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Um novo levantamento sobre as intenções de votos para a eleição presidencial foi divulgado, nesta quinta-feira (3). O estudo feito pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as pré-candidaturas do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), da ex-senadora Marina Silva (Rede) e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB) são beneficiadas. 

No cenário sem Lula, Bolsonaro lidera com 20,5% das intenções. Em seguida, configurando um empate técnico, vem Marina (12%) e Barbosa (11%). O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) é citado por 9,7%; já o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) por 8,1%, e o senador Álvaro Dias (Podemos), por 5,6%.

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Nesta conjuntura, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seria o candidato do PT. Ele recebeu, de acordo com a amostra, 2,7% das intenções. A presidenciável pelo PCdoB, deputada Manuela D'Ávila registra 2,1%; o presidente Michel Temer (MDB) vem com 1,7% e o empresário Flávio Rocha (PRB) 1%.

Por outro lado, quando Lula surge como candidato. Ele aparece em primeiro lugar com 27,6%. Nessa simulação, seguem Bolsonaro (19,5%), Joaquim Barbosa (9,2%) e Marina Silva (7,7%). Alckmin surge com 6,9% das intenções, Ciro 5,5%, Alvaro 5,4%, Manuela 1,2% e Temer 1,1%. 

A pesquisa também indaga se os entrevistados votariam em alguém indicado por Lula. A maioria (61,2%) diz que não enquanto 23,4% ponderam que sim; outros 14,1% disseram que votariam dependendo do candidato. 

O Instituto Paraná Pesquisas foi às ruas entre os dias 27 de abril e 02 de maio e ouviu 2.002 eleitores, maiores de 16 anos, em 154 municípios brasileiros. 

Montagem/LeiaJáImagens/Agência Brasil

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A menos de seis meses das eleições, o cenário político no país ainda é incerto no que se trata da disputa pelo cargo de presidente da República. Diante do quadro, o Instituto de Pesquisas UNINASSAU divulgou um levantamento qualitativo com a opinião de eleitores recifenses sobre a conjuntura. Ao estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, os eleitores confirmaram a intenção de ir às urnas em outubro e citaram suas possibilidades de votos.

Dos 14 nomes já colocados para a corrida, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foram mencionados como opções pelos entrevistados. Além deles, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), que não confirmou ainda a participação no pleito, e o ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato a governador do Estado paulista, também foram considerados.   

Neste sentido, um dos pontos que chama a atenção na amostra são as características atribuídas pelos eleitores aos presidenciáveis como justificativa do eventual voto. Lula é associado à “ascensão das classes menos favorecidas e as ações direcionadas para o Nordeste”; Barbosa à “dignidade, justiça e honestidade”; Bolsonaro à “honestidade e à ordem”; Marina à “competência”; e Doria à “inovação, empreendedorismo e o fato de saber governar”. 

Para o levantamento, o Instituto UNINASSAU ouviu três grupos com recifenses das classes A e B (com salários acima de R$ 5 mil), C (entre R$ 2 mil e R$ 4 mil) e D (entre R$ 800 e R$ 1,2 mil) no dia 23 de abril. 

Lula: amor e ódio lado a lado

A dualidade de sentimentos preenche o debate sobre o ex-presidente Lula. De acordo com a amostra, o lulismo e o antilulismo caminham lado a lado nos argumentos expostos pelo eleitorado em todos os níveis sociais aferidos. 

Para quem é das classes A e B, por exemplo, Lula "fez muita coisa pelo Brasil", mas errou ao escolher a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora e optar pela prática da corrupção, rendendo a ele uma condenação a 12 anos e um mês de prisão, pela qual está preso desde o último dia 7.

No recorte em que se enquadram pessoas da classe C, "diversos eleitores são entusiastas de Lula", apesar da prisão, e ressaltam a "esperança" que depositam nele, porém também há rejeição seguindo a mesma linha crítica a Dilma e acusando o petista de ser corrupto. Já na D, apesar do reforço da máxima “roubou, mas fez”, os eleitores mostraram admiração pelo ex-presidente e uma maior disposição em votar nele ou no seu indicado. 

A predisposição de votar em um indicado de Lula também surgiu, mesmo que de forma leve, entre os entrevistados com maior remuneração salarial. A empresária Tatiana Veloso, 42 anos, chegou a levantar a intenção de dar uma nova chance ao PT e pontuou condições para isso.      

“Se pessoas novas entrassem no partido, com visões diferentes, ele poderia se reestruturar e mudar. A mudança é uma coisa boa. Se muda, ele cresce e consegue retomar a confiança do povo. Então se viesse um político honesto, que não tenha vício de outros partidos, e entrasse no PT eu tenho certeza que seria bom para o partido”, salientou a moradora de Casa Forte, na Zona Norte do Recife.

Fazendo um panorama das colocações coletadas pelo estudo, o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, disse que “em todas as classes sociais, o lulismo está presente”. “O ex-presidente Lula é admirado pelo que fez no passado, mas também é rejeitado. Quando o eleitor rejeita Lula ou não tem certeza de que ele é candidato, revela admiração por Joaquim Barbosa, que não tem rejeição”, destacou. 

Joaquim Barbosa: 'herói' e novo fôlego para classe política

O diagnóstico a partir da pesquisa do Instituto UNINASSAU aponta também que o “possível candidato do PSB tem diversos admiradores e é reconhecido como o candidato novo”. Entre os competidores antilulistas, Joaquim Barbosa é citado “com entusiasmo” e aparece como uma espécie de “salvador da pátria” no discurso dos eleitores que o mencionam como possibilidade de escolha do voto. 

Ao contrário de Lula, o neo-pessebista não tem nenhum tipo de rejeição entre os grupos entrevistados. O fato de ele ter sido presidente da Alta Corte brasileira e ter liderado, por exemplo, o julgamento do caso do Mensalão, que levou membros do PT à cadeia por corrupção, fizeram com que passasse para a população uma imagem ilibada e sem “vício” político, ou seja, sem os costumes tradicionais da classe política.  

“A classe política está muito desgastada, seja de que partido for. Hoje não temos um partido que seja capaz  de resolver o que está acontecendo atualmente. Todos os políticos estão comprometidos [com corrupção]. Sei que vai ser difícil para qualquer um que for eleito mudar isso, mas Joaquim Barbosa é um jurista e quando esteve no STF soube se impor. Não tem vício político, nem está vinculado a ninguém”, expôs o autônomo Ronilson Lemos, de 64 anos. Morador de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, ele foi um dos ouvidos pelo levantamento. 

Bolsonaro, Marina e Doria também na mira do eleitorado

Em contrapartida ao perfil político de Lula e Joaquim Barbosa, aparece Jair Bolsonaro que, entre pesos e medidas, tem admiradores e avessos entre os eleitores ouvidos para a amostragem. Na pesquisa, os adeptos dele, por exemplo, argumentam na defensiva e refutam as críticas que normalmente pesam contra o presidenciável. Já os opositores ponderam que ele “não gosta dos nordestinos”. 

“O que me incomoda nele é essa maneira dele se expressar. Acho ele arrogante com as pessoas, principalmente do sexo feminino, e um presidente ser arrogante não tem como fazer um bom governo. Sem falar na parte homofóbica. Sou amiga dos gays e isso não me agrada. Família hoje é homem com homem, mulher com mulher. Isso constitui família”, salientou Tatiana Veloso ao afirmar que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum”. 

Por outro lado, o jovem empresário Matheus Henrique, de 20 anos, destacou que votaria no presidenciável justamente pelo seu lado conservador. “Ele é honesto na vida pregressa dele. É alguém que não tem nada que você vai levar em consideração contar ele. Não deve nada a ninguém, consegue ter autonomia por não dever nada a ninguém, consegue expressar o ideal dele. Ele tem suas ideais e pode expressá-las e isso já é válido. Além disso, defende a família e é conservador. Isso é essencial para os dias de hoje”, argumentou. 

Na lista dos mencionados como possibilidade de votos, Marina Silva vem como alguém que “merece uma chance” porque “não é citada em atos de corrupção”. “Marina Silva está diferente, com novas visões, mais culta. Ela se reciclou e foi  bom. Vendo isso a gente sente confiança do que ela pode vir a fazer. É uma pessoa que eu não descarto para votar. Gosto dela e votei nela na última eleição. Hoje estamos atrás da pessoa ser correta e é o mais importante”, observou Tatiana. 

Além dos presidenciáveis, o nome de João Doria também foi citado, de forma mais sutil, entre os entrevistados, mesmo ele sendo pré-candidato ao governo de São Paulo. Sob a ótica do estudante de direito Túlio Cruz de Almeida, 21 anos, Doria tem como diferencial a “transparência política”. 

“Ele não tem vício político. É uma pessoa de fora que tem tudo para melhorar. O que o brasileiro precisa é de uma transparência da política, só vemos ela toda fechada, e até onde eu sei ele transparece o que faz. Não votaria em Geraldo Alckmin [que é o candidato do PSDB a presidente], porque houve uma medida apenas política na escolha dele. Como quem diz esse aqui está na vez e vai ele”, criticou. 

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Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

 aponta também que o “possível candidato do PSB tem diversos admiradores e é reconhecido como o candidato novo”. Entre os competidores antilulistas, Joaquim Barbosa é citado “com entusiasmo” e aparece como uma espécie de “salvador da pátria” no discurso dos eleitores que o mencionam como possibilidade de escolha do voto. 

Ao contrário de Lula, o neo pessebista não tem nenhum tipo de rejeição entre os grupos entrevistados. O fato dele ter sido presidente da Alta Corte brasileira e ter liderado, por exemplo, o julgamento do caso do Mensalão, que levou membros do PT à cadeia por corrupção, fizeram com que passasse para a população uma imagem ilibada e sem “vício” político, ou seja, sem os costumes tradicionais da classe política.  

“A classe política está muito desgastada, seja de que partido for. Hoje não temos um partido que seja capaz  de resolver o que está acontecendo atualmente. Todos os políticos estão comprometidos [com corrupção]. Sei que vai ser difícil para qualquer um que for eleito mudar isso, mas Joaquim Barbosa é um jurista e quando esteve no STF soube se impor. Não tem vício político, nem está vinculado a ninguém”, expôs o autônomo Ronilson Lemos, de 64 anos. Morador de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, ele foi um dos ouvidos pelo levantamento. 

Bolsonaro, Marina e Doria também na mira do eleitorado

Em contrapartida ao perfil político de Lula e Joaquim Barbosa, aparece Jair Bolsonaro que, entre pesos e medidas, tem admiradores e aversos entre os eleitores ouvidos para a amostragem. Na pesquisa, os adeptos dele, por exemplo, argumentam na defensiva e refutam as críticas que normalmente pesam contra o presidenciável. Já os opositores ponderam que ele “não gosta dos nordestinos”. 

“O que me incomoda nele é essa maneira dele se expressar. Acho ele arrogante com as pessoas, principalmente do sexo feminino, e um presidente ser arrogante não tem como fazer um bom governo. Sem falar na parte homofóbica. Sou amiga dos gays e isso não me agrada. Família hoje é homem com homem, mulher com mulher. Isso constitui família”, salientou Tatiana Veloso ao afirmar que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum”. 

Por outro lado, o jovem empresário Matheus Henrique, de 20 anos, destacou que votaria no presidenciável justamente pelo seu lado conservador. “Ele é honesto na vida pregressa dele. É alguém que não tem nada que você vai levar em consideração contar ele. Não deve nada a ninguém, consegue ter autonomia por não dever nada a ninguém, consegue expressar o ideal dele. Ele tem suas ideais e pode expressá-las e isso já é válido. Além disso, defende a família e é conservador. Isso é essencial para os dias de hoje”, argumentou. 

Na lista dos mencionados como possibilidade de votos, Marina Silva vem como alguém que “merece uma chance” porque “não é citada em atos de corrupção”. “Marina Silva está diferente, com novas visões, mais culta. Ela se reciclou e foi  bom. Vendo isso a gente sente confiança do que ela pode vir a fazer. É uma pessoa que eu não descarto para votar. Gosto dela e votei nela na última eleição. Hoje estamos atrás da pessoa ser correta e é o mais importante”, observou Tatiana. 

Além dos presidenciáveis, o nome de João Doria também foi citado, de forma mais sutil, entre os entrevistados, mesmo ele sendo pré-candidato ao governo de São Paulo. Sob a ótica do estudante de direito Túlio Cruz de Almeida, 21 anos, Doria tem como diferencial a “transparência política”. 

“Ele não tem vício político. É uma pessoa de fora que tem tudo para melhorar. O que o brasileiro precisa é de uma transparência da política, só vemos ela toda fechada, e até onde eu sei ele transparece o que faz. Não votaria em Geraldo Alckmin [que é o candidato do PSDB a presidente], porque houve uma medida apenas política na escolha dele. Como quem diz esse aqui está na vez e vai ele”, criticou. 

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Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB) mantém em suspense a decisão de disputar ou não o Palácio do Planalto, mas já tem esboçado os pilares do discurso que deverá adotar em uma eventual campanha. Em conversas mais recentes, Barbosa indicou que pretende conciliar a bandeira ética com a social. O ex-relator do mensalão quer reforçar a imagem do juiz implacável com a corrupção e, ao mesmo tempo, se apresentar na economia como um social-democrata, favorável ao livre mercado, mas com ênfase no combate à miséria.

"Não sou favorável a posições ultraliberais num país social e estruturalmente tão frágil e desequilibrado como o Brasil, com desigualdades profundas e historicamente enraizadas", afirmou Barbosa ao jornal O Estado de S. Paulo. "Basta um rápido olhar para o chamado Brasil profundo ou para a periferia das nossas grandes metrópoles para se convencer da inadequação à nossa 'engenharia social' dessas soluções meramente livrescas, puramente especulativas. Evidentemente, elas não são solução para a grande miserabilidade que é a nossa marca de origem e que nós, aparentemente, insistimos em ignorar."

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O interesse pelo pensamento de Barbosa invadiu os círculos do mundo político e econômico após ele se filiar ao PSB no início do mês e aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto. A avaliação corrente é de que o ex-ministro do Supremo tem alto potencial eleitoral, porque teria capacidade de arregimentar votos em diferentes polos ideológicos.

No Supremo, Barbosa foi o relator do mensalão federal, que resultou, em 2012, na condenação e prisão de integrantes da antiga cúpula do PT. Após se aposentar, em 2014, ele se tornou um crítico do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. O ex-ministro tem evitado se manifestar sobre a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Barbosa foi um defensor da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, tema que hoje divide o Supremo. Sua atuação na Corte, aliás, deverá ser bastante explorada numa eventual campanha presidencial. Além da marca do mensalão, ele reivindica o papel de principal articulador da aprovação, no Supremo, da proibição das doações eleitorais de empresas. Em conversa com um antigo aliado, ele considerou essa decisão como "crucial" para uma depuração do sistema político nacional.

Em 11 de dezembro de 2013, o então presidente do Supremo colocou em julgamento a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 4650, sobre financiamento de campanhas eleitorais e votou contra doações de pessoas jurídicas. "A permissão para as empresas contribuírem para campanhas e partidos pode exercer uma influência negativa e perniciosa sobre os pleitos, apta a comprometer a normalidade e legitimidade do processo eleitoral, e comprometer a independência dos representantes", afirmou na época em seu voto.

Nesse tema, ele enfrentou a oposição de Gilmar Mendes, que pediu vista e devolveu a ação ao plenário um ano e cinco meses depois. A conclusão da votação ocorreu em 2015, já com Barbosa fora do Supremo.

Administração

O ex-ministro ainda tenta se acostumar ao assédio após ingressar pela primeira vez em um partido político e entrar de vez no rol dos presidenciáveis. Barbosa acompanha com mais atenção a curiosidade em torno de suas posições e suas alegadas fragilidades: o temperamento muitas vezes explosivo e a falta de experiência administrativa. O segundo ponto lhe incomoda mais.

Doutor e mestre em Direito Público por universidades francesas, Barbosa reclama que tem uma vasta carreira e conhece a administração federal do Brasil como poucos. Antes de sua nomeação para o Supremo - onde ficou por 11 anos -, ele foi integrante do Ministério Público Federal de 1984 a 2003, com atuação em Brasília e no Rio. De 1985 a 1988, trabalhou no Executivo ao chefiar a consultoria jurídica do Ministério da Saúde.

"Conheço muito bem o Estado brasileiro, suas virtudes, seus defeitos, visíveis ou invisíveis. Nele trabalhei desde muito jovem, nas mais diversas esferas, dos níveis mais modestos aos mais elevados", afirmou Barbosa ao jornal.

Autores

Desde que se filiou ao PSB, há 20 dias, o ex-ministro recebeu diversos convites de economistas e escolas, dispostos a entender o que ele pensa sobre o tema. Segundo interlocutores, Barbosa tem pouca familiaridade com economistas nacionais e costuma se informar por meio da leitura de autores estrangeiros.

Acompanha semanalmente o americano Paul Krugman, professor da Universidade de Princeton, vencedor do Nobel de Economia de 2008 e colunista do The New York Times. Krugman é um adepto do keynesianismo, teoria baseada nas ideias do inglês John Maynard Keynes, que defendia a ação do Estado na economia.

O ex-ministro também é admirador e leitor de Francis Fukuyama, cientista político e economista que foi um do ideólogos do governo Ronald Reagan nos Estados Unidos, além de autor de best-sellers. Um terceiro nome que Barbosa costuma citar em rodas de conversa é o economista francês Thomas Piketty, que ganhou fama internacional em 2013 com seu livro O Capital no século XXI.

No ano passado, o ex-presidente do Supremo se encontrou com Eduardo Giannetti para tratar do cenário eleitoral, mas a intenção do economista ligado a Marina Silva era tentar uma aproximação dele com a pré-candidata da Rede. "Conversamos de tudo, menos economia", disse Giannetti, que saiu do encontro convencido de que uma dobradinha Marina-Barbosa se mostrou "inexequível".

A decisão sobre uma candidatura presidencial ainda é um dilema pessoal para o ex-ministro. Após deixar o Supremo, ele passou a atuar como advogado focado na elaboração de pareceres jurídicos. A experiência na mais alta Corte do País e o notável currículo acadêmico lhe garantem alto rendimento financeiro. A opção pela política teria impacto na vida de familiares.

Manifesto

Essa situação, segundo aliados de Barbosa, deixa o PSB "ansioso". A bancada do partido na Câmara vai divulgar em breve manifesto para pressionar o ex-ministro a lançar a pré-candidatura. "(Barbosa) tem demonstrado identidade com valores caros ao ideário do PSB, como a defesa de uma sociedade plural, humanista, inclusiva e diversa, sem preconceitos", afirma o texto.

Nos cenários do mais recente levantamento do Datafolha, que incluem ou excluem Lula, o ex-ministro alcança de 8 a 10 pontos porcentuais e fica à frente ou empatado (dentro da margem de erro) de pré-candidatos já consolidados como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Na pesquisa Ibope/TV Bandeirantes divulgada nesta terça, 24, e feita com eleitores do Estado de São Paulo - maior colégio eleitoral do País, com 33 milhões de votantes -, Barbosa chega a 10% da preferência, empatado tecnicamente com Marina em cenários sem Lula.

Antes de se filiar ao PSB, no início de abril - prazo final da legislação -, Barbosa conversou com dezenas de interlocutores por cerca de um ano. No momento, segundo pessoas próximas, sua maior preocupação é evitar que uma candidatura seja tratada como automática caso seu nome continue bem avaliado nos levantamentos eleitorais. O ex-ministro ainda joga com o tempo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De novo o ex-presidente Lula aparece forte em pesquisas de opinião, desta vez uma pesquisa do Ibope para a Band News, divulgada na noite desta terça-feira, 24, mostra que, mesmo em prisão política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a preferência no estado de São Paulo, com 22%. Jair Bolsonaro (PSC) aparece em segundo, com 14% e Geraldo Alckmin (PSDB), que acabou de renunciar ao governo do Estado, aparece em terceiro, com 12%. Marina tem 9%, Joaquim Barbosa, 8%, Ciro Gomes aparece com 3%, enquanto Álvaro Dias tem 2. Com 1% aparecem Flávio Rocha, Guilherme Boulos, Manuela D'Ávila, João Amoedo, Michel Temer e Rodrigo Maia. Na corrida para o governo de São Paulo, João Doria (PSDB): 24%, tecnicamente empatado com Paulo Skaf (MDB), com 19%. Luiz Marinho (PT) tem 4%, Márcio França (PSB) aparece com 3% e Rogério Chequer (Novo): 2%. A pesquisa foi encomendada pela Band. O Ibope ouviu 1.008 eleitores entre os dias 20 e 23 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de três pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada com no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) sob o protocolo Nº SP-02654/2018, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo Nº BR-00314/2018. (SP 247)

Pernambuco de Verdade chega ao Recife e RMR

A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco ampliará, a partir desta quinta-feira (26), as visitas a obras paralisadas na Região Metropolitana do Recife. O objetivo do grupo oposicionista, que tem visitado as microrregiões do Estado desde 2015, é revelar a realidade enfrentada pela população pernambucana, o que é diferente na propaganda mostrada pelo Governo do Estado. A ampliação das visitas foi definida após uma série de fiscalizações.

Cobranças a Paulo Câmara

Entre os problemas encontrados recentemente está a falta de médicos, superlotação no setor de obstetrícia e emergências do Hospital Agamenon Magalhães, abandono das estações que integram o projeto de Navegabilidade do Rio Capibaribe, VLT da Avenida Norte, entre outros.

Mais fiscalização

Nos meses de maio e junho, a Oposição irá ampliar na fiscalização e monitoramento das ações do governo estadual. Estudos da Bancada Oposicionista já apontam que quase 70% das promessas do Programa de Governo do governador Paulo Câmara até agora não foram cumpridas. Além disso, debater e debates com a população, sindicatos, movimentos sociais e lideranças os principais problemas encontrados.

Balanço

Em todo o ano de 2017, o Pernambuco de Verdade visitou mais de 80 cidades do Estado, do Litoral ao Sertão. A Bancada visitou o Sertão do Pajeú, Sertão do Moxotó, Sertão do Araripe, Sertão do São Francisco, Agreste Setentrional, Agreste Meridional, Agreste Central, Zona da Mata Norte e Zona da Mata Sul.

Pancada continua

A Bancada continuará revelando o Pernambuco de Verdade das pessoas, diferente do que o governo mostra nas peças publicitárias. Ainda de acordo com a Oposição, segundo o Tribunal de Contas do Estado, mais de 1,5 mil obras estão paralisadas em todo estado, Pernambuco está entre os principais estados nos índices de desemprego do Brasil e está perdendo espaço para outros estados como a Bahia e Ceará.

Aprovado parecer para reduzir falências na penhora de bens 

O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (24), projeto de lei substitutivo do senador Armando Monteiro (PTB-PE) regulamentando a penhora de bens de sócios e administradores para evitar o desestímulo à criação de empresas. Oriundo da Câmara dos Deputados, o projeto, que retorna à Câmara por ter sido modificado por Armando, determina a penhora por dívidas trabalhistas ou débitos não pagos a consumidores quando houver fraudes e má-fé do empresário.

O projeto

Vai proibir a penhora por iniciativa isolada do juiz – somente quando houver ação das partes prejudicadas ou do Ministério Público - e nas dívidas não honradas ao consumidor quando ocorrer “administração temerária” da empresa. Neste caso, também não poderão ser confiscados bens adquiridos pelo empresário antes de ingressar ou constituir a empresa. “Muitos empresários de boa-fé acabam naufragando economicamente e não podem ser punidos por isso”, justifica o senador pernambucano.

A fala do senador

“A banalização do confisco de bens pelos tribunais brasileiros tem sido um dos fatores que mais provoca desestímulo à criação de novas empresas, bem como motivo da falência de muitas outras, além de desincentivar a geração de empregos”, acentuou Armando Monteiro. Segundo ele, o objetivo do seu projeto substitutivo “é uniformizar as aplicações dos procedimentos e parâmetros” sobre penhora de bens no novo Código de Processo Civil, na legislação da reforma trabalhista e no Código do Consumidor.

Deputado Álvaro Porto ataca governo do Estado e cobra segurança

Com um diagnóstico da situação de delegacias e destacamentos da Policia Militar visitados em 12 municípios da Mata Sul e do Agreste Meridional, entre quinta (19.04) e sexta-feira (20.04), o deputado Álvaro Porto afirmou, em discurso nesta terça-feira (24.04), que o Pernambuco da publicidade está bem distante do Pernambuco real. “No balanço que se pode fazer, fica claro que o combate à violência nunca foi e continua não sendo prioridade no Governo de Paulo Câmara (PSB)”, disse.

A fala do deputado

“Num quadro bem distinto daquele pintado pelo Palácio do Campo das Princesas, que comemora redução mínima de homicídios num estado afundado em recordes de crimes, a precariedade de delegacias e destacamentos da Polícia Militar desfaz toda a maquiagem usada pelo governo”, assinalou. "Não é razoável aplaudir redução de mortes quando se sabe que nos três primeiros meses deste ano o estado somou mais de 1.230 homicídios", afirmou. 

Visitas

O deputado esteve em Ipojuca, Serinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros, São José da Coroa Grande, Água Preta, Jaqueira, Maraial, Canhotinho, Angelim a São João.  “Visitamos prédios, conversamos com homens e mulheres que atuam no combate ao crime e vimos que a precariedade que há anos impõe limite ao esforço e à dedicação dos policiais continua a existir”.

Sem dar trégua

De acordo como o deputado, além da realidade de desestruturação, descaso, falhas, desconforto, desumanidade, insalubridade, humilhação policiais são obrigados a lidar com censura. “Na Mata Sul, após a nossa denúncia sobre a precariedade das instalações e equipamentos da delegacia de São José da Coroa Grande, em fevereiro, foi expedida uma ordem para que os policias silenciem sobre as condições de trabalho”. 

Cabo antecipa salários

Os servidores do Cabo de Santo Agostinho vão receber seus salários antecipados este mês. A Prefeitura começa a pagar, hoje, aposentados, pensionistas e algumas Secretarias. A folha de pagamento dos cerca de 6 mil funcionários é de R$ 29 milhões. De acordo com as novas datas, amanhã (26), receberão os profissionais da Educação.

Caixa seguro

Pela programação depois de amanhã, sexta-feira (27), o funcionalismo da Secretaria de Saúde. A previsão inicial era de que o calendário fosse de 26 a 30 de abril. “Temos, na próxima semana, o feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador. E como já dispomos do provisionamento financeiro, é uma forma de garantir que o funcionalismo faça sua programação em família e, ao mesmo tempo, movimente a economia local”, diz Sizenalda Timóteo, secretária de Finanças e Arrecadação.

Revisão de gastos

O Plenário do Senado aprovou, na noite de ontem, parecer do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) favorável a projeto de lei (PLS 428/2017-Complementar) que obriga o governo federal a enviar anualmente, ao Congresso Nacional, um plano de revisão das despesas públicas.

Candidato fraco

Os congressistas do PSDB estão inquietos com o mau desempenho de Geraldo Alckmin. Numa tentativa de acalmá-los, o presidenciável reúne-se nesta quarta-feira, em Brasília, com as bancadas do tucanato na Câmara e no Senado.

Os motivos do pânico

A preocupação de deputados e senadores aumentou depois da divulgação da última pesquisa do Datafolha, que atribuiu a Alckmin entre 7% e 8% das intenções de voto, dependendo do cenário. A sondagem revelou que, além de permanecer abaixo dos dois dígitos, Alckmin começa a cair ainda mais em São Paulo.

Não há veto, de forma alguma, do PSB de Pernambuco à candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República. A afirmação é de João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, presidenciável do PSB nas eleições gerais de 2014, morto em um acidente aéreo durante a campanha daquele ano.

João, que participa do 17° Fórum Empresarial do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), é pré-candidato a deputado federal por Pernambuco nas eleições de outubro deste ano, integra a direção do PSB pernambucano e foi chefe de gabinete do governador Paulo Câmara.

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Ainda sobre a provável candidatura de Joaquim Barbosa por seu partido, João Campos disse que há interesse no diálogo com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). "Conversamos com diversas frentes de esquerda. Qualquer aliança nacional deve estar alinhada com as causas e diretrizes que defendemos. Se ele (Barbosa) se enquadrar nisso, o PSB pode apoiá-lo", emendou.

Além da falar sobre Joaquim Barbosa, Campos elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, que está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, e criticou o que classifica de "seletividade da Justiça".

"O povo do Nordeste reconhece o presidente Lula por tudo que ele fez. Como brasileiro, como jovem, espero que a Justiça não seja seletiva", disse, pontuando que "a Justiça não pode ser célere só com alguns".

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB) afirmou, nesta quinta-feira (20), que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) terá que se explicar para a sociedade caso seja candidato à Presidência da República e salientou que não teme que ele tire votos dos nomes já colocados tanto pela direita quanto pela esquerda. 

“Quanto mais candidatos presidenciais, quanto mais brasileiros com disposição de se colocar como alternativa, melhor para a democracia. É aquilo que eu disse, tem que ir pro debate e ir pro embate. Joaquim Barbosa foi um importante ministro do Supremo Tribunal Federal que se aposentou 11 anos antes do tempo por problema de saúde. E agora ficou bom, pode ser candidato a presidente da República na eleição presidencial e ser presidente”, declarou Bruno, em entrevista durante o  17º Fórum Empresarial Lide, que acontece no Cabo de Santo Agostinho. 

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Joaquim Barbosa solicitou a aposentadoria em 2014, aos 59 anos, 11 antes da idade com a qual servidores são aposentados compulsoriamente. Na época, o ex-ministro justificou a aposentadoria por problemas de saúde. Durante as sessões do STF, na época, era constante ver o então ministro de pé durante as votações por conta das dores nas costas. 

Ex-ministro das Cidades do governo Temer e opositor ao PSB em Pernambuco, o tucano disse que Joaquim Barbosa vai ter que se explicar para a sociedade. “Como explica que uma pessoa tenha pedido aposentadoria 11 anos antes do tempo?”, indagou Bruno. “Pressão por pressão, nada pode ser maior do que a presidência da República. Não dizia que não tinha condições de saúde?”, complementou, ironizando.

O PSB considera que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa está alinhado às diretrizes do partido para a economia. Barbosa, que poderá disputar a Presidência pela legenda, costuma se definir como um social-democrata, adepto da responsabilidade fiscal, mas defensor de um Estado indutor do desenvolvimento social. A um interlocutor, o ex-ministro do STF afirmou que sua história de vida, marcada pela superação da pobreza, não lhe permite abraçar um projeto ultraliberal ou defender o "capitalismo selvagem".

No encontro com a cúpula e os principais líderes do partido, nesta quinta-feira (19) em Brasília, Barbosa recebeu a cópia de um documento da Fundação João Mangabeira - braço teórico do PSB - com os princípios que devem nortear o eventual futuro programa de governo da legenda (mais informações nesta página).

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O nome de Barbosa ganhou força como candidato à Presidência após a mais recente pesquisa Datafolha, na qual alcança entre 8 e 10 pontos porcentuais de intenção de voto.

Na reunião do PSB, o ex-ministro do STF frustrou correligionários mais animados ao não assumir a pré-candidatura. "Há dificuldades dos dois lados. O partido tem sua história e eu tenho minhas dificuldades do lado pessoal. Não convenci a mim mesmo que devo ser candidato."

Ele, porém, não escondeu a satisfação com o desempenho na pesquisa. "Olha, para quem não frequenta ambientes públicos, órgãos públicos, não dá entrevista, leva uma vida pacata, está muito bom, né?"

Resistências internas ao nome de Barbosa, concentradas nos governadores Márcio França (São Paulo) e Ricardo Coutinho (Paraíba), são consideradas pontuais pela direção da sigla.

Convergência

A avaliação é de que a candidatura depende do ex-ministro. No longo processo de negociação que culminou com a sua filiação, há cerca de duas semanas, Barbosa ouviu e defendeu teses alinhadas com o pensamento majoritário do PSB, conforme dirigentes socialistas.

Nas conversas com deputados e dirigentes, Barbosa defendeu programas de transferência de renda, ampliação do acesso às universidades, manutenção do Bolsa Família e admitiu um projeto de privatização que não chegue a setores estratégicos.

"A posição que o Joaquim nos colocou sobre privatização é a mesma que a nossa: não tem que ficar com o setor de portos, aeroportos e estradas", disse o líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG). Neste caso, estatais como Petrobrás e Eletrobrás ficariam fora do programa.

Outro tema tratado nas conversas reservadas entre o ex-ministro do STF e o PSB foi a reforma da Previdência. Quando integrava o Supremo, Barbosa votou pela constitucionalidade da cobrança de contribuição previdenciária de servidores aposentados, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais recentemente, ele já se manifestou a favor de uma reforma do sistema de aposentadorias, mas contra o projeto do governo de Michel Temer.

"Joaquim nos disse que essa proposta apresentada não rompeu com privilégio nenhum. Faz com que os pobres coitados pendurados no teto do INSS tenham que pagar pela reforma", disse Delgado. Segundo ele, Barbosa defende uma reforma "escalonada, não de uma vez", que respeite "o direito adquirido".

Barbosa não indicou aos interlocutores um economista de referência ou uma escola ou corrente de preferência. O PSB não tem hoje um nome majoritário. O último foi Luciano Coutinho, que se afastou da legenda após ingressar nos governos petistas.

Segundo o secretário-geral da legenda e presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, a intenção é que o ex-ministro se reúna com diversos economistas nos próximos meses. Ele poderá se encontrar com Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso.

No início de março, o 14.º congresso nacional do PSB marcou um "reencontro" do partido com a sua origem de centro-esquerda. No documento Projeto Brasil - entregue nesta quinta a Barbosa e aprovado no congresso -, o partido defende propostas como uma "política fiscal contracíclica" e aumento dos tributos sobre patrimônio e renda.

"Não é ainda o programa de governo, mas é um projeto de longo prazo e a visão política e econômica do PSB", disse Casagrande.

Falta de traquejo

Considerado um outsider na eleição, Joaquim Barbosa não disfarçou a falta de traquejo político ao participar da primeira reunião com a cúpula do PSB, em Brasília. Fora da vida pública desde 2014, mostrou-se surpreso com a quantidade de militantes e repórteres.

O estranhamento de Barbosa começou logo ao chegar à sede do PSB, onde era esperado por integrantes da ala afro do partido com cartazes, bandeiras e pétalas de rosa. Ao ser abordado pela secretária nacional da corrente Negritude Socialista, Valneide Nascimento dos Santos, o ex-ministro do Supremo desviou o caminho e repetiu, apressado: "Estou atrasado".

Na reunião, precisou ser apresentado ao governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. Na sala onde estava a cúpula do PSB, Barbosa questionou o presidente da sigla, Carlos Siqueira, por que havia tantos profissionais da imprensa no local. Aos novos colegas de partido, demonstrou vontade de ser candidato, mas não escondeu suas dúvidas. Disse que é o "arrimo" da família, contou que a mãe está doente e que não poderia embarcar em aventura.

Após encerrar breve coletiva, Barbosa foi seguido por jornalistas e demonstrou impaciência quando a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo insistiu se a demora em assumir a candidatura não o prejudicaria. "Who cares?", respondeu em inglês.

Na saída, Valneide o esperava. Ao avistá-la, Joaquim Barbosa resmungou: "Sei que ela é candidata e está querendo aparecer na foto". Ele aguardou a militante se afastar para seguir seu caminho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse nesta quinta-feira, 19, que ainda não sabe se quer ser candidato à Presidência da República este ano. Após sua primeira reunião oficial com a cúpula do PSB, ele afirmou que possui dúvidas de caráter pessoal e sinalizou que sua família estaria resistente à ideia.

"Há dificuldades dos dois lados. O partido tem sua história e eu tenho minhas dificuldades do lado pessoal. Não convenci a mim mesmo que devo ser candidato", disse. Ele afirmou que uma eventual candidatura à presidência "afeta a vida de uma pessoa" e que ainda está pensando sobre o assunto. Ao ser questionado se sua família seria contra, ele respondeu que "não é a favor".

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Ele usou a sua indecisão para evitar temas polêmicos. Ao ser questionado sobre a reforma da Previdência, reforçou que ainda não é candidato.

Barbosa deixou claro que "ainda não conhece o PSB" e que esse foi seu primeiro encontro com um grupo maior de pessoas para trocar ideias. Ele declarou que ainda há bastante tempo para tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura e que o prazo é flexível.

Ao deixar a reunião, mais cedo, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, disse que "nem o próprio ministro se disse disposto a fazer uma caminhada pelo Brasil defendendo a sua postulação" no encontro. Sobre a fala, Barbosa afirmou que "já anda pelo Brasil inteiro" e que "conhece muito bem o País".

Governador de São Paulo, Márcio França (PSB) deixou a reunião do PSB com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa antes do final e afirmou que Geraldo Alckmin (PSDB) ainda é o nome mais "maduro" para disputar a Presidência. "Do meu ponto de vista, a opção do Alckmin é a opção mais madura que existe para o Brasil", disse.

França, que foi vice do tucano em São Paulo, afirmou que Barbosa ainda não decidiu que quer ser candidato e que o partido está avaliando se essa é a melhor opção para as eleições de outubro. "Eu não sinto ainda maduro do ponto de vista da conjugação dos interesses dele com todo mundo, ainda não tem essa conjugação", afirmou.

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O governador também afirmou que o presidente do partido, Carlos Siqueira, deve começar um levantamento interno para saber se o partido deseja ter candidato próprio este ano.

Segundo ele, Barbosa ainda está conhecendo as pessoas do partido e disse que o processo pode ser comparado a um "namoro a moda antiga" e deve ser concluído só em junho, quando se aproximar o prazo para as convenções partidárias. "Eu senti que ele está se convencendo, e nós também", afirmou.

O ex-ministro do STF se filiou ao PSB no último dia 6 e trabalha para diminuir a resistência de setores da sigla a seu nome como candidato a presidente. Além de França, outros governadores do partido, como Paulo Câmara (Pernambuco) e Ricardo Coutinho (Paraíba) esperavam apoiar outros nomes na disputa presidencial.

Ao afirmar que "ainda não é candidato" à Presidência, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa chegou nesta quinta-feira, 19, à sede do PSB em Brasília para a primeira reunião com a cúpula do partido. "Ainda falta muita coisa", disse, sobre a candidatura.

Ele, no entanto, demonstrou otimismo com o resultado da última pesquisa Datafolha, que o põe com até 10% das intenções de voto em alguns cenários. "Olha, para quem não frequenta ambientes públicos, órgãos públicos, não dá entrevista, leva uma vida pacata, está muito bom, né?", perguntou.

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Barbosa assustou-se com a recepção preparada pela ala afro do partido. O ex-ministro fez um caminho diferente para não passar pelo meio da militância, que o esperava com bandeiras e pétalas de rosa. "Estou atrasado, estou atrasado", repetia o ex-ministro. Barbosa filiou-se no último dia 6 ao PSB e trabalha agora para diminuir a resistência de setores da sigla a seu nome como candidato à Presidência.

Essa é a primeira reunião com a cúpula do partido. Em 2014, o PSB lançou Eduardo Campos ao Palácio do Planalto. O ex-governador morreu durante a campanha, em um acidente aéreo, deixando o partido órfão de liderança que pudesse disputar o cargo este ano.

A fim de viabilizar sua candidatura à Presidência da República pelo PSB, o ex-ministro Joaquim Barbosa se reuniu com o governador Paulo Câmara na última terça-feira (18), na casa do socialista. O encontro serviu para Barbosa convencer o chefe do Executivo a apoiar o seu nome com representante do partido na disputa ao Planalto.

Joaquim Barbosa também se reuniu com o prefeito de Recife, Geraldo Julio. Assim como Paulo Câmara, Geraldo é membro da Executiva Nacional do PSB. O partido fará uma reunião na próxima quinta-feira (19) que pode confirmar o nome do ex-ministro como o presidenciável da legenda.

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Com o apoio a Barbosa, o governador Paulo Câmara pode complicar as estratégias para sua reeleição ao Governo de Pernambuco. Há alguns dias, o senador Humberto Costa (PT-PE) sinalizou uma possível aliança entre o PT e o PSB, porém, fez ressalvas à candidatura do ex-ministro. No STF, Joaquim Barbosa foi relator do Mensalão, processo que determinou a condenação e prisão de nomes expoentes do PT.

Sem o ex-presidente Lula na disputa, o nome de Barbosa aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, com 10% das intenções de voto, a frente de nomes importantes como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). 

Por Fabio Filho

Causa impressão a força do ex-presidente Lula e parece que a prisão do mesmo o tornou ainda mais forte diante de todo o processo eleitoral. Tem mais pesquisa na praça e a os números mostram um Lula mais forte do que nunca. Vejam só mesmo após ser preso pelo caso do triplex do Guarujá (SP), o ex-presidente Lula Inácio Lula da Silva mantém a liderança em todos os cenários de intenção de votos para a Presidência, conforme apontou a pesquisa Vox Populi publicada na tarde de ontem terça feira. Em uma das perguntas espontâneas sobre intenção de votos, Lula possui 39% do eleitorado, seguido pelo deputado carioca Jair Bolsonaro (PSL/RJ) com 9%, Joaquim Barbosa (PSB) e Marina Silva (Rede), ambos com 2%, enquanto Geraldo Alckmin aparece com 1%. Levando em conta o segundo turno, o petista registra 56% contra 12% do tucano, 54% vs 16% dos votos de Marina Silva, ao passo que contra o ex-ministro do STF o ex-presidente ganharia com 54% contra 20%. A pesquisa continua dando mais detalhes sobre o que pensam os eleitores brasileiros ainda segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados consideram que Lula foi condenado sem provas, de modo que 44% consideram que a prisão foi injusta. Por fim, 58% acreditam que o petista tem o direito de ser candidato novamente à presidência da República mesmo depois da prisão. Este O levantamento do Vox Populi, que foi encomendado pelo próprio PT, ouviu 2 mil pessoas em 118 municípios e foi feito entre os dias 11 e 15 de abril. A margem de erro considerada foi de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Começa a queda de Aécio

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou, hoje, réu o senador Aécio Neves (PSDB-SP) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à justiça. Com a decisão, os ministros confirmam que os indícios apontados pela Procuradoria-Geral da União (PGR) são suficientes, neste momento, para que o senador responda aos crimes por meio de ação penal.

Acusações

A PGR acusa o tucano de receber ilicitamente R$ 2 milhões de Joesley Batista, oriundos do grupo J&F, e de atrapalhar as investigações em torno da Operação Lava Jato. Os demais acusados, Andrea Neves, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima se tornaram réus pelo crime de corrupção passiva. As informações são do Blog do Fausto Macêdo.

Álvaro Porto cobra posição do governo sobre delações que apontam esquema de corrupção  

O silêncio do Governo do Estado diante das delações em que o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho revelou ao Ministério Público Federal a existência de um esquema de corrupção que beneficiou o PSB, levou o deputado Álvaro Porto (PTB) a cobrar, nesta terça-feira (17.04), posicionamento do Palácio do Campo das Princesas.

Cobrando

Em discurso, o petebista disse que a seis meses das eleições “os pernambucanos esperam um posicionamento do Governo e não o silêncio” sobre o trabalho que a Polícia Federal tem feito no estado. “Não dá para fazer de conta que nada está acontecendo”, destacou.

Denúncias

Na semana passada foi noticiado que, ao falar ao MPF, Lyra, dono do avião usado pelo PSB na campanha presidencial do ex-governador Eduardo Campos em 2014, declarou ter feito repasses de propinas de empreiteiras a dirigentes socialistas. Foi veiculado também que os nomes do governador Paulo Câmara e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, constariam dos anexos da delação de Lyra como beneficiários do esquema. Os mesmos anexos incluiriam ainda informações sigilosas sobre os três inquéritos da Operação Lava Jato que investigam Paulo e Geraldo.

Perguntas sem respostas

“Há indícios de desvios de recursos públicos por meio de supostos esquemas que envolveriam propinas, superfaturamentos, lavagem de dinheiro, empresas fantasmas e contas no exterior geram não só questionamentos na população”, disse. “Este quadro exige de nós, deputados, uma atitude de cobrança de esclarecimentos e de posicionamento do governo”, disse, endossando a nota que a oposição emitiu no fim de semana cobrando posicionamento do governo.

FBC vai aparecer

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi eleito para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões de Crédito. Durante a instalação da CPI, Fernando Bezerra adiantou que o relatório contendo o resultado das investigações do colegiado sobre os juros cobrados pelas operadoras de cartão – classificados pelo senador como “abusivos e até extorsivos” – será apresentado até o próximo mês de julho.

Movimento 23 confirma pré-candidatura de André Carvalho à Câmara dos Deputados

O Movimento 23 confirmou nesta terça-feira, após reunião da Executiva Nacional em Brasília, a pré-candidatura a deputado federal de André Carvalho, diretor da Rádio Maranata FM em Pernambuco e filho do ex-deputado federal Salatiel Carvalho.

Lula

A Procuradoria Regional da República da 4ª Região, órgão que atua junto ao Tribunal Regional Federal da mesma jurisdição, enviou à corte documento pedindo a rejeição dos embargos dos embargos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula, cujo julgamento está previsto para hoje quarta-feira (18).

Documentos

Segundo o documento do MPF, assinado pelo procurador Adriano Augusto Guedes, os embargos não devem ser considerados pois a pretensão da defesa seria “rediscutir o mérito da decisão, com a modificação do julgado proferido”. Tal intenção, de acordo com ele, não seria compatível com o julgamento, que deveria se dedicar a analisar omissões no julgamento anterior, dos embargos de declaração, e não no julgamento de origem.

Mais senadores na fila pra fazer coro com Aécio

Com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar réu o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e obstrução de Justiça, chegou a seis o número de senadores alvos de ações penais na Corte em decorrência da Operação Lava Jato e de seus desdobramentos.

Os outros

Além de Aécio, são réus no STF os senadores Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (MDB-RR) e Valdir Raupp (MDB-RO).

O PSB convenceu o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa a se lançar pré-candidato à Presidência até 15 de maio. O principal argumento foi o de que, a partir desta data, pré-candidatos poderão arrecadar dinheiro para a campanha por meio de financiamento coletivo ("crowdfunding"), chamado de "vaquinha virtual".

Barbosa se filiou ao PSB em 6 de abril, mas, embora sua pré-candidatura seja dada como certa nos bastidores, ele resistia a oficializá-la para evitar ataques. Segundo interlocutores no PSB, o ex-ministro queria esperar esfriarem discussões de temas polêmicos para não ter de se pronunciar sobre, por exemplo, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, que o indicou para o STF em 2002. "Conseguimos convencê-lo de que tem de ser antes do dia 15. Acredito que vai ser entre a última semana de abril e a primeira de maio", afirmou o líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG), um dos principais envolvidos na negociação com o ex-ministro.

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Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovadas em dezembro estabelecem que partidos poderão arrecadar via crowdfunding antes da campanha. As doações de pessoas físicas poderão ser feitas por meio de cartão de crédito, cheque, boleto ou transferência bancária. Os recursos, porém, só poderão ser utilizados após o registro da candidatura. Caso o pré-candidato desista da disputa, o dinheiro tem de ser devolvido.

Líderes do PSB já têm conversas adiantadas com o publicitário Roberto Meira, que criou uma companhia focada em crowdfunding para campanhas. "Por apelo popular, sem dúvida Joaquim Barbosa e (Jair) Bolsonaro são os que mais têm potencial de arrecadação", afirmou. No PSB, a expectativa é arrecadar montante próximo do teto de gastos para candidatos ao Planalto, fixado pelo TSE em R$ 70 milhões para o primeiro turno.

Embora tenha condições, Barbosa não deverá se autofinanciar. Para o PSB, seria uma contradição, uma vez que o partido é autor de Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF que questiona a possibilidade de candidatos financiarem integralmente suas campanhas. Para a legenda, a regra viola a igualdade de chances na disputa.

Pernambuco

Em um primeiro passo para se aproximar da cúpula do PSB, Barbosa se reuniu nesta terça-feira, 17, com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Segundo aliados, o ex-presidente do Supremo estava no Recife para um compromisso particular e aproveitou para se encontrar com o governador.

Herdeiros de Eduardo Campos, morto em 2014, o grupo do PSB de Pernambuco é considerado um dos mais fortes da legenda. Nesta quinta-feira, 19, haverá um encontro maior para Barbosa ser apresentado aos demais integrantes da Executiva do PSB.

Câmara, que busca o apoio do PT para se reeleger em Pernambuco, era um dos que resistiam a lançar candidato próprio à Presidência. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, no entanto, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, tem afirmado que a resistência inicial ao nome de Barbosa foi superada internamente e que já existe um "consenso" sobre a candidatura do ex-ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dez dias depois de se filiar ao PSB, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa já é considerado o virtual candidato do partido à Presidência da República. A resistência inicial a um projeto eleitoral encabeçado pelo ex-ministro foi superada internamente, disse nesta segunda-feira, 16, ao jornal O Estado de S. Paulo o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

"Havia dúvidas, mas ao longo do tempo elas foram se atenuando. Hoje (a candidatura) é um consenso. Vai ser possível anunciar em breve", afirmou Siqueira. A entrada do ex-ministro do STF na arena da disputa presidencial ganhou impulso significativo após a divulgação de pesquisa Datafolha, no Domingo.

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Nos cenários que incluem ou excluem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa alcança de 8 a 10 pontos porcentuais e fica à frente ou empatado (sempre dentro da margem de erro) de pré-candidaturas já consolidadas, como a de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). O resultado deixou Barbosa impressionado. Segundo um interlocutor, seu nome aparece em um patamar competitivo sem ele "abrir a boca e sem praticamente sair de casa".

Nos últimos meses, o ex-ministro do Supremo se manteve recolhido à espera de uma "segurança mínima" do PSB para ingressar no partido. O processo de filiação superou desconfianças mútuas e o ritual do lançamento de Barbosa já está sendo preparado. Ele deve se reunir na quinta-feira, em Brasília, com a cúpula da sigla e líderes do PSB para discutir um calendário de viagens pelos Estados.

Antes resistente ao projeto de Barbosa, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, passou a considerar que o ex-ministro "se enquadra" no perfil de centro esquerda que o PSB quer e elogia a trajetória dele. Câmara convidou Barbosa para conhecer o modelo de gestão em Pernambuco. O governador, no entanto, é contra anunciar agora a pré-candidatura de Barbosa.

A resistência do atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB), perdeu força porque ele não conseguiu amarrar o apoio do PSDB de Alckmin à sua candidatura à reeleição. Com isso, o caminho para a filiação de Barbosa ficou aberto. Nesta segunda-feira, França sugeriu uma dobradinha entre o ex-governador tucano e o ex-ministro do Supremo.

Foi a consolidação do nome de Barbosa como possível candidato do PSB ao Planalto que levou o ex-ministro Aldo Rebelo a deixar o partido. Conforme antecipou o estadao.com.br, Aldo foi anunciado nesta segunda como pré-candidato do Solidariedade. Nesse período, o ex-ministro também ganhou aliados internos como o deputado Alessandro Molon (RJ), que deixou a Rede para ingressar no PSB.

Sempre crítico à atuação dos "caciques" nos partidos, Barbosa levou em conta o fato de o PSB ser hoje um partido "sem dono" desde a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Barbosa nunca escondeu sua defesa da possibilidade de candidatura avulsa (sem necessária filiação a uma sigla).

Após o Datafolha, o recado do partido é que a candidatura agora depende de Barbosa. O marqueteiro argentino Diego Brady já se reuniu uma vez com o ex-ministro, mas tem evitado falar sobre a possível candidatura. Há, porém, uma percepção no PSB de que o relator do julgamento do mensalão no Supremo poderá ser apresentado aos eleitores como alguém capaz de exercer a gestão do País com autoridade, mas comprometido com os valores democráticos. Uma forma de tentar contrapô-lo a Jair Bolsonaro (PSL).

Vídeo

Além disso, a aposta é na sua trajetória pessoal. Integrantes da legenda já começaram essa estratégia no domingo, quando divulgaram vídeo em redes sociais e WhatsApp contando a história do ex-ministro, desde sua origem humilde na cidade mineira de Paracatu até sua atuação no STF, e destacando que ele é fluente em quatro idiomas.

"Joaquim perpassa todas as classes sociais e eleitores. Tem muita gente que diz votar no Bolsonaro por uma questão de revolta e protesto. Ele vai navegar por eleitores de todas as candidaturas", afirmou Siqueira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista à Rádio Jornal, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que é possível haver uma aliança entre o PT e o PSB. A aproximação com o partido se deu depois que o governador Paulo Câmara (PSB) viajou para Curitiba, com outros governadores do Nordeste, a fim de visitar Lula na Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso.

Humberto afirmou que é possível uma aliança nas próximas eleições, mas não descarta a possibilidade do PT ter uma candidatura própria. “A solidariedade que o PSB e especialmente o governador Paulo Câmara tem demonstrado nesse momento difícil do nosso partido vão ser levadas em conta. Eu diria que hoje a possibilidade de haver uma aliança cresceu com todo esse cenário que estamos vivendo. Mas a possibilidade de nós sairmos com a candidatura própria também continua a ser uma hipótese”, pontuou.

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O senador teceu elogios ao governador Paulo Câmara, mas fez ressalvas a candidatura do ex-ministro Joaquim Barbosa à Presidência da República. Barbosa foi relator do Mensalão, processo pelo qual nomes expoentes do PT foram condenados e presos.

De acordo com Humberto, a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffman (PT-PR) deve debater nas próximas semanas com membros do partido, sobre as alianças nos Estados.

Em Pernambuco, o nome do partido para o governo do Estado é o da vereadora Marília Arraes.

Por Fabio Filho

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Aldo Rebelo anunciou nesta quinta-feira, 12, via Twitter, que se afastará do PSB. Rebelo, que ingressou no partido em setembro de 2017, disse que sua saída se dá por causa da possível candidatura do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa à Presidência da República. Barbosa se filiou à legenda na última sexta-feira, 6.

"Impossibilitado de acompanhar a manifesta inclinação da direção partidária pela candidatura do ilustre ministro Joaquim Barbosa, comunico meu afastamento do PSB", escreveu. "Continuarei apoiando a candidatura de Márcio França em São Paulo e outros projetos regionais do Partido."

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A ala pessebista do novo governador de São Paulo, Márcio França, é contra candidatura própria ao Planalto. Defendia uma coligação com o PSDB de Geraldo Alckmin, de quem França era vice até semana passada. A hipótese foi descartada pelo partido, que tenta emplacar um discurso de retorno às origens de centro-esquerda.

Dirigentes e governadores do PSB passaram a cobrar do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa maior "entrosamento" com integrantes do partido. A avaliação é de que Barbosa precisa expandir sua interlocução para além da cúpula da legenda e expor suas ideias aos demais filiados, com a finalidade de vencer as resistências que ainda existem dentro do partido a uma eventual candidatura à Presidência da República.

Barbosa se filiou ao PSB na última sexta-feira (6), durante cerimônia discreta em São Paulo, a pedido do próprio ex-ministro. Ele negociou a entrada no partido com o presidente nacional da sigla, o pernambucano Carlos Siqueira. Também teve poucos encontros com parlamentares da cúpula da sigla, entre eles, o líder do legenda na Câmara, deputado Julio Delgado (MG). Nas conversas, disse que manteria seu estilo discreto até decidir se será ou não candidato, mesmo após a filiação.

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Para ajudar Barbosa a mudar de posição, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o convidou a ir ao Recife para conhecer o governo e conversar com integrantes do PSB no Estado, que representam uma das alas mais influentes do partido.

O convite foi feito durante conversa por telefone entre Câmara e Barbosa no dia em que o ex-ministro assinou a ficha filiação. O jurista, porém, ainda não respondeu ao convite.

'Entrosamento'

Também filiado ao PSB, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, cobra mais diálogo da parte de Barbosa. "Se ele almeja ser candidato a algum cargo, creio que ele vai discutir com o partido, vai se expor. Só vi até agora a imprensa falar por ele", disse ele ao Estadão/Broadcast.

Coutinho contou que, até o momento, não teve a "oportunidade" de conversar sobre política com o ex-ministro e, por isso, não quis expor opinião sobre uma eventual candidatura de Barbosa.

O próprio presidente do PSB também admite que Barbosa precisa se "entrosar" mais com o partido, mas diz que o ex-ministro está disposto a conversar com integrantes do partido nos Estados. "Vamos ter conversas para ele começar a se entrosar com o partido", afirmou Siqueira. "Acho que demos o primeiro e mais importante passo na filiação. Agora, faremos a costura interna com as bancadas e a direção para consolidar", acrescentou o deputado Júlio Delegado.

Márcio França

Governador do maior colégio eleitoral do País, Márcio França (PSB), que tentará reeleição em São Paulo, deve ficar de fora, por enquanto, do movimento de consolidação da candidatura de Barbosa. O pessebista se comprometeu a apoiar a candidatura ao Planalto do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), mesmo sendo adversário do candidato tucano no Estado, o ex-prefeito da capital paulista João Doria.

Assim como Câmara, França se encontrou com o ex-ministro do Supremo na época em que ele ainda negociava a filiação ao PSB. Disse que não tinha resistências à entrada de Barbosa na legenda, mas deixou claro o compromisso em dar palanque a Alckmin no Estado. Pessebistas acreditam, porém, que o governador paulista poderia se aliar espontaneamente à candidatura do ex-ministro, a depender do desempenho dele nas pesquisas eleitorais.

Integrantes do PSB dizem ter em mãos pesquisas de intenção de voto que apontam Barbosa chegando ao segundo turno. Nacionalmente conhecido após ser o relator do processo do mensalão do PT no STF, os levantamentos mostrariam que o ex-ministro pode tirar votos do deputado Jair Bolsonaro (RJ), presidenciável pelo PSL, ou até do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado pela Lava Jato.

Marqueteiro

Mesmo sem uma decisão oficial de Barbosa sobre uma candidatura, o PSB já começa a discutir a montagem de uma estrutura de campanha para o ex-ministro. O partido sugeriu, por exemplo, o nome do argentino Diego Brady para marqueteiro.

Brady trabalhou na campanha presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto de 2014 num acidente aéreo logo no início da disputa. O marqueteiro, que também já fez a campanha de Geraldo Julio à Prefeitura de Recife em 2012, foi apresentado pessoalmente a Barbosa durante reunião em Brasília no final de janeiro.

Na ocasião, Brady sugeriu que o ex-ministro soltasse nota para comentar a condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês no caso do triplex no Guarujá (SP). Barbosa acabou não seguindo o conselho. A reportagem não conseguiu contato com Barbosa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, anunciou que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, filiou-se ao partido nessa sexta-feira (6), último dia, de acordo com a legislação eleitoral, para o ingresso nos partidos de pretensos candidatos ao pleito em outubro. O ministro aposentado é cotado como opção do PSB para concorrer à Presidência da República.  

Apesar de não tratar diretamente de candidatura, segundo Siqueira, com a entrada de Barbosa se “inicia a construção de uma trajetória comum, pautada sempre pelos melhores interesses do Brasil, e de sua gente -- tão necessitada de esperança, em uma época que tem se mostrado dificuldades extraordinárias”. 

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A expectativa dentro do PSB é grande com a filiação do ex-presidente do STF. Líder da bancada do PSB na Câmara Federal, o deputado Tadeu Alencar (PE) acredita que está na hora do país ter um presidente negro.

“Pela primeira vez temos a possibilidade de ter um presidente da República, nós que já tivemos um sociólogo, um operário, uma mulher, é em boa hora, um sinal de maturidade democrática, ter um negro na Presidência da República. Temos no país um racismo disfarçado, que vejo com muita preocupação”, ressaltou, em conversa com o LeiaJá.

Sob a ótica de Tadeu, “a grande preocupação” diante do debate presidencial é “ter uma liderança democrática e possa trazer um consenso mínimo” e Joaquim Barbosa tem essas qualidades. “Temos uma grande admiração pelo ex-ministro, pelo seu espírito público, quando ocupou cargos de relevo. É alguém que traz uma identidade com compromissos históricos do partido, o partido de Arraes, Mangabeira e tantos outros que estiveram ao lado das melhores causas do país”, salientou.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse à reportagem que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa vai se filiar ao partido nesta sexta-feira, 7. "É provável que se filie ao partido na sexta. Já a candidatura dele à Presidência é outro tema. É importante que ele se filie para depois maturarmos isso", afirmou o dirigente.

A tese de lançar o ex-presidente do STF na disputa pelo Palácio do Planalto é defendida com entusiasmo pela bancada do PSB na Câmara, mas sofre resistências de alas dos partidos.

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Aliado do governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência, o vice governador de São Paulo, Márcio França, é um dos que se opõem a ideia.

Uma eventual aliança entre a presidenciável da Rede, Marina Silva, e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que deve acertar sua filiação ao PSB até sexta-feira, 6, está praticamente fora de questão, segundo interlocutores de ambos os lados. Nas palavras do presidente do PSB, Carlos Siqueira, uma aliança com a ex-ministra do Meio Ambiente é "improvável".

Marina e Barbosa chegaram a se encontrar mais de uma vez no ano passado, sempre com a mediação do ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto. Mas, segundo interlocutor de Barbosa, ele não conversa com a ex-ministra há meses.

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"Ainda que uma figura como o Joaquim Barbosa venha para a política e possa contribuir, sim, temos que olhar para a estrutura institucional que está sendo pensada, para que a renovação não seja apenas nominal", afirmou Marina à reportagem, após ser questionada sobre como avalia uma eventual candidatura do ex-ministro.

Barbosa vem sendo cortejado pelo PSB há meses, mas foi na quinta-feira passada, após um encontro com Siqueira, que a filiação tomou forma. O ex-ministro deve se filiar ao partido ainda nesta semana sem a garantia de que será candidato.

Os nomes de Marina ou da Rede não entraram na conversa, segundo Siqueira. Ele lembrou que a Rede faz oposição aos três governos do PSB. "É improvável que coliguemos. Se ela acha que os nossos governos não merecem o apoio da Rede, porque nós vamos achar que devemos apoiá-la?", questionou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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