Tópicos | deportação

Menos de um mês depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmar que um de seus indicados para ocupar um assento no Supremo Tribunal Federal (STF) será "terrivelmente evangélico", o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, compartilhou nota da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) favorável à Portaria 666 que veda o ingresso no País de estrangeiros suspeitos de envolvimento em crimes específicos.

Moro classificou a nota dos evangélicos como "uma voz de lucidez no debate do tema". De acordo com o ministro, "a Portaria nada mais fez do que regular exceções previstas na Lei e que já deveriam ter sido regradas antes, como a proibição da invocação de refúgio por aquele considerado perigoso para a segurança do País".

##RECOMENDA##

O ministro comentou, em seu Twitter, que "só mesmo no Brasil para outros defenderem que pessoas suspeitas de, por exemplo, envolvimento em terrorismo, em grupos terroristas ou em exploração sexual infantil não devam ser barrados na entrada e deportados sumariamente".

A Portaria foi amplamente criticada nas redes sociais nos últimos dias. Os internautas associaram a medida a uma possível tentativa de enquadrar o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, que vem publicando supostas conversas comprometedoras vazadas entre Moro e a força-tarefa da Operação Lava Jato, em um dos casos de deportação sumária.

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília abriu um inquérito civil para apurar a portaria editada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, que regula a deportação sumária de "pessoa perigosa" para a segurança do Brasil. O órgão quer que Moro preste esclarecimentos sobre o texto, que foi publicado no último dia 26.

De acordo com a portaria, que gerou reações de políticos e especialistas, são enquadrados como pessoas perigosas ou que tenham ferido a Constituição "aqueles suspeitos" de envolvimento em terrorismo; grupo criminoso organizado ou associação criminosa armada ou que tenha armas à disposição; tráfico de drogas, pessoas ou armas de fogo; pornografia ou exploração sexual infantojuvenil; e torcida com histórico de violência em estádios.

##RECOMENDA##

Publicada no momento em que o site The Intercept Brasil tem publicado supostas mensagens interceptadas ilegalmente do celular do ex-juiz e hoje ministro da Justiça, um dos fundadores do site, o jornalista americano Glenn Greenwald, sugeriu pelas redes sociais tratar-se de uma ameaça. A interlocutores, o ministro afirmou que a portaria "não tem nada a ver" com Greenwald.

Procurada, a pasta não se pronunciou até o momento sobre o inquérito. Na semana passada, o Ministério da Justiça, através do diretor do Departamento de Migrações, André Furquim, afirmou que o texto tem como objetivo disciplinar a "deportação excepcional". "Isso que foi feito. O texto está sendo discutido desde 2017. É um ano e meio de trabalho. Ela não é uma portaria isolada, faz parte de um contexto".

A portaria, segundo a pasta, não permite a expulsão de estrangeiros por motivo diverso do enquadramento em condutas criminais específicas, nem permite a deportação em casos nos quais há vedação legal, como de estrangeiro casado com brasileiro ou com filhos brasileiros.

O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Púbica) disse nesta terça-feira, 30, que o objetivo da Portaria 666 "é basicamente regular exceções já previstas na legislação e proteger a população". A Portaria 666 veda o ingresso de estrangeiros suspeitos de envolvimento em condutas criminais específicas, como terrorismo.

Em sua conta no Twitter, o ministro voltou a defender e a detalhar a medida e o seu alcance. "Terrorismo, pedofilia, tráfico de armas, drogas e pessoas, crime organizado armado. Rol de crimes muito específico, além de proibir o ingresso de torcedores violentos."

##RECOMENDA##

Moro destacou que "a escolha racional e legítima é evidentemente a primeira opção".

"Nenhum país do mundo, tendo conhecimento, permite que pessoas suspeitas de envolvimento em condutas criminais graves adentrem o seu território. Não se corre o risco, simples assim", cravou.

Ele descreveu um cenário hipotético, com três opções.

"O Brasil recebe informações de que membros de grupo terrorista internacional estão vindo para o país. Ainda não há mandado de prisão internacional, nem condições de pedir a prisão deles. Só informação de inteligência.

1 - As autoridades brasileiras não permitem o ingresso dessas pessoas, nem mesmo por pedido de refúgio travestido, e protegem a população brasileira (ação agora permitida pela Portaria 666);

2 - As autoridades brasileiras permitem o ingresso e ficam esperando alguma condenação criminal no Brasil ou no estrangeiro, o que pode levar anos, enquanto o grupo age no Brasil (antes da Portaria); ou

3 - as autoridades brasileiras permitem o ingresso e ficam esperando a ocorrência de um atentado para daí fazer alguma coisa (antes da Portaria)".

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu pelo Twitter na tarde desta sexta-feira, 26, a portaria 666, publicada por ele no Diário Oficial da União (DOU). O texto regulamenta artigos da Lei de Migração que falam sobre entrada e deportação de estrangeiros criminosos no Brasil.

Em uma série de postagens na rede social, Moro ressaltou que a portaria diz respeito a "pessoas envolvidas em condutas criminais especificadas em lei, como terrorismo e tráfico de drogas".

##RECOMENDA##

"Nenhum país do mundo, tendo conhecimento, permite que estrangeiro suspeito de crime de terrorismo ou membro de crime organizado armado entre em seu território. Ele é barrado na entrada e deportado. A regulação nova permite que isso seja feito de imediato", explicou o ministro.

A publicação da portaria tem repercutido no Twitter brasileiro, onde a expressão "Portaria 666" figura no ranking dos dez assuntos mais comentados por mais de cinco horas seguidas. Críticos a Moro e integrantes da oposição argumentam que a regulamentação tem como objetivo constranger o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.

Mais cedo, o próprio Greenwald se pronunciou sobre o caso na rede social. "Hoje Sergio Moro decidiu publicar aleatoriamente uma lei sobre como os estrangeiros podem ser sumariamente deportados ou expulsos do Brasil 'que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.' Isso é terrorismo", escreveu Greenwald.

Em seus tuítes, Moro esclareceu que a portaria veda que "estrangeiro seja deportado por motivo de raça, religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política" e que ela "não muda a generosidade da lei brasileira com imigrantes ou refugiados, apenas impede o ingresso de pessoas suspeitas de envolvimento em condutas criminais gravíssimas e específicas".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, editou uma portaria, nesta sexta-feira (26), que facilita deportação sumária e prisão de estrangeiros. De acordo com o texto, isso será possível em casos de “pessoa perigosa ou que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”. 

Entre os itens listados como os que ferem os “princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”, estão a prática de terrorismo, participação em grupo criminoso organizado e tráfico de drogas, pessoas ou armas de fogo. 

##RECOMENDA##

De acordo com a portaria, as hipóteses listadas poderão ser avaliadas, entre outras, pelas autoridades migratórias por meio de investigação criminal em curso, sentença penal condenatória e difusão ou informação oficial em ação de cooperação internacional. 

Além disso, pondera que “a pessoa sobre quem recai a medida de deportação de que trata esta portaria será pessoalmente notificada para que apresente defesa ou deixe o país voluntariamente, no prazo de até quarenta e oito horas, contado da notificação”.

Na última terça-feira (23), Moro anunciou o cancelamento do status de refugiado concedido aos paraguaios Juan Arrom, Victor Colmán e Anúncio Martí. Ao falar da medida, em publicação no Twitter, o ministro disse que o país não é “terra sem lei”. Sergio Moro, desde que assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública, tem sido duro com estrangeiros que cometeram crimes, mas se refugiam no Brasil. Entre eles, está o caso de Cesare Battisti, preso na Itália.

A portaria desta sexta, inclusive, vem sendo encarada como um recado para o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil, que vem revelando supostas mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Também na terça passada, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas suspeitas de hackear os celulares de Moro e de outras autoridades brasileiras.

A Rússia enfrenta um problema com os turistas que foram ao país para assistir à Copa do Mundo, realizada entre junho e julho de 2018. Pouco mais de seis meses depois de a França vencer a Croácia na final, cerca de 5,5 mil estrangeiros, de um total de 650 mil que se credenciaram, ainda não deixaram o território russo, de acordo com um relato das autoridades policiais divulgado nesta sexta-feira.

Diretor do departamento de imigração do Ministério do Interior da Rússia, Andrei Kayushin afirmou que a quantidade de estrangeiros que permanecia no país ao final de 2018 era de 12 mil, os quais tinham o "ID de fã" válido até o término do ano passado. As forças de segurança locais conseguiram reduzir esse número.

##RECOMENDA##

"A grande maioria deles respeitou a lei e saiu do país nos prazos correspondentes. Iniciamos procedimentos para deportar os demais e espero que todos tenham ido embora até 30 de março", disse Kayushin, sem especificar do que essas pessoas se ocupam no Rússia desde o fim da Copa.

Parte dos visitantes se aproveitou do "ID de fã" para entrar na Rússia com a esperança de cruzar ilegalmente as fronteiras da União Europeia. Também há um número de estrangeiros que pediu asilo no país que sediou o Mundial.

Dois dias depois da final entre França e Croácia, cerca de 60 nigerianos acamparam em frente à embaixada do país deles, em Moscou, e pediram ajuda para voltar para casa. Uma agência russa que combate o tráfico de seres humanos descobriu que uma organização prometeu trabalho na Copa do Mundo a esses homens, mas a oferta era falsa.

Mais de 450 pais foram deportados dos Estados Unidos após terem sido separados de seus filhos na fronteira do sul do país, segundo um relatório entregue pelo governo americano em um tribunal de San Diego, na Califórnia. 

O documento revela ainda que 900 imigrantes separados de seus filhos já contam com ordens de deportação como consequência da política de "tolerância zero" promovida pelo governo de Donald Trump.

##RECOMENDA##

Faltando menos de três dias para o fim do prazo estabelecido pelo juiz Dana Sabraw para reunir os pais com os filhos com idades entre cinco e 17 anos separados de forma inadequada, o governo americano afirma já ter reunificado 879 famílias de um total de 1.634, e que outros 538 pais sob custódia do Escritório de Imigração e Alfândegas (ICE) já foram entrevistados. O reencontro deles com os filhos também já foi aprovado.

Das 2.551 crianças imigrantes separadas dos pais e que estão na faixa etária estabelecida pelo juiz, o governo considera que 917 não poderão reencontrar os pais de forma imediata. Os pais de 130 deles abrirão mão do direito à reunificação e outros 54 têm antecedentes criminais. Há ainda um grupo de 260 pais que ainda estão sendo investigados pelas autoridades americanas. Desses, o documento afirma que muitos foram libertados em circunstâncias apropriadas por parte do Escritório de Reassentamento de Refugiados.

O ano novo será de maiores controles, mais blitze e, possivelmente, de aumento da deportação de trabalhadores irregulares na Europa. O governo francês de Emmanuel Macron anunciou nesta segunda-feira (18) que vai apresentar um novo projeto de lei para acelerar a expulsão daqueles que não estejam em condições legais no país. Oficialmente, o ministro do Interior, Gerard Collomb, argumentou que a reforma seria uma maneira de garantir que os refugiados tenham um tratamento melhor. Para ele, a situação hoje em Paris é "explosiva".

Se o principal foco da ação de Macron são os países africanos, a medida acabará atingindo também milhares de brasileiros na França. A proposta já sofre resistência de entidades de assistência, como o Emmaus. Segundo essas organizações, a proposta chega a falar de operações policiais em centros de acolhimento de saúde. Em 2016, 16 mil pessoas foram deportadas da França. Para 2017, o governo indica que o número já cresceu 14%.

##RECOMENDA##

A situação dos brasileiros também deve ficar mais tensa no Reino Unido. Carlos Mellinger, presidente da Casa do Brasil em Londres, confirma a tendência de alta no número de prisões e expulsões. "Estamos vendo um aperto cada vez maior das autoridades. Tem muita gente sendo detida", disse Mellinger, que lidera a principal entidade de representação da comunidade nacional na capital britânica. "Temos visto blitz em locais de trabalho."

Segundo ele, porém, o controle será ainda maior em 2018. Hoje, os hospitais públicos já são obrigados a passar informações de eventuais pacientes sem documentos e, em janeiro, serão os bancos que apresentarão as informações às autoridades.

Mellinger destaca que, desde 2015, a onda de brasileiros tem de fato aumentado com força em Londres. "Eles chegam achando que vão poder viver sem documentos, como na Londres do passado." O que ainda surpreende o representante da Casa do Brasil é o fato de que, em Londres, as delações estão por trás do aumento das deportações. E "muitas vezes, são brasileiros que delatam brasileiros", contou.

Extrema-direita

No restante da Europa, a pressão da extrema-direita também pode resultar em regras mais rígidas nas condições de entrada de estrangeiros. Na Áustria, o governo que acaba de ser formar traz em sua base o partido ultraconservador que, na campanha eleitoral, falou em fechar fronteiras.

Tentando dar um sinal de que também poderia ser dura, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou 300 mil pedidos de asilo. O temor do restante da Europa é que essas pessoas, agora, vaguem pelo continente.

Final feliz

Em Genebra, o brasileiro Murilo Martins diz que quem chega agora encontra uma situação muito mais difícil do que a que ele encontrou, há 14 anos, quando desembarcou na Suíça. "Os donos de estabelecimentos temem serem responsabilizados por empregar clandestinos", diz.

O mineiro já trabalhou cuidando de crianças, passou pela cozinha de três restaurantes e só agora está conseguindo atingir dois de seus sonhos: ser fotógrafo e viver de forma regular na Suíça. Ele é hoje um requisitado fotógrafo do mundo da moda e das milionárias festas de gala do país. "Quem chega deve estar pronto para começar a vida do zero." Segundo ele, o espaço que teve nesses anos para trabalhar em restaurantes de Genebra não existe mais para quem chega agora. "Os patrões não querem mais contratar quem não tenha documentos em ordem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A onda de brasileiros que foram morar na Europa para fugir da crise colocou o Brasil, novamente, entre as dez nacionalidades com o maior número de deportações do continente. No primeiro semestre deste ano, 3,1 mil ordens judiciais foram emitidas por tribunais nos diversos países do bloco estipulando o retorno dos brasileiros. Nos seis primeiros meses de 2016, foram 2,3 mil: um aumento de 37% de um ano para o outro. Os dados da Agência de Fronteiras da Europa, a Frontex, foram divulgados nesta segunda-feira (18).

Segundo fontes dos serviços de imigração em Bruxelas, a grande maioria das ordens de expulsão é direcionada a brasileiros que chegaram entre 2015 e 2016 - período que coincide com o da maior recessão da história do Brasil. O cálculo não inclui os brasileiros barrados nos aeroportos europeus e se refere apenas àqueles que já estavam vivendo de forma irregular no continente. Em 2016, 3,7 mil brasileiros foram impedidos de entrar na Europa, ante 1,7 mil nos seis primeiros meses de 2017.

##RECOMENDA##

No segundo trimestre deste ano, por exemplo, a entidade aponta que "um número significativo de recusas de entrada foi emitido a albaneses na Itália (826), brasileiros em Portugal (312) e colombianos na Espanha (347)".

Mas é o número de decisões de retorno que agora ganha força. No primeiro trimestre de 2016, por exemplo, foram 986 brasileiros com ordens de expulsão. Nos primeiros três meses de 2017, essa taxa subiu para 1,5 mil e, entre abril e junho, o número foi de 1619 expulsões declaradas, quase 18 por dia.

Os índices colocam o Brasil na décima posição entre as nacionalidades mais visadas, com apenas 200 casos a menos que os sírios. A lista é liderada pela Ucrânia e Marrocos, com mais de 11 mil casos cada apenas nos seis primeiros meses de 2017.

A última vez em que o Brasil entrou na lista dos dez primeiros foi em 2011, no auge da crise econômica europeia e quando governos do bloco passaram a endurecer a política migratória. Naquele ano, foram 6 mil brasileiros expulsos. Este ano, portanto, pode superar.

Os números, agora, refletem outra realidade. Primeiro, a adoção de leis cada vez mais restritivas para o trabalho de migrantes irregulares. Em diversos países, empregadores têm sido multados quando são flagrados com funcionários sem registro. O outro fator é o aumento de brasileiros irregulares na Europa nos últimos anos. Mas como eles se estabelecem nos países de forma clandestina não há números que mostrem esse crescimento.

No total, a Europa emitiu 303 mil ordens de expulsões contra estrangeiros vivendo de forma irregular no continente em 2016. Nos seis primeiros meses de 2017, foram 37 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário americano de Segurança Interna, John Kelly, descartou - em declarações na Guatemala nesta quarta-feira (22) - que vá haver deportações em massa de imigrantes em situação ilegal, mas confirmou a construção de um muro para reforçar a vigilância na fronteira com o México.

"Não estamos fazendo deportações em massa, mas temos leis que temos de respeitar. Então, vamos nos concentrar primeiro naqueles que cometeram crimes nos Estados Unidos para expulsá-los", afirmou Kelly, em entrevista coletiva antes de seguir para o México.

##RECOMENDA##

Kelly visitou a Guatemala um dia depois de sua pasta publicar duas circulares internas que reforçam a captura e a deportação de imigrantes em situação clandestina.

Ele explicou que inclui um processo legal mais ágil, quando se entra em contato com um imigrante nessa situação, o qual será devolvido "para seu país de uma forma mais rápida do que se fez em uma década".

O secretário afirmou ainda que a diretiva do presidente Donald Trump dá a seu departamento mais recursos para reforçar a fronteira com o México.

"Isso significa mais oficiais para o controle da fronteira, mais recursos para detenções na fronteira e também a construção de uma barreira física" na fronteira, acrescentou.

"O presidente Trump me ordenou que restabeleça o controle na fronteira. Então, vamos construir uma barreira física, vamos realizar patrulhas não militares, mas com homens e mulheres que estão no âmbito da aplicação da lei e de metodologias tecnológicas", completou.

Kelly criticou os traficantes de imigrantes clandestinos - os chamados "coiotes". "São mentirosos. A vida humana não lhes interessa. Simplesmente são predadores que buscam tirar o dinheiro das pessoas", apontou.

"Muitas vítimas sofrem torturas, estupro e outras vergonhas. O terreno é brutal, perigoso e não perdoa. Muitos homens, mulheres e crianças perderam a vida ao tentar cruzar esse trajeto para os Estados Unidos", lamentou.

Durante sua visita, ele se reuniu com o presidente Jimmy Morales e com os ministros do Interior, Francisco Rivas, e das Relações Exteriores, Carlos Morales.

Esta é a primeira visita de um funcionário americano de alto escalão à América Central desde que Trump assumiu a Presidência em 20 de janeiro passado.

Depois da Guatemala, Kelly segue para o México, onde fará uma visita ao lado do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que já está lá.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, afirmou na noite de ontem que o país irá gastar cerca de US$ 50 milhões para contratar advogados para os mexicanos que sofrem ameaça de deportação nos Estados Unidos. O dinheiro será entregue através dos consulados no país e outros programas de defesa dos direitos dos imigrantes.

Em uma mensagem televisionada ao país na semana passada, Peña Nieto cancelou sua visita aos EUA após a insistência do governo de Donald Trump em afirmar que o México deveria pagar pelo muro que pretende construir na fronteira entre os dois países.

##RECOMENDA##

Mais cedo na segunda-feira, o secretário de Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, afirmou que o esforço para impulsionar os serviços consulares norte-americanos "não é sobre obstruir a aplicação da lei" nos EUA. "Vamos focar esse dinheiro em um objetivo fundamental, que é a defesa dos direitos dos mexicanos. Isso significa assessoria jurídica, campanhas informativas e contratação de advogados quando necessário", disse.

Videgaray também disse que o Mexico entende "que será necessário fazer algumas mudanças" no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) com os EUA e o Canadá, como Trump vem defendendo, mas que o seu país não irá aceitar o retorno de medidas protecionistas como tarifas ou cotas de importação. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Polícia Federal (PF) começou hoje (9) a deportar 450 venezuelanos em situação irregular no Brasil. Segundo informações da PF em Roraima, os estrangeiros foram a Boa Vista para  comercializar artesanato.

A maioria deles vivia no centro da cidade, próximo à Feira do Passarão, onde pediam esmolas. A previsão é que grupo chegue a Pacaraima (RR) esta noite, de onde devem partir para seu país natal sob responsabilidade do governo venezuelano.

##RECOMENDA##

O grande fluxo de venezuelanos em Roraima levou o governo do estado a decretar situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos municípios de Pacaraima e Boa Vista. A região faz fronteira com a Venezuela, que vive uma forte crise política e econômica e gerou o êxodo de cerca de 30 mil venezuelanos para o Brasil nos últimos dois anos.

De acordo com a Polícia Federal, este ano aproximadamente 900 venezuelanos com documentação irregular foram deportados a partir do estado de Roraima.

Nova York e outras grandes "cidades santuário" para imigrantes, como Chicago e Los Angeles, rebelaram-se e prometem combater o plano de deportação promovido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Diante dos planos do republicano de deportar imigrantes em situação ilegal depois que chegar à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2017, prefeitos, governadores e chefes de Polícia de várias cidades levantaram a voz para garantir que protegerão essas pessoas.

[@#video#@]

O prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, reuniu-se com Trump nesta quarta (16) e lhe garantiu que fará "todo o possível" para defender aqueles que se encontram em situação clandestina.

"Reiterei a ele que essa cidade e outras cidades do país farão todo o possível para proteger nossos residentes e para nos assegurarmos de que as famílias não sejam destroçadas", contou De Blasio aos jornalistas, depois do encontro na Trump Tower.

NYC, aberta a todos

A promessa de Trump de deportar entre dois e três milhões de imigrantes nessa condição "vai contra tudo o que era genial em Nova York", comentou o prefeito De Blasio na conversa com a imprensa. "Nova York é a cidade dos imigrantes. O lugar que teve sucesso porque esteve aberta a todos, o lugar construído geração após geração de imigrantes", completou.

Há alguns dias, De Blasio afirmou que, se for necessário, a cidade eliminará no fim do ano a base de dados com nomes de milhares imigrantes nessa situação, que receberam um cartão de identificação municipal. Esse documento - temem as autoridades nova-iorquinas - poderia ser usado pelo governo Trump para identificar e deportar imigrantes.

Esta semana, o estado de Nova York implementou uma "hotline" para a denúncia de crimes racistas contra muçulmanos, imigrantes e negros, que se encontram em escalada desde a vitória do magnata nova-iorquino.

Em carta aberta, após a derrota da democrata Hillary Clinton, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, convidou: "se alguém sentir que se encontra sob ataque, quero que saiba que o estado de Nova York - o estado que tem a Estátua da Liberdade em seu porto - é seu refúgio".

Resistência nacional

Declarações de "rebelião" similares foram dadas pelos prefeitos de Boston, Providence, Chicago, Jersey City, Seattle, Filadélfia, Los Angeles, São Francisco e Washington D.C., "cidades santuário" que não perseguem os imigrantes por terem violado a lei migratória federal e que até mesmo chegam a lhes conceder documentos - como carteira de motorista, ou cartão de identificação municipal.

"Isso é animador e não é surpreendente. E continuará crescendo. (Os prefeitos e chefes de Polícia) não têm medo. Vão para a batalha e acreditam em que podem ganhá-la política e legalmente", disse à AFP o especialista Jonathan Blazer, do American Immigration Council, uma ONG de defesa dos imigrantes.

Blazer alega que as forças da lei apoiam essa política, porque permite a esses imigrantes denunciar crimes, ou serem testemunhas e falar com a Polícia sem medo de serem presos. Por isso, deverá ser difícil que Trump corte recursos para essas cidades, como prometeu na campanha.

Trump e sua equipe "verão quem podem amedrontar pela ameaça (de cortar verbas)", avaliou o especialista.

Durante sua campanha, Trump prometeu cortar os fundos federais das "cidades santuário". De acordo com o Centro de Estudos de Imigração (CIS, na sigla em inglês), elas seriam cerca de 300.

Depois de eleito, Donald Trump disse que a deportação começará por entre dois a três milhões de imigrantes "ilegais" identificados como "criminosos", "traficantes de drogas" e "integrantes de gangues". Depois, verá o que será feito com os demais, totalizando cerca de 11 milhões.

Defensores dos imigrantes se alarmam, porque dizem não haver evidências de que existam "dois, ou três milhões" de imigrantes "criminosos" no país. Acredita-se que muitos inocentes, ou pessoas que tenham cometido crimes leves, ou de trânsito, possam ter sido incluídos nesse bolo.

Prefeitos como De Blasio e Rahm Emanuel, de Chicago, insistem em que não vão recuar. "Chicago sempre será uma cidade santuário", frisou Emanuel, esta semana.

"Não vamos sacrificar nenhuma das nossas pessoas", garantiu o prefeito de Providence (Rhode Island), Jorge Elorza, filho de imigrantes guatemaltecos, citado pelo jornal The Boston Globe.

Muriel Bowser, prefeita do Distrito de Columbia, capital do país, afirmou que D.C. continuará sendo "uma cidade santuário", porque "sabemos que nossos bairros são mais seguros e fortes quando ninguém tem medo de ligar para nosso governo para pedir ajuda, quando nossa Polícia pode se dedicar a proteger e servir".

Donald Trump cumprirá sua promessa de deportar milhões de imigrantes em situação ilegal nos Estados Unidos - afirmou o presidente eleito em uma entrevista que será transmitida neste domingo, afirmando ainda que cerca de três milhões serão deportados depois que ele assumir o cargo.

"O que estamos fazendo é pegar essa gente que é criminosa e suas fichas criminais, membros de gangues, traficantes, que totalizam dois, talvez três milhões. E vamos tirá-los do país e vamos fazer com que sejam presos", declarou Trump em um trecho veiculado da entrevista que será exibida pelo programa 60 Minutes da CBS.

Trump fez da segurança na fronteira entre México e Estados Unidos um dos pontos centrais de sua campanha eleitoral.

Na entrevista à CBS, o magnata revela que o muro que prometeu fazer na fronteira com o México não será apenas de tijolos, e sim terá cercas em alguns trechos.

"Poderá haver cercas", afirmou Trump em sua primeira entrevista na televisão depois de eleito.

"Mas, para certas áreas, um muro é mais apropriado. Sou muito bom nisso", disse à CBS.

Newt Gingrich, um dos principais nomes ligados ao magnata, lançou dúvidas sobre se Trump obrigará o México a custear a construção desse muro.

"Dedicará muito tempo a controlar a fronteira. Talvez não gaste muito tempo tentando fazer o México pagar por ele, mas foi uma grande estratégia de campanha", desconversou Gingrich, segundo The Washington Post.

Em outros trechos antecipados pela emissora, Trump diz que manterá alguns pontos da reforma de Saúde promovida pelo presidente Barack Obama, a qual tanto criticou na corrida para a Casa Branca.

Sua diretora de campanha, Kellyanne Conway, declarou, porém, ao canal Fox, neste domingo, que essa reforma, conhecida como "Obamacare", será "derrogada".

Trump também confirmou que continuará usando sua conta no Twitter. Para ele, trata-se de uma grande ferramenta. A diferença agora é que o tom será mais moderado - explicou o empresário.

Continua sendo uma incógnita quem será o chefe de gabinete de Trump na Casa Branca.

No sábado, Conway disse que esse anúncio era "iminente" e confirmou que o presidente do Partido Republicano, Reince Priebus, está entre os candidatos.

Seu presidente de campanha e dono do portal de notícias conservador Breitbart News, Stephen Bannon, é um dos que sonham com essa posição.

O físico argelino naturalizado francês Adlène Hicheur, de 39 anos, deportado pelo governo brasileiro nesta sexta-feira depois de viver três anos no Brasil, chegou a Paris e foi liberado para ir para a casa da família. A informação é do colega Ignacio Bediaga, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio, e responsável pelo convite para que o físico viesse trabalhar no Brasil.

Professor visitante da UFRJ, Hicheur foi condenado a cinco anos de prisão pela Justiça da França, sob acusação de planejar atentados terroristas. Depois de dois anos, ganhou liberdade provisória e mudou-se para o Rio. Na noite de sexta-feira, Hicheur teve de embarcar em um voo da TAP para Paris, via Lisboa, por determinação do Ministério da Justiça, que atendeu recomendação da Polícia Federal. A UFRJ protestou, em nota, contra a deportação do professor, mas não conseguiu evitar o retorno de Hicheur a Paris.

##RECOMENDA##

A França anunciou neste sábado a deportação de 20 torcedores russos acusados de atos de vandalismo e brigas. Segundo autoridades francesas, eles teriam se envolvido nos confrontos com ingleses e torcedores locais nas brigas que precederam a partida entre Inglaterra e Rússia, pelo Grupo B da Eurocopa.

De acordo com o prefeito de Marselha, Stephane Bouillon, os russos "participaram de escaramuças relacionadas ao jogo entre as duas seleções". A partida foi disputada no sábado passado, em Marselha, no sul da França.

##RECOMENDA##

Apesar da deportação, o líder dos torcedores já avisou que o grupo voltará ao país para assistir ao jogo da sua seleção contra o País de Gales, na segunda-feira. Ele garantiu o retorno porque os vistos dos fãs do time russo não foram cancelados pelas autoridades francesas.

"O que aconteceu conosco foi um completo ultraje", disse Alexander Shprygin, líder do grupo de torcedores russos. Em entrevista à agência Associated Press, ele afirmou que nenhum dos integrantes do grupo se envolveu em brigas e confusões

Shprygin é o chefe do Sindicato dos torcedores russos, que é ligado ao governo. Ele sofre acusações de defender ideias de extrema-direita e já admitiu ter publicado símbolos e conteúdo de extrema-direita na internet. Porém, nega que ele e o grupo sejam racistas.

O ex-ativista italiano Cesare Battisti foi solto no final da noite de quinta-feira, 12, sete horas depois de ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça Federal para fins de deportação. O desembargador Cândido Ribeiro, presidente do Tribunal Regional Federal na 1ª Região, com sede em Brasília, determinou a "soltura imediata" de Battisti em resposta a um pedido da defesa dele.

O ex-ativista deixou sorridente a sede da Polícia Federal, em São Paulo, acompanhado do advogado Igor Sant'Anna Tamasauskas e do secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, pouco antes da meia-noite sem comentar a prisão.

##RECOMENDA##

Na decisão de conceder habeas corpus em caráter liminar, Ribeiro argumentou que a Justiça Federal não tem competência para sustar o visto de permanência de Battisti. "Em que pese a gravidade da infração ao paciente em seu país de origem, o fato é que sua situação de permanência no Brasil, decidida pela Suprema Corte e pelo excelentíssimo senhor presidente da República, não pode mais estar submetida a um novo processo judicial iniciado na Justiça comum federal que, salvo melhor juízo, não é a instância revisora dos atos impugnados", argumentou o magistrado.

Antes da decisão, a Advocacia-Geral da União também havia ingressado com agravo de instrumento na Justiça Federal para contestar a prisão do ex-ativista. Battisti foi preso por volta das 17 horas na cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, no endereço que seria sua atual moradia, mas que não foi informado à Justiça como manda a lei, e levado para a Superintendência da PF na capital paulista.

A PF cumpriu uma decisão de 26 de fevereiro da juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20.ª Vara da Justiça Federal, que acolheu ação civil da Procuradoria da República e considerou irregular a concessão de visto permanente ao italiano e concluiu que ele deve ser deportado.

A AGU informou ao Estado que no seu pedido de agravo o argumento utilizado foi defender uma decisão colegiada de um órgão do Ministério do Trabalho que emitiu um visto de permanência para Battisti poder exercer uma atividade remunerada. Conforme a AGU, a defesa do ato do ministério é necessária para que outras decisões não sejam também anuladas.

O advogado de defesa do italiano afirmou que vai entrar com "medida correcional" contra a decisão da juíza, que segundo Tamasauskas, "atenta contra a ordem jurisdicional".

Prisão perpétua

Ex-militante do grupo italiano Proletários Armados para o Comunismo, Battisti foi condenado naquele país à prisão perpétua por envolvimento em quatro assassinatos cometidos nos anos 1970. Por isso, segundo a decisão da Justiça Federal, o Conselho Nacional de Imigração (CNI) não poderia ter dado a ele o visto permanente.

Em novembro de 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou a extradição de Battisti, pedida pela Itália, mas decidiu que se tratava de decisão soberana da Presidência da República. Em 31 de dezembro de 2010, último dia de seu mandato, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou o pedido de extradição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal prendeu na tarde desta quinta-feira, 12, o ex-ativista italiano Cesare Battisti para deportação. Ele foi preso na cidade de Embu das Artes (SP) e levado para a Superintendência da Polícia Federal na capital paulista. A Polícia Federal cumpriu uma decisão da 20ª Vara da Justiça Federal.

Condenado na Itália por assassinato, Battisti conseguiu, em janeiro de 2009, que o governo brasileiro concedesse a ele status de refugiado político. No entanto, no final do mês passado, a juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara do Distrito Federal, determinou que o italiano fosse deportado, por considerar a concessão de visto de Battisti ilegal.

##RECOMENDA##

A Advocacia Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão da 20ª Vara de Justiça Federal que determinou a deportação do italiano Cesare Battisti. Segundo a AGU, o governo ainda não foi notificado da decisão, mas vai recorrer baseado no fato de que o Ministério da Justiça já havia concedido visto de permanência e a Justiça não poderia anular um ato de governo, que o próprio Supremo Tribunal Federal entendeu que era da alçada do presidente da República.

Segundo a AGU, o fundamento jurídico que irá basear a ação que será impetrada na Justiça para contestar a decisão da juíza Adverci Rates Mendes de Abreu será baseada no Ato de Concessão de Permanência, que o ministro Tarso Genro, durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concedeu a Battisti visto de permanência definitiva no Brasil, por meio do Conselho Nacional de Imigração.

##RECOMENDA##

Battisti foi condenado pela Justiça da Itália, em 1988, à prisão perpétua, pelo assassinato de quatro pessoas. Em 2004, Battisti fugiu para o Brasil, teve sua prisão preventiva decretada três anos depois e ficou preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Em 2010, Battisti teve reconhecida a condição de refugiado político pelo Ministério da Justiça brasileiro.

Esta decisão vem em um momento que o governo brasileiro está pleiteando a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão.

A Justiça Federal determinou, na quinta-feira, 26, que o ex-ativista italiano Cesare Battisti, condenado na Itália por assassinato, seja deportado. Em janeiro de 2009, governo brasileiro concedeu status de refugiado político ao italiano. Em seu último dia de mandato, Lula recusou o pedido da extradição feito pela Itália.

"No presente caso, trata-se, na verdade, de estrangeiro em situação irregular no Brasil, e que por ser criminoso condenado em seu país de origem por crime doloso, não tem o direito de aqui permanecer, e portanto, não faz jus à obtenção nem de visto nem de permanência. Ante o exposto, julgo procedente o pedido para declarar nulo o ato de concessão de permanência de Cesare Battisti no Brasil e determinar à União que implemente o procedimento de deportação aplicável ao caso", afirma a juíza.

##RECOMENDA##

Membro do grupo Proletários Armados para o Comunismo, Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por envolvimento em quatro assassinatos na década de 1970. A decisão da juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu, titular da 20ª Vara do Distrito Federal, foi tomada após ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público federal, que questionava a concessão de visto a Battisti. A Justiça considerou que a concessão do visto é ilegal e concluiu que ele deve ser deportado.

"Não fomos intimados da decisão, ainda não tem prazo correndo. Nós entendemos que a sentença tenta modificar uma decisão do Supremo Tribunal Federal e do Presidente da República. Fora do que é o objeto próprio da ação, portanto vamos recorrer", afirmou o advogado de Battisti, Igor Sant’Anna Tamasauskas.

Segundo a juíza, ’os institutos da deportação e da extradição não se confundem, pois a deportação não implica em afronta à decisão do Presidente da República de não extradição, visto que não é necessária a entrega do estrangeiro ao seu país de nacionalidade, no caso a Itália, podendo ser para o país de procedência ou outro que consinta em recebê-lo’.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando