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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou que o cargo de senador vitalício a ex-presidentes da República pode ser discutido junto com o fim da reeleição. De acordo com ele, contudo, tal cargo vitalício não pode ser exercido com o intuito de proteger ninguém.

"Não pode ser uma mudança constitucional que vise solucionar problemas ou questões pessoais do presidente A ou B. A ideia pode ser concebida, discutida, acho até que elevaria a qualidade da discussão do Senado Federal", declarou Pacheco, em entrevista à Globo News na tarde desta terça-feira (31).

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Na avaliação do senador, é uma ideia honesta e possível, mas "não pode ser casuísta". "Ela não pode ser só com o fim de se estabelecer proteção a um presidente A ou presidente B", afirmou. Segundo Pacheco, a discussão ainda vai levar um "bom tempo" e tem que ser amadurecida.

"Eventualmente esse instituto da possibilidade de um senador vitalício e do próprio fim da reeleição ser projetada para o futuro", disse. "Mas são questões de aperfeiçoamento do ordenamento político e tudo o que vier para o aperfeiçoamento do legislativo para melhorar a qualidade do legislativo obviamente que vamos estar abertos a ouvir sem obviamente fechar questão porque é uma reflexão e decisão que gera muitos reflexos e consequências."

'Vou buscar esgotar todas as possibilidades de negociação'

Pacheco também afirmou na mesma entrevista que manterá um "espírito de colaboração" com o governo, destacando que a Casa "não pode ser palco de revanchismo e retaliação a outros Poderes". "Torcemos para que o governo dê certo".

"Meu papel é buscar convencimento dos senadores de que é preciso continuidade. Vou buscar esgotar todas as possibilidades de negociação".

Apesar disso, o senador prometeu não privilegiar ninguém se conseguir se reeleger. "Oposição e situação podem ter absoluta segurança que terão toda atenção minha". Ele comparou com sua atuação durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a qual disse que a Casa afirmou "independência".

A eleição à Presidência do Senado acontece nesta quarta, 1º de fevereiro. Pacheco disse na entrevista que tem "boa projeção" para sua reeleição e afirmou ter recolhido apoio da "maioria dos senadores, dos partidos nos últimos dois anos". O senador diz ter "compromisso" com o Parlamento. "Nunca abri mão de defender o Poder Legislativo".

Na tentativa de estabelecer prioridades, os primeiros 30 dias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), completo nesta terça-feira (31), foi barulhento. Desde a posse dos ministros, assinaturas de leis e medidas, reuniões com governadores, reuniões com representantes de 15 países, viagens a eventos fora do Brasil, a ataques à Praça dos Três Poderes e crise dos povos yanomamis. 

O petista começou o governo com o aumento de 23 para 37 ministérios, com a criação do Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério da Igualdade Racial, comandados respectivamente pelas ministras Sônia Guajajara e Anielle Franco, com o objetivo de dar maior visibilidade à população e criar políticas públicas específicas. O presidente também sancionou, no dia 11 de janeiro, mesmo dia da posse das pastas, para reforçar o simbolismo, a lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo e amplia as punições. 

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Antes, no dia da posse como presidente, em 1º de janeiro, Lula anunciou como primeiras medidas a revogação de decretos que aumentavam o porte de armas, a redução de PIS/Cofins de empresas que adotam a tributação pelo lucro real. Revogou também o garimpo em áreas indígenas, o decreto que estabelecia a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida; o decreto que estabelecia desconto para as alíquotas do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante; o decreto que extinguia e estabelecia diretrizes, regras e limitações para colegiados; e o decreto que alterava disposições sobre o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores. 

Dentre as medidas já feitas por Lula nesse primeiro mês de governo, ele também sancionou a medida provisória que garantia o pagamento do Bolsa Família de R$ 600 para 21 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil; restabeleceu o Fundo Amazônia, com orçamento de R$ 3,3 bilhões para ações de combate ao desmatamento; revogou oito processos de privatizações de estatais, como os de Correios e Empresa Brasil de Comunicação (EBC), assim como do estudo de privatizações da Petrobras; e assinou a medida para que a Controladoria-Geral da União (CGU) reavaliasse uma série de sigilos à informação estabelecidos por Bolsonaro. 

Ataques

A Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi atacada por bolsonaristas terroristas no dia 8 de janeiro, na tentativa de dar um “golpe” no presidente Lula por não aceitar a derrota de Bolsonaro nas urnas. O ataque gerou repercussão internacional e presidentes de vários países declararam-se contrários ao movimento. 

O Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional foram destruídos pelos terroristas que pediam intervenção militar no Brasil. Mais de 1.500 pessoas já foram presas, além do afastamento do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB). 

Acordos

Em recente encontro com o presidente da Argentina Alberto Fernández, no dia 23 deste mês, ao iniciar a primeira agenda internacional no País, com o objetivo de restabelecer os laços entre os países vizinhos, Lula fez questão de ressaltar estar de volta “para fazer bons acordos com a Argentina”. 

O primeiro acordo assinado foi a “Carta de Intenções para o Projeto de Integração da Produção de Defesa Brasil-Argentina”. Na área da Ciência, Tecnologia e Inovação, foram firmados dois acordos: o Programa Binacional de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação 2023-2024, e o Memorando de Entendimento entre Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre Cooperação Científica em Ciência Oceânica.

Além disso, na segunda-feira (30), em encontro com o primeiro-ministro alemão Olaf Scholz, o presidente brasileiro afirmou que tem intenções de fechar um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul até o final deste primeiro semestre de 2023. Ele já havia falado da urgente necessidade de o Mercosul fechar acordo com a UE. O foco principal é a retomada dos aportes alemães ao Fundo Amazônia, que foram interrompidos durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Durante visita ao Brasil para a posse do petista, o próprio presidente alemão Frank-Walter Steinmeier já havia divulgado que a Alemanha iria liberar R$ 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia. E a ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schlze, afirmou que Berlim pretende doar um valor ainda maior, de 200 milhões de euros, que equivalem a R$ 1,1 bilhão. 

Crise dos Yanomamis

Em estado de emergência pela falta de assistência e abandono do governo federal nos últimos quatro anos, que permitiu o avanço do garimpo ilegal e potencializou as problemáticas, que geraram a morte de várias crianças yanomamis por desnutrição e malária em Roraima, o governo Lula vem dando total assistência à população indígena desde o dia 22 de janeiro, quando o estado de emergência foi decretado pelo Ministério da Saúde. O presidente visitou o estado no dia 21, e classificou a situação como “desumana”. 

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 570 crianças yanomamis morreram contaminadas por mercúrio e fome. As principais causas de internação dos indígenas são diarreia, desnutrição grave, pneumonia, malária e acidentes com cobras. Pelo menos até o dia 28, o Hospital da Criança, em Boa Vista, tinha 53 crianças internadas, e a Casa de Saúde Indígena registrou o número de 700 indígenas esperando atendimento. 

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) também está atuando na proteção aos yanomamis desde o início da crise para averiguar se houve, de fato, a violação dos direitos humanos das comunidades locais. Na segunda-feira (30), a pasta apontou ao menos 22 casos em que o governo Bolsonaro omitiu violências ou ignorou recomendações feitas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, além da ausência de visitas ao território e oitivas das comunidades. 

A situação mais grave está na parte Norte de Roraima, onde se concentram os pelotões especiais de fronteira do Exército, e também a maior concentração de garimpo no território Yanomami.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo planeja uma megaoperação para retirar os garimpeiros ilegais das terras yanomamis. A operação fará parte de uma ação ampla do governo com diversos ministérios e órgãos federais. 

O Plenário do Senado tem reuniões marcadas para esta quarta (1º) e quinta-feira (2) para eleger a nova Mesa, composta por presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários com respectivos suplentes. A escolha ocorrerá após a posse dos 27 senadores eleitos em outubro, o equivalente a um terço do senado, de acordo com procedimentos definidos pelo Regimento Interno.

Já convocadas pelo atual presidente, senador Rodrigo Pacheco, a primeira reunião preparatória, para a posse dos parlamentares, será na quarta-feira (1º) às 15h. Em seguida será aberta a segunda reunião preparatória para a eleição do presidente do Senado.

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Se houver a concordância de pelo menos um terço dos senadores (27), ainda na quarta-feira serão escolhidos os demais membros da Mesa: primeiro e segundo-vice-presidentes e primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretários com seus suplentes. Sem o acordo, a eleição para a Mesa ficará para uma nova reunião preparatória prevista para quinta-feira (2), às 10h.

As sessões devem ser abertas com o quórum mínimo de 14 senadores, o equivalente a um sexto da composição do Senado. A votação, que é secreta, deve ter a presença da maioria absoluta dos parlamentares, ou seja, 41 senadores, mesmo número necessário para a escolha do presidente.

"Existe a orientação, em que pese que não seja expressa no regimento, que seja eleito presidente quem obtiver a maioria absoluta dos votos. Se houver um primeiro turno e nenhum dos candidatos alcançar maioria absoluta, os dois mais votados concorrem num segundo turno", explicou o secretário-geral da Mesa, Gustavo Saboia, em entrevista à TV Senado.

Os integrantes da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos e não podem ser reeleitos para um período imediatamente subsequente, a não ser em legislaturas diferentes. De acordo com o Regimento Interno, a composição da Mesa deve respeitar tanto quanto possível a representação proporcional dos partidos e blocos que atuam no Senado. O cálculo da proporcionalidade leva em conta o tamanho das bancadas na data da diplomação.

Atribuições De acordo com o Regimento Interno da Casa, a Mesa do Senado tem a atribuição de convocar e conduzir as sessões plenárias, cuidar de eleições internas, votações secretas, correspondências e identificação de senadores.

Ao presidente cabe convocar e presidir as sessões da Casa e as sessões conjuntas do Congresso Nacional, dar posse aos senadores e fazer comunicação de interesse do Senado e do país, a qualquer momento, no Plenário.

Designar a Ordem do Dia das sessões deliberativas (definir os projetos que devem ir à votação, de acordo com as regras regimentais) e retirar matéria de pauta para cumprimento de despacho, correção de erro ou omissão no avulso eletrônico e para sanar falhas da instrução, além de decidir as questões de ordem.

Também é função do presidente impugnar proposições contrárias à Constituição, às leis, ou ao regimento. O autor, no entanto, tem direito a entrar com recurso no Plenário, que decidirá após audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Ainda de acordo com o regimento, o presidente terá apenas voto de desempate nas votações abertas, mas sua presença conta para efeito de quórum, podendo, em votação secreta, votar como qualquer senador.  O primeiro e o segundo-vice-presidentes da Mesa substituem, nessa ordem, o presidente nas suas faltas ou impedimentos e ficam responsáveis pelas mesmas atribuições.

Compete ao primeiro-secretário rubricar a listagem especial com o resultado da votação realizada por meio do sistema eletrônico, realizar a leitura em Plenário da correspondência oficial recebida pelo Senado e de todos os documentos que façam parte do expediente da sessão. Além disso, ele assina e recebe a correspondência do Senado e é responsável pela supervisão das atividades administrativas da Casa, entre outras competências.

Cabe ao segundo-secretário lavrar as atas das sessões secretas, proceder a leitura delas e assiná-las depois do primeiro-secretário. O terceiro e quarto-secretários são responsáveis por fazer a chamada dos senadores, nos casos previstos no regimento, contar os votos e auxiliar o presidente na apuração das eleições.

Comissão Diretora Os mesmos senadores que compõem a Mesa do Senado — responsável pela direção dos trabalhos legislativos — integram a Comissão Diretora, órgão distinto que trata especialmente das questões administrativas da Casa.

A Comissão Diretora tem a atribuição de administrar o Senado, apresentando projetos de resolução sobre a organização e o funcionamento da Casa. 

*Da Agência Senado

A Americanas informou nesta quarta-feira (11) que o seu presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, decidiram deixar os cargos. O movimento ocorre após a companhia detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões. Os executivos tomaram posse das posições na varejista há menos de 10 dias.

O conselho de administração nomeou interinamente João Guerra para diretor-presidente e diretor de Relações com Investidores. O executivo atua nas áreas de tecnologia e recursos humanos da Americanas e não tem envolvimento anterior na gestão contábil ou financeira, destaca o fato relevante divulgado há pouco.

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Rial atuará ainda como assessor, apoiando os acionistas de referência da companhia no processo de apuração do ocorrido.

 A ministra do Esporte, Ana Moser, foi criticada por gamers depois de anunciar que não vai investir em eSportes por se tratar da indústria do entretenimento. A fala feita nessa terça-feira (10) foi apoiada pelo presidente do Porto Digital do Recife, Pierre Lucena. 

Nas redes sociais, o gestor do parque tecnológico afirmou que a ministra está "absolutamente correta em não considerar games como esporte" e apoiou que a pasta foque no desenvolvimento de esportes tradicionais, como mencionou Moser. Contudo, Pierre cobrou investimentos na indústria dos jogos digitais como forma de dinamizar a economia do setor e sugeriu aproximar a relação dos eSportes com o processo de Educação. 

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O posicionamento da ministra contrariou o incentivo feito pelo presidente Lula (PT) durante a campanha. Em agosto, o então candidato afirmou que videogame vai além do entretenimento e também está envolvido com Cultura, geração de empregos e no próprio desenvolvimento tecnológico. Ele chegou a receber propostas para incluir políticas públicas do segmento em seu Programa de Governo. 

Após quatro dias e 15 votações, o republicano Kevin McCarthy foi eleito presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos na madrugada deste sábado (7), após uma disputa acirrada dentro do partido.

Depois de várias negociações, o grupo rebelde formado por apoiadores do ex-presidente Donald Trump cedeu e permitiu a nomeação deste californiano de 57 anos por maioria simples.

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Assim terminou uma estagnação sem precedentes em mais de 160 anos que prevê debates agitados e tensões no Congresso americano nos próximos dois anos.

“É hora de governar com responsabilidade e garantir que colocamos os interesses das famílias americanas em primeiro lugar”, disse o presidente Joe Biden após a eleição, afirmando estar “preparado para trabalhar com os republicanos”.

- Mandato difícil -

Ao longo da semana, esse núcleo de representantes conservadores aproveitou a apertada maioria republicana na Câmara conquistada nas eleições de meio de mandato de novembro para bloquear a nomeação.

Não diminuíram a pressão até obter garantias significativas, entre elas a aplicação de um procedimento para facilitar a destituição do presidente da Câmara.

Finalmente eleito, McCarthy substitui a democrata Nancy Pelosi no cargo de "speaker", embora saia enfraquecido deste processo que provavelmente implicará um mandato muito difícil.

"Temos que colocar os Estados Unidos de volta aos trilhos", disse McCarthy antes de fazer o juramento.

Na agenda dos próximos meses estão negociações para elevar o limite da dívida pública americana, o financiamento do Estado federal e, provavelmente, a liberação de ajuda adicional para a Ucrânia.

No poder da Câmara Baixa, os republicanos prometeram lançar uma série de investigações sobre a gestão da pandemia por Biden e a retirada do Afeganistão.

"É hora de exercer controle sobre a política do presidente", enfatizou McCarthy do plenário.

Sem o controle das duas casas, ao contrário do que aconteceu após sua posse em 2021, Biden não pode aspirar grandes aprovações de leis. Mas com o Senado nas mãos dos democratas, os republicanos também não.

- Caos na Câmara -

Ao longo desse processo de nomeação, o partido de Biden denunciou o domínio dos trumpistas --muitos dos quais ainda se recusam a admitir a derrota em 2020-- no Partido Republicano, dois anos após o ataque ao Capitólio que terminou com cinco mortos.

"O caos na Câmara dos Representantes é apenas mais um exemplo de como uma faixa extrema... nos impede de governar", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

Mas sem maioria na Câmara desde as eleições de novembro, os democratas também não tiveram apoio para que seu candidato a "speaker", Hakeem Jeffries, vencesse a eleição.

O processo parecia interminável, com maratonas de negociações nos corredores do Capitólio e uma horda de jornalistas captando cada declaração dos representantes rebeldes.

Sem o "speaker", a terceira figura política mais importante dos Estados Unidos depois do presidente e do vice-presidente, os representantes não poderiam assumir seus cargos e, consequentemente, nem votar os projetos de lei.

A raiva era palpável entre os membros do Grand Old Party, como é chamado o Partido Republicano, que apoiou de forma esmagadora a candidatura de McCarthy, levando a debates acalorados.

Muitos deixaram o complexo em protesto contra o discurso de Matt Gaetz, um dos representantes eleitos que lideraram a rebelião.

Depois de receber a faixa presidencial de uma mulher negra, Lula mostrou um discurso capaz de analisar as mudanças do Brasil sem tornar a agenda de combate às desigualdades obsoleta. No pronunciamento que costurou democracia, diversidade e uma economia favorável ao equilíbrio social, o presidente reafirmou a experiência adquirida como protagonista da história recente do país no momento em que herda o Brasil com os mesmos problemas - e em alguns casos até mais aprofundados - de 2003. 

A travessia entre os processos de transformação do país ao longo das últimas décadas forjou um político que conseguiu identificar as novas reivindicações da atual conjuntura sem deixar de lado as demandas que já eram cobradas no seu primeiro mandato. Com a faixa recebida em um gesto de representatividade, o presidente se emocionou quando mencionou o agravamento da fome. 

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"Ele traz isso muito fortemente. Essa carga no seu discurso do que é o Brasil real. Acho que isso não mudou, acho que Lula aprimorou sua capacidade de pensar o Brasil sob a ótica das questões sociais. Então, ele traz muito fortemente em seu discurso essa questão da desigualdade em todas das suas vertentes, a desigualdade de gênero, a questão dos povos originários, a questão racial e sobretudo a desigualdade econômica", observou a cientista política Priscila Lapa. 

O Estado e a democracia como soluções para o Brasil

Em um 2023 repleto de diferenças, o recorte de 20 anos não foi suficiente para evitar a continuidades de algumas chagas sociais do início do seu primeiro mandato. A agenda histórica do PT precisou ser mais uma vez evidenciada, mas a nova dinâmica econômica também foi absolvida em seu discurso contra a disparidade econômica.

"Ele traz essa carga como sendo o norte valorativo sobre o qual toda a sua atuação política ganha sentido. Isso não muda, isso aprimora e ganha notoriedade nesse terceiro mandato", pontuou a estudiosa.  

Ao mesmo tempo que Lula falou sobre a influência do Estado na Economia, também falou sobre a liberdade do empreendedor sem que esse Estado seja um empecilho. Apesar de uma postura mais flexível, o Mercado não teria recebido bem a declaração. "Ele chegou a falar desse tom, mas trazendo alguns aspectos que são muito caros na agenda do PT, como privatizações e outras questões das quais o partido parece não abrir mão mesmo com toda a mudança no contexto. Ele traz o Estado como o indutor desse desenvolvimento", avaliou Priscila.   

O aceno institucional ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal também mostra sua intenção de construir soluções para o país através do fortalecimento da democracia - pauta deteriorada ao longo do governo anterior. "Quando ele faz isso, ele tenta mostrar um Governo de composição, de entendimento, de alinhamento, mais do que um Governo que tem a agenda pronta e acabada", complementou. 

 

O cargo de Presidente da República configura uma das funções mais importantes de um país, devido à grande responsabilidade atribuída à mais alta patente do Poder Executivo. Para ajudar a entender mais sobre a profissão, o LeiaJá reuniu as principais informações sobre os deveres, benefícios e requisitos para atuar na presidência do Brasil. Confira:

Atribuições

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De acordo com a Constituição Federal, o Presidente tem o dever de sancionar, promulgar e fazer publicar leis, assim como expedir decretos e regulamentos para a execução. O cargo também inclui atribuições como adiar, prorrogar e convocar o Parlamento; prover cargos federais; decretar estado de emergência ou estado de guerra; decretar intervenção federal nos estados, estado de defesa e de sítio; celebrar convenções e tratados internacionais; e criar ou dissolver ministérios.

Ele nomeia os comandantes das Forças Armadas, os ministros de Estado, o procurador-geral da República, o presidente e diretores do Banco Central, e o advogado-geral da União. O presidente ainda pode expedir decretos-lei, que consistem em medidas provisórias com força de lei que não necessitam da aprovação do poder legislativo para entrar em vigor.

Salário e benefícios

A remuneração bruta recebida pelo Presidente e Vice-Presidente da República é de R$ 39.293,32, valor determinado pelo Congresso Nacional através do Decreto Legislativo Nº 277, publicado em 2014. O ajuste das remunerações foi promulgado pelo Congresso Nacional no dia 26 de dezembro de 2022.

O Presidente ainda recebe um plano de saúde que cobre suas despesas médicas e dos familiares diretos, dentre outros benefícios como cartão corporativo, foro privilegiado e uso dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagens oficiais e privadas. 

Moradia

O líder político tem direito a duas moradias oficiais em Brasília. A primeira, é o Palácio da Alvorada, que possui quatro suítes, cozinha, despensa, lavanderia, almoxarifado, sala de jogos e auditório para 30 pessoas, além da administração do Palácio, e salões para compromissos oficiais do governo. Já a segunda é a Granja do Torto, uma casa de campo localizada no Plano Piloto de Brasília, que tem uma área de 37 hectares com campo de futebol, piscina, quadra, churrasqueira, heliponto, lago e córrego artificiais e mata nativa.

Requisitos

Para se candidatar a presidência é necessário ser brasileiro nato; ter idade mínima de 35 anos; possuir pleno exercício de seus direitos políticos; ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil; estar em posse de certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; estar com o título de eleitor regularizado e estar quite com a Justiça Eleitoral; ser filiado a uma agremiação ou partido político e não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição ou pendências com a justiça eleitoral. 

 

Nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vestiu uma camisa do Sport para conversar com seus apoiadores nesse domingo (1º). No mesmo dia, o presidente Lula (PT) reuniu milhares de pessoas em Brasília para acompanhar a cerimônia de posse, com a entrega da faixa presidencial.

No vídeo feito por um maquiador e amigo da ex-primeira-dama Michelle, Bolsonaro deixa a casa onde está hospedado com o tradicional uniforme rubro-negro personalizado com seu nome costas. Ele foi recebido com gritos de "mito" por dezenas de admiradores e não comentou sobre a posse do adversário.

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O presidente Lula (PT) assinou a posse e recebeu a faixa presidencial diante de milhares de brasileiros, nesse domingo (1º), no Distrito Federal. Enquanto isso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) tentava descredibilizar o novo chefe do Executivo nas redes sociais e já lançou sua oposição com o pedido de "Fora Lula".

O parlamentar usou seu perfil para alfinetar o governo federal que nem havia começado de fato. Ao todo, foram 7 postagens feitas em paralelo à solenidade.

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Entre as publicações, o filho de Jair Bolsonaro criticou a maioria do público vestida de vermelho em Brasília, chamou o influenciador Bruno Monark de covarde por dizer que achava legal ficar em cima do muro, alertou sobre a relação do petista com o ex-primeiro ministro de Portugal, o socialista José Sócrates, e indicou que Lula pretende instaurar uma ditadura por ter revogado a flexibilização de armas de fogo.

Eduardo também sinalizou que o presidente terá uma oposição forte ao longo do mandato e lançou o pedido por sua saída momentos após assinar sua investidura no Palácio do Planalto. 

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou, nesse domingo (1º), o fim do Pátria Voluntária. Embora soubesse que a iniciativa se baseia em um programa de Governo, ela esperou o presidente Lula (PT) tomar posse para confirmar o fim da iniciativa. 

"O Pátria Voluntária agradece a todos que, até hoje, fizeram trabalho voluntário ou participaram de alguma forma das ações do programa. Em nome de todos os que foram alcançados pelo poder da solidariedade, deixamos registrada a nossa gratidão!", escreveu Michelle.

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Durante os últimos três anos, o Pátria Voluntária protagnizou algumas polêmicas enquanto tentava conectar empresas, Governo e a sociedade civil para incentivar o voluntariado no Brasil. Números da gestão apontam que a plataforma reuniu mais de 17 mil voluntários em ações promovidas por duas mil instituições sociais espalhadas pelo país. 

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No primeiro discurso como presidente eleito, Lula (PT) definiu sua eleição como a vitória da democracia e citou os eixos que vai priorizar em seu governo. No pronunciamento dentro do Congresso, na tarde deste domingo (1º), o petista criticou a situação do Brasil deixada por Jair Bolsonaro (PL), mas não endossou o tom de revanchismo. 

“Democracia para sempre”, ressaltou após assinar a posse. Líder do Executivo pela terceira vez, Lula também citou pautas que defendeu durante campanha e que comumente eram confrontadas pelo adversário, entre elas a igualdade de gênero no mercado de trabalho, os esforços contra a crise climática, o fortalecimento do Samu, a transparência do governo e a distribuição de renda.

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Contudo, o combate à fome foi sinalizado como a meta principal do seu novo mandato. "Nossas primeiras ações visam a resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiras e brasileiros, que suportaram a mais dura carga do projeto de destruição nacional que hoje se encerra [...] nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. Ter de repetir este compromisso no dia de hoje é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes", afirmou. 

Lula ainda disse que derrotou adversários inspirados no fascismo e assegurou que erros da gestão anterior serão devidamente apurados e julgados. "Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal [...] ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências", apontou. 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula (PT) da Silva vai receber a faixa presidencial acompanhado de ministros e parlamentares aliados. Na tarde deste domingo (1º), horas antes da cerimônia de posse em Brasília, parte da base de centro-esquerda publicou os bastidores do evento. 

Após passar no prédio do Ministério da Justiça, o ministro empossado Flávio Dino (PSB) compartilhou um vídeo do momento em que foi recebido por militantes que estavam na Praça dos Três Poderes à espera da cerimônia. 

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O futuro líder do Governo no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede), publicou uma foto do alto da rampa do Planalto. No registro é possível ver a formação dos dragões da Independência e os eleitores do presidente na área externa do edifício. O deputado federal Carlos Veras (PT) também fez uma foto da multidão. 

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O abalo na imagem de Jair Bolsonaro (PL) só se agravou desde a derrota para Lula (PT). Com a frustração de aliados e dos extremistas que acamparam na porta de quartéis, Carlos Bolsonaro (Republicanos) tenta reduzir os danos e uma possível debandada de eleitores. Neste domingo (31), o vereador do Rio de Janeiro publicou uma homenagem para destacar o "sacrifício" do pai pelo Brasil.

O texto acompanhado de uma foto dos dois abaixados em uma calçada aponta Jair Bolsonaro como um exemplo de "fé e compaixão". A publicação é feita um dia após as duras críticas da sua base pela live em que o ex-presidente assume a derrota. Carlos citou os ensinamentos que ele e os irmãos absolveram na infância durante as campanhas políticas do pai.

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Ele ainda voltou a relembrar do atentado à faca sofrido pelo presidente em 2018 e encerrou a mensagem com o indicativo de que Bolsonaro deve se manter ativo na política após o período de descanso.

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O ministro da Justiça anunciado por Lula (PT), Flávio Dino (PSB), disse nesta segunda-feira (26) que o presidente eleito vai antecipar atos administrativos antes mesmo da cerimonia de posse para evitar um "vazio de poder". Atento à possibilidade de instabilidade provocada pelo ambiente ainda polarizado, o ex-governador do Maranhão informou que os atos serão assinados por Lula já nas primeiras horas do dia 1º.

Em entrevista à GloboNews, Dino mencionou a prisão de um bolsonarista que deixou um caminhão de combustível com explosivos perto do aeroporto de Brasília e a problemática em torno da flexibilização de armas de fogo para civis.

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"Nós estamos diante fuzis, rifles, pistolas, bombas. Então, nós temos agora uma nova modulação, em relação sobretudo a esses clubes. E nós vamos apresentar ao longo desta semana ao presidente Lula uma primeira versão de um decreto que garanta que haja uma fiscalização mais efetiva", comentou o futuro ministro.

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, promulgou o reajuste de salários de ministros de Estado, deputados, senadores, do presidente e do vice-presidente da República. O texto que fixa os subsídios foi publicado hoje (26) no Diário Oficial da União.

Com o reajuste, ministros de Estado, parlamentares, presidente e vice-presidente da República passam a receber R$ 46.366,19 de forma escalonada, sendo R$ 39.293,32 a partir de 1º de janeiro de 2023; R$ 41.650,92 a partir de 1° de abril de 2023; R$ 44.008,52 a partir de 1° de fevereiro de 2024; e R$ 46.366,19 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

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Segundo o Congresso Nacional, os reajustes têm impacto de R$ 2,5 bilhões no Orçamento de 2023, montante que já estava previsto no projeto do Orçamento do próximo ano.

O presidente Jair Bolsonaro divulgou nas redes sociais neste domingo (25) uma mensagem de Natal.

Na mensagem, reproduzindo um vídeo do Tik Tok em outras redes sociais, Bolsonaro deseja "feliz Natal com muita paz ao lado daqueles que vocês mais amam.

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O presidente e um dos fundadores do bloco afro Olodum, João Jorge Rodrigues, foi anunciado nesta quinta-feira (22) como o próximo presidente da Fundação Cultural Palmares, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O convite partiu da cantora Margareth Menezes, futura ministra da Cultura da nova gestão 

"Convidei, e ele já aceitou, o João Jorge, presidente do bloco Olodum, um dos fundadores do bloco Olodum, para fazer o resgate da Fundação Palmares", afirmou Menezes a jornalistas na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A futura ministra criticou a gestão da autarquia federal ao longo dos últimos anos. "A Fundação Palmares foi completamente depredada, fisicamente e também na sua estrutura interna", acrescentou.

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Fundada em 1988, com inspiração na própria Constituição Federal, a Fundação Cultural Palmares foi o primeiro órgão federal criado para promover, preservar e disseminar a cultura afro-brasileira. Por mais de três décadas, esteve vinculada ao Ministério da Cultura, mas com a extinção da pasta, em 2019, passou a estar subordinada ao Ministério do Turismo. Com a recriação do Ministério da Cultura, a Palmares volta à sua vinculação institucional original. 

Além de produtor cultural, João Jorge é advogado e mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também foi integrante do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), até 2016, quando o colegiado foi extinto.

Nos últimos anos, a Fundação Palmares foi alvo de polêmicas porque o seu então presidente, o jornalista Sérgio Camargo, que ficou no cargo até o início deste ano, era crítico do próprio Zumbi dos Palmares, herói nacional que dá nome à instituição, além de ter proferido declarações contra o movimento negro e contra o Dia da Consciência Negra. 

Em votação simbólica, o Senado aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para reajustar os salários do presidente da República, do vice, de deputados, de senadores e de ministros de Estado. O texto vai à promulgação do Congresso, uma vez que já foi aprovado pela Câmara.

Atualmente, o presidente recebe R$ 30.934,70 e os deputados e senadores, R$ 33.763,00. Pela proposta, os salários vão subir progressivamente até atingir um teto de R$ 46,3 mil. No caso do chefe do Executivo, o aumento será de 50%.

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Pela proposta, os salários passam a R$ 39.293,32 a partir de 1º de janeiro de 2023. Em 1º de abril de 2023, o valor dos contracheques passarão para R$ 41.650,92. O texto também determina que as remunerações subirão para 44.008,52 em 1º de fevereiro de 2024 e para 46.366,19 em 1º de fevereiro de 2025.

O projeto também determina que deputados e senadores receberão ajuda de custo equivalente ao valor do subsídio no início e no final do mandato. O relatório também estimou um impacto nas contas públicas de R$ 107,4 milhões em 2023, R$ 23 milhões em 2024, R$ 22,8 milhões em 2025 e de R$ 25 milhões em 2026.

A aprovação do PDL ocorreu após um imbróglio para o reajustes dos servidores públicos ao longo de 2022. Como mostrou o Broadcast ao longo do ano, diversas categorias do funcionalismo pressionaram o governo Jair Bolsonaro por aumentos salariais. Os servidores do Banco Central, por exemplo, entraram em greve.

A mobilização de servidores ocorreu após Bolsonaro prometer reajustes salariais apenas para carreiras policiais, sua base eleitoral. Tamanha a revolta das demais categorias, que o governo voltou atrás, prometeu um reajuste linear de 5% para todos, mas desistiu até dessa proposta.

Como o cenário indicava, Yuri Romão foi reeleito presidente do Sport Club do Recife para o biênio 2023/2014. Numa eleição marcada por muita confusão entre as duas chapas concorrentes nos momentos anteriores, o dia do pleito foi tranquilo.

A oposição, liderada por Luciano Bivar, que tentou adiar a votação, não compareceu para votar nesta sexta-feira (16). Não se sabe se os derrotados nas urnas tentarão alguma outra manobra jurídica.

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Yuri Romão teve uma votação esmagadora e venceu por 1463 contra apenas 53. Ele havia assumido o cargo de presidente rubro-negro em janeiro deste ano, após o então mandatário Leonardo Lopes sair de licença e não retornar mais à cadeira.

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