Tópicos | Eleições 2016

Mais um caso de violência motivado pela política teria acontecido no município de Amaraji, na Mata Sul de Pernambuco. O presidente do Diretório Municipal do Partido Verde em Amaraji, José Roberto Peixoto da Silva - mais conhecido como “Boi do Barro”, afirmou que sofreu um atentado, no último domingo (2). Nesta quarta (5), ele veio ao Recife solicitar providências à Secretaria de Defesa Social (SDS).

Segundo a vítima, ele trafegava por um canavial, localizado na cidade, quando sua moto foi cercada por três automóveis. Como consta a informação, Boi do Barro teria "deixado a moto, saiu correndo por uma ribanceira e terminou ficando mais de 20 minutos em um rio, para se livrar dos agressores, escondendo-se depois no meio do matagal. Chegou a ser socorrido por moradores da área e julgando que os agressores tinham ido embora, resolveu voltar para pegar sua moto, quando foi cercado, mais uma vez pelos homens. Cansado, caiu quando corria. E os homens o agrediram com socos e pontapés. Ele foi socorrido no Hospital de Amaraji, medicado com soro e teve alta no final da manhã do domingo”.

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A abordagem teria ocorrido, próximo ao bairro João Paulo II, onde o presidente reside. Ele está com ferimentos no rosto e três dentes a menos. José Roberto ainda disse que reconheceu os agressores, “que pertencem ao PR. O PR é adversário do PV”.

“Eles não esconderam o rosto e um estava armado. Quando me cercaram, corri para uma varge (várzea) e caí dentro do rio, onde tentei me esconder. Eu conheço meus agressores e, essa agressão, foi política. Eles são todos do 22. Vim ao Recife para pedir garantia de vida, voltar à minha atividade, porque não posso nem retornar à minha terra, que não me sinto seguro. Tenho medo de retornar porque eles vão me matar”, explicou. 

A denúncia sobre o caso foi encaminhada à OAB-PE, através do presidente estadual da sigla, Carlos Augusto.

O PMDB em Pernambuco anunciou apoio, no segundo turno, aos candidatos Antônio Campos (PSB), em Olinda; e para Anderson Ferreira (PR), em Jaboatão dos Guararapes. O vice-governador Raul Henry, presidente do PMDB no Estado, disse que a decisão de apoiar Antônio Campos e Anderson Ferreira foi fruto de uma análise coletiva da direção do partido nos respectivos municípios. “Tomada a decisão é hora de cair em campo e trabalhar forte neste nas ruas”, ressaltou, Henry. 

Sobre a disputa eleitoral, no segundo turno, o deputado federal Jarbas Vasconcelos também se posicionou. “É hora de redobrar o trabalho em Caruaru e no Recife”, declarou, nesta quarta (5), Jarbas, em referência à campanha do candidato Tony Gel (PMDB), na cidade do Agreste pernambucano; e do prefeito Geraldo Julio (PSB), no Recife.

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Fortalecimento do PMDB

De acordo com Jarbas Vasconcelos, a meta do PMDB estadual de crescimento, com o fim da eleição do primeiro turno, foi atingida. O Partido que, atualmente, comanda oito prefeituras no Estado, venceu em 16 municípios e aguarda a definição do segundo turno em Cabrobó, onde a chapa de Marcílio Cavalcanti espera uma definição do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e, em Caruaru, com Tony Gel na disputa. 

A legenda passou de 73 vereadores eleitos, em 2012, para 161 no pleito deste ano. “Esse crescimento é fruto de um trabalho muito intenso e cuidadoso feito por Raul por todas as regiões do Estado. Ganhamos em cidades importantes do Sertão como Salgueiro, e da Zona da Mata, como Goiana na Mata Norte e Palmares na Mata Sul. O nosso trabalho de base surtiu efeito”, acrescentou o deputado Jarbas.

 

 

Nesta quarta (5), o candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos ganhou mais um aliado para o pleito do próximo dia 30 de outubro. O PMDB, que disputava o executivo de Olinda apostando no deputado estadual Ricardo Costa, anunciou apoio ao socialista. A notícia foi oficializada no escritório do peemedebista, no bairro de Casa Caiada, após conversa acertada com o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o vice-governador Raul Henry. Outros membros do Partido de Olinda também participaram da reunião.

O PSB e o PMDB já são aliados no Estado. O vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, é peemedebista. Nos bastidores, comenta-se que Henry e o governador participarão de caminhada ao lado do irmão de Eduardo Campos, neste sábado (8). No Recife, as duas legendas também são parceiras e integram a gestão de Geraldo Julio. 

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O Partido Verde (PV) já declarou apoio ao socialista no segundo turno. A executiva declarou, como argumento, que “a decisão foi tomada tendo em vista que essa candidatura se assemelha consideravelmente ao modelo de gestão pública que o PV defendeu na candidatura de Guga”.

Fora do palanque

Um dia após vencer o primeiro turno, de forma inesperada para muitos, em entrevista ao Portal LeiaJá, Antônio Campos foi contundente ao afirmar que não quer a presença do PCdoB como aliados. “Sou candidato de oposição a Renildo Calheiros e Luciana Santos, que não estarão em nosso palanque”, disparou o prefeiturável.  

Em entrevista concedida a um veículo de comunicação, nesta quarta, Campos voltou a falar sobre o assunto. “Esse apoio não terei e não quero. Discordo da postura do PCdoB na gestão de Olinda e na condução política nacionalmente. Deixei isso claro na pré-campanha e no primeiro turno”, disse. 

Ainda durante a entrevista, Campos chegou a dizer que a campanha do professor Lupércio (SD), concorrente no pleito, está relacionado com a então candidata derrotada Luciana Santos (PCdoB). “Acho que Luciana está apoiando, não expressamente, mas fortemente, no bastidor, a candidatura de Lupércio, que é uma continuidade da gestão de Renildo e Luciana. Ele, quando vereador, apoiou projetos de Luciana e Renildo”, criticou. 

Lupércio já havia afirmado que pretende fazer alianças, porém que faz oposição à gestão do PCdoB. “Tenho maior respeito pela deputada federal, mas eu não desejo o seu apoio”, disse.

Derrota histórica

Uma derrota inesperada por muitos tirou o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) do executivo do município de Olinda, localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), após 16 anos de gestão na cidade. Uma das expectativas era a ida da candidata Luciana Santos ao segundo turno. No entanto, a disputa será entre Antônio Campos e o Professor Lupércio. Cada um teve, respectivamente, 55.995 (28,17%) e 46.476 votos (23,38%).

 

O prefeito de Caruaru, no Agreste, José Queiroz (PDT) oficializou, nesta quarta-feira (5), o apoio à candidatura de Raquel Lyra (PSDB) na disputa pelo 2º turno na cidade. Na primeira fase da disputa, o pedetista esteve no palanque do vice-prefeito, Jorge Gomes (PSB), a quem indicou como postulante à sucessão. O socialista, no entanto, ficou em quarto lugar com 11,62% dos votos válidos. 

O apoio de Queiroz é um gesto significativo para a política da capital do Agreste, já que ele e o pai da candidata e ex-governador João Lyra (PSDB) são adversários históricos. "Falei mal dele, ele falou mal de mim. Divergências políticas. Na hora em que a gente discute uma caniddatura que possa representar a continuiadade do nosso legado temos que superar as divergências. O povo de Caruaru não gosta de brigas. Acertamos, estamos sem rancores e com o coração leve", observou. “Política é superar divergência e ser capaz de dialogar nas horas que possam ser difíceis”, emendou o prefeito. 

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Queiroz também pontuou já ter feito diversos gestos de união com os Lyras em favor do povo. “Eu já tive gestos com os Lyras seguidos, repetidos e em nome do povo, eu faço mais um. O povo que não quer essa divisão para enfrentar Tony, eu faço mais um”, salientou.  

Raquel conquistou 26,08% dos votos válidos e vai disputar a preferência da população contra Tony Gel (PMDB) que teve 37,10%. Em março, a tucana deixou o PSB por falta de apoio para a eleição na cidade, já que a legenda não queria quebrar a aliança com o PDT e Queiroz não apoiaria o nome da deputada estadual. O PSB lançou Gomes e Raquel e seu pai se filiaram ao PSDB no dia 17 de março.

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta terça-feira, 4, ao comentar o desempenho do PT no primeiro turno das eleições municipais, que "a alternância de poder é a beleza da democracia" e, embora não tenha feito referência direta ao resultado das urnas em São Paulo, afirmou que "quem ganhou agora pode perder em 2018, em 2022".

O líder petista deu uma rápida entrevista depois de participar da abertura de um seminário internacional de sindicalistas e trabalhadores da indústria. Questionado sobre a diminuição no número de prefeituras administradas pelo PT, Lula respondeu: "Em uma eleição você cresce, na outra você cai, em uma ganha, em outra perde. Democracia é isso. Se estivesse escrito que o PT não podia perder nunca, eu não ia criar um partido político. É uma disputa". O ex-presidente evitou comentar casos específicos sobre o desempenho do PT. "Se eu começasse o ano sabendo quem ia ser prefeito ou governador, eu não participaria (das eleições)."

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Lula disse ainda que "a direita conservadora deu um golpe parlamentar porque decidiu que a presidente reeleita (Dilma Rousseff) não devia continuar a governar" e fez várias críticas ao governo de Michel Temer (PMDB).

Lula citou em particular a reforma da Previdência e a proposta de emenda constitucional (PEC) que fixa um teto para gastos federais. "Se a PEC for aprovada, vão congelar investimentos em saúde e educação por 20 anos", alertou o líder petista.

Para o ex-presidente, o governo "promete coisas que são um retrocesso extraordinário". Lula conclamou os sindicatos a não permitirem, por exemplo, que encomendas deixem de ser feitas à indústria naval brasileira e que voltem para o exterior. "A indústria naval, quando cheguei à Presidência, tinha apenas 2.000 trabalhadores. Entre 2003 e 2014, criamos 82 mil postos de trabalho na indústria naval, que eles agora estão destruindo. Já destruíram 40 mil", afirmou Lula. "Os sindicatos não podem permitir que nossas plataformas e sondas sejam contratadas na China ou na Coreia. Tem um tipo de governante nesse País que tudo que sabe fazer é vender o patrimônio público para retirar a responsabilidade de governar."

Em mais uma crítica ao governo Temer, Lula afirmou: "Toda vez que governante fala em corte de gasto público, significa redução do investimento, significa cair o salário do trabalhador". Aos sindicalistas estrangeiros, o ex-presidente disse que "a precarização do trabalho é uma realidade no mundo todo".

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse em entrevista à rádio Jovem Pan nesta quarta-feira (5) que o programa de desestatização que pretende implantar na cidade não é uma medida rápida, porque é necessário respeitar a legislação, mas que pretende dar celeridade a essa e outras propostas que discutiu durante a campanha eleitoral.

Doria disse que começará a trabalhar em suas propostas de governo nesta sexta-feira (7) quando se reunirá com o atual prefeito Fernando Haddad (PT) para discutir o orçamento municipal. Segundo Doria, a atual gestão enviou os dados à sua equipe nessa terça-feira (4). "A primeira reunião da equipe de transição será feita às 10h dessa sexta-feira, na sede da Prefeitura."

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Indagado sobre as comparações que estão sendo feitas sobre ele, como por exemplo, de que seria o Donald Trump brasileiro, Doria disse preferir uma comparação com Michael Bloomberg, empresário multimilionário e ex-prefeito de Nova York. Na entrevista, o tucano disse que não vai governar só para quem o elegeu. "Vou governar para todos, quero os jovens na minha gestão, porque será uma administração digitalizada. E a melhor resposta às críticas será feita com o trabalho", destacou, reiterando que vai manter as ciclovias onde elas estão funcionando bem, mas irá revê-las nos locais onde não são utilizadas, como em localidades das zonas leste e sul. "Vamos colocar o setor privado para fazer a manutenção onde elas já funcionam", emendou.

Na entrevista à rádio, Doria voltou a dizer que não será candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo porque é contra esse instrumento. Prometeu permanecer no cargo durante os quatro anos do mandato e frisou que a reeleição se mostrou um instrumento ruim porque a pessoa faz concessões e entrega benefícios políticos para tentar se manter na função após o fim do mandato, em detrimento da boa administração da cidade.

Doria, entretanto, não foi enfático ao responder sobre a possibilidade de disputar outros cargos na vida pública, deixando a possibilidade em aberto.

Indagado sobre a redução da velocidade nas Marginais Tietê e Pinheiros, reiterou que vai colocar a medida em prática após assumir o mandato, em janeiro. "Neste momento, nossa decisão em rever a velocidade está mantida, mas não tenho compromisso com o erro", argumentou. E disse que sua gestão vai investir em campanhas educativas. "Haverá fiscalização, mas a volúpia pela multa vai acabar, a guarda civil não vai mais cuidar de multa, ficar em cima de viaduto ou atrás de arbustos multando não, vai proteger a cidade, o patrimônio público e as pessoas."

O prefeito eleito falou de outras prioridades em sua gestão, como na área da saúde e da educação e da venda de bens e patrimônios públicos, como o Autódromo de Interlagos que, na sua avaliação, passará a ser o grande palco de shows abertos na cidade. O tucano disse que sua gestão será favorável aos aplicativos de mobilidade, como o Uber, "mas sem desmerecer os taxistas". Doria disse ainda que pretende adotar o padrão de referência do Poupatempo na gestão municipal. E reafirmou que não quer salário. "Sou um servidor da cidade."

A taxa de reeleição de prefeitos que tentaram conquistar nas urnas um segundo mandato neste ano foi a menor da história: 48%. Pela primeira vez, menos da metade dos prefeitos que concorreram novamente ao mesmo cargo tiveram sucesso. A Constituição foi alterada para permitir a reeleição para cargos no Executivo em 1997.

Em 2000 e em 2004, a taxa de sucesso dos candidatos à reeleição ficou por volta de 58%, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Esse número explodiu em 2008, em meio a um crescimento recorde da arrecadação municipal no Brasil - o aumento dos orçamentos foi de 15% em relação ao ano anterior, segundo dados do Tesouro Nacional. Naquele ano, 66% dos candidatos a um segundo mandato de prefeito tiveram o aval dos eleitores para sua recondução.

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Receita

Em 2012, enquanto as finanças públicas passavam por uma estagnação por causa do baixo crescimento econômico, a taxa de reeleição caiu para 54%. Os dados deste ano parecem reforçar a hipótese lógica de que há uma relação entre finanças municipais e sucesso eleitoral dos candidatos à reeleição.

O argumento é simples: com dinheiro em caixa, há mais chances de o prefeito fazer obras, investimentos ou qualquer outro tipo de gasto para agradar os eleitores da cidade, o que poderia significar mais votos no pleito seguinte. Mas, segundo o Tesouro Nacional, a arrecadação dos municípios no ano passado caiu para níveis anteriores aos de 2013 - ao mesmo tempo em que a taxa de sucesso dos candidatos à reeleição despencou seis pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito eleito João Doria (PSDB) indicou na terça-feira, 4, que, se depender do seu governo, a criação do Parque Augusta, na região central, não sairá do papel. "A Prefeitura não vai gastar dinheiro público nisso, dinheiro que precisa ser priorizado em saúde e educação. Quero deixar bem claro que não comprarei terreno para fazer praça ou parque."

A afirmação de Doria abre mais um capítulo na novela que se tornou o projeto de abrir à população o terreno de 23,7 mil metros quadrados entre as Ruas Caio Prado e a Marquês de Paranaguá. As construtoras Setin e Cyrela, proprietárias da área, exigem ao menos R$ 120 milhões da Prefeitura para abrirem mão de um projeto que prevê a construção de quatro torres de 36 a 45 metros de altura no local - projeto já aprovado pelo órgão do patrimônio municipal. O valor pedido representa o dobro do pago em janeiro de 2014 e não foi aceito pela gestão Fernando Haddad (PT).

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"Essa alternativa (de pagar a desapropriação) é zero. Agora, o entendimento com os proprietários nós podemos ter, para que parte da área possa ser aberta à população", disse.

Para a presidente da Sociedade Amigos e Moradores Cerqueira César, Célia Marcondes, o prefeito eleito está "equivocado". "A gente nunca vai desistir. Esse parque é imprescindível."

O empresário Elie Horn, dono da Cyrela, aparece como doador de R$ 100 mil para a campanha de Doria. Ele também financiou o mesmo valor a Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Haddad. A assessoria de Doria nega que a decisão será tomada levando em conta interesses privados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os candidatos do PSB que foram para o 2º turno no Recife, Geraldo Julio, e em Olinda, Antônio Campos, participam de uma reunião, nesta quinta-feira (6), em Brasília, com a Executiva Nacional do partido. Os socialistas vão analisar o resultado do partido nas eleições municipais e discutir os cenários para o 2º turno em nove cidades do país. 

O encontro, marcado para às 9h30, foi convocada pelo presidente nacional da legenda Carlos Siqueira.

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Além dos pernambucanos, os candidatos a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso; Noterói, Felipe Peixoto; Petrópolis, Rubens Bomtempo; Aracaju, Valadares Filho; Guarujá, Valter Suman; Guarulhos, Guti; e Mauá, Atila Jacomussi também foram convidados para a reunião. 

O guia eleitoral para o 2º turno no Recife sofreu uma redução de tempo e vai ser iniciado apenas na próxima segunda-feira (10). De acordo com a legislação, a propaganda já começaria nesta quarta-feira (5), 48 horas após o fim da primeira etapa do pleito, e teria 20 minutos cada bloco. Agora a propaganda gratuita vai durar 10 minutos em cada bloco, divididos igualitariamente para os candidatos Geraldo Julio (PSB) e João Paulo (PT).

A redefinição dos tempos e da data de início é fruto de um Termo de Acordo e Conduta (TAC) feito pelos candidatos. A postura reflete, entre outras coisas, a escassez de verbas para o financiamento das campanhas já que o limite de gastos para o 2º turno é menor que no 1º. 

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O acordo, capitaneado pelos advogados de cada coligação, também prevê a utilização de 42 minutos para inserção durante o dia, divididos para os dois. A lei prevê 70, sendo 35 para cada.

Para o 1º turno, o guia eleitoral começou no dia 26 de agosto e foi encerrado no último dia 29. Com oito candidatos na disputa, Geraldo Julio tinha o maior tempo, com 4 minutos e 48 segundos. Já João Paulo protagonizava 2 min e 33 segundos. 

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, ligou no fim da noite de terça-feira, 4, para parabenizar o empresário João Doria (PSDB) pela vitória no primeiro turno na eleição em São Paulo.

O chanceler, que apoiou Andrea Matarazzo nas prévias do PSDB na capital paulista, antes de ele migrar para o PSD e integrar a chapa da peemedebista Marta Suplicy (PMDB), se manteve distante de Doria na campanha municipal.

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Na segunda-feira, 3, em Assunção, Serra evitou comentar o resultado eleitoral e brincou com jornalistas paraguaios perguntando se eles tinham interesse no tema. "Eu não tenho interesse. Eu sou ministro do governo e estou preocupado com questões de Argentina e Paraguai", disse, após reunião entre os presidente Michel Temer (PMDB) e Horacio Cartes, em Assunção.

Questionado sobre o crescimento do PSDB no pleito, o ministro novamente tergiversou. "Não vou, não tenho a menor condição de analisar a consequência nesse ou naquele município", disse.

Por fim, ao ser indagado se pretendia ligar para Doria, Serra disse que "muitos tucanos, muita gente do PSDB deve ter ido para o segundo turno ou ganhado".

Entre os que ligaram para o prefeito eleito estão Temer e o atual prefeito Fernando Haddad (PT). "Coloquei toda a equipe da Prefeitura, a começar por mim, à inteira disposição (dele) para efetuarmos a melhor transição possível, pensando nos interesses da cidade", disse Haddad.

Os prefeitos que se elegeram em 2012 pelo PT e trocaram de partido para disputar a reeleição por outras siglas em 2016 tiveram quase 10 pontos porcentuais a mais de sucesso do que os candidatos que tentaram a reeleição pelo PT. É o que mostram os cálculos do Estadão Dados, do Grupo Estado, a partir da base de candidatos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das duas eleições municipais mais recentes.

Os dados mostram que, levando em conta todos os demais partidos, não há diferença significativa no desempenho eleitoral de candidatos à reeleição que trocaram de legenda de 2012 para cá em comparação com os que se mantiveram na sigla. Dos 699 que fizeram essa mudança, 47% foram eleitos. Já entre os 1.969 candidatos que não mudaram de legenda, a taxa de sucesso foi apenas ligeiramente maior: 49%. Não entram nos cálculos os 22 candidatos que disputarão o segundo turno no fim deste mês.

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Quando o prefeito saiu do PT, no entanto, houve uma melhora significativa nas suas chances de vitória. A taxa de reeleição dos 226 candidatos petistas que se mantiveram no partido foi de 39%. Mas, entre os 90 ex-petistas que mudaram de partido, a taxa foi similar à média de todos os candidatos à reeleição: 48%.

No geral, contando apenas os candidatos filiados aos seus respectivos partidos neste ano, o PT também teve a menor taxa de reeleição entre os dez partidos que mais reelegeram prefeitos. O líder nesse ranking foi o PSDB: 215 dos seus 405 candidatos à reeleição venceram, uma taxa de sucesso de 53%. Já os prefeitos do PT conseguiram ser reeleitos em 39% dos casos.

O PT foi o partido que teve a maior derrota nas eleições municipais de domingo. Em 2012 a sigla elegeu 635 prefeitos, incluindo o de São Paulo, maior cidade do País, Fernando Haddad. Em 2016 o número caiu para 256 prefeitos eleitos, abaixo da meta de 50% prevista pela direção do partido. Haddad teve o pior desempenho de um petista em São Paulo na história.

Segundo dados internos, a votação do PT caiu de 17,2 milhões de voto nas eleições municipais de 2012 para 2,2 milhões no últimos domingo, colocando o partido em 10.º lugar entre os mais votados em 2016.

Entre os principais motivos para a queda de votos do PT estão o antipetismo estimulado por denúncias de corrupção envolvendo petistas reveladas na Operação Lava Jato e a perda do poder federal com o impeachment de Dilma Rousseff.

Prévias

O prefeito de Osasco, Jorge Lapas, que se elegeu pelo PT, mas trocou o partido pelo PDT e vai disputar o segundo turno, aponta um outro motivo. "Saí até por causa da disputa interna. Eu era o prefeito e queriam que disputasse prévia. No meio dessa luta os bons projetos do partido acabam ficando de lado", disse Lapas.

Indagado se teria conseguido chegar ao segundo turno caso permanecesse no PT, Lapas foi categórico na resposta: "De jeito nenhum".

Segundo ele, os sinais de aversão do eleitorado ao PT eram visíveis já há algum tempo. O antipetismo foi confirmado nas urnas de Osasco no domingo. O PT, que governou a cidade por três mandatos consecutivos com bons índices de aprovação, não conseguiu eleger um vereador sequer em 2016.

O ex-ministro de Comunicação Social do governo Dilma, Edinho Silva, foi um dos raros petistas a conseguir um bom resultado no domingo. Edinho foi eleito prefeito de Araraquara, cidade que já governou outras duas vezes, com 42% dos votos. Apesar do sucesso, o ex-ministro petista também sofreu os efeitos nacionais.

"Sofri", disse ele. "Minha estratégia foi enfrentar o debate, dizer que o PT cometeu erros que outros partidos também cometeram e defender nosso legado, mostrar que fomos o partido que mais fez pela população mais pobre", disse ele.

Autocrítica

Para Edinho, é este discurso que o PT deveria adotar em nível nacional. "É inegável que foi o pior resultado eleitoral da nossa história. Precisamos fazer uma autocrítica e valorizar nosso legado", disse o ex-ministro.

Coordenador financeiro da campanha de Haddad e um dos vice-presidentes do PT, o deputado Paulo Teixeira preferiu atribuir a uma onda conservadora a derrota nas urnas. "Nesta eleição houve uma direitização", disse o deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois dias após somar 3 milhões de votos e vencer a disputa pela Prefeitura de São Paulo, o empresário João Doria (PSDB) recebeu a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo na terça-feira (4) à tarde na sede do Grupo Doria, em um prédio luxuoso nos Jardins, com um cronômetro nas mãos.

Ainda em tom de campanha, listou suas principais promessas em pouco mais de uma hora e reafirmou alguns de seus compromissos: vai revogar a redução da velocidade nas Marginais, eliminar parte das ciclovias, vender Interlagos e Anhembi - o que deve render cerca de R$ 7 bilhões - e ajudar o governador Geraldo Alckmin a conquistar a vaga tucana na disputa presidencial, em 2018.

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O posto de gestor deve, aos poucos, ser consumido pelo cargo político. Antes de receber a reportagem, o tucano se reuniu com o vereador reeleito Milton Leite (DEM), o mais votado na sua coligação. "Gosto de conversar", diz ele.

Dados estaduais mostram queda de mortes no trânsito quase três vezes maior na cidade que no Estado. Especialistas atribuem à redução da velocidade nas Marginais. O senhor teme ser responsabilizado caso as mortes voltem a crescer após ampliar o limite?

Houve queda de mortes nas estradas estaduais sem nenhuma redução de velocidade. É preciso lembrar que o processo de recessão pelo qual passa o País reduziu em 11% o número de veículos circulantes na cidade, o que influencia. Sou gestor e vou ser prefeito. Não tenho medo de nada. Não tenho medo de tomar atitudes corretas.

Vai mexer nas ciclovias?

As ciclovias serão preservadas onde funcionam bem, onde têm movimento, ciclistas. Não serão continuadas em calçadas nem onde não são utilizadas. Vamos fazer um estudo para avaliar isso. Já as ciclovias que foram assimiladas pela população vão continuar e serão mantidas pela iniciativa privada porque a Prefeitura faz mal hoje essa conservação. Vamos escolher uma área e permitir ali a publicidade. As empresas interessadas poderão adotá-las por um ano ou mais.

Vai ampliar a rede?

Não. Só se houver uma necessidade real e comprovada. Apenas para cumprir meta, não.

O governo federal tem uma dívida de R$ 400 milhões com São Paulo. E há convênios assinados no valor de R$ 8 bilhões do PAC que ainda não chegaram aos cofres municipais. O senhor vai cobrar essa dívida quando assumir a cidade?

(O presidente Michel) Temer vai ter de pagar. Aliás, tem outras dívidas, de bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil. Nós vamos cobrar. O prefeito Fernando Haddad tomou um cano da Dilma, que nem o recebia, uma anomalia.

Quanto renderá a venda do Anhembi e de Interlagos?

Estimamos cerca de R$ 7 bilhões. É um valor substantivo. Os recursos serão dedicados para saúde e educação.

As empresas filiadas ao Lide, seu grupo de líderes empresariais, poderão participar do processo de privatização?

Todas as concorrências que faremos serão abertas às empresas nacionais e internacionais. As empresas filiadas ao Lide poderão participar, não há qualquer conflito de interesse nisso, até porque não será o Lide.

A sua eleição no primeiro turno fez Geraldo Alckmin furar a fila pela vaga do PSDB à disputa pela Presidência em 2018?

Não acho que exista fila na política. Sou um exemplo disso. Só os velhos da política acham que existe fila. Mas a minha vitória em São Paulo fortalece, sim, a posição do Geraldo. Eu, assim como ele, defendo prévias nacionais para essa escolha. É o modelo mais democrático e amplo.

Ao mesmo tempo em que o senhor fala em plano de privatizações, promete não aumentar a tarifa de ônibus, aumentando o subsídio. Não é incoerente?

O valor social precisa ser preservado. É uma decisão.

O senhor vai permitir que moradores de rua montem barracas?

Não, nós vamos dar assistência e abrigo a eles, o que não foi feito nesta gestão. Vamos revisar totalmente esse programa, fazer com que os abrigos tenham condições adequadas e tenham canil, todos.

O senhor vai pagar ônibus para as pessoas fazerem exames de madrugada, como propôs?

Não, há ônibus 24 horas em São Paulo. Menos, mas tem. E vamos priorizar os horários das 20h às 22h e das 6h às 8h para a marcação desses exames, principalmente no caso de mulheres, gestantes e idosos. É melhor isso do que ficar na fila por dez meses ou mais. Nós vamos zerar essa fila em um ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nas eleições municipais de domingo passado, Pernambuco bateu um recorde: 74,45% dos prefeitos que tentaram um novo mandato receberam o cartão vermelho dos eleitores. Nem mesmo gestores ao final do segundo mandato conseguiram eleger seus sucessores. Os casos mais emblemáticos são Caruaru e Petrolina, isso sem falar em cidades como Olinda, onde o desgaste do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) arrastou a deputada Luciana Santos, também do mesmo partido, para a jaula dos leões.

E Luciana, vale a ressalva, aparecia em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto. Nas urnas, entretanto, acabou em quarto lugar. Em Caruaru, Jorge Gomes, candidato do PSB apoiado pelo prefeito José Queiroz (PDT), também foi reprovado pelo eleitorado, ficando em quarto lugar, abaixo do delegado Erick Lessa (PR) e Raquel Lyra (PSDB), esta com passaporte carimbado para o segundo turno contra Tony Gel (PMDB) por uma diferença ínfima em relação ao delegado.

Em Salgueiro, santuário eleitoral do PSB, a legenda socialista perdeu o poder depois de controlar por 16 anos para o empresário Clebel Cordeiro (PMDB). Em Vitória de Santo Antão, o prefeito Elias Lira (PSD), numa disputa acirrada voto a voto do seu candidato Paulo Roberto (PSD) ante Aglailson Júnior, levou desvantagem e a Prefeitura volta para as mãos do PSB. A mais surpreendente derrota, no entanto, se deu em Limoeiro, onde o prefeito Thiago Cavalcanti (PTB), sobrinho do deputado federal Ricardo Teobaldo, perdeu para o tio Joãozinho, do PSB.

Na Grande Recife, apenas os prefeitos de Paulista, Júnior Matuto (PSB), de Abreu e Lima, Pastor Marcos (PSB), de Igarassu, Mário Ricardo (PTB), e de Araçoiaba, Joamy Alves (PDT), conseguiram se reeleger. Já na Zona da Mata Norte, formada por 19 municípios, somente os prefeitos de Tracunhaém, Belarmino Vasques (PR), e de Camutanga, Armando Pimentel (PB), saíram consagrados das urnas.

Ainda na Zona da Mata, derrotas emblemáticas, também, ocorreram em Timbaúba, reduto fechado do deputado federal Marinaldo Rosendo (PSB). Ali, a oposição emplacou o tucano Ulisses Felinto, enquanto em Carpina e Paudalho os prefeitos Carlinhos do Moinho (PSB) e José Pereira, respectivamente, sofreram derrotas acachapantes. Fugiram à regra, porém, prefeitos bem avaliados.

É o caso de Luciano Duque (PT), de Serra Talhada, que, embora tenha tido uma frente menor do que se esperava, foi reeleito sem dificuldades, caso semelhante a Arcoverde, município em que a socialista Madalena Brito impôs a maior e histórica derrota ao grupo do deputado federal Zeca Cavalcanti. Proporcionalmente, os prefeitos que receberam as maiores votações – Graça do Moinho (PSB), de Lagoa de Itaenga, com 88,7% dos votos, e José Patriota (PSB), de Afogados da Ingazeira, com 83,25% dos votos, não tiveram adversários competitivos, surfando numa eleição sem disputas.

A DERROTA DE FLORESTA– Em Floresta, a prefeita Rorró Maniçoba (PSB), embora com uma gestão beirando aos 70% de aprovação, não elegeu o sucessor porque o deputado Rodrigo Novaes (PSD), além de ter criado dificuldades para escolha de Isabela Maniçoba, a preferida pela prefeita, permitiu que um parente da família, Rinaldo Novaes, disputasse em faixa própria pelo PT. Com 1.125 votos, Rinaldo atrapalhou a vitória de Obadias Novaes, escolhido em comum acordo entre a prefeita e o deputado. Em tempo: Rinaldo é o atual vice-prefeito de

Floresta, indicado por Rodrigo. Na prática, o deputado cavou a sua própria sepultura e contaminou Rorró.

Tucano vence guerrilha em Gravatá – A vitória mais comemorada no campo da oposição no Agreste foi a do tucano Joaquim Neto. Desafiando o Governo, que manobrou o tempo todo através do líder na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges (PSB), Joaquim impôs uma derrota desmoralizante ao candidato do PSB, João Paulo, obtendo 59% dos votos válidos. Ali, o tucano comeu o pão que o diabo amassou, a ponto dos adversários difundir em panfletos apócrifos que o tucano estava com sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Um parlamento de suplentes– Nunca uma eleição municipal provocou tanto efeitos na composição da Assembleia Legislativa como a do último domingo. Pelos cálculos mais pessimistas haverá a dança de 11 cadeiras com a eleição de deputados com mandato e suplentes. Se em Caruaru for eleito Tony Gel ou Raquel Lyra, do PMDB e PSDB, respectivamente, a 11ª vaga de suplente estará assegurada, porque mais dois suplentes no exercício do mandato também foram eleitos – Maviael Cavalcanti, do DEM, em Macaparana, e Manoel Botafogo, do PDT, em Carpina.

Rorró sai estadual– A prefeita de Floresta, Rorró Maniçoba (PSB), não sai tão derrotada quanto Rodrigo Novaes, seu hoje aliado com quem deve romper nas eleições de 2018 por causa de interesses contrários. Ela conseguiu eleger o sobrinho Bernardo Maniçoba, do PMDB, prefeito de Itacuruba. E seu marido, Dário Ferraz Novaes, o Gatão, emplacou a cunhada Sandra da Farmácia, do PT, prefeita de Calumbi, no Sertão do Pajeú. Com isso, é bem provável que seja candidata a deputada estadual.

Campeão de voto no parlamento– Proporcionalmente, o vereador mais votado de Pernambuco foi Adelson Enfermeiro, do Pros de Lajedo, no Agreste Meridional. Ele saiu das urnas com 2.013 votos, correspondente a 8,71% dos votos válidos. Enfermeiro concursado da rede municipal de saúde em Lajedo, Adelson já foi vereador em duas legislaturas sendo o mais votado em ambas às eleições, mas estava sem mandato porque foi candidato a vice-prefeito na chapa derrotada de 2012. Sua popularidade está alicerçada no fato de atender, gratuitamente, a população pobre fazendo curativos e os primeiros socorros nas comunidades pobres da cidade e na zona rural.

CURTAS

COM NECO– Apesar de filiado ao PDT, o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca não apoiou o candidato do partido, Manoel Neco, a prefeito de Jaboatão no primeiro turno. Mas ontem, num telefonema trocado com o próprio Neco, ficou de confirmar, hoje, o seu ingresso no movimento que está sendo fortalecido para garantir a eleição do pedetista, com chances reais de levar um grupo de vereadores eleitos que esteve no palanque de Selva.

A VIOLA E A MUDA– Em Tabira, a briga pelo poder foi travada entre um violeiro e uma muda – Sebastião Dias, bom de verso e viola, e Nicinha de Dinca (PMDB), que fez a campanha sem abrir a boca para um único discurso, ganhando o apelido de muda. Quem falava em seu nome era o marido Dinca, ex-prefeito. Prevaleceu à força da poesia. Sebastião foi reeleito por uma diferença de apenas 319 votos. Zé de Bira, do PSB, conseguiu, por outro lado, uma façanha: nunca uma terceira via no município conseguiu passar dos 500 votos. Ele bateu a casa dos 2.339, sendo considerado também um fenômeno eleitoral.

Perguntar não ofende: Em que palanque vai subir o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), no segundo turno?

O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, anunciou que irá apoiar a candidatura de Antônio Campos (PSB), em Olinda, no segundo turno. O senador declarou que a decisão é uma homenagem pessoal ao ex-governador Eduardo Campos. 

“É uma forma de homenagear não apenas uma sigla que, no Congresso Nacional, tem tido conosco uma enorme identidade e parceria. Também é homenagem minha, pessoal, ao ex-governador Eduardo Campos, apoiando seu irmão, Antônio, e de alguma forma retribuindo o importante apoio que tive do PSB, em Pernambuco, no segundo turno das eleições presidenciais”, disse.

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A então concorrente Izabel Urquiza (PSDB) ainda não disse quem irá apoiar. Ela afirmou que teve reunião tanto com Antônio quanto com o concorrente Lupércio (SD), mas que espera definir até a próxima quinta (6).

Apoio a Geraldo

O Diretório Regional do PSDB já anunciou apoio à candidatura de Geraldo Julio (PSB) no Recife, nessa segunda (3). “Quero aqui afirmar oficialmente que o PSDB apoiará a candidatura do prefeito Geraldo Julio porque encontra com ela, apesar dos questionamentos e críticas naturais feitos durante a campanha, uma enorme identidade”, declarou, sobre o apoio, Aécio Neves.

 

Após receber o apoio do Democratas e do PSDB, nesta terça (4), o então candidato a prefeito do Recife Carlos Augusto (PV) também anunciou a decisão de estar ao lado do candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB). “Estamos declarando um apoio incondicional, que é assim que deve ser. Nós entendemos que a cidade precisa avançar e, neste segundo momento, nós devemos apoiar a candidatura que mais se aproxima da nossa, que é a candidatura de Geraldo”, declarou Carlos Augusto.

Carlos Augusto, que é presidente estadual do PV, afirmou que não foi feito nenhuma exigência. “Nós já estamos no Governo do Estado e isso contribuiu para a decisão. Acreditamos que Geraldo vá vencer”, acrescentou.

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Geraldo Julio agradeceu mais uma parceria. "Agradeço o apoio de Carlos Augusto e do Partido Verde nesse segundo turno. Um gesto importante, incondicional. Estamos muito animados com a campanha, que tem crescido cada vez mais”, disse.

O candidato à prefeitura do Rio pelo PSOL, Marcelo Freixo, disse nesta terça-feira, 4, que o apoio do PT é "bem-vindo", mas demonstrou não querer a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua campanha. Lula não dividirá o palanque com Freixo nem aparecerá em seu horário eleitoral. Nesta segunda-feira, 3, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu em encontro com Lula o apoio irrestrito à candidatura de Freixo e de Edmilson Rodrigues, em Belém.

"O debate é municipal. A nacionalização do debate aconteceu, o PMDB foi derrotado. Isso é importante. A derrota do PMDB tem relações com o debate nacional. Agora é hora de aprofundar o debate na cidade, as diferenças da concepção de cidade. Agora é hora de um debate sobre o programa", afirmou o candidato, ao negar a participação efetiva do ex-presidente na campanha.

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No primeiro turno, a candidata do PCdoB, Jandira Feghali, fez defesa enfática da presidente Dilma Rousseff, e levou o tema do impeachment para o programa de tevê. Dilma chegou a vir ao Rio fazer campanha com Jandira. A candidata terminou em sétimo lugar, com apenas 3,34% dos votos.

"Qualquer apoio no segundo turno é bem-vindo. A Jandira já apoiou, já falei com (Alessandro) Molon (ex-candidato da Rede a prefeito). O PV tem reunião essa semana, Rede tem reunião amanhã. Vamos formar um grande leque progressista de apoio ao nosso programa. Segundo turno é veto ou é voto. Não é aliança. Ou você vota ou veta", afirmou Freixo. Ele ressaltou que o apoio não pressupõe troca de cargos.

Nesta quarta-feira, 5, um grupo de dissidentes da Rede anuncia o apoio a Freixo. Entre eles, estão o antropólogo Luiz Eduardo Soares e o sociólogo Liszt Vieira, fundadores do partido. O senador Randolfe Rodrigues (AP) e o vereador Jefferson Moura, ambos da Rede, participam do encontro. "Eles vão me apoiar. A gente quer um grande campo progressista", afirmou.

Ainda sem retomar a campanha eleitoral nas ruas, o candidato a prefeito de Olinda Professor Lupércio (SD), nesta terça-feira (4), continuou a fazer críticas sobre a situação do município, principalmente, na área da saúde. “A saúde de Olinda está na UTI”, disparou, durante entrevista concedida a um veículo de comunicação.

Ele afirmou que, caso eleito, irá construir um espaço especializado para atender os idosos, bem como disponibilizar unidades móveis de saúde para levar profissionais de saúde para as áreas mais carentes da cidade. “Também vamos marcar consultas via internet para que as pessoas não precisem acordar de madrugada para estar marcando porque isso é algo angustiante”.

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“Iremos colocar fisioterapia nos postos de saúde porque esse trabalho eu já desenvolvo há um bom tempo. Na cidade, temos duas fisioterapias gratuitas e é um trabalho que está dando certo e vamos intensificar”, acrescentou. 

Lupércio também destacou ações do seu plano de governo para a educação. “Sou professor de matemática e também terminei o curso de Direito. Quero estimular os professores e um trabalho de cursos profissionalizante gratuito, como também com música para ocupar as nossas crianças e adolescentes para que não venham a entrar no mundo das drogas. Esse é o trabalho preventivo que deve ser realizado”, disse.

O candidato ainda ressaltou que irá focar de resolver a questão da insegurança nas escolas. “Além da patrulha escolar, vamos combater a evasão escolar, que é muito grande. Vamos resgatar isso porque eu já tive em sala de aula e que não possui sequer a ferramenta de trabalho o professor”.

Agradecimento

Após a eleição do último domingo (2), Lupércio agradeceu ao povo de Olinda pelos 46.476 votos. “E que venha o segundo turno. Saímos em carreata para agradecer a confiança das pessoas no trabalho que fazemos todos os dias. Vamos seguir em busca de dias melhores para Olinda, pois, a nossa cidade tem esperança”, declarou, na ocasião.

O candidato se reúne, nesta quarta (5), com moradores da Avenida das Garças, no bairro de Rio Doce. O encontro vai acontecer às 19h.

Integrantes da cúpula nacional do PSDB afirmaram nesta terça-feira, 4, que veem dificuldades um possível anúncio de apoio aos candidatos Marcelo Crivella (PRB) ou Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno da disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro.

Após o resultados das urnas, que levou Crivella e Freixo para o segundo turno da disputa na capital fluminense, os dois postulantes iniciaram a busca pelo apoio dos concorrentes que foram derrotados. Na disputa, o PSDB lançou Osório, que ficou em sexto colocado com 8,62% dos votos válidos.

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"A tendência não está muito longe do sentimento que o candidato Osório já externou. Há uma dificuldade de o PSDB em se identificar com qualquer uma das candidaturas, mas quero consultar primeiro outras lideranças locais", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), após reunião com integrantes do partido em Brasília.

Aécio disse que na tarde desta terça-feira iria fazer uma conferência com a participação do presidente estadual do PSDB no Rio, Otávio Leite, para só depois anunciar, a decisão.

"Essa talvez seja a questão mais difícil para o PSDB resolver. (Não apoiar nenhum dos candidatos) é uma hipótese e acho que ela hoje é a mais predominante", afirmou o vice-presidente do PSDB e senador Tasso Jereissati (CE), que também participou do encontro dos tucanos.

PMDB

Na reunião, alguns integrantes da legenda consideraram como "surpreendente" o fato de o PMDB não ter conseguido chegar ao segundo turno na capital fluminense. O candidato peemedebista, Pedro Paulo, ficou no terceiro lugar com 16,12% dos votos.

"Impressionante. O Rio com Copa do Mundo, Olimpíadas, isso há dois meses atrás. (O PMDB) com o governo do Estado, a prefeitura... Foram muitos erros", considerou Jereissati.

Na tarde desta terça-feira (4), o prefeito Geraldo Julio reuniu a bancada de vereadores eleitos para agradecer o empenho de todos. O candidato à reeleição também convocou os aliados para se engajarem até o dia 30 de outubro. “Sei da importância de cada um para o projeto da Frente Popular do Recife. Agora temos outra etapa para cumprir e eu estou com mais disposição agora do que no primeiro turno. Vou trabalhar ainda mais nestes 25 dias”, ressaltou.

"Esse momento é de encontrar vocês para fazer esse agradecimento. Dizer que tem outro serviço para a gente, que é importante para todos nós. Formamos um conjunto grande, que cresceu durante o nosso governo, pessoas que se juntaram, vieram ficar conosco. E quando o conjunto cresce é porque as pessoas acreditam no projeto. Essa vitória será a vitória de todos nós para continuar esse projeto”, acrescentou o socialista.

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Reforço

Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, também presente no encontro, afirmou que este é o momento de receber o “reforço exclusivo” de todos que estão envolvidos no processo. “Para que possamos consolidar o que construímos durante esse período”, disse.

O presidente frisou que todos foram vitoriosos no primeiro turno. “O resultado da eleição confirmou um crescimento intenso, desde o início do processo eleitoral. A gente está colocando em prática o que tínhamos planejado desde o início”, acrescentou Sileno. 

Vereadores do PSB, PMDB, PCdoB, PP, PSC, PRTB, Solidariedade, PEN, PSDC, PDT, Pros, PSD e PRP participaram da reunião. 

 

 

 

 

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