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O Ministério da Educação (MEC) repassou, nesta quinta-feira (28), R$ 6,1 bilhões ao fundo que vai custear a poupança para incentivo à permanência e conclusão de estudantes no ensino médio.

“Os dados mostram que entre os estudantes mais pobres, menos da metade consegue conquistar o seu diploma do ensino médio. Portanto, o pé de medo chega para garantir mais oportunidades para a nossa juventude e já a partir de agora, em 2024”, complementa Camilo Santana.

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Com o projeto de lei aprovado pelo Congresso, o benefício ficará vinculado à frequência do aluno a no mínimo 80% das horas letivas, aprovação em cada ano, presença nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O Ministério da Educação (MEC) autorizou na terça-feira, 26, a ampliação no número de vagas de Direito e Medicina oferecidas pelo ProUni, programa federal que dá bolsas em faculdades particulares. A medida atende a uma demanda das universidades privadas.

Desde a mudança nas regras do programa, em 2022, elas eram obrigadas a descontar as vagas oferecidas no ProUni da quantidade geral de vagas da instituição. Com isso, as instituições ficavam com número menor de vagas para colocar à disposição no mercado.

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O argumento das universidades era de que a regra poderia desestimular as instituições privadas a oferecerem vagas pelo ProUni, já que em cursos concorridos como Direito e Medicina haveria menos quantidade de postos para ofertar.

A ampliação de vagas nesses cursos já tinha sido permitida pela primeira vez em junho. Na última edição, foram oferecidos 276 mil vagas de bolsas, que são disputadas por meio da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Agora, a autorização foi novamente concedida para a próxima rodada do programa, que acontece no início de 2024.

A autorização do MEC permite a retomada do que era feito historicamente antes das mudanças implementadas em 2022.

Em junho, quando a primeira autorização foi concedida, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) celebrou a decisão.

"Essa importante decisão representa um avanço significativo para o ProUni, permitindo que as instituições de ensino superior acomodem os alunos bolsistas, garantindo sua inclusão nas vagas ampliadas. É importante ressaltar que as vagas ocupadas pelos bolsistas não serão descontadas das vagas autorizadas, seguindo a lógica que sempre foi praticada", afirmou, em nota, a entidade que representa as faculdades particulares.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) apresentou uma nota pública em suas redes sociais sobre o orçamento e infraestrutura das universidades federais. A associação conta com 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica (Cefets).

Na postagem, a Andifes declara que as Instituições Federais de Ensino Superior (Nes) enfrentam uma “situação dramática” por causa dos constantes cortes orçamentários de anos anteriores que, segundo eles, afetou “negativamente o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação, de excelência reconhecida nacional e internacionalmente”.

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A presidenta da associação Márcia Abrahão afirma que reconhece os avanços no diálogo com o Governo Federal e com o Congresso Nacional e o compromisso do Ministério da Educação (MEC). Porém, os recursos repassados às universidades federais em 2023 foram “insuficientes”. 

A reitora ainda destaca que o aumento das bolsas de graduação e pós-graduação que estava planejado pelo MEC não foi repassado e que esta situação deixou as “universidades em uma situação crítica no último trimestre do ano, à beira da insustentabilidade”.

O artigo também apresentou a preocupação com um orçamento do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024 que é menor ao montante conquistado em 2023 com a PEC de transição. 

A Andifes organizou uma série de pedidos para que as Universidades Federais e Cefet's possam ter uma reconstrução sustentável nas suas condições de funcionamento. A primeira delas é o complemento de R$ 500 milhões no orçamento das universidades federais ainda em 2023.

A associação também pede por um acréscimo de R$ 2,5 bilhões nos recursos discricionários no PLOA 2024, somando um valor aproximado de R$ 8,5 bilhões, ainda inferior ao orçamento de 2017 corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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A divulgação, por parte do Governo Federal, do montante de recursos do PAC destinado às universidades federais para finalizar obras paralisadas, adquirir equipamentos e consolidar a expansão das instituições ocorrida nos últimos 15 anos foi outra exigência apresentada.

A presidenta Abrahão afirma que houve pouca alteração na situação das universidades mesmo após rodadas de reuniões com o Governo Federal e com o Congresso Nacional neste final de ano. 

Em reunião com a diretoria executiva da Andifes, o Ministro da Educação, Camilo Santana, se comprometeu a repassar R$ 150 milhões imediatos e buscar os restantes R$ 350 milhões fora do Ministério da Educação, em esforço conjunto com a associação. A reitora reconhece que o MEC está se esforçando para disponibilizar os recursos mas declara que a situação ainda não foi resolvida.

Já em relação ao orçamento, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda que adiciona R$ 2,5 bilhões ao orçamento das universidades federais. Porém, o Relatório Setorial da Educação do PLOA 2024, aprovado no dia 13 de dezembro, destina apenas R$ 14 milhões a mais para as instituições. 

O montante e a destinação dos recursos do PAC ainda são desconhecidas por parte da Andifes. O Conselho Pleno da associação divulga que a situação “prejudica o planejamento das instituições e mantém a situação dramática da infraestrutura física”, além de enfatizar a urgência das medidas apresentadas para realizar o processo de reequilíbrio do orçamento das universidades federais.

“O processo vem a fim de assegurar o cumprimento adequado da missão social, acadêmica e científica das nossas instituições, que, apesar dos desafios enfrentados, permanecem unidas pela democracia, constituindo-se em referência exitosa da educação superior no país”, afirma, em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior.

A votação do Projeto de Lei (PL) com as mudanças para o Novo Ensino Médio vai ficar para o próximo ano. Ao discordar de alguns pontos alterados do texto original, o governo conseguiu retirar o caráter de urgência na Câmara e deixou o deputado Mendonça Filho (UNIÃO) irritado.

O relatório do PL 5230/23, de Mendonça, foi construído com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), mas não agradou ao governo, sobretudo, por reduzir a carga horária obrigatória. Temas econômicos também teriam influenciado na decisão de adiar a votação.

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Entre os pontos de maior controvérsia, o deputado fixou a formação básica em 2,1 mil horas, com a possibilidade de 300 dessas horas serem para o ensino técnico. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era de 2,4 mil horas, sem a inclusão do ensino técnico, que teria a base de 2,1 mil horas de formação.

"O Governo deixa as redes estaduais de ensino e quase 8 milhões de estudantes no país numa indefinição inaceitável. Tudo para evitar que o relatório seja votado e aprovado hoje na Câmara dos Deputados", apontou Mendonça Filho nas redes sociais.

Ao citar que o relatório está "maduro", o parlamentar destacou que o texto substitutivo "aprimorou a proposta original, mantendo quatro eixos estruturantes do Novo Ensino: a flexibilidade do currículo, o fortalecimento da BNCC, a garantia de formação técnica e profissional integrada ao Médio e o fomento às escolas de ensino médio em tempo integral".

O PL 5230/23 foi enviado pelo próprio governo ao Congresso em outubro com o objetivo de derrubar o Novo Ensino Médio, aprovado em 2017, quando Mendonça era ministro da Educação, e implementado em 2022. 

O Ministério da Educação (MEC) confirmou que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), programa que disponibiliza vagas em instituições públicas pela nota do Enem, não terá duas edições por ano, como de costume. Agora, será um novo formato com apenas uma edição por ano a partir de 2024.

Os professores de preparação para o vestibular entendem que esta mudança pode gerar um impacto direto aos estudantes que procuram por um espaço na universidade pública pelo Exame Nacional do Ensino Médio. Ricardinho, professor de matemática, entende que essa mudança veio para diminuir os gastos do governo. 

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“O que está acontecendo é que os alunos estão entrando na primeira edição, não estão gostando do curso e estão pedindo grana para a segunda edição, para o segundo curso. E aí está sobrando vaga na universidade e o governo está perdendo grana, por isso está tentando ajustar em uma única edição”, explica.

Ao reduzir para apenas uma edição por ano, os estudantes criam um “foco maior naquele concurso específico, naquela quantidade de vagas daquele horário específico”. Porém, Ricardinho defende que, para ter apenas uma edição, a quantidade de vagas deve ser igual ao somatório das duas edições.

“A ideia era que tivesse a maior quantidade de vagas possíveis em duas edições, na minha opinião, mas que os alunos, ao entrarem nesses cursos, tivessem condições necessárias de permanecer no curso. Por exemplo, tem uma boa base lá no Ensino Médio, Fundamental 2”, defende o docente.

Para o matemático, é importante que os alunos tenham uma boa base para ingressar na universidade e evitar trocas de curso, o que deixa vagas em aberto em instituições públicas e causou a mudança no formato do Sisu.

Já o professor de química Berg Figueiredo avalia que essa mudança não será tão impactante para os estudantes de Pernambuco, pois as universidades públicas pernambucanas federais e estadual já usam as vagas da primeira e da segunda entrada, tudo na primeira edição do Sisu.

“O Sisu vem duas vezes ao ano, ele vinha no começo do ano e na metade do ano. Porém as vagas ofertadas pelas universidades estaduais que usam o Sisu como meio de entrada de ingresso na universidade aqui em Pernambuco colocavam todas as vagas na primeira etapa do Sisu. Aqueles alunos que queriam, por exemplo, entrar na segunda entrada no meio do ano, faziam a escolha ainda no Sisu da primeira edição. Ou seja, todas as vagas já haviam sido oferecidas nesta primeira edição do Sisu”, explica o químico.

Outros estados do país não trabalham da mesma forma que Pernambuco e oferecem algumas vagas na primeira entrada do Sisu e outras na segunda entrada. Por causa deste formato, todas as universidades terão que oferecer todas as vagas ainda no começo do ano.

“Então eu acredito que essa mudança que vai vir no Sisu não vai interferir tanto assim na logística nem das universidades, nem dos alunos, porque vai se ter uma demanda maior de vagas, só que em vez de ser ofertada um pedaço na primeira, um pedaço na segunda, vai vir tudo ali na primeira edição do Sisu”, detalha o docente.

“O aluno que veio estudando, o aluno que conhece um pouco de Sisu, não vai ter tanta preocupação em relação às estratégias, não. O que ele vai ter é o maior número de vagas agora nessa primeira edição, porque não vai ter mais a segunda. Se ele quiser colocar para entrar na metade do ano, é só ele colocar nas opções segunda entrada, no período de agosto de cada universidade” finaliza Berg Figueiredo.

Sisu em 2024

O edital do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024, em seu novo formato, deve sair ainda esta semana. Através de sua assessoria, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que não haverá entrevista coletiva sobre a mudança, mas todas as informações "serão disponibilizadas nos canais oficiais".

A assessoria do Ministério da Educação (MEC) declarou, ao LeiaJá, que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) terá novo formato com apenas uma edição por ano a partir de 2024. Segundo o MEC, o edital do Sisu de 2024 deve sair ainda esta semana. 

Na declaração, a assessoria afirma que não haverá coletiva sobre a mudança, mas todas as informações serão disponibilizadas nos canais oficiais do Ministério.

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O Sisu é o programa do governo que disponibiliza o acesso às vagas em instituições públicas de ensino superior pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. 

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instituiu a poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar para estudantes do ensino médio, nesta terça-feira (28). O projeto visa ajudar jovens de baixa renda para evitar a evasão escolar dos anos finais. 

O jovem que fizer parte do programa irá receber uma parte da poupança todo mês, e a outra parte será para o fim de cada etapa letiva. As famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais terão direito ao fundo de incentivo.

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Os ministérios da Educação e da Fazenda irão trabalhar juntos para definir valores, formas de pagamento, critérios de operacionalização e uso da poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar. Os estudantes receberão o benefício em uma conta que será aberta no seu nome.

A medida provisória foi publicada no Diário Oficial da União e terá parceria da Caixa Econômica Federal na administração da poupança de até R$ 20 bilhões, que pode contar com recursos públicos e privados. Os estados, municípios e o Distrito Federal poderão se articular para aumentar os esforços no combate à evasão dos beneficiários.

Para ter direito à poupança, é preciso ter frequência mínima, garantir a aprovação ao fim do ano letivo e fazer a matrícula no ano seguinte (quando for o caso), garantir a participação em exames como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

O valor da poupança não será considerado em cálculos da renda familiar para a concessão ou recebimento de outros tipos de benefícios do governo. 

A MP ainda afirma que o programa poderá contar com receitas federais da exploração de óleo e gás, de acordo com a legislação atual que prevê o uso prioritário dos recursos do pré-sal em educação pública e na redução das desigualdades.

Segundo o ministro da Educação, o primeiro ano do ensino médio é o que registra maior número de evasão, abandono e reprovação. “Nós perdemos hoje milhares de jovens no ensino médio que abandonam a escola, às vezes por necessidade de trabalhar desde cedo. Não tenho dúvidas de que essa vai ser uma das principais políticas desse governo para não perdermos esses jovens", declara Camilo Santana.

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o governo federal estuda conceder isenção total da taxa de inscrição aos alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2024. De acordo com o ministro, a medida pode estimular um maior número de inscrição nas provas.

"Concluindo esse primeiro Enem deste primeiro ano, vamos fazer uma série de avaliações sobre o que podemos melhorar. Ou isenção total da taxa de inscrição para todos os alunos do Enem, ou fazer um trabalho articulado com os Estados", afirmou o ministro ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, a 'Conversa com o Presidente", nesta terça-feira, 14.

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Segundo Camilo, os Estados apresentam uma grande discrepância de inscritos para a prova. Assim, o governo federal fará um trabalho para diminuir as diferenças. "Tem Estados que têm 90% ou mais de alunos que estão no terceiro ano do ensino médio que se inscrevem no Enem, mas tem Estados que não chegam nem a 40%", comentou.

O ministro afirmou que o maior esforço do governo federal é para garantir que todos os alunos do terceiro ano do ensino médio brasileiro se inscrevam na prova. Para isso, segundo ele, a gestão Lula 3 criará mecanismos para estimular as inscrições e evitar abstenções.

Atualmente, o governo prevê isenção da taxa de inscrição para três tipos de alunos: que cursaram a última série do ensino médio no ano de 2023, em qualquer modalidade de ensino, na rede pública declarada ao Censo Escolar da Educação Básica; que cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenham renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio; e que declararam situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda e estarem inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

O segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, neste domingo (12), teve 32% de abstenção, em todo o território brasileiro. A informação foi divulgada durante o balanço preliminar, realizado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). 

Números do Enem 

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O Enem 2023 foi aplicado em 1.750 municípios, contabilizando 9.396 locais de prova, e 132.466 salas de aplicação. Foram mobilizadas 10.086 coordenações para organizar a logística da aplicação das provas em todo o território nacional. 

Abstenções 

Em comparação à edição de 2022, a diferença dos dois dias não foi alta, mas apresentou uma leve diminuição do aumento de desistência em participar do exame. Enquanto o primeiro dia do ano passado teve um índice de 28,3% de ausência, a aplicação do último domingo (5) apontou um nível de 28,1% de faltas. 

Já no segundo de aplicação, o ano passado registrou uma abstenção de 32,1%, e neste ano variou em apenas 0,1% para menos. “Muitos jovens fazem no primeiro dia, mas acham que não se deram bem, e não repetem, desistem de fazer o segundo. Claro que queremos diminuir isso”, afirmou o ministro Camilo Santana. 

Eliminações e problemas logísticos 

No primeiro dia foram eliminados 4.293 participantes, pelo não seguimento às normas do edital, tais como portar equipamento eletrônico, ausentar-se antes do horário permitido (15h30), utilizar impressos ou não atender orientações dos fiscais. Já em termos de problemas logísticos, foram contabilizados 905 casos, entre eles emergências médicas, interrupções temporárias de energia elétrica e problemas de abastecimento de água. 

O segundo dia, por sua vez, registrou uma diminuição das ocorrências, tendo havido 2.217 eliminações e 859 problemas logísticos. 

Segurança 

Os dados operacionais do segundo dia de provas, segundo informações apresentadas pelo Sistema Nacional de Segurança Pública (Senasp), foi empregado um efetivo de 28.040 agentes de segurança, com a realização de 3.340 escoltas, além do emprego de 8.539 viaturas e o policiamento em 11.377 locais de prova. 

O Senasp ainda registrou oito ocorrências de atendimento hospitalar, 26 de perturbação do sossego público, 23 de falta de energia elétrica, duas tentativas de utilização de meio eletrônico e uma briga. 

Circulação de imagens de prova 

O Ministério da Educação (MEC) confirmou ainda que houve a circulação de imagens de uma prova, por volta das 17h, uma hora antes do horário autorizado para sair do ambiente de realização da avaliação. A Polícia Federal foi acionada para apurar e investigar o ocorrido.

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou, neste domingo (12), durante o balanço do segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que o gabarito oficial das provas será divulgado na próxima terça-feira (14), às 19h, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). 

A data foi antecipada em dez dias, tendo em vista que a divulgação estava agendada, segundo o calendário oficial do Inep, para o dia 24 de novembro. 

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Uma questão da prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, aplicada neste domingo (12), em todo o território nacional, foi anulada. A confirmação foi feita no balanço do exame realizado pelo ministro da Educação (Mec), Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios. 

A questão anulada, que se refere à gripe h1n1, é da disciplina de matemática, e a decisão foi feita por falta de ineditismo. Segundo o ministro, a questão se encontra no banco de dados do instituto e já foi aplicada no Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) em 2010. 

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Santana e Palácios afirmaram que será aberto, em breve, um novo edital, para chamar novos professores, profissionais da educação e elaboradores de questões, com o objetivo de atualizar e aumentar o banco de dados de questões do exame. 

 

A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 simboliza os 25 anos do vestibular. Essa marca ressalta a sustentação de uma prova essencial para o país, mas com uma bagagem repleta de mudanças, adaptações e novidades ao longo destas duas décadas e meia.

No Brasil, as provas como processo seletivo em escolas, universidades e concursos já apareciam no início do século XX, segundo pesquisas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os testes continham mais perguntas escritas e orais.

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Em 1998, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro da educação Paulo Renato Souza, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado e  mudou a realidade da educação e dos processos seletivos para o ensino superior. 

O começo 

Originalmente, a prova do Enem era resumida a uma avaliação do sistema de ensino brasileiro e foi inspirada na Conferência Mundial da Educação para Todos que aconteceu em Jomtien, na Tailândia, em 1990.

Sua primeira edição teve apenas 157 mil inscritos e a prova foi aplicada em um único dia, em 184 municípios, com 63 questões, além da redação, que, naquele ano, teve o tema “Viver e Aprender”.

A redação devia ter título e tinha apenas um texto motivador, a letra da música “O Que É O Que É” de Gonzaguinha. A parte objetiva do exame era avaliada de 0 a 100, gerando uma nota global, assim como a redação. Em 1998, uma redação poderia ser desconsiderada se houvesse fuga de tema ou de estrutura, se estivesse assinada ou se estivesse personalizada.

Apesar de surgir com intenção de medir o nível de conhecimento dos brasileiros que terminaram a escola, o Enem, em 1999, já era utilizado como seleção, mesmo que parcial, para 93 instituições de ensino. O número cresceu significativamente em 2004, com a sanção do Programa Universidade para Todos (ProUni) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O Ministério da Educação (MEC) apresentou o programa com a finalidade de conceder “bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.” As instituições que aderem ao programa também recebem isenção de tributos.

Logo em 2005 o ProUni foi responsável pelo aumento significativo no número de inscritos no vestibular nacional, foram 3 milhões de pessoas, um marco histórico. Foi então em 2009 que o Enem passou pelas maiores transformações, ficando mais próximo do que conhecemos do exame hoje em dia.

Ainda presidente, Lula anunciou, junto com o ministro da educação da época, Fernando Haddad, que o Exame Nacional do Ensino Médio iria ser reestruturado para se tornar um “processo nacional de seleção para ingresso na educação superior e certificação do ensino médio”. 

“Neste ano, mais de 70% dos 4.018.050 inscritos afirmaram que fizeram o Enem para entrar na faculdade ou conseguir pontos para o vestibular. A aplicação em 1.437 municípios foi em 30 de agosto”, documenta o site oficial do Inep.

Após uma década

O ano de 2009 foi decisivo para o exame que conhecemos hoje. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi estruturado e o formato do vestibular mudou. Agora, as 63 questões se tornaram 180, com 45 perguntas para cada área do conhecimento - ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens, e redação. Naquele ano, a aplicação também passou a ser em dois dias.

“Além disso, as matrizes de referência são reformuladas com base nas Matrizes de Referência do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Nesta edição, 4.138.025 pessoas se inscreveram no Enem, aplicado em 5 e 6 de dezembro, em 1.830 cidades”, destaca a página do Inep.

Porém, o ano não foi apenas de boas notícias, a edição de 2009 é sempre lembrada pelo vazamento da prova ainda na gráfica, o que resultou no cancelamento da aplicação e uma nova data foi marcada. O escândalo prejudicou mais de 4,1 milhões de estudantes inscritos.

Na nova data marcada após a turbulência com o Enem, muitos candidatos desistiram de fazer a prova. O momento se tornou um dos maiores índices de abstenção da história do exame, com 37,7% ausentes. Os que fizeram o vestibular tiveram outra dor de cabeça: a divulgação de gabaritos veio com erros e os corretos só foram publicados dias depois.

Os acontecimentos serviram de experiência para a edição de 2010, quando as notas do Enem se tornaram aceitos pelo Financiamento Estudantil (Fies). Foi nesta edição que o Inep começou a coletar dados sobre deficiência ou condição especial dos inscritos. Ao todo, 20.413 candidatos conseguiram recursos de acessibilidade para aplicação do vestibular.

A nota do exame nacional passou a ser mais abrangente nos anos de 2013 e 2014. Quase todas as instituições brasileiras aceitavam o Enem como critério de ingresso e, logo em seguida, as universidades de Coimbra e Algarve, em Portugal, também começaram a receber estudantes pela nota do Enem.

Com o passar do tempo, a aplicação se tornou mais popular e a segurança teve que ser maior. Uso de detectores de metais, como conhecemos hoje, surgiu em 2016 para se juntar à sacola de guardar objetos e garantir que a prova aconteceria sem fraudes.

O Enem

Prestes a completar duas décadas de existência, a edição de 2017 é uma das mais importantes da história do vestibular, pois o governo realizou uma consulta pública com a população para buscar melhorias na sua forma de aplicação.

A mudança mais marcante e que prevalece até hoje são os dias de realização da prova. Antes, os dois dias de provas eram seguidos: sábado e domingo. Após a pesquisa, os dias foram divididos em uma semana: dois domingos seguidos.

As questões também passaram por mudanças. De 2009 a 2016, o primeiro dia contava com perguntas sobre ciências humanas e ciências da natureza, enquanto o segundo dia tinha matemática, linguagens e redação. Agora, o primeiro dia é dedicado para ciências humanas, linguagens e redação, e o segundo dia para matemática e ciências da natureza.

“O exame ficou ainda mais acessível com a estreia da videoprova em Libras para surdos e deficientes auditivos. Outra novidade foi a estreia da prova personalizada com nome e número de inscrição do participante, e a adoção de novo recurso de segurança: identificador de receptor de ponto eletrônico. As mudanças impulsionaram, ainda, a criação de um novo logotipo e um novo Site do Enem. O Inep registrou 6.763.122 inscrições”, ressalta o Instituto.

Hoje, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) completa 25 anos sendo um dos vestibulares mais reconhecidos no mundo, que democratiza a educação e o acesso ao ensino superior. A edição de 2023 teve 3,9 milhões de inscritos e o tema “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

“Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem para acesso à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como “treineiros” e seus resultados no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos”, documenta o site de apresentação do exame.

A professora de preparatório para o Enem Tereza Albuquerque explica que a principal mudança do Enem nesses anos foi na sua estrutura. As perguntas se tornaram mais interdisciplinares e capilares. Anteriormente, a prova era “mais conteudista e tinha uma segunda fase”. 

“O Enem exige uma prova mais interdisciplinar. Então isso é muito importante, porque o aluno não tem que ter só o conteúdo, ele tem que saber fazer pontes entre a questão que ele está fazendo ali, por exemplo, com outras áreas de conhecimento, como física, química, biologia, língua portuguesa. Então isso é o que o Enem traz de mais especial”, explica a docente.

Albuquerque reforça a oportunidade que o vestibular dá para todos os estudantes em nível nacional, através do SiSU, como uma porta de entrada para a universidade. Para a profissional, em relação ao formato da prova, nestes 25 anos de existência “o Enem está de parabéns”.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é dividido em dois dias. Na edição de 2023, foi o domingo (5) e será o próximo, 12 de novembro. No primeiro dia, os estudantes responderam questões de linguagens e ciências humanas, mais a redação. Já no segundo domingo será a prova de matemática e ciências da natureza. 

Após um longo dia de vestibular, com mais de 5h em sala resolvendo questões, é comum que o estudante se sinta cansado ou desanimado. O professor de matemática Ricardinho explica que as costas e a cabeça pode doer, mas é preciso ter foco no seu objetivo para realizar um bom exame no segundo dia.

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O docente lembra que o estudante deve ter um dinamismo em traçar as quatro disciplinas com duas áreas de conhecimento, matemática e ciências da natureza (biologia, física e química). Para Ricardinho, é importante fazer um balanço durante a semana, entre descansar e revisar os conteúdos.

“Vai ter o momento dele (o aluno) descansar, mas ele também tem que ter um foco em resolver algumas questões das quatro disciplinas porque é a última semana dele”, explica o profissional.

“Então não pode ter um esgotamento mental, ele precisa ter um equilíbrio e ele vai fazer exercício, ele vai treinar, vai assistir alguns alunos, algumas dicas, relaxamento também é importante o treinamento dele, somente prévia da prova, um dia antes relaxar bastante, mas durante a semana é bom ver o que mais cai e fazer um treinamento para poder aperfeiçoar o que ele já sabe”, declara.

Ricardinho indica que os estudantes comecem a semana revisando os assuntos que eles têm mais facilidade nas quatro áreas de conhecimentos, observar a matemática, acessar naturezas e pegar questões mais simples dos últimos anos do Enem para praticar.

Essa prática é importante, em especial, para o TRI, a Teoria de Resposta ao Item, em que acertar questões fáceis contam mais para o estudante do que acertar difíceis e errar fáceis, técnica veio para tentar evitar fraude no exame. 

“O aluno precisa ter esse direcionamento, resolver questões dos anos anteriores, questões mais fáceis. Em matemática tem mais razão, proporção, porcentagem, regra de três simples, composta”, destaca o docente.

“É o foco, o sonho, para poder conseguir o objetivo dele (do aluno). Então, é semana de revisar, semana de levantar a cabeça, semana de foco total, até porque ele estudou o ano inteiro e ele tem essa semana apenas para concluir o que ele tentou durante o ano inteiro”, finaliza Ricardinho.

Um homem foi retirado por equívoco da sala de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (5), por policiais militares que tinham um mandado de prisão contra uma pessoa com o mesmo nome e data de nascimento que ele.

O caso aconteceu na escola Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. Marcos Antonio Gomes da Silva, que tem 50 anos, contou ao G1 que já estava na 30ª questão do exame quando o fiscal da sala o chamou para assinar um documento fora de sala.

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Quatro policiais militares abordaram Antonio Gomes com uma ordem de prisão, que deixou o candidato surpreso, pois o nome e a data de nascimento era a mesma. Porém, ainda na escola, os policiais perceberam que os nomes dos pais eram diferentes. Marcos foi levado à delegacia e foi liberado pelo delegado de plantão, ao ver as divergências nos dados de filiação.

A Polícia Federal (PF) e Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) encaminharam uma nota conjunta ao LeiaJá que explica que a ação foi fruto do cruzamento de dados entre a PF e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Nestes dados, duas pessoas inscritas no Enem foram identificadas com mandados de prisão em aberto.

“O primeiro, na Faculdade Alpha, que foi cumprido; e o segundo, na Escola Assis Chateaubriand, ambos no Recife. Considerando que estava ativado o Centro Integrado de Comando e Controle Estadual para acompanhamento da realização do ENEM, com a presença de forças de segurança municipais, estaduais e federais, a Polícia Militar foi requisitada a dar cumprimento aos mandados”, detalha a nota.

O SDS-PE e a PF ainda reforçaram que “as diligências seguiram e foi verificado que o CPF do candidato com filiação divergente, possui um alerta junto ao sistema de procurados e impedidos da Polícia Federal oriundo da Justiça estadual da Paraíba, motivo pelo qual ainda estão sendo realizadas diligências. Maiores informações serão repassadas oportunamente”.

O candidato alegou não ter mais condições psicológicas e emocionais para finalizar a prova e ainda não sabe se irá realizar a reaplicação em dezembro, por ainda estar muito abalado com o acontecimento. O homem irá entrar na Justiça com ação para conseguir indenização por danos morais.

O percentual de faltantes no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (5), foi de 28,1%, de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios. O índice é bem próximo do registrado no ano passado, quando as ausências chegaram a 28,3%.

Os dados divulgados pelo Inep e pelo Ministério da Educação (MEC), em coletiva de imprensa após a prova, foram extraídos de 98,3% dos polos de aplicação. A apuração da totalidade dos locais de prova deve ser divulgada na manhã da segunda-feira (6). 

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Foram 3.939.242 inscrições confirmadas, 13,1% (cerca de 460 mil inscrições) a mais que em 2022, e com o percentual de presenças em 71,9%. Entre os estados, o com o maior número de ausentes foi o Amazonas, 44%. A capital amazonense, Manaus, município mais populoso do estado, passa por uma forte crise ambiental em decorrência das queimadas na floresta amazônica, o que pode ter prejudicado os vestibulandos pelo risco ao sair de casa. O Acre foi o segundo estado com o maior número de faltantes, 33,2%. O com o menor índice foi Sergipe, 24,6%.

Participantes eliminados 

Na primeira fase do Enem 2023, 4.293 candidatos foram eliminados. Os critérios eliminatórios podem variar e consideram o regulamento do exame, que aponta a proibição de equipamentos eletrônicos e também a proibição de se ausentar do local de prova antes do horário estipulado. 

Já os candidatos que tiveram a participação afetada por problemas logísticos foram 905. Estes podem participar da reaplicação da prova, que acontecerá em 12 e 13 de dezembro, para os candidatos que, por razões logísticas e outras, tiveram a aplicação impedida. Ao todo, 380 mil colaboradores participaram da realização do Enem, distribuídos em 9,4 mil locais de aplicação e 32 mil salas. Também houve dois casos de cadernos de prova divulgados antes do horário permitido; a Polícia Federal (PF) já investiga.

Balanço do Inep na íntegra

Informações sobre candidatos ausentes e presentes na primeira fase do Enem 2023. Divulgação/Inep

Neste domingo (5), foi realizado o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com as provas de Ciências Humanas e Suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas tecnologias, e também a aguardada redação. O fechamento dos portões aconteceu às 13h e a prova começou às 13h30. Os cadernos de prova só podem ser levados para casa junto aos estudantes meia hora antes do exame ser finalizado, o que seria às 18h30 neste primeiro dia.

Ainda assim, minutos após o início da aplicação, imagens dos cadernos de prova passaram a circular nas redes sociais, o que configuraria um delito de acordo com as regras do exame. O ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, se pronunciaram sobre a divulgação antecipada e informaram que a Polícia Federal (PF) já apura as origens dos vazamentos em dois estados.

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“As imagens passaram a circular após o fechamento dos portões e a solicitação é de que a Polícia Federal faça as investigações necessárias porque os estudantes só podem sair com a prova a partir das 18h30 e qualquer coisa diferente disso é uma infração a ser apurada", disse Palácios durante coletiva de imprensa.

Camilo complementou, informando que os criadores das publicações foram identificados e localizados em Pernambuco e no Distrito Federal. Resta, agora, apurar a fonte do vazamento. “A Polícia Federal está investigando os fatos e fez duas diligências, inclusive, uma em Pernambuco. Um proprietário de conteúdo digital que publicou e vários tiveram acesso, e [a diligência] é para saber de onde se conseguiu essa informação [a prova]. O outro caso foi no Distrito Federal, mas não sei onde foi a diligência", afirmou o ministro.

Após um longo ano de espera, o dia da primeira aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023 está mais perto que nunca. Mais de 3,9 milhões de pessoas que se inscreveram irão fazer a prova neste domingo (5), com questões de linguagens, redação e ciências humanas.

Nas redes sociais as expectativas se tornam piadas e viralizam na internet com as reações dos vestibulandos na véspera do exame. Confira algumas publicações:

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Enem 2023

A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 está prevista para os dias 5 e 12 de novembro. No primeiro dia, os candidatos responderão questões de Linguagens (artes, educação física, português, literatura e língua estrangeira) e Ciências Humanas, que conta com as disciplinas de filosofia, história, sociologia e geografia, além de uma redação. 

Já o segundo domingo contará com 80 perguntas de matemática e Ciências da Natureza, prova composta por biologia, física e química. Os estudantes devem apresentar um documento oficial de identificação com foto e uma caneta preta de tubo transparente.

Para acessar mais informações sobre o exame, basta acessar a Página do Participante.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quarta-feira (1º), dados completos sobre os vestibulandos inscritos na edição de 2023 do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.

A edição deste ano alcançou 3,9 milhões de pessoas, um aumento de 13,1%, em relação a 2022, que teve 3,4 milhões de inscrições. Os locais de prova estarão disponíveis em todas as 27 unidades da federação, com 9.399 locais de aplicação, em 1.750 cidades.

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As mulheres são a grande maioria entre os inscritos, com 2,4 milhões de inscrições, 61,3% do total, contra 1,5 milhões de homens (38,7%). Quase metade das pessoas (48,2%) já finalizaram o ensino médio, enquanto os concluintes deste ano alcançam 35,6% e os treineiros aparecem com 637,4 mil representantes (16,2%).

O levantamento mostrou uma maior participação de jovens aos 17 anos, com 26,4%, seguido por participantes com 21 a 30 (19,4%) e, em terceiro lugar, o grupo de 16 anos ou menos, com 15,5%, muito próximo dos com 18 anos, com 15,4%.

Os inscritos de 31 a 59 anos são 9,1%, seguidos por participantes de 19 anos, com 8,4%, e a idade dos 20 anos com 5,5% do total. Por fim, com menos participação, estão os sexagenários, com 0,3%. Ao todo, 1,5 mil pedidos de tratamento pelo nome social serão atendidos pelo Instituto.

Entre as 3,9 milhões de inscrições, apenas 37% foram pagas e 63% tiveram seus pedidos de isenção aprovados. Além disso, 38.101 solicitações de atendimento especializado foram atendidas para acessibilidade da prova. A maior parte dos pedidos foram por pessoas com déficit de atenção (13.686), seguidas por pessoas com baixa visão (6.504).

O Inep terá também 70.411 recursos de acessibilidade disponíveis para os participantes, como o auxílio para leitura que teve 10.721 requisições, correção diferenciada, com 8.703 pedidos, auxílio para transcrição, com 7.507, e sala de fácil acesso, que teve 6.449 solicitações.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira (27), o quantitativo de atendimento especializado durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. De acordo com órgão, foram aprovados 38.101 solicitações. Além disso, ainda segundo a pasta, serão atendidos 70.411 pedidos de recursos de acessibilidade. 

O levantamento mostra que tempo adicional foi o recurso mais requerido pelos participantes, com 18.173 solicitações aprovadas. Em seguida, estão o auxílio para leitura, com 10.271, a correção diferenciada, com 8.703; o auxílio para transcrição, com 7.507; e a sala de fácil acesso, com 6.449 pedidos. 

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Já entre os atendimentos especializados, as solicitações de pessoas com déficit de atenção teve o maior número de pedidos aprovados, 13.686, seguido pelo número de inscritos com baixa visão, que totalizaram 6.504. 

Atendimentos especializados 

Autismo - 6.044 

Baixa visão - 6.504 

Cegueira - 577 

Deficiência auditiva -113 

Deficiência física - 5.173 

Deficiência intelectual (mental) - 3.073 

Déficit de atenção - 13.686 

Discalculia - 471 

Dislexia - 1.135 

Surdez - 64 

Surdocegueira - 7 

Visão monocular - 1.254 

Recursos de acessibilidade solicitado

Aparelho auditivo ou implante coclear - 1.363 

Apoio para a perna e pé  - 1.825 

Auxílio para leitura - 10.721 

Auxílio para transcrição - 7.507 

Calculadora - 767 

Cartão-Resposta ampliado - 4.292 

Computador - 1 

Correção diferenciada - 8.703 

Guia-intérprete - 6 

Leitor de Tela -120 

Leitura labial - 670 

Leitura Tátil - 4 

Material específico - 1 

Mesa e cadeira (sem braços) - 638 

Mesa para cadeira de rodas - 1.431 

Protetor auricular - 2 

Prova ampliada - 5.194 

Prova em braile - 181 

Prova superampliada -  996 

Sala de fácil acesso - 6.449 

Sala especial individual - 4 

Sala reservada para acompanhantes - 1 

Tadoma - 3 

Tempo adicional -18.173 

Tradutor-intérprete em libras - 718 

Videoprova em Libras - 641 

Enem 2023

A aplicação o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 está prevista para os dias 5 e 12 de novembro. No primeiro dia, os candidatos responderão questões de Linguagens (artes, educação física, português, literatura e língua estrangeira) e Ciências Humanas, que conta com as disciplinas de filosofia, história, sociologia e geografia, além de uma redação. Já no segundo domingo, o certame contará com 80 quesitos de matemática e Ciências da Natureza, prova composta por biologia, física e química.

O Palácio do Planalto divulgou nesta terça-feira, 24, sua proposta com alterações para o Ensino Médio, logo após o ministro da Educação, Camilo Santana, mostrar o projeto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto revoga alguns dos principais pontos da reforma do Ensino Médio feita no governo de Michel Temer, em 2017. O governo pretende retomar disciplinas obrigatórias e a carga horária mínima de 2.400 horas para a Formação Geral Básica, em vez do limite atual de 1.800 horas para essa etapa.

Além disso, a proposta restringe os itinerários formativos, que hoje permite a oferta de quase qualquer disciplina. O dispositivo vinha sendo alvo de críticas por permitir a organização de aulas sem objetivo claro. A nova redação cria quatro possíveis eixos para disciplinas optativas, além do ensino profissionalizante, e aumenta a participação do Ministério da Educação na construção desses conteúdos.

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Outras mudanças presentes no texto em relação à reforma do Ensino Médio feito por Temer é eliminar a possibilidade de convênios com instituições de educação à distância para a formação geral básica e o reconhecimento de pessoas com "notório saber", sem formação específica, como competentes para dar aulas.

O texto, divulgado pelo Palácio do Planalto, será enviado ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei (PL), após pressão de entidades educacionais e sindicatos pela revogação da reforma de Temer. A mudança criou uma carga horária flexível na grade curricular dos alunos e a possibilidade de itinerários formativos, em que o aluno pode escolher entre aprofundamento de estudos em uma área ou formação profissional. Último ciclo da educação básica, o Ensino Médio tem baixos índices de aprendizagem e evasão elevada.

A proposta apresentada nesta tarde a Lula determina a retomada de todas as disciplinas obrigatórias do Ensino Médio, incluindo a língua espanhola. O prazo estabelecido é de três anos para que haja uma retomada total. Atualmente, vigora a medida de Temer que permite a eliminação ou diminuição da carga horária das disciplinas que faziam parte do Ensino Médio, como Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física.

Outra medida proposta por Camilo Santana é o aumento da carga horária mínima na última etapa na educação básica, de 800 para 1.000 horas. Também estabelece o mínimo de 2.400 horas para todos os estudantes que cursarem o ensino médio sem a integração com um curso técnico.

"A carga horária destinada à formação geral básica dos estudantes do ensino médio será ofertada de forma presencial, ressalvadas as exceções previstas em regulamento", diz o PL. As instituições também deverão garantir a oferta de, no mínimo, dois percursos de aprofundamento e integração de estudos com ênfases diferentes até o início do ano letivo de 2025. A proposta também tem regras gerais para o ensino médio em tempo integral.

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