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A ilustração da capa do livro “Castanha do Pará”, do artista Gidalti Moura Jr. (ouça podcast com o artista aqui), vencedor do Jabuti (o mais importante prêmio literário do Brasil) de melhor história em quadrinhos de 2017, foi removida de uma exposição no Parque Shopping, na última segunda-feira (16), em Belém. Um policial militar visitou a exposição e se sentiu “ofendido” com a ilustração que retratava um garoto fugindo de um PM e postou sua indignação na internet. O post viralizou nas redes sociais e o desenho foi removido da exposição sem a autorização de Gidalti.

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Em suas redes sociais, o artista classificou a situação como censura. “A retirada da obra do evento é um gesto que vai contra valores fundamentais que defendo, dentre estes a liberdade de expressão. A obra é ficcional, tem caráter lúdico e expõe situações rotineiras nas metrópoles brasileiras. Quem a compreendeu como apologia ao crime e/ou a desmoralização da Polícia Militar o faz de forma leviana e sem ao menos ler o livro ‘Castanha do Pará’”, declarou.

Em nota divulgada à imprensa, a Polícia Militar do Pará comunicou à administração do Parque Shopping a insatisfação dos policiais quanto à abordagem da imagem da atividade militar na obra. “Em qualquer momento a instituição afirmou que o desenho incentivava o crime. A Polícia Militar ressalta a defesa da liberdade de expressão e, dessa forma, não escondeu a própria discordância à tela exposta pelo artista Gidalti Moura Jr”, diz a nota da PM.

A decisão de retirada do desenho de Gidalti Jr., segundo a coordenação do shopping, foi tomada em comum acordo com a curadoria do evento e que outra obra do mesmo autor será colocada na mostra. “A mudança ocorreu diante de manifestações de frequentadores do shopping que se sentiram incomodados com a cena de violência, no espaço que é frequentado por crianças”, justificou a coordenação em nota à imprensa.


A China proibiu que exemplares da Bíblia sejam vendidos na internet. A medida foi anunciada no último fim de semana, mas somente agora surtiu efeito e o livro sagrado cristão agora está indisponível nos principais varejistas chineses. Sites que pararam de vender a publicação incluem a Amazon, Taobao e JD.com. As informações são do jornal The Sun.

No entanto, alguns varejistas ainda oferecem materiais relacionados - como livros de histórias ilustradas ou análises acadêmicas da Bíblia. Segundo reporta o jornal americano The New York Times, a medida é uma tentativa da China de limitar a crescente cena religiosa do país.

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Em 2014, o professor de sociologia Fenggang Yang previu que a China se tornaria o maior país cristão do mundo em breve, superando os EUA em 2025. Falando ao The Sun, um porta-voz da entidade de caridade Christian Solidarity Worldwide disse que a proibição é preocupante.

"Estamos vendo grupos cristãos não registrados serem forçados a fechar e, em alguns casos, os edifícios da igreja foram completamente demolidos", informou o porta-voz. A prática religiosa na China é rigidamente controlada pelo governo, com as cinco religiões reconhecidas - budismo chinês, islamismo, catolicismo, protestantismo e taoísmo - supervisionadas por organizações oficiais.

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A China decidiu punir os sites que publicam paródias de "obras clássicas e de heróis" da história do país, como define o regime comunista.

Duas grandes plataformas chinesas de vídeos online, iQiyi e Sina, foram multadas por "distorcer e ridicularizar" algumas obras, anunciou o ministério chinês da Cultura, sem especificar o teor dos vídeos incriminados.

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Uma empresa da província de Sichuan (sudoeste) teve que pagar "a maior multa prevista em lei" por um vídeo que fazia uma paródia de uma canção revolucionária.

"A cantata do Rio Amarelo", uma canção patriótica escrita em 1939 para estimular os jovens a lutar contra a ocupação japonesa (1931-1945) já foi objeto de várias paródias, que não agradam as autoridades.

No caso da empresa de Sichuan, um vídeo mostrava os funcionários com gorros de ursos panda e entoando a canção, mas com uma letra que reclamava do atraso no pagamento dos bônus de fim de ano.

A China é um dos países do mundo que mais censura a internet. Algumas redes sociais e sites muito populares no planeta (Facebook, Instagram, Twitter e Google, entre outros) são bloqueados no país e a censura exige a supressão de boa parte do conteúdo.

O ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) afirmou na manhã desta segunda-feira (26), que desistiu de acionar órgãos de controle do erário público para que investigassem se havia improbidade administrativa na oferta da cadeira eletiva “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, na Universidade de Brasília, conforme havia prometido. O motivo alegado por ele foi que a conotação das discussões acerca desse tema estavam colocando a sua atitude como uma forma de censura ao exercício acadêmico nas universidades. 

“Eu disse que faria uma consulta aos órgãos de controle e terminei não fazendo, encaminhei uma análise da assessoria de assuntos jurídicos do MEC, composta por advogados da União (...) e preferi não levar adiante porque a conotação tava (sic) se levando para um debate de censura, intervenção na universidade e todos me conhecem, sabem que eu sempre fui uma pessoa que defendi a autonomia das universidades”, afirmou Mendonça. 

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A declaração foi feita durante uma entrevista concedida pelo ministro à Rádio Jornal na manhã desta segunda-feira (26). Ainda falando a respeito da oferta da disciplina, Mendonça Filho disse que o caso incitou uma discussão necessária sobre o caráter da universidade. Afirmou também que há segmentos dentro das universidades que se entendem como donos dos espaços acadêmicos e enxergam as instituições de ensino superior públicas como meios de propagação ativa de seus ideais. 

“Eles entendem como se porventura aquilo fosse um ativo, então eu acho que a gente tem que avançar para que as universidades voltem a ter papel plural e amplo e representativo. Eu vejo até situações em que na exibição de um filme, porque você discorda daquela ideologia, daquela tese, você vai à troca de tapas como se viu aqui na Universidade Federal de Pernambuco, então isso para mim é um retrato de um momento de intolerância. Ela é algo a ser rechaçado de todos os lados, não de um lado só”, afirma Mendonça. 

O ministro também contou que, ao visitar algumas universidades, foi recebido por esses mesmos grupos políticos de forma hostil. “Muitas vezes grupos organizados de militantes de PSOL, PT e PCDOB faziam verdadeiros corredores poloneses, eu fui recebido com um corredor polonês na Universidade Federal de Sergipe e eu acho isso o retrato daquilo que eu não acredito porque a crítica e a livre manifestação política tem que se dar de forma democrática, respeitando o direito de ir e vir e o direito à opinião”, reiterou.

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Durante entrevista concedida nesta semana, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), falou novamente sobre a polêmica de que ele queria intervir na decisão da Universidade de Brasília (UnB), ao oferecer a cadeira “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. O democrata negou afirmando que nunca falou que iria procurar a Justiça para resolver o assunto. 

“Eu disse que poderia provocar órgãos de controle para identificar ou não o uso indevido do espaço público tendo como propósito exclusivo o interesse partidário. Longe de mim querer tutelar a universidade, todos que me conhecem sabem que sempre agi com respeito às universidades do Brasil, aos reitores e a autonomia universitária”, afirmou. 

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O auxiliar ministerial de Michel Temer, no entanto, falou que não imagina se confundir educação com o estabelecimento de mecanismos apenas de propagação de propaganda política. “Então, essa tutela não será minha, jamais será minha ou de qualquer que ocupe o cargo de ministro da educação. A gente tem muito claramente esse posicionamento. Ao lado disso, acho relevante que o debate se estabeleça. Longe de mim querer censurar. A UnB é uma grande universidade, tem o meu respeito e o meu apreço”. 

No início deste mês, no plenário do Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT) detonou Mendonça Filho em um longo discurso afirmando que sua intenção era intervir na decisão da UnB. “Sua atitude de intervir na universidade Brasília e perseguir professores pela elaboração de uma disciplina sobre o golpe de 2016 foi tão bizarra, tão repulsiva que provocou exatamente o efeito inverso. A disciplina tem hoje lista de espera e já foi adotada por quase 20 outras universidades federais”, chegou a dizer. 

 

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu impor uma censura ética ao ex-diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, por conta de suas declarações a respeito da tendência pelo arquivamento de um inquérito contra o presidente Michel Temer relacionado ao chamado Decreto dos Portos.

De acordo com nota da Comissão, a punição tem em vista a "ocorrência de infração ao Código de Conduta da Alta Administração Federal", já que ele não poderia se manifestar sobre investigação policial ainda em curso. A censura ética é considerada pela comissão como uma "mancha no currículo" do servidor, mas não possui outras implicações administrativas.

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Segovia foi demitido em um dos primeiros atos de Raul Jungmann ao assumir o ministério Extraordinário da Segurança, no dia 27 de fevereiro. O delegado foi substituído por Rogério Galloro, que já havia ocupado o cargo de diretor executivo, uma espécie de número dois da corporação, na gestão de Leandro Daiello, antecessor de Segovia no cargo.

A nomeação de Segovia, em novembro passado, foi cercada de desconfiança e atribuída à indicação de emedebistas investigados. Nos poucos mais de três meses que ficou à frente da PF, acumulou episódios polêmicos. Logo na posse, afirmou que só uma mala de dinheiro não era suficiente para provar crime de corrupção no caso envolvendo a mala de R$ 500 mil recebida pelo ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures.

A principal polêmica, porém, foi a entrevista à agência Reuters, na véspera do carnaval, na qual indicou a tendência pelo arquivamento de um inquérito contra Temer relacionado ao chamado Decreto dos Portos.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) condenou, nesta quinta-feira (22), o que chamou de “censura” do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-RJ), a oferta da disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil” na Universidade de Brasília (UnB). O democrata anunciou nessa quarta (21) que é contrário à disciplina porque, segundo ele, “toda disciplina precisa ter base científica — mesmo na área de ciências sociais” e que “não se pode ensinar qualquer coisa”.

Em reação, Dilma manifestou solidariedade ao professor da UnB, Luis Felipe Miguel, que é responsável pela ementa da disciplina diante do que chamou de “arbitrária e retrógrada censura feita pelo ministro da Educação”.

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“Impedir que se chame os fatos e acontecimentos pelo nome é reação típica dos regimes de exceção. No passado, durante a ditadura, era proibido dizer que havia presos políticos no Brasil, embora ele enchessem os presídios país afora”, declarou Dilma. “Censurar, agora, uma disciplina na UNB que caracteriza como golpe o processo inaugurado pelo impeachment, em 2016, deixa evidente o aprofundamento do arbítrio e da censura”, completou.

A ex-presidente também chamou Mendonça de “pseudo-ministro” e “inimigo da educação”. “Os atos do pseudo-ministro são uma terrível agressão à autonomia universitária, à cultura acadêmica, à livre circulação de ideias e à própria democracia. É abuso típico dos estados de exceção. Os maiores inimigos da cultura e da educação”, disparou. 

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Ao se posicionar sobre a nova disciplina da UnB, Mendonça Filho chegou a afirmar iria acionar a Advocacia Geral da União (AGU), a Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) para avaliar “se há algum ato de improbidade administrativa ou prejuízo ao erário a partir da disciplina”.

O jornal O Estado de S. Paulo completa 3 mil dias sob censura neste sábado, 16. Desde julho de 2009, uma decisão do desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, impede o jornal de publicar informações sobre investigações envolvendo o empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney (PMDB). O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal e aguarda parecer do ministro Ricardo Lewandowski. O processo corre em segredo de Justiça.

"É de entristecer um país em que um atentado tão evidente à liberdade de expressão esteja há quatro anos sem solução", disse o advogado do Grupo Estado Manuel Alceu Affonso Ferreira.

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A censura está relacionada ao vazamento das gravações do inquérito da Operação Boi Barrica. Na ocasião, a reportagem revelava diálogos gravados pela Polícia Federal que sugeriam ligações do então presidente do Senado, José Sarney, com a contratação de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos.

O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura, foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney. Na época, os advogados do empresário afirmaram que o jornal praticava crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial e alegaram que a divulgação de dados das investigações feria a honra da família Sarney.

No dia 18 de dezembro de 2009, Fernando Sarney entrou com pedido de desistência da ação contra o jornal, mas o jornal O Estado de S. Paulo não aceitou. No dia 29 de janeiro de 2010, apresentou ao tribunal manifestação em que sustentava a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, a fim de que ela tivesse o seu mérito julgado. Agora, o mérito do caso aguarda julgamento de recurso extraordinário no Supremo. "Em matéria de liberdade de informação, nunca vi uma coisa tão gritante. A lentidão desse processo tem a ver com a tradição cultural brasileira", afirmou Ferreira.

Simbólico

Para o diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, o caso do Estado é simbólico. "A censura ao Estado é um lamentável símbolo da censura judicial que é praticada no Brasil, apesar de a Constituição ser absolutamente clara de que nenhuma vedação à liberdade de expressão é admitida. Enquanto houver esse tipo de censura, enquanto o Estado permanecer censurado neste caso, não se pode falar em verdadeira liberdade de imprensa em nosso País."

O secretário executivo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Guilherme Alpendre, lembra que a entidade se solidarizou ao Estado desde o início, ainda em 2009. "A gente continua se solidarizando. Esta é mais uma ação do Judiciário que ultrapassa os limites da Constituição e viola a liberdade de imprensa."

A Abraji mantém um ranking em que mapeia ações judiciais que buscam tirar informações da internet. Desde 2014, são mais de 3 mil casos. "Infelizmente, existe um condescendência, principalmente de juízes de primeiro grau, em atender aos pedidos de políticos e empresas que pedem a retirada de conteúdo jornalístico do ar", disse Alpendre.

O advogado de Fernando Sarney, Eduardo Ferrão, foi contatado pela reportagem, mas preferiu não se manifestar. O desembargador Dácio Vieira se aposentou em 2014. Procurador, o tribunal não quis comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A participação do cartunista Gabriel Bá no programa Conversa com Bial, na última terça (28), rendeu muita polêmica nas redes sociais. Isso porque Bá apareceu na TV com um boné no qual havia uma estrela vermelha bordada coberta com fita isolante. O público julgou o fato como censura da Rede Globo, pois o símbolo é semelhante ao usado pelo cubano Fidel Castro, e o debate foi acalorado.

Em seu Facebook, Gabriel Bá explicou o ocorrido. Ele explicou ter sido advertido pela emissora sobre a proibição do uso de qualquer elemento que remetesse a partidos políticos ou marcas. Mesmo assim, o cartunista decidiu usar seu boné de estimação: "Tenho outros, mas gosto deste, do que ele representa. Foi minha escolha. Chegando no estúdio, o pessoal do figurino, respondendo à diretoria do programa, disse que a estrela não ia rolar.", escreveu em um post. Bá aceitou cobrir a estrela e participou do programa assim mesmo: "Entre entrar com a estrela coberta ou entrar sem boné, escolhi o boné. E escolheria novamente. Poderia ser um tucaninho azul e amarelo ou um número 45, o logo da Adidas ou o escudo do Palmeiras. Seria coberto da mesma maneira."

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Na internet, a repercussão foi grande e os comentários os mais variados. Um seguidor comentou: "Cara, não adianta agora 'posar' de 'garoto rebelde'. Tu abaixou a cabeça para a TV Globo com uma subserviência nunca vista. Que nojo! Honre suas calças, rapaz!"; já outro, defendeu e concordou com o cartunista: "A tentativa de "maquiar" a estrela ficou pior para a Rede Globo, chamou mais atenção na mídia, do que se não houvesse essa proibição... em tempo, concordo com a tua postura, em não tirar o boné, e participação na entrevista. Parabéns, o recado foi dado."

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O imbróglio envolvendo as expressões artísticas volta a ser tema central de debates. Nesta terça-feira (21) foi publicado no Diário Oficial de Pernambuco, o Projeto de Lei Nº 1774/2017, de autoria do deputado estadual Ricardo Costa (PMDB), que proíbe "exposições artísticas ou culturais com teor pornográfico em espaços públicos" do Estado. A Lei Ordinária abrange fotografia, literatura, artes visuais e filmes que apresentem insinuação ao ato sexual humano ou animal.

O autor classifica as exposições, que contém nudez, como repugnantes e inaceitáveis e considera os envolvidos "destruidores da Sagrada Instituição, chamada Família, que vem a ser o bem maior, que Deus concedeu à humanidade". Ainda segundo o projeto, haverá uma multa no valor de R$ 5 mil e restrições para o recebimento de incentivos como a Lei Rouanet. O Projeto de Lei Nº 1774/2017 segue para tramitação.

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A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a assessoria do deputado estadual Ricardo Costa, mas até o fechamento da matéria não tinha recebido retorno.

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O artista plástico Caio Cruz pediu "socorro" nas redes sociais nessa terça-feira (24). O motivo foi a censura em uma das obras de sua exposição 'Peito Aberto', em prol do Outubro Rosa - campanha de conscientização do câncer de mama -  sob a justiicativa de que a pintura continha 'conteúdo pornográfico'. Um hospital que havia recebido cinco quadros do artista, queria colocar um pano preto em cima da obra que retrata uma mulher nua, sem uma das mamas.

"Estão vetando uma exposição minha! Socorro! Estão querendo colocar um pano preto nas obras que tem nu artístico", postou o artista. "Conversei com os responsáveis e eles decidiram não colocar o pano preto, mas tiraram a obra da exposição", complementou mais tarde.

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Em todas as obras, que não foram vetadas em exposição no Teatro Municipal de Vila Velha, Caio Cruz retrata mulheres que passarama por mastcetomia (remoção da mama). "As pessoas tem que parar de associar nu artístico à pornografia", reclamou em outra postagem. A pintura censurada é uma releitura de "O nascimento de Vênus" do artista italiano renascentista Botticelli (abaixo).

Depois da repercussão, as obras foram retiradas do hospital que vetou a imagem e foram levada novamente ao Teatro Municipal, onde seguirão em exposição até o dia 19 de novembro.

Em meio às discussões sobre se há necessidade de uma intervenção militar no Brasil de modo a minimizar a crise no país, o senador Cristovam Buarque (PPS), em artigo publicado, falou sobre o assunto. De acordo com o parlamentar, uma intervenção militar não é a saída para a crise brasileira e para “a desmoralização” da classe política. “A crise que atravessamos deve ser resolvida pelas urnas, não pelas armas; pelos políticos, não pelos militares”, ressaltou. 

O senador disse que, há anos, alerta para o risco da volta do regime militar. "Na semana passada, fui surpreendido pela divulgação de um áudio com uma voz supostamente minha que defendia ideias com as quais não compactuo. Há anos, alerto para o risco da volta do regime militar e tenho sido ferrenho adversário dessa alternativa, mas o áudio passa a ideia de que não apenas alerto como também sugiro essa insanidade. Fui vítima de uma violência e incômodo a que se somaram surpresa e preocupação com o fato de receber cumprimentos de apoio por parte daqueles que imaginavam ser minha voz e meu discurso. Decepcionei pessoas, em diversos lugares, quando neguei a autoria da mensagem”, contou. 

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Cristovam Buarque, ainda em seus argumentos, salientou que uma ditadura não permite corrigir seus erros. “Os políticos atuais, com todos os seus defeitos, têm apenas 52 semanas para voltarem para casa, se o povo assim votar. Um regime militar não tem prazo de permanência, o último demorou 21 anos e foi muito difícil de ser derrubado”, justificou. 

“Os atuais políticos estão sob o fogo da imprensa, da Justiça, da polícia e do Ministério Público. Diversos deles presos, muitos transformados em réus à espera da sentença. Em um regime autoritário, a Justiça será controlada, a imprensa censurada, a polícia desviada de função para servir à repressão política. E nada indica que as fardas não têm bolsos para alguns militares que desejarem se locupletar ou que não fecharão os olhos para os políticos que vão servi-los, corruptamente, muitos dos quais escolhidos dentre os atuais”, continuou.

Na semana passada, o deputado federal Cabo Daciolo (Avante) defendeu, no plenário da Câmara, a possibilidade da saída Legislativa, incluindo ele mesmo, e do Executivo para que as Forças Armadas assumissem "um poder provisório". "O povo brasileiro tem esse poder: quando se instala o caos, eles entram", declarou. Um vídeo sobre o tema foi divulgado na página do Facebook do parlamentar. 

Os gigantes chineses da tecnologia Tencent, Baidu e Sina Weibo estão sendo investigados por reguladores locais por permitir a disseminação de material que as autoridades afirmam ser prejudicial à ordem social. A repressão faz parte de uma campanha que segue a implementação da primeira lei de segurança cibernética do país.

Segundo as autoridades chinesas, as plataformas dos grupos tecnológicos permitiram posts violentos, terroristas, falsos, obscenos e pornográficos, além de rumores.

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A Tencent e Baidu - segunda e terceira maiores empresas de tecnologia da China - estão sendo responsabilizadas por postagens no app WeChat e no fórum online Tieba. A Sina Weibo está sendo investigada pelo seu site de microblogging Weibo, que com 340 milhões usuários ativos mensais é mais popular que o Twitter.

Enquanto os censores do governo operam um sistema complexo conhecido como Great Firewall para bloquear conteúdos politicamente sensíveis online, eles também dependem da censura pró-ativa de empresas de tecnologia privada.

A nova lei de segurança cibernética criminaliza a publicação de informações que ponham em perigo a honra nacional, perturbem a ordem econômica ou social ou contribuam para a derrubada do sistema socialista.

Depois do Facebook e do Instagram, a China bloqueou também o WhatsApp. A informação foi confirmada pelo jornal americano The New York Times, que ouviu especialistas de segurança. Nos últimos meses, o app experimentou breves interrupções no serviço, com usuários sendo incapazes de enviar fotos e vídeos para seus contatos. Agora, até mesmo as mensagens de texto estão completamente bloqueadas.

O movimento é um duro golpe contra o Facebook, que foi banido na China desde 2009 e possui o WhatsApp. Com o bloqueio do mensageiro, a única participação remanescente da gigante das redes sociais na China é o app Colorful Balloons, lançado no mês passado.

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Enquanto o WhatsApp oferece criptografia de ponta-a-ponta, recurso que mantém as mensagens dos usuários privadas, outros apps como o WeChat, bastante popular no país, fornecem dados pessoais ao governo local. O Facebook não comentou o bloqueio.

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Por 10 votos a 1, o Conselho Nacional de Justiça anulou a aplicação de pena de censura à juíza Kenarik Boujikian, imposta pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Kenarik foi alvo de representação na Corregedoria-Geral do TJ paulista por supostamente ter violado o "princípio da colegialidade" e por "não ter se atentado aos deveres de seu cargo".

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Monocraticamente, ela decidira pela liberação de presos que estavam em regime provisório a mais tempo do que o fixado em sentença de primeiro grau, enquanto aguardavam recurso de apelação ao TJ.

Em sete dos casos apontados pelo representante, desembargador Amaro Thomé Filho, havia apenas recurso por parte da defesa, isto é, que não poderiam aumentar as penas impostas, alegou a defesa de Kenarik, por meio do criminalista Igor Sant’Anna Tamasauskas.

"Bastaria, por exemplo, que os advogados constituídos desistissem de recorrer para que os presos provisórios fossem postos em liberdade", anotou Tamasauskas.

O advogado argumentou que em outros três casos, os recursos eram da acusação e da defesa. Mesmo nesses casos, diz a defesa da magistrada, as prisões se estendiam para mais tempo do que a condenação estabelecida em sentença, ou seja, a prisão se mantinha por uma "expectativa de aumento de pena", situação que o CNJ já apontara como indevida no mutirão de desencarceramento de 2011.

Na sessão da instauração do processo disciplinar pelo TJ, o então corregedor disse expressamente que tinha recomendado à Kenarik que se aposentasse, pois esse processo redundaria em "mancha" na sua carreira.

Na ocasião, o Tribunal de Justiça, por maioria - vencidos, entre outros, o presidente da Corte, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, e os desembargadores Antonio Carlos Malheiros e Sérgio Ruy -, acabou aplicando uma pena maior do que aquela recomendada pelo próprio Ministério Público, a censura, que impediria a magistrada em 2.º grau de concorrer ao cargo de desembargadora.

No começo deste ano, a defesa de Kenarik, representada por Igor Sant’Anna Tamasauskas, apresentou uma revisão disciplinar ao CNJ, argumentando frontal violação à independência jurisdicional, bem como a punição indevida por não ter sido identificado dolo ou culpa da magistrada. Foi pleiteada liminar para obstar a realização de concurso de promoção enquanto não finalizada a tramitação do expediente perante o Conselho Nacional. Essa liminar foi deferida.

Nesta terça-feira, 29, o CNJ julgou o mérito da revisão, após sustentação oral da advogada Débora Rodrigues, do Bottini e Tamasauskas Advogados, e revogou a pena de censura.

Para os advogados que defenderam Kenarik, a decisão "recolocou ordem à atividade da magistrada".

"O Conselho Nacional de Justiça reparou uma enorme injustiça que estava ocorrendo contra uma pessoa séria, preparada, preocupada com sua jurisdição. Justiça à Kenarik", declarou Igor Sant’Anna Tamasauskas.

Autoridades chinesas conseguiram, supostamente, eliminar programas de software que permitiam que internautas da potência asiática a acessar a internet sem restrições. Empresas responsáveis por aplicativos para burlar as restrições informaram que os programas foram retirados da loja de aplicativos pela própria Apple na China.

Uma das companhias em questão, a ExpressVPN, publicou em seu site uma mensagem da própria Apple que dizia que o programa é "ilegal" na China. A empresa, que tem sede nas Ilhas Virgens, afirma que retirou da AppStore todos os softwares similares. A empresa acusou a Apple de "apoiar a censura na China".

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A Star VPN, que oferece o mesmo tipo de aplicativo, também foi notificada da remoção. Fonte: Associated Press.

Lançada na tarde da última quinta-feira (20), "Flutua" é a primeira música de trabalho do novo disco, "Coração", do cantor pernambucano Johnny Hooker em parceria com a cantora Liniker, foi censurada pelo Youtube. No vídeo, que já tem mais de 100 mil visualizações, os artistas aparecem se beijando. 

Johnny Hooker usou as redes sociais para falar sobre o caso. "Flutua" CENSURADA no Youtube! É inconcebível que em pleno 2017 uma plataforma tão importante quando o Youtube imponha a CENSURA MÁXIMA de 18 anos para uma foto de duas pessoas se beijando. E não foi só o Youtube, o próprio Facebook também bloqueou as publicações patrocinadas da foto por "conteúdo sexual". Então eu peço para vocês, todos vocês, que compartilhem, espalhem a mensagem, se coloquem na linha de frente. É 2017 e ninguém, NINGUÉM vai poder querer nos dizer como amar.#amarsemtemer", desabafou o cantor.

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O governo da Malásia proibiu a execução do hit latino "Despacito", dos cantores Luis Fonsi e Daddy Yankee, em emissoras de rádio e TVs estatais pela letra ter sido considerada "obscena".

A censura veio após diversas denúncias apresentadas ao Ministério de Comunicações e da revisão da entidade sobre a letra, que optou pela censura. Apesar da medida valer apenas para emissoras controladas pelo Estado, o ministro Salleh Said Keruak pediu para que as empresas privadas também banam a canção de suas programações.

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Já os serviços de streaming e vídeos, como Spotify e YouTube, poderão manter a música em suas listas.

Lançada há cerca de seis meses, "Despacito" tornou-se a canção mais ouvida em streaming da história, com 4,6 bilhões de plays, segundo informou nesta quinta-feira (19) a gravadora Universal. 

A China bloqueou parcialmente o popular serviço de mensagens WhatsApp. Dezenas de usuários queixaram-se no Twitter de uma série de problemas, sendo incapazes de enviar fotos e áudios pelo aplicativo que pertence ao Facebook. Algumas pessoas informaram que não conseguem nem mesmo enviar qualquer tipo de mensagem na plataforma.

O país asiático opera o maior sistema de censura do mundo, conhecido como o Great Firewall, bloqueando milhares de sites, incluindo plataformas populares como Facebook, Google, Instagram, YouTube e uma série de noticiários estrangeiros.

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Na China, o WhatsApp perde em popularidade para o mensageiro WeChat, que possui mais de 900 milhões de usuários. Mas o aplicativo americano é cada vez mais usado pelos chineses preocupados com a privacidade ou aqueles que se comunicam com amigos ou contatos comerciais no exterior.

Enquanto o WhatsApp criptografa todas as mensagens, as conversas do WeChat são monitoradas rotineiramente. Antes da proibição desta semana, o WhatsApp era o único serviço de propriedade do Facebook ainda acessível na China. A rede social foi bloqueada em 2009 e Instagram foi banido em 2014.

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O presidente e vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Albérisson Carlos e Nadelson Leite, respectivamente, em entrevista na manhã desta segunda-feira (19), afirmam que a atitude da Secretaria de Defesa Social (SDS) se trata de "um ato de censura". Ao lado do advogado da associação, François Cabral, anunciaram que vão entrar com um recurso para que a decisão seja reconsiderada.

Cabral afirma que a decisão foi tomada com uma pressa incomum, classificando-a como desproporcional diante das ações dos dirigentes da ACS. "É um processo única e exclusivamente relacionado às críticas", disse, referindo-se ao vídeo divulgado nas redes sociais no qual os líderes criticam o governador Paulo Câmara e o ex-secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho. 

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Ele lembra que Nadelson e Alberisson foram dispensados do exercício de policiais militares em 2014 para ficarem à frente da associação.

O presidente da ACS conta que se trata de um ato de censura, uma vez que foi expressa o ponto de vista de uma entidade de trabalhadores contra figuras de autoridade. Ele explica, ainda, como enxergam a decisão de excluí-los. "Recebemos a notícia com tristeza, mas sem surpresa. (...) Hoje aconteceu uma demissão de caráter político", diz Albérisson, ao chamar o governo de autoritário e ditador.

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