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Na última terça-feira (22) uma das participantes do Big Brother Brasil, da Rede Globo, ganhou uma trilha sonora pernambucana. Ao som de ‘Miss Beleza Universal’, de Doraliyce, Gabriela Hebling foi apresentada ao público como uma das ‘Fadas Empoderadas’ da edição e ganhou o título de ‘Fada Arco-Íris’.

Junto a Hana e Rizia, Gabriela é aclamada nas redes sociais pela educação ao explicar temas como racismo, machismo e feminismo para os outros participantes. A música da pernambucana Doralyce também é um manifesto contra aos padrões estabelecidos pela sociedade.

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“É ditadura! Quanta opressão. Não basta ser mulher. Tem que tá dentro do padrão. Dentro do padrão. Dentro do padrão. Foda-se o padrão”, diz a composição.

Em entrevista a Uol, Doralyce, que é ativista, afirmou que não assiste televisão, mas que ficou feliz com sua estreia na TV brasileira. A cantora também compartilhou, em seu Instagram, o vídeo em que ‘Miss Beleza Universal’ aparece como trilha sonora de Gabriela.

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 Conhecida não só pelos trabalhos como atriz, mas também por seu ativismo feminino, Bruna Linzmeyer compartilhou com seus seguidores, no Instagram, nesta sexta-feira(4), uma foto um pouco mais ousada. A atriz aparece fazendo topless e parte do seu peito pode ser visto.

Mesmo recebendo algumas críticas pelo click postado, muitos fãs elogiaram a atriz. “Essa mulher é muito diva”; “Rainha demaisssss”; “Linda! Tu és um desenho da mais pura beleza”, comentaram.

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Bruna, que está no ar em "O Sétimo Guardião", da Tv Globo, como a jovem Lourdes Maria, namora com Priscila Visman e em recente entrevista para Marie Claire, afirmou que perdeu contratos de trabalho por se assumir lésbica.

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No ar em "O Sétimo Guardião" como a jovem Lourdes Maria, a atriz Bruna Linzmeyer saiu um pouco da personagem para falar da vida pessoal à revista Marie Claire. Em entrevista, Bruna desabafou sobre feminismo, padrões de beleza, posicionamento político e também da sua orientação sexual.

Namorando a artista plástica Priscila Visman desde 2016, Bruna Linzmeyer disse que perdeu contratos de trabalho por se assumir lésbica. "Claro que perdi contratos por me assumir lésbica, mas também ganhei novas oportunidades. E claro que fiquei assustada, principalmente porque tinha um apartamento para pagar e meus pais não são ricos, pelo contrário", revelou.

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"Mas não tive muita escolha. Ou me assumia e vivia a minha vida, ou tinha um câncer, tinha depressão. Adoecia. A minha sorte é que, por outro lado, me posicionar aproximou de mim marcas que pensam como eu, que acreditam que o exercício da liberdade é valioso", completou.

Em um determinado ponto da conversa com a equipe da Marie Claire, Bruna afirmou que não irá se bloquear dos carinhos que dá e recebe da namorada em lugares públicos. "Não vou deixar de beijar minha namorada em público porque alguém poderia bater uma foto e isso virar notícia. Nunca foi uma opção me esconder".

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O programa 'Encontro', apresentado por Fátima Bernardes, recebeu a atriz Kéfera Buchmann nesta quinta-feira (13). No ar em "Espelho da Vida" com a personagem Mariane, Kéfera movimentou a internet ao participar de uma discussão sobre o feminismo, tema abordado na atração.

No palco, Kéfera ficou atenta à conversa entre Fátima e um rapaz que estava na plateia. Ao ouvir a declaração do convidado envolvendo a luta pela igualdade, a atriz não ficou calada. "A gente sabe muito bem o que é feminismo e a gente entende o seu ponto de vista, só que é desnecessário", disse.

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Durante o bate-papo, Kéfera foi interrompida pela mesma pessoa, mas rebateu em seguida. "Não é o seu lugar de fala. Você pode ouvir, complementar e nos respeitar. Vocês não tem que ensinar [o que é feminismo] 'pra' gente", completou

No Twitter, alguns internautas vibraram com a fala de Kéfera Buckmann. "Chega de homem querer transformar o feminismo em uma pauta sobre como eles se sentem em relação ao movimento", comentou um usuário do microblog. "Tem um cara passando muita vergonha no 'Encontro' querendo falar sobre o feminismo. Que pisão esse escroto está levando da Kéfera!", escreveu outra seguidora.

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Milhares de manifestantes se concentraram na França neste sábado (24), convocados por um coletivo civil para protestar contra as "violências sexistas e sexuais", uma iniciativa que teve réplicas em várias cidades europeias.

Estavam previstas manifestações em meia centena de cidades francesas, inclusive em Paris, onde um cortejo marchou rumo ao leste da capital, longe das manifestações dos "coletes amarelos" contra a alta nos impostos dos combustíveis.

Segundo a organizadora, Caroline de Haas, 50.000 pessoas se concentraram na França. Destas, 30.000 marcharam por Paris contra as 2.000 do ano anterior, segundo uma fonte policial.

As autoridades, por sua vez, contabilizaram 12.000 manifestantes na capital francesa.

Vestidos de violeta, estes reivindicaram "o fim da impunidade dos agressores" e "meios econômicos suficientes".

"Estou aqui para apoiar todas as vítimas e continuar essa luta que começou muito antes que eu", declarou a atriz francesa Muriel Robin, que reuniu mais de mil mulheres em outubro em Paris contra a violência doméstica.

Em Marselha e Rennes, centenas de pessoas se manifestaram, a maioria vestindo algo cor violeta: um lenço, brincos ou maquiagem.

Para Tanguy, um estudante de 19 anos, "é um movimento que não entende de sexo, não é uma luta de mulheres contra homens, mas uma luta de homens e mulheres juntos contra as desigualdades".

Criado em setembro e apoiado por várias associações, o movimento batizado #NousToutes (Todas nós) espera "passar do testemunho à ação", um ano depois da onda #MeToo, que provocou um aumento de 23% nos casos de violência sexual denunciados à polícia.

Na França, 123 mulheres nas mãos de companheiros ou ex-companheiros em 2016, ou seja, uma a cada três dias. Diariamente são violentadas mais de 250 mulheres, segundo cifras oficiais.

Outras manifestações também foram organizadas em várias cidades europeias, na véspera do dia internacional pela eliminação da violência contra a mulher, em 25 de novembro.

No sábado à noite, no centro de Madri, uma marcha noturna reuniu centenas de feministas, que desfilaram ao ritmo de tambores e repetiram em coro: "Estamos todas. Faltam as assassinadas".

Estão previstas para o domingo várias manifestações, tanto na capital espanhola quanto em Barcelona e outras cidades espanholas.

Em Genebra e Atenas, centenas de pessoas protestaram no sábado e pouco mais de 1.000 desafiaram a chuva em Roma, soltando 106 balões cor-de-rosa, em memória às mulheres assassinadas este ano, segundo um fotógrafo da AFP.

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O projeto feminista Dandaras do Norte é um grupo de slam (performance competitiva poético-musical) itinerante criado no final 2016 e é composto por 20 mulheres que atuam na poesia, hip hop e como Dj. O coletivo tinha como objetivo, num primeiro momento,  garantir o protagonismo feminino no hip hop. Atualmente, possui um amplo público que acompanha e participa das disputas.

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As composições do coletivo são autorais, tanto no hip hop quanto na poesia, e falam sobre temas variados que abrangem as realidades vividas por cada uma das integrantes, como regionalismo, vivência lésbica, viver sem violência, liberdade. “Tudo que se canta, tudo que se recita é muito pessoal, parte das nossas vivências. E cada uma aborda na sua poesia um tema diferente. Eu, pelo menos, falo da não violência contra a mulher, relações étnico-raciais, de política e tantos outros temas. Depende muito do momento”, disse Shaira Mana Josy, uma das integrantes do coletivo. Em uma das suas apresentações, o grupo já teve uma interferência inconveniente de um homem que se levantou e começou a falar de seus genitais. “Foi algo muito chato, os próprios seguranças tentaram convencê-lo a sair do local e ele não queria sair”, relembrou a artista.

Muitas mulheres, ao terminar o slam, a disputa artística, procuram as integrantes para conversar e dizer que o movimento é muito importante para elas, que desejam fazer parte de alguma forma e que se sentiram representadas nas poesias, nas letras das músicas. “A importância do movimento está em poder fechar um trabalho que dê segurança para as mulheres e ao mesmo tempo que elas conseguem se fortalecer, aumentar sua autoestima. A partir daí poder produzir e enfrentar outros espaços, acreditando que seu trabalho é tão importante quanto o de qualquer outra pessoa”, explicou Shaira Mana.

O grupo Dandaras do Norte já viajou por algumas cidades do Brasil, entre elas Manaus, São Paulo e Rio de Janeiro. Também é procurado para participar de pesquisas sobre o trabalho que produz. “As pessoas querem nos ouvir e entender como é que nós produzimos esse tipo de trabalho, quais são nossas inquietações. E dentro da academia também tem muita gente procurando para desenvolver dissertações, TCC, artigos para saber quem somos nós e de onde que vem essa força do coletivo”, relatou a poetisa. 

O Dandaras do Norte participa do evento Bike Anjo, nesta quinta-feira (15), ao lado da Casa das Artes. A apresentação será de 11 às 11h45.

Por Wesley Lima.

 

A Escola Pernambucana de Circo estreia o espetáculo feminista Flores Fortes, em formato de circo-teatro, que aborda temas como violência doméstica e sexual, sororidade e empatia entre mulheres. As montagens serão realizadas na sede da escola, que fica na Avenida José Américo de Almeida, bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, nas próximas terça (20) e quarta-feira (21), além dos dias 26 e 27 de novembro, sempre às 19h. A entrada é gratuita. 

A montagem do espetáculo foi viabilizada através de um financiamento coletivo realizado na plataforma Benfeitoria durante dois meses. Inicialmente, a ideia era realizar as apresentações também em escolas públicas do Recife, a fim de alcançar o público jovem, o que ainda é um objetivo futuro da escola. 

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“Flores Fortes é isso: mulheres, força, empoderamento, união, vida, todas desnudando-se para refazerem-se mais fortes com as partes de um todo que são cada uma que se juntam em um enlace fraterno e singular. Por isso, a plateia é convidada a dividir esses momentos de empatia e solidariedade”, conclui Fátima Pontes, coordenadora executiva da Escola Pernambucana de Circo. 

Serviço

Flores Fortes 

20, 21, 26 e 27 de novembro | 19h 

Escola Pernambucana de Circo (Av. José Américo de Almeida, 5 - Macaxeira) 

Gratuito 

3266-0050/3034-3127/(81) 9 8606.7715 

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Tatá Werneck teve um pequeno atrito com uma de sua seguidoras, no Instagram, nesta quinta (8). Após postar uma trecho de uma entrevista com Juliana Paes, em seu programa, Lady Night, a fã criticou a postura da humorista em relação ao tema depilação mas acabou recebendo uma resposta nada tímida.

O vídeo mostra um trecho da entrevista em que Tatá e Juliana conversam sobre depilação. A humorista brinca em relação a ter ou não pelos e uma de suas seguidoras não gostou muito da situação. Ela comentou: "tatá, você é demais, mas perde a oportunidade de trazer discussões de gênero importantes. faz depilação só por causa de macho? A depilação deveria ser para você. Olha o machismo estrutural atacando".

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Sem hesitar, Tatá respondeu dizendo que as mulheres deveriam ter liberdade de se depilarem, ou não, pelo motivo que quisessem, e a fã insistiu: "Pela forma como você ridicularizou o quadradinho mais peluda, não parece que a mulher tem a opção de não se depilar. Ser famosa não te garante que você pode lacrar em cima de quem estuda e luta mais que você, beijo!" Foi aí que Tatá decidiu ser bem clara quanto à sua posição: ""Mas pera aí! Dizer que uma mulher 'que estuda e luta mais que você' está indo de encontro à toda a luta pela sororidade, amor. Agora é competição de quem é mais feminista? Você não conhece as minhas lutas. Não to lacrando, nem sei fazer isso. Sou bagaceira, não tenho esse objetivo. Estou apenas trabalhando! Mas agora é competição de mulheres contra mulheres? Você tá de qual lado?".

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A filha de Kelly Key, Suzanna Freitas, revelou na última terça-feira (16), que fez a primeira progressiva capilar ainda criança. Ela contou em sua conta no Instagram, via stories, que alisou o cabelo quando tinha 5 anos e que na época sofria bullying por ter cabelo cacheado.

Suzanna fala que o feminismo não era tão propagado naquela época, que o padrão estabelecido pela sociedade exigia madeixas lisas e que ela não era incentivada a se aceitar e se sentir bonita. Ela também contou que os fãs da mãe a criticavam por conta do cabelo e faziam comentários como 'Caraca, Kelly, sua filha é horrorosa. Cuide do cabelo dessa garota.'

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A filha da cantora ainda disse que mesmo entendrndo agora que seu cabelo era bonito, não sente mais vontade de deixá-lo cacheado, mas que não queria ter se importado com isso tão cedo.

"Sendo que hoje eu consigo ver que meu cabelo era bonito, só que ninguém me falava isso, minha avó, minha mãe só. Já sofri bullying por causa disso, porque minhas amigas tinham todas cabelo liso, elas levavam escova para a escola, penteavam, continuava liso, quem tem cabelo cacheado sabe que ele só fica bom quando penteado depois do banho. Sofria bullying real, já fui chamada de poodle, essas coisas, e como minha avó já era dona de salão na época, fiz minha primeira progressiva.", afirma.

Por Lídia Dias

Com o lançamento da nova temporada de Doctor Who, com o protagonista na versão feminina pela primeira vez, o BBC América e o instituto Women's Media Center produziram e publicaram um estudo que mostra que meninas entre cinco e dezenove anos querem ver mais protagonistas femininas, tanto no cinema quanto na televisão. A pesquisa feita com 2.500 crianças e adolescentes, mostra que 84% delas preferem mulheres com superpoderes ou habilidades.  

“Nós sabemos que a representatividade importa, como mostra esse estudo. Nossa pesquisa mostra que heroínas e personagens femininas na ficção cientifica ajudam a preencher uma lacuna de confiança nas meninas, fazendo com que elas se sintam fortes, corajosas, confiantes, inspiradas, positivas e motivadas”, disse a presidente do instituto Women's Media Center. Julie Burton.

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Um desses exemplos de empoderamento feminino começou no início dos anos 2000 com As Meninas Superpoderosas, e ganhou mais força com o filme solo da Mulher Maravilha no ano passado. O próximo filme que chega para dar mais força para a mulherada é Capitã Marvel, que estreia 08 de março nos cinemas.

Por Pietro Tenorio

A cantora baiana Claudia Leitte também resolveu tomar posição frente à polarização política que antecede a eleição marcada para este domingo (7). Durante show realizado na noite do último sábado (29), na cidade de Brasília, Distrito Federal, ela fez um discurso sobre a falta de amor e enfatizou que não tolera misoginia e homofobia. Na plateia, o público entoava #EleNão.

“Em primeiro lugar, eu quero dizer que só acredito no amor como solução para o ódio, especialmente na falta de diálogo que vem acontecendo nas redes sociais. Como mulher, quero dizer que não tolero misoginia e aqui, junto de vocês, eu vou reiterar que não admito, nem tolero homofobia”, falou a cantora.

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Mesmo sem citar diretamente a campanha #EleNão, contra o candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro (PSL), o público entendeu a mensagem da cantora e aplaudiu o posicionamento político. Vários famosos têm abraçado a causa. Na última sexta-feira (28), a rainha do pop, Madonna, também se manifestou em apoio à ação por meio do Instagram. 

Confira o vídeo do momento:

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Por Lídia Dias

A reivindicação de uma maior presença feminina na indústria e o desfile de estrelas consagradas e emergentes em torno de temas muito diferentes dominarão o Festival de Cinema de San Sebastián, que começa nesta sexta-feira nessa cidade do norte da Espanha.

De 21 a 29 de setembro, 18 filmes concorrerão à Concha de Ouro, o prêmio máximo deste festival, que se define como "o menor dos grandes", depois de Berlim, Cannes e Veneza. Outros 12 filmes competirão na seção Horizontes Latinos, dedicada ao cinema latino-americano.

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O encontro na cidade basca começará com um dos rostos mais famosos deste festival: o do ator argentino Ricardo Darín, protagonista do filme "El amor menos pensado", uma reflexão sobre o amor e o casamento dirigida por seu compatriota Juan Vera.

As temáticas serão diversas entre as 17 produções restantes: um enredo amoroso em "L'homme fidèle", do francês Louis Garrel; a luta contra os narcotraficantes filipinos em "Alpha, the right to kill", de Brillante Mendoza; a história do dançarino cubano Carlos Acosta em "Yuli", da espanhola Icíar Bollaín; e a vida provinciana na Argentina no novo longa-metragem de Benjamín Naishtat, "Rojo".

Uma programação que vai "em diferentes direções para mostrar o que está acontecendo no mundo do cinema", comentou recentemente o diretor do festival, José Luis Rebordinos.

Espera-se 175.000 espectadores ao longo dos nove dias em San Sebastián, que em sua 66ª edição terá no tapete vermelho as atrizes francesas Juliette Binoche e Laetitia Casta, o ator canadense Ryan Gosling e o britânico Robert Pattinson.

Pelo segundo ano, haverá produções distribuídas na plataforma Netflix, uma opção que ainda é tabu em Cannes, e se apresentará uma série, a espanhola "Gigantes", sobre uma família de narcotraficantes.

A grande novidade será a reivindicação de uma maior presença feminina, na esteira do movimento #MeToo, que surgiu há um ano em Hollywood e que chama a atenção para o fato de que apenas cinco das 18 produções na competição oficial foram dirigidas por mulheres.

Por isso, será assinada no domingo uma carta pela igualdade e inclusão das mulheres na indústria cinematográfica.

Esta edição premiará a atriz britânica Judi Dench - a personagem "M" na saga James Bond -, o americano Danny DeVito e o diretor japonês Hirokazu Kore-eda em reconhecimento a suas trajetórias.

O apresentador Danilo Gentilli utilizou sua conta no Twitter para fazer declarações atacando o movimento feminista, chamando-o de “massinha de manobrinha”. A afirmação gerou uma reação forte no das usuárias da rede social que estão fazendo críticas a ele usando a tag #CalaBocaGentilli, que está em primeiro lugar nos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil e em segundo no trends do mundo.

Em seu tweet, Gentilli também afirmou que “o movimento feminista NUNCA foi algo pelo ‘empoderamento’ feminino” pois, segundo ele, as eleitoras feministas “ao invés de votarem na Marina Silva - uma mulher - estão se mobilizando entre Ciro e Haddad. Porquê? Porque um líder macho hetero branco esquerdista assim ordenou”, referindo-se ao ex-presidente Lula. 

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Na hashtag, homens e mulheres comentaram o tema e a maior parte dos tweets são de críticas à afirmação de Danilo Gentilli que, para muitas pessoas, está tentando ensinar feminismo às mulheres.

“Chego a ter um pouco de dó, tá cheio de  homem frustrado sexualmente, fracassados que passam o dia no xvídeos e esperando algum lacre do macho alfa deles, o @DaniloGentili com raivinha pq estamos falando mal dele. #CalaBocaGentilli”, disse uma usuária da rede social. 

Outra internauta também criticou a posição do apresentador: “Não somos massas de manobras, a gente só não vota em candidato machista e homofóbico. Não temos nada contra os homens e sim contra o machismo”, disse ela. 

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A Escola Pernambucana de Circo está promovendo uma campanha de financiamento coletivo que tem como objetivo viabilizar a montagem de um espetáculo feminista. “Flores Fortes” tem o formato de circo-teatro, foi idealizado pela Trupe Circus e pretende levantar o debate sobre temas como sororidade e violência contra a mulher em escolas da zona norte do Recife. 

O elenco é formado por seis mulheres do grupo de artistas da Escola Pernambucana de Circo. No espetáculo, elas falam de colaboração, empatia entre mulheres, violência doméstica e sexual em meio a música, malabares e pirofagia, entre outras modalidades do circo. 

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O crowdfunding está sendo realizado através da plataforma de financiamento Benfeitoria e tem como meta arrecadar R$ 20.250 até o dia 30 de setembro, em regime de tudo ou nada: se não alcançarem a meta, não ficam com o valor que haviam arrecadado até o fechamento do prazo da campanha.

A coordenadora executiva da Escola Pernambucana de Circo, Fátima Pontes, conta que a ideia do espetáculo surgiu de uma angústia da escola com o aumento da violência contra as mulheres em todo o país, mas principalmente nas periferias do Recife.

“Sentimos a necessidade de abordar esse tema, mas não pelos índices alarmantes que situam a violência contra a mulher, e sim pelo sentimento de como nós, mulheres, podemos ajudar umas às outras e, assim, diminuir esses índices”, explicou ela. 

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O Grupo Rouge, que se reuniu em 2017 após 12 anos trabalhando separadas em projetos individuais, lançou o clipe oficial da música “Dona da Minha Vida” na noite da última quinta-feira (30). 

Com uma letra que aborda o empoderamento feminino diante de uma relação abusiva que teve fim, as imagens do clipe também mostram críticas à violência física contra a mulher, à gordofobia e à transfobia. 

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O clipe foi dirigido por João Monteiro e Fernando Moraes, com co-autoria das cantoras do grupo, Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Li Martins e Lu Andrade. Além das artistas, há a participação de muitas pessoas, especialmente mulheres, que dão um tom feminista ao clipe. A música também já está disponível em outras plataformas digitais como o Spotify, Deezer e Apple Music. 

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O nascimento ou adoção de um bebê ou criança é um momento especial e importante para um casal. Ao nascerem, junto com a chegada das crias, pais e mães que precisam aprender a desempenhar esse novo papel em suas vidas. 

Quando se trata de filhos biológicos, além de todas as dificuldades trazidas pelo desafio de aprender a cuidar de uma criança em tempo integral, fatores como hormônios da fase de puerpério, a privação de sono e o cansaço físico também tornam os primeiros momentos de vida do bebê muito intensos. 

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As mães, em especial, têm uma carga física e emocional mais pesada devido à necessidade da amamentação e às pressões sociais em torno da maternidade. Em um cenário de muitas emoções, hormônios, medos, amor e cansaço, contar com a presença do companheiro para dar conta do cuidado com a criança e com a casa é essencial para que a mulher não fique sobrecarregada. 

A volta do pai ao trabalho muito cedo, além de trazer sentimentos ruins para as mães como, por exemplo, desamparo e solidão, também pode dificultar a criação do vínculo de afeto e cuidado entre pai e filho, dificultando a volta materna à sua rotina de antes do nascimento e à sua carreira, devido à preocupação com quem cuidará dos filhos na sua ausência. 

Essa realidade faz com que a ampliação da licença-paternidade e sua equiparação com o tempo que é concedido às mães ssejam pautas amplamente defendidas pelas mulheres dentro e fora dos movimentos feministas, sendo entendida como uma forma de promover uma mudança de cultura em que pais sejam tão responsáveis pelo cuidado com os filhos quanto as mães, tornando a paternidade mais ativa e a maternidade menos pesada. 

As dificuldades de passar o dia inteiro cuidando de uma criança pequena sem a presença do pai que precisou voltar ao trabalho foram grandes e causaram sofrimento à professora universitária Bárbara Bastos tem 38 anos e dois filhos com o seu marido, Tiago Franca Barreto, de 39 anos. 

Quando tiveram o primeiro filho, Tiago conta que conseguiu tirar férias para ficar mais tempo junto à esposa e ao bebê. Já ao final da segunda gestação, da qual nasceu Olívia, que hoje tem 1 ano e 2 meses, o pai só conseguiu ficar junto à família durante os cinco dias previstos na legislação, mais o final de semana, totalizando uma semana. 

Tiago conta que o momento da sua volta ao trabalho foi difícil. “Os primeiros momentos de vida são fundamentais para criar esse vínculo com o bebê, mas acabamos nos afastando logo e já existe um grande reforço social que colabora para uma relação menos afetiva”, reflete. 

Bárbara define o momento em que passou a ter que ficar sem a companhia do marido durante o dia como sendo “terrível”. Para ela, o abalo emocional causado pelo período do puerpério (período entre o pós-parto até o retorno do corpo e mente da mãe às condições que tinha antes da gravidez) trouxeram sentimentos com que teve dificuldade de lidar.

“Me deu uma sensação de desamparo, de que ia passar privações, muito cansaço, sono, fome, porque com um bebê muito novinho a gente fica o tempo todo com as mãos ocupadas e não consegue fazer muita coisa, eu chorava quando ele [Tiago] saía para trabalhar, sentia tudo com uma intensidade aumentada pelos hormônios. Tinha uma funcionária me ajudando, mas não há a mesma intimidade para estar com ela no quarto sempre me ajudando quando eu precisava”, contou ela. 

Bárbara afirma que no que diz respeito ao apoio do pai e sua importância na retomada da carreira da mãe, saber que o pai tem plena capacidade de assumir o cuidado da criança faz com que a mulher se sinta segura para trabalhar sem se preocupar se a criança está ou não sendo bem cuidada. “Um cuidador que não pertence ao núcleo familiar mais próximo não tem a mesma responsabilidade e não necessariamente compartilha dos mesmos princípios e valores na criação. Eu sinto que com o pai eles estão bem, sem faltar nada nem materialmente nem emocionalmente e assim consigo trabalhar sem sentir que estou em falta com eles, mas isso só é possível quando existe uma parceria real com o pai das crianças, e sei que raramente é assim”, pontua.

Tiago reforça a opinião da esposa, lembrando que o mercado de trabalho e a sociedade criam dificuldades às mulheres devido à visão do que é papel de cada um, o que as prejudica profissionalmente. 

“Mulheres são preteridas de muitos empregos, porque além de licença-maternidade, é ela quem tem que tomar conta do filho na doença, não pode viajar por isso. Quanto mais nos envolvemos com tarefas rotineiras de dar banho, colocar fralda, roupa e colocar pra dormir, mais criamos segurança, então se houvesse uma divisão melhor dos cuidados com os filhos, além do pai poder exercer mais ativamente sua paternidade, a mãe poderia ter uma tranquilidade maior para recomeçar sua vida profissional”, afirma. 

Para Bárbara, o período curto e discrepante de licença para pais e mães tem um fator cultural machista como pano de fundo. 

“Acho que a lei é reflexo do machismo de nossa sociedade, eu gostaria que as famílias pudessem decidir, de acordo com suas possibilidades e preferências, quanto tempo de licença ficaria pra mãe e para o pai. As mulheres não querem nem podem, em sua maioria, dedicar suas vidas integralmente a cuidar da casa e dos filhos, a solução é que existam pais ativos em seus papéis, seria melhor para todos os envolvidos que os pais assumissem suas responsabilidades”, afirmou.

Paula Ferreira Batista, de 39 anos, trabalhava como assistente social, hoje é dona de casa e tem dois filhos com o seu marido, que já foi professor, trabalha como pastor e empresário e, no nascimento de ambos os filhos, tirou um mês de férias. A falta de apoio de outras pessoas além do marido, no entanto, fez com que tudo ficasse muito difícil para Paula quando ela teve que ficar o dia inteiro sozinha com o bebê, levando a um quadro de depressão pós-parto. 

“Não tive retaguarda de absolutamente ninguém da família, amigos ou empregados, quem criou junto comigo foi o meu marido. Depois que ele não podia mais ficar tive depressão pós-parto porque eu tinha que amamentar, dar conta do bebê, da minha própria comida e atividades domésticas. Não conseguia curtir a maternidade, sentia vontade de morrer, vivia chorando e lamentando, não tinha vontade de sair e como esposa negligenciei o marido, criei muito atrito. Também tive anemia por isso, pois não conseguia cuidar de mim”, contou ela.

Já com o nascimento do segundo bebê, por estar “mais calejada”, as coisas correram com mais paz, segundo Paula. Perguntada sobre de que maneira ela poderia ter tido uma primeira experiência materna menos conturbada, ela responde que “se ele [o pai] ficasse os 3 primeiros meses da vida do bebê seria o ideal para mim, principalmente no primeiro filho, quando é tudo muito novo porque está nascendo uma mãe também”. 

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Um estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o World Policy Analysis Center constatou que 90 milhões de crianças com menos de um ano de idade nascem e vivem em países que não têm nenhum tipo de licença-paternidade. O número equivale a cerca de dois terços das crianças. 

Comparando o Brasil com o restante do mundo, percebe-se que a situação não é uma das piores (visto que há uma previsão legal de licença), mas está distante do ideal: os cinco dias previstos pela Constituição Federal de 1988 corresponde a apenas 9% da média de tempo de licença registrado nos países desenvolvidos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

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Para ter uma ideia melhor da situação, os cinco dias que são oferecidos no Brasil contrastam com as licenças oferecidas em países como Coréia (52,6 semanas), Japão (52 semanas) e Suécia (14,3 semanas). Na contramão, países como com o México tem uma semana e Estados Unidos e Suíça não preveem nenhum dia de licença remunerada para os pais de recém-nascidos.

Além da ampliação do tempo, outros fatores a se considerar no momento de um debate a respeito da licença-paternidade são a remuneração e a possibilidade ou não de dividir o período de dias a que cada membro do casal tem direito, para que tudo seja feito da maneira a que a família se adapte melhor. 

Apesar de ser completamente remunerada, a licença paternidade no Brasil não permite que o tempo a que o pai tem direito seja manejado pela família através de um planejamento que leve em conta as licenças de ambos os responsáveis pela criança.

Nesse sentido, a Suécia é apontada como um dos países com a legislação mais avançada de todo o mundo. Lá, desde 1974 existe a previsão legal de licença para os pais, sendo o primeiro do mundo a instituir esse tipo de política. 

Atualmente, casais recebem por lei 480 dias de licença a partir do nascimento da criança que podem ser divididos entre mãe e pai, dos quais 90 são compulsórios para o homem, que recebe 80% do salário, pagos pelo Estado nos primeiros 390 dias de licença.

Segundo a professora, pesquisadora e doutora em Direito do Trabalho, Isabele Moraes D’angelo, apesar de Constituição prever apenas cinco dias, há outros dispositivos legais além da própria vontade da empresa (uma vez que são os empregadores, não o Instituto Nacional de Seguro Social, quem paga pela licença-paternidade), que permitem a ampliação desse prazo. 

O Programa Empresa Cidadã, por exemplo, concede benefícios fiscais às empresas que devem, em troca, dar mais 15 dias aos funcionários, que devem fazer essa solicitação em até dois dias após o parto ou adoção e também precisam comprovar a participação em programas ou atividades de orientação sobre paternidade responsável. 

Além disso, o Marco Regulatório da Primeira Infância não modifica as regras para a licença-paternidade no serviço público, sendo possível que os servidores que tenham filhos disponham de até 30 dias, dependendo do Estado em que trabalhem. Em Pernambuco, por exemplo, a licença para servidores públicos é de 20 dias.

No ano de 2016, uma mudança na legislação que trata do tema (Artigo 473 da CLT) também instituiu o direito de os funcionários faltarem ao trabalho sem prejuízo salarial por até dois dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira e um dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica (Lei nº 13.257).

O advogado especialista em Direito Trabalhista e sócio da empresa Brasil Salomão e Matthes Advocacia Osvaldo Kusano explica em um artigo que a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) poderá ser modificada também por meio de acordos coletivos de trabalho. 

Para Isabelle, os requisitos para que a ampliação da licença seja concretizada são muitos, o que faz com que a possibilidade de ter 20 dias de licença não seja alcançável por todos os pais. 

Possíveis mudanças na Lei

Uma consulta aos portais de órgãos como a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aponta um cenário em que vários políticos sugerem projetos de alteração das regras de licença-paternidade, alguns muito semelhantes entre si e outros que apresentam propostas totalmente distintas com tempos de que variam entre 30 e 120 dias de licença. Vários dos projetos foram apensados, cancelados, arquivados ou estão tramitando, alguns há vários anos, sem nunca chegar a ir ao plenário para votação.

No que diz respeito à ampliação de licença por casos especiais como, por exemplo, o falecimento da mãe no parto ou durante o período de licença maternidade e adoção por casais homoafetivos, a doutora em Direito do Trabalho Isabelle Moraes D’angelo explica que mesmo não havendo uma lei específica já existe um entendimento na justiça de que os pais devem ter direito a um regime especial de licença. 

Assim, na opinião de Isabelle, ainda é a falta de vontade política para levar adiante um projeto de lei que ponha na Constituição um período de licença que seja equiparado ao que é concedido às mães, ou que pelo menos amplie a participação do pai no começo do convívio com os filhos como um direito de todos os brasileiros.

 

Pais felizes são funcionários engajados

A concessão de uma licença-paternidade maior do que os cinco dias a que todos têm direito por força de lei, por escolha institucional, é uma prerrogativa que as empresas têm. No Brasil já encontramos alguns exemplos de companhias permitindo que, ao se tornarem pais, os homens que ali trabalham gozem de um benefício maior e com a remuneração integral. 

A empresa de cosméticos Natura, por exemplo, oferece 40 dias de afastamento do trabalho em função do nascimento ou adoção de filhos aos seus funcionários, sem nenhum desconto financeiro. 

De acordo com o diretor de remuneração e benefícios da empresa, Marcos Milazzo, a medida, que foi implementada no ano de 2016, tem por objetivo gerar um ambiente de trabalho que preze pelo bem-estar como meio de aumentar o engajamento dos funcionários. 

O engajamento é uma medição do modo como os funcionários se relacionam com a empresa. Segundo Marcos, as experiências positivas dos trabalhadores com a empresa e levando isso para outras pessoas. Conceder um tempo maior com a família no momento da chegada de um filho, segundo ele, é positivo para o funcionário e para a empresa porque se trata de um momento importante da vida em família que, quando melhor vivenciado, melhora a relação do funcionário com a empresa e eleva o engajamento.  

“Temos estudos que mostram que quando há uma experiência positiva de trabalho, há uma tendência a mais tranquilidade do funcionário, que se torna mais produtivo, mais eficiente, além de promover a empresa, o que ajuda a atrair novos talentos para trabalhar conosco”, explica. 

Um exemplo disso é o coordenador de sustentabilidade da Natura, João Teixeira, que tem um filho de três meses e tirou 40 dias de licença para ficar com ele e com a esposa quando o bebê nasceu. 

João destaca a importância de estar presente no dia a dia do filho no início de sua vida, dando também todo o suporte necessário à esposa, fortalecer o vínculo de pai e filho que acaba sendo limitado por causa do horário do trabalho. 

“Eu estava acostumado a cuidar do bebê, então eu senti um pouco esse retorno, de ver menos o bebê. Quando eu chego e ele está acordado e me dá um sorrisão, isso faz diferença. Fico muito contente de ter vivenciado esse começo da vida dele, conhecer a personalidade dele, entender ele, acho que isso me auxiliou no trato com meu filho e isso me deixa mais tranquilo para trabalhar”, explica João. 

Ele também explica que acha o tempo determinado pela lei muito curto para que a família se adapte à nova rotina e que os pais entendam o que significa cuidar de um bebê e a carga de trabalho que as mães têm com a criança quando não estão devidamente amparadas. 

“Acho que os pais que não têm essa vivência subestimam a carga da mulher por não entender o quanto é trabalhoso, além da criação do vínculo com o filho fica limitado. Ter mais tempo com o bebê acordado, ficando mais tempo em casa para conhecê-lo melhor faz diferença”, conta.

A expectativa de aumento da participação da mulher na política é cada vez mais evidente e, este ano, o país tem nas disputas estaduais 25 candidatas a governadora e 67 postulantes a vice. Delas, na disputa pelo Governo de Pernambuco tem cinco candidatas, duas concorrem ao posto de chefes do Executivo - Simone Fontana (PSTU) e Dani Portela (PSOL) -,  já as outras três - deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) e a educadora social Gerlane Simões (PCB) - buscam ser eleitas como vice nas chapas. 

O quadro pernambucano é positivo, se considerarmos os dados 2014 e 2010, quando nenhuma mulher concorreu a governadora. Já para as vagas de vice, na última eleição duas candidatas estavam na disputa e, em 2010, quatro das seis postulações eram femininas.  

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“O número de mulheres que estão candidatas agora ainda é insuficiente? Sim é, Pernambuco é uma das capitanias hereditárias políticas onde isso é muito marcante. São os mesmos grupos e famílias que vão se revezando e, nesse espaço, quando se fala de novo é o filho de alguém que se candidata. Porém, este ano você tem mulheres fortes na disputa, como Luciana Santos e Isabella de Roldão, entrando na chapa de vice para dar uma cara feminina. E o PSOL que vem com todas as candidaturas majoritárias feministas”, ponderou Dani Portela. 

Para Luciana Santos, que está na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), o cenário em Pernambuco é reflexo da “tradição de luta feminina” que o Estado tem. “Isso tem consequências também na política”, observou a deputada federal. 

“Ter mulheres em espaços de decisão e de poder sempre é muito importante e significativo, incluindo aí os espaços ligados à política. O Executivo tem características especiais, é ali que a gente se depara com questões mais práticas, que tocam a vida dos cidadãos no dia-a-dia. Um olhar feminino sobre as políticas públicas e na definição de quais são prioritárias é importante, traz para o Poder Executivo o olhar de 51% da população, as mulheres, que precisam ser mais ouvidas e consideradas”, completou Luciana. 

Apesar de estudiosos apontarem  que a mudança na questão de gênero com o resultado do pleito não deve ser significativa, o número de candidaturas de mulheres à vice-governadoras, por exemplo, cresceu. O número deste ano representa 37,6% do total enquanto em 2014 o percentual era de 27,7% e, em 2010, 19,5%. 

A crescente foi considerada positiva por Dani Portela. “Acredito que 2018 é o ano da participação da mulher na política. Temos uma desigualdade muito grande no acesso das mulheres aos mandatos Legislativos e Executivos isso torna ilegítima a representatividade nessas Casas. É hora da virada. [...] É hora da mulherada acordar e nós não recuaremos”, cravou a candidata do PSOL a governadora. 

Cotas femininas

Outro aspecto que deve ser considerado quando se trata da candidatura de mulheres é a legislação eleitoral que tem sido modificada, nos últimos anos, no sentido de tentar incentivar ainda mais o ingresso delas seja no Executivo ou no Legislativo. A partir desta eleição, por exemplo, o fundo de financiamento público eleitoral que destina R$ 1,7 bilhão as campanhas dos partidos, destinará R$ 510 milhões exclusivamente para candidaturas femininas. 

Presidente nacional do PCdoB, ao ser questionada se o fato influenciava nas composições das candidaturas e chapas, Luciana Santos disse que sim, mas ponderou “não ser determinante”. “É preciso considerar também que as mulheres já são mais de 40% da população economicamente ativa, a maioria nas universidades, 1/4 entre chefes de família, e portanto têm uma participação objetiva na construção da Nação. Mostramos que somos capazes; onde a gente tem papel público provamos nossa capacidade e construímos nosso próprio espaço”, argumentou. 

A determinação da Lei foi considerada como um “estímulo importante” para Isabella de Roldão, que é vice na chapa do ex-deputado Maurício Rands (Pros). “Os estímulos positivos são sempre importantes. A gente ainda precisa deles. Se não existisse a lei da cota, por exemplo, os homens continuariam dominando a política. Hoje ainda dominam, mas a gente sabe que esse espaço para mulheres existe muito em decorrência de exigência legal. Não é isso que desejamos, não queremos viver na sociedade onde as mulheres só tenham espaço por conta de exigência legal, mas enquanto isso não acontece é óbvio que é importante”, salientou a pedetista. 

Vice e o discurso machista

Quanto ao discurso que aponta as mulheres vices de governos comandados por homens como agentes públicos “meramente figurativos”, tanto Luciana quanto Isabella foram críticas e pontuaram que a postura é de “quem não compreende o papel público”. 

“Embora ter mulheres na política não seja exatamente uma novidade, e de não nos faltar exemplos de mulheres incríveis como Adalgisa Cavalcante, Julia Santiago ou Cristina Tavares, só para citar algumas pernambucanas que abriram caminho nessa frente; muita gente ainda prefere se apegar a estereótipos para justificar posições preconceituosas ou atrasadas. Os tempos mudaram e há muito tempo o papel da mulher na sociedade, enfrentando as mais diversas barreiras, é de resistência, protagonismo e participação”, disse a comunista, em uma postura contundente.

Corroborando, Isabella de Roldão disse que retóricas neste sentido são “extremamente machistas quando se colocam sobre o sexo feminino”, já que o título de figurativo já é atribuído ao cargo de vice normalmente. 

“Temos que perceber como o discurso ainda é machista e a visão é arraigada nesse  contexto. É um processo de construção, este ano a eleição vai ter uma discussão de gênero grande e isso está na pauta. Está muito em evidência nos espaços. A violência nacional é muito grande e a gente precisa trazer essa pauta dos espaços e do respeito a mulher, isso tem que ser discutido pelas mulheres. Devemos participar disso e os homens podem continuar óbvio. A pauta feminista não é para dizer que somos melhores do que os homens, mas dizer que temos capacidade. Eu posso me representar”, cravou a pedetista.

Com filmes dirigidos por mulheres, o 2º FINCAR - Festival Internacional de Cinema de Realizadoras será realizado entre os dias 14 e 19 de agosto, em três cinemas do Recife e Região Metropolitana - Cinema São Luiz, Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro, localizado em Camaragibe. A programação contempla curtas, médias e longas-metragens de várias partes do mundo.

Durante o mês de convocatória, 1168 filmes de realizadoras foram inscritos. O país que mais inscreveu filmes foi o Brasil, com 320 filmes submetidos à curadoria, estritamente formada por mulheres. 

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"A diversidade de vivências e experiências audiovisuais entre as curadoras é uma das potências políticas do festival. Os debates estabelecidos a partir dos filmes foram muito produtivos e a programação instigante a qual chegamos é resultado direto disso", afirma Maria Cardozo, idealizadora e diretora de programação do FINCAR. Confira a programação completa.

Serviço

FINCAR - Festival Internacional de Cinema de Realizadoras

Terça (14) a domingo (19)

Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista) Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Rua Henrique Dias, 609, Derby) 

Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro (Av. Dr. Pierre Collier, 441, Vila da Fábrica - Camaragibe)

Cinema São Luiz (R$ 3)

Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (R$ 2) 

 

Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro (gratuitas)

O programa "Altas Horas", comandado por Serginho Groisman, recebeu na noite desse sábado (28) as atrizes Bruna Marquezine e Giovanna Ewbank. Amigas por trás das câmeras, elas enfrentaram a sabatina dos jovens que marcaram presença na atração. 

Enquanto a esposa de Bruno Gagliasso falava sobre feminismo, Bruna também opinou sobre o assunto. "Meninas, acho muito importante se unir e entender que estamos aprendendo a ser feministas. Não vim de um lar feminista, minha criação não foi feminista, muito pelo contrário", disse a morena. 

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"Rapazes, entendam: vocês foram protagonistas por muito tempo, agora é hora de ouvir", completou a namorada do jogador Neymar, que atualmente vive os momentos finais na pele da vilã Catarina em "Deus salve o rei".

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