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A Petrobrás negocia uma alternativas para a mudança da periodicidade de reajuste dos combustíveis, mas rejeita qualquer proposta que não respeite a paridade com os preços internacionais ou que represente prejuízos para o caixa da companhia, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Esse espaço de negociação, na prática, estava ocorrendo ainda na gestão de Pedro Parente, que deixou o comando da empresa, na semana passada, depois de intenso bombardeio político e de setores da população.

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Em janeiro, a estatal já havia alterado a periodicidade de reajuste do gás de cozinha de mensal para trimestral. Foi o primeiro movimento.

Depois, a empresa aceitou uma política de reajuste diferenciada para o diesel e que será subsidiada pela União. Mas a pressão continua para mudanças também na gasolina e no preço do gás de botijão (GLP).

O novo presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, não pretende dar um "cavalo de pau" na política de preços, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem.

Para isso, os princípios básicos que norteiam a política atual devem ser mantidos. O principal deles é a referência de preços do mercado internacional. Os prejuízos terão de ser compensados pelo Orçamento da União, como foi feito com o diesel.

Concorrência

Outra preocupação é a garantia de que a empresa não ficará exposta à concorrência dos importadores durante o período entre um reajuste e outro. Para isso, o governo estuda, como já adiantou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a definição de Imposto de Importação (II) flexível para ajustar os preços da concorrência dos importadores.

Essa proposta, no entanto, ainda não foi detalhada porque é muito complexa e de difícil operação técnica em momentos de mercado com preços em alta.

Apesar das negociações, o governo enfrenta a dificuldade de bancar a política de subsídios por conta do impacto nas contas públicas. O subsídio do diesel no valor de R$ 13,5 bilhões deixou as contas no limite, com o governo federal cancelando até mesmo despesas na área social.

Na segunda-feira (4) a reunião de representantes da empresa e do governo no Ministério da Fazenda teve como principal objetivo a definição do novo decreto a ser editado para prorrogar o subsídio para o óleo diesel, cujo prazo terminaria no próximo dia 7. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar fechou em ligeira baixa nesta terça-feira, 22, ante várias moedas rivais e de países emergentes, numa sessão em que investidores aproveitaram para ajustar posições, incluindo alguma realização de lucros, na véspera da divulgação da ata da reunião de política monetária mais recente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Em movimento à parte, a lira turca teve novo dia de forte depreciação em relação à divisa americana.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar recuava a 110,92 ienes, enquanto a libra avançava a US$ 1,3432. O euro, por sua vez, cedia a US$ 1,781.

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Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas principais, fechou em queda de 0,07%, aos 93,609 pontos.

A depender de sue conteúdo, a revelação amanhã da ata da reunião mais recente de política monetária do Fed pode desmontar parte das expectativas entre investidores de que o fortalecimento da economia dos EUA acelere a inflação e leve o BC a aumentar o ritmo de seu aperto monetário.

Esse cenário, um dos principais fatores por trás do rali recente do dólar, tenderia a reduzir a disponibilidade de dinheiro no mercado americano, encarecendo a moeda do país. Mas, se a linguagem dos dirigentes do Fed se mostrar mais 'dovish' do que o esperado, pode haver um reajuste de expectativas quanto à inflação nos EUA.

Em outra frente, o Banco Central da República da Argentina (BCRA) decidiu hoje manter sua taxa básica de juros inalterada em 40%, citando a necessidade de que ela permaneça em "em níveis elevados para conter a transferência para os preços da depreciação do peso" argentino ante o dólar. Às 18h29 (de Brasília), a moeda americana recuava a 24,25 pesos argentinos.

Uma das únicas moedas emergentes a ser penalizada pelo dólar nesta sessão foi a lira turca. No mesmo horário citado acima, a divisa americana avançava a 4,6725 liras turcas.

Em relatório a clientes, a Capital Economics comenta ainda que "não há necessidade de entrar em pânico pela rupia" indiana. Os analistas da consultoria escrevem que a rupia continuou a se depreciar ante o dólar em maio, com baixa de mais de 6% em 2018. "De fato, pensamos que a rupia vai reagir contra o dólar nos próximos meses", afirmam, citando o déficit em conta corrente da Índia "muito menor agora comparado a 2013" e reservas em moeda estrangeira do país asiático "perto de recordes de alta".

Hoje, o dólar cedeu a 68,0340 rupias.

A Petrobras anuncia redução dos preços nas refinarias da gasolina a partir desta terça-feira, dia 26, em 0,3%, e do diesel em 0,4%. A nova política de revisão de preços foi divulgada pela estatal petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras atualmente avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

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Em greve desde a última terça-feira (9), após aprovação na Câmara dos Vereadores, do Projeto de Lei que concedeu aumento a todos os servidores municipais de 7%, os professores da rede pública de ensino do Cabo de Santo Agostinho terão que retornar as salas de aulas ainda nesta semana. A Justiça Estadual considerou ilegal a greve dos educadores. 

A liminar que determina à volta dos professores ao trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil, foi liberada nesta quarta-feira (10) pela a juíza da Vara da Fazenda Pública da Comarca do município, Sílvia Maria de Lima Oliveira.

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A paralisação ocorreu porque o Sindicato dos Professores queria um reajuste de 7,64% baseado no percentual que corrigiu o piso salarial do Magistério.  A briga é pela inclusão da diferença de 0,64% e a retroatividade do reajuste a janeiro deste ano.  

Em nota, a Prefeitura da cidade disse que a categoria entendeu, equivocadamente, que a correção do piso nacional do Magistério, estabelecido pelo MEC em 7,64%, possa ser considerado como reajuste para toda a classe. O Órgão também falou que na verdade, o percentual atualiza o valor mínimo que deve ser pago aos trabalhadores em educação.  Atualmente, o Cabo não possui professor recebendo abaixo do piso. "A correção do piso não pode ser considerado reajuste e nem muito menos 1° de janeiro ser considerado data base", falou o secretário de Gestão Lula Lima.

O prefeito do Cabo, Lula Cabral também se pronunciou e disse que a Prefeitura já fez a adequação do salário ao piso nacional do Magistério e irá pagar os valores retroativos aos 31 professores que estavam abaixo do piso nacional. A média salarial da categoria é de R$ 5 mil. Um professor do nível mais elevado chega ao final da carreira ganhando entre R$10 e R$14 mil reais. 

Lula Cabral afirmou também, em nota, que acreditar que a categoria irá rever seu posicionamento e voltar às salas de aula. 

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas dos aeroportos de Galeão (RJ) e de Confins (MG), conforme decisões publicadas no Diário Oficial da União (DOU). O aumento abrange as taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia.

Com o reajuste, a taxa de embarque doméstico no Galeão custará R$ 29,41 e a do internacional, R$ 52,09.

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Em Confins, essas taxas passaram para R$ 29,13 e R$ 51,58, respectivamente. As novas tarifas poderão ser praticadas pelas concessionárias daqui a 30 dias.

O Ministério da Fazenda reajustou taxas de fiscalização em cinco áreas, incluindo vigilância sanitária, mercado de seguros e vistoria de estabelecimentos financeiros. As portarias autorizando o aumento foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (30). Em 2015, o governo já havia anunciado o reajuste de várias taxas.

A taxa de fiscalização de vigilância sanitária foi atualizada monetariamente e o aumento chega a 96,77%. O reajuste acumulado pelo IPCA seria o dobro, mas lei de 2015 prevê que apenas metade da correção acumulada poderia ser repassada às taxas.

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A portaria prevê que os valores da taxa de fiscalização de vigilância sanitária atualizados monetariamente vigoram a partir da publicação da Lei nº 13.202, de 2015, que autorizou a correção de taxas de fiscalização em 11 áreas do governo. A taxa mais cara, para registro, revalidação ou renovação de registro de fumígenos, passou de R$ 100 mil para R$ 196,7 mil.

Valores pagos para vistoria de estabelecimentos financeiros, e empresas de segurança subiram 153,23% e, para cooperativas de crédito, o reajuste foi de 26,12%. A taxa de fiscalização dos mercados de seguro e resseguro, de capitalização e de previdência complementar aberta aumentou 19,28%.

Também foram corrigidas taxas de registro e porte de armas de fogo, com reajustes de 26,12% a 46,67%. Já as taxas de controle e fiscalização de produtos químicos aumentaram 68,90%.

O projeto de lei que estabelece um plano de socorro financeiro do governo federal para os Estados foi aprovado ontem na Câmara dos Deputados com apenas uma exigência aos governos estaduais: eles terão de limitar, por dois anos, o crescimento dos gastos à inflação do ano anterior. A outra regra, que proibia a concessão de reajustes aos servidores, considerada "inegociável" pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acabou sendo retirada do projeto.

Diante das dificuldades para iniciar a votação do texto, já que mesmo deputados da base aliada insistiam na exclusão da proibição de reajustes, o presidente em exercício Michel Temer negociou diretamente com o relator do projeto na Câmara, Esperidião Amin, e deu aval à mudança. O texto-base do projeto foi aprovado por 282 votos contra 140. A Câmara ainda iria votar na madrugada destaques e emendas ao projeto, que ainda terá de passar pelo Senado.

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Apesar de os deputados terem ganho a queda de braço, o Palácio do Planalto minimizou a mudança e tentou descaracterizá-la como uma derrota de Meirelles. Temer fez questão de ligar para o ministro da Fazenda para justificar a negociação. Na conversa, disse que "o que interessa é aprovar o controle de gastos, e esse tipo de controle (dos reajustes) já está previsto na Constituição, que é a lei maior". A Constituição proíbe aumentos salariais ou criação de cargos se não houver dotação orçamentária.

O projeto aprovado ontem alonga por 20 anos os prazos de pagamento das dívidas estaduais e prevê que, até dezembro, os governos não precisam pagar as parcelas da dívida. A partir de janeiro, haverá um desconto nessas parcelas, que vai diminuindo até ser zerado após 18 meses.

Para ter direito a essa renegociação, o projeto previa originalmente uma série de contrapartidas: além de limitar o aumento de gastos à inflação do ano anterior, seriam proibidas, por dois anos, novas contratações e reajustes para os servidores. Os Estados também teriam de passar a contabilizar, nas despesas com pessoal, os gastos com terceirizados, aposentados e benefícios dados aos servidores - esse item foi retirado da proposta esta semana e deve ser alvo de um novo projeto de lei.

Apesar de os termos terem sido negociados com os governadores, a votação do projeto na Câmara acabou encontrando mais resistência que o esperado, e as contrapartidas exigidas dos governadores, no final, acabaram se restringindo ao limite do aumento de gastos.

O veto a reajustes reais aos servidores era considerado por secretários estaduais de Fazenda como uma ferramenta necessária ao cumprimento da outra contrapartida, o teto de gastos. Defensores do projeto, alguns deles foram à Câmara para um corpo a corpo com lideranças, para explicar o projeto e tentar angariar votos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão do presidente em exercício Michel Temer de autorizar, na semana passada, os reajustes salariais para diferentes categorias de servidores públicos abriu a primeira divergência entre a equipe econômica e os articuladores políticos do PMDB. No Ministério Fazenda, o entendimento é que não pode haver elevação de gastos, mesmo que seja para evitar desgastes ou pacificar relações, como defendem caciques políticos do PMDB.

Para a equipe econômica, que têm a missão de imprimir o corte mais duro e socialmente penoso da história nas contas público do Brasil, é "incompreensível" que o governo em exercício faça a opção política de abrir concessões, aumentando os gastos em bilhões de reais, para beneficiar o funcionalismo público, parcela privilegiada de trabalhadores. A sinalização é contraditória. Indica que o sacrifício inerente ao ajuste fiscal não será para todos.

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Causou mais descontentamento ainda o fato de esse apoio não avaliar a conjuntura no mercado de trabalho: o incentivo do governo ao reajuste dos servidores, que têm estabilidade no emprego, ocorreu na mesma semana em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que há 11,4 milhões de brasileiros desempregados na iniciativa privada, um número recorde.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a Fazenda sequer foi envolvida em discussões oficiais sobre o tema. A decisão veio do Planalto. Um procedimento bem diferente ao adotado no trato de outras questões, igualmente sensíveis aos cofres públicos, como a negociação da dívida dos Estados e municípios e a fixação do déficit de R$ 170,5 bilhões, cujas reuniões sempre incluíram representantes da Fazenda e do Planejamento.

Internamente, na Fazenda, o sentimento é de que decisões políticas unilaterais, do próprio governo, podem atropelar e dificultar o ajuste fiscal, que, por si só, já é complexo e tende a sofrer resistência do Congresso e da população em geral.

Parte da equipe econômica, inclusive, rebate os argumentos de que o governo deu em favor do reajuste. Diz ser fato que o reajuste já estava acertado, que ficou abaixo da inflação e que já estava contabilizado no déficit projetado pelo governo anterior, de R$ 96 bilhões. Também alega ser fato que a despesa extra, de quase R$ 60 bilhões, será diluída no tempo e não aplicada de uma vez só, neste ano. Mas nenhum dos argumentos considera o essencial: é hora de cortar, não de elevar despesas, ainda mais quando elas incentivam novas despesas.

O reajuste para servidores da União tem efeito cascata nos Estados e municípios, onde os benefícios são atrelados a ganhos federais. Os aumentos precisam ser aprovados pelos Legislativos, mas é quase certo que, se passar no Congresso, vai chegar ao funcionalismo estadual e municipal no pior dos momentos - quando não suportam pagar salários e aposentadorias.

Há um complicador adicional. O reajuste também beneficiará inativos do serviço público. Ficará mais complicado explicar a necessidade da reforma da Previdência, cujos impactos recaem principalmente sobre os trabalhadores da iniciativa privada.

Fragilidade

Economistas que vinham dando voto de confiança ao novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ficaram preocupados com a postura do governo. Para José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Investimentos, foi um sinal de fraqueza da equipe econômica: "Ou uma ou duas. Ou Meirelles foi consultado e aceitou o argumento político em favor do reajuste ou ele foi atropelado: de um jeito ou de outro, é péssimo para o ajuste."

Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, considerou o sinal muito ruim. "A situação das contas públicos é gravíssima e o governo parece não ter entendido o tamanho do problema quando cede para este ou aquele grupo de pressão. Hoje é para os juízes, para os militares. E amanhã? Vai ser para quem?", perguntou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na tarde desta sexta-feira (15), centenas de manifestantes saíram em passeata na área central do Recife. Da Praça do Derby, munidos de faixas e bandeiras, diversos movimentos sociais reivindicam o possível aumento das tarifas no transporte metropolitano da região. O trânsito já começa a sentir os efeitos, em vias como as avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista.

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Diante da polêmica proposta da Urbana-PE de aumento de mais de 30% nos anéis A e B dos ônibus do Grande Recife, representantes da sociedade civil se unem e pretendem barrar o aumento. A passeata seguirá até a Rua Gervásio Pires, em frente à Secretaria das Cidades. De lá, uma nova assembleia será realizada para definição dos rumos do protesto. 

"Nós queremos o Passe Livre para todos os estudantes. Essa crise é das empresas porque financiam campanhas eleitorais e nós não podemos pagar por isso. Precisamos de passagem grátis porque somos estudantes e trabalhadores", apontou o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES-Recife), Jairo Marques. 

Segundo a Polícia Militar, há cerca de 80 integrantes da corporação neste ainda começo de manifestação. A PM garantiu que não vai divulgar a quantidade de manifestantes durante o ato.

Com informações de Naiane Nascimento

Na tarde desta segunda-feira (14) o governo federal anunciou um novo pacote medidas que visam, dentre outros fins, reverter o assombroso quadro de déficit fiscal previsto para 2016. Dentre as principais novidades apresentadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do Planejamento, Nelson Barbososa, estão o retorno da CPMF, o aumento do imposto sobre ganho de capital, a suspensão de concursos públicos e do reajuste dos servidores, e o corte no programa Minha Casa, Minha Vida.

Mas segundo o cientista político Adriano Oliveira, a série de arranjos propostos pelo governo não devem ser motivo de pânico para a população. De acordo com o especialista, se por um lado a presidenta Dilma tardou em anunciar as medidas, estas, entretanto, configuram-se como o irreversível caminho para que o país volte a buscar o equilíbrio econômico.

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Confira toda a fala do cientista político sobre o pacote de ajustes anunciado pelo governo, no vídeo abaixo:

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Na tarde desta segunda-feira (14) o governo federal anunciou um novo pacote medidas que visam, dentre outros fins, reverter o quadro de déficit fiscal previsto para 2016. Dentre as principais novidades apresentadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do Planejamento, Nelson Barbosa, estão o retorno da CPMF, o aumento do imposto sobre ganho de capital, a suspensão de concursos públicos e do reajuste dos servidores, além do corte no programa Minha Casa, Minha Vida.

Mas segundo o cientista político Adriano Oliveira, a série de arranjos propostos pelo governo não deve ser motivo de pânico para a população. De acordo com o especialista, se por um lado a presidente Dilma tardou em anunciar as medidas, estas, entretanto, configuram-se como o irreversível caminho para que o país volte a buscar o equilíbrio econômico.

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Confira toda a fala do cientista político sobre o pacote de ajustes anunciado pelo governo, no vídeo abaixo:

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A maior parte das negociações salariais ocorridas no primeiro semestre deste ano conquistou reajustes salariais acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), segundo balanço feito pelo Sistema de Acompanhamento de Salários e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado nesta quinta-feira, 27.

A despeito da forte crise econômica que atinge o Brasil, aproximadamente 69% das negociações analisadas pelo SAS-Dieese conquistaram aumentos reais no período de janeiro a junho. Segundo técnicos do Dieese, os reajustes se concentraram na faixa até 1% de ganho acima da inflação.

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"Um número significativo de negociações obteve reajustes iguais à inflação medida pelo INPC-IBGE, correspondendo a quase 17% do painel que considera 302 unidades de negociação privadas e de empresas estatais", informa o SAS-Dieese.

Os reajustes salariais que não repuseram a inflação alcançaram quase 15% das negociações. Nesse caso, as perdas se situaram, na maioria dos casos, nas faixas de até 2% abaixo da inflação, conforme o levantamento.

Os dados coletados pelo SAS-Dieese indicam que houve uma sensível diminuição na proporção dos reajustes com ganho real frente ao observado nas mesmas categorias nos últimos oito anos. O aumento real médio também caiu e apresentou o menor valor desde 2008 (0,51%), quando o SAS-Dieese passou a acompanhar o resultado das negociações coletivas pertencentes a um painel fixo de categorias.

A sequência de reajustes aprovados desde o ano passado inaugurou um novo patamar de tarifa de energia elétrica no Brasil, num momento em que o poder aquisitivo do consumidor está em queda por causa da inflação e renda menor. Até julho, a maior tarifa residencial do País beirava R$ 600 o megawatt hora (MWh) e, dependendo das condições hidrológicas e de acordos em negociação, pode ultrapassar novas barreiras. Das dez maiores tarifas que já tiveram reajustes aprovados neste ano, apenas uma está abaixo de R$ 500 o Mwh.

Em dois anos, o preço da energia para os consumidores residenciais dobrou em algumas distribuidoras. Foi o caso da Copel, estatal do Paraná, cuja tarifa subiu 102,95%, de R$ 242,58 o MWh, em 2013, para R$ 492,31 agora. Só neste ano, a tarifa da empresa - que não quis falar sobre o assunto - subiu 50%. Parte do aumento, como ocorreu nas demais empresas, foi para cobrir o rombo de R$ 22 bilhões da Contribuição de Desenvolvimento Energético (CDE).

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Em 2012, a MP 579, que antecipou a prorrogação das concessões de geração e transmissão de energia, reuniu uma série de custos de políticas públicas (subsídios) nessa conta para ser paga pelo Tesouro Nacional. Até o ano passado, o governo havia aportado R$ 21,6 bilhões para pagar todas as despesas embutidas nessa conta, como os subsídios para o Luz para Todos. Mas, com o ajuste fiscal em curso, o governo desistiu de bancar os custos e jogou a conta para a sociedade.

Na lista das dez maiores tarifas do País, uma parte das empresas foi duplamente punida pelo aumento da CDE. São distribuidoras menores, que compram energia de grandes concessionárias e não diretamente de geradoras. Nesse processo, elas absorvem o efeito direto da CDE e indireto por meio das tarifas cobradas das distribuidoras. É o caso da Companhia Força e Luz do Oeste, atendida pela Copel; e Nova Friburgo, pela Ampla. A tarifa das duas, administradas pela Energisa, subiu 85% e 61%, respectivamente.

Além das duas empresas, a Energisa tem uma outra concessionária na lista das dez maiores tarifas. Trata-se da Energisa Minas Gerais: o preço para o consumidor está em R$ 501,10.

O aumento das tarifas também é reflexo da crise hidrológica que atingiu o País nos últimos anos, reduziu o nível dos reservatórios e ajudou a afundar o plano do governo de diminuir o custo da energia. Em 2013, com a prorrogação das concessões, a presidente Dilma Rousseff forçou uma queda, em média, de 20% da tarifa. Mas, como algumas empresas não aderiram às regras de renovação das concessão, as distribuidoras ficaram sem contrato de garantia para atender 100% de seu mercado e tiveram de ir ao mercado à vista para comprar energia, com o preço em alta por causa da seca.

Para garantir o abastecimento da população, todas as térmicas foram acionadas e o custo bilionário foi repassado para o consumidor. Na semana passada, o governo autorizou o desligamento de 21 térmicas com custo acima de R$ 600 o MWh. Mas, por ora, a medida não significará recuo da tarifa de energia.

Na avaliação de especialistas, os consumidores ainda verão uma forte pressão sobre as tarifas, pelo menos, até o ano que vem. O presidente da comercializadora Comerc, Cristopher Vlavianos, observa que a alta da moeda americana terá reflexos para o consumidor, já que a energia da Hidrelétrica de Itaipu é cotada em dólar. No ano passado, nessa época do ano, a cotação estava em torno de R$ 2,30. Agora está em R$ 3,53.

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Adilson de Oliveira, afirma que há ainda outros riscos que rondam as tarifas de energia nos próximos anos. Uma delas é o acordo sobre o risco hidrológico, que é o déficit na geração de energia (chamado de GSF) e que tem provocado prejuízos bilionários para os geradores. O acordo está baseado em duas fases. A primeira delas envolve o período de 2015 e 2016, em que os geradores assumem o risco hidrológico do País. A segunda fase refere-se ao período pós-2017, em que o risco hidrológico será repassado para o consumidor - ou seja, por meio de aumento de tarifa.

Outro fator de risco, diz Oliveira, refere-se à queda do consumo verificada nos últimos meses. Como há previsão de entrada em operação de novas usinas, poderá haver ociosidade da capacidade instalada do País. "Se a economia não cresce, não há consumo de energia (o que está ocorrendo agora)."

Industrial. Da mesma forma que o residencial, o consumidor industrial também sofre o impacto da sequência de reajustes tarifários. A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que representa grupos como Alcoa, Gerdau, Braskem, Vale e Votorantim, entrou na Justiça para evitar o pagamento da CDE. "A grande indústria que consome muita energia e usa pouco o fio passou a pagar mais", afirma o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação (MEC) promete excluir do programa de Financiamento Estudantil (Fies) instituições de ensino superior que não aceitarem o teto de reajuste de 6,4%, imposto para este semestre, e não justificarem o aumento proposto. Cerca de 141 mil alunos com contratos vigentes não tiveram a renovação porque, segundo a pasta, as faculdades insistem em praticar reajustes mais altos.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse que as instituições que estiverem nessa situação estarão fora do Fies nas próximas edições. "A instituição ficará fora do Fies", disse o ministro em entrevista ao portal UOL. "O MEC vai honrar o compromisso do aluno. Agora, ele desligará a instituição das próximas edições do Fies", completou.

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De acordo com Janine Ribeiro, a maior parte desses 141 mil alunos não teve o processo de renovação iniciado no sistema do financiamento. Além de identificar os problemas, o MEC já entrou em contato com as instituições. O prazo para renovações acaba no dia 29. A pasta garantiu a renovação de todos os 1,9 milhão de contratos.

Mesmo que a instituição seja excluída para novos contratos por abusar dos reajustes sem justificativa, ela deverá manter alunos que já estudem com o Fies, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao MEC que faz a gestão do Fies.

Batalha - O limite de 6,4% nas mensalidades financiadas pelo Fies foi imposto neste ano pelo MEC como uma das formas de economizar recursos com o programa, que no ano passado consumiu R$ 13,7 bilhões. Como o valor das mensalidades é regulamentado por lei específica, as instituições de ensino travaram uma batalha com o MEC por causa da mudança. Renovações acima dos 6,4% têm sido aprovadas, mas a inscrição fica pendente para análise posterior.

Um grupo de trabalho criado em parceria entre o MEC, a FNDE e a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça realiza uma análise da evolução dos valores financiados por meio do Fies, "incluindo os valores praticados no primeiro semestre de 2015". O grupo deve negociar com as instituições que impuseram reajustes acima do teto.

O MEC não informa quais instituições têm praticado reajuste abusivos e quais porcentuais. Em reposta a uma das ações judiciais movidas contra a trava, exemplificou um curso de São Paulo que teria reajustado a mensalidade em mais de 70%.

A explosão de contratos do Fies começou a partir de 2010, quando o governo baixou o juros e facilitou as condições de pagamento. Em 2013 - dados mais recentes -, 22% dos estudantes do ensino superior privado estudavam com o Fies.

Com o financiamento, o preço médio das mensalidades teve aumento. A partir de 2011, os preços cresceram a uma média anual de 2,9%, passando de R$ 575 para R$ 645. Os valores pagos desde 2011 saltaram 647%, enquanto o número de contratos cresceu quase a metade, 374%. Reportagens do Estado mostraram que, apesar do salto nos custos do programa, o ritmo de crescimento do ensino superior privado caiu.

Generaliza

O diretor executivo do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo, Rodrigo Capelato, diz que a instituição já chegou a denunciar instituições que praticavam aumentos abusivos, mas a atitude do MEC neste momento generaliza uma situação que é isolada. "Da forma que está sendo feita, o ministro coloca todas instituições sob suspeita. Que o ministro venha e comprove os abusos e aponte as instituições", diz. "Se não tivesse o ajuste fiscal, a situação continuaria do mesmo jeito."

Além do teto de reajuste, o governo também restringiu o número de novas contratações neste ano. Foram registrados 252 mil novos financiamentos.

Para Sólon Caldas, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), o MEC tem legitimidade para tomar as medidas como essa. "Mas é preciso diferenciar reajustes abusivos com situações que o sistema não têm identificado, como alunos que passaram a fazer mais disciplinas neste ano e, por isso, vão pagar mais."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Mesa Diretora da Câmara aprovou nesta quarta-feira (25) o reajuste em diversas verbas parlamentares, incluindo a de gabinete, que passa dos atuais R$ 78 mil para R$ 92.053,00 mensais. O auxílio-moradia subiu de R$ 3,8 mil para R$ 4,2 mil.

O chamado cotão (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, elevando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44 o menor valor recebido por deputados, no caso os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.

O pacote de medidas aprovado pela Mesa faz parte das promessas de campanha do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Além dos reajustes, a Mesa também aprovou um dispositivo estabelecendo que as mulheres dos deputados terão direito a usar passagens áreas pagas pela Câmara entre seus estados de origem e Brasília.

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A decisão dos rodoviários em não recorrer à decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi homologada nesta quinta-feira (18), em sessão realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE). A categoria acatou a ordem judicial e, com isso, obteve 10% de aumento salarial e mesma porcentagem de reajuste no vale alimentação. No início das paralisações, os profissionais exigiam 75% de aumento no tíquete-restaurante.

Durante a reunião, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) se comprometeu em não descontar dos salários dos rodoviários os dias não trabalhados por motoristas, fiscais e cobradores. Da mesma forma, o sindicato dos trabalhadores garantiu não mais promover paralisações ou entrar com novo recurso contra a decisão do TST.

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Com a decisão do TST, motoristas passam a receber R$ 1.765,50, fiscais, R$ 1.141,69, e cobradores, R$ 812,13. 

Com informações da assessoria

 

 

 

 

Os rodoviários de Pernambuco podem realizar uma nova paralisação no dia 8 de setembro, caso o julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST), previsto para ocorrer no mesmo dia, em Brasília, não atenda as expectativas da categoria. A informação sobre a possível greve foi divulgada na tarde desta sexta-feira (29), pela assessoria de comunicação dos rodoviários. 

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De acordo com o sindicato, os trabalhadores devem fazer duas assembleias no dia 6 do próximo mês, com objetivo de definir os próximos passos da classe. As reuniões devem ser realizadas no Parque 13 de Maio, em dois horários: 9h30 e 15h30. No entanto, até o dia do debate, a categoria garante que não haverá novas paralisações de advertência. 

Na reunião que deve ser realizada em Brasília, os funcionários pretendem conseguir o aumento de 75% no tíquete-alimentação, passando de R$ 171 para R$ 300. A categoria também quer reajuste no auxílio funeral e direito a indenização por morte ou invalidez. 

 

A Copel, responsável pelo fornecimento de energia no Paraná, ainda não se posicionou sobre o pagamento dos prejuízos alegados pelo município de Nova Prata do Iguaçu, que pode chegar a R$ 15 milhões, segundo a Prefeitura, por causa da abertura de comportas da Usina de Salto Caxias, em 7 de junho, provocada pelas fortes chuvas que caíram no Estado. Já o grupo de nove famílias atingidas ainda permanece na casa de parentes, mas a empresa chegou a oferecer uma alternativa não aceita pelos moradores atingidos. "A Copel está em contato com as prefeituras da região para avaliar o impacto da abertura dos vertedouros de Salto Caxias sobre as cheias naquela região", informa a nota.

Para ter o levantamento completo dos problemas provocados pela liberação das comportas a empresa abriu um canal de atendimento com as pessoas que se sentiram prejudicadas. "Os casos estão sendo analisados, para que sejam atendidas apenas as famílias que realmente tiveram problemas com a água da usina", informou a assessoria da empresa. Por meio desse canal de atendimento, a empresa irá avaliar todos os casos de forma individual.

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Com relação à alternativa apresentada aos moradores deNova Prata do Iguaçu, a maioria agricultores, a Copel também informou que foram liberadas casas da empresa para abrigarem as nove famílias atingidas, mas elas não aceitaram a proposta. "Nesse caso a empresa estuda uma indenização não apenas para elas, mas para todos prejudicados, agora está sendo feito um levantamento da região de Capitão Leônidas Marques, que também teve pessoas atingidas, mas muitas que procuraram a Copel tiveram prejuízos provocados pelas chuvas, não pela abertura das comportas".

"A abertura das comportas da Usina de Salto Caxias, no dia 7 de junho, foi corretamente autorizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) para aliviar a pressão na barragem da Usina de Salto Caxias, última unidade na cascata do rio Iguaçu. As 14 comportas da usina foram abertas de modo gradual, três comportas por vez, ao longo de 19 horas", diz a empresa, que ressalta a ocorrência de imprevistos provocados pelas chuvas que impdiram o aviso integral a todos que posteriormente foram atingidos.

"Deslizamentos nas estradas do entorno da usina não permitiram avisar as famílias antes de iniciar a abertura, embora a realização gradual do procedimento tenha evitado que as águas do reservatório ultrapassassem o limite da barragem e provocassem um aumento repentino da cheia rio abaixo, com consequências imprevisíveis".

Já o prefeito de Nova Prata do Iguaçu, Adroaldo Hoffelder apresentou um relatório em que cita todos os danos provocados no município. "Nós já marcamos novamente no dia 4 de julho uma reunião, na parte da manhã para checar e confrontar esses dados para então sair uma proposta de que forma a Copel irá atender essas famílias", informou à imprensa da região.

Itaipu

Depois de dez dias de vertimento ininterrupto, a usina de Itaipu fechou as comportas na semana passada depois que o nível do Rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai e Argentina, foi se normalizando. O vertedouro continuou a abrir, segundo a assessoria de imprensa, mas apenas por questões operacionais.

Os cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as receitas e despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) apresentaram um déficit de R$ 5,6 bilhões para 2014, que deverá ser repassado para as tarifas de energia, com impacto para os consumidores de aproximadamente 4,6%, a partir dos próximos reajustes tarifários. Os números foram apresentados nesta terça-feira (11) durante reunião da diretoria da Aneel.

Segundo cálculos da agência, as despesas do fundo setorial devem ficar em R$ 17,994 bilhões este ano. A CDE serve para cobrir gastos do setor, como com o Programa Luz para Todos, subsídios para o uso de termelétricas no Norte do país e também o custo da redução em 20% da tarifa de energia determinado no ano passado pelo governo federal.

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Os valores ainda serão debatidos em audiência pública promovida pela Aneel, que pode receber sugestões até o dia 16 de março. Do total das despesas da CDE, o montante de R$ 1,55 bilhão é referente às despesas de 2013 e R$ 3,8 bilhões são para subsidiar descontos tarifários. Entre as receitas do fundo está um aporte de R$ 9 bilhões do Tesouro Nacional, além do pagamento de concessões, de multas e do financiamento da Reserva Geral de Reversão (RGR).

Ano novo, preço novo. A velha prática de aproveitar a virada da folhinha para subir preço voltou neste início de ano. Em janeiro de 2014, a chamada inflação gregoriana atingiu especialmente os serviços e uma gama variada deles: da diária do encanador ao transporte escolar, passando pela consulta médica, entrada de cinema, manutenção do jazigo, por exemplo.

Um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostra que de 18 itens, cujos preços tiveram reajuste praticamente zero em dezembro do ano passado e tiveram altas expressivas em janeiro deste ano, 17 são serviços. Dessa lista de 17 serviços, 11 deles registraram altas no mês passado mais expressivas do que em janeiro de 2013.

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A mensalidade do transporte escolar, por exemplo, subiu 6,34% no mês passado, o dobro do reajuste de janeiro do ano passado (3,12%). Em dezembro de 2013, o preço do transporte escolar ficou estável, aponta a Fipe.

Trajetória semelhante ocorreu com os preços da consulta médica e da diária do encanador. A consulta médica subiu 2,2% em janeiro deste ano, ante alta de 1,67% em janeiro do ano passado. No caso da diária do encanador, o aumento foi de 2,46% no mês passado, enquanto a variação foi de 0,49% em janeiro de 2013.

A inflação alta, mantida acima do centro da meta de 4,5% nos últimos quatro anos, entre 2010 e 2013, leva os agentes econômicos a se protegerem de perdas e a reajustarem preços, explica o coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima. "A expectativa de uma inflação maior tende a referendar o reajuste de preço e os prestadores de serviços aproveitam a virada do ano. Isso realimenta a alta de preços", afirma o economista.

Ele diz que, se a inflação nos últimos anos tivesse girado em torno de 4%, os agentes econômicos não estariam tão preocupados com reajustes. No entanto, com a inflação beirando 6%, todos buscam proteção e aumentam os seus preços. Segundo o economista, esse movimento é mais nítido nos serviços, especialmente na virada de ano, porque os prestadores não podem aumentar preços o tempo todo, caso contrário perdem clientes.

Já na avaliação do professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, Heron do Carmo, que durante 25 anos esteve à frente do IPC-Fipe, os aumentos de preços na virada do ano atingem mais o setor de serviços porque é uma decisão mais fácil de ser tomada e muitas vezes envolve apenas uma pessoa: o prestador de serviço. "Cada um está olhando para os seus aumentos de custos."

Incertezas - Além dos aumentos reais de custos, Heron acrescenta dois outros fatores que pressionam os preços para cima no início do ano. O primeiro, de menor impacto, é o arredondamento das unidades monetárias. Ele lembra que os prestadores de serviços não usam preços com centavos.

Outro fator, que é o mais importante e que alimenta a alta de preços, é a incerteza que paira sobre o ambiente econômico. Neste ano, diz Heron, um conjunto de variáveis está contribuindo para que a incerteza aumente. Entre elas, ele aponta os juros em alta, a elevação da taxa de câmbio e as indefinições sobre o cenário da economia mundial e o crescimento do País. "Ninguém sabe o que vai acontecer com o câmbio após a retirada dos estímulos monetários nos EUA, qual será o impacto das eleições, da Copa do Mundo e das crises da Argentina e da Venezuela no País."

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