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O Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, na Zona Norte do Recife, amanheceu alagado nesta quarta (13). Apesar do dispositivo não ter sido interditado, o trânsito na região foi prejudicado.

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) enviou uma equipe à Avenida Real da Torre para orientar os motoristas. Vale destacar que o túnel é de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado.

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O Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, permanece fechado nesta quinta-feira (15). O trecho passa por obras e não tem previsão para ser reaberto.

A via que conecta as zonas Norte e Oeste da cidade está bloqueada desde a manhã dessa quarta (14), após um novo problema na bomba de sucção de água. O equipamento é responsável por evitar alagamentos no túnel. 

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A Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU) enviou agentes de trânsito ao local para orientar os condutores. Uma equipe de manutenção do Governo do Estado realiza o serviço.

Para diminuir os impactos da interdição, a CTTU propõe que o acesso à Avenida Caxangá seja feito pela Rua José Osório.

Na manhã desta segunda-feira (20), o Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, precisou ser interditado após ficar alagado pelas chuvas da madrugada. A Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU) alerta para outros pontos de alagamento na cidade.

Agentes e orientadores de trânsito foram enviados para realizar o desvio no dispositivo que liga a Rua Real da Torre à Rua João Ivo da Silva. Com o resultado das chuvas, a CTTU também informou que o trânsito segue lento na Avenida Dois Rios, próximo à entrada do Sesi, no bairro do Ibura, e em dois pontos da Avenida Mascarenhas de Moraes, na altura da Eurovia e da Tambaí Veículos.

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De acordo com a previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), só à noite o tempo ficará parcialmente nublado e terá incidência de chuva fraca, de forma isolada.

Em todo estado, a região de Ponta de Pedra, em Goiana, foi a mais atingida nas últimas 24h, com o acumulado de 51,24 mm. Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e a área de Dois Irmãos, na capital, foram as que mais receberam chuva na Região Metropolitana do Recife (RMR), com 46,24mm e 46,22 mm, respectivamente.

A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, encaminhou à Justiça três denúncias em desfavor do pastor Aijalon Berto Florêncio, acusado de praticar e incitar discriminação de cunho racial e religioso contra seguidores de religiões de matriz africana; bem como por praticar injúria racial e transfobia contra indivíduos por meio do uso de redes sociais.

Os crimes foram cometidos por ele entre os meses de fevereiro e julho de 2021, quando Florêncio publicou vídeos no Instagram com discursos que ferem a liberdade de prática religiosa e a dignidade da coletividade.

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Segundo a assessoria do Ministério Público de Pernambuco, as três denúncias já foram recebidas pela Vara Criminal da Comarca de Igarassu, onde passaram a tramitar as ações penais descritas abaixo.

"O acusado atingiu a coletividade por meio do discurso de ódio fincado em preconceito à religião de origem africana, extrapolando, portanto, o direito ao proselitismo de sua crença ou à liberdade de expressão. Além disso, praticou o ato em rede social de elevado e indeterminado alcance, circunstância que agrava e qualifica a conduta", apontou o promotor de Justiça José da Costa Soares no texto da denúncia.

Nos vídeos em questão, o pastor evangélico associa conceitos como "feitiçaria" e "entidades satânicas" às pinturas de painéis alusivos à religiosidade afro-brasileira no Túnel da Abolição, no Recife.

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Entre as denúncias, o MPPE pede que a Justiça determine ao denunciado a obrigação de remover o vídeo objeto da denúncia e que decrete reparação de danos morais coletivos de pelo menos R$ 100 mil, com a destinação dos valores à produção e divulgação de material educativo voltado ao enfrentamento da intolerância contra religiões afro-brasileiras.

Sobre o caso

Em um vídeo publicado no Instagram, Aijalon Heleno Berto Florêncio critica um painel artístico pintado no Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, dizendo se tratar de "reverência a entidades satânicas".

"Esse painel, na verdade, representa um ponto de contato com forças místicas intrinsecamente ligadas à feitiçaria, entidades reverenciadas nos terreiros, no Candomblé. Esse painel aí é, nada mais, nada menos, do que uma reverência a entidades malignas, satânicas, espíritos das trevas, à luz da palavra de Deus. Você precisa entender que essa palavra bonita ‘retorno à ancestralidade’ é, nada mais, nada menos, do que uma redescoberta dos poderes místicos das trevas que energizam o Candomblé, a umbanda e as religiões de matrizes afro", disse o religioso.

O vídeo gerou uma série de notas e manifestações de repúdio por parte de coletivos, terreiros, artistas e praticantes e não praticantes de cultos de matriz africana.

Através do nome que rememora a luta das pessoas negras pelo fim da escravidão, o Túnel da Abolição é localizado em uma das mais importantes vias do bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife (PE). O equipamento de mobilidade urbana, que tem cerca de 550 metros, foi inaugurado pela Prefeitura em 2015, mas só a partir desta semana passou a refletir traços da cultura afro-brasileira, através do painel “Do Orun ao Aiye: Afrika Elementar”.

A iniciativa faz parte do projeto “Colorindo o Recife”, que surgiu na Secretaria de Turismo e Lazer, mas passou a ser encabeçado pela pasta de Inovação Urbana da capital. O objetivo é criar galerias de arte a céu aberto com a participação de artistas, além de também promover oficinas ao público infantil das escolas públicas da Cidade.

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A transformação do espaço foi feita pelos grafiteiros Adeilson Boris, Nathê Ferreira e Emerson Crazy, que, juntos, construíram uma obra baseada nos quatro elementos da natureza: fogo, ar, terra e água (inã, afefe, aiye, omi). Cada um dos artistas elaborou o mural a partir do elemento escolhido, enquanto a água permeia toda a obra.

Os transeuntes, no entanto, poderão reparar que a cor azul tornou-se predominante no túnel, por escolha dos próprios artistas. O destaque é atribuído à importância da água para o Recife, como também à predominância do elemento no corpo humano.

Para Adelson Boris, autor da parte que usa cores quentes na obra (Inã), o túnel é “um espaço que guarda muita memória de corpos negros em busca de sua liberdade”.

“No momento em estava elaborando os painéis, lembrei que estava acontecendo um momento único e histórico, e é como se estivesse voltando ao passado para resgatar uma memória para o presente e ressignificá-la para o futuro, pensei: isso é sankofa. Então os painéis foram construídos nessa perspectiva ancestral como resgate dos saberes milenares presentes nos elementos da natureza”, disse o artista, que teve contato com o grafite pela primeira vez em 2003, e tem a cultura negra como sua inspiração.

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Já Nathália Ferreira, conhecida como Nathê, ficou encarregada de trazer o elemento ar (afefe) para o mural, dialogando com a criação dos outros dois artistas. ”Pensando em interagir com as produções dos meninos, pensei em criar uma narrativa que desse a ideia de sair do painel terreno de Crazy, um pássaro de pescoço longo, como o sankofa, indo ao encontro do seu bando no painel de Boris”, explicou.

“Montada no pássaro, criei uma amazona, uma menina de rosto comum, que me remetesse as meninas suburbanas que vejo na minha rua, daí os elementos de roupas mais comuns, mas com adereços de realeza. Dando a entender que essa menina estivesse em mais um dia do cotidiano, buscando ou levando uma mensagem muito importante, na contramão da via de carros que passam no túnel”, reitera a artista.

Por outro lado, o juremeiro e iniciado no candomblé há dois anos, Emerson Crazy, incluiu também a sua vivência com a fé na obra. “Foi de grande importância participar de um grande painel em que tive a oportunidade e o prazer de representar o culto yoruba ao qual faço parte, o primeiro painel foi abordado as matas e dois orixás da Egbé odé (sociedade dos caçadores) e o segundo painel onde representei a Orixá Osun da Egbé omi (sociedade das águas), e ambos trazendo significados específicos para o culto de cada orixá”, disse ele, que apresenta no painel dois homens ao centro de uma floresta com fundo dourado, representando a terra (aiye).

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Felizmente a sociedade brasileira começa a dar sinais de civilidade de um pouco de consciência sobre a máxima do pão e circo. Eis que no país do futebol a coisa parece está mudando de situação, pois uma pesquisa do instituto Datafolha revela que o desinteresse dos brasileiros com a Copa do Mundo disparou. Segundo a pesquisa, 53% afirmam não ter nenhum interesse pelo Mundial. No fim de janeiro, o índice de desinteressados era de 42%. Apenas 18% dos entrevistados disseram que têm grande interesse pela competição, mesmo percentual dos que dizem ter interesse médio. Os pouco interessados são 9%. Até agora, a pior marca havia sido registrada em 2014, onde 36% dos brasileiros não se empolgaram com a competição. O levantamento mostra que taxa de desinteresse de agora é a pior às vésperas do torneio desde 1994, quando o instituto fez a pergunta pela 1ª vez. Naquele ano, apenas 17% não tinham interesse no Mundial. Para realizar a pesquisa, o instituto ouviu 2.824 pessoas nos dias 7 e 8 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Pra variar, no primeiro jogo do Brasil uma decepção total com um time, fraco, sem força, cheio de estrelas e pouco futebol. Acorda Brasil, afinal hoje é dia de enfrentar fila para conseguir o botijão de gás.

Sem querer saber de futebol muito menos de seleção brasileira

Ainda segundo o estudo, o desinteresse pela Copa é maior entre as mulheres (61%), pessoas de 35 a 44 anos (57%), moradores da região Sul (59%) e aqueles com renda familiar de até 2 salários mínimos (54%). A pesquisa mostra ainda que 48% dos entrevistados apontam o Brasil como favorito ao título da Copa da Rússia. A Alemanha tem 11% das citações, seguida pela Argentina (2%), Rússia (2%), França (2%) e Espanha (2%).

Oposição pega carona e aproveita para alfinetar governo

Uma série de obras que deveriam ser entregues para a Copa do Mundo no Brasil em 2014, em Pernambuco, não vai ficar pronta sequer para a Copa da Rússia, quatro anos depois. As ações, com foco na mobilidade, abrangem o Ramal da Copa, o Terminal Integrado de Camaragibe, os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste do BRT, além do projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe e do Túnel da Abolição.

Reclamações 

O Ramal da Copa deveria contar com um viaduto, que teve a implantação paralisada após impasses na desapropriação de imóveis no local e depois foi abandonado pelo consórcio responsável. Já o Corredor Norte-Sul, com 33 quilômetros que ligam Igarassu ao Centro do Recife, teve apenas 26 estações entregues e algumas delas já se encontram deterioradas.

Silvio Costa fala

Para o líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Silvio Costa Filho, o atraso e abandono das obras só mostram a falta de prioridades, de planejamento e de gestão do governo Paulo Câmara. “Além de não cumprir as promessas que fez durante a campanha eleitoral, o governador Paulo Câmara sequer conseguiu concluir as obras que recebeu já em andamento”, destacou o parlamentar.

Críticas    

A situação não é diferente em outras obras prometidas para 2014. No corredor Leste-Oeste, depois de quatro anos, o serviço do terminal de passageiros da IV Perimetral não foi finalizado. Apesar de ter sido entregue, o Túnel da Abolição, importante para o tráfego de veículos na Zona Oeste do Recife, também está com pendências, entre elas a carenagem do local e a construção de um pontilhão sobre o Canal do Prado, além da urbanização de duas praças nas proximidades do Museu da Abolição.

Obras atrasadas, sempre

Além do atraso nas obras que deveriam dar mais mobilidade na Região Metropolitana do Recife, a gestão estadual não deu prosseguimento à construção da Cidade da Copa - primeiro modelo de cidade inteligente do Brasil, rescindindo o contrato com a empresa responsável. O local contaria com vários serviços e equipamentos para a população, a exemplo de universidades, escolas e shoppings, e deveria ancorar um novo eixo de desenvolvimento para a Região Metropolitana do Recife. Hoje, o espaço está tomado pelo mato e entulhos e a cidade planejada não saiu do papel.

Será que vai? 

Na reta final da legislatura, o PSDB vai apresentar um pacote com propostas para reduzir gastos nos três Poderes. Em nome da bancada federal, o líder do partido na Câmara, Nilson Leitão (MT), começou a coletar assinaturas para uma proposta que prevê a diminuição do número de senadores, dos atuais três por Estado para dois.

Deputados federais

No caso de deputados federais, o número mínimo por Estado cairia de 8 para 4; o máximo, de 70 para 65. Assim, o Senado passará de 81 para 54 cadeiras e a Câmara, de 513 para 395. Uma economia de R$ 1,3 bilhão em 4 anos.

Exemplos

O Acre, por exemplo, passaria de oito deputados federais para quatro. São Paulo, de 70 para 65. O número de deputados estaduais no País também cairia de 1.059 para 804. O PSDB já conseguiu 120 das 171 assinaturas necessárias para protocolar o texto.

Pedido de apoio

A bancada tucana vai pedir o apoio do presidenciável do partido Geraldo Alckmin para o pacote, que inclui ainda apresentação de emenda à LDO de 2019 para a redução de 20% no custeio do Executivo, Legislativo, Judiciário e MP. “Não é pra reduzir a gasolina da ambulância, mas tirar do carro oficial do Ministro”, diz o líder tucano, Nilson Leitão.

Março de 2015, por volta das 18h30. A estudante Maria Eduarda Barbosa, de 22 anos, vinha caminhando da Rua dos Remédios até a estação da Abolição do BRT, na Avenida Caxangá. Tão distraída, ouvindo música no celular, ela mal percebeu a aproximação de um rapaz que tentou puxar seu aparelho telefônico, ali na praça inacabada do Túnel da Abolição. Eduarda segurou o celular e saiu correndo. Ela percebeu que outro rapaz em uma bicicleta começou a segui-la. A estudante avistou um guarda da CTTU e se aproximou, o que espantou os suspeitos. 

Junho de 2016, por volta das 18h30. A fotógrafa Ana Lira, de 38 anos, vinha da Rua Real da Torre com destino a uma rua no bairro do Prado, localizada próxima à casa de eventos Baile Perfumado, precisando cortar a praça inacabada acima do Túnel da Abolição. No cruzamento com a Avenida Caxangá, ela notou quatro mulheres apreensivas. Ao abordá-las, soube que um rapaz em uma bicicleta havia assaltado aquele grupo de mulheres dias atrás. Ana só continuou o trajeto quando o homem deixou o local. Poucos metros depois, ela foi abordada por uma outra pessoa, também em uma bicicleta. Conseguiu convencê-lo de que a mochila não tinha nada de valor. O rapaz desistiu do assalto e foi embora tranquilamente, inclusive esperando o semáforo ao lado abrir.

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Mais de um ano separam as duas ocorrências. Há pelo menos um ano e três meses, o entorno do Túnel da Abolição virou um lugar inseguro de se transitar. Mas sabe-se que, na verdade, é muito mais tempo: desde que as intervenções da obra do túnel começaram a mudar aquele local.

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A Secretaria de Cidades de Pernambuco comemora o aumento da capacidade viária do cruzamento da Rua Benfica com a Rua Real da Torre. Com a inauguração do túnel, a capacidade deve estar em torno de 8.250 veículos por hora, longe dos 4.260 de anteriormente. Segundo a pasta, o túnel vem cumprindo sua missão principal que é “proporcionar a melhoria considerável da velocidade média do tráfego misto e do corredor de transporte da Avenida Caxangá”. 

Para que o projeto seja completamente entregue - o que estava previsto para ocorrer em janeiro de 2014 - ainda faltam entregar o elevador que liga o túnel à praça, acabamento da escada, a própria praça e o acesso ao Museu da Abolição; todas consideradas obras de urbanização. O problema é que o planejamento urbano que privilegia a entrega incompleta de uma obra para aumentar a fluidez dos carros e deixa a urbanização para segundo plano tem, aparentemente, criado mais uma região do medo no Recife, deixando as pessoas que frequentam aqueles espaços traumatizadas.

Tanto a estudante Maria Eduarda quanto a fotógrafa Ana Lira tiveram suas vidas afetadas pelas abordagens sofridas. Desde outubro de 2015, Eduarda precisa ir semanalmente a uma consulta em um prédio da Rua dos Remédios. Ela não utiliza mais o BRT, para não ter que ir andando do final da Caxangá até o endereço da consulta. Eduarda prefere pegar um ônibus convencional, de viagem mais demorada, e descer na Rua Benfica, que fica mais próximo. “Eu tenho muito medo do que aconteceu antes. A parada que eu desço é perigosa também mas eu evito passar pela praça”, conta a estudante. 

Dias depois do ocorrido na área do Túnel da Abolição, a fotógrafa Ana Lira pretendia imprimir um portfólio com uma amiga em Setúbal, na Zona Sul do Recife. “Na hora de sair, desisti porque ia ter que sair com meu equipamento e fiquei com medo de ser assaltada. Pedi para ela esperar eu colocas as fotos no Dropbox. É como se a cidade passasse a ser uma preocupação para você e isso é uma questão de planejamento urbano”. 

Efeitos diretos e indiretos da insegurança

Quem é obrigado a conviver com aquela área está sempre com a sensação de vulnerabilidade. É o caso do professor Paulo Alexandre, que trabalha na Escola Estadual Joaquim Távora, na Rua Real da Torre, bem próximo da obra. “Eu passo correndo”, ele confessa e continua: “E se vem uma pessoa no sentido contrário eu já acho que vou ser assaltado. Semana passada, uma funcionária da escola foi assaltada aqui bem perto”. O professor diz que não vê policiamento em momento algum e que as pessoas marcam de ir embora da escola juntas para não encarar o caminho sozinhas. 

À noite, quando os comércios próximos fecham, a escuridão predomina no local. A praça não é iluminada e o entorno é escuro e deserto. Para as obras, o governo decretou a desapropriação de 13 imóveis. Casas foram retiradas, assim como uma unidade da Igreja Assembleia de Deus. O transitar de pessoas foi drasticamente reduzido.

Em janeiro deste ano, a estudante Flávia Banastor, na época estagiária do Museu da Abolição – localizado ao lado do túnel -, chegou a assinar um abaixo-assinado que denunciava a onda de assaltos no entorno da obra. “Foi uma iniciativa dos próprios comerciantes da área”, ela lembra.

A questão da escuridão no local é agravada também porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) exigiu, como contrapartida da obra, que a fiação do museu fosse embutida, já que se trata de um prédio tombado desde a década de 60. A fiação até foi embutida, mas os postes específicos para este tipo de instalação não foram colocados. 

O Museu da Abolição, importante na difusão dos valores da cultura afro-descendente, é um dos que mais sofre com a obra. O embutimento da fiação, por exemplo, ainda mexeu com a rede de esgoto do local. De acordo com a diretora do museu, Elisabete Assis, os funcionários sentem um mau cheiro desde então e eles não sabem onde está a caixa de esgoto atualmente. 

Ainda de acordo com Assis, houve uma diminuição de 60% do público escolar porque o acesso ao prédio foi perdido – ou seja, os motoristas não conseguem entrar no prédio sem ter que entrar na contramão. “Além disso, tem a questão do patrimônio. Um caminhão não pode entrar aqui, o transporte de uma obra tem que ser feito na rua”, relata a diretora. Assis também tem ouvido dos funcionários que o número de assaltos cresceu vertiginosamente. 

O Túnel da Abolição faz parte do pacote de obras do Corredor Leste-Oeste, que está com as obras paralisadas. Em 2015, o contrato com o consórcio Mendes Jr/Servix foi desfeito por abandono das obras e quebras de contrato. A empresa projetista Policonsult foi contratada para fazer o levantamento do que falta ser concluído.

Segundo a Secretaria de Cidades, com base no levantamento, será elaborado o Termo de Referência que norteará o novo edital de licitação. A previsão é que o processo licitatório da conclusão das obras seja aberto em outubro de 2016 e a entrega das obras ocorra um ano após a contratação da empresa. A Polícia Militar informou que a área tem patrulha do bairro, motopatrulhamento e câmera de videomonitoramento. 

O Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, na zona Oeste do Recife, amanheceu alagado e interditado mais uma vez nesta sexta-feira (24). Inaugurada em abril, esta foi a terceira vez que a estrutura precisou ser interditada emergencialmente. O túnel só foi liberado às 8h35.

A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) interditou a Rua Real da Torre na altura da Rua José Osório. Quem precisou seguir para o bairro de Afogados teve que acessar a José Osório, saindo na Avenida Caxangá e, em seguida, na Avenida General San Martin. 

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Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), o boletim parcial aponta que choveu 17 mm no Recife das 9h de quinta-feira (23) até as 6h de hoje. Até o fechamento da matéria, a Secretaria das Cidades não havia se posicionado sobre o que teria causado o novo alagamento.

Anteriormente – Há duas semanas, o Túnel foi interditado porque uma bomba hidráulica quebrou. No dia 27 de maio, o trecho precisou ser bloqueado por três horas, também por ter amanhecido alagado. 

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O Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, amanheceu, neste sábado (11), alagado. Nas primeiras horas do dia, já circulavam pelas redes sociais postagens de pessoas que alertavam sobre o problema que estava atrapalhando o trânsito na área. Segundo um funcionário da empresa responsável pela manutenção hidráulica do local, disse em reserva, que uma das bombas responsável por drenar a água que escoa pelo túnel quebrou e o problema estava sendo reparado. 

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Ainda segundo o trabalhador, as bombas são necessárias por conta da diferença que existe entre o túnel e o nível do mar. "Como aqui (na parte interna do túnel) estamos há quase três metros abaixo do nível do mar, é necessário bombas para drenar a água que pode infiltrar. Houve um problema no sistema e ela parou de funcionar, o que deixou tudo alagado. Mas, o reparo está sendo feito e ainda no final desta manhã a água vai ser totalmente drenada", afirmou o homem.

O local ainda está com o trânsito complicado, então quem precisar passar por lá deve ter o cuidado redobrado. Uma alternativa para os motoristas é usar a Rua José Osório. Agentes de trânsito estão no local para orientar os condutores. 

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O recém-inaugurado Túnel da Abolição precisou ser interditado nesta quinta-feira (28), com pouco mais de um mês de abertura. Por conta da chuva, houve acúmulo de água, o que impediu a passagem dos veículos.

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Por meio de nota, a Secretaria das Cidades (Secid) alegou que houve depredação do quadro técnico, por parte de vândalos, além do desligamento das bombas, impedindo a drenagem da água. Conforme o órgão, o problema já foi solucionado e o trânsito liberado.

>>Túnel da Abolição ainda incompleto, mas cheio de críticas

“De acordo com o que vimos na área de controle das bombas, houve uma tentativa de arrombamento do quadro elétrico, danificando, assim, a chave geral. Além disso, a válvula de uma das bombas foi fechada, impedindo o escoamento da água”, explica Gustavo Gurgel, gerente de Mobilidade Urbana da Secretaria das Cidades (Secid).

Na tentativa de evitar que ações assim se repitam, a Secretaria está está providenciando o isolamento da área onde se concentra o quadro elétrico. "Provavelmente, isso acontecerá por meio de um portão de ferro. Estamos estudando a forma mais segura de proteção”, acrescenta.

Localizado no cruzamento entre a Rua Real da Torre e a avenida Caxangá, no bairro da Madalena  (Zona Oeste do Recife), o Túnel da Abolição faz parte do conjunto de obras do Corredor Exclusivo de Transporte Rápido por Ônibus (TRO) do eixo Leste/Oeste – que se inicia no Derby e se estende até Camaragibe.

Após chuvas na madrugada desta quinta-feira (27), o Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, foi interditado por cerca de três horas. O equipamento, que fica no cruzamento da Rua Real da Torre com a Avenida Caxangá, amanheceu alagado e, por isso, precisou passar por um processo de manutenção. O tráfego no local, de acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) foi liberado há pouco. 

O Túnel foi inaugurado há menos de dois meses, mais de um ano depois da previsão inicial do projeto, e com detalhes para a manutenção do equipamento inacabados. O trecho que liga as ruas Real da Torre e João Ivo da Silva. 

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De acordo com a central de monitoramento da CTTU, apesar das chuvas terem dado uma trégua algumas vias da cidade seguem com o trânsito em retenção. Entre eles a Avenida Abdias de Carvalho, sentido Centro; Avenida Caxangá, no sentido subúrbio; Mascaranhas de Moraes, sentido Centro; e a Rua José Osório. 

Prometido para a Copa do Mundo, o Túnel da Abolição ganhou várias datas de inauguração, e após um ano de atraso, o equipamento foi entregue. Completando um mês de liberação, nesta terça-feira (12), o espaço ainda apresenta problemas estruturais. Com a proposta de extinguir os ‘gargalos’ do trânsito, a obra ainda continua inacabada e diferente do projeto que foi apresentado. Já os comerciantes alegam prejuízo financeiro, após o início da construção.

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Para erguer o túnel, parte integrante de uma das etapas do Corredor Exclusivo de Bus Rapid Transit (BRT), foi necessário o investimento de R$ 16 milhões. Além disso, aproximadamente 17 residências tiveram que ser demolidas. Tudo isso para o fluxo de 56 mil carros de passeio e seis mil ônibus trafegarem com menos retenção.

A obra que começou em março de 2013 - na época do governo Eduardo Campos - e foi prometida para ser entregue na Copa, só foi liberada há um mês, na atual gestão. Comparando o projeto que foi idealizado e o equipamento inaugurado é possível observar outros grandes diferenças.

Um exemplo é a escadaria, que no escopo do projeto era rolante, e hoje se apresenta em uma estrutura íngreme e completamente de concreto. Não existe elevador, dessa forma não há acessibilidade para cadeirantes ou pessoas que possuam limitação na locomoção. Não há acesso para o Museu da Abolição e consequentemente não existe saída para veículos. Além disso, a obra apresenta infiltrações.

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Segundo a diretora do Museu da Abolição, Maria Elisabete Assis, a construção do Túnel resultou em um declínio médio de 60% das visitações, principalmente as escolares. “Dos frequentadores do Museu, 90% eram de escolas particulares e estaduais. Após o inicio das obras houve uma queda drástica de 60%, e ainda não há uma solução prevista”, criticou.

Para resolver o impasse, Assis relatou o que foi definido pela Secretaria das Cidades, juntamente com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Para o ônibus poder entrar no local foi necessário recuar o muro da escola estadual vizinha. Fora isso, está prevista a demolição do prédio de apoio e do muro do Museu”, apontou a diretora.

“Para piorar, nada disso tem prazo porque ainda depende de licitação. Já que as empresas que realizaram o serviço faliram e estão envolvidas no esquema da Lava-Jato”, disse. Ainda de acordo com ela, para os veículos poderem sair será modificada a atual entrada. Sendo assim, haverá uma pequena mudança no trânsito.

Comércio

Comerciantes se queixam. Vendedora de uma loja de confecção, Verônica Soares anda descontente com as consequências das mudanças. Ela conta que seu público aninda não foi atingido, mas muitos proprietários já se mudaram. “Aqui, ao lado do Museu houve uma queda nas vendas, devido a dificuldade de acesso, mas não foi tanta como na área lateral direita do Túnel, onde muitos empreendedores tiveram que sair para outro local ou até mesmo fechar o negócio”, lamentou. “Essas novas mudanças para a entrada e saída de ônibus me assusta”, concluiu.

O empresário Marcos Vasconcelos, dono da ‘Marcos Equipadora’, teve que fechar dois dos três estabelecimentos. “Quando fecharam a via, simplesmente os clientes deixaram de procurar a loja. Isso acarretou no lucro nas demais lojas e precisei fechar lojas da Real da Torre e da Imbiribeira”, contou. “Como fazem uma obra desse tipo e não avaliam o impacto que os comerciantes vão sofrer? Agora é trabalhar mais para conseguir erguer o que foi perdido”, reclamou Vasconcelos.

Há dez anos comercializando móveis na Real da Torre, Felipe dos Santos afirmou que a loja permanece aberta devido às vendas externas. Já que sofreu redução de 60% das visitas de clientes. “Não vejo nenhum lado positivo dessa construção. Os clientes não podem parar e as vendas simplesmente estão estagnadas”, falou.

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Uma das obras mais polêmicas dos últimos anos no Recife, o Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, foi liberado para o fluxo de veículos, neste domingo (12), após uma série de atrasos. Previsto para antes da Copa de 2014, o novo trecho que liga as ruas Real da Torre e João Ivo da Silva começou a ser utilizado pelos motoristas, mesmo ainda inacabado. 

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Para alguns entregue “às pressas”, mesmo com tanta demora, o Túnel ainda não tem placas de sinalização de velocidade e altura máximas permitidas. De acordo com Marcelo Bruto, representante da Secretaria Especial de Mobilidade da Secretaria das Cidades de Pernambuco, o Departamento de Trânsito (Detran-PE) já estabeleceu a velocidade máxima, que será informada nesta segunda (13).

Quanto à altura máxima para caminhões e demais veículos de grande porte, o secretário-executivo deixou a entender que o detalhe não foi pensado anteriormente. “Realmente, você tem razão. Vamos ver com a secretaria para logo providenciarmos. Mesmo com pendência, o transtorno (no trânsito daquela área) é tão grande que, mesmo com as condições mínimas para funcionamento, a liberação iria ajudar o tráfego”, admitiu à reportagem. 

As únicas placas instaladas no local é para orientar os condutores que irão para Afogados, Cidade Universitária, Boa Vista e centro. No espaço destinado à escada e ao elevador de acesso para pedestres, uma dúzia de profissionais trabalhavam ao longo da tarde. Também lá continuam as infiltrações nas colunas laterais do túnel. A água, em pingos ou esguichos, não para de escorrer. 

“Diminuiu bastante de quatro semanas para cá. Já foram injetados mais de 80 litros de um gel com solução impermeabilizante. Com o tempo, é normal que certa umidade apareçam em túneis deste tipo e há um sistema de drenagem para atuar pontualmente. Nossa avaliação é de que é natural e o túnel está com suficientes condições de segurança para ser utilizado”, garantiu o secretário. Sobre a escada e o elevador de acesso, o prazo para estarem prontos pelo contrato é no final de maio. 

Motoristas pegos de surpresa

No cruzamento da rua José Osório com a avenida Caxangá, a surpresa era visível para quem pretendia pegar a via com destino à Rua Benfica e ao centro da cidade. “Não sabia, agora vou ter que ir lá na frente para pegar o retorno. Mesmo assim, acho que vai melhorar, porque esse cruzamento era muito engarrafado”, apostou a biomédica Daniela Lossio. 

Quase que sem parar, motoristas encostavam na faixa da esquerda para perguntar ao guarda da Companhia de Trânsito de Transporte Urbano do Recife (CTTU) o motivo da aparente interdição. Segundo a Secretaria Especial de Mobilidade, nesta segunda-feira (13), primeiro dia útil após a inauguração, orientadores da CTTU e do Detran estarão no trecho para auxiliar o trânsito. 

Alterações no itinerário dos ônibus

O Grande Recife Consórcio de Transportes informa à população que retornarão ao trajeto original as 15 linhas que faziam o percurso temporário pela rua José Osório até a avenida Caxangá. Os coletivos já utilizam o Túnel da Abolição. Com a mudança, os pontos de ônibus também terão modificações. Cartazes fixados nas paradas e divulgadores do Grande Recife são prometidos para orientar os passageiros. 

Para marcar os 100 dias da administração do governador Paulo Câmara (PSB), completados nesta sexta-feira (10), o PSOL fez uma visita ao Túnel da Abolição na Avenida Caxangá, no Recife, e criticou o atraso da obra. O protesto organizado pelo o presidente do Psol em Pernambuco e deputado estadual Edílson Silva (PSOL), nesta quinta-feira (9) também contou com a presença de alguns militantes da legenda que levaram cartazes e faixas e entregaram panfletos à população. 

Segundo o partido de oposição, a intervenção urbana deveria ter ficado concluída antes da Copa de 2014 com o custo de R$ 16 milhões, mas não tem prazo para ser inaugurada. “Esse túnel representa os desmandos de um governo de continuidade que se baseia em promessas, e não em ações concretas. Um conjunto de obras foi prometido para a Copa, mas apenas a Arena foi concluída a tempo”, discursou Edilson Silva, usando um microfone e uma caixa de som na Avenida Caxangá. 

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De acordo com o deputado, a construção iniciada desde maio de2013, acumula sucessivos atrasos no cronograma.  Ele também relembrou que no dia 25 de fevereiro, o governador Paulo Câmara e o secretário das Cidades, André de Paula, visitaram a intervenção. Na ocasião, prometeram liberá-lo ao tráfego no dia 15 de março. Mas, segundo o presidente do Psol, o governo foi obrigado a recuar posteriormente e cancelou a inauguração.

“BICA DO GERALDO” – Ironizando a infiltração d’água nas paredes, os dirigentes e militantes do PSOL deram ao Túnel da Abolição o apelido de “bica do Geraldo”, em referência ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio, secretário estadual de Planejamento à época da licitação da obra. 

“O governo tenta ganhar tempo, dizendo que as obras estão em fase de teste. Mas ninguém, até agora, veio a público explicar o porquê de tanta água jorrando das paredes. Está cada dia mais evidente que não houve zelo, nem responsabilidade. Os danos causados pela obra estão prejudicando o Museu da Abolição, a população do entorno e, agora, ameaça o subsolo”, disparou Edilson Silva que depois da visita seguiu para a sessão da Assembleia Legislativa, onde fez questão de pontuar o assunto na Casa. 

 

Depois da vistoria e críticas da bancada da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em relação a atrasos de obras de mobilidade do Governo do Estado, o líder do governo na Casa Joaquim, deputado Waldemar Borges (PSB), saiu em defesa do Estado, nesta quinta-feira (26). Para o pessebista a fiscalização dos parlamentares no Túnel da Abolição, no Recife, constatou o óbvio, alegando que o trecho ainda está em teste. No entanto, o parlamentar não comentou outras obras questionadas como o Elevado da Caxangá e a falta de conclusão das paradas do BRT do Corredor Leste-Oeste.

Borges também comentou sobre o atraso de finalização do túnel. “É do conhecimento de todos que os atrasos na obra se devem às dificuldades enfrentadas pela empresa Mendes Júnior, que assim como as outras empresas citadas na Operação Lava Jato em todo o País, vive um momento de retração”, esclareceu através de sua assessoria.

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O líder do governo lembrou que um exemplo disso foi o fato de a empresa ter desistido formalmente das obras de requalificação da BR-101, cuja licitação tinha vencido. “Fora isso, o resto são situações normais, de menor relevância, próprias de uma grande obra, que ainda falta ser totalmente concluída para depois então ser entregue à população”, defendeu.

Após defesa ao Governo Estadual, o parlamentar ressaltou que o Túnel da Abolição deve ser entregue num primeiro momento para a circulação de carros, na primeira quinzena de abril, e que o restante do equipamento deve ser concluído em todos os seus detalhes no mês seguinte. “Só a partir daí, nós todos, não só a oposição, temos que acompanhar e averiguar se a obra vai cumprir a sua função, que é a de facilitar a mobilidade naquela região”, enfatizou.

Segundo Waldemar Borges, a vistoria feita pela bancada da oposição na área da mobilidade foi escolhida por faltar assuntos para reclamar. “O que houve de fato foi à fiscalização numa obra que ainda não foi entregue, e que, como é óbvio, se encontra incompleta. Na falta de novos assuntos para serem criticados, a oposição agora está começando a fiscalizar obras de mobilidade que ainda não foram entregues”, rebateu o pessebista. 

Deputados estaduais que integram a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fazem uma vistoria nas obras do Túnel da Abolição, no bairro da Madalena, na manhã desta quinta-feira (26). 

A construção do Túnel, localizado no cruzamento entre a rua Real da Torre e a avenida Caxangá, se arrasta há dois anos. E por mais de uma vez teve a data de entrega a população adiada pelo Governo do Estado. A última previsão de inauguração seria no último dia 15, no entanto três dias antes a gestão estadual desmarcou a entrega.

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A expectativa é de que quando ficar pronta a intervenção viária desafogue um dos principais pontos de retenção do trânsito da capital pernambucana. 

Além do túnel, a bancada oposicionista vai visitar o elevado da avenida Caxangá e estações de BRT que não estão em funcionamento e que, ao lado do túnel, fazem parte do pacote de obras de mobilidade que deveriam ter sido entregues para a Copa do Mundo de 2014.

A entrega do Túnel da Abolição, localizado no cruzamento entre a Rua Real da Torre e a Avenida Caxangá, não vai mais ocorrer neste domingo (15) como havia prometido a Secretaria das Cidades. A liberação do tráfego foi adiada e sem data prevista de inauguração, segundo informou a assessoria de comunicação da pasta.

No início da manhã desta quinta-feira (12), o governador Paulo Câmara esteve no Túnel para vistoriar a obra. Constatando não ser possível liberar a via até o final de semana, o gestor estadual solicitou um prazo maior, "considerando que o tempo estabelecido foi insuficiente para os ajustes finais".

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“O governador Paulo Câmara acatou o adiamento. Paralelamente à conclusão desses ajustes, a comissão técnica estará realizando, de forma preventiva, testes complementares, comuns em obras desse porte. A obra caminha bem, inclusive, nas últimas chuvas, não foi verificado nenhum problema”, explica o secretário executivo de Mobilidade, Marcelo Bruto.

O Túnel da Abolição, que recebeu investimento de R$ 16 milhões, faz parte do corredor Leste-Oeste e é uma das principais rotas para chegar até a Arena Pernambuco, em Camaragibe. Com obras iniciadas em 2013, a proposta era entregar o equipamento antes da Copa do Mundo, em maio do ano passado. Desde então, o projeto passou por vários atrasos.

Projeto - O equipamento fica localizado no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. A proposta é otimizar o trânsito em um dos principais pontos de retenção do corredor Caxangá/Benfica. A circulação passará a dispor de três faixas de rolamento livre e sem interrupções na Rua Real da Torre, e mais duas no prolongamento da Avenida Caxangá.

Atualmente, a capacidade viária total do cruzamento da Rua Benfica com a Real da Torre, somando os fluxos de todas as aproximações, estima-se em 4.620 carros por hora. A capacidade viária da interseção passará para, aproximadamente, 8.250 veículos por hora quando o túnel for entregue.

Com informações da assessoria

Quem passa pela Rua Real da Torre, na Madalena, Zona Oeste do Recife, se depara com uma obra que promete desafogar o trânsito no entorno da Avenida Caxangá. A construção do Túnel da Abolição se arrasta há dois anos. No entanto, a solução encontrada para amenizar os problemas de mobilidade urbana tem causado dano à cultura. O motivo é simples: as obras do túnel estão sendo realizadas em frente ao único museu que estimula a reflexão crítica acerca da população e da cultura negra no Estado, o Museu da Abolição.

Poeira e barulho são alguns dos problemas causados pela obra, mas não são os principais. A entrada central do equipamento cultural foi bloqueado em decorrência da construção do túnel. Logo, o acesso de veículos grandes ao estacionamento do museu foi inviabilizada. Segundo a direção do Museu da Abolição, desde o início das obras do túnel, a visitação ao local caiu em mais de 50%. 

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“Desde a interdição da via para a construção do túnel, a entrada principal do museu morreu. Isso inibe o acesso dos ônibus escolares, que não têm como estacionar porque a saída está inviabilizada. Agora, os transportes escolares precisam estacionar no meio da rua, arriscando a vida das crianças. Esse é um dos principais motivos que está fazendo com que o número de visitantes caia bruscamente, chegando a menos da metade”, explica Fabiana Sales, vice-diretora do museu.

O projeto polêmico esbarrou em alguns impasses e chegou a ser embargado no início das obras, sob a alegação de que a construção resultaria na demolição de casarios históricos, dentre outras irregularidades. Mas a obra conquistou a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pôde ser retomada. A construção começou em 2013, mas antes disso a Secretaria das Cidades de Pernambuco assumiu alguns compromissos para não impactar na rotina de visitação do Museu da Abolição. No entanto, a diretora do museu, Elisabete Arruda, afirma que nenhuma das promessas foram cumpridas. 

Segundo a diretora, a Secretaria das Cidades garantiu que o equipamento Cultural ganharia um novo acesso. Além disso, seria instalado no museu um portão eletrônico e uma nova guarita, pois a existente não tem mais serventia, já que a entrada principal está inutilizada. O órgão também seria responsável pelos ajustes na Praça João Alfredo, localizada em frente ao Museu da Abolição, para viabilizar a manobra dos ônibus e caminhões que precisam descarregar obras de arte. Todas as alterações deveriam ter sido realizadas ainda no início da obra, que já está em fase de conclusão, com entrega prevista para maio.

“Quando o projeto nos foi apresentado,  a Secretaria das Cidades afirmou que o Museu da Abolição não sofreria com a execução da obra, que iria até melhorar a visibilidade do museu. Mas para que os transtornos não interferissem na rotina do equipamento, algumas modificações deveriam ter sido realizadas imediatamente. Os compromissos assumidos pela Secretaria não foram cumpridos.  O acesso dos ônibus ao museu, por exemplo, foi inviabilizado, porque o processo de saída dos veículos grandes não foi pensado no projeto. Para piorar a situação, o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais foi comprometido, pois as obras do túnel levantou um degrau, o que dificulta a mobilidade”,  pontuou. 

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Elisabete ainda ressaltou que os representantes do museu e do IPHAN têm tentado contato com a Secretaria das Cidades para obter um posicionamento, porém não obteve êxito. A diretora adiantou que o último ofício foi entregue ao órgão no início do ano, mas a nova gestão também não se pronunciou sobre o assunto.  “O secretário André de Paula veio fazer uma visita técnica às obras do túnel no dia 5 de fevereiro, mas se quer nos procurou. Todos estão cientes dos ajustes que deveriam ser realizados no museu. Mas os executores da obra afirmam que no projeto não existe nada além da construção do túnel.  Logo, não está a cargo deles as intervenções no museu que foram acordadas pela Secretaria”, ponderou. 

Os transtornos causados ao Museu da Abolição também é sentido pela sociedade. A professora Keyse Stephanie esteve no museu ao lado dos alunos no início de fevereiro e se deparou com as dificuldades do acesso. “Além dos ônibus escolares não poderem entrar no estacionamento do  museu, os coletivos de linha estão tendo que parar no meio da rua para embarque e desembarque de passageiros. Isso acaba dificultando o acesso e desestimulando as frequentes visitas ao local”.

Para intervir nesse impasse entre a Secretária das Cidades e o Museu da Abolição, a vereadora Isabella de Roldão protocolou um projeto na Câmara que propõe a realização de uma audiência pública para ouvir todos os envolvidos. “ Esse projeto foi extremamente danoso ao museu, que acabou sendo relegado. Pensou-se em melhorar a mobilidade, mas esqueceram de preservar os equipamentos culturais. Por isso decidimos chamar uma audiência pública para ouvir o governo, a prefeitura, o museu e a sociedade”, pontuou a vereadora, ressaltando que a audiência pública deve acontecer entre os meses de março e abril.   

Vereadora denuncia descaso com Museu da Abolição

O secretário das Cidades,  André de Paula fez uma nova visita técnica ao Túnel da Abolição, na última quarta-feira (25), acompanhado de técnicos da Secretaria das Cidades (Secid), da construtora responsável pela obra do túnel (Consórcio Mendes Júnior/Servix) e da gerenciadora dos serviços (Maia Melo Engenharia). Em nota, o secretário ressaltou que os trabalhos estão prestes a ser finalizado. 

“As obras caminham para a fase final, contribuindo para que a liberação do tráfego aconteça no dia 15 de março, conforme foi anunciado pelo governador Paulo Câmara. Os trabalhos se concentram em atividades de pavimentação asfáltica, impermeabilização das paredes e acabamento”, explicou André de Paula.

Em nome da Secretaria das Cidades, o gerente de projetos especiais Gustavo Gurgel afirmou que o secretário está ciente sobre a necessidade de abertura de um novo portão de acesso ao Museu da Abolição e que a equipe tem mantido diálogo com representantes do equipamento cultural. “Durante a vistita de hoje, mostramos ao secretário a necessidade de abertura do novo portão. Ele imediatamente sinalizou para que a obra fosse tocada. Já estamos negociando com a construtora do túnel um aditivo no contrato, para que eles também sejam responsáveis por essa obra. Caso esse acordo não venha a se concretizar, a gente vai em busca de uma nova empresa para fazer esse serviço.  Mas a expectativa é que a gente consiga pelo menos com a construtora do túnel a obra do acesso, com a implantação do portão que é mais urgente. Tem outras obras menos urgentes de adequação que a gente tá negociando com ele também”, reforçou Gurgel. 

A data da liberação do trafego está mantida, 15 de março. Mas período previsto para concluso da obra deve ser no mês de maio, quando o contrato com a construtora Mendes Junior deve ser encerrado. Até lá as obras no Museu da Abolição deve ser concluída ou o caso pode parar na Justiça. “Fomos orientados pela Procuradoria Federal a recorrer ao Ministério Público para impetrar um processo. Essa será a última instância, pois estamos tentando solucionar o problema de forma amigável”, alertou a diretora do Museu da Abolição.

A vereadora do Recife, Isabella de Roldão (PDT), afirmou que a Prefeitura e o Governo do Estado se preocupam pouco com a educação e a cultura. Isto porque, segundo ela, as obras do Túnel da Abolição, que devem ser concluídas em março, estão prejudicando a visita da população ao Museu da Abolição, no bairro da Madalena. De acordo com dados levantados pela pedetista, a visitação ao local reduziu em 60%.  

"É triste encontrar uma ferramenta de ensino, aprendizagem e elevação de cultura totalmente entregue e excluída por causa de um processo de modernização. De fato, Recife e Pernambuco pouco se preocupam com a Educação e Cultura", disparou. A vereadora denunciou ainda que "pensaram em praticamente tudo menos na acessibilidade dos pedestres, dos cadeirantes, dos ônibus escolares que não possuem mais acesso ao local, e muito menos na importância histórica cultural que o espaço possui".

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Na tentativa de esclarecer a redução das visitas e a falta de acessibilidade ao Museu da Abolição, a vereadora fez um requerimento solicitando informações à secretaria das Cidades para saber como será o acesso dos transportes escolares, das crianças e dos visitantes, com essa nova estrutura após a finalização da obra do túnel.

 

Previsto para ser entregue em março de 2014, o Túnel da Abolição ganhou mais uma data para ser inaugurado. Nesta quinta-feira (5), o secretário das Cidades, André de Paula, vistoriou a obra no bairro da Madalena, na zona oeste do Recife, pela primeira vez e reiterou o novo prazo dado pelo governador Paulo Câmara: em 15 de março de 2015, o trecho será liberado para o tráfego de veículos. 

Os trabalhos finais no local se concentram em atividades de pavimentação asfáltica, instalação elétrica para, na sequência, dar início ao acabamento. “O governador fez questão de garantir a entrega do Túnel com maior brevidade possível. E nós, da Secretaria das Cidades, estamos trabalhando intensamente para que, no prazo determinado por ele, a liberação do tráfego aconteça”, garantiu André de Paula. 

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Dados da Secretaria das Cidades mostram que a capacidade viária do Túnel da Abolição será de 8.250 veículos por hora, quase o dobro da capacidade atual (4.620 carros) do cruzamento da Rua Real da Torre com a Rua Benfica. O acesso dos pedestres será realizado através de uma escada e também de elevador. Uma parada de ônibus será instalada no local. 

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