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A ex-BBB Ariadna Arantes, que também passou recentemente pelo programa ‘No Limite’, usou seu Instagram para denunciar ataques transfóbicos que tem recebido em suas redes sociais. Chorando, a mulher trans publicou vídeo em que desabafa: “Eu não aguento mais”.

Exemplificando os ataques que tem sofrido, Ariadna citou vídeo divulgado pela conta chamada “Papo de Negão” onde nos stories, o dono do perfil, reage a uma pergunta sobre Ariadna e Thammy Miranda.

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“Preconceito, machismo, homofobia e transfobia gratuitos no Facebook e não adianta denunciar que não acontece nada. Estou cansada de ser chacota dessa gente. Estou cansada de ter que passar por isso. De explicar. De lutar por respeito. Eu estou cansada disso tudo. O Brasil infelizmente não vai mudar nunca e nossa luta parece que será sempre em vão”, escreveu na legenda.

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Chorando, Ariadna diz ter passado o dia com mal-estar

“Hoje eu passei o dia inteiro com dor de cabeça, o dia inteiro estressada, cansada, muito cansada, bloqueando as pessoas. Um monte de ataques que eu estou recebendo, eu não aguento mais esse tipo de situação, gente. Um monte de gente indo defender aquele cara que fez aquele vídeo ridículo com a minha foto e a foto do Thammy”, disse.

“O dia inteiro recebendo mensagens de mulheres e de homens que estão me ofendendo, dizendo que eu não sou mulher de jeito nenhum, eu estou muito decepcionada, estou muito triste. Estou tentando ser forte, mas não estou conseguindo”, continuou a maquiadora.

Ariadna revelou ter passado o dia todo trancada, chorando e tentando se controlar emocionalmente.

"Eu tento não chorar, mas a cada mensagem que chega está muito difícil. Não estou conseguindo me controlar, passei o dia inteiro trancada porque esses ataques já estão rolando há dias”, denunciou.

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A mulher trans Roberta Silva, de 40 anos, receberá suporte do Governo de Pernambuco através da Secretaria da Mulher, segundo informou o governador Paulo Câmara nesta segunda-feira (28). A solicitação já está em posse da secretaria da pasta, Ana Elisa Sobreira. Roberta foi queimada viva na manhã da última quinta-feira (24), no Cais de Santa Rita, terminal na área central do Recife. A vítima teve 40% do corpo queimado por um adolescente e foi encaminhada ao Hospital da Restauração (HR), onde permanece internada.

Apesar de estar consciente e já respirar sem a ajuda de aparelhos, conforme informado pelo HR, a mulher passou por cirurgia no sábado (26) e amputou um dos braços, devido a gravidade dos ferimentos.

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Sobre o caso, além do anúncio, o governador do estado se manifestou dizendo que a agressão física é apenas um dos diversos tipos que a população LGBTQIA+ sofre. Ele também lamentou precisar abordar um caso tão grave no mês do orgulho que traz, também neste dia 28, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

“A agressão física geralmente é o auge de uma série de violências que a população LGBTQIA+ sofre durante toda a sua trajetória. O papel do Estado é manter os canais para que essas violações sejam denunciadas e investigadas, e para tentar impedir que essa população continue sendo sistematicamente vítima de violência e discriminação. Neste 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, precisamos reforçar nossa defesa de uma sociedade pacífica, plural e democrática”, publicou.

E, por último, escreveu: “É inadmissível que o preconceito e o ódio ainda impeçam as pessoas de serem quem são”.

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Um ato contra a transfobia será realizado na próxima segunda-feira (28) no Recife após o caso de Roberta Silva, mulher trans que foi queimada viva na quinta-feira (24) e está internada em estado grave. O protesto está marcado para as 15h em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no bairro de Santo Antônio, área central da capital.

"Convoco todos e todas a irem tbm! Levem suas máscaras pff2 e seu álcool em gel e se levantem contra a transfobia!", escreveu nas redes sociais a deputada estadual Robeyoncé Lima, das Juntas (Psol), que tem acompanhado o caso.

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Roberta Silva está internada no Hospital da Restauração (HR), no Recife, e teve o braço esquerdo amputado no último sábado (26). Ela se encontra na sala de recuperação e intubada, respirando com ajuda de ventilador mecânico. 

Um adolescente foi apreendido pelo crime. Ele foi encaminhado à Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). 

Na sexta-feira (25), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), determinou à Secretaria de Desenvolvimento Social que fizesse o acompanhamento da vítima. "O que aconteceu é intolerável, atinge a todos e todas nós,  comprometidos com a causa dos direitos humanos e do enfrentamento a qualquer tipo de violência e preconceito", ele escreveu nas redes sociais.

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) também acompanha o caso. Segundo a pasta, está sendo realizada uma articulação para oferecer um atendimento conjunto à vítima e seus familiares.

Pedro Bial usou seu perfil no Instagram para desculpar-se por uma fala sua que causou polêmica na internet. Após ser criticado por referir-se a travestis fazendo uso do pronome masculino, o apresentador do Conversa com Bial se retratou, através de um vídeo, publicado na última terça (25).

A polêmica começou após Bial ter entrevistado o ex-jogador Ronaldo, na última quinta (20). Ao referir-se a travestis usando o pronome masculino, o apresentador foi acusado de transfobia. A cantora Linn da Quebrada foi uma das pessoas que comentou o caso. “"É um absurdo. Mesmo depois de ter entrevistado a mim e ter acesso a tanta informação, ainda assim, o Bial se permitir erros tão irresponsáveis e cruéis com nossos corpos. Uma transfobia que corrobora com todo processo de marginalização ligado às nossas identidades. Inadmissível", disse através do Twitter.

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Após a repercussão negativa, Pedro Bial foi até às redes sociais para retratar-se. Em vídeo, ele pediu desculpas por sua fala e garantiu não ter sido sua intenção ofender a qualquer pessoa.  “É pela minha consciência, consciência de alguém que eu não preciso fazer um levantamento histórico, mas de alguém que tem uma história de contribuição para a causa trans. Lamento demais ter ofendido a quem quer que seja, isso jamais foi minha intenção”.

Tatá Werneck aproveitou um espaço em seu programa, Lady Night, para se retratar em público. Apontada por algumas piadas transfóbicas, a apresentadora pediu desculpas pelo fato durante entrevista com a cantora Gloria Groove. Ela foi aplaudida e elogiada pela sua entrevistada. 

Em dado momento da conversa, Tatá relembrou o momento no qual fez uma piada transfóbica e teve a atenção chamada por outra cantora, a Linn da Quebrada. Ela decidiu, então, pedir desculpas pela fala preconceituosa. “A Linn da Quebrada falou comigo e eu falei "me ajuda", porque eu nem sabia o que tinha feito. Eu gostaria de pedir desculpas e dizer que quero muito poder usar esse espaço para falar as coisas corretas, porque eu não faço mais do que a p**** da minha obrigação, então, desculpa”.

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Gloria Groove agradeceu pela postura de Tatá e também falou a respeito da sua atitude. “Eu amo a pessoa certa. Obrigada por ter feito isso agora. É difícil as pessoas se colocarem nesse lugar de se retratar. Existe um orgulho bem alto nas coisas que a gente não conhece direito”. 

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A World Rúgby, a federação mundial da modalidade, publicou um novo guia às associações nacionais do esporte em que recomenda que mulheres transgêneros sejam excluídas do esporte. As razões para a diretriz seriam "motivos de segurança", segundo publicou a BBC. O documento foi criticado por organizações que defendem os direitos LGBT.

"Essa proposta foi baseada em um hipotético modelo de dados que tem pequena relevância em questões como justiça e segurança no rúgbi. Políticas importantes como essa deveriam ser baseadas em robustas e relevantes evidencias e trabalhadas próximas de pessoas trans praticantes de esporte", afirmou Nancy Kelley, chefe-executiva da Stonewall, organização britânica que luta contra a homofobia e a transfobia.

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Bill Beaumont, presidente da federação de rúgbi, ouviu as críticas e disse que mudanças nas recomendações podem ocorrer no futuro. "Nós reconhecemos que a ciência continua evoluindo e nos comprometemos a rever regularmente essas recomendações, sempre tentando ser inclusivos", comentou o mandatário.

O documento da World Rugby traz apenas recomendações, e não cria novas regras; as federações nacionais tem autonomia para tomar as decisões sobre seus próprios torneios locais. Quanto aos atletas trans masculinos, nenhuma recomendação para limitar a prática do esporte foi feita.

No Brasil, o debate sobre a presença de atletas trans no esporte se fortaleceu após o sucesso de Tiffany, jogadora de vôlei, na Superliga Feminina. Um projeto de lei para proibir que os atletas trans possam atuar profissionalmente nas ligas do gênero com o qual se identificam foi apresentado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo deputado Altair Moraes (Republicanos) em 2019, mas ainda não foi votado por conta de sucessivos adiamentos.

A escritora britânica J.K. Rowling, criadora da saga Harry Potter, anunciou nesta sexta-feira (28) que devolverá um prêmio recebido nos Estados Unidos pela família Kennedy, depois que um de seus membros criticou suas opiniões sobre pessoas transgênero.

No último ano, a organização Robert F. Kennedy Human Rights (RFKHR) premiou a famosa autora do romance jovem adulto com o Prêmio Ripple of Hope. Mas a presidente, Kerry Kennedy, recentemente declarou que as opiniões de Rowling sobre as pessoas transgênero "subestimam a identidade" dessas pessoas.

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"Essas declarações dão a entender incorretamente que eu sou transfóbica", disse a romancista britânica em um comunicado postado em seu site.

"Como doadora de longa data a grupos LGBT e defensora do direito das pessoas trans de viverem livres de perseguição, rejeito categoricamente a acusação de que odeio as pessoas trans ou lhes desejo mal", acrescentou.

A escritora garantiu que, devido à "grande divergência de opiniões" entre ela e o RFKHR, "não teve escolha" senão devolver o prêmio.

Em junho, Rowling foi acusada de fazer comentários considerados transfóbicos em um tuíte.

Ela tuitou um artigo falando sobre "pessoas que têm menstruação" e comentou ironicamente que elas devem ser chamadas de mulheres, causando uma série de críticas nas redes sociais.

O ator britânico Daniel Radcliffe, que interpretou o jovem bruxo Harry Potter no cinema, juntou-se às críticas: "Mulheres trans são mulheres. Qualquer declaração em contrário apaga a identidade e dignidade das pessoas trans", escreveu.

A autora afirma ter recebido "milhares de e-mails de apoio de pessoas preocupadas com essas questões, tanto dentro quanto fora da comunidade trans, muitas das quais se sentem vulneráveis e preocupadas com a toxicidade dessas discussões".

A Sétima Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) condenou a Associação Beneficente Portuguesa de Bauru a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais a uma auxiliar de enfermagem transgênero, vítima de tratamento indigno por parte da empresa, e de prática de atos preconceituosos por parte dos colegas de trabalho, por sua postura pessoal.

De acordo com os autos, a trabalhadora, que embora tenha nascido com sexo masculino, assumiu a condição de transgênero, portando-se como mulher, tendo, até mesmo, adotado nome social feminino. Ela afirma que, ao ser contratada como auxiliar de enfermagem, porém, recebeu crachá com o seu nome de registro, o que desde o início lhe causou desconforto.

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Além disso, não tinha autorização para usar os banheiros femininos, sendo obrigada a utilizar uma cabine reservada dentro do banheiro masculino, onde sofria “chacotas e vilipêndios” dos colegas.

Segundo a testemunha da trabalhadora, ela sempre se apresentou ao trabalho “vestida como mulher, tinha unhas e cabelos compridos, tinha prótese de silicone nos seios, usava maquiagem”. Quanto ao crachá, essa testemunha afirmou que a empresa tinha negado a substituição do nome e a colega, “por causa dos transtornos, colocou um adesivo sobre o nome para corrigi-lo”.

Ainda para essa testemunha, a demissão da colega se deu por “sua condição de transgênero” e com os fatos daí decorrentes, que a empresa “não soube lidar”, já que “não se comprovou qualquer fato, quanto ao seu perfil profissional, que a desabonasse”.

Constrangimento

A relatora do acórdão, desembargadora Luciane Storel, afirmou que ficou comprovado “o malefício moral” sofrido pela trabalhadora, o que justifica a indenização.

Quanto ao valor, arbitrado originalmente em R$ 20 mil pelo juízo da 4ª Vara do Trabalho de Bauru, o colegiado entendeu que estava “consentâneo com os casos julgados” pelo TRT 15, e que “atende aos parâmetros de arbitramento com moderação e razoabilidade; proporcional ao grau de culpa; proporcional ao nível socioeconômico da vítima; proporcional ao porte econômico da empresa; e, por fim, à realidade e às circunstâncias do caso concreto, valendo-se da experiência e do bom senso”.

O acórdão ressaltou, especialmente, a gravidade do fato praticado pela Associação Beneficente Portuguesa de Bauru, que “agiu com total despreparo, com uma profunda insensibilidade e desrespeito ao ser humano que estava trazendo para dentro das suas dependências”. A decisão salientou que a empregada já havia se apresentado para a contratação “como mulher”, e que “apresentou documentos civis alusivos ao seu sexo de nascimento e nome de registro e, ainda assim, não foram tomadas providências para o devido acolhimento dela”.

Para o colegiado, o “fato de lhe atribuir um crachá com nome masculino, determinar-lhe o uso de um compartimento restrito, dentro do banheiro masculino, por óbvio, resultaria em constrangimento” e afirmou que a empresa, “pelo motivo que fosse, se não concordasse com a condição pessoal assumida pela profissional, não deveria tê-la contratado, o que, por certo, frustraria as desagradáveis ocorrências narradas nestes autos”.

O caso da modelo trans Alice Feris, agredida no último domingo (16), no Rio de Janeiro, chocou o país e sensibilizou muita gente. Uma delas foi a funkeira MC Mirella que se disponibilizou a custear cirurgias plásticas e tratamentos estéticos, no valor de R$ 150 mil, para que Alice possa se recuperar das marcas da violência. 

Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, MC Mirella falou o quão abalada ficou ao saber da história de Alice e prontamente decidiu ajudá-la. "Eu nem consegui dormir direito, aquilo embrulhou meu estômago. Como alguém pode fazer isso com outra pessoa, ainda mais a Alice, tão pequena e indefesa". A cantora procurou a modelo nas redes sociais e ofereceu sua ajuda. 

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Em seguida, a funkeira entrou em contato com profissionais que já realizaram procedimentos nela própria, como cirurgiões e dentistas. Alice teve o nariz e a mandíbula quebrados no ataque; agora ela deve passar por cirurgias plásticas nas cicatrizes no rosto, correção do nariz e lentes de contato em todos os dentes. Os procedimentos somam um valor de R$ 150 mil.

Além disso, Mirella Também doou roupas e sapatos, do próprio guarda roupa, para a modelo e já planeja trabalhar com ela após sua recuperação. “A Alice me disse que estava muito triste porque não podia sorrir. Agora ela vai sorrir ainda mais linda. Nós duas juntas vamos gravar uma música muito incrível e ela vai arrasar muito. Isso é o mínimo que eu poderia fazer”. 

Marília Mendonça começou a semana envolvida em uma polêmica. Após uma brincadeira feita com seus músicos em sua última live, no sábado (8), a sertaneja foi considerada transfóbica e virou alvo de muitas críticas na internet. A cantora Pabllo Vittar também se pronunciou sobre o caso, porém, sem citar nomes. 

A polêmica se deu por conta de uma história relembrada por Marília na live, em que ela mencionou uma boate LGBTQ que havia em Goiânia, onde um de seus músicos teria ficado com uma mulher trans, O tom que Mendonça deu à história incomodou a muitos que consideraram a atitude transfóbica. 

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A rainha da sofrência até se desculpou, mas uma outra cantora acabou reagindo e comentando a história. Pabllo Vittar fez uma publicação em seu Twitter mostrando não ter gostado nem um pouco da situação. “O ano é 2020 e ainda tem gente que acha engraçado fazer piada transfóbica”. 

Marília Mendonça começou a semana cotada como a próxima celebridade a ser cancelada na internet. O motivo foi uma brincadeira que ela fez com seus músicos, na última live realizada no sábado (8), e foi acusada de transfobia. Ela também entrou na discussão, mencionando o assunto em seu Twitter, mas disse que não se justificaria. 

Em um momento da live, Marília contou uma história envolvendo um de seus músicos. Ela relembrou uma boate que havia em Goiânia, voltada para o público LGBTQ e disse seu colega de profissão conta que nesse lugar ele “beijou a mulher mais linda que já viu na vida”. Todos os presentes riram muito da história.

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Em seguida, o nome da rainha da sofrência começou a circular na internet ao lado de opiniões bem diversas. Parte do público se mostrou decepcionado com sua postura e a chamou de transfóbica, enquanto os demais acharam que o cancelamento seria exagero.  “A sertaneja que sofreu gordofobia e machismo no próprio meio a vida toda, sendo transfóbica, enfim a hipocrisia”; “Não vi problema algum, essa galerinha tá muito sensível”; “Vocês são chato pra c**, tá difícil respirar no Brasil que o povo tá militando”; “Eu fico muito bad com esse rolê da Marilia Mendonça sendo transfóbica pq era uma artista que tinha toda minha admiração”.

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A cantora já se pronunciou a respeito da polêmica através de seu Twitter. Muito ativa nas redes sociais, Marília logo tomou conhecimento do movimento e tratou de dar uma resposta. Ela foi curta e objetiva e deixou claro que não vai ficar se justificando. “Pessoal, aceito que fui errada e que preciso melhorar. mil perdões. de todo o coração. aprenderei com meus erros. não me justificarei”.

Integrante da Bancada Evangélica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Joel da Harpa se intrometeu na polêmica criada em torno da contratação de Thammy Gretchen como garoto propaganda da campanha de Dia dos Pais da Natura. O deputado expõs sua transfobia e usou uma frase comum aos que estimulam o ódio contra os LGBTs: “Daqui uns dias será crime ser homem hétero no Brasil”.

“A destruição da figura masculina é assustadora. Não é uma questão de falso moralismo. É ser uma afronta aos valores cristãos, colocar uma mulher para fazer papel de homem no Dia dos Pais”, diz o deputado em texto enviado por sua assessoria.

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Segundo o deputado, que é ex-PM e foi expulso da corporação em 2017, foi “impossível não se posicionar” diante do assunto que tomou conta das redes sociais nos últimos dias. “É uma questão nacional. Precisamos nos unir pela moralização e pelo respeito às famílias”, disse o parlamentar.

O deputado concluiu dizendo que “homem é o pai, mulher é a mãe”.

Transfobia é crime - Em junho de 2019, o STF decidiu que homofobia e transfobia são crimes no país e podem dar de 3 a 5 anos de prisão. A decisão enquadrou declarações homofóbicas e transfóbicas no crime de racismo. 

Após ser "descoberta" como mulher trans, a major do Exército Renata Gracin foi atacada e fez um desabafo nas redes sociais, onde recebeu apoio. Ela formou-se em 2004, na Infantaria da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), e provocou indignação de militares por não ter dado baixa no cargo após ter mudado de gênero.

Em sua conta no Facebook, Renata, que antes era conhecida como major Seixas, lamentou os insultos e garantiu que seguirá na luta por direitos, e pela pauta LGBTQI+. "O dia que eu sabia que iria chegar, chegou! Estou sendo exposta em grupos de WhatsApp do Brasil todo, o que não me abala. Sou uma lutadora da causa LGBTQI+ e defensora dos direitos humanos. Sou Major do Exército Brasileiro e agora minha luta continua...", publicou.

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Mesmo com a maioria dos comentários em apoio, alguns perfis expuseram opiniões preconceituosas, na tentativa de abalar a militar. "Ridicularizando a FORÇA, seja feliz com sua escolha sem ridicularizar o EB. Bom salário e status é o que te atrai e não a sua luta LGBT", comentou um usuário da rede.

Contudo, tais comentários foram suplantados pela maioria, que defendeu a trajetória de Renata e exaltou a importância da representatividade em todos os espaços. "Você não está só nessa luta, Renata! Ser mulher, tornar-se mulher, é viver fazendo política! Nesse nosso Brasil que nos envergonha mundialmente, ser LGBTQI+, mulher, preto, indígena, pobre, artista...é RESISTÊNCIA. Vamos resistir. Estamos juntas!"; "Não se abale, você é motivo de orgulho pra muita gente", comentaram simpatizantes.

A artista perfomática Romagaga publicou um vídeo com um desabafo em seu Twitter na madrugada deste domingo (12), relatando ter dificuldades para manter um perfil no Tinder por ser trans e usando a hashtag #TinderTransfobico.

"Está lá o Tinder usando a bandeira LGBT, usando a causa, se promovendo, sendo que nós trans não temos o direito de estar no aplicativo. Eu faço uma conta lá e em um minuto eu sou banida. Qualquer outra trans que faz é banida. Isso não é justo. Isso é crime", diz Romagaga.

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"Não é só um aplicativo não, eu estou cansada de hipocrisia, das pessoas estarem usando a bandeira LGBT e nós não termos direito nenhum. Essas empresas que estão usando a bandeira aí, quantas trans vocês estão vendo trabalhar?", continua a artista.

A partir desta iniciativa mais usuários passaram a acusar de transfobia a plataforma de encontros e o assunto foi parar nos trending topics Brasil.

Após contato da reportagem, o Tinder divulgou um comunicado sobre a acusação. "Estamos dedicados a tornar o Tinder o melhor aplicativo para todes conhecerem novas pessoas. O Tinder não bane usuários por conta da sua identidade de gênero. [...] No entanto, sabemos que nosso trabalho não está concluído", informa a nota.

"Reconhecemos que a comunidade trans enfrenta desafios no Tinder, incluindo ser injustamente denunciado [sic] por matches potenciais. Esta é uma questão complexa e multifacetada e estamos trabalhando em estreita colaboração com organizações ao redor do mundo para melhorar constantemente nossas práticas", afirma o comunicado.

Em junho, o aplicativo de namoro lançou uma atualização que permite o usuário optar por mais opções de identificação - além de homem e mulher.

A escritora britânica J.K. Rowling, autora da saga de Harry Potter, criou polêmica na internet ao fazer um comentário considerado transfóbico no Twitter. Rowling comparou o tratamento hormonal para pessoas transgênero aos tratamentos de conversão sexual conhecidos como “cura gay”. “Estamos assistindo a um novo tipo de terapia de conversão para jovens gays”, publicou a escritora em seu perfil do Twitter, fazendo alusão às prescrições hormonais para jovens que questionam sua identidade de gênero. A escritora classificou o tratamento hormonal como os “novos antidepressivos”. 

Para justificar sua opinião, Rowling citou artigos e estudos que afirmam a existência de efeitos colaterais após o tratamento, como problemas de ‘’fertilidade e/ou função sexual completa’’.  Ao finalizar sua postagem, ela afirmou que “se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo”.

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Ativistas da causa LGBT logo se manifestaram contra a declaração da autora, entre eles Christine Burns, advogada norte-americana que faz campanha por direitos trans desde os anos 90. “A sugestão de que alguém submeta uma criança a um tratamento de mudança de gênero para evitar que ‘cresça gay ou lésbica’ é uma calúnia para todos os pais que cuidam destas crianças”, afirmou Burns.

Essa não foi a primeira vez que J.K. Rowling atacou a comunidade trans. No mês passado, a autora se mostrou incomodada com um artigo do site de desenvolvimento global da Devex, onde eles diziam estar “criando um mundo mais igualitário pós-Covid-19 para pessoas que menstruam”. A criadora de Harry Potter disse, na ocasião, que as pessoas que menstruam são chamadas de mulheres. O comentário não agradou por excluir propositalmente outras pessoas que também menstruam mas que não se identificam como mulheres, como é o caso de homens trans e pessoas não binárias.

Roberta Close, uma das primeiras transexuais a ficarem famosas na mídia brasileira, falou durante uma live com o produtor musical e pesquisador Rodrigo Faour, sobre os preconceitos que precisou enfrentar quando jovem. Na escola e na própria casa, com sua família, a modelo teve problemas de aceitação e acabou sendo expulsa do colégio onde estudava no Rio de Janeiro.

Close relembrou como sua família teve dificuldades para aceitá-la e como esse processo se repetiu no ambiente escolar. “Meus pais nunca entenderam muito bem o que eu era. Não entendiam minha audácia. Tinha muita briga, e saí de casa muito cedo”. Já na escola, a jovem Roberta foi convidada a se retirar e acabou sendo expulsa. “Tive o azar de cair na mão de uma professora que dizia que eu não me encaixava. Me pediram para deixar a escola, não deixaram eu completar os estudos”.

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Modelo de sucesso na década de 1980, Roberta comentou como sua beleza chamava atenção. Segundo ela, “todos os machões se rendiam” e ela chegou a ter romances com alguns famosos. A beleza também lhe abriu portas de trabalho e Close desfilou para importantes estilistas do Brasil e do mundo, como  Jean-Paul Gaultier e Thierry Mugler, porém, com algumas restrições: “Fui para o mundo inteiro. Mas eu chegava, desfilava e saía. Nada podia ser dito. Nada se falava sobre quem eu era". Hoje, aos 55 anos, Roberta vive na Suíça, longe dos holofotes. 


 

Nos últimos dias, as redes sociais foram inundadas com uma nova ‘modinha’ promovida pelo aplicativo FaceApp. A ferramenta disponibiliza vários filtros que alteram a imagem do usuário e a brincadeira de trocar de gênero em uma foto divertiu muita gente na internet. No entanto, algumas pessoas se sentiram incomodadas e apontaram um grave problema na diversão: a transfobia. A cantora Majur foi uma delas, para ela o app é discriminatório e transfóbico.

A baiana Majur se identifica como trans-não binária, permeando tanto o feminino quanto o masculino, podendo performar os dois gêneros. Em seu Instagram, na última terça (16), ela criticou o aplicativo e pediu que seus fãs não o usassem mais. “Quando vocês vão entender que atitudes como essas só fortalecem o discurso transfóbico e machista? Meu corpo não é diversão! Não é brincadeira, nem modinha”.

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A artista também alegou que os filtros reforçam estereótipos de gênero: “Meu feminino não é rosto afilado e cabelo liso. O masculino não é ter barba e ser malhado. Estereotipar um corpo feminino e masculino é definir padrão, quando vivemos em diversidade." Além disso, ela lembrou a violência contra a população LGBTQ+ no país e deixou um recado aos fãs. “Nos matam porque não nos aceitam, quando a ninguém é solicitado aceitação, e sim respeito. O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo e ninguém se responsabiliza. Se manquem”. 

A cidade de Camocim, no Estado do Ceará, foi local de um crime de transfobia no último sábado (6). Três homens que foram capturados pela Polícia Militar do Estado do Ceará são acusados de matar a travesti Luanny Kelly após uma discussão. A prisão aconteceu no mesmo bairro, horas depois do crime. 

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A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará divulgou ainda no sábado, dia do crime, os nomes dos acusados. O trio é composto por Samuel Monteiro de Oliveira, 25; Rodolfo da Silva Sabino,25; e Antônio Abreu de Lima, de 30 anos. Os três já tinham antecedentes criminais. 

Segundo informações oficiais, Luanny Kelly, com registro civil de Francisco Antônio Sousa de Brito, tinha 22 anos e foi atingida por "golpes de objetos perfurantes", após discutir com os acusados. A polícia Civil do Estado do Ceará informou que o caso segue sendo investigado e pediu para que os moradores denunciem casos como esse pelo disque-denúncia 181.

 

Circula nas redes sociais uma postagem sobre uma conduta transfóbica do Colégio Núcleo, localizado no bairro da Jaqueira, Zona Norte do Recife. De acordo com a publicação, que ganhou ampla repercussão nesta terça-feira (10), um aluno trans não binário teve o seu direito de usar delineador violado.

Na postagem, é dito que o estudante teria o costume de usar delineador e maquiagem para frequentar espaços, inclusive a escola. O jovem, que cursa o primeiro ano do ensino médio, foi chamado à coordenação e lá foi revelado que ele não poderia usar o delineador nem a maquiagem.

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Em seguida, colegas do estudante fizeram um protesto e todas usaram delineador. Ainda segundo a publicação, nenhuma delas foi chamada a atenção. A postagem ainda afirma que o motivo pelo qual a coordenação revolveu alertar o aluno trans foi a de não querer "passar uma imagem muito liberal" da instituição. "Não é o que você acha, e sim o que parece", diz, ainda, a publicação. A frase teria sido proferida pela coordenadora da turma ao aluno. 

Após a repercussão, a instituição se posicionou nas redes sociais. No Instagram, o colégio alega que "apesar de termos regras de convivência definidas, jamais compactuaremos com intolerância e falta de respeito".

O Colégio Núcleo ainda informou que a coordenadora foi desviada da função. Em seu Instagram pessoal, o coordenador do Núcleo, Gilton Vasconcelos, alegou que a docente tem vários anos de experiência em uma instituição privada de ensino em São Paulo. "Ela vai se desviada da coordenação para se capacitar ainda mais, inclusive com a 'cultura Núcleo'. (...) Nossa escola possui, sim, regras rígidas de convivência para todos, mas nós nunca toleramos nem toleraremos a intolerância", disse.

Confira, abaixo, a postagem e o comunicado da instituição:

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Mauro Machado, o pai de Anitta, deu o que falar no último domingo, dia 8, ao celebrar o Dia Internacional das Mulheres. Em seu Instagram, ela postou um texto e foi acusado de transfobia. Segundo informações do Extra, no post estava escrito o seguinte:

"Diante de todas as mudanças na Terra, sejam elas profissionais, sociológicas ou de gênero; há um simples detalhe que jamais mudará o conceito de ser e nascer mulher. Mulher. Somente ela nasceu com a força e o poder de gerar outra vida".

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Os comentários logo vieram:

"Ser mulher, nascida com útero ou não, não faz a menor diferença. Sua filha entende a transexualidade como realmente merece. Não estou atacando, respeito sua idade e acho que nunca é tarde para se informar".

Já outra pessoa foi mais direta:

"Precisa ser transfóbico? Transfobia é crime".

Pouco depois, ele apagou essa postagem e publicou outra mais simples, que apenas trazia um Feliz Dia Internacional da Mulher. Na legenda, disse:

"Sem mais comentários, beijos".

Ele ainda desativou os comentários para essa publicação.

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