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Raquel Lyra é eleita a primeira governadora de Pernambuco. Com o resultado das urnas neste domingo (30), a candidata do PSDB confirmou a previsão das pesquisas. Com 90,75% das urnas apuradas, a tucana está matematicamente eleita com 2.8535,896 votos, equivalente a 58,85% dos eleitores. A adversária Marília Arraes (SD) obteve 41,15% dos votos. Brancos e nulos representam 8,44%. 

Levada ao segundo turno em um pleito caracterizado pela diversidade de palanques, Raquel conquistou eleitores por defender propostas para áreas sensíveis, como a construção de cinco maternidades, atendimento descentralizado a pessoas com deficiência e abertura de vagas de creche. Na reta final, sua candidatura se consolidou com a postura diante da concorrente nos confrontos diretos. De um lado, Marília insistiu em nacionalizar o debate. Do outro, Raquel mostrou lucidez ao trazer a disputa ao cenário estadual e falar sobre projetos para suprir as demandas de Pernambuco. 

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Um episódio lamentável marcou sua campanha horas antes da abertura das urnas do primeiro turno. Raquel perdeu o marido Fernando Lucena, vítima de um infarto aos 44 anos, na manhã da votação. Dez dias depois, a candidata socorreu o filho para uma cirurgia de emergência de retirada de apêndice. A agenda foi suspensa nas duas nas duas oportunidades, mas a candidata mostrou resiliência para contornar situações tão delicadas e retomou seus compromissos com visitas ao interior e na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Ela vai governar ao lado de Priscila Krause, uma das líderes da oposição ao governo do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ambas são naturais de famílias com influência política e se apresentaram como uma opção mais conservadora em relação ao que foi proposto por Marília. Mesmo apoiada por deputados federais que acompanham o Governo na Câmara, a adversária baseou toda a campanha na figura de Lula (PT), mesmo quando o petista havia definido apoio a Danilo Cabral (PSB).  

Na disputa direta, Marília intensificou a estratégia de acentuar a polarização nacional para atrair os votos do ***presidente eleito*** e apontou Raquel como a candidata de Bolsonaro no estado. Questionada sobre seu voto, a governadora eleita não assumiu nenhuma das posições e, mesmo com integrantes do PT ao seu lado, deu munição aos ataques de Marília quando recebeu apoio de nomes que integram o quadro conservador da extrema-direita em Pernambuco, com voto declarado em Bolsonaro, como Clarissa e Júnior Tercio, Joel da Harpa, Coronel Meira, Coronel Alberto Feitosa, Miguel Coelho e Cleiton e Michelle Collins. 

O voto no primeiro turno à Simone Tebet (MDB) deu vez à neutralidade da ex-prefeita de Caruaru que, dessa forma, conquistou o eleitor dos dois presidenciáveis. A resposta de Raquel às apostas mais incisivas da campanha de Marília se deu por meio da Justiça Eleitoral. Através de direitos de resposta concedidos nos pontos que a adversária perdeu a mão, Raquel usou as inserções para reforçar que estava de licença maternidade quando ainda era secretária da Criança e Juventude do estado e um menor foi morto em uma rebelião dentro de uma unidade da Funase. 

Prestes a completar 44 anos, Raquel Lyra ocupa o Palácio do Campo das Princesas após ser a primeira prefeita eleita e reeleita de Caruaru, no Agreste. Antes, ela integrou o governo Eduardo Campos e foi deputada estadual por dois mandatos. Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-graduada em Direito Econômico e de Empresas, a nova governadora também foi advogada do Banco do Nordeste, atuou por três anos como delegada da Polícia Federal e ainda permanece no quadro da Procuradoria do estado. 

O candidato Renato Casagrande (PSB) está matematicamente eleito para o governo do Espírito Santo, com 53,9% dos votos válidos. Manato (PL) ficou em segundo lugar, com 46,1% dos votos válidos. 

Até agora foram apurados quase 97% das urnas. Os votos brancos somam 1,98% e os nulos, 4,08%.

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Perfil

Renato Casagrande (PSB), 61 anos, é o atual governador do Espírito Santo, nasceu no município de Castelo (ES). Foi o candidato ao governo do estado com mais votos no primeiro turno, com 976.652 votos (46,94% dos votos válidos). É formado em engenharia florestal, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), e em direito, pela Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim. É casado e tem dois filhos. Foi senador, deputado federal, vice-governador e deputado estadual. O vice na chapa é o ex-senador e empresário Ricardo Ferraço, 59 anos.

Faltando apenas quatro dias para as eleições e sabermos, neste pleito histórico com duas mulheres na disputa do segundo turno, quem será a governadora de Pernambuco, a candidata Raquel Lyra (PSDB) aparece na frente nas pesquisas, com oito pontos de diferença da candidata Marília Arraes (SD), de acordo com o Ipec divulgado na terça-feira (25). Nesta reta final, a expectativa é que as candidatas não mudem a estratégia de campanha para não correr o risco de perder votos. 

Seguindo essa linha, o cientista político Alex Ribeiro detalhou que, por estar na frente na corrida, o esperado é que a tucana seja mais propositiva e não reaja aos ataques de Marília Arraes, diferente da estratégia de Marília. “Marília precisa crescer e, para crescer em reta final de campanha, ela precisa desconstruir a candidatura de Raquel tentando trazer erros em sua gestão, os apoios bolsonaristas que ela tem em seu palanque. A ideia é aumentar a rejeição de Raquel, enquanto a tucana, por sua vez, deve tentar ser mais propositiva”, observou. 

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Enquanto Marília tem o apoio do ex-presidente Lula (PT) no Estado, Raquel usa a estratégia de se manter neutra e não declarar voto em nenhum candidato à presidência. Isso fez com que a tucana atraísse o eleitorado tanto do petista quanto do bolsonarista em Pernambuco, segundo explica o cientista político e professor da UFPE, Arthur Leandro. “Por não estar vinculada a nenhum candidato na disputa nacional, Raquel adotou o discurso de que quem quer que seja o presidente, ela vai buscar diálogo com o governo federal. Ela conseguiu espaço expressivo no sentimento do eleitorado e isso a credencia como a principal candidata neste segundo turno”, afirmou. Vale destacar que a pesquisa do Ipec desta terça também mostrou que Lula tem 69% do eleitorado pernambucano, ante 26% de Bolsonaro.

"Não tem muito tempo para Marília fazer nada de diferente. Qualquer mudança no discurso, na orientação, tende a ser mal visto pelo eleitor. A campanha foi construída dessa forma desde o início. Na verdade, para o ator político Marília Arraes, a candidatura foi forjada ainda em 2018. Então, ela tem a campanha mais longa dos candidatos que disputaram ao governo do Estado”, complementou Arthur. 

Já Alex pontuou que o fato de Raquel ter o apoio dos bolsonaristas em Pernambuco pode ter uma implicância negativa na sua votação, já que a maioria do Estado é lulista. “Marília tem que ficar ao lado do efeito Lula, que tem uma porcentagem significativa e isso pode ajudar. Já Raquel tem que se manter propositiva. O que pode fazer com que ela perca votos além do efeito Lula é o apoio dos bolsonaristas, como os Tércios [a deputada federal eleita Clarissa Tércio e o deputado estadual eleito Júnior Tércio, ambos do PP], por exemplo. Apoios da extrema direita que estão em seu palanque. Não é só se tornar neutra na eleição que, por enquanto, é uma estratégia ótima, e sim estar no mesmo palanque com bolsonaristas. Isso pode prejudicar”, disse. 

No entanto, como já mencionado, a grande questão é que a tucana também atrai os votos de Lula entre os eleitores pernambucanos. “Associar o seu nome [de Marília] ao de Lula não foi o suficiente para colocá-la em posição de liderança. Não dá para saber que medida a estratégia de não participar dos debates, de não aceitar se expor na campanha a outros candidatos por estar na liderança teve. O fato é que ela encerrou o primeiro turno com uma posição bem menos confortável do que ela esperava ter”, detalhou. O professor da UFPE lembrou da condição gestacional de Arraes, o que implica, naturalmente, numa possível mudança de estratégia.

Arthur Leandro lembrou do pedido da equipe de campanha de Raquel Lyra para adiar o início do guia eleitoral no rádio e na TV em Pernambuco em respeito ao luto pela perda do seu marido, que faleceu na votação do primeiro turno, e que não foi acatado pela equipe de campanha de Marília Arraes. De acordo com ele, a atitude da campanha da neta de Arraes foi vista pelo eleitor como um ato de insensibilidade. “Marília está numa condição feminina delicada, mas não demonstrou sensibilidade a uma outra condição também feminina delicada, que foi a viuvez de Raquel. Nessa ‘disputa’ humanitária, Raquel foi beneficiada”. 

O cientista político Alex Ribeiro expôs que o cenário do resultado ainda é imprevisível, diferente do nacional, que a expectativa é que seja apertado. “Não sei se terá uma diferença de 10 pontos, por exemplo. Faltam alguns dias para a eleição e pode ter, de última hora, diminuir essa vantagem e, quem sabe, acontecer alguma surpresa e passar [de Raquel]”. Arthur Leando, por sua vez, corrobora com a expectativa do cenário do resultado. “Raquel conseguiu construir uma grande rede de apoios, como foi o caso de Lula no segundo turno. Se a gente reproduzir essa disputa em nível nacional, Marília não conseguiu ser essa força política tão expressiva em termos locais, como Bolsonaro em termos nacionais”.

Durante debate com as candidatas ao Governo de Pernambuco realizado pela TV Jornal nesta terça-feira (25), a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), não respondeu se considera que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é uma ameaça à democracia. 

A tucana, que escolheu a neutralidade para tentar ganhar votos de todos os lados, seja da esquerda ou da direita, reforçou que não irá declarar o seu voto, mas garantiu que é a favor da democracia.

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"Qualquer manifestação contra a democracia, contra as instituições democráticas, tem o meu repúdio veemente. Sou a favor da democracia, mas não há liberdade quando há fome, desemprego, violência e quando se pensa que discurso consegue encher a barriga de alguém", disse. 

Raquel pediu a confiança dos pernambucanos, independente do candidato a presidente que será escolhido. "O nosso estado precisa de união. União entre os nossos municípios, entre o Governo do Estado e o Governo Federal", assegurou.

A deputada Marília Arraes (Solidariedade) respondeu que também será "a governadora de todos", mas que quem votar nela saberá o lado que defende. "Você que vota em Lula, sabe o quanto eu defendo a democracia e sabe o quanto Bolsonaro ameaça a democracia", destacou. A parlamentar falou ainda que "se não tem transparência [na posição política de Raquel], imagina depois. Ser governadora de todos os pernambucanos é atitude, e atitude nós temos", pontuou Marília, que faz palanque para o ex-presidente petista no Estado.

Ao menos cinco microrregiões do Brasil viraram objeto central da disputa entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, neste segundo turno. 

Nos últimos quatro anos, essas regiões foram na contramão da cristalização histórica da votação no País. No primeiro turno de 2018, Bolsonaro venceu nelas, mas, neste ano, Lula foi o mais votado. Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, a eleição passada é atípica. Foi quando a pauta anticorrupção puxou apoio para o atual mandatário.

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Agora o eleitorado de baixa renda e menos radicalizado, sobretudo nessas regiões metropolitanas, voltaram para o ex-presidente em razão de frustrações com o governo Bolsonaro. Já em Minas, há ainda uma identificação maior com políticas sociais dos governos Lula do que com o PT, o que explica também a vitória do ex-presidente no Estado neste pleito na primeira fase da disputa.

"Essa oscilação é o que vai resolver a eleição. É uma das dinâmicas mais importantes", afirmou a cientista política Daniela Constanzo, do Instituto de Estudos Avançados da USP. Ela destaca como exemplo as mudanças registradas em São Paulo no primeiro turno deste ano, em que Lula recuperou a capital e Bolsonaro sai na dianteira no interior.

Nas últimas duas décadas, os mapas de votação do Brasil mostram uma divisão regional, com os candidatos petistas ao Palácio do Planalto com vitória majoritária em municípios do Nordeste e prevalência no Norte. Enquanto isso, nomes mais ligados à direita foram os mais votados no Centro-Oeste, no Sul e no Sudeste.

Minas Gerais aparece nesses pleitos como um Estado oscilante, que acaba por definir o resultado da eleição. Esse cenário se repetiu, ainda que em menor medida, no primeiro turno deste ano. Agora, na segunda etapa da campanha, os dois candidatos focam atividades justamente em cidades mineiras e em São Paulo para tentar consolidar ou virar votos.

MUDANÇA

Há 20 anos, na eleição de 2002, os eleitores identificados com a esquerda e aqueles mais à direita ainda se apresentaram dispersos no território nacional. Tanto José Serra (PSDB) quanto Lula tiveram vitórias em um grande número de cidades de todos os Estados e regiões do País. A partir do primeiro turno de 2006, no entanto, é possível notar uma maior divisão nos votos do eleitorado brasileiro por região.

Essa tendência de cristalização de votos majoritários nas regiões fica clara quando se analisa o primeiro turno das últimas seis eleições presidenciais com base no Geografia do Voto. A ferramenta, uma parceria da Agência Geocracia com o Estadão, georreferenciou mais de 5 bilhões de votos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 1996.

"Existe um modelo que parece testado e que tem regido as eleições no Brasil. É esse pulsar dessas regiões que tem caracterizado essa clivagem (divisão) no País", afirmou o advogado e geógrafo Luiz Ugeda, um dos responsáveis pela ferramenta Geografia do Voto.

De acordo com os especialistas, a distribuição de antipetismo e petismo nas regiões não se traduz exclusivamente em uma questão regional, já que a polarização nacionaliza a disputa. Políticas sociais encampadas nas gestões Lula, por exemplo, e a inflexão ao centro das reformas petistas contribuíram para uma mudança no perfil de seu eleitorado a partir de 2006.

O PT consolidou mais votos entre os mais pobres, enquanto Bolsonaro conquistou os mais ricos, o que se reflete no contraste visual dos votos nas regiões, mas também em regiões periféricas de grandes centros urbanos, por exemplo. Isso ajuda a explicar a retomada das cinco regiões "perdidas" pelos petistas em 2018.

"O que se pode considerar é que em determinados aglomerados sociais com população mais pobre, lideranças políticas que encarnam, efetiva ou simbolicamente, políticas sociais focalizadas neste segmento obtêm maior apoio eleitoral", disse Paulo Fábio Dantas, cientista político da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

INFLEXÃO

Cientistas políticos lembram que em 2018 houve avanço do voto antipetista em meio ao contexto da Operação Lava Jato. O sentimento antipolítica incorporado por Bolsonaro levou à vitória sobre Fernando Haddad (PT) - o ex-prefeito de São Paulo assumiu o lugar de Lula às vésperas do início formal da campanha, quando o ex-presidente estava preso em Curitiba.

Agora a relevância dos colégios eleitorais das microrregiões concentra a atuação de Lula e Bolsonaro na reta final da campanha, disse Ugeda, inclusive com sobreposição de agendas. O petista e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, estiveram nas mesmas regiões nos últimos dias. "Bolsonaro tem consciência territorial de que são nesses lugares que ele perdeu voto e que tem gordura para resgatar", afirmou o geógrafo.

O presidente conquistou menos votos no Sudeste em 2022 do que há quatro anos. Isso faz com que aliados apostem na possibilidade de recuperar eleitores, com foco na pauta de costumes e anticorrupção, que regeu a eleição de 2018. Ontem, Lula fez uma caminhada entre Belo Horizonte e Ribeirão da Neves. Já Bolsonaro apostou em reverter votos em São Paulo, onde está desde quinta-feira e tem evento até hoje.

SÃO PAULO

O presidente ainda se encontrou com prefeitos do interior, marcou agendas na região metropolitana e foi recebido no Palácio dos Bandeirantes pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB). Para especialistas, a derrota tucana em São Paulo após 28 anos de governo ajuda a explicar a mudança de voto na capital paulista, que desidratou o voto mais à direita na região metropolitana.

"O PT sempre ganhou bem na periferia de São Paulo. Perde em 2018 com a questão da Lava Jato e conseguiu recuperar o eleitor frustrado que aceitou a corrupção", afirmou Carolina de Paula, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Estudos feitos com eleitores que apostaram em Bolsonaro em 2018 e que neste ano dizem votar em Lula mostram que a condução do presidente combate à pandemia como um peso para o eleitorado menos conservador. "A esquerda consegue recuperar esse eleitor decepcionado, mas que ficou ainda mais frustrado com a gestão do Bolsonaro especialmente na pandemia", disse De Paula.

FLUTUAÇÕES

Além da Grande São Paulo, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Zona da Mata Mineira e o Triângulo Mineiro apresentaram, desde 2018, flutuações de votos que quebraram o padrão que se desenhava em Minas. O Triângulo Mineiro votou alinhado com Mato Grosso do Sul quatro anos atrás, ao concentrar o maior número de cidades em que Bolsonaro foi o preferido. Neste ano, porém, é possível notar mais municípios com voto majoritário à esquerda, o que deu vitória a Lula na região. O mesmo ocorreu na Zona da Mata e na Grande BH.

"Minas é uma espécie de fiel da balança. Onde se ganha em Minas, tende-se a ganhar a (eleição) nacional", disse Thiago Silame, professor da Universidade Federal de Alfenas e pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da UFMG.

Para ele, isso tem relação com o tamanho do eleitorado e, ao mesmo tempo, com uma heterogeneidade relacionada às divisas do Estado. "Há a Minas baiana, a Minas capixaba, a Minas carioca e há ainda uma Minas muito influenciada por São Paulo. Ou seja, espelha a diversidade socioeconômica e cultural do Brasil."

Em Minas, a campanha de Bolsonaro aposta na conversão não apenas dos indecisos, mas também do eleitor que votou em Lula e também em Zema no primeiro turno. Para analistas, a volta do ex-juiz Sérgio Moro à campanha de Bolsonaro também é uma estratégia de recuperar o voto lavajatista.

Já no Rio Grande do Sul, houve um movimento similar, explicado também pela consolidação do PT em algumas prefeituras ao longo do tempo, disse o cientista político Rodrigo González. Lula e Dilma já tiveram votações expressivas no Estado, onde o PT governou por dois mandatos.

"Se for olhar o padrão de voto, ter um candidato a governador e um candidato a senador ajuda a atrair votos para a campanha presidencial. São regiões que, mesmo com votações mais fracas, têm que se levar em conta também a capacidade do PT de um enraizamento", disse. No primeiro turno, Lula teve mais votos que Bolsonaro em Porto Alegre.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apoiadores de Boris Johnson estão confiantes de que o ex-premiê britânico irá conseguir as 100 assinaturas necessárias para emplacar seu nome nas cédulas de votação para primeiro-ministro do Reino Unido, de acordo com o Telegraph, após a renúncia de Liz Truss.

Entre os nomes que declararam publicamente o apoio em Johnson está Jacob Rees-Mogg, ministro para Oportunidades do Brexit e Eficiência do Governo, Simon Clarke, secretário de Estado do Nivelamento, Habitação e Comunidades, e Tom Pursglove, secretário de Estado da Imigração.

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Nas redes sociais circulam perfis para potencializar o nome do ex-premiê. A primeira votação entre os parlamentares para a escolha do novo primeiro-ministro do Reino Unido deve acontecer na próxima segunda-feira, dia 24, entre 11h30 e 13h30 (horário de Brasília).

Nesta terça-feira (18), durante debate realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) em parceria com a CBN Recife, as candidatas Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) mais debateram sobre quem era a candidata de quem. O nome do governador Paulo Câmara (PSB) foi mais falado até do que os nomes dos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

Durante quase todas as suas falas, Raquel tentou colar a imagem do governador de Pernambuco em Marília. Essa é a estratégia da tucana para conseguir alavancar os seus votos no estado, tendo em vista que Paulo Câmara é mal avaliado em Pernambuco e tê-lo no palanque pode ser prejudicial para qualquer candidato. Até Danilo Cabral, que foi candidato da continuidade do PSB, escondeu o mandatário de sua campanha - o que não foi suficiente, uma vez que ficou em quarto lugar nas intenções de voto.

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Para Marília Arraes, essa insistência de Raquel de vincular o governador é oportunismo eleitoral. “Da mesma maneira que ela está sendo oportunista dizendo que não vai declarar voto para presidente, tá tentando colar o impossível [Paulo em seu palanque]. Todo mundo sabe que eu sempre fui o retrato da oposição a Paulo Câmara aqui em Pernambuco. Ela votou em Paulo Câmara, ela foi a responsável por colocar Paulo Câmara alí [como governador]”, destacou.

Raquel assegurou que não dá para ficar no mesmo palanque do atual governador, que “deixou Pernambuco no desemprego, no desalento e na pobreza". A prefeita de Caruaru apontou ainda que para mudar o estado, não pode estar com o PSB. “Não dá para falar de mudança e estar, como a outra candidata está, no palanque de Paulo Câmara. Nós estamos propondo uma mudança verdadeira”.

Mesmo Marília afirmando que não está com Paulo Câmara, ela conta com o apoio oficial do PSB. A confirmação da parceria no 2º turno aconteceu no dia 7 de outubro e foi fortalecida com a vinda do ex-presidente Lula para Pernambuco na última sexta-feira (14), quando a postulante ficou lado a lado com o seu ex-desafeto e primo, o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

“O que está em jogo é quem apoia Lula e quem é Bolsonaro. Paulo Câmara apoia Lula. Nós estamos vivendo uma aglutinação de forças, progressistas e democráticas. E as forças conservadoras que apoiam Bolsonaro estão com ela [Raquel]”, detalhou Arraes.

Mesmo insistindo em não declarar qual será o seu voto para presidente, a tucana tem em seu palanque parlamentares bolsonaristas como a deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP), o deputado estadual eleito Júnior Tércio (PP), além do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), que foi o candidato de Bolsonaro ao governo estadual.

Raquel não aceitou o apoio do presidente Bolsonaro, que também é mal avaliado em Pernambuco e teve 29,91% dos votos no 1º turno contra 65,27% dos votos recebidos por Lula. Marília não quer Paulo em sua campanha tanto quanto Raquel nega palanque para o atual chefe do Executivo.

A eleição para o segundo turno em Pernambuco trouxe uma nova configuração entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a sua até então adversária, Marília Arraes (Solidariedade). Nesta sexta-feira (14), os dois apareceram no mesmo palanque, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre agenda de campanha no Recife. Durante uma coletiva de imprensa, que atrasou mais de 1h, Lula dividiu uma mesa com João, Marília e o senador Humberto Costa (PT) – que chegou a trabalhar ativamente contra a candidatura da ex-petista ao Governo de Pernambuco quando eles ainda eram correligionários.

Botando panos quentes na briga política, Lula foi questionado por jornalistas sobre como conseguiu construir a aliança entre João e Marília. Quando o PSB anunciou seu posicionamento para o segundo turno, inclusive, não citou o nome de Marília em nota, mas ponderou que aguardaria uma postura de Lula.

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Ao tratar do assunto, Lula lembrou de quando teve que ir pedir o apoio de Leonel Brizola para o segundo turno e citou Paulo Freire. “O momento mais difícil da minha vida foi quando eu tive que ir pedir para o Brizola me apoiar no segundo turno. Ele estava muito magoado porque tinha perdido. Ele demorou umas oito horas para tomar a decisão. Foi uma atitude honesta, coerente e corajosa do PSB de Pernambuco. A lição do Paulo Freire é juntem os divergentes para vencer os antagônicos. Não conheço a adversária da Marília, mas o que eu sei é que todos os que apoiam Bolsonaro estão apoiando ela”, declarou o ex-presidente, lembrando que João e Marília podem ter um desentendimento sanguíneo, mas neste caso deixada de lado.

“Estou aqui porque eu preciso que ela ganhe e ela precisa que eu ganhe. Se a gente conseguir reconstruir a governança que eu e Eduardo Campos tivemos, o Estado de Pernambuco vai ser muito melhor”, emendou Lula, fazendo ainda menção sobre o índice de produção da indústria automobilística e a conclusão da Transposição do São Francisco.

Marília agradeceu

Na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas contra Raquel Lyra (PSDB), Marília Arraes agradeceu o entendimento entre ela, João Campos e Humberto Costa. No primeiro turno, Marília bateu diretamente no PSB que administra atualmente o Estado com o governador Paulo Câmara (PSB) e disputou com o deputado federal Danilo Cabral (PSB). Além disso, em 2020, quando concorreu à Prefeitura do Recife, Marília teve um embate direto e duro com João - ocasionando o rompimento do PT com o PSB.

“Quero fazer um agradecimento público ao prefeito João Campos que tão jovem teve esse discernimento a favor da democracia, de um governo progressista em Pernambuco e nos ajudou a fazer essa unidade. Ele, o senador Humberto Costa, passando por todas as divergências e que hoje são muito menores do que pode acontecer em nosso estado e nosso país”, disse a candidata, sem deixar de alfinetar o primo usando, mais uma vez, a estratégia de chamá-lo de jovem como fazia na campanha para Prefeitura do Recife.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (7) que os cristãos precisam falar de política hoje para "poder falar de Deus amanhã". Os evangélicos são uma das principais bases eleitorais do chefe do Executivo, mas ele encontra mais resistência entre os católicos. Nos últimos dias, a campanha do candidato à reeleição começou a temer que ele perca votos do segmento religioso por causa de um vídeo que viralizou nas redes sociais com imagens antigas de Bolsonaro em uma loja da Maçonaria.

"Cristãos, falem de política hoje para poder falar de Deus amanhã", declarou o presidente durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais feita em Belém (PA), ao lado da deputada Bia Kicis (PL-DF). A parlamentar, por sua vez, afirmou que padres estão fazendo campanha para Bolsonaro no Pará. A live também contou com a participação dos deputados Joaquim Passarinho (PL-PA) e Carla Zambelli (PL-SP).

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Nesta quarta-feira (5) Bolsonaro se defendeu das críticas por ter ido a uma loja da Maçonaria. "Está aí na mídia agora, o pessoal me criticando porque fui a uma loja maçom em 2017. Fui, sim, fui numa loja maçom, acho que foi a única vez que eu fui na loja maçom. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia. E um colega falou 'vamos lá', e eu fui lá. Acho que foi aqui em Brasília, fui muito bem recebido. Tudo bem, me trataram bem", disse o presidente.

"E eu sou presidente de todos, e ponto final. Fui de novo? Não fui. Agora, eu sou o presidente de todos. Isso, agora, a esquerda faz um estardalhaço. O que eu tenho contra maçom? Não tenho nada", emendou.

Aliados do presidente preveem que a campanha vai reagir com "algo mais pesado" após o vídeo na Maçonaria ter viralizado. No primeiro turno da eleição, bolsonaristas divulgaram fake news sobre o fechamento de igrejas caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem Bolsonaro disputa agora o segundo turno, seja eleito.

Além disso, o chefe do Executivo tem atrelado seu adversário a Daniel Ortega, que governa de forma ditatorial a Nicarágua e, segundo o presidente, tem perseguido padres.

Na visão de um interlocutor de Bolsonaro, a "guerra religiosa" deve se intensificar até o dia 30, quando acontece o segundo turno das eleições. Em discursos durante a campanha, o presidente se referiu à disputa eleitoral como uma "luta entre o bem e o mal".

Um dia antes do primeiro turno, no último sábado (1º), a primeira-dama Michelle disse que a eleição era um "momento decisivo" e que os "ataques" contra Bolsonaro eram contra os "princípios e valores" de Deus. "As portas do inferno não prevalecerão", declarou, na Esplanada dos Ministérios.

O resultado do primeiro turno da disputa pelo governo paulista surpreendeu o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que buscam agora o apoio do PSDB e o "espólio" do governador Rodrigo Garcia.

Interlocutores das duas campanhas tinham números internos diferentes do resultado final. Os petistas esperavam uma vitória tranquila no primeiro turno, enquanto o candidato bolsonarista previa que Haddad venceria por uma pequena margem. A vantagem de Tarcísio deixou o PT pessimista.

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Em conversas reservadas, quadros da legenda admitem que é remota a chance de vitória em São Paulo e dizem que Haddad vai agora cumprir o papel de linha auxiliar para Lula no Estado, que deve ser a principal arena do segundo turno na corrida pelo Palácio do Planalto. O petista terminou o primeiro turno em segundo lugar, com 35,7% dos votos válidos, ao contrário do que apontavam as pesquisas. Tarcísio obteve 42,32% dos votos válidos.

No campo das articulações, as conversas de Haddad e Tarcísio com o PSDB têm acontecido por meio de interlocutores. Após participar de uma reunião do PT no hotel Grand Mercure, na Zona Sul de São Paulo, marcada para discutir o resultado das urnas no primeiro turno, Haddad disse que não entrou em contato com Garcia e afirmou que "ritos precisam ser respeitados".

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é quem vai procurar o presidente do PSDB, Bruno Araújo.

O diretório nacional tucano deve formalizar, na próxima quarta-feira, em uma reunião da executiva, que vai liberar os filiados no segundo turno. O PSDB paulista terá, portanto, autonomia e a palavra final será de Garcia, que está sendo pressionado a se posicionar.

O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, se reuniu nesta segunda-feira, 3, com o governador para tratar do tema.

A leitura entre os tucanos é de que Haddad não é um nome "palatável" para a base do PSDB, enquanto Tarcísio dialoga melhor com lideranças do partido.

Aliado de Lula, Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que Haddad ainda tem chances de reverter o quadro e vencer Tarcísio. Ele afirma acreditar que o governador tucano já perdeu votos para Tarcísio. "O resto do voto do Rodrigo pode migrar mais", disse.

Em outra frente, Tarcísio já negocia o apoio do PP e MDB, que estavam na coligação de Garcia.

Lideranças do PSDB do Estado sinalizaram que aceitam uma composição, desde que haja uma contrapartida programática e a promessa de manter os programas vistos como "legado" da sigla, que comandou São Paulo por 28 anos.

A costura com os partidos está sendo feita pelo ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que assumiu um papel de destaque nos bastidores.

Prefeitura de SP

A expectativa na campanha de Tarcísio é que a campanha presidencial será mais concentrada na Região Sudeste, o que torna o palanque do ex-ministro um fator determinante na estratégia de Bolsonaro.

A expectativa no entorno de Tarcísio é que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) apoie o ex-ministro e reforce a campanha na capital.

Como o emedebista projeta disputar a reeleição em 2024 contra o bloco PT-PSOL, que deve ter Guilherme Boulos (PSOL) candidato, Nunes não cogita estar no mesmo palanque que Haddad este ano. A articulação com o MDB passa pelo apoio de Tarcísio na corrida municipal.

Depois de 16 anos governando Pernambuco, o PSB não consegue manter a hegemonia no estado. O deputado federal Danilo Cabral, aposta da legenda, não conseguiu votos suficientes para, ao menos, chegar no segundo turno da disputa e amargou o quarto lugar da disputa com 17,99% dos votos válidos, o que representa 865.102 mil votos (com 97,96% das urnas apuradas).

Já era esperado essa derrota do PSB em Pernambuco, tendo em vista a má avaliação do atual governador, Paulo Câmara. Nem o apoio do ex-presidente Lula (PT), que ganhou a disputa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado, ajudou a campanha de Danilo ao governo.

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O PSB começou a sua hegemonia com Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo em 2014, quando foi eleito pela primeira vez governador em 2006. Com a sua gestão sendo bem avaliada pelos pernambucanos, ele conseguiu ser reeleito em 2010. A avaliação da gestão Campos foi tão boa, que ele conseguiu eleger o seu sucessor, Paulo Câmara, em 2014. Câmara se manteve no poder por dois mandatos, mas não conseguiu manter a boa avaliação que o partido tinha na era de Eduardo. 

Levantamento da pesquisa Ipec divulgada em setembro mostra que o atual chefe do Executivo estadual é reprovado por 52% da população pernambucana. Essa rejeição acabou respingando em Danilo, que não conseguiu - desde o início de sua campanha -, deslanchar a sua candidatura, amargando o quarto lugar.

Mulher na disputa

Pela primeira vez na história de Pernambuco, o estado terá duas mulheres disputando a vaga. Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) disputarão voto a voto no segundo turno, quando será decidido qual delas será a primeira mulher eleita governadora do Estado. 

Em meio à disputa entre Damares Alves (Republicanos) e Flávia Arruda (PL) por uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, a primeira-dama Michelle disse nesta sexta-feira, 23, que a candidata do presidente Jair Bolsonaro (PL) é a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. O próprio chefe do Executivo, contudo, não se pronunciou publicamente sobre a divisão do bolsonarismo no DF.

"O meu voto e da minha família é de Damares Alves. E os meus candidatos são os candidatos do meu marido Jair Messias Bolsonaro. Hoje eu louvo e agradeço a Deus pela vida da minha irmã, a minha amiga, a minha eterna ministra e a minha futura senadora do Distrito Federal Damares Alves", disse Michelle, durante evento de campanha num hotel em Brasília.

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"Não mexam com ela. Se mexer com ela, você vai mexer comigo. Eu sempre falo que a dor da Damares é a minha dor e a alegria da Damares é a minha alegria. Meus irmãos tenham muito cuidado com os lobos que estão vestidos em peles de cordeiros", emendou a primeira-dama.

Michelle tem feito campanha para Damares, que é candidata ao Senado em chapa avulsa e enfrenta Flávia Arruda, do PL de Bolsonaro. Ainda assim, a pastora decidiu apoiar a candidatura à reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB), que formou chapa com Flávia.

A volta de Damares à corrida pelo Senado foi mais um capítulo da cisão do bolsonarismo no DF. Por intervenção direta do presidente da República, a pastora teve de abandonar sua candidatura na aliança formal com Ibaneis. Acabou resgatado o acordo firmado em 2021 entre o chefe do Executivo local e Flávia Arruda. A costura deixou a ex-ministra da Mulher sem espaço e irritou o Republicanos, que apoia a reeleição de Bolsonaro.

O Broadcast Político adiantou em 27 de julho que o Republicanos havia se irritado com o presidente e negociava lançar Damares em chapa avulsa. A candidatura da pastora foi oficializada em 5 de agosto, com apoio do União Brasil, que indicou o presidente do partido no DF, Manoel Arruda, como suplente.

Em 18 de agosto, Bolsonaro começou a pedir votos para candidatos ao Senado e a governos estaduais durante sua tradicional live de quinta-feira, mas evitou endossar nomes específicos nos Estados onde há palanque duplo, como é o caso do DF, com Damares e Flávia. Na pesquisa Ipec divulgada nesta quarta-feira, 21, a ex-ministra da Secretaria de Governo apareceu com 28% dos votos, contra 21% da pastora.

Entre os 9.909 candidatos a deputado federal inscritos nas eleições deste ano, quase 2 mil nasceram em um estado diferente do domicílio eleitoral em que disputam uma vaga de deputado federal. O levantamento foi feito pela Agência Câmara com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

São Paulo é o principal destino dos candidatos migrantes, tendo 355 candidatos que vieram de outros estados. Também é a unidade da Federação que mais exporta políticos: 251 paulistas estão disputando vagas em outros estados.  Já Minas Gerais tem um saldo negativo. Enquanto 196 mineiros disputam vagas em outros estados, apenas 101 migrantes tentam se eleger por Minas. 

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Regiões

As regiões Norte e Centro-Oeste também atraíram um grande número de candidatos migrantes. Comparando o saldo entre os candidatos que deixaram e chegaram a cada estado, a lista é liderada por Roraima (85 candidatos), Tocantins (63), Rondônia (61), Mato Grosso (47), Distrito Federal (45), Amapá (41) e Goiás (33). 

Na outra ponta, o Nordeste tem alguns dos maiores exportadores de candidatos, com Bahia, Pernambuco e Ceará entre as principais origens de políticos que tentam uma vaga em outros estados. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Flamengo e São Paulo decidem, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (14) no estádio do Maracanã, quem será o primeiro finalista da Copa do Brasil. A Rádio Nacional transmite a partida decisiva ao vivo.

Após vencer por 3 a 1 no confronto de ida das semifinais, o Rubro-Negro entra em campo nesta quarta em situação confortável, garantindo a classificação nos 90 minutos mesmo com uma derrota por um gol de diferença.

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Mesmo com a boa vantagem construída no Morumbi, a expectativa é de que o técnico Dorival Júnior escale a equipe com o que tem de melhor: Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, João Gomes, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Pedro e Gabriel Barbosa.

Segundo o treinador, o São Paulo já deu provas na temporada de que pode reverter situações adversas: “Vamos ter um grande jogo, pode ter certeza disso. Isso serve de alerta para a nossa equipe [a virada do São Paulo sobre o Atlético-GO na semifinal da Copa Sul-Americana], para não chegarmos a um momento como esse. Por isso mandarei a campo a melhor equipe possível”.

Já o São Paulo terá pela frente um grande desafio, de ao menos vencer por dois gols de diferença para levar o jogo para a disputa de pênaltis. Classificação nos 90 minutos apenas no caso de triunfo por três ou mais gols de vantagem. Mas é bom lembrar que o Tricolor perdeu nos três jogos que fez com o Rubro-Negro na temporada (além do revés na Copa do Brasil, derrotas no Brasileiro, por 2 a 0 no Morumbi e por 3 a 1 no Maracanã).

Porém, mesmo com um retrospecto tão desfavorável o técnico Rogério Ceni insiste que continua a acreditar na classificação, que, na sua opinião, só virá com uma atuação perfeita de sua equipe: “[A partida do São Paulo] tem que ser perfeita, e mesmo perfeita não temos a garantia de que consigamos sair [classificados], mas temos a oportunidade. Então, não vamos jogar fora essa oportunidade. Nós temos mais 90 minutos [...]. Se eu não acreditar que é possível, como é que vou mostrar para eles que é possível? [...]. Nós temos a oportunidade e temos que ir lá fazer o melhor”.

E para buscar a classificação para a decisão da Copa do Brasil, Ceni deve mandar a campo a seguinte escalação: Jandrei; Igor Vinicius, Diego Costa, Léo e Reinaldo; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Alisson e Patrick; Luciano e Calleri.

Em nova pesquisa da Genial/Quaest, o atual governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), mantém vantagem na disputa pela a reeleição com 47% no 1º turno, seu melhor resultado para o levantamento. Já seu principal adversário, Alexandre Kalil (PSD), candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem 28%. O novo levantamento foi feito entre os dias 3 e 6 de setembro.

O candidato Carlos Viana (PL) possui apenas 2% dos votos, porcentagem menor que o número de indecisos, registrado em 11%, ou de votos em branco/nulos/não pretende votar, de 7%.

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Os outros candidatos, como Vanessa Portugal (PSTU), Renata Regina (PCB), Lorene Figueiredo (PSOL), Cabo Tristão (PMB), Lourdes Francisco (PCO) e Marcus Pestana (PSDB) não aparecem detalhados na pesquisa, integrando a categoria "outros", que reuniu 4% das intenções de voto.

Em um possível segundo turno, Zema mantém a vantagem, com 59% das intenções de voto. Já a previsão é que Kalil receba 28%.

Segundo turno

Já no segundo cenário, em que Zema concorre com Viana, o atual chefe do Executivo estadual segue com vantagem, reunindo 67% das intenções de voto, enquanto Viana reúne apenas 16%.

Senado

No Estado, o candidato Cleitinho Azevedo (PSC) segue na liderança pela disputa ao Senado com 21%, seguido de Alexandre Silveira (PSD), com 12%. Na sequência, Marcelo Aro (PP) aparece com 10%.

O levantamento ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos entre os dias 3 e 6 de setembro, em entrevistas presenciais realizadas por meio da aplicação de questionários.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro máxima de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-09401/2022 e BR-06180/2022.

A Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (8) mostra que o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) lidera nas intenções de voto para o governo do Estado de São Paulo no primeiro turno, com 33% no cenário estimulado. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece em segundo lugar, com 20%, seguido do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 15%.

Carol Vigliar (Unidade Popular) tem 2%. Antonio Jorge (DC), Gabriel Colombo (PCB) e Vinicius Poit (Novo) estão empatados com 1%. Elvis Cezar (PDT), Altino Júnior (PSTU) e Edson Dorta (PCO) não pontuaram.

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Os indecisos são 12% e os votos em branco e nulos e os que não pretendem votar, 15%.

Segundo turno

Nas projeções para segundo turno entre Haddad e Garcia, o petista lidera com 40% e o governador, 35%. Contra Tarcísio de Freitas, Haddad teria 42% e o ex-ministro, 36%.

Senado

A pesquisa também mostra as intenções de voto para senador. O ex-governador Márcio França (PSB) tem 25% e o astronauta Marcos Pontes (PL) 23%. Janaina Paschoal (PRTB) tem 7%. Aldo Rebelo (PDT) e Edson Aparecido (MDB) estão empatados com 2%.

Vivian Mendes (UP), Ricardo Mellão (Novo), professor Tito Bellini (PCB) e Antônio Carlos (PCO) têm 1%. Os indecisos são 17% e os votos em branco e nulos e os que não pretendem votar, 19%.

No levantamento, foram entrevistadas 2 mil eleitores acima de 16 anos de 2 a 5 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob número SP-04685/2022.

Pesquisa Genial/Quaest relativa a São Paulo divulgada nesta quinta-feira (8) mostra que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), tem 37% das intenções de voto para a Presidência entre eleitores do Estado, ante 36% do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É a primeira vez que o chefe do Executivo ultrapassa numericamente o candidato do PT.

Na prática, ambos estão empatados na margem de erro, que é de 2,4 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Juntos, outros candidatos ao Planalto têm 17% das intenções de voto.

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O presidente melhorou seu desempenho entre os católicos e foi a 35% nesse segmento. É um empate técnico com Lula, que tem 37%.

Bolsonaro segue crescendo entre os evangélicos: ele tem 51%, ante 25% do candidato do PT.

No Estado, o chefe do Executivo também aumentou sua preferência entre as mulheres e foi a 33%, outro empate técnico com o petista, que tem 36% nesse grupo. O presidente vence entre os homens por 41% a 36%.

Na simulação de segundo turno, Bolsonaro e Lula empatam na margem de erro, com o candidato do PT numericamente à frente. O ex-presidente da República tem 43%, e o atual chefe do Executivo, 42%.

A pesquisa Quaest foi contratada pelo Banco Genial e ouviu 2 mil eleitores em São Paulo entre 2 e 5 de setembro, de forma presencial. O registro na Justiça Eleitoral é SP-04685/2022.

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segue na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto com 43% das intenções de voto, segundo nova rodada da pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira (7). A segunda posição é do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), com 37%. Os números refletem o cenário eleitoral pré-7 de setembro.

Em comparação com o levantamento anterior, divulgado no dia 31 de agosto, o petista oscilou um ponto para baixo, indo de 44% para 43%, enquanto o atual presidente oscilou um ponto para cima, indo de 36% para 37%.

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As duas movimentações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos porcentuais.

Na sequência, Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB), 5%.

Os outros candidatos citados pela pesquisa não pontuaram.

Brancos e nulos somam 3% e 2% disseram não saber em quem votar.

O PoderData consultou 3.500 eleitores por telefone entre os dias 4 e 6 de setembro.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

O registro na Justiça Eleitoral é BR-03760/2022.

Entre os beneficiários do Auxilio Brasil, 55% afirmam votar no ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 para o Palácio do Planalto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o candidato de 29% deles. A informação vem da nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (7).

Em comparação à pesquisa anterior, de 31 de agosto, Lula oscilou positivamente 1 ponto porcentual, enquanto Bolsonaro cresceu 4 pontos porcentuais.

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A taxa de apoio entre os que não recebem o auxílio é de 39% para Lula, diminuição de 1 ponto porcentual em comparação ao último levantamento. Já Bolsonaro cresceu 1 ponto porcentual, de 36% para 37%.

O levantamento ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos entre os dias 1º e 4 de setembro, em entrevistas nas casas dos eleitores em 27 Estados.

O nível de confiança da pesquisa Genial/Quaest é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.

A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob número BR-00807/2022.

Faltando 25 dias para o primeiro turno, a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (7) mostra que, no primeiro turno, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acumula 44% das intenções de voto, contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 34%. A diferença de 10 pontos percentuais (pp) entre ambos é a menor na série histórica do levantamento, além de mostrar o maior nível de intenções de voto de Bolsonaro.

Em comparação à última pesquisa divulgada, em 31 de agosto, Lula manteve o percentual, enquanto Bolsonaro avançou 2 pontos percentuais.

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O candidato Ciro Gomes (PDT) oscilou negativamente 1 pp, e agora se consolida com 7% dos votos no primeiro turno. Já Simone Tebet (MDB) oscilou positivamente 1 pp, com 4%. Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) também oscilaram 1 pp positivamente e somam 1% cada. Os demais candidatos não pontuaram. Votos em branco e nulos são 5% e 4% dizem que não irão votar.

É a primeira pesquisa Genial/Quaest depois do início da propaganda de rádio e TV, do debate entre os candidatos na Band e do pagamento da primeira parcela do Auxílio Brasil de R$ 600.

Votos definitivos

Questionados sobre a definição dos votos, 69% dos eleitores entrevistados afirmam que não pretendem mudar de candidato até outubro, contra 65% do levantamento anterior. Já 28% afirmaram que podem mudar, contra 33% da pesquisa passada.

Entre os candidatos, 78% dos eleitores de Lula e 81% dos de Bolsonaro disseram que não pretendem mudar suas decisões. Os eleitores do Lula oscilaram 2 pp positivamente, enquanto os de Bolsonaro cresceram 6 pp.

Segundo turno

Lula manteve as simulações de segundo turno, com 51% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro avançou 2 pp em relação ao levantamento anterior, agora com 39%.

Questionados sobre quem seus candidatos devem apoiar se não chegar ao segundo turno, 56% dos eleitores de Ciro acham que o pedetista deveria apoiar Lula, 17% Bolsonaro e 22% nenhum dos dois. Entre os eleitores de Tebet, 41% acreditam que a emedebista deveria declarar apoio a Lula, 22% em Bolsonaro, e 35% em nenhum dos dois.

O levantamento ouviu 2 mil pessoas com mais de 16 anos entre os dias 1º e 4 de setembro, em entrevistas nas casas dos eleitores em 27 Estados. O nível de confiança da pesquisa Genial/Quaest é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob número BR-00807/2022.

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