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O machismo que marca a sociedade brasileira e causa diversos problemas às mulheres em seus cotidianos se faz presente também no meio político, causando um distanciamento feminino dos espaços de disputa direta de poder. Essa é uma realidade refletida em números: de acordo com dados da Câmara dos Deputados, a casa legislativa conta com apenas 77 mulheres em um total de 513 deputados. 

Neste 8 de março, data que marca a celebração do Dia Internacional da Mulher, o LeiaJá ouviu mulheres engajadas na política para entender quais são os obstáculos que se apresentam no caminho daquelas que trilham uma carreira na vida pública e o que é necessário para mudar esse quadro e aumentar a presença de mulheres em postos de comando do meio político. 

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Izabel Urquiza (PSC) disputou as eleições para a Prefeitura de Olinda mais de uma vez e no ano de 2016 chegou perto de passar para o segundo turno contra o candidato (e atual prefeito) Professor Lupércio. A política já está presente em sua família há bastante tempo: sua mãe, Jacilda Urquisa, foi a primeira prefeita eleita no município. Quando perguntada sobre as razões que distanciam as mulheres da política, Izabel aponta as obrigações com o trabalho doméstico, muitas vezes incompatíveis com a rotina de uma pessoa que está em campanha ou ocupa um cargo eletivo. 

“A política exige muito da pessoa no sentido de que você não tem sábado, não tem domingo, não tem feriado, não tem noite, e isso para as mulheres é uma questão muito mais complicada, conciliar as atribuições políticas com as atribuições de casa e com as atribuições profissionais exige muito mais da mulher do que do homem. Apesar dos avanços, a gente ainda constata que as mulheres sempre tiveram mais atribuições, mas não se eximiram das tarefas de casa. Eu acho que isso faz com que muitas mulheres não tenham condições de entrar na política competindo em condições de igualdade”, declarou ela. 

Para além disso, Izabel também aponta dificuldades impostas pelas estruturas partidárias que, via de regra, beneficiam os homens em detrimento das candidaturas femininas. “As candidaturas masculinas conseguem uma articulação maior para financiamento da campanha, mesmo agora com a verba partidária, se analisar os recursos que são gastos com candidaturas masculinas, há uma disparidade muito grande. Há um movimento de mulheres compondo chapas majoritárias, mas sempre como vice. Uma mulher na cabeça de chapa é mais raro. A candidatura de Priscila Krause, por exemplo, foi uma dificuldade grande de conseguir um vice, na maioria das vezes eles querem ter o protagonismo e não colocar a mulher como protagonista”, afirmou Izabel. 

Quando questionada sobre o que falta para que as mulheres tenham mais espaço, mais recursos em suas campanhas e apoio do eleitorado feminino, Izabel aponta para a necessidade de maior estruturação das candidaturas femininas dentro das estruturas partidárias. “A gente quando vai entrar numa campanha política tem que ter a disposição da pessoa. Ninguém é candidato de si mesmo, então tem que ter o reconhecimento e a musculatura política de partidos e de pessoas envolvidas que estejam acreditando naquela candidatura, e tem também o aporte financeiro”, disse a ex-candidata. 

Izabel continua, afirmando que a falta de visibilidade para as candidaturas de mulheres diminui o conhecimento das eleitoras a respeito das ideias dessas mulheres e, consequentemente, as chances de sucesso eleitoral. 

“Quando vai para a mídia, sempre vão candidaturas masculinas. Não acho que a mulher não vota em mulher, as pessoas votam naquilo que elas veem. Se ela não vê mulheres na política, se não tem oportunidade de avaliar que aquelas mulheres defendem causas em que elas acreditam, vai votar fazendo uma política muito clientelista”, declarou Izabel. 

A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) tentou viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado de Pernambuco no último pleito, mas já nos últimos momentos uma movimentação interna do partido decidiu pela retirada de sua candidatura e apoio à reeleição do atual governador Paulo Câmara (PSB). Membro de uma família com tradição na política do Estado e com anos de carreira política no currículo, a deputada não hesita ao afirmar que o machismo do meio político teve peso na decisão da cúpula de seu partido. “Sem dúvida foi um episódio extremamente machista. Se fosse um homem no meu lugar no mínimo teria tido um tratamento diferente. É injusto dizer que as mulheres não querem estar na política, existem vários fatores.”, declarou a deputada.

Quando perguntada sobre as razões que levam ao distanciamento feminino dos espaços de disputa de poder e representação política, Marília faz uma análise da maneira desigual como a sociedade cria homens e mulheres desde a infância. “A sociedade faz as mulheres acharem que só serão felizes se casarem, mantiverem o casamento, forem bonitas, gera diferenças de anseios. Para o homem ser bem-sucedido a sociedade acha que ele tem que ter dinheiro, mulheres. Para a mulher, ela pode ter uma carreira, mas se o casamento acaba ou fica pouco com os filhos apontam que não foi bem-sucedida”, afirma a deputada. 

Além disso, Marília também aponta para uma hostilidade do mundo político, majoritariamente masculino, em relação às mulheres. “Quando comecei meu primeiro mandato nem mesmo tinha banheiro feminino na câmara. E na câmara federal temos dificuldade de nos integrar nas atividades mesmo eleitas com mais votos porque é de fato um ambiente masculino”, disse ela. A deputada segue o raciocínio contando que passa por situações de preconceito político no exercício do mandato frequentemente. 

“A gente passa todos os dias. Desde ser barrada todo dia na câmara porque tem espaços que só deputados podem passar, e os seguranças discretamente liberam e depois veem se está com broche ou crachá e as mulheres primeiro barra para depois olhar. Até coisas mais sérias de dificuldades partidárias. Homens mais velhos de histórias consolidadas que não aceitam uma mulher com mais destaque e popularidade que eles e não as apoiam. Eu sou mulher jovem, apesar de privilegiada, mas em todas as esferas as mulheres sofrem preconceitos”, disse ela. 

Sheyla Lima, de 55 anos, trabalha há 36 anos no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e também é a primeira presidenta do Sindicato dos trabalhadores de TI em Pernambuco (SINDPD-PE). O que a motivou a entrar para o movimento sindical foi o fato de trabalhar em uma categoria majoritariamente masculina e “a necessidade de ter uma representação das mulheres, que geralmente por conta das triplas jornadas não têm condições e disponibilidade de fazer movimento de classe”, de acordo com ela. 

As lutas das trabalhadoras, de acordo com Sheyla, geraram muitos ganhos importantes ao longo dos anos e houve avanço na própria estrutura sindical do Brasil, mas ainda com muitas marcas do machismo. “Para sermos ouvidas foi e é muita luta diária, recebemos 25% a menos que os homens, mesmo com o nível de escolaridade das mulheres sendo maior. Para ter o respeito muitas vezes é preciso gritar. Para sermos ouvidas, ter nossas pautas respeitadas e abraçadas, por muitas vezes só através de grandes debates, discussões, votação e briga”, disse ela. 

Dani Portela é historiadora, advogada, militante feminista e concorreu nas últimas eleições ao Governo do Estado de Pernambuco pelo PSOL. Filha de um ex-preso político da ditadura militar brasileira, ela conta que já tinha uma atuação política em outras frentes, não partidárias, mas que isso mudou a partir do ano de 2016. 

“Meu pai falece aos 86 anos sofrendo de insônia e se repetia um pesadelo que tinha vindo de uma vivência real, de gritos de uma mulher. Ele escutou isso ao longo de uma noite toda e no final ele escutou o choro de uma criança. Essa mulher e essa criança morreram e quem estava nessa prisão era o Coronel Brilhante Ustra. Em 2016 meu pai contraiu Chikungunya e entrou em coma no dia da votação do impeachment da ex-presidenta Dilma. Me peguei sentindo um misto de alívio por meu pai ter desacordado justamente naquele momento sem ter assistido o então deputado Jair Messias Bolsonaro subir no plenário e reverenciar o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra que não foi só o pavor de Dilma Rousseff, foi o pavor na vida de muitas pessoas. Naquele leito de hospital prometi ao meu pai que eu tinha que mudar meu papel de atuação política, eu decido virar uma página e colocar o meu nome, o meu corpo, minha luta e a minha história nessa disputa”, contou ela. 

Dani aponta para dificuldades na estruturação e financiamento das campanhas das mulheres, apoio dos partidos e distribuição de tempo de TV, além do machismo estrutural da sociedade brasileira como razões que dificultam o acesso das mulheres aos espaços de poder e decisão política. Como consequência dessa lógica, segundo ela, há uma redução da atenção dos governantes para a criação de políticas públicas que atendam às necessidades das mulheres. 

“Aqui no Recife, de 39 vereadores, você tem seis mulheres. Essa caneta precisa estar na nossa mão pela alternância de poder. As mulheres precisam ocupar espaços de poder e decisão não só na política, mas profissionalmente falando. A gente precisa pensar que o feminismo acima de tudo uma grande busca por igualdade, para que a gente possa pensar numa sociedade que seja mais justa, porque uma sociedade melhor para a mulher é melhor para todas as pessoas”, declarou ela. 

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Luciana Santos (PCdoB) foi prefeita de Olinda e atualmente é vice-governadora do Estado de Pernambuco. O interesse dela por política surgiu do convívio com seu pai, que foi preso político, e de sua participação no movimento estudantil durante a universidade, quando decidiu se filiar ao partido. “O ex-presidente do partido sugeriu que eu fosse candidata a vereadora em Olinda. Era uma candidatura para construir o partido, a gente não imaginava que eu pudesse me eleger, mas fiquei como primeira suplente, viram que eu tinha vocação e nunca mais saí”, contou ela. 

Em sua trajetória, Luciana já ter sofrido com machismo no meio político. “Nos primeiros momentos para ser escutada, respeitada, para escutarem suas opiniões na política no início não é fácil. Foi um processo, uma trajetória longa de afirmação das opiniões, das ideias ditas. Nada explícito, mas é natural que você perceba posições sendo ignoradas”, afirmou Luciana, que avalia essa situação como não sendo exclusiva do meio político. “Eu penso que não só na política isso acontece em todas as áreas a mulher tem que se esforçar em dobro”, disse ela. 

O problema, na avaliação da vice-governadora, também está presente nas organizações internas dos partidos e, por mais que exista uma lei que busca reduzir a desigualdade de gênero na política, Luciana avalia que essa iniciativa não tem bastado. “Instâncias partidárias e as instituições são feitas de gente, por mais avançado que seja o programa de um partido, o machismo é cultural e histórico. Quando se faz marcos legais para promover a participação das mulheres, na prática, em Pernambuco só tivemos cinco mulheres deputadas federais na história. Quando se formam as chapas, isso se rebate porque o machismo contamina essas instituições. Passou a ser obrigatória a participação, o fundo eleitoral, o tempo de tv, mas há uma dificuldade para tirar do papel essa legislação. Essa política afirmativa tem sido insuficiente”, afirmou ela. 

De acordo com a cientista política Priscila Lapa, o distanciamento das mulheres do meio político se dá, em grande parte, por uma questão cultural fortemente estabelecida de um processo histórico de definição de papéis. “Política é um espaço de exercício de poder, é como se esse papel fosse naturalmente atribuído aos homens, isso não fomentou nos quadros políticos a participação das mulheres. Isso se reflete não só no número de candidaturas, mas no número de mulheres que chefiam mulheres. Tem um viés de cultura comportamental. A gente não passa a imagem de que as mulheres podem ter carreiras de chefia, de poder. Essa é uma das principais barreiras, se você não forma pessoas para uma tarefa elas não vão se ver ali”, explicou ela. 

Além disso, o modo como se formam não somente as chapas e lideranças políticas também tem interferência nesse processo. “A formação dos partidos tem clãs, famílias, isso causa esvaziamento ideológico e acaba não dando espaço às mulheres. Geralmente quando a mulher tá na política é como herança de um homem na família, mas o acesso das mulheres não é pela mesma via dos homens, de ocupar os espaços. Não é algo que é conquistado com essa mesma naturalidade”, explicou a cientista política. 

A associação da figura feminina com assuntos ligados ao cuidado e não a uma posição de liderança é outra questão que, na visão de Priscila, gera o preconceito no ambiente político, uma vez que além de ser dominada por homens, a disputa política exige da mulher características que a sociedade enxerga como tipicamente masculinas. 

“Normalmente a mulher vai cuidar da saúde, educação, assistência social. Desenvolvimento, infraestrutura, são áreas vistas como masculinas em que as mulheres não se saem bem. As mulheres tão se tornando candidatas competitivas mesmo com problemas. É como se ela tivesse que provar competência duas vezes, conseguir ser racional, falar grosso, firme. Quando se tem essa presunção de que não vai dar certo, se acha que ela vai ser engolida. Os papéis que tem que ser exercidos na política tem que corresponder aos papéis que precisam ser exercidos na sociedade”, declarou a especialista. 

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A vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) assumiu a gestão interina do Governo de Pernambuco e ficará à frente do Estado até o próximo dia 25. A transmissão do cargo aconteceu na última sexta-feira (15), quando o governador Paulo Câmara (PSB) seguiu para uma viagem do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) para países europeus.

Enquanto estiver como governadora interina, Luciana deve focar em atividades voltadas para as mulheres e a consciência negra. Nesta segunda, (18), por exemplo, a comunista tem uma agenda cheia. 

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Na manhã de hoje, ela participa do 4º Seminário Internacional Mulheres e República, no Palácio do Campo das Princesas. Já à tarde, almoça com a Comitiva Internacional do Seminário; recebe o diretor de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério de Desenvolvimento Regional; participa de uma reunião do do Fórum de discussões do GT da Mulher e visita a Associação dos Delegados de Polícia.

Viagem ao exterior

Paulo e a comitiva do Consórcio vão visitar a França, Itália e Alemanha, para apresentar um mapa de oportunidades de negócios no Nordeste. Segundo o grupo, o objetivo é ampliar os investimentos e gerar emprego e renda em áreas como Infraestrutura, Energias Renováveis e Turismo.

Para o pessebista, a viagem servirá para "apresentar a região, discutir a atração de investimentos e formas de intercâmbio que possam aprofundar as relações e, ao mesmo tempo, mostrar as potencialidades do Nordeste brasileiro". "É uma oportunidade muito importante, diante do interesse que esses países têm demonstrado na nossa região. Por isso, vamos mostrar que quem investe no Nordeste não se arrepende e que temos gestões que podem fazer a diferença”, afirmou o governador.

A vice-governadora de Pernambuco e ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdoB), foi condenada por improbidade administrativa em uma ação civil pública de autoria do Ministério Público, referente ao gerenciamento do Parque Energético e de iluminação de Olinda, em sua gestão municipal. A sentença assinada pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Olinda, Rafael Carlos de Morais prevê a suspensão dos direitos políticos da vice-governadora por seis anos.

O juiz também estipulou uma “multa civil equivalente a 05 (cinco) vezes o valor da remuneração percebida pela Chefe do Poder Executivo na data do ajuizamento da presente ação (STJ, REsp 1598074 / DF), a ser revertida para o Município de Olinda (Lei nº. 8.429/92, Art. 18)” e proibição de contratar com o serviço público.

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Também está previsto na sentença proferida no último dia 29 que, caso a decisão não seja revertida, haverá debates jurídicos sobre a permanência de Luciana como vice-governadora do Estado.

Além da ex-prefeita também estão foram condenados a ex-Secretária de Obras Municipal, Hilda Wanderley Gomes, servidores públicos da gestão e a empresa Citéluz Serviços de Iluminação Urbana Ltda. O juiz ressalta no documento que “Acompanhando a inicial, vieram os documentos de fls. 46/2606. Pela Juíza, então presidente do feito, foi determinada a NOTIFICAÇÃO dos requeridos para oferecerem manifestação por escrito em contraditório preliminar (fl. 2607) em 10/03/2008. Os demandados foram notificados, e, dentre todos, apenas as requeridas LUCIANA BARBOSA DE OLIVEIRA SDANTOS e HILDA WANDERLEY GOMES não se manifestaram (fl. 2750). Recebimento da AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (fls. 2751/2752), oportunidade em que fora determinada a CITAÇÃO dos requeridos”.

 

 

Presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos afirmou, nesta quarta-feira (4), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer chamar o partido para a briga, mas eles não vão entrar nas provocações dele. A postura de Luciana foi em reação à ironias feitas por Bolsonaro ao ligar o PCdoB à União Nacional dos Estudantes (UNE).

“Nós não vamos entrar na provocação dele. Ele quer nos chamar para a briga, talvez porque ele esteja valorizando muito o PCdoB por um lado e por outro esteja incomodado com as manifestações dos estudantes, pois elas é que podem barrar o corte no orçamento”, observou Luciana, enquanto participava do Seminário Todos por Pernambuco, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

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Nessa terça, ao comentar sobre a medida provisória que vai instituir a carteira estudantil digital, Bolsonaro disse que a medida iria causar prejuízos ao PCdoB porque a nova forma de emissão do documento vai isentar o estudante de pagar uma taxa para a União Nacional dos Estudantes (UNE). 

“Não vai ter mais que pagar para a UNE, que quem manda lá é o PCdoB. Vai faltar dinheiro para o PCdoB, hein”, disparou o presidente, aos risos. A medida deve ser assinada por Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (6).

A vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, divulgou um vídeo nesta quarta-feira (28) onde ela diz que “é falso o discurso de Bolsonaro em defesa da soberania nacional”. 

De acordo com Luciana, a postura o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é demagógica, pois contribuiu para o desmonte dos instrumentos de proteção do meio ambiente e tratou a causa da Amazônia com descaso.

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“Nós sempre tivemos uma posição firme em defesa da soberania nacional. Sabemos que esse é um debate geracional em que há grandes interesses de países estrangeiros na exploração dessa floresta que tem uma infinidade de possibilidades, de recursos até desconhecidos”, afirmou a vice-governadora.

Luciana também disse que o seu partido sempre foi um defensor da soberania nacional e que o governo Bolsonaro representa um descaso. “Antes ele nem admitia que existia dificuldades nessa área, depois ele desmontou e até facilitou para os agressores. Agora não venha dizer que ele é o defensor da soberania nacional. O que aconteceu foi um descaso”, argumentou.

Ainda em seu posicionamento, Luciana disse que cobra uma garantia na preservação do meio ambiente com políticas efetivas. “Irrefutável dados mostram o volume de desmatamento em comparação com outros momentos do país. Nós queremos que o governo tome conta da nossa floresta e não faça o que fez até agora, que é desmontar tudo que é política pública que garantiam o proveito sustentável da floresta”, finalizou.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), defendeu que o país precisa voltar a ter “um projeto de nação”, durante a edição Nordeste do Abdib Fórum Infraestrutura Regional. O evento aconteceu em Teresina (PI), nesta quinta-feira (22). 

Ela ressaltou os esforços de integração da região em busca da retomada do crescimento. E falou sobre novas oportunidades de investimentos em infraestrutura no Estado.  

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“Se a gente compara a taxa de investimento médio, no Brasil – juntando o público e o privado –, de 2010 a 2014, tivemos uma taxa de 20,5% do PIB. De 2014 em diante, despencamos para uma taxa de 15,5% do PIB. Os países emergentes investem o dobro do Brasil. E 90% dos países têm taxas de investimento maiores que as nossas. Precisamos resgatar o sentido de um projeto de nação”, disse Luciana, que representou Pernambuco no evento que contou com governantes de todos os estados do Nordeste.

Luciana lembrou que, no processo de construção do país, os nordestinos sempre tiveram papel destacado. E citou como exemplo os chamados “boêmios cívicos”, que compunham a assessoria econômica de Getúlio Vargas. “Eles ajudaram a pensar o Brasil do futuro, idealizando projetos estratégicos que consolidaram o Estado brasileiro moderno, como a Eletrobras e o BNDES”, citou.

Agora, os governadores do Nordeste se unem para fortalecer políticas públicas para o país e a região. “Não queremos nem estado mínimo, nem máximo. Mas o Estado necessário para cumprir o seu papel de indutor e garantir que isso se reflita na qualidade de vida de nossa gente”, discursou Luciana.

Em sua apresentação, a vice-governadora ainda listou novas oportunidades nas áreas de infraestrutura turística, de logística e energia e desenvolvimento urbano. Entre elas, os aeroportos de Petrolina, Fernando de Noronha e Serra Talhada; obras em BRs 102, 232 e 116; a Transnordestina (trecho de Suape); e obras para eficiência e aproveitamento energético.

Políticos, advogados, integrantes de partidos políticos, amigos e familiares de Fernando Santa Cruz se reuniram no emblemático monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, área central do Recife, para fazer um ato em memória do militante desaparecido na época da ditadura militar e em forma de repúdio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Além de Marcelo Santa Cruz, irmão de Fernando e tio do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, figuras políticas conhecidas no estado de Pernambuco discursaram e expressaram suas opiniões sobre o que foi dito por Bolsonaro.

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O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB) defendeu sua ideia de que Bolsonaro é um homem perigoso. “Quando a gente pensa que já viveu tudo, nos aparece um psicopata comandando o país e ainda ostentando a faixa presidencial. Isso torna nosso desafio gigante porque ele é um homem altamente perigoso. Eu convivi durante alguns anos com ele na Câmara dos Deputados e ele era uma figura obscura, que não participava de nada”, alegou. 

Calheiros também comentou sobre a relação de pobres e ricos no Brasil. “A elite brasileira não gosta do país, gostaria de ter nascido nos Estados Unidos. Essa elite é perversa e se apoia em qualquer um. Essa luta pela democracia e por valores mais elementares não é uma luta só nossa, tem que ser uma luta da esmagadora maioria da sociedade brasileira”, disse.

A co-deputada do mandato coletivo Juntas, Robeyonce Lima (PSOL), levantou a bandeira da união. “Nesse momento a gente precisa unir nossas vozes nesse contexto de ameaça às democracias. A gente não pode se calar e nem admitir essa falta de respeito e esse deboche que o Bolsonaro vem tratando uma causa tão importante. Estamos aqui demonstrando apoio e solidariedade a essa luta em respeito à nossa história é nossa luta”, pontuou a parlamentar.

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Já o deputado estadual e ex-prefeito do Recife, João Paulo (PCdoB), relatou a banalidade como são tratados os casos de violência no país. “Milhares de companheiros tem sofrido de violência, tortura e morte por alguma causa. Mas nós sabemos que há um militante que chega a usar sua vida por uma causa para transformar o mundo e esse foi Fernando. Isso é um gesto da maior relevância e que nos fica como exemplo de luta e resistência”, lembrou. 

João Paulo também fez críticas ao modo de governo de Bolsonaro. “Ele é um processo de destruição total das conquistas do nosso povo: na cultura, na liberdade, na economia. O tratamento que as elites tão dando ao povo brasileiro é um tratamento de inimigos de classe”, avaliou.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), disse que será aberta uma representação à Comissão de Ética contra o presidente Bolsonaro. “Apesar do debate parecer óbvio, nós estamos diante de um presidente que trata as questões humanas de maneira repugnante e não considera aspectos que são tão caros a qualquer pessoa, que são o direito à vida e o direito à lutar pela liberdade. Ele age como se fosse acima da lei, acima das constituições. Os partidos políticos vão se reunir na próxima semana e vão fazer uma representação à Comissão de Ética para que ele pague por isso”, afirmou.

O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), o vereador Ivan Moraes (PSOL), a candidata ao governo de Pernambuco nas eleições de 2018 pelo PSOL, Dani Portela, e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Áureo Cisneiros,  também estiveram presentes no ato.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), endossou o ato desta sexta-feira (2) em memória do pernambucano Fernando Santa Cruz e em repúdio do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O encontro, que acontece no monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, e reúne familiares, amigos, advogados, políticos e militantes políticos.

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De acordo com Luciana, é importante marcar presença em movimentos como este. “Apesar do debate parecer óbvio, nós estamos diante de um presidente que trata as questões humanas de maneira repugnante e não considera aspectos que são tão caros a qualquer pessoa, que são o direito à vida e o direito à lutar pela liberdade”, pontua a vice-governadora.

Luciana Santos também critica a maneira como Bolsonaro lida como assunto. “Ele trata isso com desdém, com ironia. Tudo isso é como se você torturasse novamente tudo o que a família sofreu. É gravíssimo o que o presidente fez e precisamos reagir ao que ele está fazendo”, diz Luciana.

A vice-governadora disse que o que Bolsonaro faz cabe afastamento do cargo. “Ele não pode cometer decoro. Esse comportamento dele cabe um processo de afastamento do presidente da República. Ele age como se fosse acima da lei, acima das constituições. Os partidos políticos vão se reunir na próxima semana e vão fazer uma representação à Comissão de Ética para que ele pague por isso”, assegura.

 

Presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos disse, nesta segunda-feira (29), que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o desaparecido político Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira eram de um “desrespeito criminoso”. Fernando é pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. 

Em fala nesta segunda, o presidente afirmou que se Felipe quisesse, ele lhe contaria a verdade sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz. O pai do presidente da OAB sumiu após ser preso em fevereiro de 1974 por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro.

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Luciana Santos considerou a postura de Bolsonaro “repugnante” e lembrou da luta da avó do presidente da OAB, Elzita Santa Cruz, que dedicou a vida para esclarecer o desaparecimento do filho, mas morreu em junho deste ano sem respostas do Estado. Na época da prisão, ela chegou a percorrer os quartéis militares para tentar encontrar Fernando Santa Cruz.

“D. Elzita morreu aos 105 anos sem ter o direito de enterrar seu filho. Sua dor é a de centenas de pessoas que não puderam saber o paradeiro de suas pessoas queridas. A fala do presidente Jair Bolsonaro é de um desrespeito criminoso. É repugnante seu comportamento”, argumentou Luciana. 

“Toda solidariedade ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, ao amigo Marcelo Santa Cruz e a todos os parentes de desaparecidos na ditadura do Brasil, cujo sentimento a mesquinhez e irresponsabilidade do presidente avilta e desrespeita”, acrescentou a vice-governadora.

Bolsonaro atacou o presidente da OAB ao reclamar, em Brasília, da postura da instituição diante da investigação contra Adélio Bispo, autor da facada que sofreu em setembro do ano passado.

A vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) comandará, nesta segunda-feira (22), às 15h, a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre Mulheres e o Mercado de Trabalho em Pernambuco. No encontro, em que será instalado formalmente o GT, serão discutidos dados atualizados sobre o tema, o plano de trabalho e o regimento interno do grupo, que estudará caminhos para fortalecer a presença das mulheres no setor produtivo. 

A atividade ocorrerá na sede da vice-governadoria, no Recife Antigo. Além de Luciana, compõem o GT o diretor geral do ProRural, Márcio Stefanni, e representantes das secretarias de Planejamento e Gestão, da Cultura, da Mulher, de Ciência, Tecnologia e Inovação, de Desenvolvimento Econômico, de Trabalho, Emprego e Qualificação e da Fazenda.

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“Este será o pontapé inicial do GT, que pretende incluir um recorte de gênero dentro do Pacto pelo Emprego. Em Pernambuco, estamos pensando no desenvolvimento econômico e social e no combate ao desemprego, que não é um problema só de nosso Estado. E queremos fazer isso com um olhar especial para as mulheres, corrigindo as desigualdades que ainda nos colocam em uma posição na qual trabalhamos mais, estudamos mais e ganhamos menos. O GT quer buscar alternativas e soluções que incluam as mulheres através do mercado de trabalho ou do empreendedorismo e lhes proporcionem a autonomia de que necessitam”, afirma Luciana Santos.

O GT sobre Mulheres e o Mercado de Trabalho em Pernambuco foi instituído pelo Decreto Nº 47.386/2019, diante da necessidade de fortalecer, direcionar e ampliar as políticas públicas de trabalho e renda para as mulheres e tendo em vista a reparação das desigualdades de gênero no mercado de trabalho.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), apresentou nesta terça-feira (25) o trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado com políticas de enfrentamento às mudanças climáticas. A exposição aconteceu na 4ª Conferência Ethos 360º, no Rio de Janeiro.

O evento reuniu lideranças e especialistas para discutir uma agenda de sustentabilidade e inovação. Pernambuco tem se destacado com projetos neste quesito, muito embora as cidades ainda sofram bastante em dias de fortes chuvas. 

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O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), por exemplo, vai assumir nesta quinta-feira (27) a presidência do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, para a América do Sul.

No Rio de Janeiro, Luciana participou do painel “Estados e cidades brasileiras e a liderança política na pauta climática: compromissos e ações conjuntas”. O encontro é voltado para empresas da iniciativa privada e debate soluções, tecnologias, práticas corporativas e políticas públicas que transformem a realidade econômica e social do país, além de estimular inovações nas cadeias produtivas.

No painel, a vice-governadora expôs o trabalho da gestão com o objetivo de avançar com o fortalecimento de políticas públicas para a adaptação às novas realidades decorrentes das mudanças no clima.

"Nós temos potencial e vocações para atingirmos as metas que o Brasil se propõe. Devemos assumir uma luta política para não abandonar os compromissos que assumimos. O Brasil não pode se esquivar de participar ativamente desse caminho”, defendeu Luciana.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá na tarde desta quinta-feira (6) a visita da vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, e do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Após a visita a Lula, ambos vão atender a imprensa na saída da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, a partir das 17h. Os assuntos que devem ser tratados durante a visita desta quinta não foram informados.

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Toda quinta-feira o ex-presidente tem direito a receber dois amigos. Preso desde 7 abril de 2018, Lula já recebeu ex-chefes de Estado, governadores, artistas, escritores e personalidades contrárias a sua prisão.

A concentração na Rua da Aurora, na área central do Recife, reuniu milhares de manifestantes na tarde desta quarta-feira (15) em prol da educação e contra os cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC).

 Assim como em todo o Brasil, figuras da política pernambucana também marcaram presença no ato da capital pernambucana. A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB) e a ex-candidata ao governo do Estado pelo PSOL, Dani Portela, são exemplos de nomes que estiveram presentes no protesto.

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 Luciana Santos destacou a força da população em função da pauta da educação e de outros direitos. “Nós estamos dando a demonstração de que o povo não suporta o estado mínimo para a população e máximo para o mercado financeiro. O estado precisa estar nas questões mais essenciais do povo brasileiro”, disse a vice-governadora.

 Santos aproveitou para convidar a todos para o ato da Greve Geral. “A população e os trabalhadores vão continuar acumulando força rumo à paralisação do dia 14 de junho”, afirmou, pontuando, ainda, que o governo estadual não medirá esforços para que a educação local não seja afetada: “não haverá um centavo a menos para a educação pública em Pernambuco no que depender do destino do orçamento estadual”.

 Também presente na manifestação, a ex-candidata ao governo do Estado pelo PSOL, Dani Portela, acredita que esse é um momento histórico. “Este ato é um momento histórico porque é um absurdo que qualquer governo queira cortar justamente no âmbito da educação”, alegou.

 “Esse corte representa um dos maiores retrocessos na história do Brasil. O que está por trás desses cortes são projetos de educação pautada na privatização, que invisibiliza nossas vozes. Nós defendemos uma educação única, de qualidade e pública”, continuou Dani Portela.

 Por fim, a psolista abraçou a causa dizendo que a luta é de todos. “Não é uma luta de estudantes ou professores, é uma luta de toda sociedade contra os retrocessos do governo. Não podemos perder a esperança. Se não tem esperança, não tem porque continuar e esse ato nos traz esperança”, falou.

O governador Paulo Câmara (PSB) transmitiu o comando do Governo do Estado para a sua vice, Luciana Santos (PCdoB), no início da tarde desta terça-feira (30). É a primeira vez na história de Pernambuco que uma mulher assume a gestão, mesmo que interinamente.

“Estamos tendo a oportunidade de ter como governadora de Pernambuco Luciana Santos, é a primeira mulher a cuidar dos destinos de Pernambuco. Viajo para a Colômbia, para visitar políticas de prevenção [de segurança], muito tranquilo e sabendo que Pernambuco vai estar muito bem cuidado”, disse Paulo Câmara, que viaja na tarde desta terça, durante uma cerimônia informal de transmissão do cargo.

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Luciana, por sua vez, considerou que em um ambiente de reafirmação das conquistas femininas, o repasse interino do cargo é um marco histórico.

“Me honra muito estar aqui neste momento assumindo o Governo de Pernambuco por alguns dias… Considero que é simbólico e histórico que tenhamos na terra das heroínas de tejucupapo, Cristina Tavares e tantas mulheres que fizeram a diferença, uma mulher, ainda por cima comunistas, para poder partilhar os desafios de Pernambuco”, salientou.

A agora governadora em exercício ficará à frente da gestão estadual até o próximo domingo (5).

A vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, utilizou sua conta oficial no Twitter nesta sexta-feira (12) para fazer críticas ao projeto de Reforma da Previdência, proposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A opinião de Luciana foi voltada à causa da mulher. “Para se aposentar com o valor integral, hoje, as mulheres precisam contribuir para o INSS por 15 anos. Com a reforma da Previdência do Bolsonaro, a regra sobe para 40 anos! Quantas mulheres no Brasil conseguem carteira assinada por tanto tempo?”, indagou.

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A vice-governadora ainda afirmou que “se as mulheres têm jornadas de trabalho duplas, no emprego e na casa, é justo que elas se aposentem antes dos homens”. Luciana aproveitou para alfinetar a linha de pensamento do presidente. “O Bolsonaro discorda e quer igualar a idade mínima entre os homens e as mulheres que trabalham no campo e na sala de aula”, alegou.

Por fim, Luciana fez uma menção aos trabalhadores do campo e às condições de trabalho diante desta perspectiva. “Trabalhar até depois dos 60 anos pode ser fácil para quem é da cidade, mas cruel para quem vive no campo. Hoje, as trabalhadoras rurais não precisam ter idade mínima para se aposentar, mas o Bolsonaro quer acabar com isso”, finalizou.

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A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), iniciou um debate para o diagnóstico sobre a geração de empregos para mulheres no Estado. De acordo com ela, a intenção é de que o recorte de gênero dê subsídio ao Pacto pelo emprego, lançado pelo governador Paulo Câmara (PSB) em janeiro. Luciana reuniu mulheres empreendedoras e deputadas estaduais para destrinchar a questão da emancipação feminina e apontar caminhos para criar empregos e melhorar as condições de trabalho.

“O Pacto pelo emprego ainda é um plano em construção, por isso que estou tentando colher e beber da fonte de exemplos exitosos da cadeia feminina produtiva para a gente poder construir juntos um pacote de medidas que vão a esse ponto”, observou Luciana, sobre a reunião que aconteceu nessa segunda-feira (1º).  

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“Queremos promover vários debates, em diversos setores da sociedade civil e do poder público, para a implantação de políticas públicas, e, certamente, como é uma construção coletiva, vamos dar as mãos e buscar mecanismos para fomentar a participação feminina no mercado de trabalho”, completou.

A ex-deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila (PCdoB), que esteve em Pernambuco para lançar seu livro Revolução Laura, também participou do encontro. Na ótica dela, o maior desafio do país hoje é a geração de empregos, principalmente para mulheres e mães.

“Pernambuco, a Luciana [Santos] sempre fala, vive uma situação contraditória, tem um crescimento econômico enorme, e precisa garantir a geração de empregos para aqueles que são mais vulneráveis. As mulheres são as mais vulneráveis, sobretudo as mulheres que são mães. Depois da maternidade, metade delas não conseguem empregos no primeiro ano do filho. A tendência nacional é o agravamento disso”, salientou.  

“A responsabilidade é , sobretudo, nacional. O que o governador e a vice-governadora fazem são para tentar minimizar os impactos da ausência completa de políticas anticrise do governo federal”, acrescentou, alfinetando a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Além delas, também participaram da reunião as deputadas estaduais Dulcicleide Amorim (PT), Alessandra Vieira (PSDB), Teresa Leitão (PT), Simone Santana (PSB) e o deputado Waldemar Borges (PSB); os secretários estaduais Bruno Schwambach (Desenvolvimento Econômico), Silvia Cordeiro (Mulher) e Alberes Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação), e a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa.

Dados

Durante o encontro, Luciana Santos ainda apresentou dados sobre a situação da mulher no mercado de trabalho. No Brasil, 44% das rendas das famílias vêm das mulheres. Há 11 milhões de lares (16,3%) compostos por mulheres sozinhas com filhos. Mesmo assim, mulheres com filhos recebem, em média, 35% a menos que os homens.

Quanto maior o cargo, maior a diferença de salário. Nos cargos de chefia, a discrepância entre gêneros chega a 27%. Além disso, as mulheres trabalham em média 3 horas a mais por semana, e a taxa de desemprego entre mulheres é de 15%, enquanto a dos homens é de 11,6%.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, promoverá um encontro com deputadas e mulheres empreendedoras na próxima segunda-feira (1º), às 10h, na vice-governadoria, localizada na área central do Recife.

O objetivo é discutir a questão da emancipação feminina e apontar conjuntamente caminhos para geração de empregos e melhoria das condições de trabalho para as mulheres pernambucanas.

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"A questão do emprego é vital para a independência e autonomia das mulheres. Precisamos enfrentar com protagonismo e  políticas públicas a disparidade que existe entre homens e mulheres no mercado de trabalho e oferecer soluções também para aquelas mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade social", explica Luciana.

Entre as convidadas para o encontro está a ex-deputada Manuela D'Ávila, que foi candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad nas últimas eleições. Além de participar da reunião, a agenda de Manuela em Pernambuco inclui o lançamento do seu livro "Revolução Laura", com debate no auditório da Unicap, às 18h30.

Embora ocupem 44% das vagas de emprego registradas no país, o número de mulheres desempregadas é 29% maior que o de homens. Quando se fala das posições de liderança, embora a porcentagem de mulheres CEOs no Brasil tenha crescido de 5% em 2015 para 16% em 2017, elas ainda representam apenas 2,8% dos cargos mais altos. Os dados são do relatório Women in Business, da Grant Thornton, International Business Report (IBR).

Outro dado alarmante é do relatório do último Fórum Econômico Mundial, que aponta que seriam necessários cem anos, aproximadamente, para que a diferença salarial entre homens e mulheres desapareça. Atualmente, elas recebem 74,5% do salário dos homens ocupando os mesmos cargos.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que tem como lema a democracia, a pátria livre e o socialismo, vai comemorar seu aniversário de 97 anos no próximo dia 25 de março, em Pernambuco.

A celebração acontecerá no teatro Beberibe, localizado no Centro de Convenções, localizado no bairro de Salgadinho, em Olinda. O evento começará a partir das 18h e espera receber centenas de pessoas.

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“Nós teremos a presença de várias lideranças nacionais, mas a presença principal é a sua. Dos amigos, das amigas, dos militantes, de todos aqueles que entendem o significado da luta que a gente está travando agora no Brasil e no mundo”, convidou a presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos.

Luciana Santos ainda afirmou que esse momento em que passamos é uma “luta para garantir o direito à nação, o direito ao trabalho, o direito à democracia”.

Aguarda a avaliação do Senado o projeto de lei que institui o dia 1º de agosto como Dia Nacional do Maracatu, manifestação cultural popular tradicional de Pernambuco que envolve ritmo musical, dança e fantasias específicas. A matéria, segundo a Casa Alta, no momento aguarda a indicação do relator na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. 

A proposta é de autoria da ex-deputada federal e vice governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), e, depois de passar pela comissão, ainda terá de ser votada no Plenário do Senado.

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De acordo com a autora, o maracatu surgiu entre os séculos 17 e 18, quando ainda havia escravidão, na região onde hoje é o estado de Pernambuco, principalmente nas cidades de Olinda, Recife e Igarassu. A manifestação é uma mistura de culturas ameríndias, africanas e europeias.

Luciana escolheu a data para coincidir com a comemoração do Dia do Maracatu, instituído pelo estado de Pernambuco em 1997, mesmo ano da morte do Mestre Luís de França, cuja data de nascimento, 1º de agosto, foi escolhida para a data comemorativa. Mestre Luís comandou por 40 anos o Maracatu Leão Coroado, grupo que tem 157 anos de existência. Há um Dia Estadual do Maracatu também no Ceará e datas comemorativas municipais em algumas cidades.

“Atualmente, existem grupos percussivos que trabalham com elementos da cultura do maracatu em quase todos os estados brasileiros e em diversos países, como Canadá, Inglaterra, França, Estados Unidos, Japão, Escócia, Alemanha, Espanha, entre outros”, afirma Luciana na justificativa do projeto.

Existem basicamente dois tipos de maracatu: o maracatu de baque solto (também chamado de maracatu rural, maracatu de orquestra, maracatu de trombone e maracatu de baque singelo) e o maracatu nação (ou maracatu de baque virado), ambos inscritos como bens culturais imateriais no Livro de Registro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O maracatu rural é manifestação cultural que ocorre durante as comemorações do Carnaval e no período da Páscoa, tem como personagem central o Caboclo de Lança e tem dança, música e poesia. É associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Já o Maracatu Nação tem a maioria dos grupos concentrada nas comunidades de bairros periféricos da região metropolitana de Recife, e traz um conjunto musical percussivo e um cortejo real, evocando as coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano.

Os grupos apresentam um espetáculo recheado de simbologias marcado pela beleza e pela musicalidade, que têm seu principal momento do ano nas apresentações do período carnavalesco. Para ser reconhecido como maracatu nação, o grupo precisa ser ligado a uma religião de matriz africana e ocupar território fixo.

*Da Agência Senado

O Partido Pátria Livre (PPL) vai ser incorporado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A informação foi divulgada pela direção dos dois partidos em nota. A medida, que será concretizada durante uma reunião marcada para o próximo domingo (2), foi adotada para enfrentar o desafio dos partidos de superar a cláusula de barreira, que determina o tempo de propaganda gratuita e o repasse do fundo partidário a partir do desempenho das siglas nas urnas.

Em outubro, o PPL reelegeu um deputado federal e o PCdoB elegeu uma bancada de nove deputados. Os dois não atingiram o número mínimo exigido pela lei, eles precisariam eleger ao menos nove deputados federais de nove estados diferentes ou ter 1,5% do total dos votos para a Câmara Federal. De acordo com a nota, assinada pelos presidentes nacionais dos partidos Luciana Santos (PCdoB) e Sérgio Rubens (PPL), outro fato que reforçou para a junção das siglas foi a vitória de Jair Bolsonaro (PSL).

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“A eleição de Jair Bolsonaro, da extrema direita, coloca em alto risco a democracia, a soberania nacional e os direitos do povo brasileiro. Face a essa realidade, impõe-se a união das mais amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais para empreender a resistência e exercer a oposição, tendo como convergência a defesa da democracia, da Constituição de 1988, dos direitos dos trabalhadores e dos interesses nacionais”, afirma o texto.

“Diante desse quadro e visando a cumprir suas responsabilidades com o Brasil e seu povo, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL) iniciaram um elevado diálogo, buscando uma solução política e jurídica para atender às exigências, na forma da lei, de superação da cláusula de desempenho - e assim criar as condições para seguir cumprindo um papel relevante na busca de soluções para o Brasil, particularmente nesse período de resistência democrática em que ingressamos”, completa.

Ainda de acordo com a nota, a incorporação do PPL ao PCdoB “se efetivará simultaneamente em suas instâncias de decisão e deliberação”.

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