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Nessa terça-feira (14), o prefeito João Campos (PSB) esteve em Brasília e assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que empresas privadas administrem seis parques do Recife. Após a fase de análise, o edital de licitação deve ser lançado nos primeiros meses de 2022.

Os parques Dona Lindu, Jaqueira, Macaxeira, Santana, Caiara e Capibaribe serão avaliados por uma consultoria contratada pelo banco nos próximos 30 dias. O acordo prevê que o BNDES pague R$ 2,46 milhões pelo estudo, que deve ser concluído em até oito meses.

Prefeito diz que polêmica é desnecessária

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O próprio João Campos assumiu que a proposta gerou polêmica, mas defende a gestão dos dispositivos pela iniciativa privada por mais 'modernização' e para evitar gastos da Prefeitura com manutenção, limpeza, poda e iluminação.

"Todos os parques terão suas entradas gratuitas, não será cobrado de maneira nenhuma para entrar em algum deles", garantiu.

Ao invés de vender os seis dispositivos para empresas, o prefeito quer ceder a gestão através de contratos temporários. 

"Às vezes se criam polêmicas desnecessárias, em que as pessoas veem por cima o assunto e terminam fazendo um juízo de valor diferente do que é. Primeiro, a gente tem que diferenciar o que é Parceria Público-Privada (PPP) de Concessão. Nas concessões você não onera o Poder Público.  Então, a gente está estudando um modelo de concessão para seis parques municipais que não vai gerar nenhum custo para o município”, explicou.

Recife servirá como teste para o BNDES

Recife será um teste para o novo modelo de atuação do BNDES que, se der certo, será levado a outros municípios do país. “O Recife será um projeto-piloto para a atuação do BNDES na estruturação da concessão de parques municipais, com um grande potencial de difusão para todo o País”, disse Fábio Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES.

Os estudos programados pela parceria vão avaliar a viabilidade econômico-financeira, questões de Engenharia e criar o arcabouço jurídico para entregar os espaços à futura empresa concessionária. Todo processo será acompanhado Secretaria Executiva de Parcerias Estratégicas (SEPE) e a empresa deve ressarcir o BNDES pelos custos do levantamento.

Antes de lançar o edital que vai definir a futura administradora, o projeto será disponibilizado para consulta pública por 30 dias e segue para aprovação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Só então a licitação será aberta, com perspectiva de fechar o contrato com a vencedora nos primeiros meses de 2023.

Inspirado pelo "espírito olímpico", o presidente Jair Bolsonaro vai distribuir a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz a 24 aliados do governo e pessoas próximas, incluindo a mulher, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A homenagem está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (28).

Criada nos anos 1970, a honraria se destina a reconhecer esforços de autoridades e personalidades que, no âmbito das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a higiene e a saúde pública, tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar físico e mental da população.

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Não há nenhuma explicação sobre quais feitos teriam justificado a entrega da medalha à lista de autoridades escolhidas por Bolsonaro. Nenhum médico ou cientista com atuação na linha de frente no combate à pandemia de covid-19 foi lembrado na lista. A concessão da medalha é feita por decreto do Poder Executivo, mediante proposta do Ministério da Saúde.

Um recém-chegado ao governo também foi escolhido para receber a distinção. Trata-se do general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, que no último dia 7 assumiu a Diretoria de Logística do Ministério da Saúde. Ele substitui Roberto Ferreira Dias, que deixou o posto após ser acusado pelo PM Luiz Paulo Dominghetti Pereira de pedir propina para assinar contrato de compra da vacina Astrazeneca/Oxford.

Ao todo, 12 ministros vão receber a Medalha Oswaldo Cruz. São eles: Carlos Alberto França (Relações Exteriores); Fábio Faria (Comunicações); Flávia Arruda (Secretaria de Governo); Gilson Machado (Turismo); João Roma (Cidadania); Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência); Milton Ribeiro (Educação); Paulo Guedes (Economia); Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional); Tarcísio de Freitas (Infraestrutura); Tereza Cristina (Agricultura); e Walter Braga Netto (Defesa).

Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente, também foram agraciados com a honraria. Ambos são aliados do governo no Congresso. Lira é o responsável por decidir sobre o arquivamento ou a sequência de pedidos de impeachment contra Bolsonaro. O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, também foi agraciado com a distinção.

A premiação divide-se em três categorias: ouro (11), prata (1) e bronze (4).

Outros membros do governo também estão entre os "medalhistas". Um deles é o chefe do gabinete pessoal da Presidência, Célio Faria Júnior, considerado "braço direito" de Bolsonaro.

Rejeitado

Rejeitado pelo Senado em dezembro de 2020, o embaixador Fabio Mendes Marzano, indicado na ocasião por Bolsonaro para ocupar a posição de delegado permanente do Brasil nas Nações Unidas, em Genebra, também receberá a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz.

Homem de confiança do ex-chanceler Ernesto Araújo, Marzano é secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, respondendo, por exemplo, por assuntos de defesa, Nações Unidas, direitos humanos, assistência consular e pela pauta ambiental, motivo de atritos diplomáticos e geopolíticos do governo.

Medalha ao médico

Duas semanas após ser internado com quadro de obstrução intestinal, o presidente Bolsonaro também vai condecorar com a Ordem do Mérito Médico o cirurgião gástrico Antônio Luiz de Macedo, seu médico particular, que o acompanha desde o episódio da facada, em 2018.

A mesma honraria também será dada ao presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.

A partir desta quinta-feira (10) começam a valer os novos prazos para concessão de benefícios do INSS. As novas datas foram fruto de acordo da instituição e de outros órgãos do governo federal com o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU).

De acordo com o presidente do INSS, Leonardo Rolim, o acordo firmado vai ao encontro das ações que a instituição já vem dotando desde 2020 para reduzir o tempo de espera do segurado. “Contratamos servidores temporários; ampliamos as equipes de análise em 22%; ampliamos o número de benefícios concedidos de forma automatizada; realizamos mutirões para os benefícios mais solicitados, como auxílio-maternidade e pensão por morte, entre outras ações”, afirma.

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Confira a seguir os novos prazos:

Caso os prazos não sejam cumpridos, haverá o pagamento de juros de mora ao segurado, e o pedido será encaminhado para a Central Unificada para o Cumprimento Emergencial que terá um prazo de dez dias para a conclusão da análise.

O presidente Jair Bolsonaro avaliou o leilão de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) como um marco na história e economia do País. O chefe do Executivo e ministros participaram nesta sexta-feira, 30, do certame, que ocorreu em São Paulo na sede da B3.

"Esse é o momento que marca a nossa história, a nossa economia. O governo voltado para a liberdade de mercado, na confiança dos investidores e na crença que o Brasil pode ser diferente", disse. Em seguida a sua fala, o presidente fez a tradicional batida de martelo que encerrou a cerimônia.

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O leilão foi centro de uma polêmica e batalha judicial sobre a sua realização. Ontem, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou um decreto legislativo para suspender o pregão.

A medida, contudo, foi derrubada nesta manhã pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), que suspendeu o decreto.

O próprio governo do Estado já havia, ainda ontem, editado um outro decreto para garantir a realização do leilão de concessão dos serviços de água e esgoto no Rio.

Como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou, o leilão levantou R$ 22,689 bilhões, com a Aegea como vencedora dos blocos 1 (Zona Sul e mais 18 municípios) e 4 (Centro e Zona Norte mais 8 municípios), por R$ 8,2 bilhões e R$ 7,203 bilhões, respectivamente, enquanto a Iguá Saneamento levou o Bloco 2 (Barra da Tijuca, Jacarepaguá e mais dois municípios), por R$ 7,286 bilhões. O bloco 3 não teve interessados.

Novas regras para a concessão, manutenção e a revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, estão publicadas na edição desta quarta-feira (16) do Diário Oficial da União.

Para ter direito ao benefício, no valor mensal de um salário mínimo - R$ 1.045 - é necessário que o rendimento bruto mensal por pessoa da família seja de até 1/4 do salário mínimo (25%), o que corresponde a R$ 261,25. 

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Uma das novidades é que agora os valores mensais gastos com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas médicas passarão a ser deduzidos da renda mensal bruta familiar. Mas, para isso, será preciso comprovar a situação com prescrição médica. Também será preciso comprovar que o requerente não recebe esses itens por órgãos públicos.

Documentos

Pelas novas regras fica dispensada a apresentação de documentos originais do requerente, do representante legal e dos demais membros do grupo familiar, quando a informação puder ser confirmada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio de confrontação com bases de dados de órgãos públicos. Caso haja dúvida quanto à autenticidade ou integridade do documento, o INSS pode exigir, a qualquer tempo, os documentos originais, ficando o responsável pela apresentação das cópias sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.

Pessoas com deficiência

No caso das pessoas com deficiência, o benefício estará sujeito à revisão periódica. A concessão do benefício, nesses casos, dependerá da comprovação da deficiência e de renda familiar mensal per capita limitada aos parâmetros de concessão do benefício.

Ainda segundo a portaria, a comprovação da deficiência, para fins de concessão do benefício, levará em conta o impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial e o grau de restrição para a participação plena e efetiva da pessoa com deficiência na sociedade, que implica na incapacidade de trabalhar.

Pela norma, o pedido de benefício será negado se a renda familiar mensal per capita não se enquadrar no limite de 25% do piso nacional ou se a deficiência não for comprovada após a perícia. Apesar disso, quem tiver o pedido indeferido poderá ainda apresentar recurso ao INSS, num prazo de 30 dias.

Assinaturas

Para atestar as informações declaradas no pedido de benefício, além de fazer isso por meio de assinatura que poderá ser eletrônica, ou por acesso com usuário e senha, também serão aceitas, a partir de agora, a certificação digital ou biometria.

Para os não alfabetizados ou impossibilitados de assinar o pedido, será aceita a impressão digital registrada na presença de funcionário do órgão recebedor do requerimento.

Desde que ingressou no programa de socorro da União para Estados endividados, em setembro de 2017, o Rio de Janeiro implementou nove benefícios fiscais novos, sete deles apenas na gestão do governador Wilson Witzel (PSC) - agora afastado por suspeita de participação em esquema de corrupção. A prática vai na direção contrária do que exige a lei do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o programa de socorro do governo federal, que não só proíbe os Estados protegidos pelo programa de conceder esses incentivos, como também cobra um corte nos benefícios já existentes.

Há ainda um décimo benefício já aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio à espera de sanção pelo governador para ser implementado. O Estado também obteve aval do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado por representantes da União e dos Estados, para instituir um programa de parcelamento de débitos com descontos de até 90% em multas e encargos. Enquanto isso, o Rio já deixou de pagar R$ 58,5 bilhões em dívidas com a União.

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A avaliação entre técnicos do governo federal é que o texto da lei do RRF deixou brechas para que os gestores continuem dilapidando a arrecadação, em nome de um gesto político a determinado setor, sem que haja uma punição efetiva. No caso do Rio, além dos novos benefícios, já houve até agora uma frustração de R$ 1,56 bilhão em relação à promessa feita há três anos de revisão nos incentivos concedidos antes do socorro.

Na tentativa de estabelecer um diálogo com a União pela permanência do Rio no programa, o governador em exercício, Cláudio Castro, anunciou um pente-fino nos benefícios fiscais para detectar o que está funcionando e o que não está dando resultado e pode ser revisto. Em paralelo, a revisão da lei do RRF deve endurecer as regras para tentar desencorajar os Estados socorridos a continuar desrespeitando a regra.

Neste momento, o Rio tem a permanência no regime de recuperação garantida por uma liminar do ministro do TCU Bruno Dantas, até que o impasse em torno da sustentabilidade do ajuste do Estado e da mudança na lei do RRF seja solucionado. A revisão nas normas do programa depende de aval do Congresso.

Sem transparência

O Conselho Supervisor do regime de recuperação do Rio alerta em seu mais recente relatório de monitoramento que, além da aceleração dos incentivos entre 2019 e 2020, seis dos nove benefícios instituídos não contam com informações detalhadas sobre seu impacto nas receitas do Estado.

A ausência dos cálculos prejudica a análise dos técnicos sobre a capacidade de o Rio atingir o equilíbrio em suas contas ou sobre a necessidade de medidas complementares.

Apenas na gestão Witzel, foram criados benefícios tributários ou regimes especiais para bares, restaurantes, joalherias e setor de bijuteria, empresas do setor de produtos derivados de carne, usinas de geração de energia elétrica, setor metal mecânico, além de isenção de ICMS em operações com bens ou mercadorias destinadas à atividade de exploração ou produção de petróleo e gás. A última lei, que depende de sanção, beneficia o comércio varejista. Só três benefícios tiveram impacto mensurado e somam R$ 205 milhões.

A Secretaria Estadual de Fazenda do Rio informou que "os incentivos fiscais do Estado de fato precisam ser revistos e aperfeiçoados" e disse que trabalha num conjunto de ações na área tributária, com três frentes: novo processo de concessão e revogação dos benefícios (com metas de arrecadação e geração de empregos), nova estratégia para coibir sonegação e a reformulação da estrutura dos incentivos. Sobre o Refis para renegociação de dívidas, a Sefaz informou que o objetivo é "recuperar recursos de impostos", mas disse não haver renúncia dos tributos devidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo rejeitou um pedido para suspender a concessão do complexo do estádio do Pacaembu. A decisão foi da juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13° Vara da Fazenda Pública, que negou a solicitação da Associação Viva Pacaembu.

Em seu pedido, a associação defendia que houve ilegalidade na concorrência, pois Eduardo Barella, o presidente do consórcio vencedor, o Consórcio Patrimônio SP, não poderia ter participado da licitação porque tinha cargo público no momento da abertura dos envelopes - ele fazia parte do Conselho de Administração da São Paulo Transportes (SPTrans).

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Barella compôs o colegiado entre abril de 2017 e dezembro de 2018, mas a argumentação da Associação Viva Pacaembu foi rejeitada por Gabriella. Para isso, apontou que diante das várias suspensões da licitação, o que deve ser levado em consideração é a fase de abertura dos envelopes, ocorrida em fevereiro de 2019. Naquele momento, o presidente do Consórcio Patrimônio SP não estava mais no conselho da SpTrans.

"A sessão de abertura dos envelopes de proposta é uma das fases do procedimento licitatório. A suspensão cautelar do certame postergou a sessão de abertura das propostas para fevereiro de 2019. Ou seja, a participação efetiva do requerido na licitação deu-se quando da abertura dos envelopes. Desta forma, quando do início da participação do requerido no procedimento licitatório propriamente dito, o vício apontado pela autora não mais existia. Por estes motivos, não se identifica a presença dos requisitos legais e fáticos para a concessão da medida emergencial", sentenciou a juíza.

Em 17 de julho, o Estadão mostrou que o Pacaembu não receberá jogos até 2023. Uma das razões é a deterioração do gramado causada pela instalação do hospital de campanha, construído pela prefeitura de São Paulo para o atendimento de pacientes da covid-19. Como a recuperação do gramado demoraria entre três a quatro meses, o Consórcio Patrimônio SP decidiu antecipar o início das obras de reforma previstas no contrato de concessão à iniciativa privada.

O consórcio trabalha agora na obtenção de alvarás e liberações da prefeitura para o início das obras. A reformulação deve começar entre outubro e novembro, com duração prevista de 24 a 28 meses. O complexo esportivo, composto por uma piscina olímpica, duas quadras de tênis e ginásio poliesportivo, além do estádio de futebol, passará por uma reformulação completa. A praça Charles Muller e o Museu do Futebol ficaram fora da concessão.

Uma das principais alterações previstas é a demolição do tobogã, arquibancada inaugurada no início da década de 1970. No seu lugar deverá ser erguido um prédio de cinco andares, com 44 mil metros quadrados de área construída. A autorização recebeu parecer favorável dos órgãos de conservação do patrimônio público.

O projeto prevê que o novo edifício tenha cafés, restaurantes, lojas, escritórios, espaços multifuncionais e o centro de convenções e eventos, construído no subsolo junto ao novo estacionamento. O térreo terá vista para o gramado e ao boulevard que será criado no local onde hoje fica o estacionamento do clube esportivo. Uma praça pública elevada irá conectar as ruas Desembargador Paulo Passaláqua e Itápolis. A receita do novo Pacaembu será composta por shows, eventos, aluguel de espaços e estacionamento.

O governo de Pernambuco contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazer estudos para estruturar um projeto de concessão à iniciativa privada de 272 quilômetros de estradas estaduais, informou a instituição de fomento. O BNDES e o governo estadual assinaram o contrato na última sexta-feira, 24.

O projeto inclui trechos de quatro rodovias (PE-045, PE-050, PE-060 e PE-090), que passam por 30 municípios pernambucanos. Estudos preliminares do governo estadual estimaram a necessidade de investimentos de R$ 850 milhões ao longo do prazo de concessão nos trechos.

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"A expectativa é que o processo possa facilitar o escoamento de cargas de importantes polos logísticos e industriais na região metropolitana de Recife e no interior, como é o caso do complexo de Suape e do polo industrial de Vitória de Santo Antão; fortalecer o turismo no litoral sul, gerando emprego e renda; e estimular o desenvolvimento de cidades do agreste pernambucano que têm se destacado nacionalmente na produção de roupas, como Toritama", diz a nota divulgada pela BNDES.

A promotoria do Tribunal Supremo espanhol anunciou nesta segunda-feira (8) que investigará se existe responsabilidade criminal do rei emérito Juan Carlos em uma trama de supostas comissões pela concessão de um contrato de linha férrea de alta velocidade na Arábia Saudita.

A Justiça investigava esses eventos desde 2018, mas apenas o Tribunal Supremo pode investigar diretamente as supostas responsabilidades do monarca, embora apenas por fatos cometidos após junho de 2014, quando ele abdicou e perdeu a imunidade como chefe de Estado.

A promotoria do tribunal superior reconhece que assume a investigação uma vez que "uma das pessoas envolvidas nos eventos investigados era o então rei, hoje rei emérito, Juan Carlos de Borbón" e é necessária "a prática de novos procedimentos que afetam diretamente" sua imagem.

"Esta investigação se concentra, precisamente, na delimitação ou exclusão da relevância criminal dos eventos que ocorrem após o mês de junho de 2014, quando o rei emérito não estava mais protegido pela inviolabilidade", acrescenta a promotoria em seu comunicado.

O caso teve início em setembro de 2018, como resultado do vazamento de gravações por sua ex-amante, Corinna Zu Sayn-Wittgenstein, que assegurava que Juan Carlos I havia cobrado, por meio de uma intermediária iraniana, uma comissão pela concessão da licitação de trem de alta velocidade entre Meca e Medina a um consórcio de empresas espanholas.

"Seria um possível crime de corrupção em transações comerciais internacionais cometidas por espanhóis ou estrangeiros fora do território nacional", afirmou a promotoria na época.

Reconhecido por décadas como uma figura-chave na transição democrática da Espanha, o legado do monarca (1975-2014) foi obscurecido nos últimos anos por suspeitas de manter uma fortuna opaca, principalmente devido a seus laços com as monarquias do Golfo.

Recentemente, várias notícias circularam na imprensa que levaram seu filho e herdeiro, Felipe VI, a retirar dele a verba da Casa Real, que, segundo a mídia espanhola, somava mais de 194.000 euros por ano (cerca de US$ 219.000).

O jornal suíço Tribune de Gèneve publicou no início de março que Juan Carlos recebeu, em 2008, US$ 100 milhões do rei Abdullah da Arábia Saudita, em uma conta na Suíça de uma fundação panamenha.

Em meados desse mês, o jornal britânico The Daily Telegraph indicou que Felipe VI também era beneficiário da fundação.

A Casa Real assegurou que o monarca pediu a Juan Carlos que cancelasse a designação como beneficiário e renunciou a qualquer herança de seu pai.

O Ministério Público Federal deu cinco dias para que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, esclareça os critérios de concessão do Bolsa Família. O pedido de informações foi feito após o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) revelar que a região Nordeste ficou com apenas 3% das famílias contempladas em janeiro deste ano, embora a região tenha o maior número de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza na fila do programa. Enquanto isso, Sul e Sudeste foram priorizadas e receberam 75% das novas concessões.

A solicitação foi feita por meio de ofício assinado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) na última sexta-feira, 6. A Procuradoria da República da Bahia também assina o documento. Caso o ministro não responda no prazo de cinco dias, poderá responder judicialmente. Procurada, a pasta ainda não se posicionou sobre o tema.

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No pedido de esclarecimentos, feito com base na reportagem do Broadcast, o MPF solicita acesso a dados sobre a quantidade de novos benefícios do programa Bolsa Família concedidos mês a mês e por Estado desde janeiro de 2019.

O MPF também solicita que Onyx indique os critérios e conjunto de indicadores sociais utilizados pela pasta para estabelecer as situações de vulnerabilidade social e econômica utilizados na seleção de beneficiários. A procuradoria pediu ainda informações sobre a cobertura do programa Bolsa Família por Estado.

"No caso da indisponibilidade orçamentária eventual para expandir o programa no ritmo necessário para alcançar novas famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, os critérios para priorização na concessão dos benefícios devem ser claros e lícitos, não havendo qualquer possibilidade de preferências ou perseguições políticas", destaca a Procuradoria.

Como mostrou a reportagem, antes de ter sua fatia nas concessões do Bolsa Família reduzida a 3% em janeiro de 2020, o Nordeste vinha respondendo por 35% a 39% dos novos benefícios ao longo de 2019. A queda na participação da região ocorreu justamente em janeiro, mês de maior liberação de pedidos após sete meses de freio no programa social.

Em fevereiro, quando houve novo freio nas concessões, o Nordeste voltou a responder por uma fatia maior de novos benefícios: 39,5%. Nesse mês, foram apenas 4,8 mil novos contemplados, 1,9 mil deles nordestinos.

Nas eleições de 2018, a Região Nordeste foi a única que votou majoritariamente no candidato do PT, Fernando Haddad. No segundo turno, o petista teve 69,7% dos votos válidos, ante 30,3% de Bolsonaro. Nas demais regiões, o atual presidente foi o vencedor. No Sul, conseguiu a maior vantagem: 68,3% ante 31,7% de Haddad.

"Embora pareça inconcebível que o Governo Federal esteja deliberadamente preterindo a região Nordeste em um programa de transferência de renda destinado a erradicar a pobreza, essa hipótese não pode ser prontamente descartada", afirma o MPF. O órgão lembra que, sob a atual gestão, o Nordeste também ficou para trás na concessão de novos empréstimos pela Caixa, como revelou o Broadcast em julho do ano passado. A Procuradoria cita ainda declarações do presidente da República, também em julho de 2019, "sugerindo uma possível perseguição aos Estados da região, por questões políticas".

Na última sexta, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), tido como apoiador da agenda de reformas do governo, publicou um duro posicionamento nas redes sociais alertando que a menor concessão de benefícios do Bolsa Família para o Nordeste pode significar o rompimento da região com o governo federal. A bancada do Nordeste tem 151 deputados e 27 senadores.

Critérios

No ofício, MPF lembra que um decreto de 2004 prevê que as famílias elegíveis e identificadas no Cadastro Único poderão ser selecionadas a partir de um conjunto de indicadores sociais capazes de estabelecer as situações de vulnerabilidade social e econômica, que deve ser divulgado pelo governo. O Nordeste tem 1,314 milhão de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza ainda sem receber o benefício, 36,8% do total de 3,57 milhões de famílias nessa condição no País.

Segundo a Procuradoria, portaria de 2009 editada pelo então Ministério do Desenvolvimento Social prevê outras regras em caso de necessidade de priorização do benefício, levando em conta os índices de cobertura do programa em relação às estimativas de famílias em situação de pobreza.

Em meio à polêmica, no entanto, os critérios de concessão também estão na berlinda. Isso porque a estimativa em questão leva em conta o Censo Demográfico de 2010 - que já não retrata fielmente a renda das famílias nas regiões, sobretudo num momento após crise econômica. Com isso, a cobertura nas regiões poderia estar superestimada nos Estados mais pobres, que já contam com maior número de benefícios concedidos, mas ainda têm uma longa fila que não é levada em consideração nas novas concessões.

O ofício esclarece que a existência de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza cadastradas no CadÚnico e sem receber os benefícios deve sempre ser transitória, apenas pelo tempo estritamente necessário para trâmite burocrático e, eventualmente, para obtenção de disponibilidade orçamentária.

"O Estado é obrigado a atender todas as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza com o Bolsa Família, desenvolvendo ações para ampliar o cadastro, especialmente para alcançar locais mais pobres e de difícil acesso, concedendo os benefícios e garantindo recursos para seu pagamento", diz o documento.

Segundo o MPF, essa obrigação vinha sendo cumprida em 2017 e 2018, com a fila de espera pelo benefício "constantemente sendo zerada".

A Justiça suspendeu o edital de concessão do serviço de Zona Azul, que está sendo conduzido pela Prefeitura de São Paulo. A suspensão foi divulgada pelo Ministério Público, que entrou com um pedido de suspensão urgente já que estava programada para esta terça-feira (10) a abertura dos envelopes com as propostas. A promotoria da capital diz que há diversas irregularidades e ilegalidades que colocariam em risco o patrimônio público e social. A Prefeitura disse que foi notificada da decisão judicial e vai recorrer.

O pedido de suspensão foi feito pela promotora Joana Franklin de Araújo nesta segunda-feira (9). Em 22 páginas, ela explica as razões para que a medida seja tomada. Ela lembrou que auditoria do Tribunal de Contas do Município (TCM) apontou 33 irregularidades, nove recomendações e cinco pedidos de esclarecimento, determinando a suspensão do edital. No fim de novembro, o TCM autorizou a retomada do certame, mas o MP destaca que a Prefeitura ainda não observou o posicionamento dos órgãos técnicos, "de forma que permanecem irregularidades e ilegalidades".

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Entre as irregularidades, o pedido cita previsões do edital que restringem injustificadamente a competitividade, como a exigência de pagamento antecipado de outorga fixa no valor de R$ 595 milhões. "Referido pagamento, que é exigido até o final de 2020, representa cerca de 40% do total de ganhos provenientes da concessão, inibindo injustificadamente a participação de licitantes que possuem capacidade técnica, operacional e financeira para a execução do objeto, mas não conseguem, seja por fonte própria ou de terceiros, realizar o pagamento desses vultosos R$ 595 milhões no momento em que o concessionário ainda não conta com as receitas da concessão", escreve a promotora.

A concessão de lote único, com concentração da prestação de serviços em uma única empresa, também pode restringir a competitividade da disputa, acrescenta a representante do Ministério Público. O MP pede ainda que a Prefeitura esclareça o porquê de a concessão se estender por 15 anos, "uma vez que o Tribunal de Contas apontou que os investimentos em infraestrutura previstos para a concessão seriam amortizados rapidamente, ainda no primeiro ano da concessão, somando R$ 8,8 milhões".

O documento traz ainda a menção à realização de uma audiência pública que durou 25 minutos. "Tem-se que, aparentemente, a audiência pública durou apenas 25 minutos e que não houve oportunidade para participação do público presente, tratando-se, na realidade, de uma exposição de decisões já tomadas pelo Poder Público", escreve. "A audiência pública é uma forma de promover a participação popular no processo de decisão sobre a coisa pública e, no caso dos autos, há indício de sua realização foi meramente formal, sem possibilidade de debate do tema com a comunidade", acrescenta.

A Prefeitura de São Paulo havia divulgado em janeiro uma versão do edital de licitação da concessão do serviço de estacionamento rotativo de vias públicas da cidade, a chamada Zona Azul. Com validade de 15 anos, contrato seria assinado até junho deste ano, estimava a gestão Bruno Covas (PSDB).

Empresas nacionais e estrangeiras podem concorrer na licitação, que seleciona a que apresentar o maior valor de outorga fixa mensal a ser paga à Prefeitura, o valor estimado de ao menos R$ 950 mil por mês, além do pagamento de uma outorga inicial de R$ 595 milhões. Há, ainda, a previsão de repasse ao Município de uma outorga variável de 5%, referência à arrecadação mensal da concessionário com o serviço. O edital foi suspenso em maio pelo TCM e liberado em novembro pelo órgão.

Alexandre Alves Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella, voltará a cumprir pena no regime semiaberto, com direito às saídas temporárias da prisão. O ministro Ribas Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou um habeas corpus da defesa por entender que o preso já preenche os requisitos para a progressão do regime fechado para o semiaberto.

A decisão foi dada no último dia 30 e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ainda pode entrar com recurso.

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Nardoni foi condenado a 30 anos de prisão, mas já cumpriu mais de um sexto da pena. Como era réu primário e teve bom comportamento na prisão, ele progrediu para o regime semiaberto e, em agosto deste ano, foi beneficiado com a saída temporária para o Dia dos Pais - direito previsto na Lei de Execução Penal.

O pai de Isabella cumpre pena na Penitenciária 2, em Tremembé, interior de São Paulo. Antes da progressão, o preso passou por um exame criminológico e foi considerado apto. O MP recorreu por entender que, devido à natureza do crime, considerado hediondo, haveria necessidade de submeter o detento a um exame mais rigoroso, o teste de Roschach.

O recurso foi acatado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e Nardoni foi obrigado a retornar à penitenciária antes do prazo previsto na saída temporária. A decisão também cassou o direito ao regime semiaberto.

O advogado de Nardoni, Roberto Podval, entrou com habeas corpus no STJ. Ele alegou que o detento já havia sido submetido ao teste previsto em lei e o resultado foi favorável à sua progressão no regime penal.

Ao julgar o pedido, o ministro Dantas divergiu do entendimento do tribunal paulista e considerou que não há necessidade de submeter o preso a um novo exame. "O paciente foi efetivamente submetido a exame criminológico, que lhe foi favorável, de forma que a alegação de que deveria ser submetido ao exame de 'Rorschach' para aferir o requisito subjetivo, carece de razoabilidade", afirmou na decisão.

O MP-SP informou que a decisão é liminar e ainda haverá julgamento no mérito. O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com o escritório do advogado, Roberto Podval, mas a secretária informou que ele estava em viagem e retornaria oportunamente. Procurada, a Secretaria da Administração Penitenciária ainda não se manifestou.

A morte de Isabella, então com cinco anos, aconteceu em março de 2008, em São Paulo. Ela caiu do sexto andar do edifício em que morava com o pai, Alexandre, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá. A investigação apontou que a criança foi morta pelo casal, que sempre negou o crime. Anna Carolina também foi condenada - pegou 27 anos -, mas está em regime semiaberto desde 2017.

A secretária de Planejamento, Desenvolvimento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa de Souza, disse nesta quinta-feira, 22, em evento do Grupo Voto que o governo quer conceder toda a rede de aeroportos até 2022. A partir daí, o objetivo do Poder Executivo é "revocacionar" a Infraero, nas palavras da secretária.

Segundo ela, se isso não for possível, a empresa será liquidada. "A ideia é revocacionar a Infraero para pequenos serviços ou liquidar a empresa", disse.

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Ela destacou os diversos projetos na área de infraestrutura por parte do governo, mas ponderou que a evolução deles não é imediata. "Temos em média prazo de dois para projeto de infraestrutura ser modelado, levado para consulta pública, até ser finalizado. Não da noite para o dia", disse.

E reforçou o discurso do governo de que os investimentos em infraestrutura no país serão feitos por meio da iniciativa privada.

Meio Ambiente

Em meio ao discurso polêmico do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema ambiental, a secretária disse ainda que "é um crime falar que o Brasil não é verde". "O Brasil é um país extremamente verde. Vamos expandir sem desmatar um hectare", disse.

Segundo ela, se o país não atacar o custo logístico, a agricultura nunca será eficiente.

Ela destacou ainda que o governo estuda como fará a concessão da Ferrogrão e destacou que uma ferrovia é, do ponto de vista ambiental, melhor do que o transporte por caminhões. "Estamos conversando com vários investidores (sobre Ferrogrão). Sempre nos perguntam sobre licença ambiental. É importante dizer que ferrovia é investimento verde", disse.

O Ministério das Relações Exteriores concedeu passaporte diplomático a dois membros da Igreja Mundial do Poder de Deus: Valdemiro Santiago de Oliveira, conhecido como apóstolo Valdemiro Santiago, e sua esposa, Franciléia de Castro Gomes de Oliveira. A portaria com a decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 9. Segundo o ato, o Itamaraty liberou o documento, com validade de 3 anos cada, "por entender que, ao portar passaporte diplomático, seu titular poderá desempenhar de maneira mais eficiente suas atividades em prol das comunidades brasileiras no exterior".

Recentemente, o chanceler Ernesto Araújo assinou portaria autorizando passaportes diplomáticos a Romildo Ribeiro Soares, o RR Soares, e sua esposa, Maria Magdalena Bezerra Ribeiro Soares, ambos da Igreja Internacional da Graça de Deus, e também ao proprietário da Rede Record e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, e sua mulher, Eunice Bezerra.

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No passado, em junho de 2016, RR Soares e sua esposa também obtiveram o passaporte especial, mas logo depois o documento foi suspenso liminarmente pela Justiça, que considerou que a concessão representava "desvio de finalidade" e "mero privilégio".

O passaporte diplomático dá ao seu portador privilégios como atendimento preferencial em postos de imigração e isenção de visto em alguns países. Um decreto de 2006, assinado pelo então presidente Lula, lista 12 classes de autoridades que têm direito ao passaporte diplomático, como o presidente da República, membros do Congresso Nacional, ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores e militares a serviço em missões da ONU, mas não líderes religiosos.

A legislação, no entanto, abre brecha para que o ministro das Relações Exteriores conceda passaporte diplomático a outras pessoas "em função do interesse do País", dispositivo que vem sendo utilizado pelo Itamaraty para justificar a concessão do documento a líderes evangélicos.

A Justiça Federal em Alagoas determinou o cancelamento da concessão, permissão ou autorização do serviço de radiodifusão sonora ou de sons e imagens outorgado à TV Gazeta de Alagoas, à Radio Clube de Alagoas e à Rádio Gazeta de Alagoas, por terem em seu quadro societário o senador Fernando Collor (PROS/AL), licenciado.

A decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal e mantém "a prestação dos serviços atualmente realizados pelas empresas concessionárias até o trânsito em julgado da sentença".

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As informações foram publicadas pelo site da Procuradoria da República, em Alagoas nesta quarta-feira (10). Além de Collor, o deputado João Henrique Caldas (PSB-AL), o JHC, responde à ação civil pública.

O Ministério Público Federal informou que a sentença, de junho, atendeu à totalidade de seus pedidos.

A Justiça condicionou à manutenção da sentença após o trânsito em julgado: a condenação da União a não renovar a outorga, bem como realizar nova licitação; a condenação das empresas concessionárias para não mais operarem os serviços nem pleitearem a renovação da outorga; a cominação de multa diária em caso de descumprimento da ordem judicial.

A Procuradoria apresentou a ação civil pública para cancelar as concessões de radiodifusão que têm como sócios parlamentares federais eleitos por Alagoas.

A ação é baseada em dispositivo da Constituição que proíbe congressista de "firmar ou manter contrato com empresa concessionária de serviço público" (art. 54) e foi ingressada após denúncia de entidades da sociedade civil, entre elas a associação Intervozes e o Fórum Interinstitucional pelo Direito à Comunicação (Findac).

O inciso II, alínea a, do mesmo artigo, veda aos parlamentares serem proprietários, controladores ou diretores de empresas que recebam da União benefícios previstos em lei. A regra também impede a participação de congressistas em prestadoras de radiodifusão, visto que tais concessionárias possuem isenção fiscal concedida pela legislação.

O processo judicial iniciado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Alagoas (PRDC), pediu a suspensão das concessões de rádios e de TV a Collor, que aparece nos registros oficiais como sócio dos veículos de comunicação.

O Ministério Público Federal solicitou ainda que a União, por intermédio do Ministério das Comunicações, realize nova licitação para os serviços de radiodifusão, abstendo-se de conceder renovações ou futuras outorgas do serviço de radiodifusão ao senador.

Atuação

Com autorização da Procuradoria Geral da República, procuradores de São Paulo receberam, em novembro de 2015, representação de 13 organizações da sociedade civil denunciando 40 parlamentares de 19 Estados brasileiros que, segundo o Sistema de Acompanhamento de Controle Societário (Siacco), da Anatel, seriam sócios/as de emissoras de rádio e televisão no País.

As entidades solicitaram que o Ministério Público Federal atuasse para que estas empresas tivessem suas licenças canceladas, tendo em vista que a Constituição proíbe que congressistas sejam sócios ou associados de concessionárias de serviços de radiodifusão.

O documento entregue ao Ministério Público Federal elencava 32 deputados federais e 8 senadores dos Estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A representação foi encaminhada às unidades do Ministério Público Federal em cada um dos Estados para que fossem adotadas medidas localmente. A partir disso, várias ações foram iniciadas no País, como em Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Pará e Amapá.

Algumas decisões judiciais em tribunais superiores, retirando as concessões das mãos de parlamentares, já existem. Elas seguem o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que também se manifesta contrário ao controle de políticos sobre veículos de comunicação.

Defesas

A reportagem está tentando contato com a TV Gazeta de Alagoas, a Radio Clube de Alagoas, a Rádio Gazeta de Alagoas, com o senador licenciado Fernando Collor e o deputado João Henrique Caldas. O espaço está aberto para manifestação.

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) suspendeu nesta quinta-feira, 30, em medida cautelar, o edital de concessão da Zona Azul na capital paulista. A abertura da concorrência estava prevista para esta sexta-feira, 31.

A decisão, do conselheiro relator Edson Simões, não estabelece prazo para que a concessão seja retomada. Em um relatório preliminar, o TCM apontou 33 irregularidades no edital de concessão. Além disso, o tribunal destacou que vereadores apresentaram nove requerimentos contra o plano da Prefeitura. Dois requerimentos foram apresentados na terça, 28, a dois dias da concorrência.

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"A Audiência Pública deixou de cumprir sua finalidade precípua, dada a ausência de integração com os presentes e vez que o registro da reunião sequer permite conferir a fidedignidade das informações", aponta o tribunal, em uma das justificativas para a suspensão. "É necessário que o Poder Público apresente soluções para que a CET não tenha suas atividades comprometidas pela perda de receitas obtidas com a comercialização dos CADs (Cartões Azul Digital)", diz.

O secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo, Mauro Ricardo, contestou os apontamentos do TCM e disse que a maior parte das sugestões do tribunal já haviam sido incorporadas na concessão. Ele atribuiu a decisão a um "lobby" de vereadores da oposição e de servidores da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) contra a concessão do serviço de estacionamento rotativo em ruas da cidade.

"Esse edital já contemplava todas as sugestões que o TCM tinha feito no passado. A coisa é que chegaram essas representações duas representações a dois dias antes, e o tribunal alega que não tem tempo para analisar. A estratégia é essa", disse O secretário. Ele ainda rebateu o argumento de que a audiência, que contou com cerca de 70 pessoas, não teria sido transparente. "O TCM e o MP deveriam ter comparecido (à audiência pública) e dado suas sugestões ao edital e ao contrato, que foram disponibilizados."

A decisão ocorre cerca de uma semana depois de o TCM suspender a venda do controle acionário do Complexo do Anhembi, da SPTuris. Neste caso, também houve requerimentos apresentados por vereadores e por funcionários da empresa municipal contra a proposta. "São recursos extremamente importantes para a Prefeitura, que serão revertidos em saúde, educação, mobilidade e até zeladoria. Essas são decisões que ou retardam ou inviabilizam que a gente possa realocar em ativos da cidade em áreas da cidade mais carentes", disse Mauro Ricardo.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, em sua página oficial no Twitter neste domingo (12), o plano do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de repassar à iniciativa privada pelo menos 20 parques nacionais por meio do modelo de concessões.

"O potencial de ecoturismo no Brasil é um dos maiores do mundo. Precisamos de boa infraestrutura ao turista e condições favoráveis ao investimento mediante concessões responsáveis, envolvendo moradores das regiões gerando consciência social, emprego e economia", disse Bolsonaro.

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O plano foi tema da manchete deste sábado (11) do jornal O Estado de S.Paulo ("Governo quer conceder 20 parques nacionais à iniciativa privada neste ano"), que foi compartilhada por Bolsonaro por meio de uma foto, inicialmente postada na página de Salles na mesma rede social.

O ministro do Meio Ambiente disse que Jericoacoara (CE), Lençóis Maranhenses (MA), Chapada dos Guimarães (MT) e Aparados da Serra (RS) estão entre as prioridades que serão ofertadas para administração de empresas privadas.

Por conta das obras de melhorias que serão realizadas pela Concessionária Rota do Atlântico a partir deste domingo (12), a PE-009 entre a BR-101 e a PE-028 terão o tráfego no trecho da via expressa interrompido nos dois sentidos durante uma semana, com previsão de liberação até o próximo domingo (19).

De acordo com a assessoria da concessionária, as obras fazem parte da Manutenção Permanente. Durante o bloqueio, quem sair do Recife em direção a Suape e ao Litoral Sul de Pernambuco deverá seguir pela BR-101 e acessar em direção à PE-060, na alça próximo ao Hospital Dom Helder, ingressando no Complexo de Suape pela PE-028, ou pelo acesso principal de Suape ou ainda pela VPE-052 (conhecido como acesso ao ZIP).

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Uma outra alternativa é seguir por Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes, pelo Sistema Viário do Paiva, para acessar o Complexo de Suape pela PE-028.

Já quem vier de praias como Porto de Galinhas em direção ao Recife, acessa normalmente a via expressa pela PE-038, no distrito de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca, e sairá do Complexo Viário pela PE-028, podendo optar por seguir em direção a PE-060 ou pela Reserva do Paiva.

Informações

Em caso de dúvidas sobre acessos, a Rota do Atlântico disponibiliza o Serviço de Auxílio ao Usuário (SAU), que funciona 24 horas, pelo telefone 0800.031.0009. Informações sobre o tráfego também são fornecidas através do Whatsapp 98133-9650.

O Ministério Público Estadual recomendou que a gestão João Doria (PSDB) inabilite empresas que formam a ViaMobilidade, concessionária que opera a Linha 5-Lilás do metrô de São Paulo. Na prática, segundo o MPE, o pedido é que a concessão da linha, em vigor desde agosto do ano passado, seja suspensa por desclassificação das empresas. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos informou que ainda não foi notificada.

Os alvos do promotor Marcelo Milani são as empresas RuasInvest e Andrade Gutierrez. A RuasInvest tem cerca de 17% da ViaMobilidade. O restante é da CCR, que tem na Andrade Gutierrez uma de suas proprietárias. A recomendação não tem força de decisão judicial e pode não ser acatada - se isso ocorrer, o MPE avalia o ingresso de uma ação civil, pedindo condenação por improbidade administrativa dos responsáveis.

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A ViaMobilidade ofereceu R$ 553 milhões para operar a linha. Com recebimento de R$ 1,73 por passageiro transportado, a empresa tem direito de operar o ramal por 20 anos.

O MPE diz que o Grupo Ruas, do qual a RuasInvest faz parte, tem uma dívida previdenciária de R$ 2,6 bilhões, o que o impediria de fazer contratos com o poder público até que a dívida seja negociada. O Grupo Ruas é controlador de parte das linhas de ônibus de São Paulo, de onde a dívida teria se originado. No documento, o promotor afirma que, para continuar fazendo contratos com o poder público, o grupo "vem utilizando-se de estratégia fraudulenta de abrir novas empresas" e essa ação "nada mais é que uma tentativa de driblar a legislação".

No caso da Andrade, o MPE argumenta que a empresa liderou outro consócio, de obras, que em março abandonou a construção da Linha 17-Ouro (o monotrilho da zona sul), "causando prejuízos enormes aos cofres públicos". O abandono, para o MPE, "pode constituir violação do princípio da moralidade administrativa".

Processo

A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos informou que ainda não recebeu a representação e as exigências legais para a contratação do consórcio foram cumpridas. Na nota, o governo diz que a concessionária é uma Sociedade de Propósito Específico, "pessoa jurídica autônoma". A ViaMobilidade informou que "desconhece a iniciativa e as argumentações" do MPE e que assinou o contrato de concessão da linha "após cumprir todas as determinações do poder concedente, do edital e da comissão especial de licitação".

O texto afirma ainda que o grupo tem disposição de colaborar com as autoridades. A RuasInvest diz não possuir nenhuma dívida com a Fazenda nacional. "A dívida apontada se refere a empresas dedicadas à atividade de transporte rodoviário de passageiros, na qual a RuasInvest não tem participação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A construtora Construcap ofereceu o maior lance para concessão por 35 anos do Parque Ibirapuera, pelo valor de R$ 70 milhões. A abertura dos envelopes de propostas ocorreu na manhã desta segunda-feira (11), em um auditório do parque, na zona sul da cidade de São Paulo. A proposta passará por análise técnica antes de a vencedora ser oficialmente anunciada.

A empreiteira já foi investigada por casos de corrupção. Em 2016, teve um dos donos (Roberto Capobianco) preso na operação Lava Jato, condenado a 12 anos de prisão no ano passado. Em delação premiada, o ex-executivo e o lobista Adir Assad declararam ter pago R$ 2 milhões para campanhas eleitorais tucanas.

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Em fevereiro, a Construcap já havia concorrido na concessão do estádio do Pacaembu, mas não saiu vencedora. No currículo, já realizou obras do Rodoanel, de linhas do Metrô, de igrejas (como o Templo de Salomão) e de hospitais (como a novo sede do Hospital Pérola Byington).

Com o resultado, a construtora será responsável pela gestão, manutenção e operação também dos parques Jacintho Alberto (Pirituba) e Tenente Faria Lima (Vila Sônia) Jardim Felicidade (Jardim Felicidade) Eucaliptos (Vila Maria) e Lajeado (Guaianases).

A concessão também inclui obras e serviços de engenharia, item que pode ser influenciado pelo plano diretor do parque, cuja elaboração em até seis meses foi determinada na semana passada em acordo com o Ministério Público, após o órgão entrar na Justiça pedindo a suspensão do processo de concessão.

O entendimento é de que o plano é necessário para garantir a proteção ambiental da área e definir os locais que poderão passar por intervenções. Além da questão ambiental, o parque também é tombado e, portanto, eventuais mudanças na estrutura atual precisam ser aprovadas nos conselhos de patrimônio.

Além da Construcap, o Grupo Cataratas também fez uma proposta, no valor de R$ 25 milhões. A Prefeitura de São Paulo havia estipulado um valor mínimo de R$ 2,1 milhões. Segundo a gestão municipal, a concessão deverá render uma redução de despesas de R$ 1 bilhão em 35 anos.

Uma das exigências é manter o acesso livre e gratuito ao parque durante todo o contrato. A concessionária poderá lucrar, por exemplo, com o uso do restaurante do parque, o estacionamento e o aluguel de espaços para eventos. Após os 35 anos, a gestão dos parques voltará para a Prefeitura.

Inicialmente, os primeiros parques a serem geridos pela iniciativa privada serão o Lajeado e o Tenente Faria Lima. Seis meses depois, começará a concessão do Eucaliptos e do Ibirapuera e, após mais um semestre, será a vez do Jacintho Alberto e do Jardim Felicidade.

Divergências

O edital havia sido suspenso em julho de 2018, devido a divergências com o então governador Márcio França. Um dos pontos era que o parque engloba áreas do Estado, cuja posse foi concedida à Prefeitura de São Paulo após a posse de João Doria no governo do Estado.

O pacote de parques é o terceiro projeto do pacote de desestatização da gestão Bruno Covas-João Doria a ter a concessionária divulgada. O primeiro foi o estádio do Pacaembu, arrematado por R$ 111 milhões pelo Consórcio Patrimônio SP. O segundo foi o Mercado de Santo Amaro.

Durante a abertura dos envelopes, manifestantes exibiram cartazes pela manutenção dos espaços do parque, um dos pontos que também foi questionado pelo MP em ação civil pública.

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