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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) subiu o tom contra o governo em defesa da reestruturação das carreiras e aprovou uma série de resoluções em Assembleia-Geral Extraordinária. Entre elas, a adoção de paralisações parciais e progressivas e a permissão de entregar cargos de chefia e assumir novos postos. Os associados ainda pediram a renúncia do ministro da Justiça, Anderson Torres, que é delegado da PF.

De acordo com nota da ADPF, as paralisações serão definidas em calendário a ser divulgado em conjunto com demais categorias da Polícia Federal. "Foram aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF", acrescenta o comunicado.

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A nota cobra pessoalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela promessa feita à categoria de promover uma reestruturação das carreiras. O governo recuou e decidiu por um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público.

"Decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF", afirmam os delegados.

Para eles, Torres deveria entregar o cargo pelo "desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro".

Os delegados afirmam ainda que a "desvalorização" da categoria enfraquece o combate à corrupção e ao crime organizado, promessas de campanha de Bolsonaro em 2018. "É vergonhoso, sobretudo em um governo que se dizia pautar pela segurança pública o atual estágio a que estão submetidos os policiais", segue a nota. "É importante destacar que a segurança pública foi a MAIOR bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição. Os policiais federais merecem respeito", acrescenta.

Bolsonaro tem especial interesse em manter os policiais federais em sua base eleitoral para enfrentar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em outubro, mas já começa a assistir a um desembarque da categoria de seus planos políticos.

Na semana passada, Lula afirmou que Bolsonaro não gostava de gente, só de policial, o que gerou polêmica no mundo político. O petista teve de se desculpar publicamente.

Os servidores do Banco Central (BC) farão uma manifestação em frente à sede do órgão, em Brasília, nesta quarta-feira (4), durante a decisão do taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do BC (Sinal), Fábio Faiad, o protesto ocorrerá das 17h às 19h. A decisão do Copom é anunciada a partir de 18h30. Segundo o BC, a greve dos servidores não deve afetar o Copom, nem a divulgação da ata na terça-feira que vem.

Atualmente, a taxa Selic está em 11,75% ao ano, e todas as 54 instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast esperam alta de 1 ponto porcentual na reunião desta semana, a 12,75% ao ano.

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Os servidores do BC retomam nesta terça-feira (3) a greve por tempo indeterminado em busca de reajuste de 27% e outras pautas de reestruturação de carreira. A paralisação foi iniciada em 1º de abril e negociações foram feitas com a diretoria do BC e o governo. Mas, segundo Faiad, não houve resposta à proposta da categoria nem contraproposta do governo durante o período de trégua. Para o sindicato, o reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo é insuficiente.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ligou para o ministro da Justiça, Anderson Torres, na frente de apoiadores nesta segunda-feira, 2, e pediu ao auxiliar para falar com o Ministério da Economia e "resolver" a demanda por mais vagas em concursos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. O chefe do Executivo prometeu aos presentes dobrar, de 500 para 1 mil, a entrada de novos profissionais na corporação.

"Mil para cada um dá? Faz um aditivo e pede mil vagas para cada lado, pode ser? Acabei de falar com o Caio [do Ministério da Economia]. Fala você também para resolver", afirmou Bolsonaro ao telefone. Pouco antes, também na frente de apoiadores, o presidente ligou para "Caio, da Economia", mas não deixou claro se tratava do secretário de desburocratização da Pasta, Caio Paes de Andrade.

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As ligações para "Caio" e Torres aconteceram após pedidos de apoiadores presentes em frente ao Palácio da Alvorada que não se classificaram nas 500 vagas disponíveis nos concursos da PF e da PRF.

Ao final do encontro com simpatizantes, Bolsonaro disse aos seguranças para organizar a ida de alguns deles ao gabinete presidencial no Palácio do Planalto, mais tarde.

O presidente afirmou que a contratação de mais servidores para a PF e para a PRF é "lucrativa" para o governo pela disponibilidade em fazer mais apreensões e operações de combate à corrupção. Ele ainda aproveitou para trazer o assunto para a seara eleitoral: "Por isso um cara de nove dedos disse que não gosto de gente, só gosto de polícia", disse, aos risos, em referência ao ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano.

Na semana passada, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Bolsonaro não gostava de gente, só de policial, o que gerou polêmica no mundo político. O petista se desculpou publicamente.

Impasse

O governo está em crise com os policiais após deixar de lado uma promessa de reestruturação e se comprometer apenas com reajuste de 5% para todo o funcionalismo público, o que não atende às demandas da classe, consideradas integrantes da base eleitoral de Bolsonaro.

PF e PRF têm organizado manifestações em todo o País para pressionar o Executivo a entregar a revisão nas carreiras, mas ainda não obtiveram sucesso.

Pernambuco anunciou para o próximo sábado (30) a realização do Dia D da vacinação contra os vírus da influenza e do sarampo. Com isso, os municípios da Região Metropolitana estão em mobilização para atender a demanda.

Na vacinação contra a influenza, as crianças de seis meses até quatro anos, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais da saúde atuantes na cidade, gestantes, puérperas, professores, pessoas com comorbidades, deficientes permanentes, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, trabalhadores de forças de segurança e salvamento, forças armadas e adolescentes em medidas socioeducativas integram o público alvo.

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Já a imunização contra o Sarampo continua com o grupo de crianças de seis meses a quatro anos de idade e profissionais da saúde dos municípios.

Recife

Na capital pernambucana, as mais de 150 salas de vacina da prefeitura estarão abertas para a imunização. Além disso, também serão montados dois pontos volantes, sendo um no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana, e outro no Sítio Trindade, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. 

Os locais funcionarão das 8h às 17h e também vão aplicar todas as doses da vacina contra a Covid-19 nas pessoas a partir de 5 anos, sem necessidade de agendamento.

Olinda

Na cidade histórica, todos os 47 postos de saúde e oito policlínicas estarão funcionando, das 8h às 17h. 

Camaragibe

As 45 unidades de saúde da cidade estarão funcionando das 8h às 16h. Quem não conseguir no sábado pode procurar o ponto fixo localizado no Camará Shopping, que funciona de segunda à sábado, das 10h às 17h, e aos domingos das 12h às 19h.

Documentos

Para agilizar a vacinação, as Secretarias de Saúde recomendam que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos). 

Parte do público-alvo precisa apresentar também documentos que provem a necessidade da imunização. Os profissionais das redes públicas e privadas de saúde, por exemplo, devem levar comprovantes laborais, como crachás ou carteira de trabalho.

O mercado financeiro está no escuro com o "apagão de dados" do Banco Central, que deixou de publicar indicadores e projeções por causa da greve dos servidores. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no começo de maio, também pode ter sua preparação afetada pelo movimento dos funcionários do órgão, que pedem um reajuste salarial de 26,6%. Em média, um analista do BC ganha R$ 26,3 mil mensais.

As decisões do Copom são embasadas em um conjunto de apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que tratam da evolução e de perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados.

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"O mercado está no escuro. Isso é verdade. Por outro lado, o BC já telegrafou a alta para 12,75% em maio (aumento de 1 ponto porcentual), o que fica mais incerto são os próximos passos", disse o economista Alexandre Schwartsman, que já esteve em uma das cadeiras do Copom.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse que o mercado acompanha a greve de "soslaio", dado que ainda falta tempo para a reunião. "Mas não é uma situação confortável, além de ser inédita."

Numa das maiores greves da categoria, no governo Lula, em 2007, ocorreram atrasos no Boletim Focus, mas a realização do Copom foi preservada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois de os servidores do Banco Central anunciarem uma greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira, 1º, categorias do funcionalismo público intensificaram movimentos pela paralisação ontem prometendo ampliar mobilizações caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) não conceda reajustes lineares a todo o funcionalismo.

Funcionários do Tesouro aprovaram cruzar os braços em dois dias, na sexta-feira e no próximo dia 5, para pressionar por reajuste de 19,9%, que, segundo a categoria, repõe a inflação entre 2019 e 2021. A categoria também deve votar na próxima terça, 5, a possibilidade de greve por tempo indeterminado.

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Nesta segunda, 28, servidores da Receita Federal fizeram uma manifestação na frente do prédio do Ministério da Economia. Levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco) mostra que orçamento do órgão teve redução de 60% nos últimos cinco anos, sem considerar as perdas inflacionárias. Somente neste ano, o corte foi de 51% se comparado ao orçamento que estava previsto inicialmente, de R$ 2,2 bilhões.

Os auditores também pedem a regulamentação da Lei 13.464, de 2017, que trata da instituição da gratificação, um bônus de eficiência. Desde dezembro de 2021, os auditores fiscais estão mobilizados. Segundo o sindicato, mais de 5 mil auditores assinaram carta se recusando a aceitar cargos de chefia, além da articulação da operação-padrão (tartaruga) nos postos de fronteira.

No BC, o presidente Roberto Campos Neto se reuniu com os servidores ontem, mas, segundo o sindicato da categoria, não houve apresentação de proposta para reajuste. Uma nova reunião do sindicato com Campos deve ocorrer nesta sexta, 1º. Os servidores do órgão querem reajuste de 26,6%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mobilizações policiais por melhorias nas condições salariais e de trabalho e paralisações ressurgiram pelo Brasil a sete meses da eleição presidencial. O recrudescimento dos movimentos das forças de segurança nos Estados deverá ter reflexo nas disputas deste ano. O Estadão identificou, até o momento, pelo menos 11 possíveis candidatos com origem nas polícias Civil e Militar e nas Forças Armadas nas eleições majoritárias - a governo do Estado e ao Senado.

A Região Nordeste tem a maior parte dos nomes (6), com destaque para o Ceará, onde Capitão Wagner (PROS) - que foi derrotado na disputa pela prefeitura de Fortaleza, em 2020, numa votação parelha - deverá se candidatar ao governo do Estado. A expectativa é de que Wagner polarize a eleição contra o candidato do grupo do PT/PDT, que terá o apoio do atual governador, Camilo Santana (PT).

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No Estado, a outra candidatura policial é a do vereador de Fortaleza Inspetor Alberto (PROS), que deverá concorrer ao Senado. Ex-policial civil, Alberto é simpático à pauta bolsonarista, posa com ministros do governo em fotos e tem o apoio de líderes aliados ao Palácio do Planalto.

Em 2020, um motim de policiais militares no Ceará levou a episódios de violência - o senador e ex-governador Cid Gomes (PDT) foi atingido por dois tiros quando tentava invadir o 3.º Batalhão da PM em Sobral com uma retroescavadeira. Oito PMs foram excluídos da corporação e mais 351 policiais identificados como participantes do motim respondem a processos administrativos disciplinares.

O governador de Roraima, Coronel Marcos Rocha (PSL), é o único entre os ex-policiais que vai disputar a reeleição ao Executivo estadual. Além de Ceará e Roraima, candidaturas ligadas às forças de segurança e às Forças Armadas devem ser lançadas em Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Goiás e Rio Grande do Sul - neste Estado, o atual vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, será candidato ao Senado pelo Republicanos.

Pauta federal

É na categoria de ex-policiais, porém, que está a grande maioria das pré-candidaturas majoritárias. Vereador em Maceió, Delegado Fábio Costa quer se candidatar ao Senado. Para isso, deverá deixar o PSB. "Já fui bombeiro militar e agora sou delegado", observou. "Estou tendo que dialogar com personagens da política para conseguir viabilizar."

O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirmou que 2018 representou um ponto de inflexão para a classe policial - que mantém olhos atentos à Câmara dos Deputados. "O lugar político de excelência das polícias até 2018 eram as Assembleias Legislativas, porque é onde está o dia a dia da agência da polícia", disse Lima. Depois, segundo o pesquisador, "as associações perceberam que muitos dos obstáculos criados na modernização da gestão da segurança, das condições de trabalho, eram temas de pauta federal".

Na avaliação de Lima, no Congresso é possível também defender uma agenda de costumes predominantemente conservadora. "Não é nenhuma novidade que policiais tenham uma aderência maior aos temas conservadores. É algo observado globalmente."

De acordo com levantamento do 14.º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 25.452 policiais e integrantes das Forças Armadas foram candidatos entre 2010 e 2020; 87,6% dos candidatos nas eleições de 2020 são vinculados a partidos de direita e centro-direita. Ainda segundo o estudo, até 2018, 1.860 foram eleitos, e, em toda a década, 94,5% dos candidatos eram homens. Nas eleições de 2018, 32 deputados federais e quatro senadores foram eleitos e passaram a compor a representação da categoria no Congresso.

Classe

O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) afirmou que a eleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2018, impulsionou vitórias na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. Segundo ele, porém, a participação política dos policiais não está necessariamente atrelada a Bolsonaro. "A politização dos profissionais de segurança é um processo de organização da classe", disse Gonzaga.

Nos últimos dois meses, houve movimentos de paralisação de forças da Polícia Civil ou Militar em pelo menos três Estados: Minas Gerais (mais informações na página ao lado), Pernambuco e Rio Grande do Norte, com pressões intensas na Paraíba e em Sergipe.

Há uma semana, cerca de 30 mil manifestantes estiveram em assembleia-geral em Belo Horizonte e deflagraram paralisação policial no Estado - o movimento foi considerado "referência" por associações de praças da PM e por sindicatos da Polícia Civil pelo País.

Em Sergipe, uma mobilização que já durava mais de um ano indicava uma possível formação de greve estadual. Antes da realização da assembleia-geral que estava marcada para a quinta-feira passada, líderes do movimento se encontraram com Gonzaga, uma das principais vozes do movimento em Minas. Tanto em Sergipe como em Minas, os Tribunais de Justiça estaduais determinaram a impossibilidade de paralisação, com multa aos movimentos em caso de continuidade.

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Na manhã desta segunda-feira (21), um protesto bloqueou as faixas do sentido Paulista da BR-101, na altura do Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife. A rodovia foi liberada às 8h30, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os manifestantes fecharam a pista por volta das 7h com fogo em entulhos e pneus. O obstáculo reteve todas as linhas de ônibus no Terminal e congestionou a BR-101. 

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O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas e a PRF conseguiu liberar a rodovia após cerca de 1h30 de protesto. 

Informações apontam que o ato foi organizado por moradores da comunidade Carolina de Jesus, ao lado do Terminal, para reivindicar por moradia.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Jaboatão dos Guararapes (Sinproja) anunciou, por meio das redes sociais, que irá realizar um ato público em defesa do piso salarial com repercussão na carreira. A mobilização está prevista para as 9h30 desta quarta-feira (2), em frente à Câmara de Vereadores.

Na sexta-feira (28), a categoria comemorou o reconhecimento de reajuste de 33,23% no piso do magistério pelo Ministério da Educação (MEC).  “Isso é fruto da pressão coletiva coletiva que nós desenvolvemos. Pressionamos e mais uma vez conquistamos uma vitória importante sobre o governo federal”, comemorou Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, nas redes sociais.

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No Recife, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) também convocou uma paralisação, para a quinta-feira (3), em prol da categoria, reivindicando que sejam aplicados os 33,23% em toda carreira de educação e o fim do congelamento salarial.

Com o governo relutante em apresentar uma proposta de reajuste salarial aos servidores federais, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir), deputado Professor Israel Batista (PV-DF), avalia que o movimento de insatisfação pode começar a contagiar também os funcionários públicos de Estados e municípios.

"O risco agora é de contaminação de servidores estaduais e municipais, isso já começou a crescer. Quando se fala de servidor público, as pessoas não separam por esfera do governo. A sensação é por um todo. Já tem professores perguntando quando será a greve", afirmou o parlamentar.

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A "bancada do funcionalismo" conta hoje com 235 deputados federais e sete senadores. Líder da frente, Professor Israel, relatou que o grupo já começou a estudar alternativas para abrir espaço no Orçamento para o debate salarial, mas avalia que o governo acabou "metendo os pés pelas mãos" quando o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu com reajustes apenas para as carreiras de segurança ligadas ao Ministério da Justiça - agentes penitenciários federais, policiais federais e policiais rodoviários federais.

"Precisamos discutir quais serão os vetos do presidente Bolsonaro no orçamento e como o governo vai conduzir e liderar a construção de uma proposta. Os parlamentares vão estudar possibilidades, mas já sabemos que são poucas. O governo se meteu em uma encrenca. E a incapacidade de diálogo interno coloca o presidente Bolsonaro em uma saia justa também com os servidores da área de segurança", comentou o deputado.

Ele lembrou que a sinalização do Planalto às carreiras policiais ocorreu após o afastamento de vários delegados de investigações da PF. "Não adianta fazer promessas soltas a cada categoria em um óbvio movimento eleitoreiro. Demandamos que o governo apresente à sociedade qual é a política sobre reajustes, se é que ela existe. Ou que mostre que não é possível e não faça promessas a ninguém, não assedie ninguém eleitoralmente", criticou.

O parlamentar inclusive admitiu que houve um acordo entre governistas e oposicionistas para "esfriar" o debate da reforma administrativa nas vésperas do ano eleitoral, justamente para evitar um movimento dos servidores. "E aí o próprio presidente Bolsonaro veio com essa história. Agora virou um movimento não apenas por reajuste, mas de revolta com o quadro geral de assédio institucional, de desmonte das estruturas que foram construídas ao longo do tempo. É uma panela de pressão que explodiu.", concluiu.

Na terça-feira, 18, entidades de servidores públicos federais se reuniram em frente à sede do Banco Central em Brasília, em protesto contra a resistência do governo federal ao reajuste salarial. À tarde, outro ato ocorreu na frente do Ministério da Economia. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, disse que uma greve no funcionalismo público pode ter início em fevereiro, a depender da resposta do governo federal.

No dia em que o funcionalismo público realiza mobilização, com atos em frente às sedes do Banco Central e do Ministério da Economia, em Brasília, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, colocou em dúvida a concessão de reajustes salariais a servidores. De acordo com ele, não há espaço no Orçamento, mas é preciso esperar o presidente da República, Jair Bolsonaro, "bater o martelo".

Ao chegar a seu gabinete, Mourão foi questionado pela imprensa se o governo tem como dar reajuste aos servidores públicos de forma geral. "Você sabe muito bem que não tem espaço no Orçamento para isso, né?", respondeu.

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Em seguida, o vice-presidente admitiu que nem o aumento salarial a policiais, como prometeu Bolsonaro, está garantido. "Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí. Não sei, vamos aguardar o presidente bater o martelo nisso aí. O espaço orçamentário é muito pequeno", disse.

Dias antes do fim do prazo para a sanção do Orçamento de 2022, mais de 40 categorias do serviço público decidiram ir às ruas nesta terça. O Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) estima que cerca de 1.000 servidores devem comparecer aos protestos em Brasília, além das manifestações virtuais.

No relatório final da peça orçamentária, aprovado no Congresso em dezembro, foi incluída uma previsão de R$ 1,7 bilhão para aumento de remuneração do funcionalismo. O relator da matéria, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), não especificou qual categoria seria beneficiada, mas Bolsonaro prometeu atender a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

No final do ano passado, o Ministério da Economia havia solicitado ao Congresso um valor ainda maior para o reajuste salarial dos policiais em 2022, de R$ 2,86 bilhões. O pedido à equipe do ministro Paulo Guedes nasceu no Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi encampada pelo presidente. As forças de segurança são uma das principais bases eleitorais do chefe do Executivo, que deve concorrer à reeleição neste ano.

Bolsonaro, contudo, tem sido pressionado por aliados a recuar e não conceder reajuste a nenhuma categoria. A promessa de aumentar a remuneração apenas dos policiais federais gerou insatisfação no funcionalismo público.

O movimento que gerou a mobilização desta terça-feira, 18, começou com uma entrega de cargos na Receita Federal e no Banco Central. Aos poucos, ganhou a adesão de servidores do Tesouro Nacional, professores, auditores fiscais agropecuários, entidades ligadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, entre outros. Estão previstos mais atos nos dias 25 e 26 deste mês e há um indicativo de greve geral para fevereiro.

Diante do impasse, o próprio presidente já chegou a admitir que pode não conceder reajuste a nenhuma categoria. "Primeiramente, não está garantido o reajuste para ninguém. Tem uma reserva de R$ 2 bilhões que poderia ser usada para a PF e a PRF, além do pessoal do sistema prisional. Mas outras categorias viram isso e disseram 'eu também quero', e veio essa onda toda", afirmou Bolsonaro, em oito de janeiro.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), minimizou a manifestação de servidores federais em Brasília nesta terça-feira, 18, e ponderou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o reajuste salarial em 2022.

"Foi fraquinho", afirmou Barros ao Broadcast Político. "O presidente vai tomar uma decisão. No final do ano, não tinha dinheiro no Orçamento e eu falei que era melhor não dar para ninguém. Se o governo decidir fazer, vamos tomar as providências para resolver, não tenho problema."

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Após a aprovação do Orçamento de 2022 no Congresso, o líder do governo sugeriu que Bolsonaro não desse o reajuste para nenhuma categoria, depois de o presidente ter se mobilizado para conceder o benefício aos policiais federais e desencadear uma reação de outros funcionários públicos.

Nesta terça, 18, servidores organizaram protestos em Brasília para cobrar por reajuste. Bolsonaro tem até a próxima sexta-feira, 21, para sancionar o Orçamento e decidir sobre a verba de R$ 1,7 bilhão destinada a reajustes salariais e negociada em dezembro para atender os policiais federais.

No início da tarde, servidores iniciaram as manifestações em frente ao prédio do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios, enquanto o ministro Paulo Guedes almoçava com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Pela manhã, no ápice da manifestação, cerca de 300 servidores se reuniram em frente ao Banco Central.

Com a paralisação de caminhoneiros em prol do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda na noite dessa quarta-feira (8), postos de combustíveis foram tomados por filas extensas no Recife. Apesar do alto preço do diesel e da gasolina, a cena se repete na manhã desta quinta (9).

O medo de uma nova crise de abastecimento decorrente do bloqueio de rodovias deu início a uma corrida de consumidores para encher o tanque. O protesto dos caminhoneiros defende pautas antidemocráticas do chefe do Executivo, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso, já derrotado no Congresso.

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“Hoje me acordei de 4h para abastecer meu carro e minha moto. Eu vi a paralisação, fiquei com medo e vim encher, e tô enchendo agora o carro do meu irmão”, relatou o eletricista automotivo, Edson da Fonseca, que foi ao posto no cruzamento da Estrada dos Remédios com a Estrada do Bongi, na Zona Oeste da capital.

Após gastar R$ 389 para abastecer o carro e a moto, ele considerou os preços abusivos, exorbitantes e apontou que o combustível consome parte do salário que poderia ser usada em lazer.

“A gente deixa de ter um passeio, um jantar e um almoço só para botar combustível”, disse. “Eu acho isso errado, se eles querem fazer protesto, façam sem prejudicar a gente”, reclamou.

Também preocupado com os efeitos da mobilização, o técnico em Segurança do Trabalho, Rafael Carvalho, chegou cedo ao posto localizado no cruzamento da Rua Fernandes Vieira e com a Joaquim Felipe, no bairro da Boa Vista, área Central da capital.

Mesmo com a possibilidade de trabalhar em esquema home office, ele também se mostrou contra a interdição nas BRs. "Vai gerar um impacto muito forte no nosso bolso. A gente que vai pagar o pato", prevê.

Caminhoneiros desrespeitam ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e rodovias amanhecem bloqueadas nesta quinta-feira (9). Em um áudio que circula em grupos de mensagens bolsonaristas, o chefe do Executivo pede o fim da mobilização.

Na dúvida de uma nova fake news, apesar do apelo enviado por Bolsonaro, os caminhoneiros desconfiaram do áudio e foi preciso que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, confirmasse que o pedido foi gravado pelo próprio presidente, na noite dessa quarta (8).

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No registro, Bolsonaro chama os caminhoneiros de aliados, mas diz que "esses bloqueios aí atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os pobres". Ele acrescenta que deve deixar as reivindicações "para a gente aqui em Brasília", sinalizando uma resolução por vias políticas.

Ainda assim, BRs foram obstruídas por militantes bolsonaristas em Pernambuco e em outros estados. Filas extensas tomaram postos de combustíveis na Região Metropolitana do Recife (RMR) por medo de uma nova crise de desabastecimento, como em 2018.

Em contrapartida, o deputado governista Otoni de Paula (PSC-RJ), que está ao lado de caminhoneiros em Brasília, afirma que Bolsonaro é um "estrategista" e que o áudio não condiz com o desejo do presidente. "O presidente não vai recuar porque vocês, principalmente o agro e os caminhoneiros estão ao lado dele", aponta.

"Ventila-se uma história que o presidente da República estaria pedindo para acabar a mobilização dos caminhoneiros. Eu afirmo a vocês que é mentira", frisou o parlamentar.

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Rentabilidade estratosférica, retorno em curto prazo. Seja pelo cenário de juros baixos ou pela fórmula de dinheiro fácil, promessas assim têm atraído cada vez mais investidores para esquemas financeiros como o descoberto no mês passado em Cabo Frio (RJ). Como resultado das investigações, a Polícia Federal prendeu o dono da GAS Consultoria Bitcoin, o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, acusado de fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.

O grande número de fraudes tem sido motivo de preocupação para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que recebe consultas e denúncias de esquemas - parte dos quais foge de seu escopo de atuação. Apenas no ano passado, o "xerife do mercado" enviou 325 comunicados de indícios de crimes financeiros aos Ministérios Públicos (Federal e estaduais), 75% a mais em relação ao ano anterior.

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Segundo a autarquia, as denúncias mais frequentes são de pirâmides financeiras. Dos 325 comunicados enviados, 175 tinham indícios do esquema. Por dever, a CVM comunica às Promotorias os indícios de "ilícito penal de ação pública". Mas, por ser uma esfera administrativa, e não criminal, investiga apenas casos com "existência factual de serviço prestado ou de efetivo negócio ou empreendimento subjacente".

Criada há um século pelo italiano Carlo Ponzi (que até chegou a morar no Brasil), a pirâmide financeira é um esquema pelo qual novos investidores pagam pelos ganhos elevados dos mais antigos, até que o negócio "estoura", quando o novo dinheiro que entra é insuficiente para sustentar os lucros.

Em busca de medidas de prevenção contra as fraudes, a CVM realizou uma pesquisa com vítimas de pirâmides financeiras, esquemas Ponzi e outros golpes. E identificou que as vítimas mais comuns são homens (91%), de 30 a 39 anos (36,5% do total), com renda familiar de dois a cinco salários mínimos (23%) e ensino superior completo ou pós-graduado (71%).

A pesquisa apontou também que as criptomoedas (das quais a mais famosa é o bitcoin) aparecem no topo da lista das fraudes financeiras. O levantamento mostra que esse foi o ativo usado em 43% dos esquemas. A pesquisa mostra ainda que a divulgação das fraudes é mais frequente por aplicativo WhatsApp (27,5%), seguido pela divulgação boca a boca (19,7%).

Promessa de lucro

Morador do Rio, o policial militar Pablo da Silva, 32 anos, tem perfil semelhante ao identificado pela CVM. Há pouco mais de um ano, Silva recebeu a ligação de uma empresa que seria "representante" de bancos. A proposta era simples: ele pegaria um empréstimo e depositaria a quantia na conta da empresa. A firma investiria o dinheiro, pagaria a prestação da dívida e Silva lucraria 10% do valor do empréstimo.

Segundo o militar, a empresa tinha suas informações pessoais, o que conferia veracidade ao esquema. Ele não foi pressionado a aceitar a proposta. Em vez disso, foi convidado a conhecer o escritório da empresa na Avenida Rio Branco, Centro do Rio. Um prédio espelhado, com elevador inteligente. O diretor era um senhor de terno e gravata. Nos meses seguintes, tomou quatro empréstimos, que somaram mais de R$ 50 mil.

"Eu precisava do dinheiro e era conveniente aceitar. Então, eu caí", lamenta-se Silva, que enfrenta sérias dificuldades financeiras e está com nome "sujo" na praça. "Como sou o único provedor de renda da casa, minha esposa confia muito nas minhas decisões. Diante disso, tive de tomar medidas para não faltar alimento para as minhas filhas. Fiz vários cartões de crédito e pago um com o outro."

Camila Medina, de 33 anos, foi vítima de golpe semelhante no valor de R$ 65 mil. Estudante de medicina, sentiu-se envergonhada e escondeu a história da família por um tempo. "Uma mulher inteligente, enganada da forma mais esdrúxula possível", conta. Ela passou a trabalhar em dois empregos para pagar as dívidas e bancar a faculdade, e precisou tirar os filhos da escola particular. "Entrei em pânico. Foi quando decidi procurar ajuda de advogados."

O advogado Flávio Tavares, do escritório que leva o seu nome, especializado na defesa de vítimas de golpes financeiros, diz que diariamente é procurado por vítimas. Ele orienta que o primeiro passo é procurar o banco e comunicar o problema, em caso de fraude bancária. Depois, registrar ocorrência na delegacia e procurar um advogado. "É importante guardar e reunir todas as conversas, mensagens de texto", explica Tavares.

Mas a dica mais importante para todas as pessoas é não acreditar nas promessas de ganhos fáceis. Os únicos investimentos que têm possibilidade de garantir um rendimento, de forma segura, são os de renda fixa - atrelados à taxa Selic, hoje em 5,25% ao ano. Ou seja, se alguém promete uma rentabilidade como essa, ou às vezes até muito maior, ao mês, provavelmente se trata de um golpe.

Quando as promessas de retorno estão ligadas a ativos de renda variável - como as criptomoedas -, é impossível garantir um retorno fixo. Basta lembrar o que aconteceu com o bitcoin, a principal criptomoeda do mercado.

O ativo começou o ano valendo US$ 30 mil. Em fevereiro chegou a US$ 50 mil e atingiu o ápice em abril, quando bateu cerca de US$ 65 mil. Depois disso, engatou uma queda e voltou quase aos US$ 30 mil do início do ano, para voltar a subir e estar cotado hoje de novo a US$ 50 mil. Uma verdadeira montanha-russa a lembrar que esse é um ativo, sim, de muito risco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco decidiu suspender a paralisação por vacinas contra a Covid-19 anunciada para esta quinta-feira (8). A entidade aponta que o objetivo previsto com a manifestação foi alcançado nessa terça (6), quando o ministro da Saúde Marcelo Queiroga incluiu a categoria como prioridade do Plano Nacional de Imunização (PNI).

O Ministério da Saúde sinalizou que a nota técnica que confirma prioridade dos profissionais dos bancos será formalizada até este fim de semana, e espera receber informações dos estados sobre a distribuição de doses a partir da próxima semana. Os trabalhadores dos Correios também serão integrados ao novo calendário.

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Em Pernambuco, mesmo antes da mobilização agendada, o sindicato já havia requisitado o adiantamento de doses ao Governo do Estado por considerar a atividade bancária como essencial na pandemia, sobretudo para garantir os repasses do auxílio emergencial a população.

Em pleno desacordo com a gestão, os bancários entendem que faltou compromisso do governador Paulo Câmara (PSB) com a categoria e, agora, pressionam pelo anúncio das datas de aplicação. Por isso, uma possível greve ainda não foi descartada.

"Pernambuco terá condições de sair na frente, pois o Governo do Estado já recebeu os dados enviados pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco com o total de bancários ainda não vacinados por município", destacou em nota.

Um grupo de pessoas que apoia o presente Jair Bolsonaro realiza uma manifestação neste domingo (20) na Região Metropolitana do Recife (RMR). O ato havia sido desmarcado, mas várias pessoas - de carro e motocicleta - se concentraram nas imediações do Centro de Convenções, no bairro de Olinda.

Inicialmente, uma 'motociata' foi convocada pelo Aliança por Pernambuco, que se descreve como um movimento de direita no Estado. Mas dias depois o grupo decidiu seguir a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que aconselhou para que não ocorram manifestações no Estado.

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Por meio do Diário Oficial do órgão, o MPPE determinou na quinta-feira (17) que a motociata não ocorra, e usou como exemplo o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) frente à pandemia.

“Conforme amplamente divulgado pela mídia, nas manifestações similares à agendada para o próximo 20 de junho, ocorridas em outros Estados, o Presidente da República, seus principais assessores, organizadores do evento e grande parte das pessoas presentes ao ato não utilizaram máscaras de proteção facial, descumprindo a legislação que determina o uso de máscaras em locais públicos”.

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Com a chegada de mais 65 mil doses da vacina contra a Covid-19 da Coronavac/Butantan na manhã desta sexta-feira (18), Pernambuco espera zerar, nos próximos dias, o número de pessoas que aguardam pela segunda dose desse imunizante. Para isso, ficou acordado entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems-PE) que os 73 municípios que receberam essa nova remessa, além daqueles que ainda contabilizam pessoas a vacinar com a Coronavac, farão mobilizações ao longo deste final de semana para imunizar o público em atraso. A orientação é também convocar os que ainda não foram tomar a segunda dose da Astrazeneca/Fiocruz no tempo preconizado de três meses após a primeira aplicação.

Além da chegada da Coronavac/Butantan, Pernambuco recebeu, na madrugada desta sexta, 97.110 doses da Pfizer. As vacinas serão destinadas às pessoas com comorbidades e deficiência, podendo ser expandidas aos demais grupos prioritários e à população em geral por faixa etária, de acordo com o andamento da campanha e realidade de cada município. No total, a campanha de vacinação em Pernambuco ganhou o reforço de 162.110 doses que, somadas às entregas anteriores, totalizam mais de 4,6 milhões de vacinas disponibilizadas para proteção dos pernambucanos.

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“O Programa Estadual de Imunização recebeu as novas doses e já está acionou o esquema logístico para levar o insumo a todas as regiões do Estado, como vem sendo feito desde o início da campanha. Toda a nossa equipe tem expertise e sabe fazer campanha de vacinação. E não tenho dúvidas de que essa experiência terá um importante reflexo nas atividades que serão desenvolvidas ao longo deste sábado e domingo”, afirmou o governador Paulo Câmara.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, o objetivo é que a vacina chegue o mais rápido possível ao gestor municipal e, consequentemente, ao braço da população. “Nessa remessa, temos um desejo a mais de dar celeridade ao processo para que todos aqueles que estão com a segunda dose da Coronavac em atraso possam finalizar o esquema vacinal, de preferência ainda neste final de semana. Contamos com o empenho de todas as cidades para que sejam realizadas mobilizações para isso”, observou Longo.

O secretário convocou a população a aderir às ações, verificando nos canais oficiais do seu município a data, horário, local e outros detalhes de como será a mobilização. “A vacina salva vidas e tem reduzido as internações e óbitos em Pernambuco. Mas, para garantir essa proteção, é essencial completar o esquema vacinal com as duas doses. Por isso, aproveite o grande esforço concentrado deste final de semana para garantir a sua proteção. Não deixe de tomar a segunda dose. As vacinas são seguras, eficazes e salvam vidas”, reforçou.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, em 18 de janeiro, Pernambuco recebeu 4.682.210 doses de vacinas. Desse total, 2.319.920 são da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.024.160 da Coronavac/Butantan e outras 338.130 doses são da Pfizer//BioNTech.

Da assessoria

Os próximos protestos de rua contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) foram marcados para o próximo 19 de junho. Segundo a articulação Povo na Rua, a assembleia que definiu a nova data contou com a participação de mais de sete mil pessoas.

A principal pauta das manifestações é o impeachment de Bolsonaro. Os participantes criticam o descaso na pandemia e o atraso para a vacinação. 

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"Nós vamos seguir nas ruas para poder interromper esse governo da morte", diz Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo. Ele ressalta que os manifestantes devem seguir os protocolos sanitários, com uso de máscaras e mantendo distanciamento social.

O Partido dos Trabalhadores (PT) também divulgou a nova data de mobilização nas redes sociais. "No dia 19 de junho, vamos intensificar a nossa mobilização e tomar as ruas do país", diz a publicação. 

A articulação Fora Bolsonaro, que tem encabeçado os protestos, conta com partidos de esquerda, entidades estudantis, centrais sindicais, movimentos sociais e coletivos.

Os protestos mais recentes foram realizados no último sábado (29). No Recife, a manifestação seguia pacífica até a atuação da Polícia Militar (PM). O Batalhão de Choque usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Duas pessoas que não participavam do ato perderam a visão de um dos olhos. Com a repercussão negativa, o comandante da Polícia Militar de Pernambuco pediu exoneração do cargo.

Na manhã desta segunda-feira (26), rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) paralisaram as atividades no Centro e enviaram uma carta ao governador de Pernambuco para reivindicar por prioridade na vacinação contra a Covid-19. No documento enviado a Paulo Câmara (PSB), eles cobram pelo início da imunização até o dia 15 de maio.

A categoria lembra que, mesmo com as medidas restritivas ao longo da pandemia, motoristas e cobradores se arriscaram nos postos de trabalho para transportar cerca de um milhão de passageiros diariamente e garantir o serviço considerado essencial. Ônibus estão parados na Avenida Guararapes e Ponte Duarte Coelho e bloqueiam o trânsito nas principais vias da área Central.

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"Sofremos com a falta de testes, a subnotificação de casos e a falta de vacinas. Mesmo com a dificuldade de divulgação de dados oficiais por parte das empresas e do poder público, já registramos a morte de pelo menos 25 rodoviários em decorrência do novo coronavírus", aponta a carta assinada pelo Sindicato dos Rodoviários da RMR.

Os trabalhadores também ameaçam novas mobilizações caso a imunização para a categoria não comece no dia 15 do próximo mês e querem que a campanha seja estendida para os demais profissionais do transporte público como os metroviários, os do sistema complementar e orientadores de fila.

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