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Vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica chilena se manifestaram nesta segunda-feira (20) diante da Catedral de Santiago para exigir justiça, sensibilizar a sociedade e acabar definitivamente com a cortina de silêncio imposta pelas autoridades eclesiásticas em todo o mundo.

Com velas acesas para representar a verdade que ilumina o caminho das vítimas e com flores para lembrar os que ainda sofrem em silêncio, dezenas de pessoas se somaram à declaração de "Outra igreja possível".

Estamos presentes "porque ainda há muitas pessoas que não podem falar, há pessoas que foram silenciadas pelo abuso, silenciadas pelo trauma, silenciadas pela hierarquia da Igreja", disse à AFP Juan Andrés Murillo, vítima de abusos sexuais do padre Fernando Karadima.

"Este ano foi marcado por uma ruptura desta casca de silêncio, há muitas vítimas, centenas de milhares de vítimas em todo o mundo, que agora estão elevando a voz", declarou Murillo, um dos pilares da luta no Chile contra décadas de impunidade.

Murillo destacou a carta publicada nesta segunda-feira pelo Vaticano, na qual o Papa Francisco condena "as atrocidades" cometidas por padres na Pensilvânia, Estados Unidos, contra mais de mil crianças.

O ativista recordou que a justiça chilena chamará para depor o arcebispo de Santiago, cardeal Ricardo Ezzati, denunciado por encobrir abusos sexuais de outros padres.

Até o momento, há 73 pessoas investigadas judicialmente em 38 processos em curso, que envolvem uma centena de vítimas, a maioria menores de idade quando ocorreram os abusos.

O papa Francisco publicou uma carta aos católicos de todo o mundo condenando as "atrocidades" cometidas por padres pedófilos na Pensilvânia, EUA. Investigações apontam que mais de 300 padres cometeram abusos sexuais contra mais de 1.000 crianças.

Francisco pediu perdão pela dor sofrida pelas vítimas e disse que os católicos devem se envolver em qualquer esforço para erradicar o abuso e seu acobertamento. "Não mostramos nenhum cuidado com os pequenos; nós os abandonamos."

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O Vaticano publicou a carta antes da viagem do papa à Irlanda neste fim de semana.

Vítima

Nesta segunda, um homem testemunhou na Suprema Corte da Pensilvânia que foi molestado repetidamente por um padre quando adolescente. A vítima afirmou que a carta do papa Francisco divulgada hoje não oferece soluções para combater o abuso sexual de crianças por padres.

O relatório do grande júri divulgado na semana passada diz que mais de 300 "padres predadores" abusaram de mais de 1.000 crianças durante muitas décadas e os bispos falharam "repetidamente" em proteger seus rebanhos ou punir os estupradores.

O papa Francisco reconheceu mais uma vez, com "vergonha e arrependimento", que a Igreja Católica demorou a agir para combater casos de pedofilia, em uma "Carta ao Povo de Deus" divulgada nesta segunda-feira (20).

O novo "mea culpa" do Pontífice chega aproximadamente uma semana depois de a Suprema Corte da Pensilvânia, nos Estados Unidos, ter apresentado um relatório que lista mais de 300 sacerdotes envolvidos em crimes sexuais, escândalo que se soma a casos em países como Chile e Austrália.

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Na carta, Francisco diz que a pedofilia é um crime que gera "profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas também em suas famílias e na inteira comunidade, tanto entre os crentes como entre os não-crentes".

"Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que tais situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas", diz o documento.

O Papa ainda cita o relatório da Pensilvânia, que identificou cerca de mil vítimas ao longo de um período de 70 anos. De acordo com o líder católico, embora esses casos estejam no passado, as feridas "jamais prescrevem".

"A dor dessas vítimas é um gemido que clama ao céu, que alcança a alma e que, por muito tempo, foi ignorado, emudecido ou silenciado. Mas seu grito foi mais forte do que todas as medidas que tentaram silenciá-lo", afirma Francisco.

"Com vergonha e arrependimento, como comunidade eclesial, assumimos que não soubemos estar onde deveríamos estar, que não agimos a tempo para reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tantas vidas. Nós negligenciamos e abandonamos os pequenos", acrescenta.

O Papa ainda ressalta que a "omissão" deve dar lugar à "solidariedade", para que as vítimas de abusos encontrem uma "mão estendida que as proteja e as resgate de sua dor". "Essa solidariedade exige que denunciemos tudo o que possa comprometer a integridade de qualquer pessoa", diz, em um claro recado a autoridades eclesiásticas que encobrem crimes cometidos por colegas.

Além disso, o Pontífice pede "oração e jejum" para "despertar a consciência" do "povo de Deus" para o compromisso com uma "cultura contra qualquer tipo de abuso". "É imperativo que nós, como Igreja, possamos reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos e, inclusive, por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis", ressalta.

Além do escândalo nos Estados Unidos, a Igreja se vê às voltas com casos de pedofilia no Chile, que provocaram a renúncia de todo o episcopado do país, e na Austrália, que implicaram até um arcebispo, Philip Edward Wilson, condenado a 12 meses de prisão por ter acobertado crimes de abuso.

Ainda na Austrália, o terceiro na hierarquia do Vaticano, cardeal George Pell, também prefeito licenciado da Secretaria de Economia, é réu por episódios de pedofilia supostamente ocorridos nas décadas de 1970 e 1990.

Da Ansa

O Vaticano se manifestou nesta quinta-feira (16), reagindo com "vergonha e dor" à investigação dos abusos sexuais praticados por mais de 300 padres na Pensilvânia, e assegurou que o papa está do lado das vítimas.

"As vítimas devem saber que o papa está do seu lado. Aqueles que sofreram são sua prioridade, e a Igreja quer ouvi-los para erradicar este trágico horror que destrói a vida dos inocentes", declarou a Santa Sé em um comunicado.

Um relatório do Grande Júri da Pensilvânia, publicado na terça-feira, revelou abusos sexuais praticados por mais de 300 "padres predadores" e seu acobertamento pela Igreja católica neste estado, onde pelo menos mil meninos e meninas foram vítimas destes atos durante 70 anos.

Não é a primeira vez que um júri popular publica um informe revelando escândalos de pedofilia dentro da Igreja católica americana, mas nunca tantos casos haviam sido revelados.

"Padres violentaram meninos e meninas, e os homens da Igreja que eram seus responsáveis não fizeram nada. Durante décadas", escreveram os membros do júri no informe publicado na terça.

O Vaticano reagiu afirmando levar "muito a sério" o relatório e assegurou que "duas palavras podem expressar o que se sente diante destes crimes horríveis: vergonha e dor".

"Os abusos descritos no informe são criminosos e moralmente reprováveis. Estes atos traíram a confiança e roubaram das vítimas sua dignidade e sua fé", diz o comunicado.

A Santa Sé lembra, no entanto, que a maior parte dos casos mencionados é anterior ao começo dos anos 2000, quando a revelação de vários escândalos levou a Igreja americana e realizar "reformas".

Acredita-se que o relatório seja o mais abrangente até hoje sobre abusos cometidos dentro da Igreja americana desde o ano de 2002, quando o jornal The Boston Globe expôs pela primeira vez sacerdotes pedófilos em Massachusetts.

A investigação realizada pelo Grande Júri em quase todas as dioceses da Pensilvânia (exceto duas) levou dois anos e resultou em dezenas de testemunhos e 500 mil páginas de registros, contendo "alegações confiáveis contra mais de 300 padres predadores".

Mais de mil menores vítimas destes abusos foram identificados, mas o "número real" estaria na casa "dos milhares", estimou o Grande Júri.

 Mais de 140 padres da Igreja Católica de Pernambuco enviaram uma carta à imprensa indignados pela discussão da descriminalização do aborto que vem ganhando força no Brasil. Eles denunciam a "ameaça constante aos valores da civilização cristã ocidental", confirmam também que o "crucial papel da família e da 'normalidade sexual' estão sendo atacados diuturnamente pela agenda internacional da perversa ideologia de gênero", consta em carta. Fazendo um comparativo a situação do aborto, os padres escreveram que "combater a ocorrência de assassinatos com a descriminalização do homicídio não evitará que homicidas deixem de matar ou que suas vítimas não morram".

A carta, que também é assinada por Dom Fernando Saburido, da Arquidiocese de Olinda e Recife, fala que "não existem quaisquer argumentos que justifiquem a descriminalização do aborto". Para os padres, essa é uma questão "espúria e que serve a interesses estranhos ao verdadeiro e digno desenvolvimento da nação". Os sacerdotes dizem que estão sendo usados dados falaciosos para conseguirem respaldos jurídicos “com a desculpa de que estariam protegendo os ‘direitos’ de mulheres que praticam tal assassinato”, escreveram.

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Trecho da carta

Por fim, acreditamos que, entre as formas de combater eficazmente tal perigo, que insidiosamente insiste em dominar o Brasil para favorecer grupos que visam à subtração de nossas riquezas minerais, intelectuais, morais etc., merece destaque aquelas que promovam a conscientização de tais processos de manipulação, razão pela qual, conclamamos a todos os interessados em salvar o Brasil da iniquidade que se unam em uma só voz a favor da Vida, combatendo todas as ameaças à Família, ao bom senso e à Verdade que o Nosso Senhor Jesus Cristo nos revelou para assim nos libertarmos da influência nefasta de Ideologias anti-humanas tão propagadas nos dias de hoje. 

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou que vai anular a lei que permite a pena de morte no estado e que promoverá a extinção nos Estados Unidos. A medida será em apoio ao papa Francisco, que eliminou do catecismo a legitimação da pena extrema.

"Ao declarar a pena de morte inadmissível em todos os casos e ao trabalhar para pôr fim a esta prática em nível global, o papa Francisco está abrindo caminho para um mundo mais justo para todos", afirmou em comunicado. "A pena de morte é moralmente indefensável e não deve acontecer no século 21", completou o governador.

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Nova York já aboliu e voltou a instaurar a pena de morte várias vezes, a última foi em 1995 no governo de George Pataki. Além disso, o estado americano não executa um réu desde 1963. 

Ao total, 31 dos 50 estados dos Estados Unidos continuam adotando a pena de morte.

As autoridades da Igreja Católica chilena "poderiam e deveriam" ter evitado muitos abusos, acusou o presidente Sebastián Piñera, em sua primeira declaração pública sobre o escândalo.

"Poderiam e deveriam ter evitado muitos abusos e muito sofrimento de crianças chilenas, e isso também me entristece profundamente", disse Piñera em entrevista à Associação Regional de Canais de Televisão (Arcatel), divulgada neste sábado pela imprensa local.

"Também me entristece que muitas autoridades da Igreja católica tenham conhecimento desses fatos e, em vez de enfrentá-los com a verdade, por negligência, por prudência, por erros, ou pelo que seja, ocultaram esses fatos".

"Espero que isso seja uma profunda lição para a Igreja católica e digo isso com toda clareza e respeito como católico: a Igreja nunca deve acobertar um crime e muito menos quando são crimes de abuso sexual contra crianças", afirmou Piñera, na entrevista.

Esse foi o primeiro comentário público do presidente chileno sobre o escândalo de abusos sexuais que abala há meses a Igreja católica do país.

De acordo com um documento entregue pelo Ministério Público na segunda-feira, 158 bispos, padres e laicos foram, ou estão sendo, investigados por abusos sexuais no Chile desde 1960.

Até o momento, o MP relata 266 vítimas, 178 delas meninos, meninas e adolescentes que sofreram abusos sexuais por parte de membros ligados à Igreja católica. Mantém abertas 36 investigações, enquanto 108 já foram concluídas.

A Igreja Matriz de São Francisco de Rio Doce, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), foi arrombada na madrugada da sexta-feira (13). Segundo o padre da paróquia, Givanildo da Silva, a Eucaristia foi profanada, porque o Sacrário, objeto que guarda as hóstias, foi jogado em frente à igreja.

Na noite da sexta-feira, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, fez o ato de desagravo da matriz, que é recomendado para reparar alguma injúria cometida contra templo católico. Não há indícios de que o invasor tivesse tentando roubar algo, já que nada foi revirado ou levado.

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"É difícil saber o motivo. Pode ter sido um ato de maldade. Não dava para confundir com o cofre, porque jamais um cofre ficaria exposto assim", disse o padre ao LeiaJá. A igreja prestou um boletim de ocorrência.

Ainda segundo o pároco, outra capela em Paulista, na RMR, foi arrombada há cerca de um mês. Após o ato de desagravo, a matriz de São Francisco já pode receber cerimônias religiosas normalmente.

O Papa Francisco recebeu neste sábado um grupo de cinco sacerdote chilenos vítimas de abusos do padre daquele país Fernando Karadima, anunciou o Vaticano.

"Às 16h locais, o Santo Padre Francisco irá celebrar a Eucaristia com o grupo de sacerdotes chilenos que se hospeda desde ontem na Casa Santa Marta (residência do Papa), dando início, assim, aos encontros previstos", diz um comunicado do Vaticano.

"O objetivo desta reunião convocada pelo Papa é se aprofundar na realidade vivida por parte dos fiéis e do clero chileno", continua o texto.

"Com a ajuda destes cinco sacerdotes, o Papa busca solucionar a ruptura interna da comunidade. Assim, poderá começar a reconstrução de uma relação saudável entre os fiéis e seus pastores, uma vez que todos tiverem consciência de suas próprias feridas", acrescenta.

Há mais de uma semana, o Vaticano antecipou, em outro comunicado, que, "com este novo encontro, o Papa Francisco quer mostrar sua proximidade dos sacerdotes vítimas de abuso, acompanhá-los em seu sofrimento e ouvir suas opiniões, com vistas a melhorar as atuais medidas preventivas e a luta contra os abusos na Igreja."

Há algumas semanas, o Papa recebeu outras três vítimas de Karadima.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) decidiu punir dois policiais militares por realizarem segurança privada para a Arquidiocese de Olinda e Recife e outras irmandades da Igreja Católica. O fato chegou ao conhecimento da secretaria após os policiais cobrarem obrigações trabalhistas na Justiça do Trabalho.

Os policiais Elias Francisco Damasio Junior e Fabio Antonio das Neves foram penalizados com 21 dias de detenção. Segundo portaria da SDS, ficou comprovado que os policiais fizeram segurança privada para a Arquidiocese de Olinda e Recife, Irmandade das Almas do Recife, Irmandade Nossa Senhora do Amparo, Irmandade do Senhor Bom Jesus do Bonfim e Venerável irmandade do Divino Espírito Santo do Recife.

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A dupla da PM teria procurado a 8ª Vara do Trabalho do Recife e 15ª Vara do Trabalho do Recife cobrando que a ré cumprisse as obrigações trabalhistas, momento em que a SDS soube do caso. A secretaria destaca que a postura é vedada na legislação da Polícia Militar, pois os oficiais devem se dedicar integral e exclusivamente ao serviço militar. A transgressão foi considerada de natureza média.

O "sim" da Irlanda ao direito ao aborto significa um duro golpe para a Igreja católica, outrora muito influente no país, e serve de exemplo para a vizinha Irlanda do Norte, muito repressiva nesse tema - avaliam jornais irlandeses e britânicos neste domingo (27).

Com uma maioria inequívoca de 66%, os irlandeses aprovaram a liberalização do aborto no referendo histórico realizado na sexta-feira, em um país de forte tradição católica, três anos depois de legalizar o casamento homossexual.

"Quando eu era jovem, você não podia comprar preservativos, ser homossexual, se divorciar, nem ver 'A vida de Brian'" (um filme dos Monty Python), tuitou Jason O'Mahony, jornalista da edição irlandesa do "Times".

"Agora somos um dos países mais liberais do mundo. Incrível", completou.

O "Irish Times" resume a mudança com estas palavras: "a ilusão de uma Irlanda conservadora e dogmaticamente católica foi pelos ares".

"O que aconteceu no referendo é um cataclismo, mas foi um cataclismo ainda maior a tomada de consciência de que o voto refletia, sobretudo, uma mudança, em vez de iniciá-la", acrescentou o jornal.

"Nossa força não está em nosso passado, mas em nosso futuro", completou.

O tom é idêntico no "Sunday Business Post", que celebra a "Geração Sim" e considera que os irlandeses lutaram contra seu passado e votaram para 'redefinir seu futuro.

Para o "Sunday Independent", "a impressionante margem do 'sim' minimiza a política tal como a conhecemos e amplifica um ruído visceral, gutural, que traduz uma vontade de pôr fim a décadas de hipocrisia e de vergonha".

No Reino Unido, "The Observer" diz acreditar que os resultados da consulta mostram não apenas um amplo apoio aos direitos das mulheres, mas também "uma ruptura com um dos últimos vestígios da influência da Igreja sobre o Estado".

Já o "Sunday Telegraph" afirma que "essa decisão terá consequências na Irlanda do Norte", onde, ao contrário do resto do Reino Unido, o aborto é permitido apenas quando a vida da mãe está em perigo. Em todos os demais casos, as mulheres que se submetem a uma interrupção voluntária da gravidez podem ser condenadas à prisão perpétua.

A pressão crescia neste domingo em torno da primeira-ministra conservadora Theresa May para que faça uma reforma nessa província britânica, que não tem governo local desde 2017.

O papa Francisco anunciou neste domingo um consistório no dia 29 de junho durante o qual nomeará 14 novos cardeais, procedentes de países como Iraque, Paquistão, Madagascar ou Japão.

Em caso de conclave, 11 deles (com menos de 80 anos) poderão participar na escolha de um novo papa.

"Tenho a felicidade de anunciar que em 29 de junho acontecerá um consistório para a nomeação de 14 novos cardeais. Sua origem mostra a universalidade da Igreja", declarou o papa, pouco depois da tradicional oração de Pentecostes no palácio apostólico na praça de São Pedro.

Um surfista que morreu pegando onda pode se tornar o primeiro santo carioca. Já corre no Vaticano o processo de beatificação de Guido Schäffer (1974-2009), o jovem médico e seminarista que adorava o mar e era conhecido em toda a zona sul do Rio de Janeiro por seu trabalho de atendimento aos mais pobres e sua pregação religiosa.

Em 1.º de maio - data que marcou os nove anos de sua morte -, uma missa rezada na Praia do Recreio dos Bandeirantes pelo cardeal arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, para mais de mil pessoas, comprovou a crescente popularidade da candidatura de Guido ao concorrido panteão dos santos católicos.

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Para que Guido seja proclamado beato será necessária a comprovação de um milagre - no caso, uma cura que não possa ser explicada pela ciência. Para a canonização, é preciso comprovar um segundo milagre.

Quem entra na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na zona sul, tem uma noção da importância de Guido na comunidade. Desde que os restos mortais do surfista foram transferidos para a igreja, em 2015, os fiéis se reúnem ali para agradecer as graças alcançadas. A quantidade de velas, flores e ex-votos (presente dado pelo fiel ao santo de devoção) dão a dimensão da popularidade de Guido. "Eu sou um dos grandes milagres de Guido", disse Tatiana Ribeiro, de 35 anos.

Ela contou que há três anos se submeteu a uma cirurgia bariátrica, sofreu uma complicação e quase morreu. Sua mãe sonhou com um jovem que apontava, num exame de imagem, o lugar exato onde havia uma fístula. A mãe de Tatiana não conhecia Guido e muito tempo depois, vendo um santinho, reconheceu o jovem que aparecera no sonho.

"Guido era um São Francisco do Rio", compara padre Jorjão, da paróquia da Nossa Senhora da Paz, amigo pessoal de Guido e autor do livro O Santo Surfista. "Ele reunia grupo de jovens médicos de todas as especialidades para atender aos pobres gratuitamente; resgatava a dignidade de pessoas que moravam na rua; atendia os drogados."

História. Guido nasceu em 22 de maio de 1974, em Volta Redonda. Filho do médico Guido Vidal Schäffer e da dona de casa Maria Nazareth Schäffer, mudou-se para Copacabana, na zona sul, onde passou a juventude entre a escola, a praia e a igreja. Guido seguia uma vida típica de jovem de classe média criado na zona sul do Rio nos anos 90: se formou em Medicina, começou a trabalhar e, namorando sério havia alguns anos, chegou a marcar a data do casamento.

Foi em 2000, durante excursão religiosa com a família a Roma, que Guido percebeu que deveria seguir o sacerdócio. Estudou filosofia e teologia e estava prestes a ser ordenado padre quando morreu pegando onda com amigos no Recreio, no feriado do Dia do Trabalho de 2009, aos 34 anos. Foi atingido na parte de trás do pescoço por uma prancha desgovernada. O golpe o fez desmaiar e ele acabou morrendo afogado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou, nesta segunda-feira (19), a Operação Caifás, contra líderes religiosos acusados de desviarem valores da Diocese da Igreja Católica de Formosa e de paróquias a ela ligadas. Segundo o MP, foram desviados o dinheiro reunido com dízimos, doações, taxas de batismo e casamento, além de arrecadações festivas com apoio financeiro de fiés. 

Entre os presos estão o bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor, conforme informações do G1. As investigações começaram em 2015, quando fiéis denunciaram os desvios, segundo o Correio Braziliense. 

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Estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão em residências, na cúria da Diocese de Formosa, em paróquias de Planaltina de Goiás, Posse-GO e um mosteiro. O prejuízo estimado é de R$ 2 milhões.

No quinto aniversário de sua eleição como líder da Igreja Católica, o papa Francisco foi "presenteado" com o trailer do filme sobre sua vida.

"Papa Francisco: Um homem de palavra" é um longa-metragem dirigido por Wim Wenders, presidente da Academia de Cinema Europeu, e que, segundo as palavras do cineasta, "não somente mostrará a história de Jorge Bergoglio, mas contará com a participação do Pontífice".

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Wenders confessou, em entrevista ao portal "Vatican News", que "nem em seus sonhos mais loucos teria esperado realizar um filme com o papa Francisco". "Foram quatro sessões de longas entrevistas, meses na sala de edição e filmagens em Assis, cidade natal de São Francisco, para realizar uma obra em que o Papa pudesse falar diretamente a cada um, cara a cara, de suas preocupações", relatou o cineasta.

A ideia da produção partiu do prefeito da Secretaria de Comunicação da Santa Sé, monsenhor Dario Edoardo Viganò. O projeto gira em torno de um longo diálogo com o Papa, que se concentra em diversos temas, oferecendo respostas para os principais desafios do mundo contemporâneo, como morte, justiça social, imigração, ecologia e desigualdade.

Graças às técnicas de filmagem, realizadas no próprio Vaticano, Francisco se dirige diretamente ao espectador ao longo do filme, estabelecendo uma relação íntima com todos os tipos de público.

A estreia de "Papa Francisco: Um homem de palavra" acontecerá em 18 de maio, nos Estados Unidos.

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Da Ansa

O Papa Francisco celebrará nesta terça-feira (13) cinco anos como pontífice, em um clima agridoce pelas críticas por suas fraquezas face ao fenômeno da pedofilia, apesar de suas aberturas e exortações terem transformado a Igreja.

Desde que foi eleito ao trono de Pedro, na noite chuvosa de 13 de março de 2013, Francisco teve que enfrentar desafios importantes, incluindo escândalos de abusos sexuais, a crescente perda de fiéis e forte dissidência interna que resiste às reformas.

Diante dos abusos sexuais cometidos por padres, o papa argentino manteve a linha de "tolerância zero" conduzida por seu antecessor, Bento XVI.

No entanto, a defesa pública do bispo chileno de Osorno, Juan Barros, acusado de encobrir casos de abusos sexuais e, especialmente, o pedido de provas às vítimas, ofuscaram sua visita em janeiro ao Chile.

Em razão da comoção gerada, o papa decidiu rever o caso, pedir desculpas públicas e enviar um investigador especializado, um gesto descrito como valente e incomum para um pontífice.

"As intenções do papa são boas, mas não se transformam em ações", resumiu a irlandesa Marie Collins, símbolo internacional da luta contra a pedofilia, que renunciou há um ano, indignada, de ser parte da comissão do Vaticano encarregada de combatê-la.

Como Collins, muitos católicos pedem ao papa argentino que passe de palavras e gestos corajosos para ações concretas.

- Palavras, gestos e ações -

O primeiro papa latino-americano pronunciou mais de mil discursos em cinco anos, durante os quais falou dos pobres em 1.300 ocasiões, muito mais do que todos os seus predecessores, incluindo João Paulo II, que reinou 27 anos, de acordo com um estudo para a revista Il Venerdi do jornal La Repubblica.

"Sua sensibilidade à pobreza caracterizou toda a sua jornada como pastor da Igreja e testemunho de Cristo", reconheceu o cardeal Piero Parolin, secretário de Estado, no prólogo do livro "O outro Francisco", publicado pela polêmica editora InfoVaticana.

Em sua mensagem para o mundo e especialmente para a América Latina, uma região que visitou cinco vezes, Francisco mostrou-se muito sensível aos problemas sociais e denunciou constantemente um dos grandes males da sociedade moderna: o aumento do fosso entre ricos e pobres.

Para muitos vaticanistas e autores de centenas de livros sobre Francisco, é certamente o maior legado de Francisco, como prometeu nos primeiros dias do seu pontificado: "Eu quero uma Igreja pobre para os pobres", um "hospital de campanha" vizinho dos pecadores, em diálogo com o mundo de hoje.

Um modelo de Igreja inspirado nos ensinamentos de Paulo VI, o papa que modernizou a Igreja nos anos 60 e que propõe como exemplo o arcebispo salvadorenho Oscar Romero, a "voz dos sem voz". Os dois serão proclamados santos este ano.

- Erros e inimigos -

Duramente questionado pelos setores mais conservadores após a publicação de sua exortação apostólica Amoris Laetitia, onde os divorciados e casados novamente ​​podem comungar em alguns casos, o pontificado de Francisco perdeu nesses cinco anos o entusiasmo inicial que despertou.

De acordo com o vaticanista Marco Politi, o pontífice argentino dá "dois passos para frente e um para trás" e seus esforços em favor das reformas internas, bem como suas aberturas doutrinárias, também geraram desconforto e críticas abertas, inclusive do ex-prefeito para a Doutrinada Fé, o cardeal alemão Gerhard L. Muller.

"Seu ensinamento nunca é claro, mas se presta a interpretações", disse o veterano vaticanista Sandro Magister, entre os maiores críticos de Francisco.

Embora a reforma da Curia romana seja uma tarefa titânica, "limpar o Vaticano é como limpar a esfinge do Egito com uma escova de dentes", como o próprio papa reconheceu.

Mas é evidente que Francisco está deixando sua marca: dos quase 120 cardeais eleitores em caso de conclave, quase 50 foram nomeados por ele.

Isto significa dizer que a Igreja do futuro será marcada por sua visão, a de um homem que vem do sul do mundo, que despreza os palácios, preocupado com os conflitos esquecidos do planeta e grande defensor da paz.

A igreja é tida por algumas pessoas como um lugar sagrado e seguro, onde os fiéis vão para se encontrar com o divino. No entanto, em uma das missas realizadas na Vila Kennedy, Rio de Janeiro, um homem roubou os fiéis e até o padre. Ele entrou encapuzado no local e fez a rendição das vítimas, levando dinheiro, celulares e alianças.

O roubo ocorreu no momento em que era realizada a confissão para a Páscoa na Igreja Católica Santo Cura Dárs, na última quinta-feira (9). O suspeito estava "com uma camisa na cabeça (cobrindo o rosto) e com uma arma velha", falou uma das vítimas para O Globo do Rio. Ainda conforme apurações do jornal, não é a primeira vez que o crime ronda a igreja. Vítimas afirmam que é comum suspeitos ficarem na saída da missa para roubar os fiéis do lado de fora. 

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Não foi informado se o homem foi identificado e preso e quais serão os procedimentos para esse caso, já que, nesse momento, está havendo uma intervenção militar no Estado do Rio e muitas das diligências estão sendo voltados para o tráfico de drogas na região. Os fiéis estão temerosos.

Thammy Miranda anunciou, em uma rede social, que será padrinho pela primeira vez. O filho da cantora Gretchen, a lado da namorada, Andressa Ferreira, vão batizar o filho de amigos. Ao compartilhar a novidade em seu perfil oficial, Thammy foi questionado, por um seguidor, se o batismo acontecerá na Igreja Católica.

"É um afilhado tradicional batizado na igreja católica? Se for, conta pra gente qual igreja aceitou com bons olhos realizar esse batismo. Precisamos falar sobre isso! Tenho essas dúvidas e hoje em dia só encontro igrejas preconceituosas que até filhos de mães solteiras se recusam a batizar", questionou.

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O internauta foi prontamente respondido pelo ator. "Sim. Hoje com a documentação que eu tenho, no caso, tudo no masculino, são obrigados a aceitar", respondeu. Thammy Miranda conseguiu a mudança de gênero na certidão de nascimento em junho do ano passado.

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Uma família acusa a Igreja da Harmonia, em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, de desorganização após a encontrarem fechada no dia da missa de sétimo dia da morte da matriarca, na terça-feira (6).

O filho Jamesson Lima, de 37 anos, técnico em eletrônica, estava visitando algumas igrejas acompanhado da esposa para saber qual poderia realizar a missa. "Algumas igrejas ou não tinham horário ou não iriam funcionar na terça", lembra o técnico.

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Ele conta que na Igreja da Harmonia uma senhora lhe atendeu e confirmou que a cerimônia poderia ocorrer na terça-feira. "Minha esposa perguntou várias vezes se poderia mesmo ocorrer a missa, porque seria feriado e algumas igrejas não estariam abertas", diz Jamesson. Uma quantia de R$ 50 foi pago à senhora, que pediu uma "colaboração antecipada". Ela teria oferecido troco, mas o técnico em eletrônica não cobrou.

Na terça-feira, Jamesson tinha um serviço para fazer em Maceió-AL. Ele diz ter voltado apressado para conseguir chegar a tempo. Muitos parentes saíram de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

"Pouco antes de chegar no Recife, pessoas começaram a me ligar pra dizer que a igreja estava fechada, mas haviam me garantido que ia ter missa. Tive trabalho para fazer santinho, divulgar para famílias e amigos", complementa Jamesson. "Fiquei com sentimento horrível, como se tivesse sido feito de palhaço. Fiquei muito triste, ainda hoje estou".

O LeiaJá tentou entrar em contato com a igreja, mas as ligações não foram atendidas. Entretanto, em comentário na página do Facebook, a paróquia se desculpa pelo ocorrido. "Caríssimo, fomos pegos de surpresa pelo feriado, que passou a vigorar este ano em nosso estado. A intenção da sua mãe será colocada em todas as missas durante essa semana. Mas não estava na agenda da Paróquia e por isso não houve comunicação, talvez por um descuido! Pedimos imensas desculpa a você e a toda família". A igreja também prometeu devolver o dinheiro.

"Não acho que ela agiu de má-fé. Sei que tem pessoas ali que exercem trabalho voluntário, mas acredito que tem que ser feito com compromisso. Houve desorganização. Não me sinto à vontade para fazer cerimônia naquela igreja. Não pretendo voltar e não recomendo à ninguém", finaliza.

O papa Francisco presidiu a cerimônia da Quarta-feira de Cinzas em uma igreja de Roma, dando início ao período da Quaresma que antecipa a Páscoa. Durante este período os católicos são chamados a fazer jejum e penitência.

Durante a homilia, Francisco criticou a desconfiança que reina na sociedade moderna. "É triste constatar como frente às vicissitudes cotidianas se erguem vozes que se aprovietam do sofrimento e da incerteza, vozes que apenas sabem gerar desconfiança", lamentou Francisco na igreja de Santa Sabina, na colina romana de Aventino.

"O fruto da desconfiança é a apatia e a resignação", alertou. "A Quaresma é um momento preciso para eliminar essa e outras tentações". O pontífice argentino pediu aos fiéis que deixem de "correr sem sentido" e explicou que "viver acelerado dispersa, divide e acaba destruindo o tempo que se dedica à família, à amizade e aos filhos”.

A Quaresma, que dura 40 dias, é o momento em que os católicos devem se arrepender dos pecados cometidos e mudar para se tornar melhores, recordou o chefe da Igreja católica.

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