Tópicos | janela partidária

Os deputados estaduais de Pernambuco aproveitaram a janela partidária para se reposicionar na Assembleia Legislativa (Alepe). A maioria abandonou os partidos em que foram eleitos para construir os próximos dois anos de mandato em uma nova legenda.  

Ao todo, 26 dos 49 parlamentares migraram de casa até o encerramento do prazo autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os anfitrões que mais receberam integrantes foram o PSB, com seis novos deputados, o PP e o SD, que receberam quatro. 

##RECOMENDA##

As mudanças são um prenúncio dos palanques que vão se formar para fortalecer as campanhas dos candidatos ao Governo do estado e mostra que a importância do apoio vindo da Alepe nos bastidores.   

Confira os novos partidos dos deputados

Alberto Feitosa- deixou o PSC -> assumiu o PL 

Adalto Santos- deixou o PSB -> assumiu o PP 

Alessandra Vieira- deixou o PSDB -> assumiu o União Brasil 

Álvaro Porto- deixou o PTB -> assumiu o PSDB 

Antônio Fernando- deixou o PSC -> assumiu o PP 

Clarissa Tércio- deixou o PSC -> assumiu o PP 

Clodoaldo Magalhães- deixou o PSB -> assumiu o PV 

Eriberto Medeiros- deixou o PP -> assumiu o PSB 

Fabíola Cabral- deixou o PP -> assumiu o SD 

Fabrízio Ferraz- deixou o PP -> assumiu o SD 

Guilherme Uchôa Jr.- deixou o PSC -> assumiu o PSB 

Gustavo Gouveia- deixou o União Brasil -> assumiu o SD 

Henrique Queiroz Filho- deixou o PL -> assumiu o PP 

João Paulo- deixou o PCdoB -> assumiu o PT 

João Paulo Costa- deixou o Avante -> assumiu o PCdoB 

Joaquim Lira- deixou o PSD -> assumiu o PV 

Joel da Harpa- deixou o PP -> assumiu o PL 

Marco Aurélio 'Meu Amigo'- deixou o PRTB -> assumiu o PSB 

Priscilla Krause- deixou o União Brasil -> assumiu o Cidadania 

Rodrigo Novaes- deixou o PSD -> assumiu o PSB 

Rogério Leão- deixou o PL -> assumiu o PSB 

Romário Dias- deixou o PSD -> assumiu o PL 

Romero Albuquerque- deixou o PP -> assumiu o União Brasil 

Romero Sales Filho- deixou o PTB -> assumiu o União Brasil 

Tony Gel- deixou o MDB -> assumiu o PSB 

Wanderson Florêncio- deixou o PSC -> assumiu o SD 

Com o fim da janela partidária no dia 1º de abril, ou seja, o período de troca de sigla sem punição do partido, só na câmara federal, mais de 130 deputados trocaram de partido. Grandes nomes da política local e também nacional decidiram mudar de sigla numa tentativa de atrair mais votos nas eleições, que acontecem no dia 2 de outubro desde ano. 

Dentre as pessoas públicas que trocaram de partido, está a deputada federal Marília Arraes, que deixou o PT após seis anos na sigla e se filiou ao Solidariedade para concorrer ao Governo de Pernambuco. 

##RECOMENDA##

->> A cada 7 dias, um deputado federal muda de partido

Anteriormente do Podemos, a Delegada Patrícia Domingos saiu do partido e se filiou ao PSDB para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A deputada estadual Priscila Krause deixou o Democratas para se filiar ao Cidadania, partido que tem o deputado federal Daniel Coelho como líder, e deve apoiar a candidatura da pré-candidata ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB). 

Recentemente, o ex-juiz Sergio Moro, que era filiado ao Podemos, saiu da sigla para fazer parte do União Brasil e concorrer à presidência no dia 31 de março. Após rumores de que a troca Moro seria para disputar uma vaga ao Senado, ele afirmou não ter desistido “de nada”. 

Para concorrer como vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin saiu do PSDB e agora faz parte do PSB. Na tentativa de voltar a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal denunciado na Lava Jato, Eduardo Cunha, trocou o MDB pelo PTB em São Paulo e anunciou a disputa pela cadeira.

--> 16 governadores buscam reeleição

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que fazia parte do antigo partido do pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), agora, passou a fazer parte do Partido Liberal (atual sigla do pai) ainda no início de fevereiro deste ano, assim como a deputada federal Bis Kicis, que era so PSL e foi para o PL. O secretário especial de Cultura, Mário Frias, também faz parte do PL. Os três pretendem disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo partido.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, se filiaram ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, que integra a base do governo Bolsonaro, e devem disputar as eleições deste ano. Com um dos nomes que defende a bancada conservadora por Pernambuco na Câmara Federal, o deputado federal Pastor Eurico integrava o Patriota e passou a fazer parte do partido de Bolsonaro, o PL

Partido Liberal 

O PL de Bolsonaro se tornou a maior bancada na Câmara dos Deputados após o fim da janela partidária, que encerrou no dia 1º de abril. O PL hoje conta com 73 deputados no momento, mais que o dobro do que a sigla tinha na época da posse, quando contava com 33 deputados.

Grande parte dos novos deputados do PL veio do União Brasil, partido criado com a fusão do PSL e DEM. Antes da janela partidária, o União contava com 81 deputados, mas agora está com 47, atrás do PT (com 56) e PP (50). Outros partidos que cresceram foram o Republicanos, atualmente com 45 deputados, e o PSD, com 43.

Desde o início da legislatura até o momento, 123 deputados trocaram de partido. O número é menor em comparação com a legislatura passada, quando 154 deputados mudaram de sigla no mesmo intervalo de tempo (entre 1º de fevereiro de 2015 e 1º de abril de 2018). 

Em poucos dias, a bancada do PTB saltou dos 26 deputados eleitos para 43. Era o começo do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e as negociações no Congresso inflavam o partido de Roberto Jefferson, que decidira aderir ao novo governo. O movimento chegou ao seu ponto mais alto em 31 de janeiro de 2003, quando 30 parlamentares mudaram de legenda em um único dia, um recorde só superado pela data da criação do PSD, quando 51 deputados migraram para a nova casa.

Naquele 2003, com a abertura da primeira legislatura deste século, outro partido começou a inchar. O PL de Valdemar Costa Neto era beneficiado pela chegada de novos adeptos dispostos a apoiar Lula. O partido terminaria o período com 15 deputados a mais, fenômeno que se repetiria em intensidade muito maior agora.

##RECOMENDA##

Após receber a adesão do presidente da República, Jair Bolsonaro, a agremiação deixou a janela partidária de 2022 com um saldo positivo de 35 deputados - perdeu 15 e recebeu 50. Sua bancada eleita, de 33 parlamentares, foi a 74, segundo dados até a última sexta-feira da Câmara dos Deputados. Um número que, segundo o vice-líder da bancada, Capitão Augusto (PL-SP), deve crescer e chegar a 77.

A história das mudanças partidárias nas cinco legislaturas deste século mostra que não é apenas a sobrevivência de partidos e de políticos que conta na hora de um deputado romper os laços com a legenda que o elegeu. O governismo e a busca por agremiações amorfas ideologicamente também são componentes das mudança. E, desta vez, na janela partidária de 2022, isso não foi diferente.

É o que mostra levantamento feito pelo Estadão das mudanças partidárias de deputados registradas pela Câmara de 2003 a 2022. "Quanto mais ideológico o partido, mais difícil é a mudança. Quando eles são amorfos do ponto de vista ideológico, a mudança fica mais fácil", afirmou o cientista político e colunista do Estadão Carlos Pereira, professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ebape).

Total

Os dados mostram que, ao todo, houve 1.043 trocas de legenda no período, ou uma alteração a cada 6,7 dias. É como se toda semana um parlamentar mudasse de agremiação. O número inclui os casos em que o parlamentar ficou sem partido e os casos de deputados que trocaram de legenda mais de uma vez em uma mesma legislatura. Os partidos do Centrão foram os principais beneficiados. Além deles, lucraram as novas legendas - quando a legislação permitia aos deputados levar tempo de TV e recursos do Fundo Partidário para a nova agremiação e as regras para a fusão de legendas eram menos restritivas.

Para Pereira, os números demonstram que esses partidos são satélites de qualquer governo e maximizam os ganhos em qualquer coalizão governante. "Raramente lançam candidatos à Presidência ou são partidos do presidente, a não ser agora, quando o presidente faz a migração", disse o professor.

A trajetória do PL/PR neste século é singular. Primeiro, a legenda abrigou José Alencar, vice-presidente de Lula. O partido elegeu 26 deputados em outubro de 2002, mas, já no momento da posse, em 2003, contava com 33 parlamentares. Chegou a ter 46 e terminou o primeiro mandato de Lula com 37, após Costa Neto renunciar ao mandato de deputado em razão do escândalo do mensalão. Na atual legislatura, novamente a proximidade com o poder favoreceu a sigla.

Além de o próprio presidente ter migrado para a sigla, o PL aproveitou outra característica marcante das trocas desta janela partidária: o componente ideológico. Quase todos os integrantes da tropa de choque bolsonarista da Câmara acompanharam o presidente. Deixaram o União Brasil, partido nascido da fusão entre o DEM e o PSL, e foram para o PL. Para lá migrou um número expressivo de integrantes da bancada da bala, principalmente militares eleitos em 2022.

Incompatível

O movimento dos bolsonaristas provocou reações dentro do PL. O deputado Marcelo Ramos (AM), vice-presidente da Câmara, foi um dos que deixaram a legenda por incompatibilidade com Bolsonaro e seus apoiadores.

"Não me permito participar de qualquer projeto que ponha em risco a democracia. Defendo a democracia e abomino a tortura. E, por isso, seria incompatível ser do partido de um presidente que repudio", afirmou Ramos.

Em seu primeiro mandato na Casa, Ramos se destacou pelo diálogo com todos os partidos. Sua saída do PL ocorreu antes da janela partidária. "Fui o primeiro a saber que o Bolsonaro ia entrar no PL. O Valdemar me telefonou. Ele foi muito correto comigo."

O deputado obteve ainda uma decisão favorável do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, para a mudança. É que, desde 2007, o Supremo Tribunal Federal considera que o mandato do deputado federal - eleito em votação proporcional - pertence ao partido, e não ao parlamentar. Assim, a troca de legenda sem justa causa pode levar à perda do mandato, desde que ela seja pedida pela direção partidária.

Além da justa causa - representada pela mudança "substancial ou o desvio reiterado do programa partidário e a grave discriminação pessoal" -, o parlamentar só pode trocar de legenda durante a janela partidária, que ocorre no ano da eleição. No atual período, o partido que mais perdeu deputados foi o União Brasil. Nasceu com 81 parlamentares e já tinha sido reduzido a 40.

Governo

O governismo explica ainda o crescimento do Progressistas - partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL) - e do Republicanos, que abrigou parte dos candidatos bolsonaristas às eleições deste ano, como o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo paulista. O Progressistas chegou a 54 deputados enquanto que o Republicanos tem, agora, 51 cadeiras.

Pela primeira vez no século o PT aumentou sua bancada em uma janela - passou de 54 para 55. Já a crise do PSDB se refletiu na redução de sua presença no Parlamento - a legenda perdeu cinco deputados nesta janela.

Embora não tragam mais recursos do Fundo Partidário e o tempo de TV, especialistas dizem que uma das razões de os deputados serem disputados pelos partidos é a perspectiva de serem candidatos que tragam votos para a legenda - e é justamente a quantidade de eleitos que determinará a parcela dos fundos eleitoral e Partidário que cada um terá nos próximos quatro anos.

Os dados obtidos pelo Estadão mostram ainda que, neste século, os partidos de oposição - como DEM, PSDB e Cidadania - foram os mais prejudicados com a perda de deputados, além dos partidos que tiveram presidentes da República, como o PT e o MDB. "Mínguam os partidos que lançam candidatos a presidente, pois quem perde vai viver quatro anos a pão e água, sem acesso aos benefícios controlados pelo Executivo e pela direção do Legislativo", afirmou Pereira.

Fragmentação

O contexto do início do século de infidelidade partidária foi sendo substituído ao longo dos anos: primeiro, pelo período em que surgiram os partidos com bancadas até chegar ao atual formato da janela para mudanças. Cada um desses momentos contribuiu, a seu modo, para a fragmentação partidária, fenômeno que começou a refluir lentamente após a instituição da cláusula de desempenho ou barreira - que limita o acesso ao Fundo Partidário e ao funcionamento legislativo de legendas que não têm um desempenho mínimo nas eleições.

Atualmente, 23 partidos estão representados na Câmara dos Deputados - esse número chegou a 30, entre os eleitos em 2018. Especialistas acreditam que o fim das coligações - apesar da possibilidade de federações - e a exigência de os partidos atingirem um mínimo de 80% do coeficiente partidário para terem acesso à distribuição das vagas na Câmara podem levar a uma redução maior da fragmentação.

Só não se sabe o tamanho do impacto. "Ainda não é possível saber como ficará o índice de fragmentação partidária. Ele ainda é muito alto, apesar das mudanças nessa legislatura", afirmou a cientista política Ana Lúcia Henrique Teixeira Gomes. Segundo ela, em fevereiro de 2022, antes da atual janela, esse índice estava em 15,45. "Ele era 8,4 em 2003 e chegou a 16,4 em 2019."

De acordo com Ana Lúcia, a atuação do TSE, ao derrubar a cláusula de barreira em 2006, foi fundamental para o aumento da fragmentação partidária no País. Atualmente, o Congresso tem apenas quatro partidos que podem ser considerados grandes, ou seja, com mais de 10% do total de parlamentares: o PL, o PT, o Progressistas e o Republicanos - eram dois em 2019 (PT e PSL). Os três maiores partidos da Câmara concentram, agora, 36% das cadeiras - em 2003, as três maiores bancadas somavam 49,3% e eram 28,2% em 2018.

A dinâmica das migrações partidárias no Congresso no período entre 2003 e 2022 pode ser simbolizada por três datas: 31 de janeiro de 2003, 26 de outubro de 2010 e 11 de abril de 2018. As três datas registraram, juntas, 95 mudanças de legenda de deputados federais, cada uma delas representando um período distinto das migrações que afetam o equilíbrio do plenário, a governabilidade dos presidentes e a sobrevivência de políticos e de partidos.

A primeira delas representa o tempo em que os deputados normalmente mudavam de partido no começo da legislatura, atraídos pelo apoio ao governo. "E 2003 é símbolo ainda a passagem de guarda, uma grande mudança dos governos de Fernando Henrique para Lula", destacou Carlos Pereira. A legislatura de então registrou 351 trocas. De fato, grandes mudanças no Executivo parecem incentivar o aumento da migração partidária. Assim também aconteceu na 55.ª legislatura, quando foi registrado o impeachment de Dilma Rousseff (PT), concluindo a era petista na Presidência. O período somou 263 trocas.

Outro fenômeno provocou migrações partidárias enormes no Congresso: a criação de novos partidos. O primeiro foi o PSOL, uma dissidência do PT. Mas o maior de todos os casos foi o do PSD de Gilberto Kassab. A data de sua criação - 26 de outubro de 2010 - detém, até hoje, o recorde de mudanças partidárias em um único dia. Seguiram depois o Solidariedade, o PROS e o PMB, até que a porta foi fechada com a mudança da legislação.

Com a criação da janela partidária, as alterações se concentraram no período em que o deputado pode deixar a legenda sem perder o mandato. Para Ana Lúcia Teixeira, o mecanismo é correto, pois o deputado deve ter a oportunidade de fazer o cálculo sobre o que é melhor para seu futuro.

Na última legislatura, o dia que concentrou o maior número de mudanças foi 11 de abril de 2018, durante a janela partidária, com 14 migrações. O mesmo fenômeno deve ocorrer desta vez, fazendo com que recorde aconteça mais uma vez na janela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, anunciou que terminou a janela partidária com 77 deputados federais, o que o consolida como o maior partido da Câmara. O prazo para os deputados mudarem de legenda sem perder o mandato terminou na sexta-feira (1º), mas, de acordo com a sigla, alguns ainda devem protocolar os ofícios de filiação. Na manhã desta segunda-feira (4), o sistema da Câmara registrava 73 deputados federais no PL.

A partir de agora, o partido quer avançar nas negociações das chapas majoritárias nos Estados e terá que definir as regras de divisão do fundo eleitoral, calculado em R$ 283 milhões para o PL neste ano. Os recursos devem ser divididos entre a campanha de Bolsonaro e dos demais candidatos.

##RECOMENDA##

A sigla vai buscar 1 milhão de votos em São Paulo para eleger no mínimo cinco deputados, o que manteria a bancada atual. Nesta eleição, os partidos precisarão de mais votos para eleger representantes, em comparação a 2018, após o fim das coligações, cláusula de barreira e a mudança no cálculo das sobras eleitorais, considerado na distribuição de vagas.

O vice-presidente da legenda, deputado Capitão Augusto (SP), atribui a filiação de Bolsonaro como o principal fator de atração dos novos deputados à legenda, que elegeu 33 deputados em 2018 e agora ficou com 77. O partido ao qual Bolsonaro se filiou para concorrer à reeleição é controlado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, figura central no escândalo do Mensalão durante o governo do PT.

"O fundamental no meio político, e tem um divisor de águas lá, não é o mais competente, o menos competente, o honesto ou o desonesto. O divisor de águas lá é quem tem palavra e quem não tem palavra", afirmou Augusto ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. ao comentar o aumento da bancada e a liderança de Valdemar Costa Neto, que, segundo o aliado, dá mais valor a um "aperto de mão" que a um documento.

Com o fim da janela partidária, na última sexta-feira (1º), o PL se tornou a maior bancada da Câmara, com 73 deputados no momento. É mais do que o dobro do que o partido tinha na época da posse, quando contava com 33 deputados. 

A janela partidária permite que deputados federais e estaduais mudem de partido sem correr o risco de perder o mandato. Mesmo com o fim do prazo, os números ainda podem mudar, já que filiações registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral até sexta-feira podem ser comunicadas posteriormente à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados.

##RECOMENDA##

Grande parte dos novos deputados do PL veio do União Brasil, partido criado com a fusão do PSL e DEM. Antes da janela partidária, o União contava com 81 deputados, mas agora está com 47, atrás do PT (com 56) e PP (50). Outros partidos que cresceram foram o Republicanos, atualmente com 45 deputados, e o PSD, com 43.

Desde o início da legislatura até o momento, 123 deputados trocaram de partido. O número é menor em comparação com a legislatura passada, quando 154 deputados mudaram de sigla no mesmo intervalo de tempo (entre 1º de fevereiro de 2015 e 1º de abril de 2018). Veja neste link quem mudou de partido.

*Da Agência Câmara de Notícias

Termina nesta sexta-feira (1º) a chamada janela partidária – prazo para deputados federais e estaduais mudarem de partido sem correr o risco de perder o mandato. A legenda mais beneficiada com as trocas foi o PL, que se tornou a maior bancada da Câmara, com 69 deputados no momento. É mais do que o dobro do que o partido tinha na época da posse, quando contava com 33 deputados. 

Grande parte dos novos deputados do PL veio do União Brasil, partido criado com a fusão do PSL e DEM. Antes da janela partidária, o União contava com 81 deputados, mas agora está com 52 – dois a menos que o PT. Outros partidos que cresceram foram o PP, atualmente com 49 deputados, e o Republicanos, com 44. 

##RECOMENDA##

Desde o início da legislatura até o momento, 105 deputados trocaram de partido. O número é menor em comparação com a legislatura passada, quando 154 deputados mudaram de sigla no mesmo intervalo de tempo (entre 1º de fevereiro de 2015 e 31 de março de 2018). No entanto, mais trocas e filiações ainda podem ser registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral, e depois comunicadas à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados.       

Comissões

O líder do PL, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), comemora o crescimento do partido, motivado pela filiação do presidente Jair Bolsonaro. "O coração do PL é grande. Muito bacana a gente poder ver o partido crescendo fortemente em todos os estados. O projeto do nosso presidente Bolsonaro está com força. Recebemos pessoas experientes, que tratam de diversos temas como suas prioridades. Isso engradece e fortalece o partido", declarou. 

Altineu Côrtes avalia que o crescimento do PL deve ajudar sua atuação nas comissões permanentes da Câmara dos Deputados. "O PL terá uma representação muito maior pelo volume de deputados que vão fazer parte da bancada. Isso fortalece nossa representação em cada comissão", afirmou.  O líder também espera ser beneficiado na escolha das presidências das comissões. "O presidente Arthur Lira preza bastante pela democracia e pelo equilíbrio. Vai saber dar ao PL maior o espaço maior que o PL necessita e merece", disse.

Fusão e incorporação

Mesmo antes da chamada janela partidária, 39 deputados já deixaram a legenda pela qual foram eleitos em 2018. Além do cenário eleitoral, uma motivação para mudança de legenda é a fusão ou incorporação de partidos. 

Em 2019, quando a cláusula de barreira passou a vigorar, houve a incorporação do Partido Republicano Progressista (PRP) ao Patriota; e do Partido Pátria Livre (PPL) ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Três deputados do PRP optaram por seguir para outras legendas: PSL, PL e PSD. 

No ano passado, o TSE aprovou o pedido de incorporação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS) ao Podemos (Pode). No entanto, seis deputados do PHS foram para outras legendas: três para o PL, dois para o PP e um para o DEM.  Nas eleições de 2018, 30 partidos elegeram representantes para a Câmara dos Deputados. Com a fusão recente e outras incorporações e trocas de legenda, o número de siglas caiu para 23. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O prazo para que deputados federais, estaduais e distritais troquem de partido sem perder o mandato se encerra hoje (1º), ao fim do dia, com o término da chamada “janela partidária”, que ficou aberta por 30 dias, desde 3 de março.

Neste ano, um dos partidos que mais recebeu parlamentares foi o PL, ao qual o presidente Jair Bolsonaro se filiou para concorrer às eleições. A legenda recebeu mais de 20 deputados e na véspera do fim do prazo fechou o dia com 69 assentos na Câmara, tornando-se a maior bancada partidária.  

##RECOMENDA##

A migração para o PL incluiu os descontentes com a fusão entre DEM e PSL, que resultou no União Brasil, partido que no momento da criação chegou a ter 81 deputados, mas que até ontem (31) estava com 52 parlamentares.

Entre os que migraram do União para o PL estão os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Bia Kicis (DF), General Girão (RN), Carlos Jordy (RJ) e Carla Zambelli (SP).

A poucas horas do término da janela partidária, a segunda maior bancada da Câmara continua sendo a do PT, que até o momento registra 53 deputados. Entre as seis maiores bancadas estão também o PP (49), o Republicanos (44) e o PSD (41). Os números ainda podem mudar até o fim do dia.

Entenda

A chamada "janela partidária" se abre por 30 dias a cada ciclo eleitoral, permitindo a mudança de legenda sem que isso implique infidelidade partidária e consequente perda de mandato.

O prazo de um mês está previsto na Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995, Artigo 22-A). Segundo a legislação, a janela se abre todo ano eleitoral, sempre seis meses antes do pleito. Neste ano, o período de troca partidária ficou aberto de 3 de março a 1º de abril.

A regra somente se aplica aos mandatos eletivos proporcionais, como os de deputados e vereadores. O entendimento é de que, nesses casos, os assentos nas casas legislativas pertencem ao partido e não aos ocupantes dos cargos.

A janela foi regulamentada e inserida no calendário eleitoral na minirreforma de 2015, para permitir a reacomodação das forças partidárias antes do teste nas urnas.

As movimentações servem como termômetro das candidaturas, indicando qual a leitura que cada parlamentar faz do panorama eleitoral e das pesquisas de intenção de voto.

Neste ano, puderam trocar de sigla somente os deputados. Isso porque em 2018 o TSE estabeleceu que somente tem direito a usufruir da janela partidária o legislador que estiver em fim de mandato. Dessa forma, os atuais vereadores somente poderão mudar de legenda antes das próximas eleições municipais, em 2024.

A janela partidária é uma das únicas hipóteses para que deputados troquem de agremiação ainda durante o mandato. As outras são: a criação de uma sigla; fim ou fusão do partido; desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Qualquer mudança de legenda que não se enquadre nesses motivos pode levar à perda do mandato.

Desde que a janela partidária foi criada, foram registradas 275 trocas de legendas entre deputados com mandato vigente, de acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem contar as deste ano.

Começou nessa quinta-feira (3), o período para os deputados migrarem de partido sem perder o mandato por infidelidade. A janela partidária vai movimentar os bastidores políticos neste mês, mas seus resultados só devem se apresentar no fim do prazo, no dia 1º de abril.

Prevista na Lei das Eleições de 1997, a janela foi reformulada em 2015 com aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

##RECOMENDA##

Deslocamento em Pernambuco

Em Pernambuco, a saída do deputado Túlio Gadêlha do PDT para a REDE já foi confirmada. O deslocamento de nomes na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) devem movimentar a disputa ao Governo do Estado, como João Paulo - que deve voltar para o PT após passagem pelo PC do B - e Priscila Krause - que externou a insatisfação ao deixar o DEM, agora União Brasil, e estuda se filiar ao Podemos ou PSDB.

O deputado federal e presidente do Patriotas, pastor Pedro Eurico, e o deputado estadual Joel da Harpa (PP), avaliam a proposta de migrar para o PL em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Quem optar em abandonar o partido precisa justificar a decisão, considerando a criação de uma nova sigla; o fim ou fusão de siglas; desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal.

Janela é benéfica para a democracia

Embora a janela partidária evidencie certo descompromisso dos representantes com a corrente ideológica dos partidos que defenderam para se eleger, para o cientista político João Beato, o prazo serve como um controle e regramento das mudanças, que antes da medida eram mais recorrentes.

“Viver com toda aquela efemeridade do ‘troca-troca’ do político de um partido para outro, de uma forma sem limites, era muito ruim para a democracia”, analisou.

 

Está aberta a partir de hoje (3) a temporada de troca-troca de partidos entre os deputados federais. É a chamada "janela partidária", que se abre por 30 dias em cada ciclo eleitoral e permite a mudança de legenda sem que isso implique infidelidade partidária e consequente perda de mandato.

O prazo de um mês está previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997, Artigo 93-A). Segundo a legislação, a janela se abre todo ano eleitoral, sempre seis meses antes do pleito. Neste ano, o período de troca partidária fica aberto de 3 de março a 1º de abril.

##RECOMENDA##

A janela foi regulamentada e inserida no calendário eleitoral na reforma de 2015. Sua criação permite a reacomodação das forças partidárias antes do teste nas urnas, de acordo com as conveniências políticas do momento. As movimentações servem como termômetro das candidaturas, orientando qual a leitura que cada parlamentar faz do panorama eleitoral e das pesquisas de intenção de voto.

Neste ano, por exemplo, há a expectativa de que número relevante de deputados deixem a União Brasil, atual maior bancada da Câmara, fruto da fusão entre DEM e PSL. Parte deve seguir o presidente Jair Bolsonaro, filiando-se ao PL. Desde que a janela partidária foi criada, foram registradas 275 troca de legendas entre deputados com mandato vigente, de acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O período autorizado para a troca de partidos abre exceção no entendimento  de que, nas eleições proporcionais (deputados e vereadores), o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar, conforme interpretação do TSE.

Neste ano, podem trocar de sigla somente os deputados. Isso porque em 2018 o TSE assentou que somente tem direito a usufruir da janela partidária o legislador que estiver em fim de mandato. Dessa forma, os atuais vereadores somente poderão mudar de legenda antes das próximas eleições municipais, em 2024.

A janela partidária é uma das únicas hipóteses para que deputados troquem de agremiação ainda durante o mandato. As outras são: a criação de uma sigla; fim ou fusão do partido; desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Qualquer mudança de legenda que não se enquadre nesses motivos pode levar à perda do mandato.

Começa na quinta-feira (3) e vai até 1º de abril o prazo para deputados federais e estaduais mudarem de partido sem correr o risco de perder o mandato. Mesmo antes da chamada janela partidária, 39 deputados já deixaram a legenda pela qual foram eleitos em 2018. Por enquanto, o número é bem menor em comparação com a legislatura passada, quando 117 deputados mudaram de sigla no mesmo intervalo de tempo (entre 1º de fevereiro de 2015 e 24 de fevereiro de 2018).

Até o momento, o partido mais beneficiado com as trocas partidárias foi o PL, que ganhou 11 deputados e perdeu apenas 3. Em seguida, o Republicanos recebeu 4 deputados e perdeu 1.

##RECOMENDA##

Eleição, fusão e incorporação

O cenário eleitoral está entre os principais motivos para a troca de partido. É o que explicou o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), ao anunciar neste mês sua filiação ao PSD. "O meu estado é diferenciado, tem um quociente de 230 mil votos para nove candidatos, o que não é nada fácil de ser atingido. Assim, qualquer decisão tem a ver com o projeto político, mas tem a ver também com a possibilidade eleitoral."

A fusão ou incorporação de partidos é outra motivação para mudança de legenda, especialmente fora do período da janela partidária. Em 2019, quando a cláusula de barreira passou a vigorar, houve a incorporação do Partido Republicano Progressista (PRP) ao Patriota; e do Partido Pátria Livre (PPL) ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Três deputados do PRP optaram por seguir para outras legendas: PSL, PL e PSD.

No ano passado, o TSE aprovou o pedido de incorporação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS) ao Podemos (Pode). No entanto, seis deputados do PHS foram para outras legendas: três para o PL, dois para o PP e um para o DEM.

Bancadas

A expectativa é que as trocas durante a janela partidária alterem a composição das bancadas na Câmara dos Deputados. O partido União Brasil, resultante da fusão do PSL com o DEM, conta atualmente com a maior bancada, de 81 integrantes. Antes da fusão, o PSL tinha a maior bancada, com 55 deputados. O segundo lugar permanece com o PT, com 53 deputados.

Nas eleições de 2018, 30 partidos elegeram representantes para a Câmara dos Deputados. Com a fusão recente e outras incorporações e trocas de legenda, o número de siglas caiu para 23.

*Da Agência Câmara de Notícias

Com os pré-candidatos à Presidência da República lançados quase um ano antes da eleição, deputados e senadores passaram a antecipar a busca por partidos alinhados às suas posições eleitorais. O troca-troca partidário teve início ainda em 2021 e, nessa quarta-feira (26), acentuou-se com evento que marcou a migração em bloco de integrantes do MBL - antes espalhados por várias legendas - para o Podemos de Sérgio Moro.

No caso dos deputados federais, estaduais e distritais, o movimento contraria norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que abre a janela partidária para trocas de siglas só a partir de 3 de março. Mas a antecipação da pré-campanha ao Planalto, aliada a acordos entre as agremiações, "liberou" os parlamentares a mudar de casa ou ao menos anunciar essa intenção antes da hora.

##RECOMENDA##

Desde meados do ano passado, ao menos oito deputados federais já se filiaram a legendas diferentes das que os elegeram em 2018, segundo levantamento feito pelo Estadão. Somados os que revelaram essa intenção ou que só assinaram a ficha em atos simbólicos, como Kim Kataguiri ontem (que trocará o DEM pelo Podemos), a conta vai a 13.

Entre os senadores - que são "donos" de seus mandatos e, por isso, podem mudar de sigla a qualquer tempo - o total de trocas efetivadas e anunciadas chega a 14. Segundo o Senado, 12 deles já avisaram a Casa oficialmente. Nesta lista, está, por exemplo, Fabiano Contarato (ES), que deixou a Rede para se filiar ao PT.

A antecipação à janela é atípica, já que o parlamentar pode responder por infidelidade partidária se a agremiação de origem ou o Ministério Público eleitoral decidir entrar com representação na Justiça. Para contornar possíveis punições, alguns deputados recorrem ao TSE para solicitar a mudança fora do período permitido. É possível, por exemplo, pedir desfiliação por "justa causa" em caso de incorporação, fusão ou criação de uma sigla, mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e, ainda, discriminação pessoal. Caso contrário, pode haver perda do mandato.

'Fator Moro'

Realizado ontem, em São Paulo, o evento simbólico de adesão do MBL ao Podemos contou com o deputado estadual por São Paulo Arthur do Val (agora ex-Patriota), que pretende se lançar ao governo do Estado. Ele afirmou que o "fator Moro" foi decisivo para o ingresso antecipado na legenda. "Temos apoio recíproco das respectivas pré-candidaturas. É natural que estejamos no mesmo partido", disse. "Essa união não é entre partidos políticos, é entre movimentos, partidos e pessoas. Setor privado e sociedade civil. O PT está ameaçando voltar para São Paulo. Precisa colocar aqui no Estado de São Paulo uma posição firme e forte contra esse tipo de proposta", afirmou Moro.

Expulso do DEM em 2019, Do Val obteve autorização para migrar para o Patriota e, agora, trocar de agremiação de novo. Kataguiri tentará contornar a janela partidária solicitando acordo ou saída da atual sigla por justa causa, o que poderá ocorrer se a fusão do DEM com o PSL para a formação do União Brasil for homologada antes da janela partidária.

Outros quatro parlamentares usam estratégia parecida na tentativa de evitar a perda do mandato, anunciando a saída sem, de fato, deixar a legenda. É o que aconteceu, por exemplo, com o deputado federal Tulio Gadelha (PDT-PE). Apesar de afirmar publicamente que migraria para a Rede, Gadelha segue no PDT e participou da convenção nacional do partido, data em que o nome de Ciro Gomes foi anunciado como pré-candidato ao Planalto. Em nota, o PDT afirmou que não pretende solicitar punição ao parlamentar.

Reforços

Outros presidenciáveis também têm atraído quadros para os seus respectivos partidos ou siglas aliadas. No caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não apenas o PT tem ganhado quadros novos, mas também o PSB - ambos ensaiam a oficialização de uma federação que incluiria ainda o PSOL e o PCdoB.

Marcelo Freixo (RJ) é exemplo desse movimento. Pré-candidato ao governo do Rio, ele saiu do PSOL após acordo e migrou para o PSB no ano passado, com o apoio de Lula. Atual governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado, Flávio Dino deixou o PCdoB para seguir o mesmo caminho.

O PSB atrai nomes até do Centrão que não apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, como Jorge Boeira (RS), que saiu do PP, e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), que, autorizado pela Justiça Eleitoral, já anunciou sua desfiliação do PL, nova sigla do presidente.

Ramos está em tratativas com o PSB e disse não ter restrições quanto a subir no palanque de Lula no Amazonas. Sua única certeza, segundo ele, é não apoiar Bolsonaro. "Não posso permanecer em um partido que tem um presidente da República que considero não ser bom para o País, que, graças a ele, entrou em situação sanitária grave e uma crise econômica desesperadora. Não dá para ajudar um projeto que criou essas condições." O deputado também mantém diálogo com Solidariedade, Republicanos, União Brasil e PSD.

Também crítico ao governo federal, o ex-ministro e ex-deputado federal Maurício Quintella (AL) anunciou sua saída da sigla um dia após a chegada de Bolsonaro, deixando a presidência do diretório alagoano para o deputado Sérgio Toledo (AL). "Todos nós, do diretório, apoiamos a entrada do presidente; quem não apoiou, se desfiliou, como o Quintella", declarou Toledo.

'Efeito Bolsonaro'

No sentido contrário, o "efeito Bolsonaro" também foi responsável por atrair nomes para o PL. As deputadas Bia Kicis (DF) e Carla Zambelli (SP) acenam ao partido, assim como os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).

O governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também têm buscado novos quadros (não apenas deputados e senadores) para fortalecer suas campanhas e facilitar alianças regionais. O tucano conseguiu neste ano "tirar" o presidente estadual do Podemos do Paraná da aliança com Moro e filiá-lo ao PSDB para disputar o governo do Estado. Ano passado, já tinha assinado a ficha de Joice Hasselmann (SP).

Ciro atraiu o deputado federal David Miranda (RJ), que deixará o PSOL por causa do provável apoio do partido a Lula. A perspectiva é que mais trocas ocorram a partir de março. Doria, Ciro e Moro disputam entre si protagonismo na chamada terceira via.

Pressa

O cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, avaliou que o retorno de Lula ao tabuleiro eleitoral acelerou as mudanças partidárias. "As pessoas se apressam para se mostrar ou distantes do projeto político de Lula ou próximas de seus valores e ideologias", disse. Prando acrescentou que a antecipação é esperada em uma sociedade hiperconectada e pautada pelo imediatismo. Segundo ele, há uma necessidade constante de se manifestar o quanto antes sobre os acontecimentos da arena política, fornecendo respostas rápidas aos eleitores.

"O tempo da política institucional, com toda a burocracia legislativa, remonta a séculos passados. Hoje, esperam-se respostas imediatas dos parlamentares", afirmou.

A chegada do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) deve influenciar um desfalque na legenda em 2022, durante a última janela partidária do ano antes das eleições. A sigla já tem como confirmada a saída do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, que solicitou a deixa ao Tribunal Superior Eleitoral por justa causa e teve pedido aceito pelo ministro Luís Roberto Barroso, que considerou a permanência do parlamentar "insustentável", com "constrangimentos de natureza política para ambas as partes". De acordo com O Globo, devem acontecer, ao menos, 40 partidas.

Uma outra baixa foi o vereador Thammy Miranda, que anunciou sua desfiliação do PL após o presidente Jair Bolsonaro ingressar no partido. Em um vídeo postado nas redes sociais, o primeiro homem trans eleito para a Câmara Municipal paulista disse que já sofreu ataques pessoais do clã presidencial e que uma incompatibilidade generalizada de perspectivas tornou sua permanência inviável. As próximas trocas devem seguir o mesmo padrão de desacordo com a agenda bolsonarista.

##RECOMENDA##

O número poderá ser maior, considerando legendas sem ligação direta com o passado recente ou a atual filiação do presidente. O PL, atualmente com 43 deputados, é a maior bancada do Centrão, e a terceira maior da Câmara. A expectativa é que o partido receba em torno de 20 deputados bolsonaristas do PSL.

Os deputados Junior Mano (PL-CE), Fabio Abreu (PL-PI), Marina Santos (PL-PI), Sergio Toledo (PL-AL), Cristiano Vale (PL-PA), Edio Lopes (PL-RR) e Fernando Rodolfo (PL-PE) são alguns dos parlamentares que avaliam trocar de sigla.

Janela partidária

Em anos eleitorais, ocorre a chamada “janela partidária”, um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito. Em 2022, a janela ocorre entre 3 de março e 1º de abril. A regra foi regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015) e se consolidou como uma saída para a troca de legenda, após a decisão TSE segundo a qual o mandato pertence ao partido, e não ao candidato eleito.

Fora do período da janela partidária, existem algumas situações que permitem a mudança de partido com base na saída por justa causa. São elas: criação de uma sigla; fim ou fusão do partido; desvio do programa partidário ou grave discriminação pessoal. Portanto, mudanças de legenda que não se enquadrem nesses motivos podem levar à perda do mandato.

Mais recentemente, em 2018, o TSE decidiu que só pode usufruir da janela partidária a pessoa eleita que esteja no término do mandato vigente.

Após muitas especulações sobre qual partido o vereador do Recife, Hélio Guabiraba, iria se filiar, o parlamentar rompeu o silêncio e aceitou o convite para ingressar no Partido Socialista Brasileiro (PSB). O vereador assina a ficha de filiação nesta sexta (3).  

Hélio, que é o segundo-secretário da Câmara do Recife, ressalta que conhece o PSB desde a sua fundação e que a trajetória da sigla foi fundamental para tomar a sua decisão. “Um partido que honra a história de Dr. Arraes e do saudoso amigo Eduardo Campos, que foram dois grandes exemplos de como se faz a boa política no Estado e no Recife sempre pensando no povo em primeiro lugar. Agora vou ter o maior prazer de disputar uma eleição municipal pela primeira vez no partido que eu sempre acompanhei e admirei”, ressaltou.   

##RECOMENDA##

No PSB, Hélio Guabiraba também terá mais estrutura e tempo de tv e rádio na sua campanha para reeleição. “Agora é hora de fortalecer ainda mais a boa relação com o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara sempre em busca de mais qualidade de vida para o povo”, salientou. O agora pessebita cumpre seu primeiro mandato como vereador do Recife.

*Com informações da assessoria de imprensa

A partir da próxima quinta-feira (5), os vereadores que pretendem disputar a reeleição ou a prefeitura de sua cidade podem mudar de partido sem sofrerem nenhuma punição da legenda. O prazo da chamada janela partidária termina no dia 3 de abril, seis meses antes do pleito. O primeiro turno será realizado em 4 de outubro e o segundo turno no dia 25 do mesmo mês.

Pelo calendário eleitoral, elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições, o prazo é considerado para a justa causa necessária para a mudança partidária dos detentores do cargo de vereador que queiram concorrer às eleições majoritárias (prefeitura) ou proporcionais (reeleição).  Ao trocarem de partido, os parlamentares buscam mais recursos e apoio político para as campanhas. 

##RECOMENDA##

Calendário das eleições

Outras datas previstas no calendário eleitoral devem ser seguidas pelos candidatos e partidos que vão disputar o pleito. No dia 4 de abril, todos os partidos que pretendem disputar as eleições devem estar com registro aprovado pelo TSE. 

No mesmo mês, o tribunal vai lançar uma campanha nas emissoras de rádio e televisão para incentivar a participação das mulheres nas eleições e esclarecer o eleitor sobre o funcionamento do sistema eleitoral.

No dia 16 de junho, a Corte deve divulgar o valor corrigido do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), criado pelo Congresso. Conforme o orçamento da União, R$ 2 bilhões estão previstos para o fundo.

Em julho, os partidos estão autorizados a promover as convenções internas para escolha de seus candidatos, que deverão ter os registros das candidaturas apresentados à Justiça Eleitoral até 15 de agosto.

No dia seguinte, a propaganda eleitoral está autorizada nas ruas e na internet até 3 de outubro, dia anterior ao primeiro turno.

Em setembro, a partir do dia 19, nenhum candidato poderá ser preso, salvo em flagrante. No caso dos eleitores, a legislação eleitoral também proíbe a prisão nos dias próximos ao pleito. No dia 29, eleitores só podem ser presos em flagrante.

A diplomação dos prefeitos e vices, além dos vereadores eleitos, deve ocorrer até 19 de dezembro.

Nas últimas semanas, mais de 15% dos deputados federais mudaram de partido, de olho nas eleições de outubro. Impulsionada pelo fato de ter um integrante na presidência da Câmara, a bancada do DEM foi a que mais cresceu durante o período conhecido como janela partidária.

Ao todo, 85 deputados aproveitaram o prazo para se filiar a outros partidos sem correr o risco de perder seus mandatos, o que representa 16,5% dos 513 parlamentares da Casa em legendas diferentes das que iniciaram o ano de 2018.

##RECOMENDA##

Os democratas receberam a adesão de 14 deputados e apenas duas baixas. Quinta maior bancada da Câmara, o DEM está agora com 44 deputados, após ter iniciado a legislatura com menos da metade desse número: em 2015, eram 21 parlamentares filiados ao partido.

Depois de passar por dificuldades nos últimos anos e ver o número de políticos eleitos encolher, tanto no Congresso Nacional como em governos estaduais e municipais, o DEM ganhou força com a eleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que já lançou sua pré-candidatura à Presidência da República. Na opinião do líder do partido, Rodrigo Garcia (SP), além da figura de Maia, a legenda contou com outros fatores para ganhar musculatura.

“Eu credito o crescimento à coerência do partido e à sua refundação no momento da abertura da janela, trazendo o partido mais para o centro da política brasileira. O Democratas é um partido coerente que, sempre que perdeu a eleição, foi para a oposição. A resistência que tivemos nos anos do governo do PT deu muita segurança para os parlamentares buscarem o DEM como uma alternativa”, afirmou.

Segundo ele, o “protagonismo” da legenda durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff foi outro fator que contou positivamente para atrair os deputados, além da destituição de cargos partidários nos estados, abrindo a possibilidade para os novos membros assumirem as funções.

Já os arranjos locais para o pleito de outubro foram a principal razão apontada pelo vice-líder do MDB, Hildo Rocha (MA), para a maior perda de integrantes ocorrida durante a janela. Embora tenha recebido oito parlamentares, a legenda perdeu o posto de maior bancada da Casa após ver 15 integrantes se desfiliarem.

“Se você comparar [a bancada] de 2014 com a bancada que existe hoje, realmente houve uma perda muito grande. Mas, em compensação, nós conseguimos deixar os melhores deputados, os que tiveram melhor desempenho durante o mandato. As mudanças foram mais questões locais, regionais. Nenhum parlamentar do MDB saiu por uma questão nacional”, destacou, referindo-se aos 65 deputados que a sigla elegeu em 2014 e aos 53 atuais.

Com a promessa de o MDB eleger 70 parlamentares em outubro desse ano, após a filiação de candidatos que são “puxadores de votos” em diversos estados, Hildo Rocha avaliou que a diferença na composição de forças da Câmara é pequena. Segundo ele, inclusive, a influência emedebista na indicação de presidentes e relatores das comissões foi mantida, já que as escolhas foram feitas anteriormente.

Ao lado do PP, o nanico PSL foi o que recebeu o segundo maior número de filiações durante o período: oito parlamentares migraram para a legenda, estimulados pela filiação do pré-candidato à Presidência pelo partido, o deputado Jair Bolsonaro (RJ). A sigla agora tem oito integrantes, após a saída de dois.

Outras mudanças

O PSDB, quarta maior bancada da Câmara, com 47 deputados, perdeu três e recebeu a filiação de dois. Já o PR, que está em sexto lugar em número de integrantes, com 41 deputados, perdeu sete e ganhou cinco parlamentares.

Do lado da oposição, o PSB deixou de ter dez parlamentares, e dois se filiaram à sigla. Segundo Júlio Delgado (MG), líder da legenda na Casa, apesar do crescimento de alguns partidos aliados ao presidente Michel Temer, os projetos mais complexos de interesse do governo encontrarão mais dificuldades de receber apoio a partir de agora.

“Essas pautas econômicas complicadas, como a autonomia do Banco Central, vão sendo cada vez mais complicadas e não encontrarão respaldo para serem aprovadas com facilidade”, afirmou.

Com a diminuição da quantidade de deputados emedebistas, a maior bancada da Casa agora, com exceção dos blocos partidários, é o PT, com 60 integrantes. O partido teve uma alteração mínima no seu quadro, já que perdeu dois integrantes, mas filiou um novo parlamentar: Celso Pansera, que antes era do PMDB e estava sem partido.

O período que permite a mudança de deputados federais, estaduais e distritais, denominado janela partidária, começou no dia 8 de março e se encerrou no dia 6 de aabril. O prazo não inclui vereadores, porque não haverá eleições este ano na esfera municipal.

Como comunicação sobre o troca-troca é feita diretamente à Justiça Eleitoral, e não há prazo para que essas informações sejam enviadas à Câmara, o número de 90 mudanças feitas por 85 deputados ainda pode aumentar. Já os parlamentares que deixaram ministérios do governo ou cargos nas secretarias estaduais, visando a uma candidatura nas próximas eleições, têm 15 dias para retornar à Casa após serem exonerados.

Com o fim do prazo para desincompatibilização de cargos públicos, dez ministros deixaram o governo do presidente Michel Temer para concorrerem nas eleições deste ano. Outro ministro deve ser exonerado neste sábado (7), além do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, que deixou o cargo no fim do mês de março.

Segundo a legislação eleitoral, os ministros de Estado devem estar afastados de funções públicas seis meses antes da eleição caso queiram se candidatar para mandatos eletivos. Este é o mesmo prazo para que ocorram as filiações partidárias dos aspirantes às eleições. À meia-noite de ontem (6), também se encerrou a chamada janela partidária, que permite, durante 30 dias, aos deputados mudarem de partido sem risco de perder os mandatos.

##RECOMENDA##

A maioria dos agora ex-ministros retoma seus mandatos na Câmara dos Deputados e concorrerá à reeleição para o cargo, mas alguns decidiram, pela primeira vez, buscar uma vaga no Senado, que desta vez terá renovação de 2/3 dos senadores, cujo mandato é de oito anos.

É o caso de Marx Beltrão (PSD), que comandou o Ministério do Turismo até a última quinta-feira (5) e agora vai disputar o Senado por Alagoas. Ele deve, inclusive, disputar em uma chapa concorrente à de seu colega de Esplanada dos Ministérios, Maurício Quintella (PR), que deixou o ministério dos Transportes nos últimos dias para disputar uma das duas vagas ao Senado pelo mesmo estado.

Embora tenha retornado à Câmara, o ex-ministro Mendonça Filho (DEM), que chefiava a Educação, ainda não decidiu se vai se candidatar ao governo de Pernambuco ou se concorrerá à reeleição como deputado. Já Paulo Rabello de Castro, que era presidente do BNDES, quer ocupar o cargo mais alto do Executivo. Pré-candidato à Presidência da República pelo PSC, ele já tem participado de eventos partidários pelo país.

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), teve a exoneração publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nessa sexta-feira (6), mas ainda não tem uma posição fechada sobre sua candidatura ao governo do Pará.

As negociações com o partido de Barbalho vão continuar nos próximos meses e levarão em conta a análise do cenário político do estado. Em 2014, ele concorreu ao governo local, mas foi derrotado no segundo turno por Simão Jatene (PSDB).

Outra candidatura indefinida é a de Henrique Meirelles, que confirmou a saída do ministério da Fazenda nessa sexta-feira (6) e a sua exoneração também foi publicada na edição extra do DOU. Após se filiar ao MDB no início da semana, ele ainda mantém segredo se vai disputar o cargo de vice na possível tentativa de reeleição do presidente Michel Temer, ou se buscará uma união do partido em prol do seu nome à frente da chapa.

De acordo com a Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/1990), além de ministros de Estado e magistrados, presidentes, diretores e superintendentes de empresas públicas, bem como chefes de órgãos que fazem assessoramento direto, também devem pedir exoneração na mesma data. Candidatos à reeleição para os cargos de governador e presidente da República não precisam deixar o cargo.

Veja abaixo os integrantes que deixaram o governo e os mandatos para os quais devem concorrer no pleito de outubro:

Ricardo Barros (PP) – Ministério da Saúde – reeleição para a Câmara

Maurício Quintella (PR) – Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil – Senado

Mendonça Filho (DEM) – Ministério da Educação – reeleição para a Câmara ou governo de Pernambuco

Marx Beltrão (MDB) – Ministério do Turismo – Senado

Osmar Terra (MDB) – Ministério do Desenvolvimento Social – reeleição para a Câmara

Fernando Coelho Filho (MDB) – Ministério de Minas e Energia – reeleição para a Câmara

Leonardo Picciani (MDB) – Ministério do Esporte – reeleição para a Câmara

Sarney Filho – Ministério do Meio Ambiente – Senado

Paulo Rabello de Castro – BNDES – Presidência

Helder Barbalho (MDB) – Ministério da Integração Nacional – Governo do Pará

Henrique Meirelles – Ministério da Fazenda – Presidência da República ou vice

Encerrou à meia-noite dessa sexta-feira (6) o prazo para deputados federais, estaduais e distritais mudarem de partido para se candidatar às eleições deste ano, sem risco de perder o mandato. Balanço parcial divulgado pela Câmara dos Deputados mostra que, até o momento, 59 parlamentares trocaram de partido.

O período que permite a mudança, denominada “janela partidária”, começou no dia 8 de março. O prazo não inclui vereadores, porque não haverá eleições este ano na esfera municipal.

##RECOMENDA##

O DEM e o PSL foram os partidos que mais ampliaram suas bancadas: cada um ganhou sete deputados. Dessa forma, o DEM passou de 33 para 40 deputados; e o PSL, de 3 para 10 deputados. Já o PROS recebeu seis deputados, e a bancada passou de seis para 12 membros. As mudanças ganharam força com a atuação dos pré-candidatos à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, e Jair Bolsonaro (RJ), recentemente filiado ao PSL.

Durante a abertura da janela partidária, o DEM recebeu os deputados Arthur Maia (BA), Bilac Pinto (MG), Bonifácio de Andrada (MG), Carlos Henrique Gaguim (TO), João Paulo Kleinübing (SC), Laura Carneiro (RJ), Pedro Paulo (RJ), Roberto Sales (RJ), Rodrigo Pacheco (MG) e Sérgio Zveiter (RJ). Saíram os deputados Danilo Forte (CE), Marcelo Aguiar (SP) e Misael Varela (MG).

Já o PSL recebeu os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Jair Bolsonaro (RJ), Major Olímpio (SP), Carlos Manato (ES), Delegado Francischini (PR), Marcelo Álvaro Antônio (MG), Professor Victório Galli (MT) e Delegado Waldir (GO). Saiu a deputada Dâmina Pereira (MG). O PROS recebeu Jaime Martins (MG), Vitor Valim (CE), Clarissa Garotinho (RJ), Josi Nunes (PI), João Fernando Coutinho (PE), André Amaral (PB). Saiu o deputado Ronaldo Fonseca (DF).

O MDB registrou a maior perda: até o momento, 11 deputados saíram do partido. Durante a janela, a sigla recebeu oito deputados: Fernando Coelho (PE), Valtenir Pereira (MS), Maria Helena (RR), Ademir Camilo (MG), Herculano Passos (SP), Junge Abe (SP), Beto Mansur (SP), Vitor Mendes (MA). O PSDB perdeu dois deputados: Elizeu Dionizio (MS) e Daniel Coelho (PE).

Já a oposição ficou com praticamente o mesmo número de parlamentares. O PT perdeu os deputados Chico D'Angelo (RJ) e Givaldo Vieira (ES) e recebeu Celso Pansera (RJ). O PCdoB também manteve a bancada de 11 deputados. O PDT perdeu um deputado, Vicente Arruda (CE), e recebeu outro, Chico D'Angelo (RJ).

A comunicação sobre a troca de partido é feita diretamente à Justiça Eleitoral, e não há prazo para que essas informações sejam enviadas à Câmara. O balanço consolidado das trocas da janela partidária será divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 18 deste mês.

Segundo a legislação eleitoral, só é possível mudar de partido, sem risco de perder o mandato, quando houver incorporação ou fusão de legendas; criação de partido; desvio no programa partidário ou grave discriminação pessoal. Mas, em 2015, o Congresso incorporou a possibilidade de desfiliação, sem justificativa, durante a janela em ano eleitoral. Se o parlamentar se desfilia do partido fora do período da janela, sem justa causa, a legenda pode recorrer à Justiça Eleitoral e pedir a perda do mandato por infidelidade partidária, pois o entendimento é que o mandato pertence ao partido, e não ao eleito.

Na reforma política do ano passado, ficou definido que o candidato à Câmara dos Deputados poderá gastar, no máximo, R$ 2,5 milhões. Já a reforma eleitoral de 2015, retirou a exigência de que todo o tempo de propaganda seja distribuído exclusivamente para partidos ou coligações que tenham representação na Câmara, proporcionalmente ao tamanho da bancada, e também impediu que um parlamentar que migre de sigla transfira o tempo para o novo partido.

Os deputados federais, estaduais e distritais que querem mudar de partido para se candidatar nas eleições deste ano, sem o risco de perder o mandato, têm prazo até sexta-feira (6). O período que permite a troca, denominado “janela partidária”, começou no dia 8 de março. Ele não beneficia vereadores, porque não haverá eleições este ano na esfera municipal.

De acordo com a Lei dos Partidos Políticos e a Resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que trata de fidelidade partidária, parlamentares só podem mudar de legenda nas seguintes situações: a incorporação ou fusão do partido, criação de novo partido, o desvio no programa partidário ou grave discriminação pessoal. Mudanças de legenda sem essas justificativas são motivo de perda do mandato.

##RECOMENDA##

Segundo o TSE, a reforma eleitoral de 2015 incorporou à legislação uma possibilidade para a desfiliação partidária injustificada no Artigo 22º da Lei dos Partidos Políticos. Com isso, os detentores de mandato eletivo em cargos proporcionais podem trocar de legenda nos 30 dias anteriores ao último dia do prazo para a filiação partidária, que ocorre seis meses antes do pleito.

A troca partidária, contudo, não muda a distribuição do Fundo Partidário e o acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. Esse cálculo é proporcional ao número de deputados federais de cada legenda. A única exceção a essa regra é o caso de deputados que migrem para uma legenda recém-criada, dentro do prazo de 30 dias contados a partir do seu registro na Justiça Eleitoral, nela permanecendo até a data da convenção partidária para as eleições subsequentes.

Com mudanças na legislação eleitoral, principalmente no quesito financiamento de campanha, a primeira semana da janela partidária deste ano foi marcada por articulações entre dirigentes das legendas e os deputados estaduais e federais em Pernambuco. Os parlamentares têm até o dia 6 de abril para mudar de partido sem sofrer punições, eles buscam garantias eleitorais antes de mudar de legenda. 

Da bancada federal, até agora o PSB perdeu dois deputados: Marinaldo Rosendo, primeiro a efetivar a mudança, seguiu para o PP e João Fernando Coutinho migrou para o PROS, onde passará a comandar a legenda no estado. Outros dois - Severino Ninho e Gonzaga Patriota - também estudam sair da sigla, mas ainda não definiram para que partido seguirão. 

##RECOMENDA##

Enfrentando uma disputa interna, que ganhou capítulos judiciais, sobre quem vai presidir o partido se o senador Fernando Bezerra Coelho ou o vice-governador Raul Henry, o MDB também pode perder espaço na bancada. O deputado Kaio Maniçoba, licenciado por estar à frente da Secretaria Estadual de Habitação, está ensaiando um desembarque do partido. E o deputado Fernando Monteiro (PP), fiel defensor do governo do presidente Michel Temer, que pretendia migrar para a legenda emedebista ainda está inseguro com a situação interna e não definiu para que partido vai. 

O tucano Daniel Coelho é outro quadro que segue indefinido, mas já deu sinais de que deixará o PSDB. Nesta semana, inclusive, ele fez enquetes nas redes sociais para indagar seus eleitores se ele deveria ou não trocar de partido. A maioria opinou que sim. A expectativa é de que Coelho ingresse no PPS, que vem firmando parcerias com movimentos como o Acredito, para a disputa eleitoral deste ano. Daniel é defensor da renovação política e neste sentido o PPS estuda se transformar no Movimento 23. 

Expulso do PDT por votar em favor da reforma trabalhista, o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca também não decidiu ainda em que partido se abrigará. 

Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Jadeval Lima foi o primeiro a efetivar a mudança partidária e deixou o PDT para se filiar ao PMN. Na lista do troca-troca, quem também já firmou o rumo que tomará foi Álvaro Porto. Ele deixou o PSD e voltará para o PTB. 

O PSB também deve ter perdas no âmbito estadual, os deputados Vinícius Labanca (PSB) e Marco Antônio Dourado avaliam propostas de outras legendas. Labanca deve ingressar no PP, que é comandado em Pernambuco pelo deputado federal Eduardo da Fonte, aliado político do pessebista em alguns redutos eleitorais. 

O presidente da Casa Joaquim Nabuco, Guilherme Uchoa também está na lista dos que devem mudar de partido, ele anunciou que deixará o PDT por falta de espaço para que o filho dispute uma vaga de deputado federal. Uchoa recebeu convite para ingressar no PSC, presidido no estado pelo deputado André Ferreira, mas aguarda um posicionamento de Uchoa Filho. 

Tais mudanças recebem influencia direta da disposição das legendas na disputa eleitoral. Na Frente Popular de Pernambuco, por exemplo, já há uma divisão e foi criada uma chapinha por PP, PDT, PCdoB e Solidariedade com a intenção de garantir vagas na Câmara e na Alepe. Do outro lado, o tradicional chapão tem até o momento PSB, PR e PSD confirmados.

O PROS, agora de João Fernando Coutinho, deve seguir para  chapinha; o PSL aguarda definir se terá palanque próprio para endossar o nome do presidenciável Jair Bolsonaro, já o PPS, PMN e o PSC estão sendo cortejados pela oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). 

Enquanto o MDB aguarda a definição de intervenção ou não na direção estadual, caso Henry se mantenha na liderança o partido vai endossar o chapão, mas se Fernando Bezerra Coelho assumir o comando, a sigla vai compor o palanque de oposição a Frente Popular que, até o momento, está sendo composto por DEM, PTB, PSDB, PV, Podemos, PRB e PRTB.

Com a imagem desgastada pelos desdobramentos da Operação Lava Jato no Estado, o MDB do Rio verá sua bancada na Câmara dos Deputados, que já foi a maior do partido, encolher para menos da metade durante a chamada janela partidária, período que permite parlamentares mudarem de legenda sem risco de perda de mandato.

Metade desses dissidentes emedebistas deve migrar para o DEM, partido do presidente da Casa, Rodrigo Maia (RJ). Maia tenta herdar o espólio político deixado pelo MDB no Estado para fortalecer sua pré-candidatura à Presidência da República, lançada oficialmente na semana passada, e ainda alavancar o pai, o ex-prefeito Cesar Maia, na disputa ao governo do Rio.

##RECOMENDA##

Desde que o MDB fluminense viu seus principais líderes serem presos - o ex-governador Sérgio Cabral, o deputado federal cassado Eduardo Cunha e o presidente afastado da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani -, o partido tem perdido espaço político no Estado.

Apenas nos primeiros dias da janela partidária, que começou na semana passada e vai até o dia 7 de abril, quatro dos oito deputados do MDB do Rio que estavam no exercício do mandato já se desfiliaram ou comunicaram que vão deixar a legenda. Dois deles anunciaram filiação ao DEM: Laura Carneiro e Zé Augusto Nalin. Já o deputado Altineu Côrtes informou que retornará para o PR, enquanto Celso Pansera se filiou ao PT.

Outros dois deputados do MDB fluminense também negociam filiação ao DEM: Alexandre Serfiotis e Soraya Santos. "Hoje, quem é o do MDB quer sair. E a tendência é ir para um partido que também tem força no governo federal. E o DEM é o melhor caminho", afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

Cavalcante foi escalado por Maia para negociar a filiação de novos parlamentares no Rio. Segundo o parlamentar, o fato de o presidente da Câmara ser do DEM tem servido como um "atrativo" para filiar os dissidentes emedebistas.

A ofensiva, no entanto, é criticada por dirigentes do MDB. Em reservado, eles acusam Maia de usar o cargo para tentar atrair os dissidentes. De acordo com emedebistas, o presidente da Câmara prometeu acelerar a substituição do deputado Celso Jacob (MDB-RJ), que está preso desde junho, para favorecer Nalin. O parlamentar já está no exercício do mandato, mas poderá voltar para a suplência quando o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (MDB-RJ), retornar para a Câmara, no início de abril.

"Não teve esta promessa. O caso do Celso Jacob precisa esperar decisão de recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), acho eu. Este tempo eu não comando", afirmou Maia. Ele também negou que o DEM esteja atuando para esvaziar a bancada do MDB do Rio. "Os deputados estão saindo do MDB por decisão própria", disse.

Ofensiva

Além do MDB, o DEM também faz uma ofensiva para atrair deputados fluminenses de outros partidos: já acertou a filiação de Sérgio Zveiter (Podemos) e negocia com Deley (PTB). Caso todas as filiações se confirmem, o partido de Maia verá a bancada do DEM, até então de quatro parlamentares, mais do que dobrar e se tornar a maior do Estado.

O líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), minimizou a debandada de parlamentares do partido na bancada do Rio. Segundo ele, a legenda deve "empatar" entre perdas e novas filiações durante a janela partidária. "No fim das contas, vamos perder oito e ganhar oito", disse. Picciani seguiu a mesma linha. "Fica ou sai do partido quem quiser", afirmou o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando