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Os dirigentes do PSB já dão como certa a filiação ao partido do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, no próximo dia 7, limite do prazo legal para disputar as eleições desse ano.

"É provável que ele se filie mesmo sem o compromisso de uma candidatura presidencial", disse ao Estadão/Broadcast o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

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Dirigentes pessebistas conversaram com Barbosa sobre o assunto na manhã desta quinta-feira, 29, em uma padaria em Brasília. O ex-ministro teria admitido pela primeira vez assinar a ficha de filiação.

A tese de lançar o ex-presidente do STF na disputa pelo Palácio do Planalto é defendida com entusiasmo pela bancada do PSB na Câmara, mas sofre resistências de alas dos partidos.

Aliado do governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência, o vice governador de São Paulo, Márcio França, é um dos que se opõem a ideia.

O ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa procurou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em busca de apoio para ser candidato pelo PSB à Presidência da República. Os dois se reuniram na semana passada no Rio. O encontro foi pedido pelo próprio ex-ministro e aconteceu no apartamento deputado federal Alessandro Molon (RJ), que se filiou recentemente ao PSB. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a conversa foi inconclusiva.

Câmara e uma ala do PSB de Pernambuco têm conversado com presidenciáveis de outros partidos, entre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Mesmo sem definição, entusiastas da candidatura de Barbosa pelo PSB viram no encontro uma sinalização de que o ex-ministro está disposto a concorrer ao Planalto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa ainda espera um sinal mais consistente do PSB sobre sua eventual candidatura ao Palácio do Planalto para decidir se ingressa na legenda. O partido, por outro lado, insiste que Barbosa precisa primeiro se filiar e, depois, viabilizar seu nome para a disputa presidencial. O impasse esfriou a negociação da sigla com o ex-ministro do STF.

Aliados que estiveram recentemente com Barbosa avaliam que ele aceita assinar a ficha de filiação dentro do prazo legal, dia 7 de abril, mesmo sem ter a garantia de candidatura. Mas não tomará a iniciativa sem uma "segurança mínima".

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Há mais de um mês, porém, a cúpula do PSB não o procura. O ex-ministro tem acompanhado pela imprensa os movimentos da legenda, que em sua convenção recuperou as diretrizes de centro-esquerda.

A executiva do PSB abandonou a ideia de subir no futuro palanque do governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, e ainda mantém a porta aberta para ter uma candidatura própria. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, no entanto, a posição majoritária da legenda hoje é ficar neutra na disputa pelo Planalto para facilitar a construção de alianças regionais, considerada a prioridade total.

A "opção Barbosa" esbarrou nos interesses do PSB em Pernambuco, no Distrito Federal e em outros Estados.

Parecer

Com residência fixada no Rio, Barbosa passa também temporadas em Brasília e em São Paulo por causa de seu trabalho como advogado parecerista, ofício que passou a exercer após se aposentar e deixar o Supremo.

Num estilo adequado à sua personalidade, o ex-ministro tem adotado uma postura bastante discreta nas conversas políticas. Segundo um interlocutor próximo, ele não quer "fazer barulho" sobre sua pretensão por ora. Também oscila entre o ceticismo em relação ao projeto presidencial com o PSB e a desconfiança sobre a capacidade do partido de se unir e ter uma estrutura competitiva para a eleição.

O deputado federal Júlio Delgado (MG), líder do PSB na Câmara, reconhece que a executiva pessebista esfriou o diálogo com o ex-ministro do STF. "Não desistimos do Barbosa, mas ele está se sentindo como aquele que foi convidado para jantar, mas não recebeu o endereço", disse ao Estado. Segundo o parlamentar, a última conversa pessoalmente com Barbosa foi antes do carnaval. Depois disso, eles se comunicaram mais duas vezes por meio do WhatsApp.

Delgado relatou que na convenção do PSB a juventude do partido queria puxar um "grito de guerra" em defesa da candidatura de Barbosa e ele cogitou apresentar uma moção nesse sentido, mas o movimento foi barrado pela cúpula.

Para o líder do PSB, Barbosa precisa tomar a iniciativa e se filiar à legenda mesmo sem ter garantias. "O jogador só pode jogar a Copa do Mundo se estiver inscrito. Não se trata de uma filiação de risco. Se ele se filiar, tenho certeza de que esse gesto por si só vai viabilizá-lo."

Segundo Delgado, o ex-ministro não precisa se preocupar com a possibilidade de disputar prévias. "Não existe isso no PSB", afirmou.

Comitiva

Em dezembro do ano passado, uma comitiva de deputados federais do partido visitou o ex-ministro no escritório dele no Itaim-Bibi, na zona oeste da capital paulista. Na ocasião o ex-presidente do Supremo disse que estava "atento aos prazos eleitorais" e também fez consultas sobre o "campo de alianças" da sigla.

Os parlamentares deixaram o encontro convencidos de que Barbosa estava construindo uma "pauta de presidenciável" e acompanhando de perto os principais temas nacionais. Os deputados relataram a ele a crença de que uma candidatura de "alguém de fora da política" teria "muito êxito" na próxima disputa presidencial.

Mas, desde então, a opção Barbosa perdeu força no PSB por pressão principalmente dos governadores Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Paulo Câmara (Pernambuco) e Ricardo Coutinho (Paraíba), que pregam neutralidade na disputa nacional. Isso facilitaria a construção das candidaturas regionais.

"Joaquim Barbosa teve contato com o partido, provavelmente, por iniciativa dele. Foi dito a ele que se filiasse e se submetesse ao ritual. O partido tem uma dinâmica. Não é uma decisão de cúpula. Decisão será em junho", disse o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, pré-candidato do PSB ao governo de Minas Gerais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois "outsiders" e um destino. O empresário e apresentador Luciano Huck já se aconselhou com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa sobre o cenário eleitoral e uma eventual candidatura presidencial. O ex-ministro teria pedido "cautela" ao postulante ao posto mais alto da República.

O principal encontro ocorreu no início de novembro, no Rio. Na ocasião, segundo interlocutores próximos aos dois, Huck estaria animado com os números de aprovação de sua imagem junto ao eleitorado e com sua participação em movimentos como o Agora! e o RenovaBR - além de suas conversas com o PPS.

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Servidor público desde 1984 (quando iniciou carreira no Ministério Público Federal) e ex-chefe do Judiciário, Barbosa, conforme relatos, teria discorrido sobre as agruras de um homem público e o fato de uma campanha eleitoral vir acompanhada de muito desgate pessoal.

Huck e o ex-presidente do Supremo têm intimidade para isso. Os dois têm uma relação de amizade - e o filho de Barbosa, Felipe, foi funcionário de Huck na produção de seu programa na TV Globo, Caldeirão do Huck, em 2013 (ele não trabalha mais no programa). Dias depois, Huck publicou uma carta no jornal Folha de S.Paulo declarando que não será candidato. Em dezembro passado, depois de uma participação de Huck como entrevistado da Casa do Saber, em São Paulo, o apresentador disse ao Estado que Barbosa "é uma pessoa que deve ser ouvida sempre".

Assim como Huck, Barbosa também flerta com uma suposta candidatura presidencial - alvo de investidas do PSB. A ala do partido que é contrária à aliança da sigla com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem feito uma ofensiva para convencê-lo a se filiar e disputar o Planalto.

Juntos

Nada parece definitivo em se tratando de política. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve a condenação confirmada em segunda instância e não tem garantias de que será candidato; e a última pesquisa do Datafolha trouxe bons números para Huck... As articulações foram retomadas. O PPS e Huck continuam se namorando e agora há quem acene com a possibilidade de uma chapa com dois "outsiders": Huck e Barbosa.

No evento do RenovaBR, na sexta-feira, interlocutores de movimentos como Agora!, Acredito e Livres mostraram empolgação com a hipótese de uma dobradinha Huck-Barbosa. Ainda no evento do RenovaBR, o Instituto Locomotiva divulgou uma pesquisa mostrando que "95% dos brasileiros afirmam que os atuais políticos não são transparentes nem prestam contas à população" e que "93% da população afirma que é preciso formar novas lideranças políticas para mudar o País". O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, comentou os números da pesquisa e disse que "nesse cenário uma candidatura 'outsider' como a de Luciano Huck ou Joaquim Barbosa teriam muito campo para crescer. Os dois juntos, claro, seriam mais fortes ainda".

Embora Huck ainda não tenha definido sua candidatura, a ideia de ter Barbosa como vice agrada ao apresentador. Barbosa não tem se manifestado. Pessoas próximas dizem que, talvez, ele não tenha "personalidade para ser vice de ninguém". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSB intensificou a investida para ter o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa como candidato do partido à Presidência da República em 2018. Embora ainda mantenha indefinida a possibilidade de concorrer no ano que vem, Barbosa tem indicado que deverá se filiar até o fim de fevereiro ou início de março.

Na segunda-feira, 11, durante reunião com uma comitiva de deputados federais do PSB, o ex-presidente do Supremo disse que está "atento aos prazos eleitorais" e fez consultas sobre o "campo de alianças" do partido.

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"Nós falamos que o tempo da legislação é um e o tempo para fazer política é outro. Se deixar para definir em abril pode ficar tardio", disse o líder na Câmara, Júlio Delgado (MG).

Porém, os parlamentares deixaram o encontro, no escritório do ex-ministro, em São Paulo, convencidos de que ele está construindo uma "pauta de presidenciável" e acompanhando de perto os temas nacionais.

Dirigentes da sigla já haviam procurado Barbosa recentemente para minimizar manifestações de resistência ao seu nome feitas por alguns integrantes da legenda. Garantiram a ele que não há possibilidade de prévias no partido. "Isso nunca aconteceu", afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

A reunião de segunda-feira foi pedida pelos parlamentares, com aval de Siqueira. O encontro contou com a presença de oito dos 33 integrantes da bancada na Câmara. Os parlamentares relataram ao ex-ministro do STF a crença de que uma candidatura de "alguém de fora da política" teria "muito êxito" na próxima disputa presidencial.

Barbosa contou que teve encontros recentes com o apresentador Luciano Huck, que anunciou que não irá concorrer.

Delgado ressaltou que o ex-ministro também questionou os deputados sobre o financiamento eleitoral. "Ele perguntou como será enfrentar candidatos de grandes oligarquias, com alto poder econômico. Dissemos que isso não era o principal desafio."

Contatado nesta terça-feira, 12, Barbosa não quis comentar. Ele também mantém diálogo com a Rede, da ex-ministra Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apontado como possível candidato à Presidência da República em 2018, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa se reuniu na tarde desta segunda-feira, 11, com deputados federais do PSB para discutir o cenário político-eleitoral. O encontro aconteceu no escritório dele em São Paulo e contou com a presença de oito dos 33 integrantes da bancada na Câmara.

A reunião foi pedida pelos parlamentares, com aval do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. De acordo com relatos dos deputados, nas quase duas horas de conversa, Barbosa admitiu que cogita ser candidato a presidente e prometeu anunciar uma decisão até março do próximo ano, prazo final exigido pela legislação eleitoral para que ele se filie a um partido político para poder participar da disputa.

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"Ele (Barbosa) disse que ainda está refletindo sobre a candidatura. Ponderou que hoje está com uma vida estabilizada com a advocacia, palestras e aulas que dá", contou o líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG), ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Delgado era um dos presentes no encontro. Segundo o deputado, a bancada reforçou o convite para o ex-ministro ser candidato pela sigla. "Ele não falou nem que sim, nem que não. Disse que está analisando o cenário", afirmou.

Delgado ressaltou que o ex-ministro se mostrou atento ao cenário político e ao comportamento do PSB no Congresso Nacional. Barbosa teria questionado a opinião dos deputados sobre como será disputar eleições sem a doação empresarial, proibida pelo STF desde 2015. "Ele perguntou como será enfrentar candidatos de grandes oligarquias, com alto poder econômico. Dissemos que isso não era o principal desafio", relatou o parlamentar.

No encontro, o ex-ministro ainda se colocou à disposição para novas conversas com os deputados. De acordo com o líder do PSB, Barbosa disse aos parlamentares que deve chegar a Brasília na próxima sexta-feira, 15, para passar as festas de fim de ano com a família e que estava aberto para conversar nesse período. "Ele não está desligado como muitos pensam. Ele está acompanhando tudo", declarou Delgado.

A reportagem não conseguiu contato com Barbosa. O ex-ministro, que deixou o Supremo em 2014, vem travando conversas com integrantes do meio político há algum tempo. Recentemente, se encontrou no Rio de Janeiro com o apresentador de TV Luciano Huck, que já negou que será candidato a presidente em 2018. Barbosa também mantém diálogo com a Rede, da ex-ministra Marina Silva.

Vice-presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, afirmou nesta segunda-feira (11) que as conversas do partido com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, são preliminares e não há nada de concreto sobre uma eventual candidatura dele à Presidência da República pela legenda. 

"Sei que teve conversas, mas são preliminares. Não participei de nenhuma delas, mas acho que o PSB tem compromisso com o Brasil e vai, em 2018, ter um papel importante e fundamental, mas isso vai ficar mais para frente. Em março é que essas coisas devem ter um aprofundamento maior", pontuou Câmara, em conversa com a imprensa após anunciar a data do pagamento do décimo terceiro salário aos servidores estaduais. 

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Apesar de já ter negado a possibilidade de ser candidato, Joaquim Barbosa tem sido tietado pela direção nacional do PSB e já foi alvo da Rede Sustentabilidade antes do partido anunciar a pré-candidatura da ex-senadora Marina Silva. 

Barbosa ficou conhecido no meio jurídico e ganhou apoio popular por ter sido relator do processo do Mensalão, que condenou políticos como o ex-presidente do PT, José Dirceu, e o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP).

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que o ingresso de pessoas que não convivem com o debate político na disputa eleitoral de 2018, como o apresentador Luciano Huck,  é, na realidade, “um sinal de ausência de política”. Em entrevista ao Gaúcha ZH, neste sábado (25), ele explicou que a indicação de ‘outsiders’ não vai solucionar os problemas do país, ao contrário do que muitos pensam. Para justificar o argumento, além de Huck, de quem FHC disse ser amigo, o tucano citou como exemplo o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. 

“Ele [Luciano Huck] tem essas características [de popularidade]. A questão é saber se isso passa para a política? Ele está acostumado a falar com a dona Maria, como ele diz, e a falar sozinho. Não está no debate político. Cogita-se um nome de fora. Às vezes, falam de um juiz, como Sergio Moro, Joaquim Barbosa. É sinal de ausência de política. Tenho muito respeito pelos juízes, como tenho pelo Huck. Tenho respeito pelo Sérgio Moro. Acho equilibrado, não se apresenta como salvador de nada. Mas é juiz. Cada um tem as suas características”, observou.

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Ao periódico, FHC disse que quando iniciou na vida pública teve “muita dificuldade para falar como candidato” porque era professor e “havia uma certa distância”.  “Na vida pública, não é assim. Você, como professor, não está acostumado a pegar nos outros, nem a ser pegado. Na vida pública, é o contrário, uma entrega corpórea… Você tem de dar sinais concretos de que você é igual. Se não der sinais de que é igual, é difícil conversar com a população. Ela só ouve uma pessoa que ela sente que está do lado dela. No Brasil, você tem de beijar e se deixar beijar. Quem não está habituado com a vida política não vai de repente entrar nela e se dar bem”, frisou. 

Para retratar a importância da comunicação de massa na vida política e, principalmente, eleitoral, o tucano lembrou da década de 50, quando o ex-presidente Jânio Quadros  andava com uma vassourinha para limpar a corrupção e uma gaiola com um rato dentro. “Ele percebeu que a comunicação de massa como estava se delineando era simbólica. Andava com uma vassourinha para limpar a corrupção e uma gaiola com um rato dentro. Ele não precisava falar nada. Todo mundo entendia. Na universidade, estávamos todos contra. Achávamos ridículo. Isso pode ser sincero ou não. É bom que seja sincero, tem de tocar numa corda no coração da pessoa. Política não é só razão, é emoção também”, cravou Fernando Henrique Cardoso.

Indagado se o correligionário e prefeito de São Paulo, João Doria, estava seguindo os passos de Jânio em uma versão mais moderna, FHC disparou: “Não sei julgar o Doria, nem quero”. “É um pouco diferente. Não sei julgar o Doria, nem quero. Me dou bem com ele. Mas ele usa a linguagem de computação, de redes. É muito hábil. O tempo todo está se comunicando. Não sei se acertou o ponto. Isso as pesquisas é que vão dizer mais adiante. Mas ele tem essa contemporaneidade. O Chacrinha já dizia que quem não se comunica, se trumbica”, ironizou.

Em mais uma crítica ao momento de perda da credibilidade na política, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou que "não sabe como os três maiores partidos do Brasil ainda terão coragem de lançar candidatos" para as próximas eleições. "Acredito que haverá um repúdio enorme aos candidatos desses três maiores partidos - PMDB, PSDB e PT", disse, em entrevista à rádio CBN, na noite dessa segunda-feira, 20.

Sem confirmar e nem negar a possibilidade de ser candidato à Presidência, Barbosa admitiu que vem sendo sondado por partidos políticos, movimentos e "muitas pessoas nas ruas, por onde vai". "Mas eu não tenho resposta ainda", afirmou, sem citar as siglas que o procuraram.

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Para o ex-ministro, as eleições de 2018 serão muito parecidas com as de 1989, que sucederam a ditadura militar no Brasil. "Pela pulverização de candidatos, esfacelamento das instituições, decadência moral e perda de credibilidade", explicou. Apesar de não admitir qualquer tipo de candidatura até o momento, Barbosa fez questão de ressaltar que fez parte de um momento que talvez tenha sido o "apogeu do STF em sua história".

"O Supremo soube estar à frente de seu tempo, à frente da sociedade brasileira, que é conservadora em muitos aspectos", ressaltou, citando decisões da Corte como o reconhecimento da união homoafetiva, a lei da Ficha Limpa, o aborto em caso de fetos anencéfalos e o fim do financiamento de campanhas políticas por empresas - que passa a valer nas próximas eleições.

Questionado sobre o julgamento do escândalo do mensalão, disse que prefere ser lembrado pelo conjunto das decisões tomadas pelo tribunal durante sua presidência. "É um clichê criado pela imprensa, que tem importância para vocês - para mim, não."

Entrevistado no Dia da Consciência Negra, ele ainda destacou acreditar em alguns avanços no combate ao racismo no País. "Me regozijo em perceber que, finalmente, o Brasil começa a reconhecer o peso histórico da escravidão e da discriminação racial que sempre foi a marca da sociedade. Há um avanço ao aceitar o debate, aceitar a existência do problema. Falta enfrentá-lo de maneira efetiva."

Joaquim Barbosa deixou o STF em agosto de 2014 e vem atuando em escritório de advocacia com sedes no Rio, São Paulo e Brasília.

O apresentador Luciano Huck encontrou recentemente com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para discutir o cenário do país e uma eventual aliança, caso a postulação dele a presidente vingue. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (7), pela colunista Mônica Bergamo. 

Segundo a publicação, interlocutores de Huck revelaram a intenção do apresentador de se cercar de notáveis com a concretização da candidatura. Barbosa também vem sendo cortejado por partidos como a Rede Sustentabilidade e o PSB para disputar o cargo. Nos bastidores, comenta-se que Huck pode convidar o ex-ministro para compor o primeiro escalão. 

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Luciano Huck ainda não teria definido se entraria na disputa ou não. Ele vem sendo sondado pelo PPS. O presidente da legenda, Roberto Freire, inclusive, já chegou a se manifestar sobre o assunto e admitir que teria convidado o apresentador. 

De passagem pelo Recife nesta segunda-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes refutou a tese de que a crise política e econômica no país seria resolvida com uma administração de juízes. Segundo ele, juízes ou promotores não seriam o melhor para o Brasil. 

"Deus nos livre disto. Os autoritarismos que vemos por aí já revelam que nós teríamos não um governo, mas uma ditadura de promotores ou de juízes", disse o ministro, ovacionado pela plateia de políticos e empresários. "Não pensem que nós juízes ou promotores seríamos melhores gestores", acrescentou.  

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Fazendo uma autocrítica ao Poder Judiciário, Gilmar falou de benefícios pagos a juízes e promotores, como o auxílio moradia, e disse que "ninguém (do Judiciário) cumpre teto (salarial), só o Supremo". "Vocês vão confiar a essa gente que viola o princípio de legalidade a ideia de gerir o País? Não dá". 

Para aqueles que imaginam que o judiciário pode substituir os gestores eleitos, o também presidente do Tribunal Superior Eleitoral foi taxativo: “se adotássemos os critérios que usamos para gerir os tribunais faltaria areia no deserto”.  

Logo depois da palestra, Gilmar concedeu entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião, ele foi indagado se era contrário a uma candidatura do ex-presidente do STF e ministro aposentado, Joaquim Barbosa. Ele desconversou. “Falei de imaginar que vamos substituir os políticos por juízes, não falei de um ou outro candidato. Estou dizendo que os padrões que nós adotamos hoje de gestão no Judiciário não nos recomenda para sermos gestores do país”, observou.

Barbosa é apontado como sugestão para a disputa por 2018. Ele, inclusive, travou conversas com alguns partidos, entre eles a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva. "Eu sou um cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos, mas sou um observador atento da vida brasileira. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na minha esfera de deliberação. Só que eu sou muito hesitante em relação a isso. Não sei se decidirei positivamente neste sentido", disse o ex-ministro em entrevista recente.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acompanha, na manhã desta quinta-feira (8), o julgamento do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília. Ao chegar no local, o magistrado aposentado disse que não há como prever resultado: "O julgamento é imprevisível".

A presença de Barbosa foi salientada pelo relator do processo, ministro Herman Benjamin, durante uma das suas falas e pelo ministro Napoleão Nunes Filho. 

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Recentemente, o ex-ministro defendeu a realização das Diretas Já como um meio de dar uma "lufada de ar fresco" no país. Ao participar de um evento no STF nessa quarta, ele não descartou a possibilidade de concorrer ao cargo de presidente da República em 2018. 

Barbosa disse que está refletindo sobre o assunto, não ignora as pesquisas eleitorais, já conversou com Marina Silva, da Rede, e com o PSB, mas disse não saber "se decidiria dar este passo".

"Já conversei com líderes de partidos políticos, dois ou três. Até mesmo quando estava no Supremo fui sondado, sondagens superficiais. Ano passado, tive conversas com Marina Silva. Mais recentemente, tive conversas, troca de impressões, com a direção do PSB", disse. "Mas nada de concreto em termos de oferta de legenda para candidatura, mesmo porque eu não sei se eu decidiria dar este passo. Eu hesito", declarou na ocasião, segundo a Agência Estado. 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa admitiu nesta quarta-feira (7) a possibilidade de se candidatar à presidência da República, embora tenha ressaltado que "ainda hesita" em relação a isso. Após solenidade, à tarde, no Supremo, quando foi descortinado o retrato dele na galeria de ex-presidentes da Corte, Barbosa disse que está refletindo sobre o assunto, não ignora as pesquisas eleitorais, já conversou com Marina Silva, da Rede, e com o PSB, mas disse não saber "se decidiria dar este passo".

"Eu sou um cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos, mas sou um observador atento da vida brasileira. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na minha esfera de deliberação. Só que eu sou muito hesitante em relação a isso. Não sei se decidirei positivamente neste sentido", disse o ex-ministro do Supremo.

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Barbosa admitiu conversas sobre uma possível candidatura, mas negou ter assumido compromisso com algum partido.

"Já conversei com líderes de partidos políticos, dois ou três. Até mesmo quando estava no Supremo fui sondado, sondagens superficiais. Ano passado, tive conversas com Marina Silva. Mais recentemente, tive conversas, troca de impressões, com a direção do PSB", disse. "Mas nada de concreto em termos de oferta de legenda para candidatura, mesmo porque eu não sei se eu decidiria dar este passo. Eu hesito", disse o ex-ministro.

O comentário de Barbosa veio em meio a uma série de críticas sobre o meio político, com foco no Executivo e no Legislativo.

"Passamos por um momento tempestuoso da vida política nacional, em que visivelmente os dois Poderes que representam a soberania popular, nossos representantes eleitos, não cumprem bem a sua missão constitucional", afirmou Barbosa.

"Cabe a essa corte, como órgão de calibragem e moderação, ter uma vigilância redobrada sobretudo no que se passa no país. Isso é natural, sempre foi assim, mas não custa reafirmar", afirmou o magistrado, explicando uma frase do pronunciamento que fez durante a solenidade. Ele havia encerrado discurso dizendo que "esta Corte não falhará".

O tema da "presidenciabilidade" foi introduzido durante a solenidade pelo ministro Luís Roberto Barroso, a quem coube fazer o discurso em homenagem ao ex-colega de Corte. Barroso destacou as especulações e pesquisas que apontam Joaquim Barbosa como possível presidenciável.

Barroso disse que, independentemente disso, Barbosa ajudou a quebrar um paradigma "de que pessoas de bem-estar na vida jamais seriam presas", por meio da condução da Ação Penal 470, o Mensalão.

Eleição direta

Joaquim Barbosa afirmou que "a falta de liderança política e de pessoas com desapego, pessoas realmente vinculadas ao interesse público, faz que o país vá se desintegrando".

Neste contexto, Barbosa defendeu eleição direta em caso de vacância da presidência da República.

"Veja bem, a Constituição brasileira prevê eleição indireta. Mas eu não vejo tabu de modificar Constituição em situação emergencial como esta para se dar a palavra ao povo. Em democracia, isso é que é feito."

"Eu acho que o momento é muito grave. Caso ocorra a vacância da Presidência da República, a decisão correta é essa: convocar o povo", disse o ex-ministro do Supremo.

Barbosa disse que deveria ter havido eleição direta após o impeachment de Dilma Rousseff. "Deveria ter sido tomada essa decisão há mais de um ano atrás, mas os interesses partidários e o jogo econômico é muito forte e não permite que essa decisão seja tomada. Ou seja, quem tomou o poder não quer largar. Os interesses maiores do país são deixados em segundo plano", disse.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa se manifestou em sua conta pessoal no Twitter, na manhã desta sexta-feira (19), com relação ao último escândalo envolvendo o presidente da República, Michel Temer. O advogado sugere que os brasileiros saiam às ruas e peçam a saída de Temer.

“Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o Sr. Michel Temer usou o Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário, seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia. Nada aconteceu, não é mesmo?”, inicia Barbosa, reforçando que líderes políticos, empresariais e parte da imprensa minimizaram os fatos.

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“Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do Sr. Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos. Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer”, conclui o ex-ministro. 

Numa sessão do Supremo Tribunal Federal em 2012, o então ministro Joaquim Barbosa, num duelo verbal com Gilmar Mendes, vaticinou: “Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste País”. Adiante chegou a afirmar que Gilmar não tinha condições de ir às ruas. Este bate-boca se deu por causa do julgamento dos donos de cartórios. Joaquim afirmou, ainda, que Gilmar só saia às ruas de Mato Grosso, Estado dele, protegido por capangas.

Imagine o que dirá, agora, o aposentado ministro Joaquim Barbosa em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal de revogar, por três votos a dois, o decreto de prisão preventiva que pesava contra o ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu. Os portões da prisão da Lava Jato foram abertos para o emblemático personagem petista, que já havia cumprido pena por causa do escândalo do mensalão, protagonizado por ele, a pedido do chefe, o ex-presidente Lula. 

Votaram pela liberdade de José Dirceu, os ministros Gilmar Mendes, voto decisivo, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Contra a revogação da prisão, os ministros Celso de Mello e Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. “Este é um caso complexo e triste da nossa própria história. Não podemos nos ater à aparente vilania dos envolvidos para decidir acerca da prisão processual. E isso remete à própria função da jurisdição em geral, da Suprema Corte em particular”, disse Gilmar.

Para acrescentar: “A missão de um tribunal como o Supremo é aplicar a Constituição, ainda que contra a opinião majoritária”. Foi dele o voto decisivo, o chamado voto de minerva, para soltar Dirceu. O ex-ministro estava preso desde 3 de agosto de 2015, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato. Em menos de dois anos, Moro aplicou ao ex-ministro duas pesadas condenações que somam 32 anos e um mês de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A favor da manutenção da prisão preventiva, o relator, ministro Edson Fachin, alegou que medida “encontra-se plenamente justificada pela lei e pela jurisprudência desta Corte, inclusive desta Segunda Turma”. “Estamos, aqui, a tratar da criminalidade do colarinho branco”, disse Fachin. Fachin destacou que, embora diversas prisões tenham sido alvo de críticas em razão de seu alcance no tempo, “o tema merece ser compreendido de modo cuidadoso”.

PREVIDÊNCIA – Mesmo sob pressão de servidores federais, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse, ontem, que não fará mais nenhuma modificação no seu parecer sobre as novas regras para a aposentadoria. A expectativa é que a votação comece na manhã de hoje. “Fica tudo como está. Não vai mudar nada”, disse. Assim como em outras reuniões da comissão, um grupo de servidores fez um ato contra o parecer do relator. Na entrada do plenário onde o colegiado debatia o relatório, eles gritavam palavras de ordem como “Quem votar, não volta”, querendo dizer que os parlamentares que votarem a favor não conseguirão se eleger novamente.

Nadando em dinheiro – Enquanto a maioria dos municípios corta pessoal e todo tipo de despesas para se adequar às exigências do ajuste fiscal e com isso tentar fazer a travessia da grave crise econômica, em Jaboatão o prefeito Anderson Ferreira (PR) anunciou, ontem, a contratação de 944 concursados dos setores da Educação, Saúde, Segurança, Assistência Social, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ciência e Tecnologia, Fazenda e Controladoria. Entre os novos servidores que irão reforçar os quadros da prefeitura, estão 685 professores, 80 guardas municipais, 50 agentes de trânsito e 63 profissionais de diversas áreas da Saúde. Anderson deve estar nadando em dinheiro!

Aumento no Cabo – Os servidores públicos municipais do Cabo de Santo Agostinho terão um aumento de 7% a partir deste mês. O prefeito Lula Cabral (PSB) está encaminhando para a aprovação da Câmara dos Vereadores o Projeto de Lei que estabelece a concessão do reajuste. O pedido será feito em caráter de urgência para que permita a inclusão do aumento na folha de pagamento de maio. O percentual está acima da correção da inflação - 5,5% no ano - medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como base para reajustes salariais. Provavelmente seja um dos únicos gestores a conceder aumento em tempos tão bicudos. 

Convocação – O deputado Joel da Harpa (PTN) encaminhou, ontem, requerimento ao presidente da Comissão de Legislação e Justiça, Waldemar Borges (PSB), para que convoque os secretários Marcelo Barros (Fazenda), Ângelo Gioia (Defesa Social) e Milton Coelho (Administração) sejam convidados para discutir o Projeto de Lei 1330. A proposta cria o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e institui gratificações especiais, como a Gratificação de Atividade Tática (GAT) e a Gratificação de Operações Especiais da Polícia Militar (GOEPM). “Criar uma gratificação de mais de R$ 2.500, que é quase a remuneração de um praça, para uma pequena parte da corporação só contribui para dividir a tropa e aumentar ainda mais o clima de insatisfação. A grande maioria da corporação não é atendida por esse projeto”, disse Harpa. 

Perdeu a esperança – O deputado Daniel Coelho (PSDB) jogou a toalha. Não acredita na aprovação da reforma da Previdência. “Eu sou contra esse texto da reforma da Previdência. Diferentemente do que ocorreu com a trabalhista, que teve quase 20 audiências públicas, todos os sindicatos ouvidos, e foi construído para modernizar a economia sem tirar direito de ninguém, a reforma da Previdência não ouviu ninguém, foi muito mal conduzida. É um projeto em que a sociedade toda não está convencida da sua necessidade e eu não acredito que o Congresso tenha direito de fazer uma modificação, que é permanente na vida das pessoas, sem que haja um debate consistente, convencimento e de que a gente tenha pelo menos uma parcela razoável da população compreendendo o que está sendo proposto”, afirmou. 

CURTAS 

INDÍGENAS – As recentes ações violentas contra índios gamelas, em Viana (MA), e contra indígenas que participaram de protesto no Congresso, em Brasília, levaram o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa, a criticar o papel do ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), nas ações. Para o senador, Serraglio vem agindo como “líder de torcida” da bancada ruralista e é um dos responsáveis pelo desmonte da política de proteção aos índios no Governo de Michel Temer (PMDB).

RECURSOS – Já estão nas contas das 15 prefeituras municipais do Estado os recursos liberados pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para investimento em obras de unidades de educação infantil e de ensino fundamental. “Estamos garantindo que as obras sejam concluídas e destinando recursos também para aquisição de equipamentos, mobiliário e transporte escolar”, disse o ministro.  Ao todo, foram R$1.675.526,06 para Pernambuco.

Perguntar não ofende: Do jeito que Gilmar está se comportando algum criminoso do colarinho branco permanecerá na cadeia? 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa foi condenado a indenizar o jornalista Felipe Recondo em R$ 20 mil por danos morais. Quando era repórter do jornal O Estado de S. Paulo, Recondo, hoje sócio do site jurídico Jota, foi chamado de "palhaço" pelo então presidente do Supremo e ainda ouviu do ministro que deveria "chafurdar no lixo".

A decisão é da 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal em grau de apelação. Barbosa foi condenado por 3 votos contra 2. Votaram pela condenação do ex-presidente do Supremo os desembargadores Fernando Habibe, Sérgio Rocha e Rômulo de Araújo Mendes. Joaquim Barbosa pode ainda recorrer da decisão.

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Atuaram no processo em favor do jornalista os advogados Leonardo Furtado (escritório Chiaparini Bastos), Danyelle Galvão e Renato Faria (escritório Faria e Galvão). A reportagem não localizou o ex-ministro para falar da sentença do Tribunal de Justiça do DF.

Se alguém for contar o Dia D do impeachment da agora presidente cassada Dilma Rousseff tendo o embate nas redes sociais como ponto de partida de certo que irá se valer dos bombásticos e internacionais tuítes do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. "Eu não acompanhei nada desse patético espetáculo que foi o 'impeachment tabajara' de Dilma Rousseff. Não quis perder tempo."

Barbosa, algoz de petistas no julgamento do mensalão, chamou o primeiro pronunciamento de Temer como presidente de patético: "Mais patética ainda foi a primeira entrevista do novo presidente do Brasil, Michel Temer. Explico. O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se". Barbosa ainda tuitou em inglês e francês.

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Apoiadores mais exaltados de Temer e favoráveis ao processo de impeachment chegaram a chamar Barbosa de traidor. Nas piores versões do embate virtual, alguns partiram para agressões pessoais e até racistas. O ex-presidente do STF também foi chamado, ironicamente, de "o mais novo petralha".

Ironia não faltou na rede

O "tchau, querida" continuou forte na timeline de quem apoiou o impeachment. Já aqueles que foram contrários ao processo, voltaram a fazer piada com os poemas de Temer (principalmente depois de Dilma ter citado o poeta russo Vladimir Maiakovski em seu pronunciamento).

Imagens com Títulos de Eleitor rasgados também se espalharam na rede. O discurso sobre os "54 milhões de votos jogados fora" ganhou ainda mais força - e a narrativa do 'golpe' mostrou que ainda tem fôlego para continuar nos trending topics por muito tempo.

Teve quem tentasse contemporizar. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, escreveu: "Agora é hora de virar a página, deixar as diferenças para trás e, de braços dados, reconstruir o país". A manifestação de Skaf foi rechaçada por muitos tuiteiros - que escreveram coisas como "ele não quer pagar o pato que ele mesmo criou"

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou em seu Twitter que o Brasil só sairá da crise "com eleições presidenciais ainda este ano". O ex-ministro fez as afirmações em duas mensagens postadas em sua rede social na manhã deste sábado, 4.

Barbosa citou em suas mensagens a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 34 das mais importantes economias mundiais. E mandou um recado direto para a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e o presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

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"OCDE diz o que eu venho dizendo em palestras: só sairemos dessa crise com eleições presidenciais ainda este ano. Disse-o em 22/4 e 12/5", declarou o ex-ministro. "Para que isso ocorresse, dois ilustres brasileiros teriam que renunciar aos seus interesses pessoais e pensar no país: D Roussef e M Temer."

Dilma se afastou da Presidência no dia 12 de maio, por decisão do Senado. Ela vai ficar afastada 180 dias, período em que será conduzido o processo de impeachment por crime de responsabilidade atribuído à petista.

O governo interino de Michel Temer vem sendo alvo de frequentes críticas. Nesta segunda-feira, 6, o jornal americano The New York Times questionou em editorial o compromisso do peemedebista de acabar com a corrupção e pede medidas concretas do novo governo e sua equipe para combater as irregularidades. Uma destas medidas é extinguir a imunidade de parlamentares e de ministros, descrita no texto como "injustificável".

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro aposentado Joaquim Barbosa afirmou, nesta quinta-feira (5), que a decisão do ministro Teori Zavascki de afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) das funções parlamentares e, consequentemente, da presidência da Câmara foi “extraordinária”. 

“O ministro Teori acaba de tomar uma das mais extraordinárias e corajosas decisões da história político-judiciária do Brasil”, afirmou em publicação no Twitter. Afastado há quase dois anos da vida pública, Barbosa tem usado o microblog para se posicionar sobre assuntos da política nacional.

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Na decisão, Teori Zavascki afirma que Eduardo Cunha não tem condições de ocupar o cargo de presidente da Câmara e nem substituir o presidente da República. Com o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) em tramitação no Congresso Nacional, Cunha é o segundo sucessor constitucional da petista.

"Não há a menor dúvida de que o investigado não possui condições pessoais mínimas para exercer, neste momento, na sua plenitude, as responsabilidades do cargo de Presidente da Câmara dos Deputados, pois ele não se qualifica para o encargo de substituição da Presidência da República, já que figura na condição de réu no Inquérito 3983, em curso neste Supremo Tribunal Federal", diz o ministro no documento, de 76 páginas. 

No inquérito, Cunha responde por corrupção, lavagem de dinheiro, manutenção de valores irregulares em contas no exterior. Zavascki também mencionou na decisão que o peemedebista usou o cargo "em interesse próprio e ilícito”.

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro aposentado Joaquim Barbosa afirmou, nesta sexta-feira (22), que a justificativa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) “é fraca e causa desconforto”.  Segundo o magistrado, quebrar regras do orçamento é normal no país e a solução ideal para a crise política instaurada com o impedimento da presidente é uma nova eleição. 

“Sinto um mal estar com esse fundamento. A alegação é fraca e causa desconforto. Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação. Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados”, argumentou Barbosa, ao participar da abertura do Simpósio das Unimeds, em Florianópolis. A informação foi divulgada por um portal catarinense. 

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“Não estou dizendo que ela não descumpriu as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional tirar uma presidente sobre esse fundamento num país como o nosso. Vão aparecer dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se transformará em ódio entre parcelas da população”, acrescentou o ex-presidente do STF. 

Para reverter os imbróglios políticos, Joaquim Barbosa sugeriu a realização de um novo processo eleitoral para que a população resolva a crise no setor. “Organizem eleições, deixem que o povo resolva. Deem ao povo a oportunidade de encontrar a solução. A solução que propus é uma transição conduzida pela própria presidente. Mas ela já perdeu o timing”, cravou. 

Esta é a primeira vez que Joaquim Barbosa fala abertamente sobre o impeachment de Dilma. Analisando a votação pela admissibilidade do processo, que aconteceu no último domingo (17), o ministro aposentado disse que “o Brasil assistiu no domingo aquele espetáculo, no mínimo, bizarro” e observou que os senadores devem, por serem mais experientes, não repetir a cena. 

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