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O homem que perseguiu, proferiu palavras de conotação sexual e tocou nas nádegas de uma mulher sem consentimento foi condenado pelo juízo da 1ª Vara Criminal com sentença de um ano de reclusão em regime aberto. O caso aconteceu em 2020, no estado de Santa Catarina.

A denúncia detalha que a mulher estava voltando para casa com uma sacola de compras por volta das 10 horas da manhã quando foi abordada pelo condenado. O rapaz disparou frases com insinuações referente ao seu corpo.

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Mesmo sem receber uma resposta positiva, o homem seguiu a vítima durante seu trajeto para casa com comentários maliciosos. Até o momento que ele se aproximou da moça e apalpou suas nádegas sem permissão.

O ato caracteriza a prática de ato libidinoso e importunação sexual, que é crime no Brasil desde 2018, pela Lei n. 13.718 que declara crime “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro.” 

“A pena privativa de liberdade foi substituída por prestação de serviço à comunidade e prestação pecuniária. A sentença é passível de recurso ao Tribunal de Justiça”, detalha o Tribunal Judiciário de Santa Catarina (TJSC).

Nesta terça-feira (11), o Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, por unanimidade, o ato normativo chamado “Programa Transforma”, que institui a reserva de vagas de emprego no Poder Judiciário para mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade social.

O texto determina regras e critérios para a inclusão dessas mulheres nos contratos de prestação de serviços continuados e terceirizados, com o objetivo de atuarem em tribunais e conselhos. Nos contratos que possuam, no mínimo, 25 colaboradores para prestação de serviços contínuos em regime de dedicação exclusiva, haverá reserva de 5% das vagas.

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Além disso, o documento ainda prevê que o Departamentos de Gestão Estratégica e o de Pesquisas Judiciárias do CNJ estabeleçam indicadores relativos à equidade, diversidade e inclusão nesses contratos. Entre eles, estão a promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento e a paridade salarial.

Também devem ser estabelecidas práticas de prevenção e de enfrentamento do assédio moral e sexual e atividades nas áreas de saúde e de segurança do trabalho que considerem as diferenças de gênero. As vagas serão direcionadas a mulheres pretas e pardas, em condição de especial vulnerabilidade socioeconômica, egressas do sistema prisional, migrantes e refugiadas, em situação de rua, indígenas, mulheres do campo, assim como para pessoas trans e travestis.

De acordo com relator, a proposta permite aos tribunais que façam as adequações necessárias a partir das suas realidades, de modo que possam escolher as situações mais presentes. As modificações terão prazo de 90 dias para entrar em vigor, permitindo que haja tempo de para a adaptação e cumprimento da norma.

A maioria dos brasileiros já ouviu falar no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não tem ideia do que fazem as Cortes. O desconhecimento é tamanho que 70% declaram não saber o que significa a sigla "STF" - órgão responsável por interpretar a Constituição e julgar políticos com foro privilegiado, por exemplo. Hoje, as duas instituições são alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Dados de uma pesquisa inédita realizada pela consultoria Quaest e encomendada pela Revista Justiça & Cidadania, publicação especializada em temas jurídicos, trazem um panorama geral da relação da população com os dois Tribunais. A maior parte dos entrevistados (78%) diz que "já ouviu falar" no STF, porém mais da metade se diz pouco (29%) ou nada informada (26%) sobre a atuação da Corte. Além disso, 72% não souberam citar nenhuma função específica do Tribunal.

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O presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, disse que os resultados da pesquisa mostram que o STF deve continuar se aproximando da sociedade, "a fim de esclarecer suas funções e o papel da Corte". "Trata-se de uma ação educativa e de cidadania, que também deve ser incentivada por governos, escolas e entidades, inclusive sobre o papel dos Poderes e o funcionamento do regime democrático", afirmou Fux, em nota, ao Estadão.

O levantamento foi encomendado como parte das celebrações dos 130 anos do Supremo. A pesquisa da Quaest ouviu 1.717 pessoas nas cinco regiões do País entre os dias 11 e 15 de junho deste ano. Por desconhecimento, 82% dos entrevistados dizem acreditar que não há nenhuma decisão do STF que tenha afetado a própria vida diretamente, quando, na prática, impacta todos os brasileiros. O Tribunal é a última instância do Judiciário. Cabe a ele decidir, quando há questionamentos, se atos do Executivo e leis estão de acordo com a Constituição.

Segundo o levantamento, só 16% confiam muito no STF, enquanto 45% dizem que confiam pouco, e um terço (33%) que não confiam. Outros 7% não souberam ou não responderam. Para fins de comparação: 43% dos entrevistados pela Quaest afirmam confiar muito na Igreja Católica, e 40% confiam muito nas Forças Armadas. No fim do ranking da confiança dos brasileiros estão o Congresso (6% dizem confiar muito) e os partidos políticos (3%).

Entre os 78% que dizem "confiar pouco" ou "não confiar" no STF, a maior parcela (24%) considera que "os juízes não são sérios" ou "são injustos". Outros 11% mencionam que "falta informação sobre o STF", e 7% dizem que a Corte "não pune os políticos". "Embora o STF não julgue casos com a intenção de ser aprovado pela opinião pública, visto que seu papel de guarda da Constituição muitas vezes exige ir contra a maioria para salvaguardar direitos, é importante a toda instituição obter informações que ajudem a compreender melhor sua relação com a sociedade", disse Fux.

No TSE, a situação não é muito diferente da identificada no Supremo. De cada dez entrevistados, oito (82%) conhecem superficialmente o órgão e só 12% se consideram "bem informados" sobre o trabalho da Corte eleitoral. A atuação do TSE nas eleições é considerada positiva por 42% dos entrevistados, 15% avaliam o trabalho negativamente e 37% consideram a atuação "regular".

ANIMOSIDADE. Nos últimos anos, Bolsonaro tem fomentado a desconfiança e a animosidade contra o Supremo e a Justiça Eleitoral. Além de atacar a credibilidade das urnas eletrônicas, o presidente se referiu aos ministros como "surdos de capa preta" durante a convenção do PL que oficializou sua candidatura à reeleição ao Palácio do Planalto, no domingo passado.

Para Felipe Nunes, cientista político e pesquisador da Quaest, os resultados do levantamento dão indicativos de que a campanha de Bolsonaro contra as instituições começa a fazer efeito. "De fato, já há criada na sociedade uma percepção (negativa), com metade (dos entrevistados) começando a ter algum tipo de dúvida em relação ao trabalho (da Justiça Eleitoral). Isso advém, claro, desse grau de polarização e do ataque do presidente da República à instituição que coordena o trabalho de apuração", disse o pesquisador.

APOIO. Apesar disso, achados da pesquisa revelam aprovação a iniciativas do Judiciário. A maioria dos entrevistados, por exemplo, apoia as ações dos ministros do STF no enfrentamento das fake news. De acordo com o levantamento da Quaest, 88% estão de acordo com o controle do Tribunal e do Judiciário no combate à desinformação.

Ainda do lado positivo, a confiança no trabalho do STF aumenta quanto mais o entrevistado conhece a instituição. Entre os que estão bem informados, 63% depositam alguma confiança na Corte. Dos que têm pouca informação sobre o Supremo, 49% dizem confiar ao menos um pouco no órgão.

De acordo com Nunes, da consultoria Quaest, o desconhecimento em relação ao Judiciário era esperado. Ao contrário do Executivo e do Legislativo, o Judiciário não é um Poder eleito e só age quando provocado. "As pessoas têm com o Poder Judiciário uma relação mais distante. O que chama a atenção é que esse desconhecimento acaba gerando um alto nível de desconfiança", disse o pesquisador.

AVALIAÇÃO. Das decisões recentes do STF, a mais bem avaliada é a que trata da vacinação obrigatória de crianças contra covid, aprovada por 71% dos brasileiros e criticada por Bolsonaro. A decisão foi tomada pelo ministro Ricardo Lewandowski em janeiro deste ano e referendada pelo conjunto dos ministros em março.

O maior índice de rejeição, por sua vez, está associado à união estável de pessoas do mesmo sexo, vista como negativa por 26% dos entrevistados - mesmo assim, 45% deles apoiam a decisão. A questão foi pacificada pelo STF em 2011.

Já entre todas as áreas de atuação do Supremo, a mais rejeitada é a de combate à corrupção: 44% dos entrevistados consideram "negativo" o trabalho da Corte no tema. A mais bem avaliada é a de proteção aos direitos humanos e às minorias, com 37% considerando a atuação do Tribunal "positiva" neste quesito, e só 22% avaliando de forma negativa o trabalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O gesto do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra urnas eletrônicas foi repudiado por entidades ligadas ao mundo jurídico. Nessa segunda-feira (18), o chefe do Executivo reuniu embaixadores no Palácio da Alvorada para disseminar alegações já desmentidas por órgãos oficiais sobre a segurança das urnas eletrônicas. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a OAB e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) divulgaram notas.

A seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) divulgou nota classificando a ação do presidente como uma tentativa de "fragilizar a democracia", o que a entidade chamou de inaceitável. O documento "manifesta preocupação com os reiterados ataques à Justiça Eleitoral, às Cortes Superiores e à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, repetidos pelo Presidente da República na presença de embaixadores".

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No documento, elaborado pelo observatório eleitoral da OAB, a instituição defende o sistema eletrônico de votação, que é desacreditado constantemente pelo presidente da República. A entidade corrobora as informações da Justiça Eleitoral e diz que as urnas fornecem transparência e confiabilidade e rapidez à apuração do resultado do pleito.

"O sistema das urnas eletrônicas garante transparência, rapidez na apuração e controle público dos resultados, por meio de procedimentos auditáveis e acompanhados por partidos políticos, Ministério Público e sociedade civil", destaca a nota.

"Não é aceitável a tentativa de fragilizar nossa democracia, que tem no voto popular sua principal expressão, com ataques a autoridades e disseminação de manifestações falsas", completa.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou "irrestrito apoio" ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alvo preferencial do presidente Bolsonaro para desacreditar as eleições. Em nota, a entidade afirmou que "o resultado da vontade popular será respeitado, independentemente de quem venha a ser eleito ou eleita aos cargos em disputa".

"Rechaça-se qualquer tentativa de impugnação a tal resultado fora das vias adequadas, ou seja, aquelas admitidas pelo ordenamento jurídico, garantida a independência do Poder Judiciário e a soberania do voto popular", diz o documento.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior entidade representativa da magistratura no Brasil, se manifestou reafirmando "a completa lisura" do sistema eleitoral. Em nota assinada pela presidente da entidade, a jurista Renata Gil, a associação defende a Corte eleitoral e lembra que o modelo adotado no Brasil é referência internacional.

"O trabalho realizado pelos ministros e ministras do TSE, responsáveis maiores pela condução do pleito, não pode ser vilipendiado às vésperas das eleições, sendo inadmissíveis ataques pessoais aos principais atores da justiça brasileira", diz a nota.

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Nesta sexta-feira (10), alguns ministros, desembargadores e advogados se reuniram em um hotel de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, para falar sobre a jurisdição no pós-pandemia da Covid-19. O evento foi realizado pela UNINASSAU.  

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Por conta do novo coronavírus, o Brasil e o mundo tiveram que adotar novas práticas para o convívio social. Dentro do contexto do trabalho do Poder Judiciário, também foi necessário uma readequação ao período que se está vivendo desde o mês de março de 2020 - início do período pandêmico -. 

Sem a possibilidade de parar, o judiciário teve que adotar uma nova maneira de seguir com os seus trabalhos, agora de forma telepresencial como regra, mas sem comprometer sua celeridade e produtividade. 

TJPE

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Demócrito Ramos, confirma que o período da pandemia apenas apressou a realização de atos processuais e judiciais por meios eletrônicos. Segundo ele, o próprio código de processo civil de 2015 já previa a realização e a utilização de instrumentos tecnológicos para a produção de atos judiciais e processuais por meios virtuais.

“Como todo mundo estava preso, recolhido em suas casas, a pandemia serviu para apressar esse processo de utilização de meios tecnológicos, de ferramentas tecnológicas de aplicativos de videoconferência para realização de atos processuais. A pandemia apressou e dinamizou esse processo que já vinha acontecendo de forma mais lenta”, detalha Demócrito.

Ele acredita que a partir de agora, com a redução dos casos da Covid-19 no mundo e o início de uma retomada, precisa se analisar como será esse retorno e se alguns atos processuais, como audiências, deverão voltar da forma presencial. Demócrito acredita que, no pós-pandemia, o trabalho híbrido deve ser fortalecido em várias unidades judiciais.

O desembargador Eduardo Pugliesi, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), analisa que, apesar do momento de tantas incertezas, o Poder Judiciário passou bem pela pandemia da Covid-19 e conseguiu manter a sua produtividade. Ele detalha que em 2019, antes dos casos do novo coronavírus, a Primeira Turma do TRT da 6ª Região julgou 8.619 processos. 

Em 2020, ano do surgimento da Covid-19 no Brasil, foram julgados 8.551 processos. “O que se atribui a isso é a rapidez do sistema, a produtividade da primeira instância em função dos processos represados. Os juízes deixaram de fazer audiência [presencial], de viajar, de ter um lazer mais pleno em função da quarentena e com isso produziram mais. Com mais sentença tem mais recurso, com mais recurso tem uma produtividade maior nas segundas instâncias”, detalha Pugliesi.

Isso mostra que as restrições impostas pela pandemia não paralisaram o Poder Judiciário, muito pelo contrário: acelerou processos de mudanças que já estavam em curso, mas precisavam de um choque de realidade - que infelizmente só aconteceu com a Covid-19. 

O Ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Moura Ribeiro, assevera que por conta do novo coronavírus, o STJ está tendo um desempenho astronômico, fora de qualquer padrão de como atuavam no trabalho presencial. 

“É exponencial o número de feitos que nós estamos julgando. O fato é que realmente o trabalho do Superior Tribunal de Justiça mostra uma dignidade imensa, um serviço extremamente bem feito e em grande quantidade”, pontua.

Participação

O evento também contou com a participação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Caputo Bastos, da desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), Maria do Carmo, e do desembargador Paulo Alcântara, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT).

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, reagiu nesta terça-feira, 8, às declarações do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), sobre descumprir decisões judiciais. "O respeito a decisões judiciais é pressuposto do Estado Democrático de Direito", disse Fux ao Estadão.

Horas antes, em um evento organizado pelo jornal Correio Braziliense e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Barros criticou o Judiciário e disse que "vai chegar a hora" de decisões judiciais deixarem de ser cumpridas.

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A ameaça de descumprimento surgiu enquanto o parlamentar falava sobre o que ele considerou como "avanços do Judiciário sobre prerrogativas" do Poder Executivo.

Ao comentar a determinação do STF para que o governo realize o censo demográfico em 2022, o parlamentar reclamou de decisões que não têm "nenhum fundamento".

"O Judiciário vai ter que se acomodar nesse avançar nas prerrogativas do Executivo e Legislativo. Vai chegar uma hora em que vamos dizer (para o Judiciário) que simplesmente não vamos cumprir mais. Vocês cuidam dos seus que eu cuido do nosso, não dá mais simplesmente para cumprir as decisões porque elas não têm nenhum fundamento, nenhum sentido, nenhum senso prático", afirmou.

No evento, voltado a debater a reforma tributária, o líder do governo na Câmara sugeriu que a legislação tenha mecanismos que permitam que empresários reajam a juízes, promotores de Justiça e auditores fiscais.

Essas categorias, para o deputado, formam uma "classe de inimputáveis" que fazem "ativismo político" e precisam ser enfrentados. O fato de moverem processos e aplicarem multas e penalidades que, mais tarde, acabam sendo revistas deveria resultar em reparações, na opinião do deputado.

"Promotores, juízes, auditores fiscais podem ir na sua empresa, lhe multar em R$ 100 milhões, bloquear seus bens para garantir esses R$ 100 milhões. E, depois de 10 anos, você vai no conselho de contribuintes, ganha, e o que acontece? Nada", disse, antes de prosseguir:

"Quando a nossa Constituição diz que todos somos iguais perante a lei, precisamos fazer valer isso porque essa classe de inimputáveis, que faz ativismo político, que prejudica a tantos… para eles é apenas um comentário no cafezinho do fórum: 'você viu o que eu fiz?'. Isso é uma coisa que o Brasil tem que enfrentar. Se não enfrentarmos, não vamos avançar".

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (19), que o Supremo Tribunal Federal (STF) caminha em descompasso com as expectativas da população. O senador afirmou que o Poder Judiciário está enfraquecendo a representação popular ao permitir que partidos políticos derrotados nas urnas façam prevalecer seus programas e metas.

“A população elege seus representantes de acordo com as propostas que lhes são apresentadas durante a campanha. Mas as decisões dos eleitos não prevalecem, porque o STF se deixa usar por partidos cujas propostas políticas foram rejeitadas nas urnas. Assim, passa a acolher suas teses e contrariar a vontade do legislador”. 

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Marcos Rogério citou o exemplo da descriminalização do aborto, assunto que vem sendo discutido em ação proposta pelo Psol. O senador afirmou que o Congresso Nacional já legislou positivamente quando considerou o aborto um crime. 

“O povo brasileiro, através de seus legítimos representantes, decidiu majoritariamente pela criminalização do aborto. Não é razoável que o Supremo queira ferir essa construção democrática mais uma vez e afastar do cenário jurídico tipos penais construídos e mantidos pelo Parlamento brasileiro”. 

O senador sugeriu que o Parlamento assuma seu papel constitucional e regimental de sustar os efeitos de certas decisões do STF.

*Da Agência Senado

 

O desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, avalia que o Judiciário tem de ter ‘voz no meio político’. Para ele, ‘o Poder Judiciário está sendo sufocado’. Alves da Rocha foi eleito presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça (Codepre) - criado com a meta de atuar ‘na defesa do Poder Judiciário, especialmente sua autonomia e independência’.

O Colégio também vai trabalhar em estudos de matérias jurídicas e de questões judiciais com repercussão em mais de um Estado e no intercâmbio de experiências funcionais e administrativas, ‘sempre com foco no aperfeiçoamento da prestação jurisdicional’.

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O Colégio terá em sua composição apenas desembargadores que estiverem no exercício da Presidência de seus tribunais.

As informações sobre o Colégio foram detalhadas pela Comunicação Social do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A criação do Colégio ocorreu na quinta, 20, na sede do TJ de São Paulo. Participaram da reunião, no Salão Nobre do Palácio da Justiça, representantes de 22 tribunais. Foi eleita a primeira Comissão Administrativa do Colégio. Alves da Rocha é o presidente, O vice é o desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, que preside o TJ paulista. E o desembargador Fernando Cerqueira Norberto dos Santos, mandatário do Tribunal de Pernambuco, foi escolhido secretário-geral.

Com a criação do Colégio, seus integrantes se desligarão do Conselho dos Tribunais de Justiça do Brasil, composto por presidentes e ex-presidentes de TJs.

Além da Comissão Administrativa, o Codepre contará com a atuação de um Conselho Fiscal e Consultivo, integrado pelos desembargadores Cláudio de Mello Tavares (Tribunal de Justiça do Rio), Ricardo José Roesler (Santa Catarina) e Washington Luis Bezerra de Araújo (Ceará).

A reunião de trabalho dos presidentes dos Tribunais foi conduzida pelo anfitrião, desembargador Pinheiro Franco. "Estamos reunidos para debater ideias e saímos fortalecidos e engrandecidos", disse o presidente da Corte paulista.

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou hoje (5) que o Poder Judiciário como um todo se comunica muito mal, perdendo para outras instituições o prestígio gerado na opinião pública pelo combate à corrupção observado nos últimos anos no Brasil.

"Nós nos comunicamos mal. O que se divulga cotidianamente: a Polícia Federal prendeu, e o que se divulga depois: a Justiça soltou. Quem mandou prender foi a Justiça. Vejam a nossa dificuldade de comunicação”, exemplificou Toffoli. “A imagem que ficou nesses últimos anos é que a Justiça só serve para soltar”, afirmou.

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Para o ministro, o Judiciário deveria ser mais reconhecido pelo combate ao crime, pois delegados da PF, por exemplo, seriam apenas “instrumentos” que cumprem decisões judiciais.

“A Polícia Federal se comunica bem com a imprensa, o Ministério Público se comunica bem com a imprensa. Nós, do Poder Judiciário, não estamos nos comunicando bem. O capital do ponto de vista de apoiamento de ações como de combate à corrupção, que são decisão do Judiciário, esse capital é, na comunicação, perdido para outras instituições”, avaliou.

As declarações foram feitas durante encontro organizado pelo CNJ em Brasília que reúne assessores de tribunais de todo o país para debater a comunicação no âmbito do Poder Judiciário. O evento marcou a criação de uma plataforma unificada para a troca e promoção de boas práticas de comunicação entre as cortes brasileiras.

Em seu discurso, Toffoli provocou servidores e magistrados que, para ele, introjetam sensos comuns equivocados sobre o Judiciário brasileiro, entre os quais a ideia de que a Justiça é morosa ou inoperante. Ele citou, como exemplo, dados sobre a produtividade da Justiça do Trabalho, cuja existência defendeu. “Nós não temos o direito de criticar que a imprensa está divulgando erroneamente, porque nós mesmos temos esse senso comum. Nós, servidores, nós, julgadores, nós, assessores de comunicação. Nós estamos alimentando um senso comum que nos prejudica”, disse o ministro.

Mais de quatro a cada dez brasileiros acreditam que o Poder Judiciário interfere e desempenha funções que não são próprias dos juízes e desembargadores. Essa percepção é ainda maior entre advogados e defensores públicos, que trabalham diretamente com o sistema de Justiça: mais de 70% concordam que há interferência no Legislativo e no Executivo. A atuação do Judiciário, porém, ainda é a mais bem avaliada entre os três Poderes.

Os dados são de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em parceria com a Associação de Magistrados do Brasil (AMB), que entrevistou mais de 2,5 mil pessoas, entre advogados, defensores públicos e cidadãos comuns. Os resultados serão apresentados nesta terça-feira, 26, em reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa é a primeira edição do estudo.

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Cerca de 60% dos entrevistados dizem que os Poderes não são independentes entre si, como determina a Constituição, e que frequentemente interferem entre si. Entre advogados e defensores, o Judiciário é o mais citado como o Poder que interfere nos demais com mais frequência. Já os demais entrevistados, cidadãos que não têm carreira do Direito, 25% dizem que o Legislativo é o Poder que mais interfere nos demais, e 22% citam o Judiciário.

A maior parte dos cidadãos - o equivalente a 45% - concordam que o Judiciário desempenha funções de outros Poderes. Outros 33% discordam dessa afirmação e 22% não sabiam ou não responderam à pergunta.

A maioria (51% entre cidadãos comuns e 66% entre advogados e defensores) avalia que é negativa a atuação de magistrados em assuntos sob responsabilidade do Congresso ou do Executivo. "O ponto positivo é que (a pesquisa) retratou uma situação que estamos vivendo, ninguém está surpreso nesse ponto, e é um ponto de partida para a discussão dos papéis de cada Poder", disse o professor Marco Aurélio Bellizze, da FGV, que é também ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ajudou a coordenar a pesquisa. "A pesquisa é uma 'foto' do momento. É um momento em que se discute qual é o papel do Judiciário, se há ativismo demais, se o Judiciário está invadindo demais ou se os outros Poderes estão retraídos."

Avaliação

Entre os três Poderes, o Judiciário tem os melhores índices de confiança e aprovação. Segundo a pesquisa, 33% dos entrevistados dizem que o Judiciário é o poder que melhor cumpre o seu papel, enquanto só 9% escolhem o Legislativo e 8% citam o Executivo. A segunda resposta mais comum, com 28% dos entrevistados, é de que nenhum poder cumpre seu papel de forma melhor.

O Judiciário é o único em que mais da metade dos entrevistados, ou 52%, disse confiar. A Presidência da República conta com a confiança de 34% de quem foi ouvido na pesquisa, e o Legislativo, 19%.

O sentimento mais identificado com o Judiciário brasileiro, porém, é de preocupação. Os pesquisadores perguntaram como os entrevistados se sentem em relação ao sistema de Justiça, e 45% responderam que estavam, em primeiro lugar, preocupados. Em seguida, as respostas mais comuns entre foram: esperançoso (25%), envergonhado (25%), indignado (24%), triste (20%) e com medo (18%).

A característica mais importante em um sistema Judiciário "ideal", para o conjunto da sociedade, é que ele seja confiável (41%). Já a maior parte dos advogados (44%) responde que o mais importante é que a Justiça seja imparcial e igual para todos.

Desinformação

Outro fenômeno identificado pela pesquisa é o desconhecimento em relação ao sistema Judiciário. A pesquisa listou 11 instituições do sistema de Justiça, da Defensoria Pública ao Superior Tribunal Militar, e perguntou se os entrevistados conheciam os órgãos citados. A proporção de pessoas que respondeu conhecer "bem" ou "mais ou menos" as entidades ficou abaixo dos 50% em todos os casos.

Esse é um dos motivos levantados pelos pesquisadores para explicar a avaliação ruim da Justiça em alguns casos. "Quanto maior o conhecimento sobre o Poder Judiciário, melhor a avaliação. Nossa avaliação é sempre melhor entre advogados e defensores do que entre o público em geral", disse Bellizze.

Ele afirmou que a comunicação deve ser um dos temas sobre os quais o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve discutir a partir do estudo. Lentidão nos processos e o papel do Judiciário também devem entrar no debate. "Há uma falha grande de comunicação. O Judiciário não consegue nem demonstrar qual é sua missão real. Há muita confusão sobre o que é Justiça, o que é polícia e o que é Ministério Público, quem prende e quem solta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pela primeira vez em dez anos, a apuração do trabalho anual do Poder Judiciário aponta para uma pequena redução no número de processos pendentes de serem julgados nos tribunais de um ano para o seguinte.

A queda, de 1,2% na quantidade de processos à espera de solução judicial em 2018, consta do relatório Justiça em Números, publicado nesta quarta-feira (28), pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Segundo o órgão do próprio Poder Judiciário, no fim de 2017 havia 79,6 milhões de ações inconclusas tramitando nos tribunais de Justiça do país. Já em dezembro de 2018, o total de processos ainda não resolvidos chegava a 78,69 milhões.

A quantidade de novos processos ajuizados ao longo do ano passado também foi menor que o número registrado em 2017. A redução de 31,9 milhões de novos casos para 28,1 milhões significa uma queda de 1,9% de um ano para o outro.

Produtividade

Segundo o CNJ, a queda no número de processos pendentes indica que os magistrados julgaram uma quantidade maior de processos do que o total de novas ações ajuizadas ao longo do último ano. O órgão identificou dados que apontam uma maior produtividade por parte dos tribunais, como o número de processos encerrados, que superou os 31,88 milhões. Os autores do relatório apontam que a produtividade média dos magistrados cresceu 4,2%, o que é medido a partir de indicadores como a média de oito casos que cada juiz julgou por dia.

Ainda assim, o estoque total de processos que, em 2018, aguardavam por uma decisão judicial, aumentou cerca de 30% de 2009 a 2019. Nesse período, o total de ações tramitando saltou de 60,7 milhões para 78,69 milhões registrados no fim de 2018.

Ações trabalhistas

De acordo com o presidente do Conselho e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, menos pessoas estão procurado a Justiça, principalmente a Justiça do Trabalho, que, em 2018, registrou o ingresso de 861 mil processos ao total ajuizado em 2017.

“Em relação à diminuição do acervo [total de processos], não há dúvida de que houve um impacto da [menor] entrada [ajuizamento] de processos. Especificamente na Justiça do Trabalho. Segundo as análises, uma hipótese é de que isso decorre da reforma da CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas]”, disse Toffoli durante a apresentação do relatório.

O ministro também aventou a hipótese da redução do número de reclamações apresentadas à Justiça do Trabalho estar associada a um eventual aumento dos casos de conciliação extrajudicial, quando as partes chegam a um acordo e dispensam a mediação do Poder Judiciário.

“Não sabemos quem deixou de ir à Justiça. Não conhecemos este público, pois analisamos apenas os processos que ingressaram nos tribunais. Importante destacar que a diminuição não se deu apenas na Justiça do Trabalho. Temos feito o trabalho de conversar com a sociedade para estimular as resoluções extrajudiciais e uma hipótese é que, talvez, tenha aumentado o número de soluções extrajudiciais”, disse Toffoli, lembrando que, desde 2015, a legislação obriga estados e municípios a criarem Câmaras de Conciliação para resolverem seus conflitos administrativos internamente, sem judicializá-los.

Acordos

Quando analisados apenas os processos instaurados, o percentual de casos solucionados por meio de acordos intermediados por juízes também foi expressivo: 12% de todos os processos julgados durante o ano passado. No total, a Justiça proferiu 4,4 milhões de sentenças homologatórias de acordos. Dessas, 3,7 milhões das queixas ainda estavam na fase processual. E o segmento onde mais foram promovidas conciliações no decorrer de 2018 foi a Justiça do Trabalho, que solucionou 24% de seus casos promovendo acordos entre as partes.

Para dar conta da demanda, o Poder Judiciário contava, em 2018, com uma força de trabalho que envolvia 450 mil pessoas, incluindo magistrados e demais servidores espalhados pelas diversas instâncias das justiças Federal e estaduais. Para custear despesas com pessoal e de manutenção, além de novos investimentos, o Poder Judiciário contou com um orçamento de R$ 93,72 bilhões.

“Este custo é o custo da pacificação social. O custo para que os contratos sejam respeitados”, disse Toffoli, assegurando que os valores destinados ao custeio da Justiça vêm caindo ano após ano. “O orçamento já está menor. [O que as pessoas têm que refletir é] Se não houvesse Justiça do Trabalho, como seriam as relações de emprego? Se não houvesse onde reclamar, será que os [responsáveis pelos] locais onde as pessoas trabalham cumpririam suas obrigações? Mulheres vítimas da violência que buscam socorro no Poder Judiciário para obter medidas protetivas...E vejam que estamos vivendo praticamente uma epidemia de violência doméstica, contra a qual o Poder Judiciário tem agido, conforme demonstra o aumento da quantidade de processos. Se não há Poder Judiciário, a quem esta mulher vai pedir socorro? Tudo isso tem um custo. Para ter um Estado Democrático de Direito, a sociedade necessita de um Poder Judiciário independente e autônomo do ponto de vista financeiro”, defendeu Toffoli.

 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na última quarta-feira (16), o Orçamento Federal de 2019. Os números garantem a abertura de concursos públicos no decorrer do ano. No total, o texto prevê 48.224 vagas no serviço público, sendo 4.851 para criação e 43.373 destinadas a provimento.

Ao todo, o documento prevê R$3,3 trilhões de gastos. O valor será dividido entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A expectativa é que na Câmara de Deputados 324 vagas sejam ofertadas, sendo 127 para criação e 197 provimento. No Senado Federal, a previsão é que sejam abertas 40 vagas para provimento.

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Para o Poder Judiciário, estão previstas 2.973 vagas. Desse montante, 1.047 são para criação e 1.926 provimento. Os números contemplam o Supremo Tribunal Federal (STF), com 38 oportunidades ofertadas, e Superior Tribunal de Justiça (STJ), com 50.

O maior número de oportunidades será ofertado para o Poder Executivo. A matéria prevê 42.818 vagas, sendo 2.095 para criação e 40.723 para provimento. A distribuição dos cargos ainda não está definida. O Orçamento federal de 2019 está detalhado na Lei 13.808.

 

Na história brasileira, o papel da justiça sempre norteou debates sociais. Além disso, o pode judiciário foi marcado por características que se diferenciaram um das outras no decorrer dos anos. Todo esse contexto pode ser cobrado na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Nesta semana, o programa Vai Cair No Enem, que reúne dicas e aulas exclusivas para a prova, conta com a participação do professor de história Pedro Botelho. Ele descreve as fases do poder judiciário brasileiro, direto do Memorial da Justiça de Pernambuco, no bairro do Brum, no Recife. 

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O Vai Cair No Enem também está no Instagram - @vaicairnoenem -, onde os feras encontram dicas, desafios, questões, vídeos e muito mais. Confira, a seguir, a edição desta semana do programa:

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e também presidente da República em exercício, Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira (27) que o poder judiciário brasileiro precisa ser transformado para atender aos anseios da sociedade. Segundo ela, a Constituição Federal, que completa 30 anos em 2018, trouxe muitos avanços para a democracia brasileira, mas ainda há problemas a serem superados, inclusive privilégios da categoria do judiciário.

“Não tenho dúvidas que, como todas as instituições estatais, passando por mudanças no mundo como temos passado, no Brasil também, é preciso que tenha mudanças, algumas estruturais, algumas que são apenas funcionais. Não tenho dúvidas que privilégios que são indicados, inclusive pelas corporações do sistema de justiça, magistratura, ministério público, tem que ser pensados, repensados, refeitos, restringidos aos limites da legalidade, que é o que nós temos tentado fazer permanentemente”, disse a presidente interina, em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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Ela citou como avanços nessa direção a transparência dos gastos, com a publicação dos ganhos dos quase 18 mil juízes brasileiros no site do Conselho Nacional de Justiça, além da Corregedoria Nacional de Justiça. Outro problema citado por Cármen Lúcia é a demora para a conclusão nos processos judiciais, que, segundo ela, “continua sendo mais do que o razoável que a Constituição estabelece como direito das pessoas”. De acordo com a ministra, o Brasil tem 80 milhões de processos e 18 mil cargos de juiz, sendo que 23% das vagas não estão providas por causa do limite de gastos no judiciário.

“Estamos pensando em soluções. Criamos a câmara digital de litigação, considerando que o segundo maior litigante no sistema judicial brasileiro é o sistema bancário. Criamos mecanismos novos de mediação, que sem a pessoa precisar sair de casa, possa impedir a judicialização excessiva, o que tira o tempo do juiz se dedicar às grandes causas”, disse Cármen Lúcia.

Superação de divergências

A ministra destacou que o país passa por um momento de insegurança econômica, política e também jurídica, o que requer a união de todos e superação das divergências em prol do estado democrático de direito, sem a perda do elo humano que faz do Brasil um país único, “e não 200 milhões de brasis”.

“Não acho que tenhamos uma tarefa fácil nem nos próximos dias, nos próximos meses talvez nem nos próximos anos. Mas, fácil ou difícil, essa é a tarefa que nós temos para que a gente tenha chance de viver bem. Mas, principalmente, para que os que vierem depois de nós saibam que nós tentamos. A democracia é uma planta muito tenra e a gente tem que cuidar todo dia, porque a erva daninha toma conta muito depressa e não precisa de cuidado. Mas eu não gosto de erva daninha. Eu tenho gosto é da flor da democracia e é com ela que eu quero viver”, disse Cármen Lúcia. 

 

O Centro de Integração da Cidadania (CIC) é um projeto da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, que tem como objetivo oferecer melhor acesso da população ao Poder Judiciário. Os centros estão em 16 postos localizados em locais de alta vulnerabilidade social do Estado.

A população tem acesso a serviços públicos de graça, além de serem oferecidas palestras sobre diversos temas, oficinas culturais, orientações sociais e jurídicas, mediação comunitária de conflitos e reuniões do Conselho Local de Integração da Cidadania, também atividades educativas de promoção e conscientização na área de direitos humanos e cidadania, focadas no Programa Estadual de Direitos Humanos. É possível emitir documentos pessoais, como Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho, 2ª vias de Certidões de Nascimento, Casamento e Óbito, e a realização de cursos e eventos em parceria com diversos órgãos.

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Serviço:

Unidade CIC CAJAMAR
Endereço: Rua Avelino Toledo de Lima, 208 – Jordanésia – Cajamar – SP
Telefone: (11) 4447-2030

Unidade CIC CAMPINAS – “Dr. Fernando de Cássio Rodrigues”
Endereço: Rua: Odete Therezinha Santucci Octaviano, 92 – Bairro Vida Nova – Campinas – SP
Telefone: (19) 3226-6161

Unidade CIC CASA DA CIDADANIA
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 11,5 – Casa 19 – Vila Guarani – Jabaquara – SP
Telefone: (11) 5021-6624 / 5188

Unidade CIC DO IMIGRANTE
Endereço: Rua Barra Funda, 1020 – Santa Cecília – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3115-2048

Unidade CIC FEITIÇO DA VILA
Endereço: Estrada de Itapecerica, 8.887 – Valo Velho – São Paulo – SP
Telefone: (11) 5825-2061

Unidade CIC FERRAZ DE VASCONCELOS
Endereço: Avenida Américo Trufelli, 60 – Conjunto Residencial José Chacon Moriel – Ferraz de Vasconcelos – SP
Telefone: (11) 4675-5320

Unidade CIC FRANCISCO MORATO
Endereço: Avenida Tabatinguera, 45 – Centro – Francisco Morato – SP
Telefone: (11) 4489-3133

Unidade CIC GRAJAÚ
Endereço: Rua Pinheiro Chagas, s/n – Grajaú – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3241-4053

Unidade CIC GUARULHOS – “Leonel Brizola”
Endereço: Avenida Capão Bonito, 64 – Bairro dos Pimentas – Guarulhos – SP
Telefone: (11) 2484-0809

Unidade CIC JUNDIAÍ – “Dr. Ary Fossen”
Endereço: Rua Alceu de Toledo Pontes, 200 – Bairro do CECAP I – Jundiaí – SP
Telefone: (11) 4581-4313

Unidade CIC LESTE – Itaim Paulista
Endereço: Rua Padre Virgílio Campello, 150 – Encosta Norte – Itaim Paulista – São Paulo – SP
Telefone: (11) 2562-2440

Unidade CIC NORTE – Jova Rural
Endereço: Rua Ari da Rocha Miranda, 36 – Jova Rural – Jaçanã – São Paulo – SP
Telefone: (11) 2249-5384

Unidade CIC OESTE “José Soares da Silva”
Endereço: Estrada de Taipas, 990 – Jardim Panamericano – Jaraguá – SP
Telefone: (11) 3942-5228

Unidade CIC PIRAPORA DO BOM JESUS “Luiz Alfredo Missé”
Endereço: Rua Bom Jesus, 106 – Centro – Pirapora do Bom Jesus – SP
Telefone: (11) 3241-4990

Unidade CIC SÃO VICENTE
Endereço: Rua José Bonifácio, 404 – 8º andar – Centro – São Vicente/Santos
Telefone: (13) 3467-2997/3467-5209

Unidade CIC SUL – Jardim São Luis
Endereço: Rua José Manoel Camisa Nova, 100 – Jardim São Luís- São Paulo – SP Telefone: (11) 5514-0182

Juízes de Pernambuco organizam um ato na manhã desta terça-feira (4) contra propostas que tramitam no Congresso Nacional. A categoria alega que está havendo uma represália contra o judiciário.

O ato está marcado para começar às 10h no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, área central do Recife. O movimento está integrado à mobilização nacional articulada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que realizará uma manifestação em Brasília na próxima quarta-feira (5). 

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Entre as medidas que a magistratura está contrária constam o Projeto de Lei do Senado (PLS) 280/2016, conhecido como Lei do Abuso de Autoridade, e o Projeto de Lei e Outras Proposições (PLP) 257/2016, um pacote de ajuste fiscal.

Segundo o presidente da Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE), desembargador Antenor Cardoso, as mudanças prejudicam as atividades das polícias, Ministério Público e magistratura. “O objetivo disso é continuar a roubalheira toda como está e não investigar nada”, ele acusou. 

Com relação ao PLS 280/2016, os manifestantes criticam, por exemplo, o artigo 13, que fala em “constranger alguém, sob ameaça de prisão, a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão da função, ministério ou ofício ou profissão, deva guardar segredo”, indicando uma detenção de um a quatro anos mais multa. “Se a pessoa disser que se sentiu constrangida, ela pode incriminar o agente, que vai passar a ser réu”, critica Cardoso.

O artigo 15 fala sobre penalização para quem utilizar uma algema em um preso que não ofereceu resistência à prisão, que não deve fugir ou oferecer perigo à integridade física dele ou de terceiro. “O texto fala sobre a integridade do preso, mas nós utilizamos as algemas para garantir a integridade do agente público”, pontua o presidente da AMEPE.

Os manifestantes também cobram uma valorização da carreira. Citam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 62, de 2015, que desvincula os subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) da magistratura. Para Cardoso, a remuneração dos juízes ficaria limitada com a medida. 

Uma liminar foi obtida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco junto ao Poder Judiciário, cuja determinação é o funcionamento das agências bancárias por, no mínimo, duas horas diárias a fim de atender a população. 

De acordo com a OAB, “a liminar determina também o pagamento dos alvarás expedidos em favor de partes e advogados”. O juiz do trabalho substituto Arthur Ferreira Soares, da 11ª Vara do Trabalho do Recife, explica que devido à incerteza do término da greve, as necessidades diárias da população continuam existindo e aumentando, por isso, não podem aguardar até o fim da paralisação para ter acesso ao serviço. 

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A decisão, proferida na quinta-feira (15), passará a valer a partir do segundo dia útil após o recebimento pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Créditos em Pernambuco. Caso a medida não seja cumprida, a decisão prevê multa diária no valor de R$ 10 mil reais por dia.

 

 

O corte de 30% no orçamento do Poder Judiciário Federal provocou inquietação entre os juízes federais. Nessa quinta-feira (28), as principais entidades da classe divulgaram um duro manifesto por meio do qual alertam que "estarão vigilantes às ameaças às suas prerrogativas".

Eles destacam que "vão acompanhar qualquer movimento que tenha o objetivo de desestabilizar ou atacar a missão constitucional da Justiça Federal".

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O "Manifesto em defesa da Justiça Federal" é subscrito pelo presidente da Associação dos Juízes Federais, Antônio César Bochenek, e por onze presidentes da entidade em Brasília e nos Estados.

Os colegas do juiz federal Sérgio Moro observam que a independência do Poder Judiciário Federal "tem sido abalada com cortes que atingiram 30% do seu orçamento, além do contingenciamento de valores".

"A atuação eficiente da Justiça Federal mostra de forma clara o avanço das instituições brasileiras, sobretudo no enfrentamento aos crimes de corrupção, que atingem a Administração Pública e dilapidam o patrimônio de todos os brasileiros", ressaltam.

Eles destacam "o senso de responsabilidade e dedicação dos magistrados federais que atuam por todo o país, principalmente aqueles envolvidos em importantes operações, como a Zelotes e a Lava Jato".

Avisam, ainda, que não vão ceder "a qualquer tipo de intimidação ou pressão". "Diante dessa nova realidade que começa a quebrar velhos paradigmas e transformar a percepção da sociedade sobre a punição dos corruptos, os juízes federais sempre defenderão a missão de julgar e distribuir justiça", escreveram

Os juízes alertam que "para dar continuidade e não prejudicar os trabalhos que vêm avançando nos últimos anos, é fundamental prover condições adequadas de trabalho a todos os magistrados e servidores da Justiça Federal". "Apesar de todas as limitações estruturais e financeiras enfrentadas, a Justiça Federal brasileira é reconhecida pela qualidade das suas decisões."

Ao fim do manifesto, os juízes federais afirmam que "estarão vigilantes às ameaças às suas prerrogativas e vão acompanhar qualquer movimento que tenha o objetivo de desestabilizar ou atacar a missão constitucional da Justiça Federal".

Dizem também que "não serão admitidas acusações levianas de pessoas que foram atingidas pelas decisões dos magistrados federais em todas as instâncias sem uma reação imediata e contundente destas associações de juízes."

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) inaugura, nesta terça-feira (26), os fóruns das comarcas de Serra Talhada e Arcoverde, ambas no Sertão. As cerimônias acontecem às 10h e às 16h, respectivamente. As duas edificações começaram a ser construídas em março de 2014, no início da gestão do presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves. Os equipamentos foram orçados em R$ 34 milhões.

Cada novo fórum terá cinco pavimentos, com capacidade para 17 varas, entre elas unidades criminais, da fazenda, cíveis e da Infância e Juventude. Em ambos os prédios haverá ainda Juizados Especiais Cíveis; uma Central de Cartas de Ordem Precatória e Rogatória; uma Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem; um auditório com capacidade para 151 pessoas e um Salão do Júri que comporta até 135 pessoas.

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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realiza uma sessão extraordinária, nesta sexta-feira (13), para eleger a nova mesa diretora do Poder Judiciário para o biênio 2016/2017. A partir das 10h, os desembargadores da Corte Estadual reúnem-se para, em votação secreta, definir os magistrados que assumirão a presidência, as 1ª e 2ª vice-presidências e a Corregedoria Geral da Justiça. Os eleitos tomarão posse em fevereiro de 2016.

A sessão terá lugar no Salão de Sessões Desembargador Antônio de Brito Alves, no 1º andar do Palácio da Justiça. Atualmente, integram a mesa diretora os desembargadores Frederico Neves (presidente), Leopoldo Raposo (1º vice-presidente), Fernando Ferreira (2º vice-presidente) e Eduardo Paurá (corregedor geral da Justiça).

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Projeto de lei – Na mesma sessão, o Pleno do TJPE votará o projeto da Presidência do Tribunal, publicado no último dia 3, que versa sobre corte de despesas com gratificações, além da reorganização e criação de unidades judiciais. Se aprovadas, as medidas representarão uma redução das despesas com pessoal da ordem de R$ 9 milhões. Trata-se de conjunto de ações dirigidas ao equilíbrio do orçamento em face do cenário fiscal adverso.

Entre as propostas, estão restrições no pagamento de gratificação para substitutos de servidores ocupantes de cargos comissionados ou funções gratificadas e a redução de R$ 2.112,48 para R$ 800 o valor do teto definido para a Gratificação de Incentivo à Produtividade atribuída aos servidores à disposição do TJPE.

Também se propõem a criação da 3ª Vara de Violência Doméstica contra a Mulher do Recife, de nova Vara de Execução Penal na Capital e do 2º Juizado Cível de Petrolina, além da duplicação da capacidade de julgamento das duas Varas de Entorpecentes do Recife e da instituição da nova Política Diferenciada de Governança dos Executivos Fiscais.

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