no qual passamos a ver mais o que empresas de tecnologia fazem com os dados que armazenam.

Então, o TikTok não apresenta evidências de compartilhamento de dados?

Eles não enviam sistematicamente os dados para a China. Mas o TikTok agrega os dados, extraem padrões gerais e enviam esses padrões para o time de engenharia que está baseado na China, porque a maioria dos engenheiros da empresa trabalha lá. A empresa afirma que eles nunca compartilharam dados com o governo chinês e que nunca irão. Eu não sou o melhor jornalista do mundo, mas também não sou o pior. Se eu tivesse evidências de que o governo chinês tem acesso aos dados, eu reportaria. Isso não significa, no entanto, que isso não aconteça. Não posso afirmar com 100% de certeza.

Estamos em ano de eleição aqui no Brasil, e desinformação é um assunto relevante nas plataformas. O TikTok tem interesse em moderar esse conteúdo?

Nenhuma plataforma de tecnologia quer moderar conteúdo político porque, não importa o que façam, vão desagradar à metade dos usuários. Então, historicamente, nós vemos as plataformas fugirem dessas questões sensíveis desesperadamente. O TikTok, e as redes em geral, sempre podem se "livrar" desse questionamento político dizendo "vamos permitir conteúdos em contas pessoais, mas não vamos permitir que exista publicidade paga". Quando há dinheiro envolvido, as coisas começam a se tornar um problema.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A astronauta italiana Samantha Cristoforetti, de 45 anos, apareceu em um vídeo no TikTok comendo um alimento feito com insetos e explicando aos seus seguidores os benefícios do consumo. "Você sabia que mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo comem insetos? Em muitos países, os insetos são consumidos e alimentados com animais de fazenda há séculos. Algumas espécies são até consideradas iguarias", disse ela em um vídeo no TikTok.

A publicação provocou um debate entre seus seguidores, além de diversas críticas. O assunto tornou-se um dos mais comentados no Twitter. "Uma nova fronteira da comida", diz AstroSam, que descarta uma barrinha de grilo e mirtilo.

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Segundo a astronauta da Estação Espacial Internacional (ISS), "se tratados com segurança e com respeito ao seu bem-estar, os insetos podem ser uma fonte alimentar ecologicamente sustentável rica em nutrientes".

"Na Europa, grilos, minhocas e gafanhotos são considerados novos alimentos que podem ser consumidos. Por exemplo, esta barra de mirtilo é feita com farinha de grilo. Por que você às vezes não experimenta insetos também? Eles são bons para você e para o planeta", concluiu. 

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Da Ansa

A desinformação alcançou níveis alarmantes no TikTok, em especial porque o aplicativo é cada vez mais usado por adolescentes como um buscador, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (14) pela NewsGuard.

A organização realizou uma pesquisa no início de setembro sobre uma série de temas da atualidade, desde a invasão russa da Ucrânia até as vacinas contra a Covid-19. Verificou que 20% dos vídeos mostrados nos resultados continham informações falsas ou enganosas.

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Em um vídeo, por exemplo, uma jovem revela sua receita caseira para um "remédio que resolve tudo", a hidroxicloroquina, um controverso tratamento que especialistas já demonstraram ser ineficaz contra a covid.

De acordo com a NewsGuard, a "toxicidade do TikTok é agora uma ameaça significante pois as buscas no Google sugerem que o TikTok é cada vez mais utilizado pelos jovens (...) para encontrar informações".

"Em 2021, o TikTok superou o Google como o site mais popular do mundo, segundo o Cloudflare", acrescentou a empresa especializada em ferramentas de avaliação de sites de notícias e informações online.

"Nossa política estabelece claramente que não permitimos a desinformação nociva, incluindo desinformação médica, e removemos da plataforma os conteúdos que entram nessa categoria”, disse um porta-voz do TikTok ao ser contactado pela AFP.

O aplicativo também acredita que a metodologia do estudo é falha, porque extrai conclusões de uma pesquisa limitada.

O TikTok pode rastrear todas as entradas de teclado dos usuários em seu navegador no aplicativo, de acordo com um ex-engenheiro do Google que se tornou pesquisador de segurança digital. Felix Krause, que alertou anteriormente que os aplicativos Instagram e Meta poderiam rastrear os dados dos usuários usando os navegadores no aplicativo dessas plataformas, informou que o TikTok injeta código em outros sites quando os usuários navegam na internet usando o navegador interno do aplicativo. 

“Quando o usuário abre qualquer link no aplicativo TikTok para iOS, ele é aberto dentro do navegador do aplicativo", explicou Krause em uma postagem no blog. "Enquanto você está interagindo com o site, o TikTok assina todas as entradas do teclado (incluindo senhas, informações de cartão de crédito, etc.) e a cada toque na tela, como em quais botões e links você clica”, acrescentou. 

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O TikTok confirmou que o software injetado existe, mas negou que estivesse sendo usado ativamente. “Como outras plataformas, usamos um navegador no aplicativo para fornecer uma experiência de usuário ideal, mas o código Javascript em questão é usado apenas para depuração, solução de problemas e monitoramento de desempenho dessa experiência, como verificar a rapidez com que uma página é carregada ou se ela trava”, disse um porta-voz do TikTok à Forbes. 

O diretor administrativo da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos emitiu recentemente um "aviso cibernético" no TikTok, rotulando-o de "alto risco". Os usuários do TikTok podem ter suas informações pessoais facilmente acessadas na China, alerta o comunicado: “Não recomendamos o download ou o uso deste aplicativo devido a essas preocupações de segurança e privacidade", disse o diretor administrativo da Câmara dos Deputados dos EUA em comunicado (mensagem original abaixo, em inglês). 

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Quando Krause revelou anteriormente que as plataformas Meta, como Facebook e Instagram, podiam rastrear os dados dos usuários quando eles usavam navegadores no aplicativo, ele alertou que isso era feito sem o consentimento dos usuários ou a permissão de outros sites. 

O ex-engenheiro do Google aparentemente descobriu a injeção de código enquanto desenvolvia uma ferramenta para detectar comandos extras adicionados a sites por navegadores da web. Para a maioria dos navegadores e aplicativos, a ferramenta não detecta nenhuma linha de injeção de código, mas para o Facebook e o Instagram, Krause afirma que a ferramenta encontrou até 18 linhas de código adicionadas. 

O pesquisador adiciona em seu blog uma série de "FAQs" (Perguntas Frequentes) para "leitores não técnicos". Ele explica que o Facebook, Instagram e TikTok só podem ler dados do usuário quando as pessoas usam seus navegadores no aplicativo, e as pessoas podem simplesmente "certificar-se de clicar nos pontos no canto para abrir a página no Safari" ao usar os aplicativos no iPhone. 

O engenheiro também deixa claro que não tem provas de que Meta ou TikTok estão roubando ou armazenando senhas e dados de cartão de crédito, apenas que é possível que os aplicativos das empresas o façam. 

Na tentativa de melhor competir com o TikTok, a Meta está lançando várias atualizações, principalmente para o Reels. Por isso, a partir de agora, qualquer usuário do Instagram poderá fazer postagens de Reels cruzadas com o Facebook com o toque de um botão.

Segundo o site Engadget, a Meta sugere que isso poderá ajudar os criadores a aumentar seu público nos aplicativos e monetizar seus conteúdos em ambas as plataformas. Outras "novidades" relacionadas ao reels no Facebook que estão chegando incluem adesivos "Adds Yours", populares nos stories. Sendo assim, quando o usuário criar um sticker e outras pessoas usarem em seus vídeos, todos eles aparecerão em uma página dedicada, com destaque para o criador.

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A Meta também deve disponibilizar, em breve, o recurso de gorjeta de estrelas do Facebook para todos os criadores de conteúdos qualificados na plataforma. Eles também terão acesso a mais insights por meio do Estúdio de Criação, o que deve ajudar a descobrir qual conteúdo está funcionando para seu público.

Essas atualizações visam tornar as redes de Mark Zuckerberg mais competitivas já que, segundo levantamento da Pew Research, 16% dos adolescentes dos Estados Unidos usam o TikTok "quase constantemente", enquanto 10% preferem o Instagram e 2% o Facebook.

O Instagram deixará de lançar recursos rejeitados pelos usuários por alegações de que a rede social quer se parecer muito com o TikTok, de acordo com um relatório do boletim tecnológico Platformer.

As irmãs celebridades digitais Kim e Kylie Kardashian foram algumas das usuárias mais ativas postando mensagens esta semana pedindo à empresa para "fazer o Instagram ser o Instagram novamente" e parar de tentar se parecer com o TikTok.

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A frase nasceu na plataforma de petição change.org, que na noite de quinta-feira havia recebido mais de 229.000 assinaturas apoiando a iniciativa.

"Vamos voltar às nossas raízes no Instagram e lembrar que a intenção por trás do Instagram era compartilhar fotos, pelo amor de Deus", dizia a petição.

O CEO do Instagram, Adam Mosseri, respondeu à controvérsia no início desta semana com um vídeo no Twitter dizendo que os recursos eram um trabalho em andamento e estavam sendo testados com um pequeno número de usuários.

As mudanças incluem a reprodução de vídeos curtos em tela cheia, como o TikTok, e a recomendação de postagens de estranhos.

"Estou feliz por termos arriscado", disse Mosseri em entrevista à Casey Newton, do Platformer. "Mas definitivamente precisamos dar um grande passo para trás e nos reunir ", acrescentou.

"Se não falharmos de vez em quando, não estamos pensando inteligente ou grande o suficiente", disse ele.

Mosseri argumentou que a mudança para mais presença de vídeo aconteceria mesmo que o serviço não mudasse nada, já que os usuários que compartilham e pesquisam vídeos estão aumentando.

"Se você der uma olhada no que as pessoas estão compartilhando no Instagram, verá que há cada vez mais uma mudança para o vídeo ao longo do tempo", explicou ele.

O diretor da Meta, Mark Zuckerberg, endossou essa posição durante uma teleconferência na quarta-feira, reforçando que as pessoas estão assistindo a vídeos online cada vez mais. Meta e Google estão entre as empresas que enfrentam crescente concorrência do TikTok pela atenção das pessoas e lançaram suas próprias versões de formatos de compartilhamento de vídeos curtos.

A dona do TikTok, ByteDance informou que vai lançar uma nova rede social nomeada de Kesong que será voltada para os usuários compartilharem fotos e textos sobre seus hobbies e estilo de vida. As informações constam no registro feito pela tecnologia no banco de dados de negócios Qichacha, segundo o South China Morning Post.

Assim como o Instagram, nessa rede social ficará disponível a possibilidade de montar uma loja virtual. É importante resaltar que muitos internautas estavam criticando o Instagram, após as novas atualizações se assemelharem ao modelo do TikTok, uma rede social de vídeo e perdendo a identidade inicial de uma rede compartilhamento de fotos.

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 Além dessas informações divulgadas, a previsão é que a rede social chegue ao público em breve, já que o kesong convidou as pessoas a aderirem a rede social "neste verão quente". Na China o verão vai até 23 de setembro.

Além das dancinhas e memes, um assunto sério tem ganhado destaque na plataforma de vídeos curtos TikTok: saúde mental. Com músicas dramáticas e tristes - algumas entoadas pela jovem cantora americana Billie Eilish -, usuários compartilham resultados de "testes" de ansiedade, depressão e estresse feitos na web. O conteúdo é viral: só a tag #testedadepressao tem quase 4 milhões de visualizações.

Psiquiatras destacam que um check-list de sintomas não faz diagnóstico, que, obrigatoriamente, depende de avaliação médica. Os especialistas veem risco de automedicação por causa do autodiagnóstico e orientam que quem suspeite vivenciar um desses quadros busque profissional de saúde.

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Funciona assim: em sites fora do TikTok, a pessoa faz o "teste" em poucos minutos - por volta de dez. O internauta apenas avalia sentenças e manifesta seu grau de concordância. A página, então, gera os resultados que vão de "normal" até "severo" para cada um dos fenômenos (depressão, ansiedade e estresse). O usuário, por meio de vídeos ou fotos, compartilha sua "ficha" na plataforma de entretenimento.

FUNDAMENTO

A maioria dos testes divulgados no TikTok se baseia na versão reduzida da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (Dass-21). Ela é um instrumento de autorrelato (a própria pessoa se avalia) projetado para medir estados emocionais que podem indicar as três condições. O questionário foi desenvolvido por pesquisadores da University of New South Wales, na Austrália, na década de 1990.

Conforme o site da universidade australiana, porém, alimentado pelo codesenvolvedor do método, Peter Lovibond, a aplicação não exige "habilidades especiais", mas a leitura dos resultados deve ser feita por um "profissional de saúde devidamente qualificado". A interpretação automatizada não é nunca recomendada, pois pode ser "enganosa" e "potencialmente perigosa".

TRIAGEM

O psiquiatra Jose Gallucci Neto, diretor do serviço de eletroconvulsoterapia (ECT) do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP, destaca que esse tipo de escala não foi "desenhada para fazer diagnóstico". Serve principalmente para pesquisa (triagem de casos) ou para analisar e aprimorar tratamentos aplicados em uma população já diagnosticada.

Apesar dos riscos e limitações, os "testes" podem ter um lado benéfico: o de reduzir o estigma em relação aos transtornos mentais. A avaliação é do psiquiatra e colunista do Estadão Daniel Martins De Barros. Em um vídeo em seu canal no YouTube, Barros diz que é "bom" que as pessoas compartilhem os resultados porque, segundo ele, mesmo com diagnósticos de profissionais, um grande número de pessoas com depressão não se trata por causa do preconceito.

Uma mulher, identificada como Luciane Ripka de Marafigo, está sendo acusada de ter matado Joarez Gonçalves Almeida, 38 anos, com quem era casada, com ciúmes por ele estar assistindo vídeos de mulheres dançando no TikTok. O crime aconteceu na cidade de Contenda, Paraná. 

Segundo a polícia, o casal havia brigado porque o homem estava constantemente assistindo a vídeos de mulheres dançando. A suspeita havia insistido para que o marido desligasse o celular, o que não foi atendido pela vítima. Nesse momento, Luciane teria ido até a cozinha e pegado uma faca para atacar o companheiro. 

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Segundo o SBT, consta no boletim de ocorrência que a vítima estava deitada no sofá da sala quando foi atingida de surpresa no peito. Juarez foi socorrido pelo próprio irmão, mas chegou ao Hospital Municipal de Contenda sem vida. 

No local do crime, a polícia encontrou a suspeita com vestígios de sangue, sentada no chão, enrolada com um cobertor e ingerindo bebidas alcóolicas. Luciane chegou a perguntar se o homem estava morto e ao receber a informação de que sim, tentou fugir pela porta.

Ela foi encaminhada para a delegacia, onde passou por audiência de custódia. Ela vai ficar em liberdade preventiva com medida restritiva.

Uma mulher perdeu a indenização de um processo trabalhista que havia ganhado após postar um vídeo no TikTok fazendo uma dança para comemorar a vitória. Ao lado de Esmeralda Melo, que trabalhava como vendedora numa joalheria, estão as duas testemunhas que fizeram declarações a favor dela no processo. 

O vídeo foi publicado no dia da audiência para o julgamento em 1º grau. “Eu e minhas amigas indo processar a empresa tóxica”, escreveu na legenda do conteúdo. 

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Esmeralda entrou com uma ação contra a empresa que trabalhava pedindo reconhecimento de vínculo empregatício anterior ao que constava na carteira de trabalho, e uma indenização por danos morais pelo “tratamento humilhante” que recebia no ambiente de trabalho. 

No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região, em São Paulo, considerou a postagem “desrespeitosa”. Além disso, o vídeo também acabou servindo como prova de que ela e as duas testemunhas tinham uma relação de amizade, o que não havia sido exposto ao longo do julgamento. Os depoimentos das mulheres foram anulados com o vínculo afetivo comprovado. 

Em nota, o TRT disse que Esmeralda “tratou a instituição como pano de fundo para postagens inadequadas e publicação de dancinha em rede social”, e que o processo e a Justiça do Trabalho foram utilizados de forma indevida a partir do conteúdo publicado. 

O jogo virou

Agora, além da indenização anulada, Esmeralda e as suas testemunhas foram condenadas por litigância de má fé, quando há conduta abusiva, desleal ou corrupta de uma das partes envolvidas em um processo, e terão que pagar uma multa à empresa. 

A desembargadora-relatora da 8ª Turma do TRT da 2ª Região afirmou que o caso se trata de uma atitude desnecessária contra a empresa e contra a própria Justiça do Trabalho. “Demonstra, ainda, que estavam em sintonia sobre o que queriam obter, em clara demonstração de aliança, agindo de forma temerária no processo, estando devidamente configurada a má-fé”. 

Os pais de duas meninas que morreram asfixiadas nos Estados Unidos entraram com uma ação contra o TikTok, acusando o algoritmo da rede social de incitar suas filhas a participar do perigoso "desafio do apagão", que incentiva o sufocamento até o desmaio.

“O TikTok deve prestar contas por ter conduzido essas duas jovens a conteúdos letais", declarou nesta semana o advogado Matthew Bergman, cujo escritório é especializado em defender vítimas de abusos relacionados às redes sociais. “O TikTok investiu bilhões de dólares na criação de produtos desenhados para distribuir conteúdo perigoso, sabendo que o mesmo pode causar a morte de usuários", ressaltou.

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O aplicativo, do grupo chinês ByteDance, não respondeu à tentativa de contato feita pela AFP. No passado, lembrou que esse "jogo" surgiu antes das redes sociais.

O "desafio do apagão", em que as pessoas prendem a respiração até desmaiarem, a fim de experimentarem sensações fortes, causa acidentes todos os anos, sendo que alguns deles resultam em morte.

A denúncia apresentada em Los Angeles no fim de junho está relacionada ao caso de Lalani Walton, 8, e Arriani Arroyo, 9. Lalani foi encontrada por sua madrasta "pendurada em sua cama com um laço em volta do pescoço". "Ela achou que, se publicasse um vídeo fazendo o desafio, tornaria-se famosa, de forma que decidiu tentar", explica a denúncia.

Arriani, por sua vez, usou a coleira de seu cão para tentar se asfixiar. Em ambos os casos, o escritório de Matthew Bergman questiona a seção em que o algoritmo do aplicativo sugere vídeos baseados nas preferências do usuário.

A denúncia menciona alguns dos desafios publicados pelos usuários da plataforma. "O alcance dos danos causados pelo vício no TikTok é aterrorizante. Vai desde a distração às custas da educação, dos esportes e da socialização até a perda de sono, depressão grave, ansiedade, automutilação e morte acidental ligada ao desafio do apagão ou suicídio", ressaltam os advogados na denúncia.

Em janeiro de 2021, a Itália bloqueou temporariamente o acesso ao TikTok para usuários cuja idade não é garantida, após a morte de uma menina que havia participado do desafio do apagão.

Os líderes do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos pediram, nesta terça-feira (6), uma investigação sobre se autoridades chinesas têm acesso aos dados dos usuários americanos do TikTok.

Em uma carta enviada à presidente da Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês), Lina Khan, os senadores pediram que ela examinasse o quanto a plataforma de vídeo de fato protege os dados privados.

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"Escrevemos em resposta a informes públicos de que indivíduos da República Popular da China estiveram acessando os dados de usuários americanos, contrariando várias representações públicas", dizia a carta.

O TikTok se defende dessas acusações, constantemente, dizendo que não fornece dados sobre os usuários americanos ao governo chinês, embora a sede de sua matriz, a ByteDance, seja na China.

“Falamos abertamente sobre nosso trabalho para limitar o acesso aos dados dos usuários em todas as regiões e, em nossa carta aos senadores na semana passada, fomos claros nosso progresso na limitação do acesso ainda mais, por meio do nosso trabalho com a Oracle”, disse um porta-voz do TikTok, ao ser questionado pela AFP.

“Como dissemos repetidamente, o TikTok nunca compartilhou dados de usuários americanos com o governo chinês, nem nós faríamos isso, se nos pedissem”, completou.

Em resposta a consultas anteriores feitas por autoridades de Washington, o TikTok declarou, em meados de junho, que todos os seus dados de usuários baseados nos Estados Unidos estão agora armazenados em servidores americanos operados pela empresa americana Oracle.

A popular plataforma de rede social está sendo analisada pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, um conselho de revisão governamental interinstitucional que avalia os riscos dos investimentos estrangeiros para a segurança nacional dos Estados Unidos.

A rede social TikTok compilou parte dos seus sucessos musicais virais, com versões para orquestra, em um álbum que será lançado em CD e vinil no segundo semestre, anunciou a plataforma nesta sexta-feira.

Esta será a primeira vez que o TikTok, em parceria com a gravadora Warner Classics, atuará no mercado tradicional da música.

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Seis singles do álbum serão lançados nas plataformas de "streaming" em 8 de julho.

As 18 faixas do álbum, com o nome "TikTok Classics: Meme and Viral Hits", serão disponibilizadas em agosto nas plataformas "streaming" e nas lojas.

Qualquer pessoa que já passou algum tempo na rede social de vídeos curtos reconhecerá músicas como "No Roots" de Alice Merton ou a canção ao piano "Pieces", de Danilo Stankovic, já utilizada por mais de 3,4 milhões tiktokkers.

"Escutar 'No Roots' em um novo contexto musical é inspirador", declarou Alice Merton em um comunicado. "Estou empolgada com o projeto e ansiosa para ver como ganhará vida".

Todas as canções foram retrabalhadas pela alemã Babelsberg Film Orchestra.

Entre as faixas estão "Monkeys Spinning Monkeys", uma canção animada e repleta de sons de flautas, com mais de 27,1 milhões de visualizações.

Outra escolhida é "Wellerman Sea Shanty", que dominou o TikTok no início de 2021, quando um carteiro escocês, Nathan Evans, gravou um vídeo cantando a música folclórica do século XIX.

A canção viralizou rapidamente e Brian May, do Queen, e o famoso compositor Andrew Lloyd Webber estão entre os que apresentaram suas próprias versões

O número total de acessos a vídeos no TikTok com menções ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem crescido e se aproximado gradualmente da quantidade relacionada ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A vantagem em visualizações do chefe do Executivo em relação ao petista caiu de 496 milhões, em agosto de 2021, para 100 milhões, em maio deste ano. Bolsonaro ainda segue à frente.

Levantamento do Núcleo, site especializado em dados, contabiliza 57,8 mil vídeos com o termo "Lula" no título ou na descrição, em referência ao pré-candidato. Juntos, eles somaram 419,8 milhões de acessos no mês passado. "Bolsonaro", por sua vez, foi citado em mais do que o dobro de conteúdos - 126,2 mil -, vistos 519,8 milhões de vezes ao todo.

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O número de publicações postadas sobre Bolsonaro segue maior, mas a diferença no "interesse" dos usuários por ambos os pré-candidatos vem caindo às vésperas da eleição - e isso mesmo sem que o petista tenha um canal próprio. Nessa rede social, Bolsonaro acumula 1,7 milhão de seguidores.

A análise é quantitativa, feita com base em metadados dos vídeos, e não permite saber quanto do volume é a favor ou contra os pré-candidatos a presidente no pleito de outubro.

O material sobre Lula com mais visualizações em maio é um trecho da entrevista de Eduardo Marinho ao podcast Flow, na qual o artista plástico diz que não confia em Lula, mas argumenta em favor de sua eleição a presidente - foram 13,2 milhões de visualizações. No caso de Bolsonaro, o vídeo mais popular, com 7,5 milhões acessos, mostra o presidente dizendo que "um homem solteiro, quando está cansado de ser feliz, procura uma namorada para ser mais feliz ainda".

DISPUTA. Desde o começo do ano, citações a Lula tiveram 63% mais postagens, que também passaram a ser mais vistos pelos usuários, ainda que em menor proporção - as visualizações cresceram 33% no período. Bolsonaro, por outro lado, também viu o número de menções aumentar 40%, mas sofreu um revés no impacto geral na plataforma com 7% menos visualizações. Seu melhor mês foi março, com 663 milhões de visualizações.

Apesar de a vantagem estar caindo, o número de postagens únicas sobre Bolsonaro tem crescido mais do que os de Lula. Essa diferença indica que conteúdos com menções ao petista surgem com menos frequência, mas são proporcionalmente mais populares, conforme destaca o editor do Núcleo, Sérgio Spagnuolo.

De olho no eleitorado jovem, mais adepto ao Tik Tok, a maioria dos pré-candidatos já tem uma conta na plataforma. A de Bolsonaro está ativa desde outubro de 2020. Em seguida vêm Pablo Marçal (PROS), com 160 mil seguidores; André Janones (Avante), com 159 mil; Ciro Gomes (PDT), com 130 mil; e Simone Tebet (MDB), com 3,9 mil.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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