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A ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde Alves Miranda Arantes, estará no Recife, na próxima sexta-feira (5), para um debate sobre o impacto das reformas trabalhista e previdenciária. O encontro, organizado pelo Instituto Humanitas e o Sindicato dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinteepe), será na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) a partir das 9h.

Delaíde Miranda já se posicionou contrária a reforma trabalhista e, inclusive, enumerou "inverdades" que, segundo ela, são defendidas pelo presidente Michel Temer (PMDB). Além dela, o juiz da 12ª Vara do Trabalho de Pernambuco e presidente da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, Hugo Cavalcanti Melo Filho; a procuradora do trabalho Janine Rego de Miranda; o advogado e diretor da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat) Jefferson Calaça e as professoras de direito Rogéria Gladys (Unicap) e Juliana Teixeira Esteves (UFPE) também vão fomentar o debate. 

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Aprovada pela Câmara dos Deputados, a reforma trabalhista está agora em análise no Senado Federal. Já o texto que revisa as regras da Previdência no país deve ser votado ainda nesta quarta-feira (3) pela comissão especial na Câmara. As duas propostas têm sofrido resistência de sindicatos de todo o país. 

Com a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, vários temas que estavam em discussão na Corte devem demorar para retonar à pauta de julgamento. Teori morreu na tarde de ontem (20), em um acidente aéreo. O avião que transportava o ministro caiu com mais quatro pessoas próximo a Paraty (RJ).

Além da relatoria dos processos da Operação Lava Jato, Zavascki pediu vista de ações que tratam de casos como a descriminalização das drogas e a validade de decisões judiciais que determinam o fornecimento de medicamentos de alto custo na rede pública de saúde. Ao todo, o acervo de gabinete do ministro é de aproximadamente 7,5 mil processos.

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Do total de processos, 5,6 mil ainda estão pendentes de uma decisão final. O restante encontra-se na fase de recursos. Cerca de 120 processos são referentes à Lava Jato.

Pedidos de vista

Em setembro de 2015, um pedido de vista do ministro interrompeu o julgamento sobre a constitucionalidade da criminalização do porte de drogas. O crime é tipificado no Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

Nas mãos de Teori também estavam casos penais envolvendo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o senador Ivo Cassol (RO). Nos dois casos houve pedido de vista pelo ministro.

Em 2013, Cassol se tornou o primeiro senador a ser condenado pelo STF, mas continua solto enquanto aguarda a decisão final sobre o recurso. O julgamento foi interrompido com o placar empatado: cinco votos a favor da manutenção da sentença original e cinco pela redução da pena.

Em dezembro do ano passado, o ministro pediu vista de uma ação proposta pelo partido Democratas contra a norma de Minas Gerais que determina a autorização da Assembleia Legislativa para o recebimento de denúncia contra o governador. A decisão que for tomada pela Corte será aplicada ao atual governador, Fernando Pimentel, que é investigado na Operação Acrônimo, da Polícia Federal.

Odebrecht

Teori Zavascki estava prestes a homologar os 77 depoimentos de delação premiada de executivos da empreiteira Odebrecht, que chegaram em dezembro do ano passado ao tribunal. O ministro tinha autorizado para a semana que vem as oitivas de confirmação dos depoimentos dos delatores.

Com a morte do ministro, caberá à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, decidir se os processos da Operação Lava Jato serão distribuídos para outro integrantes da Corte ou se serão herdados pelo novo ministro, que deverá ser nomeado pelo presidente Michel Temer para a vaga deixada com a morte de Teori. Para chegar à Corte, o substituto deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado pelo plenário da Casa.

Parte da tripulação boliviana do avião da Lamia, que sofreu um trágico acidente na Colômbia com a equipe da Chapecoense e jornalistas, não cumpria o requisito para efetuar o voo - revelou o advogado de um funcionário da empresa aérea envolvido com os trâmites de autorização.

A tripulação era formada por sete pessoas: cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano. Dois dos bolivianos sobreviveram (uma comissária e um técnico de voo, junto com outros quatro brasileiros), de um total de 77 passageiros que estavam no avião.

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Na lista de mortos, estavam os bolivianos Miguel Alejandro Quiroga Murakami, como piloto, e Fernando Ovar Goytia, como copiloto, mas a Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) havia autorizado essa viagem com Quiroga e outro piloto, Marco Antonio Rocha Venegas.

Não se sabe o motivo pelo qual Fernando Ovar Goytia substituiu Marco Antonio Rocha, que estaria no Paraguai.

Jaime Cernadas, advogado do técnico da DGAC, Mauricio Durán (investigado pelo caso), revelou ao jornal El Deber que "apenas Miguel Alejandro Quiroga Murakami e Marco Antonio Rocha Venegas (sócio e piloto da Lamia) eram os integrantes da tripulação que a DGAC autorizou para estar no voo".

Citando a versão de Mauricio Durán diante dos procuradores, o jornal afirmou que o copiloto Ovar Goytia não cumpria os requisitos exigidos pela DGAC para ser copiloto de um voo internacional, já que sua permissão para este tipo de operação já havia expirado.

Além disso, El Deber recordou que o mecânico de aviação Edwin Tumiri (sobrevivente) tampouco tinha permissão da DGAC para realizar a função.

Uma investigação das autoridades colombianas da Aviação, feita no fim de dezembro, estabeleceu que a aeronave tinha combustível limitado para cobrir a rota entre Santa Cruz e o aeroporto José María Córdova de Rionegro, que serve a Medellín.

Segundo a investigação, "até o momento, temos evidências de que nenhum fator técnico influenciou o acidente, tudo está envolvido em um fator humano e gerencial".

Um estudo que acompanhou 57 gestantes paulistas infectadas pelo zika reforça a hipótese de que o vírus pode causar diversos danos aos bebês além da microcefalia. E as anomalias podem acontecer independentemente do trimestre de gravidez em que a mãe foi infectada.

Coordenada por Mauricio Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e integrante da Rede Zika (força-tarefa formada por pesquisadores de São Paulo apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp), a pesquisa monitorou 1.200 grávidas do interior, das quais 57 tiveram a confirmação de contaminação pelo vírus zika, com casos de infecção em todos os trimestres da gestação.

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Após todos os partos, os pesquisadores verificaram que nenhum dos bebês nasceu com microcefalia, mas, ao realizarem exames mais aprofundados, descobriram que 35% das crianças desenvolveram alguma anomalia. "Vinte dos 57 bebês nasceram com algum tipo de má-formação discreta, como surdez unilateral, danos na retina, cistos cerebrais ou inflamação em artérias cerebrais. O próximo passo é investigar a importância desses achados no desenvolvimento da criança", explica o cientista.

Nogueira diz que há situações que comprovam que o bebê pode ser prejudicado, mesmo se a contaminação pelo vírus ocorrer no fim da gravidez. Em um dos casos, a mulher contraiu a doença com 36 semanas de gestação e, mesmo assim, o bebê nasceu com sinais de infecção cerebral. "Os resultados indicam que a microcefalia deve ser mesmo só a ponta do iceberg, ela não deve ser o fenômeno mais provável entre os que o zika pode causar. Muitas crianças devem ter desenvolvido alguma anomalia mais leve que não foi notada. Se esses 20 bebês, por exemplo, não estivessem participando da pesquisa, sairiam da maternidade como crianças normais, porque tinham peso e perímetro cefálico dentro do esperado", afirma.

Pesquisa realizada por cientistas da Fiocruz e publicada em março no periódico The New England Journal of Medicine já mostrava que 29% dos bebês de mães que tiveram zika apresentaram alguma anomalia, mesmo quando a infecção era tardia, ou seja, nos últimos meses da gravidez.

Outros estudos

O grupo de pesquisa de São José do Rio Preto conduz ainda outros dois estudos sobre a ação do vírus zika. Em um deles, os cientistas estão monitorando há um ano um grupo de 1.500 pessoas para verificar, por exames de sangue, quais foram infectados mesmo sem sintomas. Isso porque, no caso da dengue, a estimativa é de que apenas 20% das pessoas infectadas sejam sintomáticas, o que aponta que os números das epidemias sejam muito maiores do que os registrados pelo Ministério da Saúde.

A outra pesquisa busca saber se os diagnósticos de zika e dengue estão sendo dados corretamente, uma vez que, em períodos epidêmicos, eles costumam ser feitos apenas por critérios clínicos e epidemiológicos, sem a realização de exames. "Colhemos cerca de 1.500 amostras de pessoas que passaram por serviços de saúde e receberam diagnósticos por critérios clínico-epidemiológicos. Verificamos que cerca de 15% das pessoas que saíram do serviço com diagnóstico de dengue tinham, na verdade, zika; enquanto 20% a 30% dos que saíram achando que tinham zika estavam com dengue", conta.

Nogueira explica que o diagnóstico correto é importante tanto para definir as providências a tomar em cada caso, de acordo com as possíveis complicações de cada doença, quanto para que os dados de saúde pública não tenham distorções. "Se o governo for avaliar se oferece uma vacina contra a dengue na rede pública, por exemplo, ele precisa saber o real alcance da epidemia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A forte chuva que caiu sobre a capital paulista no início da manhã desta quinta-feira, 3, afetou o trânsito na cidade e ocasionou a queda de cinco árvores em diferentes regiões. Os alagamentos chegaram a interromper o trânsito na Rodovia Anchieta, entre o km 10 e o 13, e interditou temporariamente o túnel João Paulo II, no Anhangabaú; em ambas as ocorrências, a situação havia sido normalizada durante a tarde.

Os maiores índices pluviométricos registrados na capital se concentraram no centro (25,8 milímetros) e na Vila Mariana (34,2 mm), de acordo com medição do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura. O CGE manteve a cidade em estado de atenção para alagamentos até às 11 horas.

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Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito na cidade registrou lentidão acima da média das 9h30 às 13 horas, tendo atingido o pico de 138 quilômetros de congestionamento. A circulação havia retomado o patamar abaixo da média no período da tarde e às 16h30 estava em 35 quilômetros.

A coordenação das subprefeituras informou ainda que a chuva levou a cinco quedas de árvores: na Rua Duque de Caxias, no centro; nas ruas Professor Rodrigues Fonseca e Umburanas, em Pinheiros; na Rua Ferdinando Paer, em Cidade Ademar; e na Rua Firmino Barbosa, em São Miguel Paulista. As ocorrências não deixaram feridos.

No Aeroporto de Congonhas, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), cinco voos haviam sido cancelados até às 16 horas.

Tempo

Pancadas de chuvas moderadas devem voltar a acontecer na cidade no fim da tarde e durante a noite. "Nas próximas horas, novas áreas de instabilidade que se formaram na região de Campinas devem atingir a capital paulista a partir da zona norte, provocando chuvas na forma de pancadas moderadas. Há condições para pontos de maior intensidade com raios e rajadas de vento, o que pode elevar o risco para formação de alagamentos e queda de árvores", detalhou a CGE.

De acordo com as estações meteorológicas do Centro, os termômetros superaram os 22ºC, enquanto a umidade relativa do ar permaneceu acima dos 60%.

Para os próximos dias, estão previstas chuvas fracas. A sexta-feira, 4, começa com nebulosidade e chuvas que diminuem no decorrer do dia. "Ocorrem períodos de melhoria, mas o céu deve permanecer com muitas nuvens. As mínimas oscilam em torno dos 16°C, enquanto as máximas não devem superar os 20°C", informou o CGE.

No sábado, 5, os ventos úmidos que sopram do oceano causam muita nebulosidade, além de favorecer a ocorrência de chuviscos especialmente durante a madrugada e no período da noite.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, prometeu nesta segunda-feira providenciar lares temporários para os desabrigados após uma série de terremotos em uma região montanhosa no centro do país. Os tremores, que foram os mais fortes registrados na Itália nos últimos 36 anos, já fizeram mais de 15 mil vítimas.

Uma parte da zona afetada pelos tremores de hoje já havia sido interditada em agosto, depois que terremotos de magnitude 6.6 atingiram o centro da Itália, o que evitou que as ocorrências de hoje fizessem vítimas fatais. Embora tenha declarado alívio por não haver mortos, Renzi afirmou que "os danos econômicos, culturais e religiosos causados hoje são impressionantes. Esses vilarejos são a identidade da Itália. Precisamos reconstruir todos eles de forma rápida". Muitas das localidades atingidas têm grande importância histórica.

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Em Roma, que fica a 110 km da região atingida pelos tremores, as autoridades interditaram para inspeção uma ponte sobre o Rio Tibre e a igreja de São Eustáquio, perto do Panteão, depois que ambas mostraram sinais de danos, de acordo com a agência de notícias ANSA.

De acordo com a defesa civil da Itália, o número de pessoas que precisam de ajuda deve subir, uma vez que muitos habitantes têm dormido em seus carros ou encontraram outras soluções para o problema e devem procurar as autoridades nos próximos dias. Grande parte da população se recusa a deixar a área, apesar dos esforços das equipes de resgate. Essa resistência causa mais preocupação à medida que o inverno se aproxima, derrubando as temperaturas durante a madrugada, o que pode causar problemas de saúde para os muitos idosos que vivem na região.

O premiê disse, em nota, que a Itália não pode manter barracas nas montanhas durante o inverno. "Há hotéis o bastante para todos, mas muitos dos nossos compatriotas não querem deixar suas terras, nem mesmo por algumas semanas", afirmou. As autoridades da defesa civil pediram que a população deixe a zona com mais risco de sofrer novos tremores e enviaram muitos moradores para os hotéis de veraneio em regiões costeiras do país.

Mais de 400 pessoas preferiram permanecer em tendas na cidade de Preci, localizada 60 km ao sul de Perugia, na Umbria, de acordo com o prefeito, que solicitou o envio de mais barracas, tendas e contêineres ao local. Também em Tolentino, outro vilarejo da região, moradores afirmaram não ter a intenção de sair da área. Na manhã desta segunda-feira, moradores de Nórcia, a localidade mais próxima do epicentro, estavam sendo organizados em pequenos grupos e, munidos de capacetes e outros equipamentos de proteção, levados de volta à cidade para recolher alguns pertences.

"Estávamos dentro de casa e felizmente a estrutura resistiu aos tremores, o que nos permitiu chegar à rua, onde havia várias pessoas feridas", disse Emanuela Spanicciati, moradora de Nórcia.

Os haitianos afetados pelo poderoso furacão Matthew vivem em condições "desumanas" em abrigos temporários, três semanas depois da passagem da tempestade, lamentou na terça-feira um especialista independente da ONU para os direitos humanos.

Cerca de 3.000 vítimas do furacão, refugiadas no colégio de Nord Alexis, na cidade de Jeremie, vivem "em condições lamentáveis: sem alimentos, sem acesso a serviços de saúde, sem água potável, sem instalações higiênicas e sanitárias apropriadas", disse o especialista Gustavo Gallon em uma coletiva de imprensa em Porto Príncipe, após visitar este abrigo.

Gallon fez as declarações ao concluir, nesta terça-feira, uma visita de nove dias ao país.

O furacão Matthew arrasou a península sul do Haiti em 4 de outubro, deixando 546 mortos e mais de 175.000 pessoas desabrigadas, segundo o último boletim oficial.

No Nord Alexis, "estas pessoas estão amontoadas em 20 salas do colégio, e têm fome. Há dois bebês que nasceram neste lugar sem assistência ao parto e há cerca de 20 grávidas", afirmou Gallon, um jurista colombiano.

"Todas as pessoas estão afetadas psicologicamente devido ao que aconteceu. (...) Uma jovem me disse: 'todos nos tornamos dontes mentais'. As condições nas que estão essas pessoas são desumanas e deveriam ser resolvidas imediatamente", afirmou Gallon.

Segundo a Proteção Civil do Haiti, o furacão destruiu mais de 770 escolas, e as que ficaram intactas foram ocupadas por milhares de famílias afetadas.

Os médicos vêm alertando há muito tempo as mulheres de que a gravidez tardia aumenta a probabilidade de acidente vascular cerebral (AVC), mas um estudo publicado nesta segunda-feira sugeriu que, na verdade, apenas as mulheres jovens enfrentam esse risco.

As conclusões, publicadas na revista científica Journal of the American Medical Association (Jama) Neurology compararam as taxas de incidência de AVC, também chamado de derrame cerebral, entre as mulheres grávidas e as não-grávidas de diferentes faixas etárias.

Estudos anteriores tinham se concentrado na comparação das taxas de AVC entre as mulheres grávidas de diferentes idades - concluindo que a doença era mais comum entre as mulheres mais velhas -, mas não tinham incluído grupos de controle de mulheres não-grávidas nas diferentes faixas etárias para comparação.

"Apesar do acidente vascular cerebral ser um evento raro em mulheres jovens, 18% de todos os acidentes vasculares cerebrais em mulheres com menos de 35 anos foram associados com a gravidez", disse o estudo liderado por Eliza Miller, da Universidade de Columbia. "Em contraste, entre as mulheres mais velhas em idade fértil, 1,4% dos acidentes vasculares cerebrais estavam associados com a gravidez", acrescentou.

As conclusões foram baseadas em dados de mulheres internadas devido a derrames cerebrais no estado de Nova York de 2003 a 2012. Das mais de 19.000 mulheres admitidas por AVC durante essa década, pouco mais de 4% estavam grávidas ou tinham dado à luz nas últimas seis semanas.

Mulheres com 24 anos ou menos tinham mais que o dobro de risco de sofrer um acidente vascular cerebral na gravidez ou no período de seis semanas após o parto (14 AVCs por 100.000 mulheres) do que as mulheres não-grávidas da mesma faixa etária (seis AVCs por 100.000 mulheres).

Entre as mulheres com entre 25 e 34 anos, o derrame cerebral associado à gravidez ocorreu em uma taxa de 21,2 por 100.000 mulheres grávidas, em comparação com 13,5 por 100.000 entre as mulheres não-grávidas.

Os derrames eram mais comuns entre as mulheres com idades entre 35 a 44, mas, surpreendentemente, não houve praticamente nenhuma diferença na taxa de incidência de AVC entre as mulheres grávidas (33 por 100.000) e as não-grávidas (31 por 100.000).

Na faixa etária seguinte, de 45 a 55, as taxas de AVC foram muito mais elevadas entre as mulheres não-grávidas (74 por 100.000) do que entre as mulheres grávidas (47 por 100.000).

"Embora as mulheres grávidas mais velhas tenham tido maiores taxas de acidente vascular cerebral na gravidez do que as mulheres grávidas mais jovens, o risco delas sofrerem um AVC foi semelhante ao das mulheres da mesma idade que não estavam grávidas", disse o estudo.

"Mas em mulheres com menos de 35 anos, a gravidez aumenta o risco de acidente vascular cerebral, que mais do que dobra no grupo mais jovem", acrescentou. Mais pesquisas são necessárias para entender por que a gravidez aumenta o risco de derrame em mulheres jovens, disseram os pesquisadores.

"Embora as mulheres mais velhas tenham um risco maior de apresentar muitas complicações na gravidez, o risco maior de acidente vascular cerebral pode não ser um deles", disse o estudo.

A União Brasileira de Escritores (UBE) pediu, nesta quinta-feira (28), que o Tribunal Penal Internacional sediado em Haia, nos Países Baixos, inicie uma investigação criminal proprio motu contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A instituição acusa do parlamentar de praticar crime contra a humanidade ao prestar homenagem ao coronel Carlos Brilhante Ustra durante a justificativa do voto em favor da admissão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no último dia 17.

Brilhante Ustra é considerado um dos maiores torturadores da época da ditadura militar no Brasil. Na ocasião, Bolsonaro disse que votaria pela admissibilidade do pedido em memória a Ustra, segundo ele, “o pavor de Dilma Rousseff”. O coronel é listado entre um dos torturadores da presidente no período em que foi presa por se posicionar contra o regime. 

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Para a UBE a homenagem ao coronel Ustra, e, por extensão, às suas obras e ações voltadas à prática da tortura, é um apologia ao crime de tortura. "Essa conduta de Jair Bolsonaro representa o ato desumano de infligir dor intencional e sofrimento mental sobre as vítimas do coronel Ustra e aos membros da família dessas vítimas, assim como a toda a comunidade brasileira", justificou o presidente da UBE, Durval de Noronha Goyos.

Segundo Noronha, tal conduta deve ser qualificada como crime contra a humanidade pelo qual Jair Bolsonaro deve ser investigado e chamado a prestar contas ao Tribunal de Haia. 

A greve dos rodoviários que começou nesta terça-feira (14) tem consequências em outros setores. No Centro do Recife, os comerciantes que conseguiram abrir seu negócio reclamaram do fraco movimento de clientes. Nem mesmo os taxistas, que seriam uma opção de transporte na falta de ônibus, estão conseguindo tirar algum proveito da situação.

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Com poucos ônibus nas ruas, atraso é quase certo

Na Avenida Guararapes, por exemplo, muitos comerciantes nem sequer abriram as portas por conta do dia atípico. O cenário era de tranquilidade na via, que é um dos principais corredores de ônibus da cidade. Nas calçadas, quase ninguém circulando. 

Em outro ponto do Centro do Recife, no bairro da Boa Vista, muitos vendedores também reclamavam. A barraca de frutas onde trabalha o comerciante Sandro Francisco teve prejuízo. "Normalmente umas 100 pessoas já teriam comprado fruta aqui. Por conta da paralisação, só apareceram umas 20. O resto do dia deverá ser parado assim também", lamentou.

Nem mesmo os taxistas conseguiram uma renda extra devido à paralisação. O motorista Gilson Albino reclamou do fraco movimento e aproveitou o tempo livre para lustrar seu veículo. "Hoje tá pior do que nos dias normais. Até achei que ia fazer mais corridas por conta da falta de ônibus, mas o centro está bem vazio", afirmou.

De acordo com o Hollywood Life, a revista Star revelou recentemente que Tom Cruise estaria disposto a deixar a Cientologia para trás. No entanto, um ex-membro da seita, Chris Shelton, revelou que isso é bem improvável, deixando claro que quem deixa a igreja enfrenta enormes consequências.

- Eu pessoalmente não acredito que Tom Cruise deixe a igreja. Para qualquer um que deixa a igreja da Cientologia, haveria consequências enormes. Há sempre consequências por deixar a igreja. A igreja tem demonstrado que eles não têm escrúpulos sobre a liberação de qualquer auditoria confidencial de membros que se retiram. Estas auditorias supostamente são confidenciais, mas têm sido usadas contra membros, que são considerados'pessoas supressivas', por terem deixado a igreja, explicou o ex-membro do alto escalão da Cientologia.

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Apesar dos rumores de que não seguiria mais a Cientologia para ter mais tempo de acompanhar sua filha Suri, fruto do relacionamento com Katie Holmes, Shelton afirma que isso poderia ser prejudicial para a relação do ator com seus outros filhos.

- Você tem que lembrar - Tom tem sido parte da igreja desde os anos 1980. Isso é muito tempo. Ele cercou-se de cientologistas. Se ele deixou a igreja, ele teria de ter uma desconexão do resto de sua família que está na igreja. Isso inclui seus filhos mais velhos também.

Depois da água, fogo em forma de reivindicação. Moradores do bairro do Coqueiral, na Zona Oeste do Recife, fizeram um protesto, na manhã desta segunda (29), na rua Guanabara, próxima à estação do Metrô. Troncos e entulhos foram queimados no meio da via, em forma de crítica aos alagamentos causados pela chuva e pela omissão da gestão pública. 

O Corpo de Bombeiros precisou se dirigir até o local para – com um caminhão Auto Bomba Tanque – controlar as chamas e desobstruir a rua. Segundo os moradores, a água invadiu inúmeras casas. 

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Em outros bairros da Zona Oeste, mesma situação de vias invadidas pelas águas. Ruas como a Morais e Silva e Rocha Pombo, na Estância, estão tomadas pelas águas. Em Jardim São Paulo, o Canal Guarulhos transbordou e as ruas próximas ao local estão submersas. Na BR-232, diversos pontos de alagamentos também foram registrados.

 

O forte terremoto registrado nesse sábado (22) numa região montanhosa da área central do Japão causou mais danos do que se imaginava, segundo informações colhidas por helicópteros que sobrevoaram as áreas atingidas neste domingo (23). Pelo menos 37 casas foram destruídas e 39 pessoas ficaram feridas, incluindo sete com gravidade, disseram autoridades japonesas.

O tremor de magnitude 6,8 ocorreu perto da cidade de Nagano, às 22h08 da noite de sábado (11h08 de Brasília), a uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão. Para o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o terremoto teve magnitude 6,2. Como o tremor aconteceu em terra firme, não havia a possibilidade de formação de tsunami.

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A área que mais sofreu danos foi aparentemente Hakuba, cidade conhecida por suas pistas de esqui a oeste de Nagano, onde foram disputadas provas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1998. A Prefeitura de Nagano informou que pelo menos 30 moradias desmoronaram em Hakuba e que 17 pessoas ficaram feridas.

Segundo a agência nuclear do Japão, as três usinas nucleares da região que sentiu o tremor não foram afetadas. Todas as usinas nucleares japonesas estão desligadas desde o grande terremoto seguido de tsunami de 2011, que causou o derretimento de três reatores da usina de Fukushima.

O terremoto de ontem foi seguido por mais de 45 tremores secundários e os residentes da região foram alertados para a possibilidade de deslizamentos. Fonte: Associated Press.

Integrantes do PR de Pernambuco realizam, nesta sexta-feira (17), um ato em desagravo à intervenção da Executiva Nacional do partido que, nessa quinta (16), destituiu o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR) do cargo de presidente da legenda no Estado. Os republicanos prepararam um documento a favor da do líder pernambucano e devem encaminhar ao presidente nacional do PR, Alfredo Nascimento. O ato está agendado para às 11h e será realizado em um restaurante no Recife Antigo.

Um convite de jantar para o candidato à presidência da República Aécio Neves (PSDB) é o que teria sido o estopim para o afastamento do político. Nacionalmente, o PR decidiu apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e a atitude de Oliveira teria gerado imbróglios internos. No 1° turno, os republicanos de Pernambuco também não se alinharam ao posicionamento nacional da legenda. Inocêncio Oliveira fechou acordos com o PSB e compôs, novamente, a Frente Popular de Pernambuco que endossava a postulação presidencial de Marina Silva (PSB). 

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A alteração no diretório estadual já foi comunicada à Justiça Eleitoral. No documento entregue aos tribunais, o vereador Anderson Ferreira, eleito deputado estadual, foi formalizado como o novo presidente do partido em Pernambuco.

Apesar do avanço tecnológico e do uso da urna eletrônica, o precesso eleitoral ainda necessita da ajuda humana para ocorrer de maneira ordenada e, por isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convoca milhões de brasileiros para trabalharem como mesários no dia do pleito. No próximo dia 5, quando acontece o primeiro turno das eleições gerais, mais de 2,4 milhões pessoas estarão trabalhando nas sessões eleitorais espalhadas pelos 5.570 municípios do país, além das 141 cidades no exterior que recebem votos. 

“O mesário tem um papel essencial no processo eleitoral e participação importante no exercício da cidadania”, destacou a secretária de gestão de pessoas e coordenadora do Grupo de Trabalho de Mesários do TSE, Zélia Miranda. Segundo ela, alguns se alistam voluntariamente na Justiça Eleitoral e outros são convocados pelo órgão. 

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Os cidadãos que vão trabalhar este ano receberam cartas convocatórias, enviadas até o dia 6 de agosto, e participaram de treinamentos que são promovidos pelos Tribunais Regionais. O eleitor convocado pode ser presidente da Mesa Receptora de Votos e de Justificativas, 1º ou 2º mesário, 1º ou 2º secretário e suplente. Além de organizador da seção. "No dia da eleição, são os mesários os responsáveis por organizar a seção eleitoral, identificar os eleitores, autorizá-los a votar, operar a urna eletrônica, processar justificativas e conduzir, com tranquilidade, os trabalhos de votação", explicou a coordenadora. 

O serviço prestado pelo mesário não gera remuneração, mas dá direito a auxílio-alimentação e dois dias de folga, no serviço público ou privado, para cada dia trabalhado. Também é considerado critério de desempate em concursos públicos, desde que previsto em edital.

Caso o mesário não possa comparecer, a indicação é que o convocado comunique ao TSE o porquê. "Ele deve enviar uma justificativa ao juiz eleitoral responsável até cinco dias após a convocação. Se os impedimentos surgirem depois desse prazo, haverá tolerância, quando comprovada a justificativa", esclareceu Miranda.

Os que estiverem impossibilitados de se manifestar antes do pleito, tem o prazo de 30 dias após as eleições para apresentar uma "causa justa" ao juiz eleitoral do estado, caso o contrário, o mesário será multado. As regras e penalidades para quem não comparecer e não justificar estão previstas na legislação eleitoral.

As chuvas intensas continuam na Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta segunda-feira (8). Desde a madrugada do domingo (7), várias bairros sofrem com o antigo problema dos alagamentos, além de outros transtornos como queda de árvores. De acordo com o Corpo de Bombeiros, um muro de arrimo desabou em Jaboatão dos Guararapes.

Segundo a corporação, o incidente aconteceu na Rua Nossa Senhora dos Prazeres, em Cavaleiro, mas não houve vítimas. Outra problemática registrada é a falta de energia em alguns bairros da região, também decorrente das fortes chuvas. 

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O caso com maior número de queixas via internet foi o bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife. Vários moradores mostraram a indignação nas redes sociais por conta da ausência de energia. Segundo a população, o bairro ficou dois dias seguidos sem energia ou com oscilação. 

Confira a galeria de imagens do efeito da Chuva nesta manhã de segunda-feira no Recife. 

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O programa Opinião Brasil desta segunda-feira (2) aborda a má utilização das redes sociais, como a propagação de notícias falsas e os casos de bullying. Para falar sobre o assunto, o jornalista Alvaro Duarte entrevista Wagner Arandas, que é advogado, mestre em ciências jurídicas e doutorando em Sociologia; também Andressa Mendes, especialista em comunicação e marketing em mídias digitais; além do professor de comunicação da UNINASSAU, Diego Rocha.

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A internet é um local democrático e de fácil acesso, que - através das redes sociais -, viabiliza qualquer pessoa postar e/ou compartilhar todo tipo de notícia, muitas vezes de forma anônima. Devido a essa "liberdade", algumas pessoas decidem utilizar as redes sociais para disseminar notícias falsas. No entanto, as consequências que esse tipo de atitude podem gerar são graves. Uma prova disto foi o incidente envolvendo a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que foi espancada até a morte por moradores de Morrinhos, no município do Guarujá, em São Paulo, por causa de um falso boato que estava circulando pela internet.

"A velocidade das informações nas redes sociais é absurda. O maior problema é que as pessoas não checam a veracidade dessas informações. Então, esse boato vai se formando e criando uma rede que começa a ser compartilhada. E, assim, as noticias falsas acabam passando por verdade", analisa Andressa.

Confira todas os detalhes do programa no vídeo. O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira no Portal LeiaJá.

O gerente de Engenharia de Segurança e Meio Ambiente da Robert Bosch América Latina, Theóphilo Arruda Neto, diz que um racionamento de água pode impactar não só na produção de forma isolada, mas em toda a cadeia do processo produtivo, de fornecedores a clientes.

"Medidas compensatórias emergenciais e temporais para a manutenção da produção impactam em custos adicionais." O grupo tem a maior fábrica em Campinas e opera com água de reúso.

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As três montadoras da região de Campinas - Hyundai, em Piracicaba; Honda, em Sumaré; e Toyota, em Indaiatuba - intensificaram a economia de água. A Hyundai tem um sistema de reúso da água captada no Rio Piracicaba, e a Honda, uma estação de tratamento de efluentes. A Toyota diz que seu processo produtivo "é bastante econômico".

No ramo de autopeças, a Eaton mantém poços em Valinhos. O grupo adotou medidas para reduzir em 9% o consumo de água. A fabricante de turbos Honeywell, de Guarulhos, compra água de uma empresa. Colaboraram Laura de Paula Silva e Leda Samara, especiais para O Estado). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A acidificação do oceano, uma das consequências das mudanças climáticas, diminui o instinto de sobrevivência dos peixes e os expõe aos predadores, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Climate Change.

A investigação analisou o comportamento dos peixes nos recifes de corais em frente à costa de Papua Nova Guiné, uma zona onde o oceano é naturalmente ácido, e descobriu que seu comportamento é mais arriscado. "Normalmente, os peixes evitam o cheiro de um predador, é totalmente lógico. Mas neste caso se sentem atraídos por seu cheiro. É incrível", explicou à AFP um dos autores da pesquisa, o professor Philip Munday da universidade australiana James Cook.

O nível de acidificação na zona do estudo, "um laboratório natural" perfeito, segundo Munday, é comparável ao que os oceanos de todo o planeta terão ao fim deste século se não forem tomadas medidas contra as mudanças climáticas.

Cerca de 30% do dióxido de carbono emitido à atmosfera pela atividade humana termina sendo absorvido pelos oceanos, o que faz com que eles se tornem mais ácidos. Segundo Munday, os peixes da região estudada não conseguiram se adaptar à acidez, apesar de terem vivido sempre nestas condições. "Afastam-se muito dos refúgios e são mais ativos. É um comportamento mais arriscado, que os expõe a ataques dos predadores", afirma o cientista.

"Isto demonstra que um peixe não sabe se adaptar quando está exposto permanentemente a altos níveis de dióxido de carbono. Também não sabemos se a adaptação será possível nas próximas décadas", caso a acidificação do oceano continue aumentando, afirma.

O estudo foi realizado conjuntamente pelo Coral Centre of Excellence da Universidade James Cook, pelo Australian Institute of Marine Science, pelo Georgia Institute of Technology e pela National Geographic Society.

Vemos constantemente notícias na mídia sobre a violência nas cidades e, por vezes, a ação da população fazendo justiça com as próprias mãos. Alguns têm tentado justificar essa mudança comportamental baseados na exclusão social e na morosidade no cumprimento da justiça no Brasil. Mas, qual seria a relação entre a exclusão social e a violência?

Não quero justificar o aumento da violência, porque realmente acredito que nada justifica os atos de criminalidade. No entanto, é preciso analisar as camadas sociais para entender, melhorar e combater essa mudança comportamental de uma parcela social. Começamos então pelo perfil atual da maioria dos presos: pessoas com baixa escolaridade, desempregados ou sub-empregados, que são menos favorecidas sócio-economicamente e que, em sua maioria, encontram dificuldades na própria sobrevivência, uma vez que não possuem uma renda que as possibilite comprar não apenas a comida, mas também pagarem suas contas de água, luz e outras dívidas.

A população penitenciária já se torna vítima social antes mesmo de ingressar no sistema penal, isso porque, no Brasil, o sistema carcerário não trata os desiguais de forma igualitária. Os crimes conhecidos como de “colarinho branco” e, geralmente, cometidos por uma classe mais instruída, em sua maioria ficam impunes ou os condenados têm condições privilegiadas de cumprimento da pena.

E outra questão me parece necessária: se essa população penitenciária já havia sido excluída antes de ingressar no sistema penal, o que eles farão após a saída dos presídios e carregando o preconceito de ser um ex-presidiário? Posso concluir que, infelizmente, esses ‘indivíduos’ estão sujeitos a dar continuidade à incidência criminal, isto se os fatores determinantes da criminalidade e da violência não forem de fato transformados e superados. Mas, como mudar essa situação?

Voltamos a um ponto importante de discussão: a falta de políticas públicas para contornar esta situação e de acesso à educação por uma parcela da população. É preciso que o Estado crie uma série de ações que possibilite aos sujeitos a garantia das condições materiais e sociais de sobrevivência. Essas ações devem começar na garantia de acesso à educação para todos, com o intuito de combater o analfabetismo e aumentar a qualificação da população, criando mais oportunidades de empregos registrados.

Entretanto, o que fazer com a população carcerária, que já vive em presídios superlotados e ociosos? É preciso investir em atividades internas, como já é feito em algumas instituições. Incentivar oficinas profissionalizantes, aulas de alfabetização e até de continuidade de estudos, avaliando a possibilidade de que esses reclusos possam, inclusive, chegar a prestar um vestibular e frequentar uma universidade. Preconceito e violência se combatem com educação e políticas públicas direcionadas.

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