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O departamento encarregado da censura na internet da China, a Administração do Ciberespaço (CAC), suspendeu mais de 9.800 contas em redes sociais por considerar que seus proprietários publicavam informações que não se enquadravam nas normas do país.

O órgão acusou populares e redes sociais como WeChat e Sina Weibo – semelhantes ao WhatsApp e Twitter – de falta de responsabilidade, gestão negligente e tolerância diante da proliferação selvagem desses tipos de contas.

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De acordo com o departamento, os usuários propagavam informação política danosa, caluniavam heróis e alteravam maliciosamente a história do Partido Comunista e do país, além de disseminarem informações falsas.

A CAC afirmou ainda que parte dessas contas publicavam conteúdo pornográfico, extorquiam outros usuários ou infringiam os direitos de propriedade intelectual, entre outros.

Por fim, o órgão pediu que toda a sociedade participe da “limpeza e do desenvolvimento ordenado da mídia” e agradeceu a colaboração dos que denunciaram as contas para manter a” ordem da comunicação em rede” e garantir um ciberespaço limpo, positivo, saudável e ordenado.

A China é o país com mais internautas do mundo, aproximadamente 700 milhões, apesar de controlar excessivamente os conteúdos, um exemplo disso é o fato de sites populares como Google, Facebook, Twitter e YouTube serem bloqueados pelo governo há anos.

O Google lançou uma ferramenta destinada a combater a censura à imprensa em todo o mundo: o aplicativo Intra, que foi testado primeiro na Venezuela, onde jornalistas lutam contra um governo empenhado em restringir a ação de repórteres que expõem corrupção e abusos de direitos humanos na internet.

Nos últimos anos, os que querem acessar sites independentes na Venezuela têm se deparado com uma mensagem dizendo que o endereço não existe, um problema que a maioria atribui às medidas do governo para bloquear o acesso à informação crítica. "É muito difícil levar chegar notícias às pessoas", disse o senador Melanio Escobar, um jornalista e ativista venezuelano que testou o Intra antes do lançamento este mês.

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O governo controla a internet por meio da CANTV, o maior provedor de serviço online do país. Segundo Escobar, empresas privadas menores seguem suas diretrizes para se manter no negócio.

O Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela, um grupo que defende a liberdade de expressão, disse que, desde 2014, sites de notícia críticos ao governo recebem cada vez mais ataques. Em agosto, um teste de quatro dias tentou acessar 53 sites e, segundo os investigadores, foi detectado que quase metade estava bloqueada. O Ministério da Comunicação da Venezuela não respondeu aos pedidos de comentário.

Intra, o aplicativo disponível somente para Android, foi desenvolvido para superar esse bloqueio conectando os usuários diretamente aos servidores do Google, que acessam o sistema de nomes do domínio, uma espécie de lista telefônica da internet. Isso evita qualquer bloqueio imposto pelas empresas de internet locais e dificulta que governos e outros interlocutores bloqueiem o acesso a determinadas páginas.

A Venezuela vive uma profunda crise econômica e o presidente, Nicolás Maduro, afirma que os EUA e outros agentes estrangeiros conspiram para tirá-lo do poder. Os jornalistas venezuelanos trabalham sob a ameaça de prisão ou processo, o que levou a muitos saírem do país.

A Assembleia Constituinte, pró-governo, criada em 2017 para contornar o Parlamento - controlado pela oposição desde as últimas eleições -, aprovou uma lei que decreta penas de até 20 anos de prisão por publicar material considerado "nocivo".

Jared Cohen, fundador e diretor da Jigsaw, uma unidade da empresa matriz do Google, disse que sua equipe criou o aplicativo a partir do diálogo aberto com jornalistas e especialistas em tecnologia venezuelanos sobre os obstáculos que enfrentam para publicar seu trabalho. O Intra foi lançado para todo o mundo no dia 3, depois de vários meses de testes na Venezuela.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e contratada pela TV Globo e pelo jornal Folha de São Paulo mostrou que 50% dos brasileiros acreditam na possibilidade de que o país pode passar por um novo período de ditadura. Cerca de 31% dos entrevistados vê “muita chance” de um regime autoritário ser instalado e 19% responderam que acham que há “pouca chance”. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Em fevereiro de 2014, uma pesquisa com o mesmo tema foi feita e os índices foram bem menores: 15% viam muita chance e 24% achavam a possibilidade pequena, somando 39%, contra os atuais 50%. Na época, 42% afirmaram “não haver chance nenhuma” de outro regime autoritário chegar ao poder no país. 

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Tortura e prisão não autorizada 

Na pergunta sobre se o governo pode utilizar métodos de tortura, 80% se declarou completamente contra a utilização de qualquer método de tortura, em nenhuma hipótese, contra 16% a favor. Em fevereiro de 2014, eram 78% contra e 14% a favor. Na pergunta que questiona sobre a prisão de suspeitos sem autorização da Justiça, 32% dos entrevistados concordam e 65% dos entrevistados não aceitam. 

Mídia e liberdade de imprensa

A pesquisa também fez perguntas sobre a opinião que pessoas têm sobre o regime militar e sobre os limites do Estado. Questionadas se o governo deve ter direito de censurar jornais, TV e Rádio, 72% são contra, 23% a favor, 4% não sabe e 1% não concorda nem discorda. 

O “placar” mais apertado foi para a pergunta “O governo deveria ter o direito de controlar o conteúdo das redes sociais?”: 43% concordam, 52% discordam, 4% não sabem e 1% não concorda nem discorda.

Congresso Nacional

Cerca de 71% acham que o governo não deve ter direito de fechar o Congresso, contra 21% que acha a atitude errada e 8% não sabem ou não têm posição a respeito. 

Greves e sindicatos 

Sobre a possibilidade da proibição de greves por parte do governo, 72% são contra e 24% a favor. Já no que diz respeito à interferência em sindicatos, 41% concordaram e outros 51% discordam. 

Governos militares 

O Datafolha também questionou os entrevistados na pesquisa sobre a imagem que eles têm a respeito do regime militar. Para 32% das pessoas os militares, tiveram “mais realizações positivas do que realizações negativas”, enquanto 51% vê mais danos do que benefícios e 17% não souberam responder. 

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O ídolo do Vasco e do Lyon, Juninho Pernambucano, concedeu sua primeira entrevista após ter saído com polêmicas da Rede Globo, onde trabalhava como comentarista desde 2014. Em entrevista ao "El País", o ex-meia revelou ter sofrido censuras por parte da emissora ao questionar o trabalho da imprensa, principalmente o dos setoristas.

“Grande parte da imprensa joga contra a evolução do futebol. Eles (jornalistas) precisam da gente, os ex-jogadores, para complementar o que não conseguem enxergar. Fui censurado na Globo por denunciar que tinha setorista vendido, que se envolve com sacanagem. É o setorista que pauta o noticiário, porque cobre de perto os jogos e treinamentos. Quando ele se prostitui, fode o ambiente no clube”, relembrou enquanto explicava a situação.

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O ex-jogador criticou o nível de trabalho dos jornalistas que fazem a cobertura dos clubes atualmente, durante o programa Seleção SporTV, no fim de abril.

“É preciso combater o que tá errado lá embaixo na cadeia de produção do jornalismo para pautar coisas mais sérias. E aí, em pleno ano de 2018, sofri censura ao vivo na TV. Nenhum jornalista me defendeu. Pelo contrário, ainda fui humilhado pelo Milton Neves, que deu uma tuitada me ridicularizando. Antes, já tinha recebido ameaças de torcedores. Se eu fui censurado e ameaçado, significa que toda a imprensa também foi, meu amigo. E ninguém compreendeu isso, talvez por ignorância ou medo de perder o emprego”, expressou o ex-meia.

Na ocasião, a direção de jornalismo do SporTV, canal fechado de esportes da Globo, emitiu uma nota oficial, que foi lida ao vivo, condenando os comentários do craque, o que resultou no pedido de demissão feito pelo comentarista após repercussão da polêmica.

“Aquela nota interrompendo o programa para me censurar partiu de um diretor covarde, que eu ainda não sei o nome. Foi a gota d’água. Na mesma semana, decidi não prestar mais serviços à Globo e pedi para sair”, disse.

“Meu contrato iria até o fim do ano que vem. Durante esse período até o episódio da minha saída, seria injusto dizer que eu fui impedido de falar. Mas briguei com os três principais narradores e o principal repórter da casa. Briga grande, discussão pesada, de apontar o dedo na cara e tudo mais em reuniões. Só não teve vias de fato. Queria dar minha opinião e não aceitavam. Diziam que eu falava muito, que interrompia demais. Balançavam a cabeça achando ruim se eu me alongava no comentário durante a transmissão. Sofria pressão por querer dizer o que penso”, revelou.

Aos 43 anos e morando nos Estados Unidos, Juninho também relembra um dos episódios que mais o entristeceram quando era comentarista. O ex-atleta afirma ter sido vítima de ameaças de morte por parte da torcida do Flamengo, em fevereiro, e que não recebeu nenhum apoio dos jornalistas com quem trabalhava.

“A relação azedou quando eu critiquei o Vinicius Junior. Fui ameaçado de morte pela torcida do Flamengo, dei queixa na delegacia. Esperava um suporte, mas não recebi apoio de ninguém na emissora. A partir dali a coisa não ficou legal. Como já estava tudo esquematizado para eu ir pra Rússia, não quis deixar os caras na mão. Mas eu abandonaria o barco depois da Copa”, expôs o ex-comentarista.

Em nota, a Rede Globo, negou ter censurado Juninho Pernambucano e se posicionou contrária sobre a falta de apoio durante as ameaças da torcida do Flamengo que o ex-funcionário afirma ter recebido.

Confira a resposta da emissora na íntegra:

“Como funcionário do Esporte da Globo, Juninho Pernambucano foi tratado sempre com profissionalismo e respeito, e jamais sofreu qualquer tipo de censura. A nota citada por ele na entrevista ao EL PAÍS e divulgada pela Globo afirmava, sem deixar margem à dúvida, que Juninho tinha direito à sua opinião, que era e continuaria sendo livre. O texto apenas deixava claro que o canal SporTV não concordava com as críticas, as acusações e a generalização feitas pelo então comentarista contra um grupo de profissionais, que incluía seus próprios companheiros de trabalho. E reforçava a confiança nos mais de 30 setoristas que trabalham no Grupo Globo. A nota foi lida ao vivo e diante do próprio Juninho, o que não caracteriza a “covardia” que ele relaciona ao episódio.

Sobre outro episódio citado na entrevista, Juninho Pernambucano relatou, em fevereiro, ter sofrido ameaças de torcedores do Flamengo após uma discussão nas redes sociais. Por isso, pediu para não comentar a final da Taça Guanabara, para a qual estava escalado. Em respeito ao profissional, o pedido foi imediatamente atendido e ele foi retirado da equipe que trabalhou na partida”

Por Thiago Herminio

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, autorizou, nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevistas na na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde 7 de abril, após ser condenado em segunda instância na Lava Jato.

 Despacho foi em favor da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, e do jornalista Florestan Fernandes que questionaram censura à atividade jornalística por parte da 12ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela execução da pena de Lula.

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De lá para cá, vem se manifestando à imprensa através de cartas encaminhadas pelos seus aliados durante visitas. O ex-presidente recebeu uma pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

A autorização foi em resposta a uma reclamação feita pelos jornalistas, apontando que a 12ª Vara Federal de Curitiba negou a permissão para a entrevista impondo censura à atividade jornalística e mitigando a liberdade de expressão, contra decisão já tomada pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130/DF que garante "a plena liberdade de imprensa como categoria jurídica proibitiva de qualquer tipo censura prévia". 

"Não há como se chegar a outra conclusão, senão a de que a decisão reclamada, ao censurar a imprensa e negar ao preso o direito de contato com o mundo exterior, sob o fundamento de que 'não há previsão constitucional ou legal que embase direito do preso à concessão de entrevista ou similares', viola frontalmente o que foi decidido na ADPF 130/DF", argumenta o ministro na decisão.

Lewandowski também diz que "não raro diversos meios de comunicação entrevistam presos por todo o país, sem que isso acarrete problemas maiores ao sistema carcerário". Além disso, o magistrado ressalta que impedir a entrevista seria "nítida quebra no tratamento isonômico entre eles". 

O serviço de streaming de games Twitch, que pertence à Amazon, foi bloqueado na China. Desde 20 de setembro, o site do Twitch está inacessível no país e seu aplicativo foi removido da App Store. Nenhuma declaração oficial foi divulgada pelas autoridades chinesas.

O Twitch confirmou que está bloqueado, mas não disse por que as autoridades impuseram a restrição. O serviço de streaming vem ganhando um número maior de seguidores na China nos últimos meses. Gamers e telespectadores em muitas províncias relataram que o site estava subitamente indisponível em sua região.

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O Twitch estava na terceira posição entre os aplicativos mais baixados do país e teve um grande aumento de popularidade no mês passado, quando muitos chineses usaram o serviço para acompanhar os Jogos Asiáticos de 2018 — evento que não foi transmitido pela televisão estatal.

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Tida como um dos momentos mais obscuros da história política brasileira, a Ditadura Militar merece a atenção do fera que vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro. Por se tratar de um período marcado por grande repressão às liberdades individuais, o Enem costuma abordar o período por meio de questões relacionadas aos direitos humanos e civis.

De acordo com o historiador Luiz Neto, as questões são abordadas com sátiras e críticas da época ao governo. “Normalmente as questões vêm com textos grandes, acompanhadas por charge da época, que eram usadas para satirizar e criticar o governo. Também são utilizados trechos de jornais que foram censurados. Tortura e censura é uma temática que sempre é abordada quando se trata de ditadura. Porém, é importante que o fera se atenha e saiba interpretar as charges, que sem dúvidas, é o que mais cai na prova”, destacou.  Ainda segundo Luiz, para responder as questões acertadamente, o estudante deve saber quais mudanças foram estabelecidas no Estado Brasileiro.

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O regime militar se instaura em um contexto de bastante instabilidade política no país. Com a renúncia do presidente à época, Jânio Quadros, o sucessor, João Goulart, que era visto por setores e instituições da sociedade civil, a exemplo da igreja católica, ruralistas e outros, como uma ameaça à ordem democrática vigente, foi deposto pelos militares no dia 31 de março de 1964, e em 1º de abril do mesmo ano, a junta militar assume o comando do país. Com os militares no poder, iniciou-se uma jornada de ataque e repressão à oposicionistas, que teve 22 anos de duração.

O vestibulando deve ter em mente os Atos Institucionais que foram promulgados no período militar, que na prática, atribuíam ao Executivo, controle absoluto sobre os poderes e instituições da República. São eles:

Ato Institucional 1 (AI-1)

Promulgado em abril de 1964, o AI-1 estabeleceu o voto indireto para presidente e permitia que o chefe do Executivo cassasse os mandatos parlamentares com aprovação do Congresso.

Ato Institucional 2 (AI-2)

Foi decretado em 1965 pelo marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente militar, e implantou o bipartidarismo, que estabeleceu a existência de apenas dois partidos, Aliança Renovadora Nacional (Arena), como partido governista e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que ficou conhecido por fazer a chamada “oposição responsável”.

Ato Institucional 3 (AI -3)

Baixado em 1966 ainda pelo comando de Castelo Branco, o AI-3 estabeleceu o voto indireto para governadores dos estados e prefeitos dos municípios.

Ato Institucional 4 (AI-4)

No final de 1966, o AI-4 convocou dos parlamentares para aprovação de uma nova constituição, chamada “Constituição de 1967”, que incorporava os Atos Institucionais anteriores.

Ato Institucional 5 (AI-5)

Considerado o mais cruel de todos os Atos Institucionais, o AI -5 foi promulgado em 1968, pelo presidente Costa e Silva, que fazia parte do grupo considerado linha dura. Entre os seus decretos, o Ato permitia que o presidente cassasse os mandatos parlamentares sem precisar de aprovação do Congresso; revogava o habeas corpus; permitia prisão arbitrária por parte do governo, além de admitir que presos políticos tivessem seus bens confiscados pelo Estado.

Em 1969 assume o general Emílio Garrastazu Médici, um dos principais nomes do regime militar. Considerado por muitos professores como um dos presidentes mais repressivos do período, Médici se utiliza abusivamente do AI-5 para atacar opositores. É nesse período que são criados os DOI-CODI, delegacias onde aconteciam torturas e até mortes à presos políticos, sem que fossem noticiados por nenhum órgão governamental ou imprensa. Por conta da repressão, muitos oposicionistas fugiam do país.

O governo ganhou apelo popular pelo chamado “Milagre Econômico”, que fez o país crescer consideravelmente do ponto de vista econômico. Também foi sob o comando de Médici que obras de grande porte foram realizadas em todo país, como a Usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói.   

Processo de abertura

Com o slogan “Abertura lenta, gradual e segura”, o general Ernesto Geisel dá início ao rompimento da ditadura e chega à Presidência em 1974 com forte pressão popular sobre o governo militar por conta de uma crise petrolífera que culminou no aumento do desemprego e índice inflacionário no país, ampliando assim, a impopularidade do regime.

O processo de abertura tem continuidade pelo governo de João Baptista Figueredo, último presidente do período militar, que assume em 1979 e assina a lei da anistia, que perdoa presos políticos e permite o retorno de exilados. A reação de militares contrários à abertura ficou conhecido como o ataque ao Rio Centro, onde bombas explodiram antecipadamente matando os responsáveis pelo atentado, ocasionando ainda mais o enfraquecimento do governo.

Com isso, a oposição, por meio do deputado federal Dante de Oliveira (MDB), propôs uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em 1983, a popularmente conhecida como “PEC das Diretas Já”, que mobilizou toda sociedade, porém, foi recusada pelo Congresso Nacional.

Pressionado e dissipado, o governo lança a candidatura de Paulo Maluf, enquanto a oposição crava Tancredo Neves como candidato à Presidência, tendo José Sarney como vice. Os oposicionistas vencem a disputa no colégio eleitoral, Tancredo Neves morre às vésperas de assumir o novo mandato, e em 1985, Sarney se torna o primeiro civil a comandar o Brasil, após a ditadura militar.

Resumo em vídeos

O LeiaJá também entrevistou o proferssor de história Salviano Feitosa. Ele explicou, em detalhes, o contexto histórico da Ditadura Militar no Brasil. Confira o primeiro vídeo:

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Na continuação da explicação, Salviano Feitosa também toca em um ponto bastante discutido no Brasil: corrupção. Veja, a seguir, o segundo e último vídeo da explanação do professor: 

“Nada irá calar a nossa voz”; assim cantam grandes nomes do mainstream musical brasileiro em uma canção, recém-lançada, que narra alguns problemas sociais e desejos de prosperidade do povo brasileiro. Entretanto, em um dos momentos mais conturbados da história do Brasil, no que muitos já chamam de a maior crise política da nossa história, algumas das vozes que se ouvem nesta música, como Sandy, Thiaguinho, Maria Gadú, Michel Teló e Ivete Sangalo não costumam cantar as mazelas sociais e distúrbios do cotidiano do país. 

Tendo sido a música um forte instrumento de protesto em outros cenários, como nos anos 1980 e 1990, e até mesmo durante a ditadura militar (nos idos de 1960 e 1970), o que terá enfraquecido as ondas sonoras que clamam por dias melhores, justiça social e descortinam o que de pior acontece na sociedade? 

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Muitas lembranças do tempo em que as rádios e TVs disseminavam esse tipo de conteúdo tem Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S.A, uma das precursoras do movimento Manguebeat. Em entrevista ao LeiaJá, o músico relembrou o que costumava ouvir naqueles anos: "Eu cresci ouvindo muito rádio e programas de televisão, musicais. Principalmente na década de 1970, foi quando comecei a ouvir mais música brasileira nas FMs. Me lembro de Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano, esse pessoal vivia nas primeiras colocações das paradas de sucesso. E olha que era um tempo que ainda existia censura, ditadura, um governo de generais". 

Fred também menciona as décadas seguintes, de 1980 e 1990, quando se podia ouvir Titãs, Paralamas do Sucesso, o próprio Mundo Livre S.A. e o Planet Hemp, por exemplo, com músicas questionadoras e engajadas. "Agora, o que acontece é que hoje você tem - principalmente depois do golpe de 2016 -, um governo totalmente blindado pela mídia; deliberadamente quer promover uma alienação. Não interessa para uma mídia que manipula milhões de paneleiros para ir bater panela contra o PT, mas não faz nada contra Cunha e Temer, divulgar sons e músicas com mensagens de cunho social. Interessa manter todo mundo no 'aê e ô', 'safada isso', 'baixa cá, baixa de lá'". 

Sobre a atuação da grande mídia, no que diz respeito aos conteúdos oferecidos ao público, Zero Quatro é enfático: "Quando eu falo que existe uma mentalidade política da grande mídia, eu não estou especulando, ou supondo, eu vivi isso na pele". Ele conta que em 2001, sua banda, a Mundo Livre, teve um contrato com a gravadora Deck (antiga Abril) cancelado por conta do engajamento da banda com temas sociais: "Eu tive uma reunião com a diretoria artística da gravadora que falou claramente: uma das questões pelas quais eles não queriam renovar era política.

Desde que o PT assumiu o poder, e que houve sucessivas derrotas da grande mídia para essa narrativa popular de democratização, que a censura passou a ser outra, deixou de ser uma censura prévia, de um regime autoritário, para uma censura branda, sutil, do pensamento único. Depois, com as redes sociais, é uma censura de perseguição mesmo, de tribunal do Facebook”.

 ‘Tipos’ de protesto

É também lembrando de uma música lançada em 2016, com grandes artistas populares cantando sobre a operação Lava Jato, que o produtor Paulo André afirma: "Esse mainstream nem tem legitimidade para falar, salvo um ou outro, mas ninguém quer um envolvimento". Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Paulo, criador do icônico festival Abril pro rock, indicou pontos que, segundo ele, levam a indústria musical a uma certa apatia: "Você vê, também, uma nova geração equivocada, que deleta Chico Buarque da vida. E uma vez que eles deletam alguma música, é para sempre. Eles não querem mais saber", diz, embasado na experiência de ser pai de filhos adolescentes. 

Entretanto, o produtor vê com otimismo uma nova safra de artistas e grupos que vêm surgindo na atualidade. "Eu acho que tem um tipo de música que pode ser caracterizada como música de protesto, que é essa geração de cantores e cantoras, e outros gêneros, que são homossexualmente assumidos". Paulo cita nomes como Johnny Hooker, Liniker, Linn da Quebrada e As Bahias e a Cozinha Mineira. 

Para o produtor, artistas que assumem sua sexualidade e levam a temática para sua arte estão batendo de frente com uma sociedade que "ainda é muito conservadora". Ele dá como exemplo a repercussão causada pelo protesto feito pelo cantor Johnny Hooker no Festival de Inverno de Garanhuns de 2018, em virtude da proibição da peça O evangelho segundo Jesus Rainha do Céu. "É uma geração que tem uma outra percepção das coisas".  

Colaborando para o otimismo do produtor, está ainda a música produzida nas periferias do país, que, apesar de, em sua maioria, ficar quase que restrita às suas comunidades, encontra na internet um caminho para ser escoada. "Essa possibilidade de postar música empoderou muito as músicas das periferias do Brasil, isso não deixa de ser música de protesto também, porque é uma forma de passar por cima de todo mundo, sem precisar de gravadora, produtor, de ninguém". 

Faça você mesmo

É da periferia, que surge outra voz otimista em relação ao engajamento dos novos músicos do país. Cannibal Santos, vocalista e baixista da banda Devotos, originada na comunidade do Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, garante não sentir falta da dita música de protesto: "O que tá rolando hoje na mídia são músicas que não têm muita preocupação com isso, mas as pessoas que eu conheço, dos grupos alternativos que sempre existiram, continuam fazendo o mesmo tipo de música", disse ao LeiaJá. Ele cita nomes como Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S.A. e a própria Devotos, com trabalhos recém lançados e bastante politizados. 

Para Cannibal, o que diferencia o atual cenário daquele das décadas de 1970, 1980 e 1990, por exemplo - quando se ligava o rádio e ouvia-se músicas como 'Que país é esse?' -, é a influência da grande mídia: "Hoje é uma outra gurizada que está na mídia, mas que não tem preocupação com a música nem com as letras. Mas, apesar de não serem politizados, é isso o que eles vivem. A diferença daquela época para a de hoje é que era uma geração que se espelhava em outra que foi mais revolucionária, era um povo que tava saindo da ditadura, mais aguerrido. Hoje é uma geração com uma liberdade de expressão muito forte, mas não há uma preocupação social". 

Onde e como?

Sobre chegar na grande mídia, o produtor Paulo André também tem sua observação: "No Brasil, a gente ainda esbarra em alguns filtros. As pessoas comuns, que não frequentam tanto o ambiente cultural mas gostam de música, a maioria dessas pessoas ainda vai pela grande mídia, pela TV aberta, então é isso que, na minha opinião, faz (o cenário) ficar limitado". 

Fred Zero Quatro compartilha pensamento semelhante: “A mídia está comprometida com a manutenção de um status quo que eu chamo, no disco novo da gente, de ‘Situação de Rico’, não é ‘jovens em situação de risco, não’, é ‘situação de rico’. O rico que eu falo é meia dúzia de proprietários de um monopólio das comunicações que mantêm a grande população escravizada por uma mensagem monolítica, em que não há espaço para o pensamento plural. É o pensamento único que comanda a grande mídia. Então, é uma questão de um público muito mais alienado hoje em dia, que não é por acaso”. 

Cannibal complementa a ideia: "Tudo que a mídia propõe, praticamente, a sociedade começa a consumir e quem tá surgindo vai se baseando nisso. É uma coisa muito perigosa porque você começa a dar um direcionamento para a cultura brasileira. Quem vai nos representar em qualquer país não leva a nossa cultura real mas sim o que está na mídia. Eu acho que deveria haver abertura para todo mundo, porque eu não acredito em uma opinião só. A música no Brasil é muito imposta para as pessoas", diz o músico. 

Há música e protesto 

A apatia política demonstrada pelas canções que dominam as paradas de sucesso não é tudo o que o Brasil tem para mostrar. Apesar de quase sempre invisibilizados, os artistas que trazem a crítica social e o protesto existem, e resistem. Por isso, preparamos uma playlist no aplicativo Deezer com algumas canções contemporâneas que vão além de temas 'leves' como baladas e histórias fofas (ou sofridas) de amor. Confira:

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*Fotos: Reprodução/Facebook

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A Apple removeu cerca de 25 mil aplicativos de apostas de sua loja chinesa porque eles estavam em desacordo com as regulamentações daquele país. Jogos de azar são ilegais na China, mas muitas pessoas participam de programas de loteria estaduais. As informações são do The Wall Street Journal.

Os serviços ilegais foram retirados após uma investigação da emissora estatal chinesa CCTV. A CCTV descobrir que aplicativos de jogos estavam disponíveis para download na App Store da China. Alguns, inclusive, se descreviam como esquemas oficiais de loteria.

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A Apple informou que corrigiu a questão, mas não confirmou os relatórios de que havia extraído 25 mil aplicativos. No passado, a empresa excluiu aplicativos de VPN da App Store na China quando os reguladores exigiram isso. Estes serviços permitiam que os usuários de dispositivos iOS ignorassem o sistema de censura do país e acessassem informações que, de outra forma, seriam bloqueadas.

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O "Queermuseu" abre neste sábado (18) no Parque Lage, zona sul do Rio de Janeiro, quase um ano após ser forçado a encerrar a exposição em Porto Alegre após uma campanha de grupos conservadores que o acusaram de incentivar a "pedofilia", a "zoofilia" e de atacar o cristianismo.

O encerramento prematuro da mostra na capital gaúcha alarmou o mundo artístico e abriu discussões sobre a volta da censura nas artes, mais de três décadas depois do fim da ditadura militar (1964-1985).

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Sua instalação na Escola de Artes Visuais (EAV), no Parque Lage, um palacete bucólico, cercado de verde, aos pés do Cristo Redentor, ocorre graças a uma forte campanha de financiamento coletivo ('crowfunding'), que arrecadou mais de um milhão de reais através de múltiplas iniciativas, entre elas um show inédito de Caetano Veloso.

Também foi possível pelo empenho de curadores e artistas, que desafiaram o veto do prefeito do Rio, o pastor evangélico licenciado Marcelo Crivella, ao projeto de receber a mostra no fim do ano passado mo Museu de Arte do Rio (MAR, municipal).

"É um momento muito importante para a democracia brasileira. Uma demostração contundente para que os setores mais progressistas não aceitem a censura (...) Nunca houve um ato de censura dessa dimensão e gravidade depois do período pós-ditadura", disse na quinta-feira o curador da mostra, Gaudencio Fidelis, na coletiva de apresentação da exposição.

Com mais de 200 obras de 82 artistas brasileiros do nível de Adriana Varejão, Alair Gomes, Alfredo Volpi e Candido Portinari, o "Queermuseu" (algo como museu gay, em tradução livre) ficará aberto ao público de forma gratuita durante um mês.

Paralelamente, haverá debates sobre diversidade sexual ou direitos da comunidade LGBT e também shows de música com artistas 'queer'.

A mostra será praticamente igual à de Porto Alegre, com as mesmas obras provocativas que escandalizaram o Movimento Brasil Livre (MBL): quadros que ilustram menores em poses afeminadas ("Criança viada, travesti da lambada"), outro no qual Jesus é representado como um macaco nos braços de Maria, ilustrações de várias práticas sexuais em uma adaptação dos tradicionais quadros eróticos japoneses e hóstias com várias inscrições como "cu" ou "vagina".

Isto sim, um cartaz na entrada avisa que a mostra não é recomendada para menores de 14 anos e também alerta o visitante de que ali ele verá nus.

- Segurança por precaução -

"Esperamos um enorme sucesso de visitas não pela polêmica. As pessoas verão que havia uma falsa premissa, uma polêmica fabricada. A sociedade poderá ver agora o que é a natureza desta exposição", acredita Fidelis.

Os organizadores asseguram que não temem novas manifestações de grupos de direita mas, por acaso, contrataram uma empresa de segurança e o "Queermuseu" será vigiado por mais de 20 agentes, com reforço de novas câmeras instaladas no recinto.

O diretor do EAV, Fabio Szwarcwald, garante que só receberam uma dezena de e-mails contrários à abertura da exposição, diferentemente de seus colegas do MAR, que receberam centenas e, inclusive, uma "ameaça de morte".

"Não estou tão preocupado com essa questão porque desde que a gente iniciou a campanha foi muito diferente do que ocorreu no MAR", disse Szwarcwald.

O MBL, que liderou o boicote ao "Queermuseu" quando o Banco Santander o inaugurou em Porto Alegre, promete ficar quieto alegando que nesta ocasião a exposição é financiada com recursos privados e não com incentivos fiscais públicos, que "sexualizam as crianças".

"Eles estão rezando para o MBL participar porque se não fosse por nós, ninguém veria essa bosta", disse à AFP Renan Santos, um dos fundadores do MBL, grupo que ficou conhecido durante as passeatas a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Pode ir todo mundo pelado lá", ironizou.

No início de 2018, a Escola de Artes Visuais (EVA), do Rio de Janeiro, lançou uma campanha de financiamento coletivo. O objetivo era arrecadar o equivalente a R$ 690 mil até o final de março para a realização da mostra Queermuseu: Cartografias da diferença na arte brasileira, censurada em 10 de setembro do ano passado no Santander Cultural, em Porto Alegre, sob acusação de blasfêmia contra símbolos católicos e incitar a pedofilia e zoofilia. No entanto, a 'vaquinha virtual' coletou o equivalente a R$ 800 mil em 58 dias.

O valor angariado foi destinado à reforma das Cavalariças, espaço do Parque Lage que receberá a exposição, operações e montagem das obras de artistas como Candido Portinari e Lygia Clark. A curadoria é de Gaudêncio Fidelis.

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A exposição será aberta ao público no dia 18 de agosto, às 11h, Cavalariças da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), e segue até 16 de setembro. Além disso, a Queermuseu no Rio contará ainda com apresentações musicais em todos os finais de semana da temporada.

“Contratamos mais uma empresa que vai fazer especificamente a segurança da exposição e que se somará à segurança regular do Parque Lage. Com isso, contaremos com um efetivo de mais de 20 guardas para garantir tranquilidade a todos que vierem nos visitar. Também instalamos câmeras novas dentro da exposição e na área do parque, monitorando 24 horas todas as entradas e saídas”, garantiu Fabio Szwarcwald, diretor-presidente da EAV.

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Os gigantes da Internet lançaram nesta segunda-feira (6) uma ofensiva contra o teórico da conspiração americano Alex Jones, com teve acesso negado aos sites Facebook, YouTube, Apple e Spotify, depois de anos de impunidade.

As medidas acontecem depois de meses de críticas ao canal de vídeos online YouTube e às redes sociais Facebook e Twitter, acusadas de não fazerem o suficiente para combater a desinformação e o discurso de ódio.

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Nesta segunda, Jones considerou a iniciativa uma "repressão coordenada ao estilo comunista".

Fundador do site InfoWars, Alex Jones é uma personalidade ligada à extrema direita, que virou uma celebridade graças às suas teorias conspiratórias sobre o massacre na escola fundamental Sandy Hook, em 2012.

Desde aquele ataque a tiros, praticado pelo jovem Adam Lanza, de 20 anos, naquela escola de Connecticut, que deixou 26 mortos - entre eles 20 crianças -, Alex Jones afirmou várias vezes que o ataque foi uma encenação.

Jones afirma que os pais das crianças vítimas da tragédia na verdade eram atores pagos para desempenhar um papel.

Várias famílias das vítimas levaram Jones à Justiça, acusando-o de propagar teorias falsas para aumentar sua audiência e sua receita.

Texano, de 44 anos, Jones evocou várias outras teorias conspiratórias, segundo as quais o governo americano teria ordenado vários ataques terroristas, como os do 11 de setembro de 2001.

Há alguns dias, o Facebook retirou quatro vídeos de páginas de Alex Jones, que violavam suas políticas de redes sociais sobre o discurso de ódio e assédio, informou nesta segunda-feira a plataforma em uma mensagem.

Desde então, Jones publicou conteúdo suplementar no Facebook, o que levou o grupo a suspender suas quatro principais páginas de extrema direita.

Estas páginas são acusadas de "enaltecer a violência" e "utilizar uma linguagem desumanizada para descrever pessoas transgênero, muçulmanos e imigrantes".

Segundo a rede social, foi a linguagem usada e não as teorias da conspiração transmitidas por Alex Jones o que a levou a suprimir as páginas.

- Jones denuncia o 'establishment' -

A Apple retirou de sua plataforma a maior parte dos podcasts de Alex Jones, constatou a AFP, que não obteve resposta da empresa a seus pedidos de comentários.

No entanto, um porta-voz da empresa declarou ao site BuzzFeed que a "Apple não tolera o discurso de ódio e temos pautas claras que os criadores e os desenvolvedores devem seguir para garantir que proporcionemos um entorno seguro para nossos usuários".

Ao meio-dia desta segunda, o YouTube suspendeu o canal de Alex Jones, que tinha 2,4 milhões de assinantes.

No fim de julho, Jones foi impedido de usar a plataforma para transmitir ao vivo, após violar as regras da filial da Google sobre o discurso de ódio e a colocação em risco de crianças, destacou o YouTube à AFP.

O homem de voz áspera e rosto redondo tentou eludir esta suspensão, transmitindo ao vivo de outros canais do YouTube, que decidiu suspender todos os canais afiliados a Alex Jones.

Também na segunda-feira, o serviço de música online Spotify anunciou ter eliminado de sua plataforma todas as gravações do The Alex Jones Show e privou o programa de acesso no futuro, também mencionando descumprimento de regras sobre discursos de ódio.

Pouco depois, informou-se também que a rede Pinterest tinha decidido eliminar a conta da InfoWars.

"Fomos completamente excluídos de Facebook, Apple e Spotify", declarou Alex Jones em sua conta no Twitter, rede social na qual até agora não sofreu qualquer restrição. Consultado pela AFP a esse respeito, o Twitter não respondeu.

"Qual será o próximo meio conservador proibido?", brincou.

"O expurgo de ontem à noite foi um esforço coordenado e não teve nada a ver com fazer cumprir a regra do discurso de ódio", disse Jones em seu programa de entrevistas.

No fim de 2015, o então candidato Donald Trump participou do programa de Alex Jones. "Sua reputação é incrível", disse durante a entrevista aquele que seria o presidente dos Estados Unidos.

"O establishment está atacando a liberdade de expressão aqui nos Estados Unidos", afirmou Jones no último vídeo postado no YouTube há uma semana.

Vários sites ultraconservadores apoiaram publicamente a afirmação de Jones de que foi vítima de um complô das empresas de Internet. "Os gigantes tecnológicos trabalham juntos para censurar os conservadores?" - perguntou Gateway Pundit.

Um titular do site informativo e de opinião conservador Breitbart indicou: "A CNN e os democratas pressionam com êxito o grande lobby da tecnologia para que censure seus críticos".

O Google está planejando lançar uma versão censurada de seu mecanismo de busca na China que irá colocar na lista negra sites e termos de pesquisa sobre direitos humanos, democracia, religião e protestos pacíficos. As informações foram reveladas inicialmente pelo portal de notícias The Intercept.

O projeto, de codinome Dragonfly, está em andamento desde o ano passado e foi acelerado após um encontro entre o CEO do Google, Sundar Pichai, e um alto funcionário do governo chinês, segundo documentos internos da empresa.

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No momento, o serviço de pesquisa do Google não pode ser acessado pela maioria dos usuários da internet na China porque está bloqueado no país. O aplicativo que o Google está construindo para a China, porém, obedecerá às rigorosas leis de censura locais, restringindo o acesso ao conteúdo que o regime do Partido Comunista de Xi Jinping considera desfavorável.

O governo chinês bloqueia informações na internet sobre oponentes políticos, liberdade de expressão, sexo, notícias e estudos acadêmicos. O país também censura sites de mídia social ocidentais populares como Instagram, Facebook e Twitter, bem como organizações de notícias americanas como o The New York Times e o Wall Street Journal.

Segundo informa o The Intercept, as equipes de programadores e engenheiros do Google criaram um aplicativo personalizado para Android que já foi demonstrado para o governo chinês. A versão finalizada do software, porém, ainda aguarda a aprovação de autoridades chinesas.

Os documentos vistos pelo The Intercept, dizem que o aplicativo de pesquisa chinês do Google não exibirá nenhum resultado na pesquisa quando as pessoas digitarem certas palavras ou frases. A censura será aplicada em toda a plataforma, passando pela busca de imagens. Os sites da emissora de notícias britânica BBC e da enciclopédia online Wikipedia estão entre os citados nos papéis.

No Google, o conhecimento sobre a iniciativa foi restrita a apenas algumas centenas de membros da força de trabalho de 88 mil pessoas da gigante da internet. A fonte citada pelo The Intercept só falou  sob condição de anonimato. Não está claro se o Google lançará uma versão para desktop de sua plataforma.

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Fora da programação oficial do 28º Festival de Inverno de Garanhuns, a peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que traz uma atriz trans no papel de Jesus, iniciou a venda de ingressos na última sexta-feira (13).

Com preço único de R$ 10, as entradas se esgotaram em menos de 48 horas após o coletivo, integrado por artista e produtores culturais independentes, iniciar a venda online. A montagem será no dia 27 de julho e, por questões de segurança, o local será divulgado na véspera da apresentação, por email.

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No final de junho, o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), pronunciou-se contrário à apresentação de 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' durante o FIG. Mesmo com garantias da manutenção da peça no evento, dadas pelo secretário de Cultura, Marcelino Granja, diante da pressão, a encenação foi cancelada.

A partir disso, iniciou-se uma mobilização para angariar recursos para custear passagens, hospedagens e alimentação da equipe do espetáculo. Com meta inicial de R$ 6 mil, a 'vaquinha' virtual arrecadou o equivalente a R$ 10 mil.

O jornalismo profissional será essencial no combate às chamadas fake news nas eleições deste ano, avaliaram especialistas que participam do Fórum Estadão-Faap Campanha Eleitoral e Fake News, realizado nesta segunda-feira, 11, em São Paulo. O papel essencial dos jornalistas se dá tanto na checagem de fatos como na cobertura eleitoral.

Para o professor da ECA-USP e colunista do Estado, Eugênio Bucci, o jornalismo é uma verificação politicamente independente dos fatos. "O critério inicial é tentar organizar o debate em torno da verdade", disse Bucci sobre como lidar com as fake news. "Na política a gente lida com a verdade factual. Se uma coisa pode ser verificada ou não. E a política é o debate sobre isso. O poder de separar verdade e mentira não é do Estado, é da sociedade."

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Para Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura, da Universidade Federal do Espírito Santo, o problema do papel das redes sociais na disseminação de fake news é que elas não têm o controle sobre o que é publicado.

"O que vemos é a propagação de discursos de propaganda que emulam o conteúdo jornalístico", explicou. "Além disso, o envolvimento afetivo de quem consome essas notícias falsas faz com quem as produza mande o conteúdo para quem 'quer ter razão'"

Bucci ressaltou que as soluções propostas pelo Facebook e pelo Google para diminuir o conteúdo falso nas redes tem um problema. "O selo 'isso pode ser considerado falso' não pode vir de uma única corporação, como o Facebook, que monopoliza o cenário mundial

Diretor de Análises de Políticas Públicas da FGV-Rio, Marco Aurélio Ruediger, lembrou que no momento atual da sociedade brasileira há um déficit de confiança extremo nas instituições, nas políticas e nas próprias informações consumidas e divulgadas na internet. "Num processo político as pessoas podem dizer o que querem, mas em que grau a informação falsa passa a ser danosa para a democracia?", questionou.

Para Daniel Bramatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo investigativo, o País vive hoje um processo claro de tentativa de deslegitimação da imprensa por parte da esquerda e da direita. "Além disso, vivemos um momento de fragilidade da mídia porque sua sustentabilidade econômica está sob ataque", lembrou.

O prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella está no centro de uma polêmica após cancelar, na última segunda-feira (4), a apresentação da peça 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que tem uma atriz transexual no papel de Jesus. A encenação seria durante esta semana no Parque Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, no evento 'Corpos Visíveis'.

O cancelamento da montagem gerou várias críticas e muitos chegaram a acusar Crivella de censura. No entanto, o prefeito, em um vídeo publicado no Facebook, garantiu que o cancelamento ocorreu por conta do fechamento da Arena Fernando Torres, local onde seria realizado o evento.

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Em nota, publicada na página oficial do evento, os organizadores repudiaram a postura do político e classificaram o cancelamento como "nitidamente censura a visibilidade e livre expressão artística dos corpos LGBTQI+, femininos, negros e periféricos".

 Nesta quarta-feira (6), Crivella se pronunciou novamente sobre o episódio e justificou o ato como uma maneira de garantir "os direitos de liberdade religiosa e das pessoas não serem ofendidas na sua liberdade religiosa".

Desde sua estreia, 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu' enfreta protestos e cancelamentos em algumas cidades do Brasil. No início de junho, a montagem ocupou o Teatro Apolo no último domingo (3).

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Após ter sido divulgada a classificação indicativa para maiores de 18 anos, a Fox divulgou em seu Twitter que o Ministério da Justiça alterou a classificação indicativa de “Deadpool 2” para 16 anos. Cinemark, Cinepolis e Playarte já tinham orientado, pelas suas redes sociais, como jovens menores de idade poderiam pedir reembolso se já tivessem comprado ingresso pela internet.

Com a reclassificação o filme consta como "não recomendado para menores de 16 anos".

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Com a censura estipulada em 18 anos, menores de idade não poderiam assistir ao longa mesmo acompanhado dos pais. Com a nova classificação, mesmo menores de 16 poderão assistir ao filme do “Mercenário Tagarela” sem maiores problemas, desde que devidamente acompanhados.

O Ministério da Justiça tinha alegado excesso de violência para justificar o primeiro corte de censura na idade do púbico: "Foram identificadas tendências como glamourização da violência e violência de forte impacto, agravadas pela frequência, relevância e, por vezes, composição de cena, além da valorização do conteúdo negativo”.

“Deadpool 2” mostra a volta do mercenário Wade Wilson para salvar um garoto com dons especiais de uma organização criminosa.

O filme tem direção de David Leitch e Simon Kinberg na produção. O longa já está em cartaz nos cinemas brasileiros desde o dia 17 de maio.

 

O vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) apresentou, na Câmara Municipal do Recife, um voto de aplauso à 11ª Marcha da Maconha, que acontece no próximo sábado (19), com saída marcada para acontecer às 16h20. A concentração será na Praça Oswaldo Cruz, na área central da capital pernambucana. 

No entanto, o vereador Fred Ferreira (PSC) pediu vista à proposta que voltará a ser debatido na próxima semana. Ivan lamentou o ocorrido. “A marcha já chega a ter 11 anos, mas infelizmente o requerimento que daria o voto de aplauso foi retirado, através do regimento, pelo vereador Fred Ferreira, a quem cito para quem possa inclusive debater porque eu acho que o debate não pode ser censurado nesta Casa”, declarou em pronunciamento no plenário. O psolista ainda disse esperar que a discussão possa voltar ao debate na próxima semana de forma “livre e sem censura”. 

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Uma cidadã que acompanha a sessão chegou a se levantar da galeria e opinar afirmando que era necessário deixar a “ignorância de lado”. “Só se sai da ignorância com discussão, presidente, superar a ignorância. A Cannabis é uma planta que tem poder medicinal e vocês precisam saber, principalmente o vereador aí que precisa se se inteirar e ler mais”, disparou em referência a Fred Ferreira. 

Outro defensor da legalização da maconha para fins terapêuticos é o ex-vereador Osmar Ricardo. “Algumas pessoas têm epilepsia especial, que sente dores, e a Cannabis tem uma substância que acalma, que tira a dor, então isso é importante, inclusive, tem gente aqui no estado de Pernambuco que já ganhou o direito de plantar a maconha em sua casa para uso medicinal, que tem todo uma preparação de cuidado. É uma coisa polêmica, mas importante para quem precisa dela”, chegou a dizer em entrevista ao LeiaJá.

No convite da 11ª Marcha da Maconha, no facebook, é destacado a importância da legalização. "O problema não está nas drogas e sim nessa política proibicionista e seus tentáculos políticos que encarcera e mata cada vez mais". Os organizadores ainda afirmam a necessidade de "uma reforma na política das drogas, bem como  desencarceramento das pessoas atingidas pelo modelo proibicionista que atinge ainda mais as mulheres negras e pobres e pelo fim do genocídio do povo negro".

 

 

 

Uma plataforma chinesa de internet censurou o desenho animado britânico "Peppa Pig", enquanto vários meios de comunicação estatais criticaram o "vício" do público infantil e a transformação da personagem num ícone "subversivo" da juventude ociosa.

Pelo menos 30.000 episódios de "Peppa Pig", cuja heroína é uma porquinha rosa travessa, foram retirados da popular plataforma de vídeo Douyin, e a hastag #PeppaPig foi proibida, informou na segunda-feira o jornal oficial Global Times.

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De acordo com um documento citado pelo jornal, o desenho da BBC faz parte de uma lista de conteúdos censurados pela Douyin.

"Peppa Pig", que chegou à China nos anos 2000, tornou-se tremendamente popular graças aos capítulos dublados em mandarim.

A febre cresceu no final de 2017 entre um público de jovens adultos, com a multiplicação de selfies de internautas - incluindo algumas estrelas - com adesivos da Peppa Pig. Objetos derivados da série, como xícaras, relógios ou roupas, também fizeram sucesso.

O Diário do Povo, porta-voz do Partido Comunista no poder, denunciou na semana passado os efeitos perversos de uma "comercialização" de Peppa Pig, que as estrelas da rede mostram até a saciedade.

O Global Times também se referiu a esse "vício" das crianças, que leva algumas a "rosnar e pular em poças d'água".

Outro lado obscuro do sucesso de Peppa Pig: a disseminação de episódios falsos, memes e paródias de humor negro ou diretamente pornográficas, denunciou o Global Times em janeiro.

O mesmo jornal insistiu nessa ideia na segunda-feira, dizendo que a porquinha inocente "tornou-se um ícone da subcultura de uma juventude muitas vezes mal educada, sem trabalho estável e ociosa".

Peppa Pig "tomou um rumo subversivo e sua popularidade viral ilustra uma sede de novidade e sátira que pode prejudicar a moral da sociedade", aponta o Global Times.

O Spotify começou a testar uma maneira de filtrar músicas com letras explícitas. O recurso foi introduzido em seus aplicativos para iPhone e iPad - seis anos depois de ter sido solicitado em seus fóruns online, segundo informou a BBC. A novidade ainda está em fase de testes.

O recurso, que só está disponível para assinantes premium do Spotify, apenas impede que o aplicativo toque as faixas impróprias, em vez de substituí-las por versões censuradas, como acontece no rádio.

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Até então, tudo o que o Spotify fazia era indicar que a música tinha versos explícitos, mas isso não impedia que o usuário a reproduzisse mesmo assim. Rivais como o Apple Music já têm controles parentais para que os responsáveis bloqueiem faixas explícitas automaticamente.

Procurado pela BBC, o Spotify afirmou que a funcionalidade ainda está em fase beta e deve ser aprimorada em um futuro breve. "Estamos sempre testando novos produtos e experiências no Spotify, mas não temos mais notícias para compartilhar no lançamento de um produto neste momento", informou.

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