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O Cemitério de Santo Amaro, localizado no centro do Recife, é o lugar de descanso eterno de cerca de 30 mil pessoas. Entre milhares de anônimos, o espaço acolhe jazigos de famílias famosas e importantes para a história de Pernambuco, como políticos, artistas e figuras religiosas, e que são massivamente visitados todos os anos no Dia de Finados, celebrado nesta quinta-feira (2). Confira alguns dos nomes conhecidos que estão em Santo Amaro, e recebem visitantes o ano todo. 

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Menina Sem Nome 

Nenhum túmulo é mais famoso no Cemitério de Santo Amaro do que o da Menina Sem Nome. Enterrada como indigente (sem identificação), a garotinha foi vítima de uma morte violenta em 1970, na praia do Pina, zona Sul do Recife. Seu corpo foi enterrado sem identificação, e por não haver sinalização da família, a história correu a cidade. 

Memorial da Menina Sem Nome. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Mais de 50 anos depois de seu falecimento, a Menina Sem Nome é conhecida por devotos, que fazem preces e agradecem as graças alcançadas levando brinquedos e doces para seu túmulo.  

Uma dessas é pessoas é Antônio Carlos Renovato, que faz parte do Santuário do Morro da Conceição, na zona Norte do Recife, e é devoto da garotinha anônima. “Todo dia 2 [de novembro] a gente tá aqui para reverenciar as maravilhas que ela fez na vida da gente. Eu chego aqui 5h30 da manhã, e a gente só sai daqui de noite, quando termina tudo”, disse. 

Antônio Carlos, devoto da Menina Sem Nome. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

“Os devotos, tudo que pedem a ela, alcançam. Eu alcancei muita graça com ela. A gente canta, a gente trabalha aqui o dia todo”, continuou Antônio. Os organizadores do memorial da Menina Sem Nome arrecadam doações de brinquedos, que são repassadas para a ala infantil do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). 

Atualmente é o sepulcro mais visitado no Cemitério de Santo Amaro, segundo Adriano Freitas, diretor administrativo e de finanças da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), órgão responsável pela gestão dos cemitérios públicos da capital pernambucana. “O túmulo da Menina Sem Nome, é indiscutível, que é o mais movimentado, o top 1 mesmo, bem distante do segundo. A gente até botou um toldo lá para receber mais pessoas, que vêm o dia todo lá, trazendo brinquedo, bolo, trazem doces. A população tem mesmo uma afeição muito grande pela Menina Sem Nome, um respeito muito grande”, contou. 

Adriano Freitas. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Chico Science 

Francisco de Assis França teria 57 anos de idade se estivesse vivo, mas todos ainda lembram dos grandes feitos alcançados por Chico Science, como era conhecido no meio artístico. Um dos precursores do Movimento Manguebeat, em meados dos anos 1990, Chico faleceu em 97 em um acidente de carro em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Desde então, seu túmulo é visitado por fãs e admiradores da cultura de mangue levantada por ele. 

É o caso de Pereira Campos Júnior, artista do Recife, e fã de Chico Science, que visita seu túmulo não apenas no Dia de Finados, como também em outras datas relacionadas ao cantor. Para ele, a força do Movimento Manguebeat cresce com o passar do tempo. “Até então continua influenciando outras ‘figurinhas’ por aí. Chico dizia: ‘a gente ouve muito de fora, vamos pôr o que é nosso pra fora’, e tem muita coisa aqui para ser experimentada, com a ciência que Chico teve”, comenta, relembrando os ideais do artista. 

Pereira Campos homenageia Chico Science. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

O túmulo de Chico Science é ornamentado com imagens e frases de sua autoria, como trechos de músicas e mensagens de familiares e admiradores. 

Família Arraes-Campos 

Entre os ilustres políticos que descansam eternamente em Santo Amaro, os dois mais memoráveis são Miguel Arraes, falecido em 2005, e seu neto Eduardo Campos, que foi vítima de um acidente de avião em 2014, quando era pré-candidato à Presidência da República. 

Túmulos de Eduardo Campos e Miguel Arraes. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Dois ex-governadores de Pernambuco, as famílias Arraes e Campos ainda se mantêm na política, sendo um dos filhos de Eduardo, João, prefeito do Recife, e outro, Pedro, deputado federal, todos filiados ao PSB. Da parte de Arraes, a neta Marília, foi candidata à prefeitura do Recife e ao governo do estado nas últimas eleições, e sua irmã, Maria, é deputada federal pelo Solidariedade.

A tradicional celebração do Dia de Finados, neste 2 de novembro, é uma data importante para que as pessoas possam velar e se lembrar dos que já se foram. Entre lágrimas e sorrisos, as memórias de pessoas queridas e amadas permanecem, deixando a vida dos que ficam cheia de saudades. No Cemitério da Várzea, localizado na zona Oeste do Recife, as visitas foram tomadas pela emoção. 

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Cemitério da Várzea visto de cima. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

É o caso de Tereza Carla de Santana, enfermeira e moradora do bairro da Várzea, e que todos os anos vai homenagear seu pai, falecido há 46 anos, no jazido da família, comprado por ele mesmo, muito antes de morrer. “Meu pai morreu com 39 anos, antes disso ele já tinha [o jazigo]. A gente, de criança, ele já trazia aqui no cemitério”, relatou Tereza à reportagem. 

 

Tereza Carla de Santana. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Além de Tereza, pessoas da família também visitam o túmulo do patriarca, não apenas no Dia de Finados, mas em outros momentos do ano também. No entanto, a frequência e quantidade de pessoas que continuam seguindo a tradição é cada vez menor. “Hoje em dia tá ficando mais escasso. Eu ainda venho, minha irmã vem, mas o restante da família, meus filhos, por exemplo, não vêm. Eu tenho um irmão mais velho que também não vem pra cemitério, não gosta”, disse. 

“Meu pai era tão adorador de cemitério que meu irmão nasceu no Dia de Finados. Minha mãe dizia que no dia, meu pai andou nu, e só não saiu pelas ruas porque ela trancou as portas”, comentou Tereza, dando risadas ao se lembrar do falecido pai. 

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Quando o luto é interminável 

Todos os anos, a viúva Lindalva Rodrigues Costa, de 80 anos de idade, moradora do bairro do Cordeiro, também na zona Oeste da capital pernambucana, vai ao Cemitério da Várzea acender velas aos familiares que se foram, incluindo seu esposo, falecido há 47 anos, no jazigo da família. “Tá aí meu pai, minha irmã, minha neta, minha bisneta, meu cunhado, muita gente. Já tem umas 35 ossadas aí”, afirmou, fazendo uma conta breve de cabeça. 

Lindalva Rodrigues Costa. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Lembrando especialmente de seu esposo, Gilberto Rodrigues, dona Lindalva conta que um acidente de carro causou seu óbito, em agosto 1976. “Ele chegou de viagem, me buscou na maternidade e registrou o nome do nosso filho no cartório. À noite foi a serviço para Palmares e bateu em uma carreta”, relatou com tristeza. 

Apesar do passar do tempo, dona Lindalva nunca esqueceu do seu amor que se foi, deixando com ela oito filhos e as memórias de um casamento que durou apenas 16 anos. “Eu hoje de manhã conversei com meu marido, quando estava colhendo essas flores [disse apontando para um pequeno buquê de flores em cima do jazigo], e disse ‘olha Beto, eu vou levar as flores do jardim da nossa casa pra botar lá [no jazigo]’”, disse com a voz falha e os olhos marejados. 

O luto de dona Lindalva é compartilhado por uma de suas filhas, Aurian Costa, que a acompanha todos os anos no Dia de Finados, e percebe a morte como uma continuação da vida. “Na minha concepção não acaba quando morre, porque fica na mente e no coração pro resto da vida. Até hoje eu sinto, então pra mim não morreu, vive dentro de mim, na minha mente. Eu vejo a morte dessa forma”, contou, de forma reflexiva.

As dores das guerras e de tantas tragédias chegam pelas TV, pelas janelinhas dos celulares, pela conversa do grupo, pelos gritos ou pelo silêncio diante do que é difícil assimilar e traduzir. Complicado de falar e de sentir. O luto coletivo, segundo especialistas, pode ser simbólico, mas é concreto, que faz doer até o corpo. Nesta quinta (2), o feriado de Finados adquire também significados de reflexão para quem busca lidar com o sofrimento presente na esquina de casa ou mesmo do outro lado do mundo.

“Quando estamos vivenciando guerras, pandemias, passamos a vivenciar perdas simbólicas e concretas coletivamente. Mesmo não conhecendo as pessoas que estão morrendo, nos conectamos com suas histórias e vivenciamos suas dores e perdas”, explica a psicóloga Samantha Mucci. Ela é pesquisadora do tema e coordenadora do Programa de Acolhimento ao Luto (Proalu), e professora do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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A especialista contextualiza que as imagens das guerras expostas diariamente nos remetem a vivências de insegurança, sofrimento, ansiedade e instabilidade presentes na nossa história. “Impossível não nos afetarmos coletivamente. Esse luto coletivo vai além da empatia, da compaixão e da solidariedade. Lembro da imagem de uma criança olhando para os escombros e corpos em sua frente com olhar assustado e cheio de lágrimas que me marcou muito”, exemplifica a professora Samantha Mucci.

A imagem fez com que a professora chorasse recentemente. “Pela humanidade, pelas guerras que já vivemos, pela minha criança interior, pelas minhas perdas, pelos meus lutos já vividos”, diz a professora.

Múltiplas perdas

Para a psicóloga clínica Keyla Cooper, também especializada em luto, o momento de múltiplas perdas atravessa o nosso dia a dia de uma maneira muito significativa, sejam pelas informações que chegam da guerra no Oriente Médio, mas também pelos desequilíbrios causados pelas mudanças climáticas, pelas misérias e fome visíveis.

“O tempo todo a gente se enfrenta com o limite da humanidade. De uma maneira geral, esses problemas afetam aquilo que a gente projeta para o nosso futuro”, explica a professora universitária em Brasília, que é pesquisadora da Universidade de Strathclyde (Glasgow - Escócia).

A instabilidade de pensar no amanhã teve, na avaliação das pesquisadoras ouvidas pela Agência Brasil, um momento-chave que foi a ocorrência da pandemia de coronavírus. Depois, o mundo viu eclodir as guerras da Ucrânia e do Oriente Médio, com mortes de civis. “A previsibilidade da vida foi profundamente abalada”, diz Keyla Cooper. As professoras esclarecem que o luto não é só um processo emocional, mas também uma reação psicológica, emocional, cognitiva, social e espiritual diante de uma perda significativa, não necessariamente apenas de pessoas.

Para as quatro psicólogas ouvidas pela reportagem, é importante que, em quaisquer condições da vivência do luto, a pessoa possa encontrar espaços para se expressar e encontrar empatia. De buscar comunicar a própria dor e encontrar pessoas ou grupos para escutar a fim de se sentir acolhido. “É muito importante a gente refletir, enquanto sociedade, sobre o espaço que a morte tem na nossa vida, qual o sentimento diante do limite que a morte impõe”, contextualiza.

Proteção

É claro sentir a dor do outro ou de viver o luto do outro, tem relação com a nossa capacidade de sermos empáticos. “Pessoas que têm um nível de empatia muito grande, certamente, vão experimentar de uma forma mais intensa a experiência do luto do outro, a experiência do luto coletivo”, ressalta a especialista em psicologia transpessoal, Cynthia Ramos, que trabalha em Brasília.

A psicóloga clínica e educacional Aline Oliveira, que atua em São Paulo, defende que é importante também procurar respeitar a necessidade de silêncio interno que pode ocorrer em alguns momentos de luto. “Se sentir necessário, procurar lugares preparados para falar sobre o assunto, seja em grupos que trabalham com o luto, a psicoterapia individual, ou pessoas próximas de confiança”, aconselha.

Nesse sentido, ela explica que falar abertamente é uma forma de expressar a dor, e pode encontrar um lugar de amparo ao dividir e compartilhar os sentimentos com outras pessoas. “A dor do luto precisa ser vivenciada, reconhecida e respeitada”.

Em suma, a pesquisadora Samantha Mucci concorda que o cuidado deve envolver acolhimento. “Apesar de cada pessoa viver de seu jeito e no seu tempo o processo de luto, é muito bom quando temos com quem compartilhar as histórias que vivemos. “Como pretendemos conviver com a presença da ausência”.

Bombardeados

É importante ainda, de acordo com Keyla Cooper, identificar fatores de sofrimento, como o consumo muito imediato de notícias que são difíceis de se lidar. “A forma como recebemos informações pode ter uma implicação na saúde mental muito significativa. Eu penso que a mídia tem um papel muito importante. É importante veicular as informações, mas eu acho que é importante refletir sobre o como veicular essas notícias.”

Nesse sentido, a especialista em psicologia transpessoal, Cynthia Ramos, enfatiza que, de fato, cada um de nós pode e deve se cuidar. “Quando se trata de um evento de grande magnitude, como guerras, primeiro, não devemos ignorar o que está acontecendo no mundo porque não é a alienação que vai nos proteger. Mas também é importante estarmos atentos a não permitir que sejamos bombardeados ou superexpostos às notícias, às vezes muitas vezes repetitivas”, diz.

Atenção aos sinais

As psicólogas identificam que sintomas físicos podem ser importantes para identificar como ocorre a elaboração de luto. Podem haver, segundo as especialistas, processo de sofrimento manifestação de ansiedade, com raros momentos de prazer e de distração. “Isso pode ser uma demanda para procura de um psicólogo, inclusive se a pessoa constatar sintomas físicos como taquicardia, sudorese e problemas no trato digestivo”, diz a psicóloga Keyla Cooper.

Outros sinais que a pessoa deve ficar atenta é a dificuldade de concentração, apatia, alteração no apetite e no sono. “Alguns sintomas físicos como enxaquecas, náuseas, muita dificuldade de realizar até mesmo os cuidados básicos de higiene como tomar banho e escovar os dentes”, diz a psicóloga Samantha Mucci.

Dos olhos

Segundo Samantha Mucci, da Unifesp, o processo de luto precisa ser vivenciado e ressignificado pela pessoa que está enlutada, pela família, por todos que estão sentindo a perda de alguém ou de algo significativo. “Muitas vezes evitamos e não nos sentimos preparados para lidar com a expressão dos sentimentos relacionados ao processo de luto como a tristeza, sentimento de abandono, a raiva, o sentimento de culpa e pesar, o choro”.

Por isso, chorar e se manifestar são tão fundamentais, conforme avaliam as psicólogas. “Chorar é um processo importante de elaboração dessas emoções. É através do choro e da expressão dos sentimentos que podemos parar para pensar no que está sentindo. Não tem como a gente pular essa etapa”, diz Keyla Cooper.

Afinal, estão envolvidos sentimentos muito particulares que são íntimos e não costumam ser a tônica de postagens em redes sociais preocupadas em propagar ilusões de felicidades permanentes. Como diz a professora da Unifesp, são sentimentos reais “e precisam de espaço, tempo e permissão para serem reconhecidos e vividos”.

 

No dia 28 de outubro, fãs de Matthew Perry ficaram chocados com a notícia da morte do ator. O eterno Chandler da série Friends morreu aos 54 anos. Assim como o astro internacional, O LeiaJá relembra alguns famosos que deixaram saudade em 2023.

Lisa Marie Presley

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A cantora Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley, morreu em 12 de janeiro. Ela tinha 54 anos.

Gloria Maria

A jornalista Gloria Maria morreu no dia 2 de fevereiro.

Canisso

Canisso, baixista da banda Raimundos, morreu em 13 de março. O músico tinha 57 anos.

Andrés García

Sucesso em novelas mexicanas, Andrés García morreu no dia 4 de abril. Ele tinha 81 anos.

Palmirinha

Palmirinha, a vovó mais amada do Brasil, morreu em 7 de maio.

Rita Lee

Os fãs de Rita Lee perderam a cantora no dia 8 de maio. A artista tinha 75 anos.

Tina Turner

Fenômeno na música internacional, Tina Turner morreu em 24 de maio. A cantora tinha 83 anos.

Luiz Schiavon

Tecladista e fundador da banda RPM, Luiz Schiavon faleceu no dia 15 de junho. Ele tinha 64 anos.

Zé Celso

O dramaturgo e roteirista Zé Celso morreu em 6 de julho, aos 86 anos.

Tony Bennett

O cantor Tony Bennett morreu em 21 de julho, aos 96 anos.

Sinéad O'Connor

Sinéad O'Connor, dona do clássico Nothing Compares 2U, morreu em 26 de julho. A cantora tinha 56 anos.

Aracy Balabanian

A atriz Aracy Balabanian morreu aos 83 anos, no dia 7 de agosto.

Léa Garcia

A atriz Léa Garcia faleceu em 15 de agosto, aos 90 anos.

Maria Carmem Barbosa

A escritora Maria Carmem Barbosa morreu aos 77 anos, no Rio de Janeiro, no dia 22 de setembro. O falecimento de Maria Carmem Barbosa foi anunciado pelo ator Miguel Falabella.

Cyva

A cantora Cyva, do Quarteto em Cy, morreu no dia 22 de outubro. A artista faleceu aos 85 anos.

Fotos: Reprodução/Instagram/YouTube/TV Globo

Um homem de 52 anos morreu no Cemitério Municipal de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta quarta-feira (1º), véspera do Dia de Finados. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o homem sofreu um mal estar seguido de desmaio.

Uma viatura do Samu foi enviada ao cemitário, mas a vítima, identificada pelas iniciais J.J.L., faleceu antes do antedimento. Segundo uma funcionária do local, o homem contratou um rapaz para fazer manutenção em um túmulo da família dele e estava auxiliando na limpeza. Enquanto falava ao telefone, o homem, então, passou mal e caiu.

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A Prefeitura de Camaragibe informou que apura o ocorrido. O cemitério passa por um serviço de revitalização para receber a população no Dia de Finados.

O Comitê Estadual de Monitoramento dos Incidentes com Tubarões (Cemit) alerta para os cuidados com o banho de mar no Grande Recife durante o feriadão de Finados, nesta quinta (2). O monitoramento prevê marés altas com picos de amplitude de até 2 metros.

Os picos das marés cheias entre os dias 2 e 4 de novembro serão entre 1,6 m e 2 m, enquanto as baixas ficarão entre 0,5 m e 1 m. No horário da manhã, quando mais pessoas estão nas praias, os níveis de água estarão mais altos e devem começar a baixar só à tarde. As condições devem se manter no domingo (5).

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Ataques de tubarão

Também haverá a incidência das conhecidas marés mortas - ou marés de quadratura - ao longo do feriadão. Elas ocorrem quando as variações dos níveis de água são menos aparentes. Por isso, o Cemit reforça que o nível não diminui o suficiente para formar piscinas naturais e, como a água ainda recobre os recifes, os tubarões podem se aproximar de áreas mais rasas.

Vale lembrar que ainda vigora o decreto municipal de Jaboatão dos Guararapes que proíbe o banho de mar na Praia de Piedade, entre a Igrejinha e o Hotel Barramares.

O Cemit orienta que a população evite o banho de mar nas seguintes condições:

• Em áreas com placas de advertência de riscos de incidentes com tubarões;

• Em áreas sem proteção dos recifes, sem formação de piscinas naturais;

• Nos horários iniciais da manhã ou final da tarde, pois os tubarões são mais ativos nesses períodos crepusculares;

• Se estiver com algum tipo de ferida ou sangramento, pois fluidos sanguíneos podem ativar o olfato dos animais;

• Durante períodos chuvosos, que aumentam a turbidez da água, fazendo com que os animais não diferenciem bem suas presas naturais dos seres humanos;

• Em locais próximos às desembocaduras de rios, pois os rios deságuam grandes quantidades de sedimentos e matéria orgânica no mar que, além de deixar a água turva, tende a atrair animais marinhos que podem oferecer riscos de incidentes;

• Durante as marés altas, especialmente nas luas nova e cheia;

• Se tiver consumido bebida alcoólica;

• Se estiver sozinho(a);

• Se possuir objetivos brilhantes ou chamativos, que podem aguçar os sentidos dos animais.

Confira os horários das marés durante o feriadão:

Dia 02/11 (quinta-feira)

00h26 – 0.5 m

06h38 – 2.0 m

12h39 – 0.7 m

18h51 – 2.0 m

Dia 03/11 (sexta-feira)

01h17 – 0.6 m

07h28 – 1.8 m

13h30 – 0.9 m

19h47 – 1.8 m

Dia 04/11 (sábado)

02h26 – 0.8 m

08h36 – 1.6 m

14h45 – 1.0 m

20h58 – 1.7 m

Dia 05/11 (domingo)

03h56 – 0.9 m

10h00 – 1.6 m

16h23 – 1.0 m

22h23 – 1.7 m

Nesta quarta-feira (2) é celebrado o Dia de Finados no Brasil, data em que o hábito de muitas pessoas comprarem flores para decorar os túmulos e homenagear os entes queridos é também uma chance de comerciantes obterem uma renda maior no período. Em frente ao cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, a expectativa para a movimentação é grande.

A família de Vitor Moura, que é permissionária de um quiosque tradicional na área há 40 anos, está empenhada neste ano para conseguir aumentar a arrecadação. Principalmente porque nos últimos dois anos de pandemia da Covid-19 a venda de flores também foi atingida - considerada uma dass piores épocas por quem trabalha no setor. “A gente fazia um estoque de 100% e conseguia [antes da pandemia] vender cerca de 80% de tudo. Nos últimos dois anos, a gente vendeu 60%”, lembra Moura.

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Nesta terça-feira (1º), a movimentação ainda era tímida no cemitério de Santo Amaro. Receoso com os números de venda dos últimos dois anos que, Vitor, que gerencia o negócio da família, optou por diminuir o estoque. “A gente ainda não sabe como vai ser o movimento, então a gente comprou de acordo com a necessidade do cliente, porque a gente já sabe o que eles solicitam. Geralmente no Dia de Finados a procura é só por arranjo”, destaca.

O comerciante Juan Felipe, 28 anos, se mostra mais confiante nessa retomada. A confiança é tanta que ele contratou sete pessoas para a véspera e o feriado de Finados. São três montadores de arranjos e quatro vendedores. “Estamos numa perspectiva melhor do que a do ano passado porque o feriado será durante a semana. Fica a espera de ser um feriado melhor porque, geralmente, vêm mais pessoas”, fala. 

Serão 24 horas ininterruptas de trabalhos. “Até por questão de quantidade [de flores] não temos como fechar [o quiosque], aí temos que deixar tudo pronto. Iremos produzir a noite toda porque amanhã é uma quantidade enorme de pessoas que virão. Aqui é o foco porque estamos no portão principal do cemitério, então se os clientes realmente vierem visitar, às vezes a gente nem suporta. Então vamos trabalhar a noite toda pra deixar tudo pronto”, comenta Juan.

Há 30 anos, Elizabete monta um espaço para vender as suas flores. Foto: João Velozo/LeiaJáImagens

Diferente de Vitor e Juan, Elizabete Maximinio não tem um quiosque nas proximidades do cemitério de Santo Amaro e só comercializa no local na véspera e no Dia de Finados para conseguir uma renda extra. Já são 30 anos que ela e alguns familiares se reúnem para comprar e vender os ornamentos. "Aqui dá uma renda boa pra gente, o que nos ajuda. Na pandemia teve pessoas que não vieram vender, mas eu botei Deus na frente e vim. Para mim [o movimento] foi bom", confirma Elizabete.

Nesses 30 anos vendendo arranjos de flores no Dia de Finados, ela garante que nunca teve prejuízo. "Na época a gente chega a vender mil, mil e pouco [em mercadoria]'', pontua a comerciante.

Movimentação

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), afirmou que está realizando uma série de serviços nos cinco cemitérios públicos do município (Casa Amarela, Parque das Flores, Santo Amaro, Tejipió e Várzea), com o intuito de proporcionar mais conforto ao público no próximo Dia de Finados. O trabalho de conservação foi intensificado e o órgão já está preparando uma programação para atender aos visitantes. A expectativa é de que aproximadamente 20 mil pessoas circulem pelos locais durante a data.

As pessoas que visitarem as necrópoles da capital pernambucana contarão com uma programação religiosa.

Confira

Santo Amaro

Missas: 7h | 8h30 (terço) | 10h (com Dom Fernando Saburido)| 12h | 14h30 (terço)| 16h

Parque das Flores

Missas: 8h | 11h | 14h | 16h (com Dom Fernando Saburido)

Várzea

Missas: 7h | 10h

Culto evangélico: 15h

Hinos e louvores: das 7h às 16h

Casa Amarela

Missas: 7h | 10h | 16h

O funcionamento do comércio do centro e de bairros do Recife nesta quarta-feira (2), no feriado do Dia de Finados, será facultativo. Já os shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) abrirão as portas em horário especial.

Confira abaixo o esquema de funcionamento:

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Centro do Recife e bairros - o funcionamento das lojas será facultativo

Recife

Shopping Recife - das 12h às 21h

RioMar Shopping - das 12h às 21h

Shopping Boa Vista - das 11h às 19h.

Shopping Tacaruna - das 12h às 21h.

Plaza Shopping - das 12h às 21h.

 

Olinda

Shopping Patteo Olinda - das 12h às 21h.

 

Paulista

Paulista North Way Shopping - das 12h às 21h

 

Camaragibe

Camará Shopping - das 12h às 21h

Jaboatão

Shopping Guararapes - das 9h às 22h

 

Cabo de Santo Agostinho

Shopping Costa Dourada - das 10h às 22h

 

Igarassu

Shopping Igarassu - das 9h às 21h.

 

Moreno

Recife Outlet - das 9h às 21h

 

Ferreira Costa - As lojas da Imbiribeira e Tamarineira estarão funcionando em horário especial, das 9h às 18h. 

Já no Agreste de Pernambuco, a loja localizada em Caruaru abrirá das 9h às 18h.

E em Garanhuns, a loja funcionará das 9h às 17h.

 

Mulher - Estarão abertos para acolhimento de mulheres vítimas de violência o Centro de Referência Clarice Lispector, localizado na rua Dr. Silva Ferreira, 122, em Santo Amaro, que funciona de domingo a domingo, 24h por dia, e o Serviço Especializado Regionalizado Clarice Lispector, localizado na Avenida Recife, 3585, no bairro do Ipsep, que funciona das 7h às 19h, de segunda a domingo. Os demais equipamentos da Secretaria da Mulher do Recife e o Centro Municipal Júlia Santiago, no Pina, estarão fechados neste feriado.

 

Esportes - As 23 unidades da Academia Recife estarão fechadas nesta quarta-feira, retornando ao funcionamento normal na quinta (3). O mesmo esquema será aplicado ao Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão).

 

PROCON - Não haverá expediente na sede do Procon Recife, localizado na Rua Carlos Porto Carreiro, 156, Boa Vista e em seus postos de atendimento localizados nos Compaz (Ariano Suassuna,no Cordeiro; Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha;  Dom Helder, no Coque). A população pode registrar reclamações no site  procon.recife.pe.gov.br e denúncias no email denunciaproconrecife@recife.pe.gov.br. O atendimento presencial vota a ser oferecido pelo órgão municipal na quinta-feira.

 

COMPAZ - Todos os COMPAZ ficarão sem funcionar.

 

Hospital Veterinário do Recife (HVR) - A unidade não estará aberta na quarta-feira. Na quinta-feira, o expediente funciona normalmente, das 7h às 18h.

 

Jardim Botânico do Recife - Como programação para o feriado nacional, o Jardim Botânico do Recife (JBR) abre as suas portas. O local vai funcionar das 09h às 15h, com entrada gratuita. Para quem gosta de aproveitar a cidade pedalando, a Ciclofaixa de Turismo e Lazer do Recife estará disponível, das 7h às 16h. O percurso passa por quase 30 bairros da cidade e tem como ponto de convergência o Marco Zero, no Bairro do Recife. Os parques Santana e Macaxeira estarão abertos normalmente. Já as feiras e os mercados públicos estarão funcionando das 6h às 13h. 

 

Saúde - Cinco Upinhas vão funcionar durante o feriado, em regime de plantão, para atender pequenas urgências da Atenção Básica dos moradores das áreas cadastradas: Upinha Governador Eduardo Campos (Bomba do Hemetério), Dr. Moacyr André Gomes (Morro da Conceição), Vila Arraes (Várzea), Profº. Dr. Hélio Mendonça (Córrego do Jenipapo) e Profª. Dra. Fernanda Wanderley (Linha do Tiro).

Também estarão funcionando, durante o feriado, os serviços de urgência das Policlínicas Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Agamenon Magalhães (Afogados), Barros Lima (Casa Amarela) e Arnaldo Marques (Ibura), além do Hospital Pediátrico Helena Moura (Tamarineira). 

O Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha (Curado) estará com seus serviços ambulatoriais suspensos durante o feriado, mas continuará realizando partos de risco habitual e de alto risco, ambos por meio de encaminhamento da Central de Regulação do Estado, além de emergências ginecológicas e obstétricas. O Centro de Atenção à Pessoa Vítima de Violência Sony Santos, localizado em um anexo do HMR, também estará realizando atendimento multiprofissional voltado para as vítimas de agressões. Para a realização de partos de risco habitual e denúncias de violência doméstica, também estarão abertas as Maternidades Barros Lima (Casa Amarela), Professor Bandeira Filho (Afogados) e Arnaldo Marques (Ibura).

Para a vacinação antirrábica e antitetânica, a Policlínica Barros Lima, em Casa Amarela, funcionará das 7h às 19h. Já as demais vacinas de rotina só voltarão a ser disponibilizadas na quinta-feira.

O Centro de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses do Recife (CVA) terá plantão para atendimento a chamados de animais soltos na rua, que causem risco à saúde pública, podendo ser acionado das 8h às 17h por meio dos telefones 3355-7704 e 3355-7705.

 

Agências de Emprego e Salas do Empreendedorismo do Recife - não terão atendimento ao público neste dia. Os serviços retornam na quinta-feira na Agência de Emprego de Casa Amarela, entre as 8h e 16h, com atendimento da Sala do Empreendedorismo também disponível.

 

Os serviços da Agência e da Sala presentes nos Compaz Eduardo Campos (Alto Santa Terezinha), Dom Helder Câmara (Coque), Ariano Suassuna (Cordeiro) também retornam suas atividades no mesmo dia (3), das 8h às 16h. Os agendamentos podem ser feitos normalmente pelo site (www.agenciadeemprego.recife.pe.gov.br).

 

 

O ano de 2021 foi, sem súvida, muito triste para o universo do entretenimento. Em meio à pandemia da Covid-19, pessoas conhecidas de diversas áreas da cultura morreram, deixando o público órfão de seus trabalhos. Nesta terça-feira (2), Dia de Finados, o LeiaJá relembra artistas e personalidades que partiram e que continuam fazendo falta.

Confira:

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Genival Lacerda

Considerado um dos grandes nomes da música nordestina, Genival Lacerda morreu no início de janeiro. O artista paraibano não resistiu às complicações da Covid-19.

Agnaldo Timóteo

Conhecido por cantar o amor em suas canções, Agnaldo Timóteo silenciou sua voz em abril. O artista faleceu aos 84 anos, vítima do coronavírus.

Paulo Gustavo

Sucesso no humor brasileiro, Paulo Gustavo levou seus admiradores país afora às lágrimas. No dia 4 de maio, aos 42 anos, Paulo morreu por conta do avanço da Covid-19. Se estivesse vivo, o humorista faria 43 anos no dia 30 de outubro. A data de aniversário dele é marcada agora como o Dia do Humor.

Eva Wilma

No mesmo mês da morte de Paulo Gustavo, a arte nacional ficou em luto com a partida de Eva Wilma. A atriz de 87 anos travou uma batalha contra um câncer no ovário. Vivinha, como era conhecida pelos colegas de profissão, deixou um legado recheado de sabedoria nos seus quase 60 anos de carreira.

MC Kevin

No dia 16 de maio, fãs de MC Kevin foram surpreendidos com a notícia da morte do artista. O cantor morreu ao cair do 5º andar de um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Artur Xexéo

No final de junho, morreu o escritor e jornalista Artur Xexéo. Aos 69 anos, o comentarista da GloboNews descobriu um linfoma em estágio avançado no mesmo mês do falecimento.

Vanessa Lays Soares

Vanessa Lays Soares, Miss Roraima Teen 2018, faleceu no início de agosto. A jovem morreu durante uma cirurgia de emergência para retirar um tumor do abdômen. Ela tinha 21 anos.

Tarcísio Meira

No dia 12 de agosto, a dramaturgia brasileira perdeu o ator Tarcísio Meira, vítima da Covid-19. Com mais de 60 trabalhos na TV, o marido da atriz Glória Menezes estava internado em um hospital de São Paulo. Durante o internamento, ele também precisou passar por sessões de hemodiálise.

Paulo José

Um dia antes da morte de Tarcísio Meira, faleceu Paulo José. O pai da atriz Bel Kutner morreu em decorrência de uma pneumonia. O ator e diretor lutava contra o Mal de Parkinson desde a década de 1990.

Caike Luna

Morreu no dia 3 de outubro, de câncer, o ator Caike Luna. Ele ficou conhecido nacionalmente ao interpretar no extinto Zorra Total o personagem Cleiton. Caike havia falado abertamente sobre a doença em abril deste ano.

Nelson Freire

Morreu, na madrugada dessa segunda-feira (1º), no Rio de Janeiro, o pianista Nelson Freire. O músico de 77 anos estava em casa quando faleceu. A causa da morte de Nelson não foi divulgada.

Fotos: Reprodução/Instagram/Globo

Na próxima terça-feira, 2º de novembro, famílias do Brasil inteiro celebram a memória e homenageiam entes queridos que já se foram. Feriado nacional, o Dia de Finados altera o horário de funcionamento de repartições públicas e centros comerciais em todo o país. Alguns órgãos funcionam com ponto facultativo já a partir desta segunda-feira (1°), no Recife e Região Metropolitana (RMR), em virtude do Dia do Servidor, comemorado em 28 de setembro, mas que foi transferido para montar o feriadão. Confira o que abre e fecha na região: 

Comércio 

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Ponto facultativo. Comércio funciona das 9h às 17h. 

Shoppings 

• Patteo (Olinda) - Funcionará em horário especial das 12h às 21h. Cinépolis, SmartFit, Base Crossfit e operações de serviços do piso L4 terão programação própria. 

• Guararapes (Jaboatão) - Funcionamento normal das 9h às 22h; 

• Camará (Camaragibe) - Funcionará em horário especial das 12h às 21h. A Caixa, lotérica, cartório e Derbimagem estarão fechados. 

• Boa Vista (Centro) - Funcionará em horário especial das 11h às 19h; Game Station das 11h às 20h; cinema tem grade normal. Loteria não abre. 

• Costa Dourada (Cabo de Santo Agostinho) - Funcionamento normal das 10h às 22h. Arco-vita abre das 8h às 22h. 

• Paulista North Way (Paulista) - Funcionamento normal das 9h às 21h. Parques, games e cinema irão funcionar conforme programação própria. 

• Recife (Boa Viagem) - Funcionará em horário especial 12h à 21h; 

• Riomar (Pina) - Funcionará em horário especial das 12h à 21h (lojas) e 12h às 22h (praça de alimentação); 

• Tacaruna (Santo Amaro) - Funcionará em horário especial das 12h à 21h; 

• Plaza (Casa Forte) - Funcionará em horário especial das 12h à 21h; 

• ETC (Aflitos) - Funcionará em horário especial das 12h às 18h; Cine Rosa & Silva tem horário próprio de funcionamento. 

• Caruaru - Funcionará das 10h às 20h (lojas e quiosques); das 11h às 21h (alimentação e lazer); das 7h às 21h (hipermercado), e das 9h às 15h (academia). O cinema estará funcionando conforme horário de sessão. 

Mercados públicos e supermercados 

Funcionarão normalmente no feriadão (1 e 2 de novembro). 

Tribunal de Justiça 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vai atuar em regime de plantão na próxima segunda-feira (1°) e no feriado nacional do Dia de Finados, na terça-feira (2). Em ambos os dias, o Judiciário estadual prestará atendimento remoto voltado apenas para as demandas de urgências de 1° e 2° Graus de caráter cível e criminal, como habeas corpus, mandados de segurança e medidas cautelares, entre outros. O horário de funcionamento dos plantões será das 13h às 17h. 

Bancos

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), não haverá atendimento nas agências bancárias na terça-feira (2), Dia de Finados. Na segunda-feira, 1º de Novembro, os bancos abrem normalmente nas localidades que não tiverem feriados municipais.  

Recife

Mercados públicos e feiras livres da cidade vão funcionar no sábado (30), no domingo (31), na segunda (1º) e na terça-feira (2). A Ciclofaixa de Turismo e Lazer estará à disposição dos recifenses e dos turistas no domingo e no Dia de Finados. A vacinação contra a covid-19 também ocorrerá normalmente durante os dias 1 e 2. A Prefeitura do Recife estará fechada no feriadão. As atividades na sede do Executivo Municipal voltam a acontecer normalmente na quarta-feira (3).  

CEMITÉRIOS MUNICIPAIS - A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), está realizando uma série de serviços nos cinco cemitérios públicos do município (Casa Amarela, Parque das Flores, Santo Amaro, Tejipió e Várzea), com o intuito de proporcionar mais conforto ao público no próximo Dia de Finados.  A expectativa é de que aproximadamente 20 mil pessoas circulem pelos locais durante a data. O horário de atendimento, que normalmente é das 07h às 17h, no dia 02 fica estendido até às 18h. 

No Cemitério de Santo Amaro, haverá seis missas ao longo do dia, nos seguintes horários: 7h, 8h30 (com terço), 10h (com Dom Fernando Saburido), 12h, 14h30 (com terço) e 16h. No Parque das Flores, as missas ocorrerão às 7h, 9h, 11h, 14h e 16h (com Dom Fernando Saburido). Já no Cemitério da Várzea, as missas vão ser celebradas às 7h e às 10h. Haverá um culto evangélico no local às 15h. E hinos e louvores das 7h às 16h. Em Casa Amarela, as missas serão às 7h e às 11h. 

TURISMO E LAZER - A Secretaria de Turismo e Lazer do Recife irá montar a Ciclofaixa de Turismo e Lazer no próximo domingo (31) e no feriado (2). O percurso exclusivo para bicicletas, que passa por mais de 30 bairros e inúmeros atrativos turísticos, fica disponível das 7h às 16h. Além disso, os parques Santana e Macaxeira estarão abertos normalmente, oferecendo também mais um espaço ao ar livre para lazer na cidade. Outra novidade é que no próximo domingo o Segundo Jardim volta a ser aberto para o lazer, das 7h às 19h. 

MEIO AMBIENTE  - O Jardim Botânico do Recife (JBR) estará fechado nesta segunda (1) e terça-feira (2). O equipamento ambiental retoma suas atividades na quarta-feira (3), das 09h às 15h, com entrada gratuita.    

COMPAZ E BIBLIOTECAS -  No Dia de Finados, os Compaz Eduardo Campos, Ariano Suassuna, Miguel Arraes e Dom Helder Câmara não funcionarão. As Bibliotecas Populares de Casa Amarela e Afogados também não estarão disponíveis para o público. Às segundas os Compaz são fechados para manutenção interna. Os equipamentos retornarão às suas atividades normais na quarta-feira (3). 

SAÚDE - Nesta segunda (1º) e terça-feira (2), a vacinação contra a covid-19 acontece normalmente nos 26 pontos de vacinação disponibilizados pela Prefeitura do Recife. Já a maior parte das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas Tradicionais estarão fechadas e reabrem na quarta-feira (3). Apenas cinco Upinhas vão funcionar durante o feriado, em regime de plantão, para atender pequenas urgências da atenção básica dos moradores das áreas cadastradas: Upinha Governador Eduardo Campos (Bomba do Hemetério), Dr. Moacyr André Gomes (Morro da Conceição), Vila Arraes (Várzea), Profº. Dr. Hélio Mendonça (Córrego do Jenipapo) e Profª. Dra. Fernanda Wanderley (Linha do Tiro). 

Também estarão funcionando, durante o feriado, os serviços de urgência das Policlínicas Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Agamenon Magalhães (Afogados), Barros Lima (Casa Amarela) e Arnaldo Marques (Ibura), além do Hospital Pediátrico Helena Moura (Tamarineira).   

Para o próximo Dia de Finados a Prefeitura do Recife está realizando uma série de serviços nos cinco cemitérios públicos da cidade para atender ao público no dia dois de novembro. Segundo o poder público, o trabalho de conservação foi intensificado e o órgão já está preparando uma programação para atender aos visitantes, cumprindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.

A expectativa é de que aproximadamente 20 mil pessoas circulem pelos locais durante a data. O horário de atendimento, que normalmente é das 07h às 17h, no dia dois fica estendido até às 18h.

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Na entrada dos cemitérios haverá dispositivos com álcool para que as pessoas possam higienizar as mãos. As cadeiras também estarão afastadas durante a celebração das missas, mantendo um distanciamento mínimo e o uso da máscara também será obrigatório. A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), montou um esquema especial de limpeza, que terá início às 06h, com expectativa de término às 22h.

Ao todo, serão 230 homens trabalhando nos cemitérios e também nas ruas do entorno. Ficam também à disposição dos visitantes, na administração dos cemitérios, funcionários habilitados para ajudar na localização dos jazigos e ossuários.

Os cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores, Casa Amarela e Várzea contarão com celebrações religiosas durante todo o dia. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, vai celebrar, no dia dois, a missa das 10h em Santo Amaro, e a das 16h no Parque das Flores. 

Sinalização

Os cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores também oferecem uma sinalização que permite ao visitante ter visão geral de todo o espaço, por meio de um mapa esquematizado com os nomes das alamedas e ruas, facilitando o deslocamento dos pedestres. Em Santo Amaro, além do painel, foram instaladas em locais estratégicos, placas indicativas dos principais pontos: velório principal, velório popular, administração, capela, saída e nomes das ruas. Há ainda placas com a biografia das celebridades indicadas no painel principal.

Morada da Paz

No Cemitério e Crematório Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, será obrigatório o uso de máscaras durante a permanência no local e demais medidas de prevenção já praticadas e conhecidas por todos: distanciamento físico e utilização de álcool 70%.

Durante todo o dia, o Morada da Paz estará de portas abertas para visitação. Este ano, por conta do protocolo de biossegurança da Covid-19, que impede aglomerações, não haverá as tradicionais missas e demais celebrações religiosas em memória dos fiéis que já não se encontram na vida terrestre.

Nesta quinta-feira (28) é comemorado do Dia do Servidor Público, feriado que suspende as atividades em diversas repartições públicas no país. Em Pernambuco, o Governo do Estado informou que irá transferir o ponto facultativo da data para a próxima segunda-feira (1º). Desta forma, servidores passarão por um feriadão iniciado no sábado (30) e com retorno das atividades apenas na quarta-feira (3), após o Dia de Finados.

A mudança da folga para os funcionários públicos foi publicada no Diário Oficial do estado desta terça-feira (26). O ponto facultativo é válido para todos os setores, exceto para as atividades consideradas essenciais, como as emergências de hospitais.

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A Prefeitura do Recife (PCR) também confirmou que seguirá o mesmo esquema de trocas. Em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, os servidores terão o salário adiantado para aproveitar o recesso. A prefeitura (PMJG) anunciou que antecipará os pagamentos dos salários do mês de outubro, nesta quinta-feira (28), em homenagem ao Dia do Servidor Público. Jaboatão tem 13,5 mil servidores e a folha de pagamento é de R$ 48 milhões.

Batizada de Chama da Esperança, será acesa amanhã (2), dia de Finados, uma pira no Crematório e Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro. A intenção simbólica é iluminar os cientistas que buscam uma vacina contra o novo coronavírus.

A pira será acesa pelo cardeal do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, que irá celebrar uma missa no local, às 7h30, e uma vela acesa na mesma chama será entregue a pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o fogo permanecerá aceso nos dois lugares até que uma vacina seja descoberta e reconhecida pela comunidade científica internacional. Dom Orani também vai inaugurar um jardim memorial na Penitência, com o plantio de uma muda de jequitibá-açu, em referência à importância da preservação ao meio ambiente. Depois, ele inaugura um monumento em homenagem às vítimas da covid-19 no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste.

Por causa da pandemia de coronavírus, as tradicionais missas realizadas nos cemitérios cariocas serão reduzidas este ano, e em algumas localidades, transferidas para as paróquias mais próximas. A Catedral de São Sebastião, no Centro, terá missas em quatro horários e manterá a cripta aberta para visitação ao longo do dia.

Às 10h haverá a soltura de 200 balões, na campanha A Vida Não Para, com mensagens enviadas por internautas. Algumas celebrações serão transmitidas pelas redes sociais da arquidiocese, para evitar as aglomerações.

Em um ano com tantas perdas e no qual muitos não puderam se despedir como gostariam de seus entes próximos, este 2 de novembro terá um significado mais forte. O Dia de Finados será de cemitérios com medidas de distanciamento ou fechados e com parte dos fiéis em casa para evitar a covid-19. E também de um profundo luto.

"A pandemia nos colocou diante de uma situação muito difícil", lamenta o diretor do Departamento de Teologia da PUC-RJ, Padre Waldecir Gonzaga. "As cerimônias exéquias (ritos fúnebres) ajudam a superar o luto, mas também a reconstruir a história do falecido. É um ato doloroso, mas que se torna mais doloroso quando não se pode dar o último adeus." Por isso, ele percebe que os momentos de retorno dos fiéis às igrejas serão também o de fechamento de feridas ainda abertas. "A morte é um tema delicado, que a pandemia atual escancarou, nos deixando sem possibilidade de realizar um velório."

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O padre explica que a data tem origem popular e foi apropriada pelo catolicismo entre os séculos 7º e 9º, sendo celebrada posteriormente ao Dia de Todos os Santos, em 1.º de novembro. Mais que luto, contudo, para os católicos é um momento de oração pelos que se foram, de pedir para que tenham a misericórdia divina.

"A Igreja Católica valoriza muito essa data, acredita que as almas, muitas delas, estão no purgatório para chegar até a santidade perfeita e a eternidade", aponta o professor Felipe Aquino, autor de livros sobre a religião e apresentador na TV e na Rádio Canção Nova.

Ação do papa

Aquino destaca que, excepcionalmente, o papa Francisco decretou neste ano que as chamadas indulgências plenárias (perdão) àqueles que rezam pelos falecidos nos cemitérios poderão ocorrer durante todo o mês de novembro, a fim de evitar aglomerações. Além disso, no caso do grupo de risco, não precisarão ser presenciais e poderão ocorrer em casa, por meio de orações diante de imagens de Jesus Cristo e da Virgem Maria.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas lançaram a campanha #CuidarDaSaudade, em que convida os fiéis a plantarem uma árvore em memória dos entes falecidos. "Plantar uma árvore é sinal de vida, de continuidade. A vida continua através de todos aqueles que ficam e vão estabelecendo história nesta terra", comenta padre Valeriano Costa, professor de Teologia e pároco da capela da PUC-SP.

O padre explica que o Dia de Finados é destinado aos "fiéis defuntos", "fiéis" porque foram batizados e "defuntos" porque é "aquele que "cumpriu sua missão".

Um dos ritos mais importante é a missa, geralmente celebrada em diversos horários ao longo do dia. Por causa da pandemia, além das celebrações presenciais haverá as transmitidas pela internet, TV e rádio.

Para o padre, contudo, grande parte dos fiéis deverá ir aos templos religiosos. "Acho que as pessoas ficaram muito feridas, assustadas com essa situação que as impediu de se despedir dos seus falecidos", diz. "Quem sabe o Dia de Finados vai, de algum modo, trazer algum consolo a essas pessoas."

Cura da Catedral da Sé, em São Paulo, o padre Luiz Baronto tem percepção semelhante. "Este ano o Dia de Finados se reveste de um sentido todo particular por causa da covid-19. Vamos ter um contingente de pessoas falecidas bem maior que nos anos anteriores. A gente acredita que haverá (nas missas) famílias em grande número que foram bastante atingidas pela covid-19."

Na data, a catedral terá duas missas, ambas com transmissão pela internet. Além dos mortos, a celebração também pedirá forças para os pacientes que estão com a covid-19 e os profissionais de saúde. "Pediremos a Deus o quanto antes nos faça descobrir uma vacina para pôr fim nessa tragédia."

Nos cemitérios

A expectativa neste ano é de receber um número menor de pessoas em relação a anos anteriores nos cemitérios, mas, a fim de evitar filas nos atendimentos e portões de entrada, o número de funcionários será reforçado com o apoio das equipes que atuam na área administrativa do Serviço Funerário (mais informações nesta página). O horário de funcionamento será das 7h às 18h.

"Cada cemitério municipal recebeu banner com informações sobre uso obrigatório de máscara, frascos de álcool em gel que serão utilizados nas entradas, além de termômetros para a medição de temperatura e máscaras descartáveis", informa a Prefeitura. Além disso, banheiros químicos femininos, masculinos e para pessoas com necessidades especiais também serão oferecidos nesta segunda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com um levantamento do Ministério do Turismo, mais de um milhão de pessoas devem viajar no Brasil durante o feriado prolongado do Dia de Finados, em 2 de novembro. O número, de acordo com o governo, é 40% maior que o registrado no feriado de 12 de outubro. 

Os aeroportos mais movimentados, segundo o levantamento, são os de Viracopos (134 mil), Brasília (127 mil) e o de Congonhas (96,6 mil). Há ainda alguns aeroportos que também esperam crescimento de viajantes em relação ao último feriado, como o de Florianópolis (SC), que prevê um movimento 11% superior ao do dia 12, enquanto o terminal do Galeão, no Rio de Janeiro, está aguardando uma alta de 14%. Já os aeroportos administrados pela rede Infraero, registram aumento de 50%, comparado à última data festiva.

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De acordo com o ministro do Turismo, Álvaro Antônio, os números mostram que a retomada das atividades turísticas no país. “Pesquisas anteriores já mostravam o interesse do brasileiro em aproveitar estas datas para viajar pelo Brasil, e esses dados só comprovam que, com responsabilidade e respeitando os protocolos sanitários, é possível gerar entretenimento, emprego e renda para toda a nossa população”, disse ele.

Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a de Aviação Civil (ANAC) implementaram medidas sanitárias para a prevenção à Covid-19. Todos os passageiros e funcionários, devem usar máscaras e respeitar um distanciamento de dois metros. Também é exigida a higienização de terminais e aeronaves, além da utilização de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) por trabalhadores do setor. 

As medidas fazem parte do Selo Turismo Responsável, lançado em junho pelo Ministério do Turismo para auxiliar a retomada de atividades do setor seguindo requisitos de biossegurança. O selo define protocolos sanitários recomendados a 15 segmentos que integram o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), Atualmente, o certificado já foi emitido por mais de 22,7 mil estabelecimentos turísticos do país.

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No próximo Dia de Finados, 2 de novembro, 82 reeducandos do regime aberto vão auxiliar nas atividades administrativa, de limpeza e manutenção, nos cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores, Várzea, Casa Amarela e Tejipió, no Recife. 

Cada colaborador receberá equipamentos de proteção individual, além de passar por capacitação e orientação antes de começar o trabalho. “É um trabalho que tem contribuído para ressocialização, além de garantir uma renda para que eles possam ajudar suas famílias”, é o que diz o gerente geral de cemitérios da Emlurb, Luciano Nascimento. 

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Serão 17 mulheres e 65 homens auxiliando no trabalho através de uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) em parceria com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). Cássia Fernandes, de 33 anos, é reeducanda e colabora administrativa do cemitério de Santo Amaro. Ela afirma que o trabalho é como uma segunda chance. “É uma forma de me reintegrar na sociedade. O pessoal aqui não tem preconceito, sou tratada como igual”, contou ela.

Os reeducandos serão acompanhados pelo Patronato Penitenciário, órgão de execução penal da SJDH que, além de viabilizar vagas de trabalho e cursos profissionalizantes, oferece assistência psicossocial e jurídica aos reeducandos. Atualmente, cerca de 1.200 reeducandos do regime aberto estão trabalhando em Pernambuco, ganhando um salário mínimo, alimentação e transporte, conforme a Lei de Execuções Penais. 

Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, oportunidades de trabalho podem ajudar a mudar a vida de pessoas que passaram pelo sistema prisional. “Os reeducandos estão transformando suas vidas através do trabalho. É importante quebrar o preconceito e abrir as portas para a ressocialização”, declarou Pedro Eurico. 

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A celebração do Dia de Finados, que acontece na próxima segunda-feira (2), será diferente nos cemitérios do Recife este ano. Por causa da pandemia da Covid-19, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informou que eventos religiosos, típicos do dia, não serão permitidos nos cemitérios públicos da capital. Além disso, a visitação ocorrerá com novas orientações de higiene e só será permitida a entrada de visitantes que utilizem máscaras.

As medidas são válidas para cinco cemitérios públicos do município: Casa Amarela, Parque das Flores, Santo Amaro, Tejipió e Várzea.

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No feriado, as necrópoles estarão abertas à visitação das 7h às 18h. A Emlurb recomendou que a população leve os dados da pessoa falecida para identificação do local de sepultamento junto à administração de cada cemitério.

Segundo a Prefeitura do Recife, houve um reforço nos serviços de limpeza e manutenção dos cemitérios. Além disso, segundo o comunicado, haverá álcool em gel para higienização das mãos dos visitantes nos acessos de cada local. Para a segunda-feira, a Emlurb disse ter montado um esquema especial de limpeza que terá início às 6h, com expectativa de término às 22h.

O Dia de Finados hoje (2) é marcado com um pedido de paz para os moradores do Rio de Janeiro. O evento ocorre no Crematório e Cemitério da Penitência, no bairro do Caju, localizado na zona portuária da cidade.

As ações da campanha Paz pelo Rio começaram às 8h. A programação conta com um pedido de paz para o Rio de Janeiro. No mês de setembro, houve um aumento de 44% no número de mortos por arma de fogo na capital fluminense, em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a organização Fogo Cruzado.

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O gerente administrativo do Crematório e Cemitério da Penitência, Alberto Brenner Júnior, disse que o combate à violência na cidade passa por uma análise profunda que envolva toda a sociedade fluminense. “O Rio clama por paz. Precisamos jogar um holofote sobre essa questão e fazer um resgate histórico e cultural da cidade que já foi a capital do país”.

A programação começou com um ato religioso, celebrado pelo Padre Pedro Paulo. Em seguida, a Orquestra Maré do Amanhã, da comunidade do Complexo da Maré, fez uma apresentação. Uma faixa, colocada verticalmente no prédio do crematório, pedia paz.

Um painel foi montado para que os visistantes escrevam seus desejos, completando a frase “Antes de morrer eu quero...”, tirem fotos e publiquem nas redes sociais com a #antesdemorrereuquero. Durante todo o sábado, estão previstas apresentações de violinistas e performance de estátuas vivas.

Além das tradicionais missas de hora em hora, os cemitérios do Rio de Janeiro terão neste Dia de Finados, cultos evangélicos e afro-brasileiros e atividades com música.

O Cemitério Parque Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste, vai ganhar um monumento em homenagem ao Cristo Redentor. A benção será dada pelo cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. No São João Batista, em Botafogo, na zona sul, a programação conta com música instrumental durante o dia.

 

 

No dia 27 de outubro, a classe artística ficou em choque com a morte do ator e diretor Jorge Fernando. Querido pelos amigos e telespectadores, Jorginho, como era carinhosamente apelidado pelos mais íntimos, deixou um legado forte na TV, no teatro e cinema. Assim como a sua morte, outros famosos causaram comoção dentro e fora do Brasil ao partirem.

Neste sábado (2), Dia de Finados, o LeiaJá relembra os famosos que deixaram saudade em 2019, mas que sempre serão lembrados pelo talento.

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Confira:

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Como já diz a sabedoria popular, a única certeza que temos nesta existência é de que um dia vamos morrer. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, cerca de 3.500 pessoas morrem diariamente no Brasil e, ainda de acordo com o órgão, dentro de 28 anos o país terá mais mortes do que nascimentos anualmente. Esses números garantem a manutenção de um segmento que desconhece o significado da palavra crise - o funerário -, que fatura até R$ 7 bilhões por ano, segundo o Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).

Com clientela permanente - e numerosa - este mercado precisa estar atento às demandas e necessidades de quem atende. Os modelos de funerária com caixões, ou melhor, urnas, simplórias, e cemitérios 'gelados' e cavernosos estão ultrapassados. A tendência atual do segmento é humanizar ao máximo o processo de luto dos que ficam, prestando um serviço cada vez mais personalizado, leve e, em alguns casos, bastante luxuoso.

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Para dar conta das novidades, o mercado funerário conta com uma grande quantidade de feiras e exposições dentro e fora do Brasil, relacionadas a esse universo. Nelas, empresários e profissionais do ramo se atualizam acerca dos novos modelos, estilos e formatos existentes para velórios e sepultamentos e os importam a partir da compatibilidade com a cultura de cada país. Nesses eventos, é possível encontrar opções das mais variadas e inusitadas, como urnas com glitter, produzidas pela empresa inglesa The Glitter Cofin Company; e as cerimônias que velam o morto como se ainda estivessem vivos, como os realizados pela Funerária Marín, de Porto Rico. 

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No Brasil, a tendência que está dominando o mercado é a do 'menos é mais'. As empresas estão buscando maior leveza para velórios e sepultamentos, sem contar na busca pela personalização dos serviços. Os cemitérios, sobretudo os particulares, também estão buscando tornar-se locais mais agradáveis oferecendo paisagens de muito verde em um ambiente de bastante tranquilidade.

Esse é o conceito de 'cemitério parque', empregado no Morada da Paz, cemitério do Grupo Vila, localizado em Paulista, Região Metropolitana do Recife. O lugar conta com 150.000 m², nos quais estão espalhados jardins, árvores e fontes que compõem o que eles chamam de “Campo Santo”, o local onde são sepultados os corpos. Os jazigos são sinalizados com pedras de mármore para que tenham maior leveza e elegância. Além disso, o espaço é pet friendly e é possível visitar os seus acompanhado pelo animalzinho de estimação. 

Paulyana Beltrão é supervisora administrativa do cemitério e há 11 anos trabalha no segmento. Ela começou como cerimonialista fúnebre e já acompanhou muitas mudanças no que diz respeito a velar e sepultar. "Eu comecei em 2008, quando eu botava no Google: 'cerimonialista fúnebre', não aparecia nada, era uma coisa nova. Fui a primeira no Grupo Vila, era tudo novo, a gente foi construindo (o trabalho)  de acordo com as necessidades das famílias". 

Ela explica que de lá para cá, a função do cerimonial se tornou quase indispensável e são esses profissionais que cuidam de todos os detalhes na hora de organizar e realizar as cerimônias de despedida. A personalização do serviço, formatando os velórios de acordo com o que cada cliente deseja, é o que pede o mercado atual. "A gente sabe que em uma cerimônia fúnebre preparada de acordo com o que a família pediu, a gente vai ser um facilitador do processo de luto. O feedback dessas famílias é algo maravilhoso", diz Paulyana. 

Paulyana trabalha no mercado funerário há 11 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A humanização na despedida dos entes queridos é buscada nos menores detalhes e ao longo de todo o processo. Para isso, são criados ambientes com tons neutros, mobília confortável e espaço de convivência para os visitantes, onde pode ser servido um coffee break. No Morada da Paz, uma sala específica, com banheiros privativos, área de integração e de estar, além de espaço mais reservado para a colocação da urna, foi criada pensando em oferecer maior privacidade e comodidade aos clientes. Segundo Paulyana, essa tendência é recente e foi trazida da Europa. "Querendo ou não, é um encontro social, é um momento de se amparar, mas também há muito papo colocado em dia, as pessoas se reencontram e conversam", explica. A sala não tem qualquer paramentação religiosa mas isso pode ser revertido caso seja do desejo da família.

No Grupo Baptista, localizado no bairro de Santo Amaro, região central do Recife, as salas de velório seguem modelo parecido. Pintadas em cores claras, com sofás confortáveis e climatização, elas também contam com telões que podem exibir mensagens espirituais ou fotos do falecido, tudo acompanhado por música neutra ou religiosa. “A gente procura montar sempre um ambiente leve para que as pessoas fiquem mais tranquilas e confortáveis, é a tendência do mercado. O menos nessa hora ele se torna mais”, explica Herton Viana, proprietário da empresa. 

O grupo é remanescente da Casa Baptista, funerária com mais de 100 anos que funcionou na capital e acabou se desmembrando. Herton tem mais de duas décadas atuando no segmento funerário: "Quando eu cheguei, há uns 22 anos, a gente ainda fazia aquelas urnas roxa, preta, branca - eram no máximo quatro cores. Não tinha a variedade que a gente tem hoje", diz em referência à diversidade do mercado atual. 

Essa variedade pode ser encontrada não só nos serviços oferecidos como também nos produtos. As urnas funerárias, os caixões, vão do mais simples ao mais luxuoso, acompanhados pelos valores que podem ir de R$ 1.500 a R$ 17 mil, em diante. Elas vêm em cores e formatos variados, podendo ter escudo de time de futebol, bandeira LGBT, pinturas perolizadas, brilhantes cravados, tamanhos especiais para pessoas obesas  e interior confortável revestido de veludo, rendas e cetim. Sem esquecer do acolchoamento no fundo e o travesseiro. Em algumas indústrias, os modelos são desenvolvidos a partir de conceitos que vão do “glamour” ao “requinte francês” com destino a pessoas que foram “símbolo de liderança”, que “transcenderam” ou ainda as que tiveram uma “trajetória de proteção e união” em vida. 

Herton está há mais de 20 anos no segmento. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Para quem opta pela cremação, o mercado também dispõe de grande variedade de modelos. As urnas podem ser biodegradáveis - podendo ser cultivadas em vasos e jardins -, de madeira, de bronze, e até assinadas por renomados artistas plásticos, como as desenhadas pelo pernambucano Ricardo Brennand para o Morada da Paz. Também é possível guardar as cinzas de um ente querido em pequenos pingentes em formatos diversos que podem ser levados em colares ou pulseiras. Essas urnas podem ser mais acessíveis, com preços começando em R$ 500. Já as desenvolvidas por Brennand saem pelo valor de R$ 4.000. 

A cremação também é uma tendência que vem crescendo no país. Nos últimos 20 anos, o número de crematórios aumentou em 1.000 %. Os motivos que levam uma família a cremar o seu falecido são os mais diversos, os custos, um pouco menores que os de um sepultamento tradicional, costumam pesar na hora da escolha. Os donos de pet já contam com o serviço em alguns lugares do Brasil e para os animaizinhos também há pompas e circunstâncias na hora do adeus final. 

No entanto, o Nordeste ainda não prioriza essa opção. Segundo Paulyana Beltrão, no cemitério em que ela trabalha apenas 27% dos serviços são os de cremação. Apesar disso, já há uma preocupação em atender de forma confortável os clientes que escolhem essa maneira de se despedir. No Morada da Paz, a cerimônia de cremação envolve homenagens ao falecido com projeções de vídeos e música, chuva de pétalas  e na hora da entrega das cinzas uma sala especial é usada para que a família possa reviver a emoção da despedida. 

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Funeral personalizado

A personalização de velórios e sepultamentos é tendência absoluta no mercado atualmente. O objetivo dos chamados profissionais do luto - pessoas que trabalham em função dos que já se foram e seus familiares - é transformar cada despedida em um momento especial, realizada exatamente como deseja cada cliente. Para isso, agentes funerários e cerimonialistas precisam estar atentos às necessidades de cada família para transformar o momento do adeus em algo marcante e o menos doloroso possível.

"Antigamente se vendia o caixão, botava o corpo e ia pro cemitério, hoje não, hoje a gente faz uma homenagem a quem está partindo e aos familiares. A mudança do nosso segmento foi bem considerável", diz Herton Viana, que relembra de uma vez em que precisou mandar fabricar em uma indústria do Rio Grande do Sul uma urna roxa para atender ao último pedido de uma cliente.  

Os cerimonialistas ficam responsáveis por todo o processo do funeral, do começo ao fim. Eles preparam discursos, ornamentam salas e capelas e, em alguns casos, até mandam produzir camisas em homenagem ao morto, posts em redes sociais e o que mais a família pedir. Tudo é feito de acordo com os gostos e preferências que o falecido tinha em vida para que o último contato dos familiares seja percebido como uma celebração de sua passagem nesta existência.

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Os profissionais que fazem a necromaquiagem também se esforçam para dar ao momento um outro colorido. Eles fazem escova nos cabelos, reconstroem partes do rosto se preciso e colocam o perfume preferido do morto no corpo. As estratégias, na verdade, são voltadas para os vivos, que a partir delas acabam passando pelo momento de forma mais confortável e acolhedora. 

"Preparar uma cerimônia fúnebre é uma caixinha de surpresa. Quando a  gente pensa que já viu tudo a família vem e pede coisas que a gente nunca pensou", diz Paulyana. Ela conta que, certa vez, a irmã de um artista plástico falecido pediu que fossem misturadas às suas cinzas um pouco de glitter. A purpurina e a cinza seriam colocadas em um quadro feito pelo morto como última homenagem. 

Profissionais do luto

Cerimonialistas e agentes funerários trabalham para atender todos os pedidos dos familiares. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Entender o luto com um processo maior e mais profundo é importante para que agentes, cerimonialistas, atendendentes e demais profissionais do ramo possam oferecer um melhor serviço. A partir dessa compreensão, o mercado vem adequando seus produtos e serviços para que despedir-se torne-se uma experiência menos traumática e dolorosa. "Nós somos a extensão de cada família, nós precisamos fazer uma leitura da dor dela para atender suas necessidades", diz Herton. 

Apesar do tabu que ainda existe na sociedade em relação a esses lugares, como cemitério e funerária, e serviços, as pessoas que se dedicam a esse ramo, no entanto, não se detém a isso. Eles se vêem como "servidores" e entendem a importância do seu ofício como sendo ferramentas de apoio aos que estão passando por um momento de sofrimento. "A gente tem a guarda de pessoas muito especiais para os seus, é uma responsabilidade e é muito importante. É entender a dor do outro e fazer o possível para que aquilo se torne mais leve", sintetiza Paulyana.  

 

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