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Líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Silvio Costa Filho (PRB) se reuniu com o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), para analisar a conjuntura política no estado. Durante o encontro, que aconteceu nessa terça-feira (7), os dois fizeram uma avaliação sobre a situação da segurança, dos servidores públicos do estado e do município, além de outras áreas, como saúde, habitação e mobilidade.

Ex-candidatos pela mesma chapa ao comando da Prefeitura do Recife em 2016, Silvio Filho aproveitou a reunião para pedir que João Paulo ajudasse no fortalecimento da oposição em Pernambuco. A ideia, segundo o parlamentar, é reforçar o diálogo com todos os canais de participação popular para fortalecer a atuação da bancada na Alepe.

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De acordo com ele, João Paulo se comprometeu a intermediar a articulação com os servidores públicos, sindicatos e entidades da sociedade civil. Além do contato com João Paulo, Silvio vai procurar outras lideranças políticas do estado nos próximos dias, independentemente da coloração partidária, com o intuito de fortalecer a oposição ao PSB.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) divulgou um balanço, nesta segunda-feira (6), apontando que em 65 dias houve um registro de mil homicídios no estado. A marca, de acordo com um levantamento feito pelo colegiado, foi atingida no último fim de semana quando houve 49 mortes. De acordo com a oposição, os dados apontam um crescimento de 40% sobre o mesmo período do ano passado, quando foram cometidos 712 homicídios até o dia 5 de março.

Na nota em que faz a denúncia, o grupo disse que “em resposta aos fatos, o Governo do Estado tentar camuflar a realidade escondendo os números e recheando a mídia de mensagens otimistas, de que tudo está sob controle, quando na verdade não está”. “É preciso que o Governo venha à sociedade dizer o que está fazendo, efetivamente, para reduzir a média de 16 assassinatos por dia registrada este ano, assim como o crescimento de 438% no número de assaltos a ônibus e os 75% de aumento no caso de crimes violentos contra o patrimônio”, cobrou o líder da bancada, Silvio Costa Filho (PRB). 

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Para Costa Filho, “as únicas medidas adotadas pelo Governo do Estado foram as trocas do comando da Polícia Militar, do chefe da Polícia Civil e do próprio secretário de Defesa Social, como se essas medidas fossem solucionar o clima de guerra civil vivido hoje nas ruas do Estado”. 

O líder disse também ter encaminhado uma solicitação ao presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Edilson Silva (PSOL), para a realização de uma audiência pública para discutir o Pacto pela Vida. A oposição também cobrou do governo a apresentação de um plano para reduzir a violência.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) terá uma comissão especial para acompanhar o andamento da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional. A criação do colegiado foi aprovada nessa quinta-feira (23). Segundo o deputado Sílvio Costa Filho (PRB), que solicitou a implantação do colegiado, a comissão terá como objetivo “estudar as alterações da Previdência Social defendendo o direito do trabalhador”.

“A reforma previdenciária é importante para o Brasil, mas não da forma como foi enviada para a Câmara Federal. Por isso, é importante abrir na Assembleia um canal de debate com vários atores da sociedade civil para apresentar a visão do Legislativo pernambucano sobre o tema”, avaliou. “Apesar da competência sobre o assunto ser do Congresso Nacional, logo essa discussão chegará aos Estados, dada a grave crise dos sistemas de previdência estaduais”, justificou.

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A Comissão será composta por dez deputados, sendo cinco titulares e cinco suplentes, e terá 90 dias de duração. “Esperamos já na primeira quinzena de março fazer uma grande audiência pública sobre a reforma”, afirmou Costa Filho. O deputado também informou que o colegiado irá substituir o trabalho da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência.

O Partido Republicano Brasileiro (PRB) negou, em nota divulgada neste domingo, que o ministro Marcos Pereira, presidente nacional licenciado da sigla, tenha recebido da Odebrecht dinheiro de caixa 2 para a campanha de 2014.

Segundo matéria publicada na edição deste domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo, depoimento que integra a delação da empreiteira na Lava Jato cita Marcos Pereira como negociador de um repasse de R$ 7 milhões da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Os recursos, entregues em dinheiro vivo, compraram apoio do partido à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.

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A informação é rechaçada pelo PRB, que argumenta que a matéria "adotou palavras unilaterais de delação premiada" cujo sigilo não foi levantado pela Justiça, o que, segundo o partido, levou a citações de "frases genéricas que não têm forma ou conteúdo de prova".

O PRB lembra que, à época da campanha, tinha apenas oito deputados federais e o menor tempo de televisão entre os partidos que apoiaram Dilma. Ressalta ainda que a convenção que definiu o apoio ao PT aconteceu nas últimas horas do último dia possível.

De acordo com a nota, Marcos Pereira, nomeado ministro da Indústria, Comércio e Serviços, quando Michel Temer assumiu ainda interinamente a presidência da República, tentou até o fim levar o PRB a outro projeto, o que acabou não acontecendo por questões conjunturais.

O partido diz que Pereira esteve na sede da Odebrecht por duas vezes para tratar de doações de campanha dentro da lei, quando as regras eleitorais ainda permitiam arrecadar recursos empresariais. "No entanto, nenhum valor foi destinado ao partido", aponta a nota do PRB.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014, segundo depoimento que integra a delação da empreiteira na Lava Jato. Os recursos, entregues em dinheiro vivo, compraram apoio do partido então presidido por Pereira à campanha de reeleição de Dilma Rousseff, que tinha Michel Temer como vice.

O dinheiro dado ao PRB fazia parte de um pacote maior, que envolvia também o apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa governista. Ao todo, a Odebrecht colocou cerca de R$ 30 milhões na operação, como o Estado revelou em dezembro. O acordo é descrito, com diferentes pedaços da história, nas delações de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira, e dos executivos Alexandrino Alencar e Fernando Cunha.

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Sexto ministro de Temer citado na Lava Jato, na época Pereira tratou pessoalmente do assunto com Alexandrino, um dos 77 executivos da Odebrecht que fizeram acordo de delação já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com as delações, Pereira esteve mais de uma vez na sede da Odebrecht em São Paulo para combinar como e a quem o dinheiro, entregue em parcelas, deveria ser repassado. O ministro rebate as afirmações dos delatores. "Eu desconheço essa operação. Comigo não foi tratado nada disso", disse. "Delação não é prova (mais informações nesta página)."

Presidente licenciado do PRB, Marcos Pereira é homem forte no partido fundado por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus após o escândalo do mensalão. Ao Estado, ele contou que ajudava a arrecadar recursos para campanhas do seu partido, que tem 23 deputados, um senador e comanda a prefeitura do Rio, com Marcelo Crivella. A pasta da Indústria, embora tenha perdido poderes com Temer, continua sendo uma das mais relevantes do governo.

TV

O apoio do PRB e dos outros quatro partidos garantiu à chapa Dilma-Temer 2 minutos e 39 segundos a mais na propaganda eleitoral de televisão - totalizando mais de 11 minutos, ante apenas 6 minutos de Aécio Neves, o candidato do PSDB. O PRB recebeu R$ 7 milhões em troca de 20 segundos por dia de campanha. Segundo os relatos dos executivos da Odebrecht, a empreiteira agiu a pedido de Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma e hoje prefeito de Araraquara (SP), realizado num encontro com Marcelo e Alexandrino em São Paulo.

Feito o acerto, de acordo com os depoimentos, Alexandrino ficou encarregado de fazer com que PCdoB, PROS e PRB recebessem R$ 7 milhões cada um do departamento de propinas da Odebrecht. Fernando Cunha mandou R$ 4 milhões para o PDT. O Estado não conseguiu confirmar como foi a negociação com o PP.

Edinho Silva nega o acerto com a Odebrecht. "Não participei de tratativas com os partidos na época das composições. Eu ainda não era coordenador financeiro", afirmou. Procurada, a Odebrecht informou que não iria se manifestar.

Os relatos de que houve compra de apoio partidário para a campanha Dilma-Temer poderão ser analisados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que investiga abuso de poder político e econômico na campanha. O Estado apurou que o relator, ministro Herman Benjamin, decide nesta semana se vai requisitar os depoimentos, que estão na Procuradoria-Geral da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fortalecer a Frente Parlamentar de Combate ao Extermínio da Juventude Negra será uma das prioridades do deputado estadual Ossessio Silva (PRB) neste ano. Em entrevista concedida ao LeiaJa.com, o parlamentar declarou que o trabalho contra a discriminação racial é árduo e difícil. “Muitos jovens negros são mortos por dia e não é noticiado e nem se fala a respeito. É necessário esse trabalho de combate ao extermínio”, pontuou.

Ele também falou sobre um índice alarmante, bastante repercutido em 2016, o qual alerta que em Pernambuco o risco de morte de um jovem negro é 11,5 vezes maior do que o observado para um jovem branco da mesma faixa etária (12 a 29 anos). “Não podemos abrir mão de estar sempre chamando a sociedade para o debate. É preciso que o negro possa caminhar, ter seu lugar, que o negro possa se apresentar. Nós somos uma raça inteligente e precisamos construir um Brasil em cima disso”.

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“Eu costumo dizer que quando se sacode a árvore genealógica, de qualquer cidadão brasileiro, está um negro lá. É preciso debater isso no sentido de que o negro não seja discriminado dessa forma. Queremos o nosso espaço, luz ao sol, e conviver junto a todos de maneira harmônica. É muito importante combater e não vamos abrir mão disso de forma alguma”, ressaltou.

Ossessio afirmou que será um mandato mais intenso. “Queremos concluir com êxito os projetos, neste dois anos que faltam, para que os negros e povo de Pernambuco tenham mais qualidade de vida. Com relação à nossa posição, continuaremos aplaudir o governo no que for bom ao povo e fazendo as críticas necessárias naquilo que for prejudicar a população porque o nosso mandato é para o povo”. 

Compõem a Frente Parlamentar de Combate ao Extermínio da Juventude Negra, além de Ossessio, que é o coordenador, os deputados Edílson Silva (PSOL) e Teresa Leitão (PT). Mais um membro será escolhido para ocupar o lugar de Lupércio (SD), atual prefeito do município de Olinda. “Vamos rodar o estado chamando a atenção da sociedade no sentindo de igualdade”, prometeu Ossessio. 

Repúdio

O deputado repudiou, recentemente, o caso que aconteceu na Casa dos Frios, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, onde supostamente um cidadão chamado Mário José Ferreira foi confundido com um assaltante. A alegação foi por causa da sua cor da pele. 

“Ele é um cidadão que paga seus impostos como qualquer outro e merece respeito. Infelizmente, ainda existe essa cultura racista que julga o caráter das pessoas pela cor da pele. Até quando a população negra terá que passar por esse tipo de constrangimento. Racismo é crime e espero que atos como esse não fiquem impunes”, chegou a dizer Ossessio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A poucos dias do reinício das atividades parlamentares na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os líderes das bancadas do governo, Isaltino Nascimento (PSB), e da oposição, Silvio Costa Filho (PRB), iniciaram as articulações sobre a participação dos dois colegiados nas comissões da Casa. 

O primeiro encontro entre os dois para tratar sobre o assunto aconteceu nessa quinta-feira (26) e o próximo está marcado para terça-feira (31), dois dias antes do fim do recesso. Na reunião dessa quinta, segundo o líder da oposição, ficou definido que na composição das comissões serão priorizados os critérios da proporcionalidade, assegurando que cada bancada possa cumprir o seu papel. 

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“É importante que as duas bancadas tenham a sua participação nas comissões. Também comuniquei ao líder do governo sobre a realização de algumas audiências públicas que estão nos planos da oposição, nas áreas de saúde, educação e segurança e que esperamos que ele possa desempenhar o papel de interlocutor do diálogo com os secretários”, afirmou Costa Filho.

“O objetivo do encontro foi estreitar mais as relações entre o governo e a oposição para constituir uma relação harmônica e atender as demandas da casa. A definição das comissões deve ser prioritariamente baseada na proporcionalidade e no interesse de cada bancada”, acrescentou Isaltino.

Novo quadro

As atividades legislativas reiniciam na próxima quinta-feira (2). Para este novo biênio, a Casa Joaquim Nabuco contará com um quadro de novos deputados, isto porque, os titulares das vagas assumiram o comando de prefeituras municipais. 

Tomaram posse o próprio líder do governo, Isaltino Nascimento, Jadeval de Lima (PDT), Laura Gomes (PSB), Paulinho Tomé (PT),  Roberta Arraes (PSB), Antônio Moraes (PSDB) e Marcantônio Dourado (PSB). Além de Terezinha Nunes (PSDB) e Gustavo Negromonte (PMDB), que assumiram vagas como suplentes nos lugares dos parlamentares licenciados Nilton Mota (PSB), secretário estadual de Agricultura, e Alberto Feitosa (PR), que ocupa a função de secretário de Saneamento do Recife. 

Deixaram a Alepe, Aglailson Junior (PSB) agora prefeito em Vitória de Santo Antão; Ângelo Ferreira (PSB), de Sertânia; Botafogo (PDT), de Carpina; Lula Cabral (PSB), do Cabo de Santo Agostinho; Miguel Coelho (PSB), de Petrolina; Professor Lupercio (SD), de Olinda; e Raquel Lyra (PSB), de Caruaru.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), vai se consolidando cada vez mais para ganhar a eleição da Casa, que acontece no próximo dia 2 de fevereiro. Nesta quinta-feira (26), mais dois partidos anunciaram o apoio para o democrata. Ao todo, já são oito partidos que se uniram à Maia. Além do PP e PRB, ele já conta com a ajuda do PR, PSDB, DEM, PSB, PSD e PCdoB no pleito. 

Líder do PRB na Câmara, Márcio Marinho argumentou que a “ampla maioria” dos parlamentares que compõe a sigla decidiu apoiar a reeleição do atual presidente porque ele “reúne as condições para garantir a estabilidade que a Câmara precisa em vista das importantes votações que deverão acontecer nos próximos dois anos”. Já o PP deverá ganhar o direito de indicar o líder do governo na Câmara. 

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A história mudou em favor de Maia já que, na última sexta (20), o juiz federal Eduardo Ribeiro de Oliveira, da 15ª Vara Federal em Brasília, proibiu a candidatura à reeleição dele. O juiz chegou a determinar o pagamento de multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão.

O juiz explicou, na decisão, que Maia não pode ser candidato à reeleição porque o artigo 57 da Constituição Federal diz que é “vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.

A proibição durou pouco, dois dias depois, no domingo (22), o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador federal Hilton Queiroz, suspendeu a decisão. Para ele, o artigo só veda para os que fora eleitos para mandatos de dois anos. “Esse não é o caso de Maia, já que o atual presidente da Câmara apenas cumpre mandato-tampão", disse Queiroz.

A base do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) passará a ser liderada pelo deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB). O socialista, que já exerceu a função durante primeira gestão do ex-governador Eduardo Campos (2007 a 2010), assume o lugar do deputado Waldemar Borges (PSB) e já se reúne nesta quarta-feira (18) com o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), e até o fim da semana com o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB). 

O nome de Isaltino para o comando do grupo foi confirmado nessa terça-feira (17) pelo governador Paulo Câmara (PSB). Considerado um bom articulador pelo Palácio do Campo das Princesas, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude assume o posto com o desafio de enfrentar a linha crítica ao governador durante um ano pré-eleitoral.  

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A transição entre ele e Waldemar Borges também inicia nesta quarta. Borges deve ser indicado para assumir o comando da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Casa Joaquim Nabuco, antes ocupado por Raquel Lyra (PSDB), eleita prefeita de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

Em nota à imprensa, Borges disse que a mudança é fruto de um “entendimento amadurecido ao longo de meses” e ponderou ser “saudável” um rodízio no posto. “Há seis anos no cargo, acredito ser saudável que haja um rodízio nessa função que tanto me orgulho de ter desempenhado. A oportunidade de liderar na Assembleia o projeto político iniciado em Pernambuco por Eduardo Campos, e hoje comandado por Paulo Câmara, foi verdadeiramente um privilégio que a história me reservou”, salientou.  

Prestes a definir um novo reajuste tarifário para o transporte coletivo na Região Metropolitana do Recife (RMR), o Governo de Pernambuco foi questionado pela bancada de Oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) quanto ao cumprimento de promessas feitas durante a campanha do governador Paulo Câmara (PSB). Entre os questionamentos feitos pelo líder do colegiado, deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), está a implantação de uma tarifa única para os ônibus na RMR que na época eleitoral, em 2014, custava R$ 2,15, valor prometido pelo então candidato. 

O aumento das passagens pode não ser definido nesta sexta-feira (6), por decisão judicial, mas se aprovada a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) o reajuste será de 33,9%, o que saltaria o Anel A de R$ 2,80 para R$ 3,75 e o Anel B de R$ 3,85 para R$ 5,15. 

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Segundo Costa Filho, além da tarifa única, a mudança também traz à tona uma discussão sobre promessas feitas por Câmara para a mobilidade urbana no estado. Ele lembrou a implantação do corredor VLT na Avenida Norte, a conclusão do projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe e a conclusão dos corredores Leste-Oeste e Norte-Sul.  

“Essas foram algumas das promessas feitas pelo Governo do Estado que, infelizmente, devem ficar apenas no papel”, lamenta. “O Governo do Estado só trata do tema mobilidade uma vez por ano, exatamente em janeiro, quando as empresas de ônibus apresentam sua proposta de reajuste da tarifa. Nem mesmo o que estava previsto no edital de licitação do sistema, em 2013, é discutido com a sociedade”, emendou, criticando.

Para o líder da oposição, o debate sobre transporte público não pode ficar restrito ao reajuste da passagem, como, segundo ele, vem acontecendo nos últimos dois anos. Para o parlamentar, é preciso rediscutir o sistema integrado, a complementação modal, além das rotas cicloviárias e passeios públicos, já que 30% da população do Grande Recife se desloca a pé ou de bicicleta.  “Estamos aproveitando a realização da reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano, que acontece nesta sexta, para cobrar que as discussões não fiquem restritas ao índice de reajuste da tarifa, mas que seja apresentado também um cronograma de entrega dessas obras”, defendeu Silvio.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Sílvio Costa Filho (PRB), cobrou, nesta quinta-feira (17), que o governador Paulo Câmara (PSB) anuncie se irá pagar ou não o 13º salário dos servidores. Segundo o parlamentar, a gestão tem gerado insegurança no funcionalismo por não informar claramente se irá pagar a gratificação natalina até o fim do prazo legal, o dia 20 de dezembro.

“Todos os dias o secretário de Administração, Milton Coelho, tem falado na imprensa, mas em nenhum momento ele responde ao que o servidor quer saber, objetivamente: o 13º salário vai ser pago ou não?”, questionou o parlamentar. “A falta de dinheiro para pagar salários tem sido comum no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, que têm problemas históricos com as contas públicas. O mesmo não deveria acontecer num estado como Pernambuco, que teve um aumento de arrecadação”, considerou.

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Sílvio Costa Filho contou que, além de servidores e sindicatos, entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Federação das Associações de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Femicro) também têm feito cobranças e sofrido consequências com essa incerteza quanto ao pagamento do 13º. “Os servidores não estão podendo planejar seus gastos de fim de ano, o que afeta toda a cadeia produtiva do Estado”, relatou o líder.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se reúne, nesta quinta-feira (17), com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Leopoldo Raposo, para debater sobre o crescimento da violência no Estado. A intenção, de acordo com a bancada, é de tentar estabelecer estratégias para que o Poder contribua com o combate a criminalidade. 

Segundo um levantamento da oposição, com base nos dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), Pernambuco caminha para o terceiro ano consecutivo de crescimento no número dos homicídios. A alta acumulada este ano está em 12,9%, sobre um crescimento de 13,5% já registrado em 2015 e de quase 10% em 2014. 

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Ainda de acordo com dados apresentados pelo colegiado, no mês de outubro foram registrados 451 assassinatos no Estado, “o pior resultado” desde o lançamento do Pacto pela Vida, em 2007. Os parlamentares da Oposição defendem uma ampla discussão com a sociedade sobre o Pacto pela Vida e uma repactuação das bases do programa estadual de combate à violência.

Adversário de Marcelo Crivella na corrida pela prefeitura do Rio, Marcelo Freixo (PSOL) acredita que o senador precisa esclarecer o caso revelado esta semana pela revista Veja. Para Freixo, o ponto mais grave é a denúncia de que o candidato do PRB teria praticado um "ato de violência".

"O Crivella está se revelando uma pessoa violenta. Ele foi violento na forma de tratar religiões diferentes da dele. Foi violento no trato com as mulheres, violento nessa rede de boatos contra mim. E agora com essa revelação de ter entrado na casa de uma moradora pobre com gente armada. Só vi isso em área de milícia. É preciso saber quem é o Crivella por trás da fala mansa", afirmou Freixo.

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A reportagem publicada nesta sexta-feira (21) conta que Crivella foi fichado na 9ª Delegacia de Polícia por invasão de domicílio, em janeiro de 1990. O então pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual hoje é bispo licenciado, teria tentado expulsar um homem de um terreno da Universal. No inquérito, ele é acusado pelo morador do terreno, Nilton Linhares, de ter chegado ao local com seguranças armados com revólveres, arrombado o portão com o pé de cabra e ameaçado sua mulher e filhas.

"Um homem público não pode ter nada escondido, tem que esclarecer. Acho que o mais grave é que se trata de um ato de violência, você expulsar uma família, entrar na casa de alguém", disse Freixo durante agenda de campanha em Bangu, na zona oeste do Rio. O candidato do PSOL frisou estar surpreso e que ainda precisava ler a íntegra da reportagem. Freixo afirmou que não pretende usar o episódio contra o adversário na reta final da campanha.

Líder das pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha eleitoral, o candidato do PRB à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, disse hoje, ao chegar para votar, que espera ganhar já no primeiro turno. Ele afirmou ainda que não pretende se aliar ao PMDB, do oponente Pedro Paulo e do atual prefeito, Eduardo Paes, num eventual segundo turno com Marcelo Freixo, do PSOL.

"Se Deus quiser, a gente ganha no primeiro turno. O tempo muda as coisas, as pessoas passaram a me conhecer melhor. Aquela coisa de (mistura de) política com religião, que era uma pregação dos adversários exaustiva, não tem mais efeito. As pessoas viram que sou um político qualquer, querendo fazer o bem. A rejeição caiu muito", afirmou Crivella, ao avaliar seu desempenho na campanha.

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Ele chegou para votar por volta das 10h15. Veio caminhando pela rua Francisco Otaviano até o Clube Marimbás, no Posto 6, em Copacabana, zona sul do Rio, acompanhado da mulher, Sylvia, e dos filhos, Marcelo e Rachel. Foi abordado por eleitores e tirou selfies.

"Tanto eu como o Freixo fazemos uma oposição à prática do PMDB, a um setor do PMDB. (Contra ele) virá uma eleição de debate muito mais sobre propostas para o Rio. Se for contra o PMDB, a linha vai ser a ética na política. É isso que o povo quer na rua. O Rio devia tirar o PMDB no primeiro turno, por tudo o que eles protagonizaram na vida pública. Muita gente está com ódio, nojo da política. Pode ser que o voto branco e nulo aumente muito por causa disso", defendeu.

Sobre alianças, o candidato não quis antecipar nada, só rechaçou um apoio do PMDB. "Acredito que a gente consiga um bom arco de alianças. Mas não será uma aliança feita em cima de cargos, mas de propostas, ideias, valores. Se não tiver que ter aliança no segundo turno, não teremos. Não pretendo fazer aliança com o PMDB."

Na última pesquisa do Ibope, divulgada ontem, Crivella aparece com 38% dos votos válidos. Em seguida vêm Marcelo Freixo, com 14%, Pedro Paulo (PMDB), com 11%, Flávio Bolsonaro (PSC), com 10%, e Índio da Costa (PSD), com 10%. Os votos válidos excluem os nulos e brancos e também os eleitores que se declararam ainda indecisos. Foram ouvidos 1.204 pessoas de quinta-feira a ontem.

Já pelo levantamento Datafolha, divulgado ontem também, e que coletou as intenções de voto de 2.159 eleitores na sexta-feira e ontem, Crivella tem 32%, contra 16% de Freixo, 12% de Pedro Paulo, 11% de Índio e 10% de Osorio. A margem de erro é de três pontos para cima ou para baixo nas duas pesquisas.

O candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT), apresentou, nesta sexta-feira (16), o programa de governo para uma eventual gestão dele. Sem grandes promessas, como já era esperado, dos 210 itens que, segundo ele, compõem o documento foram destacadas 39 para a divulgação hoje e destas João Paulo enumerou 13 como prioridades. 

Entre elas estão a defesa da implantação de um sistema de transporte com integração temporal em qualquer parada, sem precisar passar pelos terminais integrados; a recriação da política municipal de habitação e a reestruturação do programa Recife sem Palafitas; a rediscussão do Pacto Pela Vida municipal; a reedição do Programa Aluno nos Trinques; e a ampliação das equipes de saúde e dos horários de funcionamento das unidades de saúde da família. Todas divididas em três pontos principais Cidade Sustentável, Cidade Inclusiva e Cidade Participativa. 

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A apresentação dos eixos foi de forma genérica, assim como as demais proposições. “Não trabalhamos no conceito de fazer promessas. Queremos nos comprometer com aquilo que podemos fazer”, resumiu o petista durante a coletiva de imprensa no início da tarde. “Foi uma caminhada longa em relação a uma campanha tão curta, sempre defendendo princípio que é para nós fundamental: a escuta da sociedade. Nosso programa lateja a realidade viva da cidade”, acrescentou.

De acordo com o candidato a vice-prefeito Silvio Costa Filho (PRB), que coordenou as atividades de construção do plano, a intenção da chapa, com as propostas, é de retomar a “eficiência da gestão pública” buscando a manutenção da cidade e “valorizando as pessoas”. 

“Tivemos preocupação de não prometer à cidade aquilo que não pode cumprir. A gestão atual não cumpriu nem 60% do programa de governo que foi registrado em cartório e a intenção do nosso programa é termos um governo com um olhar mais social da cidade, na busca do desenvolvimento econômico e, sobretudo, valorizando as pessoas”, explicou.

Paridade nas secretarias municipais

A reestruturação da máquina pública também é uma das propostas de João Paulo. A intenção da chapa é deixar a Prefeitura do Recife com no máximo 18 secretarias. A novidade, entretanto, não está diretamente ligada à redução, mas à forma com que o petista quer montar o primeiro escalão a partir da paridade.

“Precisamos enxugar a gestão, vou fazer um esforço grande para que a gente possa manter a paridade e ter 50% de participação feminina. Vamos fazer este esforço para que as mulheres possam ter participação do nosso governo”, observou.

“Já no processo de transição, vamos criar um grupo de trabalho para diagnosticar a situação real da economia da prefeitura. No Portal de Transparência já podemos constatar um acúmulo de mais de R$ 200 milhões em restos a pagar. Baseado no diagnóstico e dialogando com o programa de governo é que vão ser apresentadas as secretarias”, acrescentou, destrinchando, o vice.  

Conclusão e retomada de obras

João Paulo garantiu ainda que as obras que estão em andamento no Recife iniciadas pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) serão concluídas, caso ele seja eleito. “Vou fazer a mesma coisa que fiz em 2000: dar continuidade a todas as obras e vou convidá-lo para as inaugurações”, frisou.

Sobre novos equipamentos, se eles vão manter o padrão socialista, com grandes infraestruturas, o petista ressaltou a importância de manter os que já existem. “Não adianta criar muitos equipamentos sem ter condições de manutenção”, disse. 

E acrescentou: “primeiro queremos reabrir tudo que está fechado, tem 40 obras paradas, vamos retomar. O Geraldão, por exemplo, provavelmente vamos ter que discutir. Pelo que sei está previsto um ar condicionado central, mas isso para ser um equipamento aberto ao povo é inviável. Como manter um ar central no Geraldão com a única máquina de lavar da creche de Nova Descoberta quebrada?”, ironizando. 

Convocação dos guardas concursados

Na questão da segurança, um dos pontos questionados a João Paulo foi sobre como, durante uma eventual gestão dele, a prefeitura vai coibir a violência entre torcidas organizadas nos dias de jogos e clássicos do futebol pernambucano. O petista condenou a política de repressão como única solução e prometeu ampliar a valorização da guarda municipal.  

“A responsabilidade [segurança pública] é de todos. Não podemos ver que a política de repressão vai reduzir isso [a violência entre torcidas]. O incentivo a cultura, arte e o próprio futebol participativo podem ser alternativos”, disse. 

Entre as atividades, ele também destacou a inserção da guarda municipal na segurança. João prometeu convocar todos os 900 concursados para assumir os postos. “Quero retomar o convênio da guarda municipal com a polícia federal. E dependendo da situação financeira da prefeitura, eu vou chamar os 900 concursados. Isto vai ser também dentro da responsabilidade”, pontuou, lembrando da situação financeira da máquina.

O deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) afirmou que o crescimento da dívida do Governo de Pernambuco e a falta de previsão para o reajuste dos servidores estaduais são as principais preocupações diante do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), apresentado nessa quarta-feira (17), na Assembleia Legislativa (Alepe). De acordo com o parlamentar, a dívida consolidada de Pernambuco saiu de R$ 4,4 bilhões em 2007, primeiro ano de gestão do PSB, para R$ 14,2 milhões em 2015 e com perspectiva de chegar a R$ 14,4 bilhões em 2017.

“Os números apresentados pelo secretário Márcio Stefani (Planejamento) significam um crescimento de R$ 10 bilhões em dez anos enquanto outros estados do Nordeste não tiveram um aumento tão acentuado. E por mais que o Governo diga que a dívida é administrável, um incremento nesse ritmo preocupa a Bancada de Oposição”, ponderou Silvio.

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Segundo o líder da oposição na Casa, a apresentação feita pelo secretário mostrou que 2017 será outro ano difícil para os servidores, já que o Estado fechou o primeiro semestre de 2016 comprometendo 47,13% da Receita Correte Líquida com a folha de pagamentos - o limite prudencial definido na Lei de Responsabilidade Fiscal é de 46,55%.

“O próprio secretário Márcio Stefani admitiu que não há espaço fiscal para conceder reajuste aos servidores no próximo ano, embora o próprio Governo do Estado, no projeto encaminhado a esta Casa, estime uma inflação de 6,98% em 2016 e de 5,80% em 2017. Será mais um ano de aperto e de perda de poder aquisitivo para o funcionalismo”, avaliou o deputado.

Costa Filho disse também se preocupar com a previsão de uma redução das despesas da ordem de R$ 800 milhões entre 2017 e 2019, destacando que “cortes dessa magnitude não devem comprometer as áreas essenciais para a população, como saúde, educação e segurança pública”. 

“Infelizmente, o que temos assistido desde o ano passado é a queda da qualidade na saúde pública do Estado, o crescimento generalizado da violência e escolas de referência encerrando as atividades mais cedo por falta de almoço para os alunos”, relatou.

Como alternativas ao reequilíbrio estadual, o deputado sugeriu a diminuição de gastos com publicidade, a redução do tamanho da máquina administrativa e o corte de cargos comissionados. “A Bancada de Oposição está à disposição do governador para discutir saídas para o atual quadro desde que as áreas de saúde, educação e segurança sejam preservadas”, defendeu. 

Dando a largada inicial a campanha eleitoral desde ano, a coligação "Recife pela Democracia" [PT, PRB, PTdoB, PTN e PTB] fez uma caminhada pelas ruas da capital pernambucana. Sob a batuta dos postulantes a prefeito e vice, João Paulo (PT) e Silvio Costa Filho (PRB), respectivamente, o grupo iniciou a concentração por volta das 9h30 no Pátio do Livramento, no bairro de São José, e seguiram pelas ruas Direita e Tobias Barreto até o camelódromo, na Avenida Guararapes. 

Com uma militância ainda tímida, algumas bandeiras e adesivos do PT, a caminhada iniciou com um atraso de quase duas horas e João Paulo não poupou críticas ao prefeito Geraldo Julio (PSB). Ele fez avaliações negativas da saúde, educação, cultura e outros setores. "Eles não escutam a população nem conhecem a nossa cidade”, salientou, logo após dizer que o Hospital da Mulher, vitrine socialista e uma das promessas de campanha de Geraldo em 2012, era uma “gaiola bonita, mas que não dá comida a passarinho".

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O ex-prefeito pediu o engajamento dos seus apoiadores tanto na eleição dele quanto da chapa proporcional. “Estamos aqui pelo amor ao Recife e a nossa população que precisa resgatar a sua autonomia e importância”, ressaltou. “Vou precisar de vocês com engajamento, além de me apoiar para voltar a prefeitura e fazer com que as pessoas voltem a ter orgulho da nossa cidade. O prefeito, para executar o trabalho, tem que uma Câmara para lhe dar sustentação”, complementou.

João Paulo foi bem recepcionado por comerciantes que reclamavam de perseguição da atual gestão, como Maria Gorete, de 55 anos. “Ele sempre olhou por nós, era um tempo bom quando foi prefeito. Do jeito que está agora é zero”, disparou. "João Paulo tem que voltar com tudo para garantir o nosso pão de cada dia", corroborou a vendedora, Ana Célia. Em contrapartida, outros recifenses soltavam farpas contra o PT e mencionavam sutilmente a Lava Jato durante o percurso percorrido pelo candidato, mas ao ser procurados pela reportagem desconversaram. 

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Candidatos proporcionais 

Enquanto os postulantes a majoritária não chegavam à concentração, os candidatos da chapa proporcional se dividiam em discursos curtos. Os vereadores que buscam a reeleição Jurandir Liberal (PT) e Marília Arraes (PT), além dos que pleiteiam um espaço na Casa José Mariano pela primeira vez como Rinaldo Junior (PRB) e o ex-prefeito, João da Costa (PT) foram alguns dos que pediram votos e dispararam contra a gestão de Geraldo Julio (PSB).

Na disputa pela primeira eleição como filiada ao PT, Marília disse que "o Recife real é totalmente diferente das propagandas mostradas pela prefeitura". "Fazer oposição é fácil, não precisamos falar. O recifense vê todos os dias [o descaso]. Nenhum posto de saúde está funcionando a contento, não tem material escolar nas escolas e creches... Aqui estamos começando, hoje, dias que vão fazer a diferença. Em 2000 vimos uma campanha difícil de luta contra os poderosos. Era uma campanha muito mais difícil do que a de hoje, por isso tenho certeza que vamos eleger João Paulo e uma câmara que não é submissa, mas que ajuda ao prefeito”, cravou.

Ex-prefeito do Recife, João da Costa também adotou um discurso duro contra os socialistas. “Esta gestão tentou apagar da memória os 12 anos de gestão do PT”, disse. 

Diante do contexto nacional, as eleições municipais deste ano trazem um peso maior para quem vai ocupar o cargo de vice na chapa majoritária. O cenário tem provado que a escolha não deve se limitar apenas as articulações políticas, mas ser respaldada em fundamentos mais amplos, tendo em vista possíveis percalços que a dupla enfrentará nos quatro anos seguintes, até porque além das eventuais necessidades do prefeito se ausentar, hoje as constantes suspeitas de corrupção no poder público estão resultando em, cada vez mais, intervenções e cassações do mandato titular.  

No Recife, sete chapas disputam o comando da prefeitura. Delas, apenas os vices do prefeito Geraldo Julio (PSB) que tenta a reeleição com Luciano Siqueira (PCdoB) e do candidato João Paulo (PT) que vai à disputa com Silvio Costa Filho (PRB) apresentam experiências políticas e mandatos. Os demais, de postulações ‘puro sangue’ – como as do PSOL, com Edilson Silva e Luciana Cavalcanti; PV, com Carlos Augusto Costa e Jacques Ribemboim; e do PSTU, Simone Fontana e José Mariano – ou alianças entre dois partidos – no caso de Priscila Krause (DEM) e Alcides Cardoso (PMN), Daniel Coelho (PSDB) e Sérgio Bivar (PSL) – são neófitos concorrência por cargos eletivos e na gerência da administração pública.

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O Portal LeiaJá conversou com todos os vices sobre suas experiências políticas, as contribuições deles na construção das propostas de governo, as responsabilidades durante a campanha e as posturas que eventualmente adotarão caso sejam eleitos e venham a substituir os prefeitos, quer seja por um período curto, de agendas externas, ou outras questões em caráter definitivo. 

Apesar de nunca ter disputado um cargo público, o vice de Carlos Augusto foi assessor especial de Gustavo Krause (DEM) quando esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Engenheiro, Jacques Ribemboim salientou que tentará preencher as lacunas deixadas pelo líder da chapa e pontuou que o programa de governo dos dois é “100% verde”.

“Mergulhamos de cabeça no que há de moderno no ambientalismo. O ambientalismo contemporâneo não é mais restrito a fauna e flora, mas também ao espaço urbano e a qualidade de vida do homem na cidade. O apoio a academias de letras e a questão de um foco muito forte da recuperação ambiental dos bairros do Recife, que ultimamente vem sendo negligenciado, são algumas das propostas minhas no programa”, destacou.

De uma chapa ‘puro sangue’, Ribemboim observou também que a opção do PV por dois nomes do mesmo partido foi uma estratégia justamente para minimizar possíveis desconfortos futuros, em caso de eleição. “Há um entrosamento muito sincero no nosso caso. Em eventual substituição, assumiria sem nenhum risco de susto, percalço ou tentativa de aparecer. Nosso objetivo é que tenhamos com a participação de ambos um governo absolutamente tranquilo, sem que o programa de governo seja esquecido”, disse.

A característica de um vice ligado ao setor privado também é latente entre os postulantes pelo comando da PCR. Empresário e também estreante na política, Alcides Cardoso classificou ser importante ter alguém ligado a iniciativa privada na prefeitura para “poder tentar melhorar o máximo” as articulações da gestão municipal com o setor e disse já ter apresentado diversas sugestões para Priscila Krause incluir na plataforma de propostas, mas, segundo ele, os dois ainda estão discutindo e amadurecendo as ideias.

“Estamos em parceria fazendo um plano de governo que trará o melhor para a cidade, fazendo uma política voltada para o povo. Já apresentamos várias ideias ao grupo de trabalho, mas estão sendo amadurecidas ainda. Com certeza, com a consolidação do programa terão propostas minhas”, afirmou, sem adiantar que tipo de proposições seria essas. 

Já sobre uma provável substituição, Cardoso disse que antes de um afastamento seja por agendas externas ou férias acertaria os detalhes das ações do período com Priscila e deixou claro que a substituição em caráter definitivo seria “impossível de acontecer”. “Com Priscila não tem este problema. Ela é uma política de muita responsabilidade. É uma política diferenciada. Nem se cogita isso. A minha responsabilidade é muito grande, justamente porque ela é uma política diferenciada”, cravou. 

Também na ala neófita e empresarial, Sérgio Bivar (PSL) disputa a vaga de vice ao lado de Daniel Coelho (PSDB). Ele é executivo de uma empresa nacional de seguros e apesar do discurso político tímido, o economista afirmou que pretende fazer com que as propostas apresentadas sejam eficientes no cenário econômico enfrentado pelas prefeituras. 

“Hoje com o dinheiro público se vê muitas despesas e gastos que não trazem benefícios sustentáveis. É aquela coisa, de ‘boas intenções o inferno está cheio’. O nosso programa de governo está sendo feito a diversas mãos, mas estou tentando abalizar as propostas de forma que sejam eficientes. Os recursos são limitados, este é o cenário e você tem que priorizar uma coisa em detrimento à outra”, argumentou, dando o exemplo do saneamento básico de que um investimento no setor resulta em economia na saúde. 

Bivar detalhou ainda que “pretende atuar de forma complementar a Daniel”. “Vamos seguir a mesma linha, com certeza. Eu já tenho uma experiência boa de gestão e sei trabalhar em equipe. Estou bem à vontade com isso [de ter que assumir eventualmente a PCR], sinto a confiança em Daniel e nas pessoas que estão envolvidas na equipe e, se formos eleitos, serão levadas para a gestão”, disse. 

A representação feminina entre os vices

Contrapondo as escolhas da maioria, o PSOL tem como candidata à vice a professora universitária Luciana Cavalcanti. Apesar de ser principiante na corrida por mandatos, ela milita no PSOL há anos e contou que já atuava na construção da campanha de Edilson Silva antes de ser escolhida para a vaga. “Nós já vínhamos construindo o programa de governo juntos, apenas intensifiquei a minha participação quando me foi solicitada a presença na chapa. Quando digo juntos, não é apenas com o partido, mas com a sociedade civil”, ressaltou. 

Indagada sobre o protagonismo que exerce na chapa e quanto as linhas de propostas para o plano de governo que são características dela, Luciana pontuou a educação como ponto forte. “Acredito que a minha contribuição maior tem haver justamente com aquilo que é a causa da minha vida, sou professora. Esta questão foi preponderante na decisão do partido de me convidar e convocar para a tarefa [de vice]. Recife já teve uma das redes municipais de educação mais competentes e eficientes e esta rede vem, aos poucos, perdendo a sua referência”, criticou. “A gente tem trabalhado para recuperar a educação pública de qualidade, não apenas para melhorar índices, mas sabe aquela ideia do bairro escola e de uma escola de bairro, ativa? Não deve ser deixada para traz, mas ser reascendida”, completou.

Contextualizando a importância de ser escolhida como vice, a psolista disse ser “parceira de Edilson” e pontuou que eles vão “trabalhar juntos”. “Acredito que eu posso estar capitaneando a prefeitura em uma ausência eventual, sem problema nenhum. Vou ser a primeira a colaborar em qualquer aspecto. Não farei como o Temer, ele é um vice que traiu o projeto, não foi parceiro de Dilma. Teve uma ingerência e participação no processo de impeachment, ao contrário de Itamar que se retirou da vida pública e esperou o desfecho. Temer conspirou”, alfinetou.

Veterano em disputas por cargos públicos

No rol dos vices com experiência política e uma bagagem de disputas eleitorais, está o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) que abdicou da candidatura majoritária para ser postulante ao lado de João Paulo, com quem disse ter “unidade total”. “A gente tem tentado construir, desde o início, as estratégias da campanha e o programa de governo de forma conjunta. Um programa inovador, que reconheça os 12 anos de gestão do PT e pense no futuro da cidade”, salientou.

Além de adjunto na chapa, Costa Filho também coordena a construção do programa de governo e ao ser indagado sobre quais propostas tinham a sua identidade, o republicano-brasileiro pontuou ter firmado aliança em cima de 10 eixos programáticos. “Estamos construindo uma agenda em longo prazo e entre as minhas propostas que foram aprovadas por João Paulo estão a valorização de um planejamento urbano eficiente, os desafios de procurar novos eixos de desenvolvimento econômico e uma gestão mais eficiente, no sentido de dinamizar os gastos da cidade”, detalhou. 

Já quanto à necessidade de comandar eventualmente o Executivo, em caso de eleição, Silvinho, como é conhecido no meio político, optou por não fazer projeções. “Precisamos ganhar as eleições. Se der certo estaremos da forma mais integrada possível no pensamento único pela cidade e para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, cravou. 

Um testemunho de vice

A disputa pela vaga de vice também pode se tornar uma escolha para a vida política. Este ano é a quarta vez que Luciano Siqueira (PCdoB) concorrer ao cargo no Recife e nas últimas três. Os mandatos foram entre 2000 e 2008, quando João Paulo – também candidato ao pleito deste ano – comandou o Executivo e agora, quando concorre à reeleição ao lado de Geraldo Julio (PSB). 

Concluindo o 12º ano de vice, Siqueira relatou que “ao contrário do que muita gente pensa, um vice trabalha muito, desde que haja um entrosamento com o titular” e disse que a lealdade é uma característica crucial para estar no posto. 

“Quem assume a posição de vice tem de estar certo de que esta é uma escolha política, no sentido de ter o respaldo dos partidos que compõem a coalizão, mas também é uma escolha pessoal do titular da chapa por uma pessoa que será leal em quaisquer circunstâncias. A lealdade é um grande valor para quem exerce este cargo, o que não foi visto da parte de Michel Temer em relação à Dilma, mas entre José Alencar e Lula isso foi latente”, salientou o comunista.

Ao ser indagado sobre o quê, olhando para o Recife, ele poderia identificar como sua atuação direta, Siqueira destacou que “regra de ouro do vice é ser invisível”. “Prefiro não dizer. Muita coisa a conversa é a dois, mas quem deve se fortalecer é o titular. Sempre disse a João Paulo e a Geraldo, na hora de dizer não e enfrentar conflitos deixe comigo para não se desgastar. É possível sim ter várias ações na cidade, mas neste caso isso tem que ser preservado”, observou. 

Já quanto às vezes que assumiu o comando da gestão, Luciano Siqueira afirmou ter perdido as contas e detalhou como se porta nestas situações. “Quando ele [o prefeito] vai se ausentar a gente despacha o que está na ordem do dia e faz com que as ações não atrasem. Faço de tudo para que tudo permaneça na ordem. Agora uma coisa é certa, eu nunca inaugurei escola, nem rua. Mesmo estando no exercício, faço questão de esperar a volta de um titular”, relatou, acrescentado que ser vice é também ter uma visão privilegiada da gestão. 

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai solicitar, na próxima semana, que os secretários de Administração, Milton Coelho (PSB), e da Fazenda, Marcelo Barros, sejam convocados para dar explicações sobre a saúde financeira do Estado e as constantes alterações na tabela de pagamento dos servidores. 

De acordo com o líder do colegiado, deputado Silvio Costa Filho (PRB), o pedido é em reação a recente divulgação das datas e o anúncio de que a gestão não antecipará os 50% do 13º salário este mês, como normalmente acontece desde que o PSB assumiu a gestão. 

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A medida foi confirmada por Milton Coelho em entrevista a uma rádio local nessa quarta-feira (27). "Não vamos fazer a antecipação do 13º conforme aconteceu no ano passado. Nós estamos trabalhando para que até o fim do ano consigamos cumprir os nossos compromissos salariais com os servidores do estado”, afirmou o secretário.

Para o opositor, que também é candidato a vice-prefeito do Recife na chapa liderada por João Paulo (PT), as constantes alterações refletem um desequilíbrio financeiro estadual. “O governador Paulo Câmara assumiu o Estado com os salários sendo pagos até o dia 30 do mês, depois mudou para o dia 5 e agora posterga o pagamento dos mais de 2.600 comissionados para o dia 12. Essa medida tem preocupado os 245 mil servidores estaduais, que ficam sem saber qual será o próximo passo do governo”, ressaltou.

Apesar da sinalização instabilidade, Silvio Costa Filho afirmou que até agora a gestão não tem tomado medidas efetivas, apenas ações que “penalizaram a sociedade” como o aumento de impostos.“São vários os sinais de desequilíbrio financeiro, mas mesmo assim o Governo do Estado tem evitado tomar decisões efetivas para resolver o problema. O ajuste na máquina administrativa nunca foi efetivamente realizado”, cobrou. O pedido para ouvir os secretários será protocolado assim que a Alepe retomar os trabalhos legislativos.

O candidato a prefeito do Recife, João Paulo, participou do Encontro Municipal do PT de Olinda, neste domingo (24), e conversou sobre a escolha de seu vice, o deputado estadual líder da oposição Silvio Costa Filho (PRB). Para o petista, não houve dificuldades na escolha do nome do deputado.

O PRB apoiou a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, além de ser conhecido como o partido da Igreja Universal. João Paulo defendeu a escolha do partido, sempre mencionando Silvio Costa (PTdoB), que, de forma fervorosa, defendeu Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. “Silvio Costa pai e Silvio Costa Filho foram um dos grandes guerreiros contra o golpe, se manifestaram publicamente sobre isso. Silvio Costa pai votou contra o golpe”, lembrou.

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Para João Paulo, a participação de Silvio Costa Filho também servirá de aproximação com a juventude. “A participação de Silvio, que é um jovem, líder da oposição, sem sombra de dúvidas vai dar um caráter também da participação da juventude no nosso governo”, concluiu o candidato. 

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