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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, pediu nesta quarta-feira, 30, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), libere às defesas o acesso aos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos organizados no feriado de 7 de Setembro do ano passado e a todos os processos correlatos.

O Estadão apurou que o presidente da OAB se reuniu com o ministro para conversar sobre o tema antes de despachar o ofício ao STF.

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Simonetti afirma no documento que age "pautado no diálogo" e que seu objetivo é "sensibilizar" Moraes sobre a necessidade de garantir vista dos processos aos advogados constituídos.

"O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil não pode deixar de clamar pela defesa das prerrogativas profissionais dos advogados, especialmente quanto ao direito de obter vista de processos", diz um trecho do ofício.

O presidente da OAB lista 17 reclamações formalizadas por advogados que relataram "obstáculos" para acessar os inquéritos conduzidos por Moraes.

A Procuradoria Nacional de Defesa das Prerrogativas dos Advogados chegou a pedir uma análise da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB sobre a viabilidade da entidade entrar uma ação no STF para "combater as negativas de acesso" ao inquérito das fake news. O grupo de trabalho, no entanto, desaconselhou a iniciativa.

Além do compartilhamento dos autos, Simonetti também pede a revogação da multa de R$ 10 mil imposta por Moraes ao advogado Paulo César Faria, que representa o deputado Daniel Silveira (PL-RJ), condenado por ataques ao STF. A penalidade foi imposta, segundo o ministro, por "recursos manifestamente inadmissíveis, improcedentes, ou meramente protelatórios".

O ofício da OAB ao ministro Alexandre de Moraes é uma das medidas anunciadas por Simonetti para atender aos pedidos endereçados à Presidência Nacional da Ordem por dez presidentes de seccionais da entidade nos Estados.

"Os presidentes seccionais trazem um pleito legítimo, fruto de cobrança de suas bases. A OAB Nacional vai amparar todas as seccionais e reforçar sua atuação para fazer valer as prerrogativas, que incluem a garantia constitucional de acesso aos autos e a impossibilidade de punição em decorrência do legítimo exercício da advocacia", afirma Simonetti.

O presidente da OAB também solicitou um parecer da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais sobre a legalidade da decisão de Moraes que bloqueou contas bancárias de pessoas físicas e empresas com a justificativa de impedir o financiamento de possíveis atos antidemocráticos.

Empresários que foram alvo de operação da Polícia Federal, nesta terça-feira (23), se manifestaram sobre a ação. A PF cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários bolsonaristas por supostas mensagens golpistas trocadas em um grupo de WhatsApp.

O advogado Daniel Maia, que defende o empresário Afrânio Barreira Filho, disse que "trata-se de uma operação fundada em denúncias absolutamente falsas, que visam perseguir pessoalmente o empresário Afrânio Barreira e outros no País. É importante destacar que a operação não é contra as empresas, é uma operação contra a pessoa física dele. O Afrânio está absolutamente tranquilo, colaborando e com o objetivo principal de esclarecer os fatos para que a investigação seja certamente arquivada".

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O empresário Luciano Hang também se manifestou. "Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF."

A reportagem entrou em contato com os demais empresários. O espaço está aberto para manifestações. Quando as mensagens vieram a público, José Isaac Peres disse que "sempre teve compromisso com a democracia, com a liberdade e com o desenvolvimento do País."

Marco Aurélio Raymundo, por sua vez, disse que aguardaria a publicação da série de reportagens sobre o grupo para se pronunciar.

Os alvos da ação de hoje são:

- Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu;

- Ivan Wrobel, da W3 Engenharia;

- José Isaac Peres, do grupo Multiplan;

- José Koury, dono do shopping Barra World;

- Luciano Hang, da rede de lojas Havan;

- Luiz André Tissot, da Sierra Móveis;

- Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii;

- Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.

A operação foi aberta por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem foi expedida na última sexta-feira, 19, depois que o portal Metrópoles revelou mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp dos empresários.

Os mandados estão sendo cumpridos em dez endereços residenciais e profissionais no Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Estadão apurou que celulares foram apreendidos e serão periciados pela PF.

A coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles, mostrou na semana passada que empresários apoiadores de longa data do presidente Jair Bolsonaro (PL) conversaram abertamente sobre um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito.

Além das buscas, Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário, o bloqueio de contas dos empresários e a suspensão de seus perfis nas redes sociais.

O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho declarou em sua página no Instagram, nesta terça-feira, 17, que "foi surpreendido" com a decisão judicial que decretou sua prisão preventiva "em meio a uma acusação genérica de que faria parte de uma suposta organização criminosa".

Principal alvo da Operação Calvário/Juízo Final, deflagrada pela Polícia Federal, Coutinho governou a Paraíba entre 2011 e 2018, período em que teria comandado suposta organização criminosa que se instalou no Palácio da Redenção para propinas e desvios milionários na área da saúde e em outros setores de sua administração. O esquema Coutinho teria sido contemplado com R$ 134,2 milhões, segundo delatores.

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"Com a maior serenidade digo ao povo paraibano que contribuirei com a justiça para provar minha total inocência", postou o ex-governador, que está fora do País, segundo ele, "em viagem de férias previamente programada".

Ele afirma que "sempre esteve à disposição dos órgãos de investigação e nunca criou obstáculos a qualquer tipo de apuração".

"Jamais seria possível um Estado ser governado por uma associação criminosa e ter vivenciado os investimentos e avanços nas obras e políticas sociais nunca antes registrados", sustenta.

Disse ainda que "lamenta que a Paraíba esteja presenciando o seu maior período de desenvolvimento e elevação da autoestima ser totalmente criminalizado".

Ricardo Coutinho anotou que vai antecipar seu retorno "para se colocar à inteira disposição da justiça brasileira para que possa lutar e provar sua inocência".

PSB

Por meio de nota, a assessoria de comunicação do PSB informou. "Em face da Operação Calvário, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 17, no Estado da Paraíba, o Partido Socialista Brasileiro reafirma, como sempre, seu total apoio à apuração dos fatos, respeitados o devido processo legal e o amplo direito de defesa. O PSB reitera sua confiança na conduta do ex-governador Ricardo Coutinho e dos demais investigados e investigadas, na certeza de que uma apuração isenta e justa resultará no pleno esclarecimento das denúncias."

A defesa do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega considerou a decisão da Justiça Federal do Distrito Federal positiva ao rejeitar denúncia contra cinco funcionários e ex-funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no âmbito da Operação Bullish. Segundo a Justiça, faltaram indícios de envolvimento num suposto esquema de corrupção.

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra Mantega, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho e outras três pessoas. São atribuídos a eles os crimes de formação de quadrilha, corrupção, gestão fraudulenta, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro em operações financeiras. Mas, no caso dos funcionários, a conclusão da Justiça foi que eram meros prepostos do BNDES.

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"Ao rejeitar a denuncia em relação aos técnicos do BNDES a decisão de hoje eliminou um dos pilares da acusação, a de que teria havido favorecimento nos empréstimos às empresas de Joesley Batista (empresário do grupo JBS)", afirmou Fabio Tofic Simantob, advogado de Mantega.

A Operação Bullish, a cargo da PF e de procuradores da República do Distrito Federal, foi deflagrada em maio de 2017, para investigar as operações do BNDES com o frigorífico JBS. A denúncia foi apresentada pelo MPF quase dois anos depois, em março passado. Segundo a denúncia, o BNDES teria tido R$ 1,8 bilhão de prejuízo nas operações com JBS.

Em nota, o advogado André Callegari, que representa Joesley Batista, afirmou: "Nós sempre acreditamos na segurança jurídica do acordo, pois, como já disse o ministro Dias Toffoli, o Estado não pode dar com uma mão e tirar com a outra. Os fatos objeto dessa denúncia foram trazidos pelo próprio colaborador e, como bem decidiu o juiz, não poderiam se voltar contra ele. Nós acreditamos no Estado. Joesley tem se mantido firme no propósito de colaborar. Os fatos narrados por ele na colaboração deram ensejo à essa investigação e propiciaram essa denúncia contra os outros investigados. O mais importante é a segurança jurídica."

"A acusação de lavagem de dinheiro por meio da reforma da casa de uma das filhas de Michel Temer, além de não possuir base em provas idôneas, é infame", afirmou nesta quinta-feira, 4, o criminalista Eduardo Pizarro Carnelós, defensor do ex-presidente, após a Justiça Federal em São Paulo aceitar a denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato. A acusação alcança, além de Temer e de sua filha Maristela Temer, o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e sua mulher Maria Rita Fratezi.

Por meio de nota, o advogado Eduardo Carnelós afirmou: "A acusação de lavagem de dinheiro por meio da reforma da casa de uma das filhas de Michel Temer, além de não possuir base em provas idôneas, é infame.

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Os fatos relacionados àquela reforma foram indevidamente inseridos no inquérito que apurava irregularidades na edição do chamado Decreto dos Portos, que tramitou perante o STF, o qual, aliás, transformou-se em verdadeira devassa, sem nenhum respeito à norma do Juiz Natural. Naquela fase, a filha do ex-Presidente foi ouvida e prestou todos os esclarecimentos quanto à origem dos recursos utilizados nas obras, e agora, sem promover investigação sobre as explicações por ela apresentadas, o MPF-SP formulou a denúncia a galope, logo depois que os mesmos fatos foram usados pelo MPF-RJ para requerer e obter a decretação da prisão de Temer.

Quando o tema surgiu naquele inquérito 4621 do STF, dizia-se que os recursos destinados à reforma teriam vindo de corrupção envolvendo empresa que presta serviços ao Porto de Santos. Num momento seguinte, o dinheiro teria vindo a JBS, e, finalmente, eis que a fonte pagadora teria sido empresa de outro delator cujo acordo foi distribuído ao mesmo relator do inquérito 4621, apesar de ele tratar de assuntos relacionados à Eletronuclear, em nada vinculados ao Porto de Santos. O fato é que nenhum dinheiro fruto de corrupção foi empregado na obra da reforma, pela simples razão de que o ex-Presidente não recebeu dinheiro dessa espécie.

Essa acusação estapafúrdia revela, além do desrespeito de seus autores pelo Direito, o propósito vil de usar a filha de Michel Temer para atingi-lo, o que merece o repúdio de quem, mesmo em relação a adversários políticos, preserva íntegro o senso de decência".

O advogado Fernando Castelo Branco, que defende Maristela Temer, afirmou que "aguarda o integral acesso aos autos do processo, bem como a sua citação para apresentar resposta à infundada acusação. Reitera que a origem dos valores utilizados para a reforma de sua residência é lícita e jamais participou de qualquer conduta voltada à lavagem de dinheiro, conforme será cabalmente demonstrado."

Os advogados criminalistas Maurício Silva Leite e Alexandre Sinigallia, que defendem João Baptista Lima Filho e Maria Rita Fratezi, declararam que, "após a formalização da citação, a acusação será devidamente enfrentada, oportunidade em que ficará demonstrada a inocência dos acusados e a completa imprestabilidade da denúncia."

Em reação à denúncia apresentada nesta quarta-feira (19), pela Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer negou a existência de irregularidades no caso do Decreto dos Portos e disse que provará sua inocência. "O presidente Temer provará, nos autos judiciais, que não houve nenhuma irregularidade no decreto dos Portos, nem benefício ilícito a nenhuma empresa", informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência por meio de nota.

À noite, ao ser ao ser homenageado em evento da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), em Goiânia, Temer evitou o assunto. De forma genérica, o presidente disse apenas que foi vítima de "uma trama moral" que muito o agrediu, sem especificar se falava das outras duas denúncias anteriores, oferecidas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

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A Rodrimar, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que os executivos denunciados pela Procuradoria-Geral da República foram afastados da empresa desde o início do ano. Segundo a companhia, isso permitiria "a máxima isenção e transparência durante o período em que os processos em questão estiverem tramitando na Justiça". A empresa também disse que "continua pautando a sua gestão dentro dos mais elevados padrões de governança corporativa".

O advogado Maurício Silva Leite, que defende o coronel João Baptista Lima Filho, amigo pessoal de Temer, informou que somente irá se manifestar depois de analisar o teor da denúncia feita pela PGR. Os outros denunciados não foram localizados até a conclusão da edição.

Denúncia

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou nesta quarta-feira denúncia contra Temer por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito do inquérito dos Portos, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017. Essa é a terceira denúncia apresentada contra Temer pela PGR desde que ele assumiu o cargo, em 2016. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa do empresário Joesley Batista, preso novamente nesta sexta-feira, 9, na Operação Capitu, informou que ele próprio já havia delatado à Procuradoria-Geral da República esquema de propinas dentro do Ministério da Agricultura. Segundo a defesa, Joesley relatou o caso em maio de 2017 - portanto, um ano antes do depoimento de outro delator, o doleiro Lúcio Funaro, citado pela Polícia Federal na abertura do inquérito que resultou na prisão do dono do Grupo J&F, controlador da JBS.

A PF destacou que o inquérito da Operação Capitu foi aberto em maio deste ano. Nesta sexta-feira, por ordem da desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), a PF prendeu Joesley.

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A magistrada decretou a prisão de mais 18 investigados, entre eles do vice-governador da Minas, Antônio Andrade (MDB), do deputado federal eleito Neri Geller (PP/MT) e do deputado estadual de Minas João Magalhães (MDB).

Foi expedido ainda um mandado de prisão contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB/RJ), que já está preso em Curitiba, condenado na Operação Lava Jato.

A PF informou que instaurou inquérito em maio, baseado na delação de Lúcio Funaro, sobre supostos pagamentos de propina a servidores públicos e agentes políticos que atuavam "direta ou indiretamente" no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2014 e 2015.

Segundo o delator, a JBS teria repassado R$ 7 milhões para o grupo político do MDB na Câmara. Desse valor, o então ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas, Antônio Andrade, teria recebido R$ 3 milhões da propina paga pela empresa de Josley e outros R$ 1,5 milhão teriam sido enviados ao ex-deputado Eduardo Cunha.

A PF identificou que o grupo empresarial dependia de normatizações e licenciamentos da Agricultura e teria passado a pagar propina a funcionários do alto escalão do Ministério em troca de atos de ofício, que proporcionariam ao grupo a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado.

"Todos os fatos vieram à tona a partir dos anexos da colaboração premiada de Joesley Batista na Procuradoria", assinala o criminalista Pierpaolo Bottini, que integra o núcleo de defesa do empresário. "Isso ocorreu bem antes do depoimento de Lúcio Funaro."

Pierpaolo anota que no próprio inquérito, a PF juntou os depoimentos de Joesley e de outros executivos do grupo. "Quem levou essa situação (esquema na Agricultura) às autoridades foi Joesley."

Propina no MAPA

Segundo a defesa de Joesley, o empresário citou o suposto pagamento de propina a servidores públicos e agentes políticos para atuar direta ou indiretamente no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O delator, segundo consta em anexo 5 da colaboração firmada com a Procuradoria-Geral da República, cita que o esquema começou após a nomeação de Rodrigo Figueiredo para a secretaria de defesa da Agropecuária.

A partir daí, diz Joesley, Lúcio Funaro passou a oferecer "influência para a obtenção de atos de ofício no âmbito do MAPA a fim de poder, com isso, intermediar propina para Eduardo Cunha retendo para si uma parte". Joesley teria procurado Funaro para discutir a federalização do sistema de inspeção animal no Brasil, a regulamentação dos despojos e aplicação de vermífugos.

Os pedidos foram atendidos e R$ 7 milhões foram pagas: R$ 2 milhões pela exportação dos despojos e outros R$ 5 milhões para a regulamentação dos vermífugos.

Defesas

Em nota, a J&F informa que "essa operação (Capitu) só existe graças à colaboração dos seus executivos. Em maio de 2017 eles levaram mais de 10 anexos ao conhecimento das autoridades com os fatos relativos ao Ministério da Agricultura. Portanto, causa um imenso estranhamento e consequentemente insegurança jurídica que esses executivos estejam hoje sendo presos pelos fatos que eles mesmos levaram ao conhecimento da Justiça."

De acordo com a defesa de Saud, "o pedido de prisão do colaborador Ricardo Saud causa perplexidade pois ele sempre esteve e permanece à disposição da Justiça, prestando depoimentos e entregando todos os documentos inclusive áudios necessários para corroborar suas declarações."

A defesa de Demilton de Castro diz que sua "prisão é um patente descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal. A colaboração de Demilton foi homologada pelo STF e nunca foi questionada. Ele inclusive já prestou 3 depoimentos sobre os temas abordados nessa investigação, que só existe graças à colaboração dele e dos demais executivos da J&F."

Já a defesa de Florisvaldo Caetano de Oliveira manifesta surpresa diante das alegações de omissões. Todas as informações das quais tinha ciência foram levadas ao conhecimento da Justiça, sem as quais não existiria a presente operação.

Após a Polícia Federal indiciar o presidente Michel Temer e outros 10 investigados no inquérito dos Portos, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017, o advogado Brian Alves, responsável pela defesa do presidente Temer, afirmou que não se manifestaria porque não teve acesso ao relatório da PF.

Ao todo, 11 pessoas foram indiciadas pela PF, que entregou nesta terça-feira (16) a conclusão das investigações ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso. Além de Temer, sua filha Maristela de Toledo, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho (amigo do presidente conhecido como coronel Lima) e arquiteta Maria Rita Fratezi (mulher do coronel), além de executivos da Rodrimar e do grupo Libra também foram indiciados.

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O advogado Cézar Bittencourt, que defende Rodrigo Rocha Loures, afirmou que não teve acesso ao relatório policial e, portanto, "não há como se manifestar globalmente". "No entanto, nesse inquérito, Rocha Loures não estava sendo investigado pelos crimes organizado e lavagem de dinheiro. Mas, certamente, não há elementos para a PGR oferecer denúncia contra Rocha Loures", afirmou o advogado.

Por meio de nota, os advogados Maurício Leite e Cristiano Benzota, responsáveis pela defesa do coronel Lima, disseram estar "perplexos" com o pedido de prisão feito pela PF. Segundos os advogados, o coronel está "afastado de suas atividades profissionais e, permanentemente, em sua residência cuidando da saúde." "Sempre foram apresentadas todas as informações solicitadas pelas autoridades, por intermédio de sua defesa, o que torna o pedido de prisão desprovido de fundamento legal", afirmam os defensores.

A defesa de Joesley Batista, sócio do grupo J&F, afirmou, em nota distribuída nesta segunda-feira, 25, que o empresário "jamais contratou, pagou, ofereceu ou autorizou que fosse oferecida qualquer vantagem indevida ao senhor Marcello Miller, outrora sócio do escritório TRW". Batista e Miller, que também é ex-procurador da República, foram denunciados nesta segunda-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) sob a acusação de corrupção no inquérito que investiga o envolvimento de Miller na elaboração de acordos de colaboração premiada, enquanto ainda fazia parte do MPF.

O advogado André Luís Callegari, que defende Joesley, diz em nota que a denúncia ignora o fato de que o colaborador ou a empresa não solicitaram a emissão de uma fatura do TRW, tampouco tinham qualquer ingerência sobre os procedimentos internos do escritório de advocacia. Ainda de acordo com Callegari, a denúncia também não menciona que a J&F sequer pagou os valores ao escritório TRW, que está sendo processado por sua conduta profissional nesse episódio.

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"Além disso, a denúncia despreza todos os depoimentos e documentos aportados ao inquérito pela própria defesa, utilizando-se de majoritariamente de um procedimento administrativo conduzido de forma açodada pela PGR em setembro do ano passado", acrescenta na nota. A defesa ainda classifica a acusação como "descabida" e "descolada" de elementos probatórios.

Assis

Já a defesa do advogado Francisco de Assis e Silva, também denunciado nesta segunda-feira pelo MPF, reafirma, em nota, que a "J&F contratou o escritório Trench, Rossi e Watanabe - banca até então referência em integridade - para assessorá-la no acordo de leniência".

De acordo com a nota, "Francisco de Assis não tinha motivos, portanto, para suspeitar de qualquer irregularidade na atuação de Marcelo Miller, sócio do escritório na área de ética e compliance".

A defesa de Francisco de Assis reitera ainda "que ele colaborou efetivamente com a investigação, deixando claro que jamais discutiu honorários ou pagamentos com ou para Marcello Miller, tampouco procurou obter qualquer vantagem ou benefício indevido no Ministério Público Federal por meio de Marcello Miller ou por qualquer outra pessoa, exatamente como consta do relatório da Polícia Federal".

A Direção Nacional do PTB afirmou nesta quarta-feira, 30, que jamais participou de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho e declara que, se for comprovado na Justiça o envolvimento de petebistas no referido esquema investigado pela Polícia Federal, os culpados, deverão assumir suas responsabilidades perante a sociedade. A nota refere-se à Operação Registro Espúrio, da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira, 30, que investiga suposto esquema de concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.

"O PTB reitera apoio ao trabalho da Polícia Federal - ontem, hoje e sempre -, em especial neste grave momento da vida nacional", diz o presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, em nota.

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Também em nota, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD) diz que é o maior defensor da pauta trabalhista no Congresso Nacional, alega que já foi investigado em diversas oportunidades e sempre conseguiu provar que as denúncias foram fruto de pessoas incomodadas com sua atuação na defesa do trabalhador. "A citação do deputado na Operação Registro Espúrio, deflagrada hoje pela Polícia Federal, não possui nenhum fundamento senão criminalizar o movimento sindical como um todo. O deputado desconhece em absoluto os fatos investigados e esclarece que o Partido Solidariedade não é o responsável pelas indicações no Ministério do Trabalho", diz a nota, destacando que Paulinho continua à disposição das autoridades, confiando plenamente no trabalho da justiça para o completo esclarecimento dos fatos.

A Força Sindical disse, em nota assinada pelo secretário-geral João Carlos Gonçalves, o Juruna, que a operação da Polícia Federal nas dependências da central objetivou a busca e apreensão de documentos, o que a entidade disponibilizou, sem qualquer restrição, e o que mais se fizer necessário para o cumprimento da ordem legal. "A Força Sindical, que representa dois mil sindicatos em todo o Brasil e 13 milhões de trabalhadores, sempre esteve à frente da luta nas grandes conquistas trabalhistas, e está à disposição para quaisquer novos esclarecimentos. Vale lembrar que ontem a Organização Internacional do Trabalho - OIT acatou a denúncia, assinada pelas seis maiores centrais sindicais, que acusa o Brasil de promover uma reforma trabalhista que penaliza os trabalhadores e viola direitos, além de perseguir os sindicatos como forma de desmontar o movimento sindical", diz Juruna na nota, emendando: "Não vamos permitir que criminalizem o movimento sindical como forma de enfraquecer a luta dos trabalhadores. E ressaltamos, ainda, que continuamos a apoiar as legítimas greves dos caminhoneiros e petroleiros."

O advogado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Alberto Zacharias Toron, defendeu nesta terça-feira, 17, em sustentação oral em julgamento da denúncia contra o parlamentar, que os ministros da Primeira Turma rejeitem as acusações de corrupção passiva e obstrução à Justiça que atingem Aécio.

Como tem feito em manifestações durante o processo de investigação, a defesa insiste na declaração de ilegalidade das provas trazidas no acordo de colaboração dos executivos da J&F. Toron disse que a própria procuradora-geral da República reconhece que houve atuação do ex-procurador Marcelo Miller na orientação aos executivos da J&F enquanto ainda ocupava o cargo na PGR. "A procuradora reconhece que Marcelo Miller colaborou com os integrantes do grupo J&F", disse o advogado. Uma das estratégias da defesa é tentar invalidar as provas trazidas por Joesley Batista no caso. Os advogados também afirmam que houve "verdadeira ação controlada, sem autorização judicial", quando Aécio foi gravado pelo empresário.

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Em sua sustentação oral, o advogado Marcelo Leonardo, defensor de Andrea Neves, também destacou as suspeitas de irregularidade em torno da atuação de Miller. "A prova daí resultante é uma prova obtida de forma ilícita, com a participação indevida de um membro do Ministério Público que atuava dos dois lados", disse Leonardo, ao insistir na nulidade das delações dos executivos do grupo J&F. Ao pedir a rejeição da denúncia, a defesa de Andrea Neves, acusada de corrupção passiva, classificou o empresário de Joesley de pessoa "absolutamente desmoralizada".

Corrupção passiva

De acordo com Toron, o modo de pagamento dos R$ 2 milhões, feitos em dinheiro em favor de Aécio, não define que o que ocorreu foi uma prática de corrupção passiva. A defesa ainda alega que não há nenhum ato que configure que o senador teria cometido algum crime.

"Ministro Alexandre de Moraes, se o sujeito pedir dinheiro em ato de corrupção e recebe via TED ou cheque, há corrupção ou não? É claro que há", disse Toron, completando que "não é o meio que se recebe o dinheiro que define se há crime de corrupção". O advogado ainda afirmou que quem sugeriu que os valores fossem repassados em dinheiro foi Joesley Batista.

Sobre a acusação de obstrução à justiça, Toron afirma que a PGR tenta criminalizar a atuação parlamentar. Sobre a acusação da procuradoria de que Aécio teria atuado para aprovar a anistia aos crimes de caixa 2, o advogado afirmou que, "gostemos ou não da posição adotada", não há como tipificar a atuação como crime.

Ainda sobre a pressão sobre membros do governo e delegado-geral da Polícia Federal, Toron disse que a conversa com Joesley mostra somente a "contradição do senador com certos delegados", e que não passou disso. "Esse não pode ser um substrato para receber uma denúncia de obstrução à Justiça", completou o advogado.

O Programa de Pós-Graduação em Administração (PPAD), da Universidade da Amazônia (Unama), realizou as primeiras defesas de doutoramento em Administração no mês de março. O trabalho apresentado teve como tema “Franquias fast-food: fatores contingenciais que influenciam o desempenho das empresas franqueadas quanto ao dilema padronizar versus flexibilizar a gestão e a operação de negócios”, da doutoranda Edna Torres.

O coordenador do PPAD, Sérgio Gomes, explicou como funciona a o programa. “É um programa de formação de mestres e doutores em administração, com foco em estratégias sustentáveis, com duas linhas de pesquisa, uma linha de gestão das organizações e uma linha de gestão do desenvolvimento sustentável”, disse.

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A defesa teve a presença de Tales Andreassi, responsável pelo programa de Mestrado Profissional em Gestão Internacional da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Tales disse que discutir sobre os modelos de franquias é importante para o crescimento do país. “O sistema de franquia é excelente para a realidade e o contexto brasileiro, onde a taxa de juros é muito alta. Então, ter mais trabalhos falando sobre franquias, sem dúvida, é um ponto forte para o desenvolvimento do Brasil”, contou. Tales explicou que empreender pode ser uma saída para o desemprego e contribuir para o aumento do desenvolvimento do país. "Algumas regiões são pobres em empregos. É até o caso de Belém. O nível industrial é muito baixo no Estado do Pará. Então, o empreendedorismo poderia ser uma forma de aquecer a economia da região", finalizou.

Edna Torres contou que a escolha do tema de sua tese de doutorado surgiu de sua vivência trabalhando em auditoria de franquia de fast-food. "Esse tema veio da experiência de onde trabalho. Notei que é preciso discutir e mostrar que o franqueado, ou seja, quem possui menor peso, é quem terá prejuízo, porque se ele estiver em Belém é uma situação, mas quando ele vai para o Rio Grande do Sul, a situação é diferente, pois temos grande extensão e diversificação territorial, cultural e regional", explicou.

A edição deste sábado (24) do jornal O Estado de S. Paulo traz reportagem revelando que o operador Adir Assad afirmou, em depoimento de sua delação premiada à Lava Jato, ter recebido por meio de suas empresas de fachada cerca de R$ 46 milhões de concessionárias de rodovias do Grupo CCR. A delação de Assad integra a documentação da 48.ª fase da operação, que investiga irregularidades em rodovias e envolve empresas que conquistaram concessões no Estado de São Paulo durante as gestões tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra.

Os repasses teriam sido efetuados entre 2009 e 2012 e parte dos valores, segundo Assad, foi entregue ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza. No caso do Grupo CCR, foram forjados contratos de patrocínio superfaturado entre as concessionárias e a empresa Rock Star, que possuía uma equipe de Stock Car, segundo Assad.

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O Grupo CCR informou, por meio de nota, que não teve acesso à delação premiada de Adir Assad e por isso não se manifestará. O advogado José Roberto Santoro, que representa o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, não respondeu aos contatos da reportagem.

Também citado na delação, o petista Luiz Marinho afirmou que "todos os valores recebidos pelas suas campanhas a prefeito constam das prestações de contas. Todas devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral", diz a nota enviada por Marinho.

O senador José Serra (PSDB) afirmou que não tem nenhuma relação com esses fatos. Questionado, o governo de São Paulo defendeu a investigação. "Tudo deve ser investigado. Qualquer prejuízo aos cofres públicos, ressarcido", diz nota enviada à reportagem pelo Palácio dos Bandeirantes.

Se existe um atleta que sempre demonstra boas apresentações, o nome dele é Magrão. Ídolo no Sport, o goleiro, por inúmeras vezes, salvou time rubro-negro de sofrer gols, sem contar as defesas de penalidades que o colocam no patamar dos maiores jogadores do Sport. Na noite desta quarta-feira (7), na vitória contra o Flamengo, Magrão, novamente, mostrou seu potencial.

No segundo tempo da partida, o goleiro fez duas grandes defesas e reforçou sua titularidade no Sport. Sem contar que o carinho dos torcedores com ele aumenta a cada partida do time pernambucano. Para o técnico Vanderlei Luxemburgo, Magrão, apesar da idade, é um exemplo de atleta.

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Aos 40 anos, Magrão continua mostrando um bom físico, além de fazer grandes defesas, segundo o treinador do Sport. “Ele é um excelente goleiro, muito bem trabalhado, tem muita experiência”, comentou o comandante rubro-negro. Luxemburgo ainda analisou a forma como o goleiro defende as bolas.

“Para a idade dele, é muito ágil. Foram duas defesas de agilidade, reflexo puro. Geralmente, quando o jogador pega mais idade, fica um pouco lento, mas ele continua ágil”, destacou Luxemburgo, em coletivo de imprensa. 

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As defesas de Michel Temer (PMDB) e Dilma Rousseff (PT) aprovaram a convocação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de sessões extraordinárias para a continuidade do julgamento da chapa eleitoral composta pelos dois políticos, acusada de abuso de poder econômico e político nas eleições presidenciais em 2014.

O advogado Flavio Caetano, que defende Dilma Rousseff, viu as sessões adicionais como um indício de que não deverá haver pedido de vista por parte de ministros. "Saímos com esta sensação", disse.

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Foram convocadas sessões para quinta, sexta e sábado. O TSE espera três sessões na quinta, três na sexta e três no sábado, nos três turnos em cada dia. O presidente da Corte, Gilmar Mendes, conta com a liberação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele se ausente em uma sessão na tarde da quinta-feira, que coincide com a do TSE. A intenção explícita na Corte é prever o tempo necessário para a hipótese de finalizar o julgamento ainda nesta semana.

O advogado de defesa de Temer, Gustavo Guedes, afirmou que é "salutar a indicação de quantas sessões forem necessárias". Publicamente, ele tem dito querer a conclusão o mais breve possível do julgamento.

Gustavo Guedes evitou responder à pergunta sobre a estratégia do ministro relator, Herman Benjamin, de não separar as votações das preliminares da votação do mérito. Disse que não lhe cabe comentar ação de ministro.

Delações

Ambos evitaram comentar a indicação do ministro Herman Benjamin de que votará a favor do uso dos depoimentos de delatores da Odebrecht e do casal de marqueteiros Monica Moura e João Santana.

O advogado da petista, no entanto, apontou discordar de um argumento trazido pelo ministro Herman Benjamin: o de que a defesa teria convocado para depoimento dois delatores da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas e Luís Eduardo Soares.

"Quem referiu os dois delatores foi o próprio Marcelo Odebrecht. Não foi a defesa quem convocou. O pedido da defesa foi para que os dois fossem ouvidos apenas para esclarecer o que foi referido pelo próprio Marcelo", disse Flavio Caetano.

Os advogados ressaltaram que não houve a votação nem das preliminares discutidas nesta terça-feira, uma vez que o ministro Herman Benjamin pediu aos ministros para dar o seu voto inteiro antes dos demais colegas, sem fracionar o voto em relação às preliminares.

Dois investigados da Operação Pripyat, desdobramento da Lava Jato no Rio, pediram ao juiz federal Marcelo Bretas que estendesse o prazo para responder à denúncia do Ministério Público Federal.

A alegação das defesas do ex-diretor de Administração e Finanças da Eletronuclear Edno Negrini e do ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani, denunciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo Ministério Público Federal, se voltou para o recesso do Judiciário durante a Olimpíada do Rio.

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Marcelo Bretas negou o pedido e alegou que os investigados respondem a processo eletrônico. "O réu Edno Negrini foi citado no dia 4 de agosto de 2016, primeiro dia do recesso em virtude da Olimpíada. Por conseguinte, o prazo para a resposta à acusação somente se iniciou nesta terça-feira, dia 23 de agosto de 2016. Ademais, durante todo o período do recesso (19 dias), os autos, por serem eletrônicos, estavam disponíveis, na sua integralidade, às partes e aos seus advogados. Note-se ainda que o novo Código de Processo Civil ressalva, no parágrafo 2º, a hipótese de prazo em dobro justamente nos processos em autos eletrônicos. Assim, indefiro o pedido de aplicação do prazo em dobro, e o consequente pedido de restituição do prazo, por absoluta inapropriedade", afirmou.

A Pripyat revelou que parte da propina distribuída no alto escalão da Eletronuclear foi dividida entre o ex-presidente da estatal Othon Luiz Pinheiro da Silva (1% ou R$ 12 milhões) e cinco ex-dirigentes.

A investigação aponta que dividiram 1,2% do valor total da obra de R$ 1,2 bilhão o ex-diretor técnico Luiz Soares (0,3%), ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini (0,3%), ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio Jordani (0,2%), ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Messias (0,2%) e ex-superintendente de Construção José Eduardo Costa Mattos (0,2%).

O juiz da Pripyat respondeu ao pedido de Pérsio Jordani da mesma forma. "O réu Pérsio José Gomes Jordani foi citado no dia 8 de agosto de 2016, durante o recesso em virtude da Olimpíada. Por conseguinte, o prazo para a resposta à acusação somente se iniciou no dia 23 de agosto de 2016. Ademais, durante todo o período do recesso (19 dias) os autos, por serem eletrônicos, estavam disponíveis, na sua integralidade, às partes e aos seus advogados. Assim, indefiro a prorrogação do prazo, por absoluta inapropriedade."

Segundo o Ministério Público Federal, foram pagos pelo menos R$ 3,6 milhões a Edno Negrini e R$ 2,4 milhões a Persio Jordani em propina pela Andrade Gutierrez. A denúncia da Operação Pripyat aponta que "para distribuição da propina, foi criada uma verdadeira contabilidade pela construtora Andrade Gutierrez, entre 2008 e 2014, com sistemático pagamento de vantagens aos envolvidos na organização criminosa".

Advogados de defesa de investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato preparam pedidos de desmembramento de processos para que investigações de seus clientes saiam das mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações em primeira instância, no Paraná. Pelo menos, dez frentes de apuração podem ser espalhadas para outros Estados.

O movimento ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar inquérito que apura suspeita de pagamento de propina envolvendo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o Ministério do Planejamento e o ex-vereador petista Alexandre Romano. Os ministros da Corte entenderam não se tratar de caso conexo com o esquema de cartel e corrupção na Petrobras.

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Procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal consideram que cada processo tem sua peculiaridade quando questionados sobre repercussão da decisão da Corte.

Em Nova York, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, reconheceu que a decisão foi uma "derrota". "É claro que a investigação acaba sofrendo com a sua divisão", disse. "Temos que nos aprender a nos reinventar. Devemos nos adaptar à realidade. A decisão do Supremo está colocada, nós respeitamos, embora discordemos."

Dallagnol está nos Estados Unidos com outros procuradores da operação. "Vamos lutar e trabalhar arduamente para que não haja grandes perdas. Pelo contrário, para que consigamos agregar a partir dessa derrota que nós tivemos no Supremo."

Processos em fase final, como o que apurou lavagem de dinheiro em acordo que seria fechado entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-deputado federal André Vargas, é incerto que saiam das mãos de Moro.

Há ainda investigações sobre outros setores, como os contratos de publicidade, os casos dos fundos de pensão, outras frentes que ainda sequer entraram como foco de prioridade das apurações.

Exemplo

"A decisão do STF vem na mesma linha daquilo que já vínhamos sustentando", disse o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e outros políticos. Kakay conseguiu levar para o Maranhão a investigação que cita Roseana. "Foi a primeira decisão no sentido de que a competência tinha que ser deslocada para o Maranhão porque o episódio não tem nenhuma ligação com a Lava Jato."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) usou o tempo de liderança do partido, durante a votação da Medida Provisória 663/14 na noite dessa terça-feira (12), para defender uma emenda que direcionava um mínimo de 30% dos recursos do BNDES para as regiões Norte e Nordeste. O parlamentar fez duras críticas ao PT, que votou contrário à emenda, e acusou o partido de fazer um discurso durante o período eleitoral e outro diferente após.

“Essas votações mostram como o PT governa: falando, discursando, fazendo demagogia para o fraco e para o pobre. Mas na hora de decidir, decide pelo rico, pelo mais poderoso, pelos interesses de uma minoria. Como agora, nessa votação que estamos concluindo. Mais uma vez a região Nordeste, a mais sofrida junto com a Norte, e que está presente nos discursos demagógicos do PT, está sendo prejudicada. É uma vergonha esse tipo de atitude por parte do PT, que recebeu maciçamente o voto do povo da região”, destacou Daniel.

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Segundo o tucano, este é o momento de o eleitor das regiões acompanharem bem qual o posicionamento de seus deputados, de perceberem quem está votando de acordo ou de forma contrária aos interesses da região. “É importante que a população acompanhe a posição de cada partido, a posição de cada deputado. Uma coisa é fazer discurso eleitoral, outra coisa é a hora do compromisso. Agora é a hora de cada um dizer se está a favor ou contra a região Nordeste”.

A Medida Provisória 663/14 aumenta em R$ 50 bilhões o limite de recursos que o BNDES poderá emprestar com subvenção econômica da União. O total passa a R$ 452 bilhões. A emenda à MP que direciona um mínimo de 30% dos recursos para as regiões Norte e Nordeste é de autoria do deputado André Figueiredo (PDT-CE) e foi aprovada por 244 votos a 199. Dos 54 deputados do PT, apenas oito votaram a favor da emenda.

Em meio a inúmeros protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e as irregularidades que estão sendo descobertas na Petrobras, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai promover um ato, nesta sexta-feira (13), em defesa da petroleira, da democracia e da Reforma Política. O Partido dos Trabalhadores (PT) e movimentos sociais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), também vão se unir aos sindicatos e caminhar pelas ruas do Recife. 

A mobilização, que está agendada para as 7h e com concentração no Parque 13 de Maio, tem intrínseca a defesa pelo governo petista, já que no domingo (15) uma série de manifestações espalhadas pelo país vai defender o impeachment da presidente Dilma. Apesar do intervalo curto entre os dois atos e a interligação da CUT com o PT, o presidente da Central em Pernambuco, Carlos Veras, negou qualquer ligação entre as duas manifestações. 

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“Não é um ato em defesa da presidente Dilma ou de algum partido. O PT fez uma resolução em janeiro orientando toda à base petista a participar dos atos da CUT em defesa da Petrobras e da Reforma política”, disse. “Não tem nenhuma correlação. O ato é uma jornada de lutas. Este já é o segundo, o primeiro eminentemente sindical, este de agora será mais amplo”, corroborou a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão.

Apesar da isonomia partidária pregada por Carlos Veras, algumas legendas são esperadas no ato de sexta-feira. “Os partidos que quiserem participar, vão participar. Eles são instrumentos importantes para a democracia, pois o legislativo colabora com a classe sindicalista quando necessário”, argumentou. 

Imbróglio entre a CUT e o PT

A parceria entre a CUT e o PT não é de hoje, no entanto na última semana o presidente nacional da Central, Vagner Freitas, afirmou que o grupo “nunca apoiou” o PT gerando um imbróglio entre lideranças das duas agremiações. O posicionamento do presidente nacional foi minimizado por Carlos Veras, segundo ele “a política é um espaço para todos, principalmente para os trabalhadores”. “Acho que ele deve ter dito que não somos parte do PT como dirigentes, isso realmente nós nunca fomos. Mas filiados temos muitos, inclusive eu sou”, pontuou o presidente estadual.

Questionada se a participação do PT no ato da CUT no Recife gerava algum desconforto nacional a presidente da legenda no estado negou. “Não tem nenhum problema. O PT sempre lutou pela democracia e pela reforma política, sempre defendeu a Petrobras e a classe trabalhadora. É uma pauta que interessa a todos nós”, observou Teresa Leitão.

Teresa afirmou ainda que o partido está fazendo uma convocação oficial da militância para participar do ato. Parlamentares do PT são esperados na mobilização. “Quem for do PT e quiser participar deve e, mais que isso, tem que mobilizar as suas bases”, cravou.

Conciso e frisando apresentar propostas “exequíveis”, o candidato a governador de Pernambuco pela coligação Mobilização pelo Poder Popular, José Gomes (PSOL), foi o primeiro postulante a divulgar o programa de governo para os pernambucanos. O documento, com sete páginas, contêm bases políticas e programáticas, além de ações que serão realizadas durante uma eventual gestão de Gomes. 

Uma das linhas de proposta, por exemplo, apresenta a “saúde realmente pública, sem precarização e sem privatização”. Neste ponto, Gomes diz que acabará com as Organizações Sociais na Saúde (OS’s), empresas privadas que administram as UPAs e alguns dos novos hospitais do estado. Já outra defende o “fim do ‘apartheid’ na educação”, onde o candidato diz que fortalecerá o ensino técnico, concederá salários iguais para os professores das escolas estaduais quer sejam elas de referência ou não e respeitará a autonomia da Universidade de Pernambuco. 

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Outros temas como o “funcionalismo público”, o “combate as desigualdades regionais” e “segurança cidadã, socialmente referendada e baseada em direitos humanos”, também compõem o plano de gestão psolista. 

Baseado nas exigências que tomaram as ruas do Brasil em junho de 2013, Zé Gomes afirmou que o programa foi concebido a partir de uma participação popular. "Dentro da proposta de nossa campanha de ampliar a participação popular e o controle social na gestão do Estado, nosso programa foi construído a partir de contribuições de diversos segmentos sociais. Ele segue aberto às ampliações, conforme os debates realizados com a sociedade", frisou o candidato. 

Veja o documento completo aqui:

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