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A Receita Federal deve anunciar nesta semana a liberação para consulta do último lote regular de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Serão liberadas também restituições dos exercícios de 2008 a 2015 de declarações que deixaram a malha fina. O crédito bancário para os contribuintes incluídos na lista será feito no próximo dia 15.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte terá que acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone, no número 146. O Fisco disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones que facilita a consulta às declarações e à situação cadastral no CPF.

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Os contribuintes que não forem relacionados no último lote terão que aguardar a liberação de lotes residuais no próximo ano. O supervisor do Imposto de Renda, Joaquim Adir, disse à Agência Brasil que quem retificou a declaração nos últimos dias não entrará mais no último lote e terá que aguardar.

Para evitar ficar em malha, o contribuinte deve consultar a página da Receita, serviço e-CAC, para verificar o extrato da declaração. No endereço é possível saber se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

Todos os anos a Receita Federal libera sete lotes regulares de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física a partir de junho. O último lote é sempre programado para dezembro. Os valores são corrigidos pela taxa básica de juros (Selic).

Auditores fiscais da área de Inteligência da Receita Federal em Curitiba, que atuam no âmbito da Lava Jato dentro da instituição, enviaram carta ao comando da força-tarefa da operação com alerta contra o que chamam de "ingerências políticas" que, segundo eles, podem comprometer a continuidade das investigações.

No texto enviado ao procurador da República Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato, Roberto Leonel de Oliveira Lima fala do impacto causado em sua instituição pelo substitutivo do Projeto de Lei 5864/2016 que, na avaliação dos auditores, põe sob ameaça prerrogativas da classe e levará ao "desmonte" da Receita.

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Ele comanda o Escritório de Pesquisa e Investigação da 9.ª Região Fiscal, sediada em Curitiba. Cabe à essa área de Inteligência da Receita todo o levantamento técnico-contábil da operação.

A versão do PL sobre a carreira dos auditores aprovada na semana passada em comissão da Câmara dos Deputados, segundo o grupo, atenta contra o alcance dos trabalhos da Receita no âmbito da operação ao garantir a analistas as mesmas prerrogativas dadas aos auditores. Para eles, há o risco de abrir a Receita para indicações políticas.

Na carta a Dallagnol, Roberto Leonel pede "apoio dessa força-tarefa para que a Receita continue a ser órgão de Estado, com eficiência gerencial e sem eventuais ingerências políticas". O auditor pede, ainda, incentivo da entidade de classe de Dallagnol, a Associação Nacional dos Procuradores da República, na luta a ser travada na Câmara para resgatar o texto original do projeto de lei.

Na quarta-feira passada, como revelou a Coluna do Estadão, um bloco de 57 fiscais ameaçou renunciar a cargos estratégicos que ocupam na 8ª Região (São Paulo), a que mais arrecada tributos em todo o País, cerca de R$ 500 bilhões por ano. Na sexta, a mobilização ganhou adesão de 400 auditores em postos de comando da Receita. Segundo Roberto Leonel, a crise na Receita vai afetar a Lava Jato.

De acordo com ele, o texto do relator Wellington Roberto (PR-PB) - que alterou a versão pactuada entre o Executivo e os servidores da Receita - "pode gerar ineficiência ou confusão na execução dos processos de trabalho". "Em sentido contrário ao previsto no projeto de lei original, que é apoiado pela administração da Receita e foi elaborado com o governo federal, vê-se no substitutivo aprovado uma mitigação do alcance da denominação Autoridade Tributária e Aduaneira da União, histórica e umbilicalmente ligada ao cargo de auditor fiscal, o qual sempre desenvolveu atividades de elevada complexidade", assinala. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma cerda de metal em um 'coq au vin' deve custar muito caro ao chef francês Daniel Boulud: um de seus restaurantes de Nova York foi condenado a pagar 1,3 milhão de dólares de indenização a um cliente.

Barry Brett foi em 28 de fevereiro de 2015 ao restaurante 'Bistro Moderne', na Rua 44, onde pediu um 'coq au vin', e logo após começar a comer sentiu algo estranho na garganta, abandonando o restaurante em seguida, revela a ação judicial contra o estabelecimento.

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Brett foi imediatamente para um hospital, onde um cirurgião removeu de sua garganta uma cerda de metal de 2,5 cm, proveniente de uma escova de aço de limpeza de baixa qualidade.

Em sua decisão, o tribunal de Nova York considerou que o restaurante foi "negligente" e o condenou a pagar uma indenização de 1,3 milhão de dólares por danos e prejuízos.

Procurado pela AFP, o restaurante não fez comentários, mas segundo um de seus advogados, apelará da sentença.

Daniel Boulud integrava no ano passado a lista Le Chef dos 100 chefs do mundo com passagem obrigatória por seus restaurantes, exatamente na 36ª posição.

Boulud possui 10 restaurantes em Nova York, dos quais "Daniel" é o mais famoso, e outros 20 no restante do mundo.

Pela primeira vez em 15 anos, a receita anual da Apple apresentou queda, passando de US$ 233,7 bilhões em 2015 para US$ 217 bilhões no ano fiscal encerrado em 24 de setembro de 2016. O resultado 9% menor veio em parte devido ao recuo contínuo das vendas do iPhone – que retrocederam 5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados nesta terça-feira (25).

As vendas de iPad também caíram 6%, assim como a linha de computadores Mac – que recuou 14%, após apresentar bons resultados em 2015. A empresa, no entanto, mostrou que continua forte quando se trata do setor de serviços, que inclui o iCloud, iTunes e Apple Music. Em meio à maré baixa, a divisão cresceu 24%, se consolidando como a segunda maior fonte de receitas da Apple.

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Estes serviços, no entanto, só representam 11% da receita anual – que ainda aposta no iPhone como a prata da casa. Estes resultados ainda não incluem a maior parte das vendas do iPhone 7 e do iPhone 7 Plus, lançados em setembro. O presidente executivo da Apple, Tim Cook, aposta que os smartphones devem impulsionar o faturamento da companhia no próximo trimestre.

"A recepção dos usuários está acima das expectativas e não poderíamos estar mais felizes", disse o executivo. Para o fim do ano, que costuma ser o período mais lucrativo para a Apple, a companhia prevê que as receitas com vendas ficarão entre US$ 76 bilhões e US$ 78 bilhões, o que significaria um aumento de ao menos 1% na comparação com o mesmo período de 2015.

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Auditores da Receita Federal fazem na tarde desta segunda-feira, 17, um protesto no 5º andar do Ministério da Fazenda contra mudanças feitas em projeto de lei que reestrutura a carreira.

Com placas de "Fora, Rachid", cerca de 50 auditores ocupam o hall do andar em que fica o gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em todo o País, a categoria começou a entregar cargos de chefia como forma de pressionar o governo. De acordo com os auditores, cerca de mil cargos já foram entregues.

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A categoria vem fazendo protestos e paralisações pontuais contra o relatório do deputado Wellington Roberto (PR-PB) para o projeto de lei 5.864/16. Os auditores reclamam que o acordo feito com o governo em março - quando foi criado um bônus para a categoria - está sendo desconfigurado.

"Falta empenho do governo em passar o projeto de lei", critica o auditor Leon Solon da Silva. O servidor era chefe da Divisão de Pesquisas da Receita Federal, mas entregou o cargo como forma de protesto.

A Receita Federal liberou a restituição do quinto lote do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Ao todo, foram desembolsados R$ 2,576 bilhões a cerca de 2,2 milhões de contribuintes. Estão sendo pagos também R$ 124,2 milhões a 55,3 mil contribuintes que fizeram a declaração entre 2008 e 2015, mas estavam na malha fina. Considerando os lotes residuais e o pagamento de 2015, o total gasto com as restituições chegará a R$ 2,7 bilhões.

A lista com os nomes estará disponível no site da Receita na internet. A consulta também pode ser feita pelo Receitafone, no número 146. A Receita oferece ainda aplicativo para tablets e smartphones, que permite o acompanhamento das restituições.

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As restituições terão correção de 6,71%, para o lote de 2016, a 88,28% para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a entrega da declaração até este mês.

Depósito nas contas

O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.

Os dois últimos lotes regulares serão liberados em novembro e dezembro. Se estiverem fora desses lotes, os contribuintes devem procurar a Receita Federal porque os nomes podem estar na malha fina por erros ou omissões na declaração.

A restituição ficará disponível durante um ano. Se o resgate não for feito no prazo, a solicitação deverá ser processada por meio do formulário eletrônico - pedido de pagamento de restituição, ou diretamente no e-CAC , no serviço extrato de processamento, na página da Receita na internet.

A Receita Federal abriu nesta sexta-feira (7) a partir das 9h, consulta ao quinto lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Ao todo, serão desembolsados R$ 2,576 bilhões a cerca de 2,2 milhões de contribuintes. O crédito bancário será feito em 15 de outubro, informa a Agência Brasil.

A Receita também pagará R$ 124,2 milhões a 55,3 mil contribuintes que fizeram a declaração entre 2008 e 2015, mas estavam na malha fina. Considerando os lotes residuais e o pagamento de 2015, o total gasto com as restituições chegará a R$ 2,7 bilhões.

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A lista com os nomes estará disponível no site da Receita na internet. A consulta também pode ser feita pelo Receitafone, no número 146. A Receita oferece ainda aplicativo para tablets e smartphones, que permite o acompanhamento das restituições.

As restituições terão correção de 6,71%, para o lote de 2016, a 88,28% para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a entrega da declaração até este mês.

O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.

Os dois últimos lotes regulares serão liberados em novembro e dezembro. Se estiverem fora desses lotes, os contribuintes devem procurar a Receita Federal porque os nomes podem estar na malha fina por erros ou omissões na declaração.

A restituição ficará disponível durante um ano. Se o resgate não for feito no prazo, a solicitação deverá ser feita por meio do formulário eletrônico - pedido de pagamento de restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço extrato de processamento, na página da Receita na internet. Para quem não sabe usar os serviços no e-CAC, a Receita produziu um vídeo com instruções.

A Receita Federal investiga escritórios de advocacia que oferecem a clientes o uso de títulos públicos para abatimento da dívida tributária. A prática é vedada por lei, mas tem sido utilizada para reduzir o débito de empresas com o Fisco. O órgão já notificou cerca de 10 mil contribuintes, que respondem por R$ 4 bilhões em débitos sonegados.

"A fraude tem origem, núcleo nesses escritórios", afirmou o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso. Segundo ele, é comum que esses escritórios contatem os contribuintes oferecendo a suposta vantagem, conseguindo aval para atuarem em seu nome junto à Receita mediante procuração.

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"Estamos notificando as empresas e dando prazo para que voltem à situação original, seria situação de autorregularização. Se ela não se autorregularizar, aí sim faremos lançamento de ofício, aplicação de multas e apresentação de representação fiscal para fins penais", explicou o subsecretário.

As multas podem ir de 75% a 225% do débito sonegado. "Não existe chancela do Tesouro para isso, esses escritórios preparam conjunto de documentos para aplicar golpes em contribuintes", disse Occaso.

Segundo a Receita, a fraude é registrada tanto em empresas optantes quanto não optantes do Simples Nacional. Os escritórios que praticam a fraude também serão alvo de investigação, em parceria com o Ministério Público. Há grupos já identificados que operam nos Estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Espírito Santo.

A Receita Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) dois atos sobre restituição de créditos no âmbito do Fisco federal. O primeiro ato é a Instrução Normativa 1.661/2016, que altera norma anterior "sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso". O outro é a Portaria 1.453/2016, que "estabelece procedimentos para o reconhecimento de direito creditório em processo de restituição, compensação, ressarcimento ou reembolso".

Em ambas as situações, o auditor fiscal da Receita é a autoridade competente para decidir sobre os processos. Quando a decisão que resultar no reconhecimento de direito creditório em valor total superior a R$ 1 milhão, até R$ 5 milhões, será proferida por dois auditores. Se o valor for superior a R$ 5 milhões, será proferida por 3 auditores.

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Além disso, também veio publicada no Diário Oficial portaria que altera regras sobre atos administrativos. Dentre eles, auto de infração, despacho, solução de consulta e notificação de lançamento.

Os créditos tributários (impostos não pagos, multas e juros) lançados pela Receita Federal chegaram a R$ 73,233 bilhões de janeiro a agosto em 2016, com queda expressiva (14%) em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Iágaro Jung Martins, a Receita espera, porém, alcançar, pelo menos, o mesmo valor alcançado em todo o ano de 2015. No ano passado, os créditos tributários chegaram a R$ 125,6 bilhões. 

Para compensar a diferença, a Receita destaca que atualmente estão em execução procedimentos de fiscalização que envolvem casos de grande relevância e abrangência, em sua maioria, com “cometimento de ilícitos como lavagem de dinheiro, interpostas pessoas, empresas de fachada, noteiras, fraudes diversas, entre outros”.

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Iágaro Martins disse que a queda no lançamento dos créditos deve-se, além dos movimentos dos auditores por melhores salários, à grande participação da Receita nas operações especiais de combate à corrupção, que tem demandado maior empenho da fiscalização.

“Estamos trabalhando muito mais intensivamente nas operações de combate à corrupção, e o nosso foco não é o volume do crédito tributário nessas operações, mas trabalhar em conjunto com os outros órgãos para trazer prova para a condenação dos envolvidos.”

Zelotes

Um dessas operações é a Zelotes, que investiga esquema criado para influenciar decisões do Conselho Administrativo de Recurso Fiscais (Carf) e reduzir ou anular autos de infração e multas decorrentes de autuações fiscais, ressaltou o subsecretário da Receita. Desta operação até o fim do ano de 2016, existe a previsão de lançamento de ofício de cerca de R$ 23 milhões, sem incluir multas ou juros. A maioria dos atingidos é de pessoas físicas.

Lava Jato

No caso da Operação Lava Jato, cuja nova fase foi deflagrada nesta quinta-feira (22), a expectativa é de recuperação de um crédito tributário de R$ 8 bilhões até dezembro deste ano, informou o coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Flávio Vilela Campos. O total inclui valores do que a Receita Federal chama de fase 0 da Lava Jato. Ou seja, antes da deflagração da operação.

Após dois anos, as ações de fiscalização envolvem 80 auditores fiscais, sendo que já foram constituídos créditos em torno de R$ 1,9 bilhão. Como foram lavrados autos de R$ 4,6 bilhões, o valor total, até agora, chega a R$ 6,5 bilhões.

A Receita tem a expectativa de mais R$ 1,5 bilhão até fim do ano. Mais de mil procedimentos de fiscalização foram abertos na operação, acrescentou Campos.

Outras Operações

Além dessas operações de grande repercussão, existe a Aratath, com créditos constituídos em valores aproximados de R$ 250 milhões. A Aratath investiga esquema de lavagem de dinheiro, corrupção e crimes contra o sistema financeiro nacional, envolvendo empresários, políticos e autoridades dos três Poderes no estado de Mato Grosso. Existe a expectativa de mais R$ 50 milhões.

O processo de seleção de contribuinte no plano de fiscalização levou em conta vários fatores, como planejamento tributário vinculado a eventos referentes a reorganização societária, evasão nos setores de cigarros, bebidas e combustíveis e sonegação envolvendo distribuição isenta de lucros. Além disso, a Receita identificou planejamento tributário abusivo, envolvendo ingresso de recursos em nome de não residentes.

Ativos no exterior

Após acordos com outros países, a Receita também passou a receber informações de contribuintes que têm ativos no exterior. “Estamos de olho nos contribuintes no exterior, e se esqueceram de repassar as informações para o Fisco”, disse o coordenador-geral de Programação e Estudos da Receita Federal, Paulo Cirilo.

A partir de 1º de janeiro de 2017, a Receita fará trocas automáticas de informações com 103 países que assinaram a Convenção Multilateral para Intercâmbio Internacional de Informações Tributárias. “Quem não optar pela regularização virará cliente da fiscalização da Receita Federal”, disse, bem-humorado, Iágaro Jung Martins, referindo-se a tais contribuintes após a Lei de Repatriação. Segundo Cirilo, existe a possibilidade de acordos bilaterais para que as informações sejam retroativas. Ele informou que atualmente o Brasil tem acordo pleno de investigação com 34 países.

A Receita Federal conta ainda com a lei americana Foreign Account Tax Compliance (Fatca), criada para coletar informações perante as instituições financeiras sobre contas oriundas dos Estados Unidos (EUA) e mantidas por titulares norte-americanos. Com isso, aumentou o intercâmbio de informações financeiras no âmbito do Fatca e a Receita Federal, além do Internal Revenue Service (IRS), fisco do EUA. Só em setembro do ano passado, foram informados rendimentos associados a 25.280 brasileiros em montante superior a R$ 1 bilhão.

Em outro caso de repercussão internacional, o Panama Papers, a Receita Federal identificou mais de 1.300 offshores relacionadas a 400 brasileiros. Para a Receita, embora essas empresas estejam registradas no Panamá, os ativos estão em outros países, mas a fiscalização irá atrás dos recursos. “Estamos discutindo com autoridades tributárias panamenhas para saber onde essas offshores estão operando para ir até esses países. As autoridades panamenhas têm condições de nos informar”, destacou Iágaro Martins.

Pelos dados declarados pelas pessoas físicas em 2015, o total de bens e direitos no exterior pelas pessoas físicas está em R$ 265,9 bilhões, dos quais 20,1% estão nos Estados Unidos e  35,4% nas Ilhas Virgens Britânicas, nas Bahamas e nas Ilhas Cayman. No caso dos 34 países com  os quais o Brasil tem acordo em vigor, o total chega a R$ 136,6 bilhões 51,%).

Não adianta fugir

O subsecretário da Receita ressaltou que as pessoas que procuram esconder seus ativos em países que não fazem parte da Convenção Multilateral para o Intercâmbio Internacional de Informações Tributárias terão problema no futuro. “Se a Convenção tem 103 países, os países que vão sobrar serão de alto risco para os contribuintes. Nos próximos anos, mais de 150 devem aderir [à convenção]. Os que não aderirem podem sofrer sanções e terão problemas por não serem transparentes, com restrições em suas negociações. O mundo começa a ficar sem fronteiras para o Fisco”, enfatizou.

A Receita Federal notificou o Instituto Lula nesta terça-feira, 30, para apresentar esclarecimentos no âmbito de uma ação de fiscalização por suposto "desvio de finalidade". A Receita suspendeu a isenção tributária do Instituto de 2011.

Dois auditores fiscais entregaram a notificação.

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Em nota, o Instituto destacou que "age dentro da lei e todos os questionamentos serão esclarecidos". "Não temos nada a esconder e sempre colaboramos com a fiscalização", ressaltou o Instituto, que é alvo da Operação Lava Jato, juntamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - indiciado na sexta-feira, 26, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Na segunda-feira, 29, o jornal Folha de S.Paulo e a TV Globo divulgaram que o Instituto Lula deverá recolher entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões - valor referente ao período de 2011 e 2014.

O Instituto teria repassado R$ 1,3 milhão para a empresa G4 Entretenimento, cujos sócios são Fábio Luís, filho de Lula, e Fernando Bittar, proprietário formal do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) - alvo da Lava Jato que suspeita ser do ex-presidente a propriedade rural, o que é negado com veemência pela defesa do petista.

Defesa

"O Instituto Lula foi notificado, nesta terça (30), a apresentar esclarecimentos no âmbito de uma ação de fiscalização iniciada em 2015. O que deveria ser um procedimento rotineiro - e resguardado pelo sigilo fiscal - transformou-se em mais um episódio de violência contra o ex-presidente Lula, pois uma equipe da Rede Globo chegou a sede do Instituto a tempo de registrar a ação dos auditores, da qual já tinham conhecimento", diz a entidade por meio a nota.

"Em menos de 48 horas, foi o segundo vazamento para a imprensa de procedimentos sigilosos da Receita Federal do Brasil. Na segunda-feira, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem sobre supostas multas que estariam prestes a ser aplicadas ao Instituto Lula - o que não corresponde ao teor da notificação recebida hoje. Vazamentos sobre o procedimento da Receita vêm sendo publicados desde dezembro do ano passado", continua o texto.

"O Instituto Lula age dentro da lei e todos os questionamentos serão esclarecidos. Não temos nada a esconder e sempre colaboramos com a fiscalização. É imprescindível que a Secretaria da Receita Federal do Brasil apure e puna os responsáveis por sistemáticas violações do sigilo fiscal da instituição. O desrespeito a essa garantia constitucional é uma ameaça a cada cidadão e uma ofensa ao estado de direito democrático", finaliza a nota.

O Twitter quer atrair os criadores do YouTube para sua plataforma, e junto com eles uma audiência maciça. Para tornar este sonho realidade, a empresa anunciou que vai vender anúncios ao lado de vídeos para compartilhar a receita publicitária com as pessoas que criaram o conteúdo, assim como já faz o YouTube. As informações são do site Recode.

Para isso, o microblog de 140 caracteres está oferecendo aos usuários condições muito atraentes. Ao contrário do YouTube, que dá 55% da receita arrecada com publicidade para os criadores, o Twitter pretende reter apenas 30% da parcela em dinheiro – deixando 70% com o usuário, de acordo uma fonte familiarizada com o acordo. Por enquanto, o programa está disponível somente para os EUA.

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O Twitter já oferece essa mesma divisão de receita para alguns criadores de conteúdo premium, como a NFL. E o microblog de fato precisa oferecer uma estratégia atraente como esta, já que plataformas como o YouTube e o Facebook lideram o mercado. Para entrar no jogo como retardatário, é necessário mostrar suas capacidades para ultrapassar os rivais. Mesmo assim, o Recode diz que não está claro se o microblog conseguirá conquistar seu próprio espaço.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu aumentar a receita para os investidores no próximo leilão de transmissão em 10,2%. A licitação está marcada para o dia 2 de setembro, mas o edital havia sido aprovado considerando que o BNDES poderia financiar 70% do valor dos investimentos. Com o anúncio do banco de que sua participação seria reduzida a 50%, a Aneel decidiu recalcular e elevar a Receita Anual Permitida (RAP) para cada lote.

De acordo com a Aneel, os empréstimos do BNDES terão como condições a TJLP mais 1,5% ao ano, mais um spread de risco de até 3,37% ao ano. Se houve interesse do empreendedor e do BNDES, a instituição poderá chegar a financiar até 70% do lote, mas a parcela entre 50% e 70% terá de seguir condições de mercado.

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A agência decidiu também incluir outros três lotes no leilão, dois no Pará e um no Espírito Santo. Esses lotes chegaram a fazer parte da primeira etapa da licitação, realizada em 13 de abril, mas não tiveram interessados. Com essa inclusão, o leilão terá, ao todo, 25 empreendimentos. Os investimentos devem somar R$ 12,6 bilhões.

Agora, a Receita Anual Permitida (RAP) máxima do leilão será de R$ 2,325 bilhões. Nesse tipo de licitação, ganha quem oferecer o maior deságio em relação a essa receita. A cotação do dólar utilizado na compra de equipamentos importados pela Aneel foi atualizada e reduzida de R$ 3,45 para R$ 3,25, considerando a cotação do dia 15 de julho.

A data do leilão foi mantida em 2 de setembro, uma vez que as alterações foram feitas exatamente 30 dias antes do evento. A data para entrega dos lotes será de 42 a 60 meses após a assinatura dos contratos de concessão, prevista para 25 de novembro.

Serão ofertados 6,8 mil km de linhas de transmissão. Os lotes estão localizados nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Piauí, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pará.

Alguns lotes com nível de vinculação entre si serão leiloados com condicionantes. Por exemplo: os lotes 2 a 7 são vinculados, e caso o lote 2 não receba nenhuma proposta, os demais serão descartados. Também há vinculação entre os lotes 9 a 12; 14 a 18; 21 e 22; e 23 e 24.

Não poderá participar da disputa nenhuma empresa que estiver em processo de caducidade de concessão ou inadimplente com obrigações setoriais. Também não serão aceitos consórcios em que a participação de empresas nessa situação supere 5% do capital social.

A Receita Federal inaugurou nesta segunda-feira, 1, uma ferramenta que vai permitir identificar pelos traços do rosto, em questão de segundos, potenciais ameaças ao País, como foragidos e suspeitos de contrabando e tráfico de drogas. O sistema de reconhecimento facial já está em operação em 14 aeroportos brasileiros e mira passageiros que embarcam ou desembarcam em voos internacionais. A proximidade dos Jogos Olímpicos fez com que o órgão colocasse o pé no acelerador para colocar o projeto em operação a tempo de contribuir com a segurança do evento.

Ao todo, 32 máquinas de reconhecimento facial estão em funcionamento desde a noite de domingo, 31, e já está nos planos da Receita ampliar a capacidade de atuação. Entre os focos daqui para frente está a extensão do sistema a todos os aeroportos internacionais (por enquanto, só aqueles com voos regulares foram contemplados) e também à Ponte de Amizade, que separa o Brasil e o Paraguai. Algumas adaptações, porém, são necessárias para ampliar a capacidade de processamento.

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O reconhecimento facial identifica pessoas listadas não só pela Receita Federal, mas também pela Polícia Federal (PF) e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como potenciais ameaças. Para isso, são cruzadas informações do passaporte, CPF, imposto de renda e dados de órgãos de inteligência nacionais e internacionais - inclusive o FBI, a polícia federal norte-americana.

"Isso vai permitir uma atuação mais efetiva contra contrabando, tráfico de drogas, etc. Essa proteção é séria. Não é para arrecadar tributos, é para proteger a sociedade. Será uma atuação ampliada com outros órgãos para a utilização da ferramenta, como a PF e a Abin", explicou José Carlos de Araújo, subsecretário substituto de Aduana e Relações Internacionais a Receita Federal.

O processo de checagem começa no embarque do passageiro, seja no Brasil ou no exterior. Quando a pessoa vem de fora do País, a Receita terá acesso aos dados durante o voo, para que possa analisar perfis e padrões. Com isso, determinados passageiros previamente selecionados são identificados com o uso da nova tecnologia, que é capaz de superar disfarces, como bigodes falsos ou perucas.

"Teremos informações de outras instituições, dados coletados de companhias aéreas para ter dados de pessoas que estão em voo. A informação vem adiantada para ter reconhecimento físico", explicou Cláudia Maria de Andrade, coordenadora-geral de Tecnologia da Informação da Receita. "Teremos identificação rápida de pessoas na sua entrada, de forma reservada, discreta."

O perfil de risco pode ser traçado a partir de frequência de voos ao exterior, hábito de não declarar valores ou suspeita de crime. Com a ferramenta, os órgãos de fiscalização querem coibir práticas de contrabando, tráfico de drogas e ajudar a capturar foragidos.

Quando uma pessoa com perfil de risco é detectada pela câmera, um sinal vermelho aparece na tela, juntamente com as informações de cadastro e foto de arquivo. Mesmo que o passageiro esteja usando um passaporte falso, ele será identificado. "O reconhecimento facial vai além da identificação de nome. Vai pegar traços do rosto", disse Araújo.

Até o momento, já contam com o equipamento de reconhecimento facial os aeroportos de Porto Alegre, Curitiba, Guarulhos, Viracopos (Campinas), Florianópolis, Foz do Iguaçu, Galeão (Rio de Janeiro), Manaus, Fortaleza, Confins (Belo Horizonte), São Gonçalo do Amarante (Natal), Recife, Brasília e Salvador. Ao todo, o projeto custou R$ 7,5 milhões.

Apesar da forte pressão política dentro e fora do governo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, marcou posição ontem e descartou a possibilidade de revisão na lei de repatriação de recursos enviados ilegalmente para o exterior por empresas e pessoas físicas.

Para o ministro da Fazenda, uma alteração na lei, que exigiria aprovação de novo projeto pelo Congresso, traria insegurança jurídica e provocaria prejuízos maiores ao próprio programa, por atrasar a regularização do recursos não declarados ao Fisco.

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A possibilidade de flexibilização foi alimentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na terça-feira (26) ele disse que o presidente em exercício Michel Temer e Meirelles haviam dado sinal verde para a mudança.

Após reunião nesta quarta-feira, 27, com Maia, Meirelles não só negou a possibilidade de mudança como também fechou as portas para discussão na área econômica. O ministro fez questão de ir até a portaria do Ministério da Fazenda para dar uma entrevista e informar que as regras atuais seriam mantidas. Segundo ele, quaisquer dúvidas que os contribuintes tenham sobre a regularização serão respondidas pela Receita Federal.

Desde que assumiu o cargo, Meirelles tem mantido a sua posição contrária à mudança na lei, que garante anistia penal em troca de pagamento de multa e Imposto de Renda. Ele não mudou, apesar da pressão de aliados políticos do presidente Temer. Por isso, causou mal-estar a versão de que a Fazenda teria recuado. "Nunca houve mudança", disse um interlocutor de Meirelles.

Setores políticos e empresariais defendem mudanças com o argumento de que a arrecadação do programa pode fracassar. O governo conta com o dinheiro da repatriação para fechar a meta fiscal do ano. Para a Receita, a tentativa de mudança visa a garantir pagamento menor do imposto e, ainda assim, a anistia pelo crime de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

"Chegamos à conclusão de que a Lei da Repatriação é um assunto que não deve e não tem condição de ser discutido. É preciso enfatizar a estabilidade das regras", disse Meirelles. Segundo ele, a lei está aí para ficar. "Os contribuintes devem ter segurança para fazer suas declarações."

Desagrado

A decisão do ministro desagradou parlamentares. Na última segunda-feira, Meirelles tinha conversado sobre o assunto com Maia, durante voo da Força Aérea Brasileira (FAB) entre o Rio e Brasília. Na conversa, Meirelles teria dado a entender aos congressistas que estava de acordo com a mudança, o que é negado por assessores do ministro.

Meirelles disse ao presidente da Câmara que o secretário da Receita, Jorge Rachid, era contra a alteração por considerar que traria insegurança ao governo. A avaliação é de que a incidência do IR apenas sobre o saldo significaria uma espécie de anistia ao contribuinte que gastou todo o dinheiro enviado, que pagaria apenas a multa. Sem o aval da equipe econômica, Maia abandonou, ao menos por hora, a ideia de mudar a legislação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A paralisação dos auditores fiscais por causa de reajuste salarial já provoca estragos nas indústrias da Zona Franca de Manaus, que utilizam um grande volume de componentes importados. Nos televisores, por exemplo, a parcela de componentes importados chega a 90%. Em dois dias de operação padrão estão parados no porto cerca de 700 contêineres à espera da fiscalização para serem desembaraçados. Esses contêineres reúnem mercadorias destinadas ao comércio e componentes importados especialmente pelas indústrias do polo.

O Centro das Indústrias do Estado do Amazonas, (CIEAM) planeja já entrar na Justiça ainda esta semana para obter um mandado de segurança para liberar as mercadorias no porto. A informação é do presidente do CIEAM, Wilson Périco. "Não temos nada a ver com esse problema que existe entre o governo federal e os servidores públicos", diz ele.

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A intenção de obter uma medida na Justiça é para agilizar o desembarque e reduzir os impactos na produção e no emprego das 487 empresas do polo industrial que estão neste momento afetadas pela recessão. "A situação já está difícil e pode piorar por falta de componentes", observa.

De janeiro a maio, o faturamento do polo industrial de Manaus somou R$ 7,8 bilhões e registrou queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano passado interior a retração foi de quase 19% nas vendas do polo na comparação 2014.

Com o crédito caro e a recessão, está cada vez mais difícil vender aparelhos eletroeletrônicos, produtos geralmente financiados pelo consumidor. Com o recuo do dólar em relação ao real, a primeira ideia que se tem é que o setor poderia ter algum alívio de custos, uma vez que boa parte dos componentes são importados.

No entanto, segundo Périco, isso não ocorre na prática, porque esses componentes que estão parados no porto à espera do desembarque partiram da Ásia 60 dias atrás e foram comparados quando o câmbio estava mais elevado. Portanto, se antes o setor tinha dois problemas - falta de demanda e pressão de custos - agora foi acrescentado mais um: atraso no desembaraço dos componentes.

O governo fracassou nesta sexta-feira (15) ao tentar debelar a greve dos auditores fiscais da Receita Federal com a sinalização do envio um projeto de lei com o reajuste salarial acordado em março com a categoria. O Ministério do Planejamento encaminhou à Casa Civil uma minuta de projeto a ser enviado ao Congresso Nacional, mas os servidores decidiram manter o movimento até que uma medida provisória, que tem validade imediata, seja publicada pelo presidente em exercício Michel Temer.

Além de exigir que a questão seja resolvida por meio de uma MP e não por um projeto de lei, que depende de aprovação no Congresso para entrar em vigor, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco) alega que a minuta do projeto enviado ao Palácio do Planalto tem incongruências com o acordo firmado com a categoria no começo do ano.

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"O governo mandar um projeto de lei agora não resolverá a questão. Com o recesso dos parlamentares, os servidores não receberiam o aumento antes de setembro. Já uma medida provisória tem validade imediata", afirmou o presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno.

Sem entrar em detalhes, o dirigente sindical disse ainda que a minuta do projeto tem diferenças em relação àquilo que a categoria havia acordado com o governo da presidente afastada Dilma Rousseff. Damasceno adiantou que o movimento de greve da categoria continuará.

‘Operação padrão’ - Na quinta-feira, a categoria iniciou a chamada "operação padrão", com fiscalização mais rigorosa na liberação de cargas e bagagens nos aeroportos, portos e postos de fronteira. O protesto, que vai se repetir todas as terças e quintas-feiras, causou transtornos aos viajantes em diversas capitais.

O movimento ameaça também criar problemas para os turistas que chegarem ao Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no começo do próximo mês.

E apesar de mais de uma centena de servidores ter passado o dia na antessala do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ninguém foi recebido na Quinta-feira.

A Fazenda chegou a propor que o secretário executivo, Eduardo Guardia, se reunisse com a categoria, mas essa alternativa não foi bem recebida. Ainda assim, um encontro entre Guardia e os servidores foi marcado para a próxima Quarta-feira.

Além da "operação padrão", não está havendo análise de processos e ações externas nas repartições da Receita. Os auditores prometem ainda realizar a "operação meta zero" , ou seja, o represamento de créditos resultantes das fiscalizações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora o aumento de impostos venha sendo tratado pela equipe econômica como um "plano C", o governo já trabalha com uma receita adicional de R$ 8 bilhões em 2017, que viria justamente da alta ou da criação de tributos. A cifra está no documento que atualiza a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem, elaborado pelo Ministério da Fazenda. O mesmo documento descarta a recriação da CPMF.

O ofício encaminhado na quarta-feira passada à Comissão Mista de Orçamento (CMO) não detalha de onde viriam esses recursos e indica que isso só será definido com a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017. "Eles (Executivo) falaram que só vão colocar o detalhamento na proposta orçamentária", disse o relator da LDO 2017, senador Wellington Fagundes (PR-MT).

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Procurado, o Ministério do Planejamento informou que o demonstrativo "possui efeito meramente indicativo/informativo e não gera obrigação, determinação ou vinculação para futuras ações de política tributária do governo federal".

No anúncio da nova meta fiscal para o ano que vem, que prevê um rombo de R$ 139 bilhões, o governo informou que conta com um aumento de R$ 55 bilhões nas receitas para entregar o resultado. No entanto, o presidente em exercício Michel Temer tem evitado abordar a possibilidade de aumento de tributos abertamente e determinou que a meta fosse fechada sem as "medidas amargas".

Mas a elevação ou criação de impostos não saiu do horizonte da equipe econômica. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", no domingo passado, o ministro da Fazenda disse que o governo tem um "plano A", que é o controle de despesas, um "plano B", que são as privatizações, e um "plano C", o aumento de impostos.

Qualquer proposição nesse sentido, contudo, só deve vir depois da definição do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado. O prazo coincide com a data final que o Executivo tem para enviar o projeto de Lei Orçamentária ao Congresso, dia 31 de agosto.

CPMF

Ao enviar o ofício, o Planejamento também descartou a previsão de recriar a CPMF, que renderia R$ 33,24 bilhões ao governo no ano que vem. A proposta havia sido incluída pela equipe de Dilma e mantida pelo relator da LDO em seu parecer, oficializado no domingo. Na terça-feira, o senador Wellington Fagundes solicitou a retirada do imposto do cheque.

Com isso, segundo o senador, o governo não poderá criar novos impostos, apenas mexer em alíquotas de tributos já existentes se quiser reforçar o caixa em 2017. "Engessamos a construção do Orçamento e previmos que não pode colocar como futura receita o que não existe. Isso descarta, a princípio, a criação de novos impostos. Será possível apenas elevar tributos existentes", disse.

Nesta quinta-feira, 14, a Comissão Mista do Orçamento aprovou o texto-base da LDO de 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezenas de auditores fiscais da Receita Federal ocupavam no final da manhã desta quinta-feira, 14, a entrada principal do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Eles prometem só deixar o local após serem recebidos pelo ministro para tratarem sobre o reajuste salarial da categoria.

O aumento dos salários dos auditores havia sido acordado em 23 de março com o governo da presidente afastada Dilma Rousseff, mas a categoria ficou de fora dos projetos de recomposição salarial de servidores federais aprovados no Congresso Nacional. Agora, os auditores da Receita pressionam para o que o governo do presidente em exercício Michel Temer edite uma medida provisória garantindo o reajuste.

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Embora os auditores impeçam a entrada principal do gabinete de Meirelles, no quinto andar do edifício principal do Ministério, não há movimento na portaria privativa do ministro, por onde ele e seus convidados chegam ao prédio.

Também há um movimento de ocupação no sexto andar, onde funciona parte do gabinete. Entre os dois andares, a estimativa do movimento é da presença de 250 auditores. A assessoria de imprensa da Fazenda ainda não tem um posicionamento sobre o protesto.

Operação Padrão

Como forma de pressionar o governo, os auditores fiscais realizam desde as 10h de hoje uma "operação padrão" em todos os canais de entrada e saída do País. Os trabalhadores pretendem seguir com o movimento durante todo o dia nos portos, aeroportos e postos de fronteira.

O protesto já causa transtorno aos passageiros que chegam do exterior em diversos aeroportos do País. Uma aeronave que vinha dos Estados Unidos para São Paulo teve uma emergência médica e precisou pousar no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Os servidores da Receita impediram que passageiros desse voo desembarcassem na cidade.

De acordo com o Sindifisco Nacional, a operação padrão ocorrerá a partir de hoje todas as terças e quintas-feiras no tratamento de cargas e bagagens. Mas haverá exceção para medicamentos, equipamentos hospitalares, insumos laboratoriais e produtos perecíveis.

Forte aposta da equipe econômica para reforçar o caixa este ano, o retorno de recursos enviados ao exterior sem declaração ao Fisco tem tido um desempenho abaixo do esperado e causa queda de braço entre a área econômica e os aliados políticos do presidente em exercício Michel Temer.

De um lado, os parlamentares pedem alterações na lei para afastar dúvidas que estariam inibindo a repatriação. De outro, o Ministério da Fazenda tem resistido às mudanças. Em reunião com lideranças no Parlamento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prometeu reforçar o entendimento das regras.

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A maior resistência vem da área técnica da Receita Federal, que vê nas tentativas de mudanças pressão dos escritórios de advocacia, que representam os contribuintes interessados em regularizar os recursos, para pagar menos imposto.

Como parte da tentativa de dar maior segurança aos contribuintes, a Receita formalizou como regras o conteúdo de uma seção de perguntas e respostas sobre a repatriação que está no site do órgão. Ela responde a dúvidas técnicas e o conteúdo vem sendo atualizado à medida que novas dúvidas são apresentadas. Os técnicos já advertiram que mudanças na lei poderão "macular" todo o processo de repatriação.

Colaborador do governo e do Senado na elaboração do projeto de repatriação, o tributarista e professor de Direito da Universidade de São Paulo Heleno Torre, disse que é uma temeridade qualquer mudança na lei que criou o programa de regularização desses recursos. Segundo ele, mudanças na lei no meio do processo poderiam trazer insegurança jurídica.

O prazo de adesão teve início no dia 4 de abril e vai até 31 de outubro de 2016. Mas o relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, senador Wellington Fagundes (PR-MT), disse que as adesões podem ser estendidas para o ano que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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