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O presidente Michel Temer recebeu hoje (12) os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, no Palácio do Planalto.

O encontro ocorre às vésperas de o governo federal anunciar se haverá mudanças na meta fiscal para este ano e para 2018. A expectativa é que o anúncio seja feito na segunda-feira (14).

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A rediscussão da meta é consequência da expectativa de uma arrecadação fiscal menor esperada para o ano. A meta fiscal para 2017 prevê deficit de R$ 139 bilhões.

Em nota à divulgada à imprensa, o Palácio do Planalto informou hoje (12) que o presidente Michel Temer não está participando das discussões sobre a reforma política, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. De acordo com o comunicado, Temer "não se envolveu na adoção do distritão nem na criação do fundo eleitoral. Esses são temas do Congresso Nacional". 

Na quarta-feira (9), a comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que trata da reforma, aprovou por 25 votos a 8, o parecer apresentado pelo deputado Vicente Candido (PT-SP).

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A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é que a reforma seja votada até o fim deste mês. Em seguida, a PEC segue para votação no Senado. 

O texto aprovado na Câmara mantém o sistema eleitoral atual para 2018 e 2020 e estabelece que o sistema de voto distrital misto, que combina voto majoritário e em lista preordenada, deverá ser regulamentado pelo Congresso em 2019 e, se regulamentado, passaria a valer para as eleições de 2022.

Aos gritos de "Michel Temer eu te amo", e "eu não quero morrer sem te ver", uma mulher tentou entrar nesta quarta-feira (7), no Palácio do Planalto, onde ocorreu a cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018.

Após ser barrada pela segurança próxima aos detectores de metal, a mulher, ainda não identificada, passou mal e ficou alguns minutos deitada no chão, mas consciente.

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Em seguida, ainda muito nervosa, ela foi atendida pelos brigadistas, colocada em uma cadeira de rodas e levada para atendimento dentro do Planalto. No momento em que era encaminhada, ainda murmurou algumas palavras: "Vocês estão mentindo. Não vão me levar para encontrar o Temer".

Nesta quinta-feira (18), o Palácio do Planalto tenta manter o clima da normalidade, após a denúncia do dono da JBS, Joesley Batista, que disse ter gravado uma conversa em que o presidente Michel Temer autoriza a compra do silêncio  do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já preso pela Operação Lava Jato.

O discurso do governo, inicialmente, é de que todas as investigações precisam continuar, mas que o "Brasil não pode parar". Inicialmente, Temer tinha para o dia uma série de reuniões com deputados e senadores do PSDB, PMDB, PP, DEM, PTB, PSD e PSB. Ao todo, 18 reuniões estavam programadas, mas a agenda foi cancelada e o presidente só participou do encontro com o senador Sérgio Petecão (PSD-AC). Temer tenta conter os ânimos da base aliada, que nos bastidores já fala em maior dificuldade para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária diante das recentes notícias.

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Na agenda, aparece agora despachos internos. Neste momento, Temer está reunido com assessores, inclusive da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, para estudar um eventual pronunciamento ainda nesta quinta. O Planalto já descartou a possibilidade de uma renúncia.

Na noite dessa quarta-feira (17), a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou uma nota, negando que Temer tenha dado o aval para obter o silêncio de Cunha. "O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República. O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados".

O governo também respondeu rapidamente às denúncias por meio de vídeos com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), além do governo no Senado, Romero Jucá. "Tudo vinha numa corrente altamente positiva em favor do governo, em favor do Brasil, em favor dos brasileiros. Surge, no entanto, mais uma delação premiada. E essa delação traz fatos que têm que ser sim investigados, tem que ser sim explicados, mas não se tem ninguém condenado antecipadamente", frisou Padilha. Moreira Franco pediu serenidade neste momento. "Essa delação precisa ser tratada, vista, investigada. O Poder judiciário deve continuar a cumprir com sua obrigação, nós temos que respeitar todo o procedimento dele. Mas, o Poder Executivo e Legislativo também devem continuar a fazer o que tem ser feito".

Cerca de 150 manifestantes fizeram um protesto na noite desta quarta-feira (17) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. As pessoas foram chegando aos poucos e com cartazes gritavam palavras de ordem contra o presidente Michel Temer. A mobilização aconteceu após a divulgação de que ele teria dado aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O grupo se posicionou em frente às grades de proteção do Palácio do Planalto, que ficam instaladas no local permanentemente. A Polícia Militar tentou recuar os manifestantes para a Praça dos Três Poderes, do outro lado da rua, chegando a usar spray de pimenta, mas as pessoas resistiram e voltaram para frente do Planalto. "Fora Temer" e "Diretas Já" foram as principais palavras de ordem.

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Para conter a manifestação, a PM isolou a área e bloqueou o Eixo Monumental, no sentido Rodoviária-Praça dos Três Poderes, na altura do Palácio do Itamaraty, antes do Congresso Nacional. Antes do bloqueio, motoristas que passaram pelo local reduziram a velocidade e fizeram um buzinaço para apoiar a manifestação.

Uma pessoa chegou a ser presa por tentar invadir a área do Palácio do Planalto. Militares do Exército que já atuam no Palácio reforçaram a segurança para evitar invasão.

 

O valor previsto para ser gasto na comida para abastecer o avião do presidente Michel Temer é de R$ 1,75 milhão, segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo. A licitação contém a encomenda de 500 potes de sorvete da marca americana Häagen-Dazs, ao custo de R$ 7,5 mil.

O Breakfast PR, como é chamado o café da manhã, representa 200 refeições prontas, com custo de R$ 96, com presunto de parma e queijos brie, provolone e muçarela de búfala, de acordo com Lauro Jardim.

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A lista também possui 50 Cornetos, 50 picolés Tablitos, 50 Chicabons, 50 Eskibons e 50 Frutillys e 300 picolés sem lactose. Ainda há a encomenda de 120 potes de Nutella ao custo de R$ 34 a unidade. 

O sanduíche de mortadela, segundo o colunista, custa R$ 16,45 por unidade. O sal do Himalaia também aparece na lista, com custo total de R$ 1,6 mil. Por fim, há quatro tipos de açúcar, seis tipos de iogurte e seis tipos de geleia – são R$ 27,5 mil só de geleias.  

A delação do fim do mundo, como está sendo chamado o conjunto de depoimentos dos executivos da Odebrecht na operação Lava Jato, atinge frontalmente os políticos mais poderosos do País, dos mais diversos partidos, a começar pelo atual inquilino do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer (PMDB). As revelações agravam profundamente a crise política e deixam o País atolado num cenário de incertezas e depressão.

O PT, que a princípio comemora o tiro certeiro da primeira delação em Temer, disparado pelo executivo Cláudio Melo Filho, que disse que o presidente pediu R$ 10 milhões para campanhas de aliados, pode tirar o cavalinho da chuva. É o único partido que não pode atirar pedras em ninguém. Ferida na ética e campeã em malandragem, a legenda é a que tem o maior número de filiados graduados envolvidos na gatunagem que quase faliu a Petrobras.

Se os principais líderes petistas imaginam que as bombas estouradas a cada delação dos 77 executivos tendem a ferir de morte apenas Temer e o PMDB, partido, como o PT, carimbado pelo símbolo da corrupção e da ladroagem, estão tremendamente equivocados. PT e PMDB são irmãos siameses em trelas. Sendo assim, serão igualmente arrastados para a jaula dos leões.

Pelo jeito, não escapa ninguém. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que elegeu no primeiro turno o prefeito da capital, tirando o PT do poder, motivando a leitura de que havia se fortalecido na disputa presidencial de 2018, foi alvejado por um tiro de canhão. Aécio Neves, que por pouco não derrota Dilma na eleição passada, é carta fora de baralho por tudo que vem sendo citado e investigado na Lava Jato.

O PT, que enche as ruas com o fora Temer, achando que uma antecipação da eleição presidencial transformaria Lula num potencial candidato a presidente, é melhor se preparar para o pior. Chefe do esquema que assaltou a Petrobras, enriqueceu empreiteiros e financiou campanhas de políticos, Lula responde por crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. É, politicamente, um morto-vivo.

No jogo eleitoral, a morte de Lula, Aécio, Alckmin, Serra e Temer abre a janela do imponderável para as eleições de 2018. Corrompidos, perderam o respeito e a admiração do povo brasileiro, órfão de lideranças. A orfandade é um perigoso caminho para abrigar aventureiros. A última aventura, a vitória de Collor, o então caçador de marajás, em 89, levou o País à bancarrota.

PENCA DE POLÍTICOS– Nas 82 páginas de seu depoimento de delação premiada na Lava Jato, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, cita os nomes de 51 políticos de 11 partidos. Ele era o responsável pelo relacionamento da empresa com o Congresso e trabalhava na Odebrecht há 27 anos, sendo 12 deles em Brasília. Cláudio era homem de confiança de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que está preso em Curitiba. Em março, Cláudio foi levado pela Polícia

Federal para prestar depoimento na 26ª fase da Lava Jato, batizada de operação Xepa, que descobriu o setor exclusivo para pagamento de propinas que funcionava na Odebrecht.

Cadê a força de Fernando Filho?– Subsidiária da Petrobras Transportes S.A, a Transpetro, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, pilotado pelo pernambucano Fernando Bezerra Filho, está tomando uma decisão equivoca com ônus político para o ministro: o fechamento do escritório jurídico no Recife, que funciona há mais de 12 anos. Pelo que está sendo decidido, sem que Fernando Filho tenha dado um só pio contra até agora, o escritório de São Paulo passará a centralizar todo o serviço de pareceres eletrônicos e o contencioso judicial. A medida, segundo o blog apurou, ao invés de reduzir custos, como se imagina, só vai aumentar as despesas com a emissão de passagens, diárias e hospedagens de advogados enviados da sede paulista para resolver pendências locais.

A rejeição de Temer – A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment, segundo pesquisa Datafolha. De acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em julho. O levantamento foi realizado entre 7 e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes de delação da Odebrecht com menções a Temer. Aqueles que veem o governo do presidente como regular reduziram-se a 34%. No levantamento anterior, durante a interinidade do peemedebista, eram 42%.

Forças Armadas– A participação das Forças Armadas nas ações de segurança do Estado foi pedida pelo governador Paulo Câmara a Michel Temer durante a visita do presidente a Surubim e Floresta, na sexta. No dia seguinte, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, já estava no Recife com representantes do Estado Maior das Forças Armadas. Serão 3,5 mil soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica que atuarão até o dia 19 deste mês, reforçando os batalhões da Polícia Militar. "Foi uma medida de precaução importante e necessária. Não podemos, de nenhuma maneira, colocar em risco a população. Diante de movimentos ilegais que vimos ontem, eu tinha o dever, como governador, de alertar o Governo Federal", justificou o governador.

Não é só Uchoa– Com reeleição, hoje, garantida para o quinto mandato, portando dez anos como presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Guilherme Uchoa (PDT) não é o único com tamanha longevidade no cargo. No Piauí, Themístocles Filho (PMDB) bateu um recorde: oito mandatos consecutivos, estando de fato há 16 anos na função. Outro que não larga o osso é Jorge Picciani (PMDB), presidente da Assembleia do Rio de Janeiro. Uchoa será escolhido numa chapa consensual com um candidato dissidente sem a menor chance: Edilson Silva, do Psol. “Minha escolha se dá pela folha de serviços prestados”, diz Uchoa, que destaca, dentre outras ações, a construção do novo prédio do Poder Legislativo.

CURTAS

VAZAMENTO- O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitará abertura de investigação para apurar o vazamento, para a imprensa, de "documento sigiloso" que seria relativo à colaboração premiada de um dos executivos da Odebrecht, o ex-diretor da empresa, Cláudio Melo Filho. O vazamento do documento que constituiria objeto de colaboração, além de ilegal, não auxilia os trabalhos sérios, segundo o MP.

CITAÇÕES- No acordo de delação premiada, Cláudio Melo Filho dedica um capítulo ao relacionamento que tinha com o presidente Michel Temer. O nome do presidente é citado 43 vezes no seu depoimento. O ex-diretor afirma que Temer atuava de forma muito mais indireta, não sendo seu papel, em regra, pedir contribuições financeiras para o partido, embora isso tenha ocorrido "de maneira relevante" no ano de 2014.

Perguntar não ofende: O Brasil ainda tem salvação?

O presidente Michel Temer deixou a sua residência no Alto de Pinheiros, em São Paulo, por volta das 11 horas desta manhã, a caminho do Aeroporto de Congonhas, onde deve embarcar para Brasília, segundo informações oficiais.

De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o presidente cumprirá agenda amanhã cedo no Palácio do Planalto e depois embarcará de volta a São Paulo onde deve fazer às 13 horas discurso de abertura do Congresso Anual "Movimento Falconi 2016" e, às 20h30, receber premiação em evento no Palácio dos Bandeirantes.

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Em frente à casa de Temer, a segurança foi reforçada esta manhã. Isso ocorre após o vazamento de delação premiada envolvendo o nome do presidente. A despeito dessas notícias, não há qualquer manifestação de populares no local.

O presidente Michel Temer participará na próxima segunda-feira, às 10 horas, de cerimônia de assinatura de termo aditivo para migração da faixa AM para FM, no Palácio do Planalto. Às 18 horas, Temer participa de evento de entrega da Ordem do Mérito Cultural.

Na segunda-feira, Temer deve ainda coordenar reunião ministerial para conseguir um "um mapa" mais completo das obras inacabadas que podem ser retomadas. Apesar de tentar criar uma agenda positiva, o levantamento das obras inacabadas está com o cronograma atrasado. No fim de julho, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse após reunião com Temer que em 30 dias o governo já teria essa listagem com as obras que seriam priorizadas.

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Na terça-feira, o presidente deve participar da abertura do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo jornal Valor Econômico, em Brasília.

Os jornalistas tiveram a circulação restringida dentro do Palácio do Planalto hoje (27). Os acessos ao quarto andar serão permitidos apenas aos profissionais acompanhados de funcionários da Secretaria de Comunicação. Anteriormente, essa regra era válida apenas para o terceiro andar, onde fica o presidente da República, e a medida visa preservar os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário de governo, Geddel Vieira Lima. A intenção é que não se antecipe informações sobre as reformas previstas para os próximos meses.

Polêmicas envolvendo ministros

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Logo ao assumir, ainda de forma interina, Michel Temer iniciou a troca de ministros. O primeiro a se envolver em polêmicas foi o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, que declarou em uma coletiva que o governo estudava um “possível fim do SUS (Sistema Único de Saúde)”. No dia seguinte, o ministro emitiu nota declarando que tinha sido mal interpretado e que o SUS é prioridade para o governo, além de ser garantido pela constituição.

No início deste mês, o Ministério do Trabalho teve que emitir uma nota explicando os detalhes da reforma trabalhista encaminhada ao Congresso Nacional. Em uma conversa com sindicalistas, Ronaldo Nogueira afirmou que a proposta encaminhada continha uma medida que previa jornada de trabalho de até 12 horas, sem dar maiores esclarecimentos. Em nota oficial, a cláusula foi explicada e o ministro negou que haveria aumento na carga atual de horas trabalhadas/dia obrigatórias por lei.

Recentemente, Alexandre Moraes foi convocado pelo próprio presidente para uma reunião. Michel Temer pediu explicações do ministro da Justiça em relação a antecipação de informações da Operação Lava Jato da Polícia Federal que foram mostradas em um vídeo divulgado através das redes sociais. No vídeo, pessoas ligadas a movimentos políticos elogiam o trabalho de Moraes e pedem a continuidade das investigações, o ministro afirma que acontecerão mais detenções em breve.

Por Wagner Silva

Ao anunciar hoje (24) um plano para desburocratização do agronegócio, o governo reconheceu que o eventual aumento da demanda externa por produtos brasileiros pode fazer com que as mercadorias fiquem mais caras para o consumidor no mercado interno. Apesar do risco, no entanto, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse que esse efeito seria menos danoso para a economia do que uma eventual inflação por falta de produtos, que o país pode enfrentar caso não elimine dificuldades no setor agropecuário.

Lançado nesta quarta-feira no Palácio do Planalto para reduzir a burocracia e dar mais condições para o agronegócio conquistar mercado no exterior, o Plano Agro + prevê medidas como a facilitação de inspeções em portos, regras mais simples para a rotulagem de produtos de origem animal e para a certificação fitossanitária, e até o aumento da temperatura estipulada para o congelamento de carne suína, o que pode levar a uma redução dos gastos com energia.

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Trocar carne por frango

Segundo Maggi, os reflexos de uma maior participação dos produtos brasileiros no mercado internacional podem incluir a alta do preço desses produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros. É o caso, inclusive, da carne, que pode subir de preço no Brasil em consequência da recente abertura do mercado dos Estados Unidos para o comércio do produto in natura.

“A questão das carnes vai seguir o mesmo caminho. Se o Brasil quer ser um país aberto e participante do mercado internacional, em determinados momentos seremos penalizados. Não tenho dúvida disso. Mas em outros momentos seremos beneficiados”, ponderou.

Segundo o ministro, “a política já demonstrou que controle de preços não é um bom caminho para a sociedade andar”. Maggi, no entanto, diz que há outras saídas para o consumidor se esquivar de eventuais aumentos. “Se subir o preço da carne bovina, temos frango e suínos para fazer substituições. É nesse caminho que vamos deixar o mercado andar.” Maggi diz não se preocupar com o efeito desses aumentos sobre os índices de inflação.

“Não tenho essa preocupação. O que preciso olhar é para o futuro. Por exemplo, nesse ano as margens dos produtores de frangos e suínos está muito ruim. Se eles olharem só o mercado desse ano, muito provavelmente disponibilizarão, no ano que vem, um alojamento menor de matrizes. Consequentemente, teríamos uma oferta menor de aves e suínos no futuro. Portanto, se não os estimularmos, ano que vem teremos oferta menor. Aí teremos uma inflação não por problemas de preços internacionais, mas uma inflação por falta de produtos”, argumentou.

Casada com o presidente em exercício, Michel Temer, a ainda interina primeira-dama Marcela Temer vai participar amanhã de seu primeiro evento oficial no Palácio do Planalto. A esposa de Temer estará ao lado o marido na cerimônia que formalizará a promoção de oficiais generais.

O decreto de promoção foi assinado na semana passada por Temer. Segundo fontes do Planalto, por se tratar de um evento militar, que possui regras bastante rígidas, Marcela Temer foi inclusive treinada para garantir que sua participação siga o ritual. Marcela Temer também estará ao lado do presidente em exercício durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, no próximo dia 5, no Rio de Janeiro.

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Inicialmente, cogitou-se de que além do casal, o filho caçula, Michelzinho, também participasse do evento. No entanto, além do dia intenso de atividades que estão previstas no Rio, pelas regras do Comitê Olímpico Internacional a criança teria que ficar em um local distinto dos pais e por isso Temer decidiu não levá-lo.

O presidente em exercício já tem dito também que a primeira dama avalia a possibilidade de desenvolver trabalhos sociais. A iniciativa, entretanto, só será efetivada após a conclusão do processo de impeachment. No início de julho, após uma série de protestos em frente a sua residência em São Paulo e com a possibilidade de se efetivar no cargo, Temer decidiu trazer a esposa e seu filho caçula para morarem em Brasília.

Na semana passada, Temer e a esposa foram buscar Michelzinho em seu primeiro dia de aula na capital. A movimentação da imprensa na escola irritou alguns pais e alunos. A imprensa foi avisada pela assessoria do Planalto que Temer buscaria o filho na Escola e que poderiam ser feitas imagens.

O presidente em exercício, Michel Temer, está reunido neste momento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e mais oito senadores, no Palácio do Planalto. Estava previsto inicialmente no encontro entre Renan e Temer apenas a participação dos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO). No entanto, também estão na reunião os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Braga (PMDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Roberto Rocha (PSB-MA), Simone Tebet (PMDB-MS), além da líder do governo no Congresso, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), e do secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Esteves Pedro Junior.

Jucá e Rose de Freitas tinham agenda com Temer apenas às 18 horas, quando seriam recebidos junto com o senador Wellington Fagundes (PR-MT) e com o deputado Arthur de Lira (PP-AL). Este encontro, que deveria tratar da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, foi adiado para quinta-feira, 7, em horário a definir.

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Na reunião desta terça-feira, além de tratar da retomada da Agenda Brasil, há a expectativa que o grupo discuta a criação de uma comissão especial para levantar as obras inacabadas deixadas pelo governo Dilma Rousseff. As duas pautas fazem parte de um acordo selado entre Temer e Renan.

A Agenda Brasil foi dividida em três eixos (Melhoria do Ambiente de Negócios e Infraestrutura; Equilíbrio Fiscal e Proteção Social) e tem pontos polêmicos, como a ampliação da idade mínima para a aposentadoria - medida que esbarra na resistência das centrais sindicais -, e a terceirização da mão de obra. Muitas propostas ali contidas integram hoje o Plano Temer para estimular a economia.

Agenda

Às 17 horas, conforme a agenda presidencial, Temer tem audiência com a delegação italiana e a deputada do Parlamento Italiano, Renata Bueno.

Após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, defendeu a renúncia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Não é possível que a Câmara continue sangrando deste jeito. Vai fazer 60 dias que a Câmara está acéfala. Por isso, eu defendo que Eduardo Cunha renuncie ao mandato de presidente da Câmara para que, em cinco sessões, nós tenhamos um novo presidente", disse Mansur nesta quinta-feira, 30, acrescentando que o peemedebista "deve renunciar na semana que vem".

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Mansur, que é um dos pré-candidatos à sucessão da Casa, disse que o impasse provocado pela situação do peemedebista não pode continuar atrapalhando o andamento dos trabalhos legislativos. "É importantíssimo que a gente dê um basta nisso", voltou a defender.

Embora tenha afirmado que não conversou com Cunha nos últimos dias, Mansur disse ter a expectativa de que ele tome a decisão de renunciar ao cargo na próxima semana e possa se defender na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O primeiro-secretário lembrou que no dia 5 de julho completará dois meses do afastamento do peemedebista, que neste período a Casa foi conduzida pelo trio formado pelo primeiro-vice Waldir Maranhão (PP-MA), o segundo-vice Fernando Giacobo (PR-PR) e ele, mas admitiu que o modelo compartilhado de administração não tem dado certo. "Acho que esse sangramento da Câmara chegou num limite".

Segundo Mansur, a Câmara precisa "de um nome de consenso" e "não importa discutir se será A, B ou C". E emendou: "Só defendo que Eduardo Cunha renuncie nesses 60 dias que vão completar na semana que vem e que ele se defenda fora do cargo". Mansur disse crer na existência de sentimento dele, na Casa e entre uma série de lideranças de que o peemedebista deverá renunciar na semana que vem.

Beto Mansur ressaltou que não falava por outras pessoas ao dizer que Cunha "deve renunciar na semana que vem". "Não estou falando por ninguém. Estou falando por mim, que estou há cinco mandatos na Casa e sou primeiro secretário da Casa. Nós estamos precisando votar uma série de matérias importantíssimas para o Brasil e as coisas não andam porque você não tem um presidente que toque os trabalhos como tem de ser tocado", observou.

Temer.

O discurso de Mansur hoje está em consonância com o apelo que o presidente em exercício Michel Temer teria feito a Cunha no último domingo. Segundo relatos, Temer deixou claro sua insatisfação com a permanência de Maranhão na presidência da Câmara e reclamou que a instabilidade política está prejudicando as votações de matérias de interesse do governo.

Aos jornalistas, Mansur enfatizou ainda que chegou a hora da Casa escolher um novo presidente e que a renúncia de Cunha seria "um gesto de brasilidade" porque a situação já "cansou".

"O calendário (da defesa na CCJ) de Cunha não pode influir no calendário da Casa", insistiu. Mansur disse que desconhece as negociações sobre um acordo para salvar o peemedebista em troca de sua renúncia. "Está muito difícil de se administrar a Casa e tocar os projetos", completou.

Atingido pelo desgaste dos desdobramentos da Operação Lava Jato, o presidente em exercício, Michel Temer, tentará impor nos próximos dias uma agenda positiva com objetivo de demonstrar que o governo não está paralisado em meio aos avanços das denúncias.

A semana inicia com encontros com governadores, em que Temer tratará sobre a renegociação das dívidas do Estados. A reunião ocorre após ter sido decretado, na última sexta-feira, 17, calamidade pública pelo governo do Rio de Janeiro.

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Além da agenda com os chefes dos executivos estaduais, segundo a reportagem apurou, os ministros estão sendo incentivados pelo Palácio do Planalto a deixarem os gabinetes e apresentarem ações das respectivas pastas.

Um dos primeiros a responder ao chamado foi o ministro das Cidades, Bruno Araújo, que deve anunciar, ao lado de Temer, a ampliação de benefícios para famílias que integram o Programa Minha Casa Minha Vida. Entre as medidas previstas está a liberação de um crédito, que vai variar entre R$ 3 a R$ 5 mil, para a realização de reformas nas habitações de quem integra o programa.

Os critérios para o recebimento dos recursos ainda estão em elaboração e devem ser definidos nos próximo 60 dias, passando a valer apenas em 2017. A ideia é beneficiar famílias que recebem até três salários mínimos. A previsão inicial é de que a anúncio da ampliação do programa ocorra na próxima sexta-feira ou no domingo, em evento que deverá ocorrer na cidade do Rio de Janeiro.

Na tentativa de se descolar da Lava Jato, Temer também pretende ampliar a associação de seu governo com as Olimpíadas, previstas para ser realizada no próximo mês de agosto. Uma "agenda olímpica" deverá ser construída pelo ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, para que o presidente em exercício vincule cada vez mais os jogos à sua imagem.

Dentro da estratégia de se tornar mais conhecido pela população, segundo auxiliares do presidente em exercício, não está descartada ainda a possibilidade da realização de um pronunciamento à Nação na próxima semana.

A ideia é "apresentar" Temer à população e abrir espaço para que ele fale sobre as obras e projetos inacabados deixados pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff. A questão ética também deve ser tocada ao ser reforçado o discurso de que integrantes do governo que tiverem problemas na Justiça serão afastados.

A realização do pronunciamento à Nação, em cadeia nacional de rádio e TV, ainda encontra resistência, porém, de alguns auxiliares do Palácio do Planalto, que temem reações do PT e a realização de panelaços.

Aproximação

Na agenda de Temer também está prevista uma sessão de afagos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Um dos primeiros atos previstos para o início da semana é um encontro com a participação do senador e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na ocasião, será discutida a implementação da chamada a "Agenda Brasil", conjunto de projetos apresentados em 2015 por Renan, com objetivo de reaquecer a economia do País.

O encontro também servirá para selar a imagem de reaproximação entre Temer e Renan. Ambos são citados por Machado como beneficiários do esquema de desvio que teria ocorrido na Transpetro durante a gestão do ex-dirigente. Temer teria pedido a Machado R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita - na época no PMDB - à Prefeitura de São Paulo. Já o senador, teria recebido um total de R$ 32 milhões em propina. Ambos negam a participação no esquema.

No que depender da população recifense o mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não deverá ser restituído. Ao menos é o que aponta um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta segunda-feira (20), onde 76,7% dos entrevistados afirmam que a petista não deve voltar a governar do Brasil. 

Encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, o levantamento constata ainda que 19% dizem que ela voltará ao Palácio do Planalto e 4,3% dos que responderam a pesquisa não souberam responder. 

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Os dados, sob a avaliação do coordenador do IPMN e cientista político Adriano Oliveira, refletem “um resultado concreto” do desejo da população de que ela não retome a administração nacional. Para ele, apenas na ótica política ela poderá reverter o quadro.

“A volta dela não está descartada em virtude da ameaça da Lava Jato aos atores do governo de Michel Temer. A queda dos ministros pode sim beneficiá-la. A Operação Lava Jato causou instabilidade no governo dela e está causando no de Temer. O governo está sitiado pela Lava Jato”, observou.

Longe do comando do País desde 12 de maio, Dilma Rousseff responde a um processo de impeachment que tramita no Senado. Ela é acusada de cometer crime de responsabilidade ao realizar pedaladas fiscais e emitir decretos suplementares sem a aprovação do Congresso Nacional.

Na análise da petista, o impeachment é, na realidade, um “golpe” orquestrado, segundo ela, pelo presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e seus aliados, a quem já chegou a chamar de “parasitas”. Para ela, na realidade, os objetivos centrais do pedido para a destituição do seu mandato é “barrar as investigações da Lava Jato e desmontar as conquistas socais, beneficiando a elite brasileira”. 

Dilma Rousseff foi afastada inicialmente pelo prazo de 180 dias, no entanto, a expectativa é de que antes disso, por volta do dia 2 de agosto, o impeachment seja julgado em definitivo pelos senadores. 

Dados da pesquisa – O IPMN foi a campo nos dias 14 e 15 de junho. Foram ouvidos 624 recifenses. A margem de erro da pesquisa é de 4,0 pontos percentuais e o nível de confiança é estimado em 95%. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu afirmações de que estaria se colocando em oposição ao presidente em exercício, Michel Temer. "Nunca estivemos tão próximos", disse o senador. Renan alega que tem se comunicado frequentemente com o presidente em exercício e que Temer pediu a ele que retomasse a Agenda Brasil.

Segundo Renan, suas colocações sobre propostas do governo foram interpretadas de modo equivocado. "Eu não disse que era contra o reajuste de servidores, eu vou ajudar a votar. O que eu cobrei foram explicações da situação fiscal e se há um déficit tão grande", argumentou.

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Nessa semana, entretanto, Renan jogou um balde de água fria no governo ao afirmar que "medidas de ajuste não deveriam ser votadas antes da conclusão do processo de impeachment", em referência ao projeto de teto dos gastos, uma das prioridades da equipe econômica de Temer.

Apesar das críticas, o presidente do Senado afirmou que tem se encontrado e conversado com Temer por telefone em diversas ocasiões para discutir a pauta do governo. A situação teria deixado os dois políticos - que têm um histórico de desavenças - mais próximos.

Indicação

Um exemplo da tal aproximação mencionada por Renan seria a indicação de um nome de confiança para o Itamaraty. Renan afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, será o novo embaixador do Brasil na Bélgica. O funcionário é seu braço direito no Senado.

"A indicação reforça um costume mundial de que o embaixador é uma nomeação política. Só no Brasil temos embaixadores que são funcionários de carreira do Itamaraty", disse Renan.

Agenda Brasil

Outra sinalização é a retomada da Agenda Brasil, uma das principais bandeiras de Renan durante o governo Dilma. Com a chegada do governo interino de Temer, a comissão especial que avalia projetos de "desburocratização" e "dinamização econômica" ficou parada. De acordo com Renan, foi Temer quem pediu que a agenda seja retomada.

A comissão deve voltar aos trabalhos na próxima semana, mas antes o colegiado precisa ser recomposto. O relator da comissão, senador Blairo Maggi (PR-MT) assumiu o Ministério da Agricultura e não conduzirá mais trabalhos no Senado.

Além disso, Renan ponderou que muitos membros da Agenda Brasil estão também na Comissão do Impeachment do Senado, o que acaba esvaziando o quórum do colegiado de desenvolvimento. Seu objetivo é montar um novo grupo de trabalho, sem senadores da comissão que avalia o impedimento de Dilma Rousseff.

A sugestão causaria baixas tanto no governo quanto na oposição. Oito senadores que são hoje membros titulares da Agenda Brasil estão também na Comissão do Impeachment. Os novos nomes ainda não estão definidos, mas Renan convidou a senadora Kátia Abreu (PMDB-MS), que voltou ao Senado ao deixar o Ministério da Agricultura.

O Brasil está vendo hoje um novo discurso e uma nova direção que pretende alterar o curso da economia brasileira, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao discursar nesta quarta-feira (8) para empresários no Palácio do Planalto. Meirelles acompanhou o presidente interino, Michel Temer, que se reuniu com mais de 100 representantes do setor para ouvir sugestões a fim de solucionar a crise econômica.

“Os senhores ouvem hoje um novo discurso, uma nova direção, que pretende alterar o curso da economia para termos crescimento, mais oportunidade, maior produtividade, emprego e renda. São intenções declaradas por todos os governos, mas este está tomando medidas concretas, avaliando a crise e buscando um crescimento sustentável para o Brasil nas próximas décadas”, destacou.

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Meirelles admitiu que o Brasil vive a crise econômica mais “intensa” de sua história. Não será surpresa se o Produto Interno Bruto (PIB), [a soma de todas as riquezas], for o menor desde o “início do século 20”. Mas destacou que, após a aprovação de medidas propostas pelo governo ao Congresso Nacional, será possível retomar o crescimento nos próximos trimestres. Disse, ainda, que é cauteloso e prefere “a máxima de prometer menos e entregar mais”.

Crise intensa

“Estamos vivendo a crise mais intensa da história do Brasil. Vamos esperar, mas não será surpresa se contração deste ano for a mais intensa desde que PIB começou a ser medido no início do século 20. É uma crise que gerou 11 milhões de desempregados. Temos que reverter esse processo”, disse. O ministro enfatizou que o número de desempregados no país é similar à população de Cuba. “Temos que reverter este processo”, afirmou.

Henrique Meirelles disse, ainda, que diagnósticos equivocadas no passado levaram a economia à atual situação e a equipe econômica tem trabalhado para mudar a situação que levou a erros causando consequências graves à economia, como a intervenção em preços e medidas que inibiram os investimentos.

Gastos limitados

O ministro criticou também o crescimento da dívida pública nos últimos anos. Uma das medidas do governo para reverter essa situação é a de limitar os gastos públicos, iniciativa já anunciada pelo presidente interino Michel Temer. E, mais uma vez, voltou a dizer que a falta de clareza e o endividamento no atual patamar levaram a uma falta de confiança dos investidores.

O ministro da Fazenda prometeu a continuidade das medidas econômicas e disse o trabalho da equipe para recuperar a economia é intenso, “dia e noite”. Citou, ainda, o esforçou para resolver as mudanças na Previdência Social e sanar o déficit do setor. Ao encerrar o discurso, ele conclamou os empresários ao trabalho: “Vamos trabalhar e sucesso a todos”.

Preterido pela ausência de mulheres no seu primeiro escalão, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) encontra, nesta quinta-feira (19), a bancada feminina dos partidos aliados na Câmara dos Deputados. A reunião, que acontece no Palácio do Planalto, iniciou por volta das 10h30. 

Entre as deputadas estão Christiane de Souza Yared (PR-PR), Conceição Sampaio (PP-AM), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Creuza Pereira (PSB-PE), Dâmina Pereira (PSL-MG), Dulce Miranda (PMDB-TO), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Geovania de Sá (PSDB-SC), Josi Nunes (PMDB-TO) e Keiko Ota (PSB-SP).

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Além de Laura Carneiro (PMDB-RJ), Leandre (PV-PR), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Mariana Helena (PSB-RR), Mariana Carvalho (PSDB-RO), Marinha Raupp (PMDB-RO), Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), Renata Abreu (PTN-SP), Rosangela Gomes (PRB-RJ) e Teresa Cristina (PSB-MS). O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), também participa da reunião.

Após ser questionado pela ausência de mulheres nos principais cargos da gestão, Temer tem tentado amenizar a imagem negativa que deixou impressa para o gênero. Na última segunda-feira (16), o presidente em exercício nomeou a economista Maria Silvia Bastos Masques para comandar o BNDES. Ele também garimpava, entre representantes femininas, alguém para titular a Secretaria Nacional de Cultura. Os nomes convidados não aceitaram e foi nomeado, nessa quarta (18), Marcelo Calero para o cargo.

“É preciso resgatar a credibilidade do Brasil”. O presidente interino da República, Michel Temer, fez o primeiro pronunciamento oficial após o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. Em rede nacional, o peemedebista garantiu que o atual governo manterá os programas sociais, lutará pelo ressurgimento da economia nacional e buscará uma gestão baseada no diálogo. 

No intuito de fazer um “governo de salvação”, Temer defendeu a reconstrução de um terreno favorável aos investimentos, parcerias público-privadas e medidas cujo enfoque seja a empregabilidade. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer. O Brasil ainda é, infelizmente, um país pobre. Portanto é uma agenda difícil, complicada, mas será possível, baseada pelo diálogo e pela conjugação de esforços”. 

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O novo chefe de Estado foi enfático: manterá todos os programas sociais que “deram certo” nas anteriores gestões comandadas pelo Partido dos Trabalhadores. “Bolsa Família, Pronatec, Prouni. Você tem que prestigiar aquilo que deu certo. Precisamos acabar com a mania do novo destruir tudo aquilo que o antecedeu”, argumentou Temer em sua primeira fala como presidente do Brasil. 

Uma “democracia da eficiência”

Preocupado com as prováveis dissidências que enfrentará por aqueles contrários ao afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer ressaltou, em repetidos momentos, uma necessidade de apoio, união, entendimento entre as diferentes classes políticas e a sociedade em si. O presidente em exercício promete que a “moral pública será permanentemente buscada, por meios dos instrumentos de controle de desvios”. 

Segundo Temer, a Operação Lava Jato se tornou referência e terá todos os aparatos necessários para o seu prosseguimento. “Buscaremos o que chamo de ‘democracia da eficiência’. Conto com o trabalho dos ministros, do parlamento e do povo. Quanto mais cedo formos capazes de reequilibrar as contas públicas, mais rápido conseguiremos retomar o crescimento”. 

Mais cortes e a importância das Olimpíadas

Ao citar a eliminação de ministérios como a primeira medida do seu governo, Temer garante que não irá “parar por aí” e novamente prometeu a extinção de cargos comissionados e funções gratificadas. Para a reinserção internacional da economia, o peemedebista enxerga nas Olimpíadas um momento único para o País. 

“Em agosto, o Brasil estará no centro do mundo. Jornalistas de vários países estarão presentes para reportar o evento e, muito além do esporte, as pautas se voltarão para as condições políticas e econômicas do país. Não podemos olhar para frente com os olhos de ontem”, pontificou. 

No final, Temer declarou seu “absoluto respeito institucional” a Dilma Rousseff e disse que não estava em busca de unanimidade, mas sim de harmonia entre os poderes. E finalizou: “peço a Deus que abençoe a todos nós. A mim, minha equipe, congressistas, poder judiciário e ao povo brasileiro. Um bom Brasil para todos nós”. 

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