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Disponível para uso em telefones celulares, o aplicativo Sinesp Cidadão, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ganhou novas funções. Entre as novidades estão dois novos módulos: “Participação Cidadã” e “Procurados”.

Com a atualização, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) aproveitou para ampliar as funcionalidades já existentes, como a que permite ao cidadão emitir alerta sobre o roubo ou furto de veículos. A nova versão do aplicativo também permitirá ao interessado incluir fotos de pessoas desaparecidas.

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Acessando o módulo Procurados, o internauta poderá pesquisar a lista com nomes, fotos e informações dos criminosos mais procurados do país, divulgada pelo ministério. Caso identifique algum suspeito, poderá ligar para o número 190 usando o próprio aplicativo.

Já o módulo Participação Cidadã permitirá que os usuários denunciem o descarte irregular de lixo, pichações e casos de má iluminação pública, inclusive compartilhando imagens. No entanto, nesta primeira fase, a função só estará disponível nas cinco cidades que integram o projeto Em Frente Brasil, do governo federal: Ananindeua (PA); Paulista (PE); Cariacica (ES); São José dos Pinhais (PR); e Goiânia (GO).

Gratuito, o Sinesp Cidadão atualizado está disponível para usuários de Android e Iphone, nas lojas  Apple Store e Google Play, a partir de hoje (14). Para usá-lo, após baixar a nova versão no seu celular, a pessoa deverá se logar usando a senha cadastrada no portal gov.br, que reúne as páginas na internet de todos os órgãos e programas federais.

Quem ainda não está cadastrado no portal deve criar sua conta. Para isso, é necessário informar o número do CPF, o que, segundo o ministério, permite que os usuários sejam identificados e responsabilizado caso façam uso indevido do aplicativo ou de qualquer outro serviço digital disponibilizado pelo portal.

*Com informações da Ascom/MJSP

A Secretaria de Defesa Social (SDS) mudou a chefia da Polícia Civil de Pernambuco. Após quase três anos, Joselito Kehrle deixou o posto e em seu lugar assumiu o delegado Nehemias Falcão, que estava na função de subchefe desde novembro de 2017. Segundo a SDS, Joselito pediu para deixar a função por "questões pessoais".

Kehrle foi alvo de uma polêmica em fevereiro de 2019 após ser filmado usando uma viatura policial ao deixar a Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, com esposa e filha. Uma investigação foi iniciada na Corregedoria, mas o secretário da SDS, Antônio de Pádua, perdoou o chefe da Polícia Civil levando em conta seu histórico positivo e por não ser reincidente. Desde o ocorrido, a presença de Kehrle nas coletivas de imprensa da polícia, antes tão frequentes, se tornaram raras.

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Joselito Kehrle esteve à frente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) entre 2009 e 2012, período da maior redução de assassinatos do Programa Pacto pela Vida. Em 2018 e 2019, Pernambuco também registrou queda no número de homicídios.

Nehemias Falcão está na Polícia Civil desde abril de 1998. Ele já atuou como delegado em diversas unidades da Mata Norte e Agreste do Estado, coordenou a Força-Tarefa do DHPP, foi gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente e também diretor Integrado do Interior 1 (Dinter 1). "É um orgulho enorme poder chefiar a instituição a que me dedico há mais de duas décadas e que está indissociada da minha própria vida", disse Falcão em nota.

O novo chefe da Polícia Civil também destacou o combate à Covid-19. "Umas das prioridades é manter seus serviços [da Polícia Civil] e somar forças aos pernambucanos no enfrentamento e superação da pandemia provocada pelo novo Coronavírus", ele acrescentou. Não haverá solenidade para a transmissão de cargo em virtude das recomendações sanitárias.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a prorrogação do emprego da Força Nacional de Segurança Pública para prestar apoio técnico operacional em aviação policial, no Estado da Paraíba, por mais 90 dias.

Segundo Portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 3, o período da prorrogação tem início em 16 de janeiro de 2020 e vai até 14 de abril de 2020.

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Esse prazo poderá ser prorrogado se necessário e se houver solicitação.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública pretende viabilizar o retorno da publicidade voltada a crianças e adolescentes. A ideia é que a regulamentação vá além dos veículos tradicionais, abrangendo também as plataformas digitais. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a regulamentação excessiva tem prejudicado veículos de mídia e, consequentemente, a produção de programas voltados ao público infantojuvenil.

“Ouvi uma reclamação que me pareceu correta, na área da TV, de que uma regulação excessiva causava o afastamento da publicidade para esse setor. Como a TV muitas vezes sobrevive através de anúncios e anunciantes, isso gerava dificuldade de se produzir material destinado ao público infantojuvenil”, disse hoje (3) o ministro durante a abertura do seminário A Regulação da Publicidade Infantil: Mídia Tradicional x Plataforma Digital.

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Presente no mesmo evento, o secretário Nacional do Consumidor, Luciano Timm, disse que há um estudo que indica que é necessário ter de 20% a 30% do tempo de um programa com algum tipo publicidade para que ele seja viável economicamente. “Para ter programa infantil, em tese, você teria de ter publicidade infantil. Do contrário você não tem programa infantil. Ou o programa será pago ou será um [veiculado por um] canal estatal”, disse o secretário.

Consulta pública

Segundo Moro, o tema é complexo por envolver um público vulnerável. Por esse motivo, o ministério abriu, até o dia 27 de fevereiro, uma consulta pública visando a obtenção de sugestões para melhorar o texto inicial de uma portaria a ser publicada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

“O objetivo primordial é a proteção da criança. Vamos analisar se isso pode ser feito e de que forma pode ser feita a publicidade para essa área”, disse o ministro referindo-se ao texto inicial, que estabelece limites e regras para as peças publicitárias.

O texto e o espaço destinado a sugestões e críticas foram disponibilizados no site do ministério

Portaria

Entre as proibições expressas na primeira versão da portaria estão estímulos a qualquer tipo de descriminação; associação de crianças e adolescentes a situações incompatíveis com sua hipervulnerabilidade e a provocação de situações de constrangimento visando o estímulo ao consumo.

A portaria veta também o uso de crianças e adolescentes como modelos de apelo ao consumo; o uso de formato jornalístico que possa confundir anúncio com notícia e o uso de situações de pressão psicológica ou violência que sejam capazes de infundir medo no público infantojuvenil.

Ainda segundo o texto inicial da portaria, está “proibida qualquer ação de merchandising ou publicidade indireta contratada que empregue crianças, elementos do universo infantil ou outros artifícios com a deliberada finalidade de captar a atenção desse público específico, qualquer que seja o veículo utilizado”.

“A publicidade de produtos e serviços destinados exclusivamente a esse público estará restrita aos intervalos e espaços comerciais”, complementa a portaria, que veta também participação de crianças e adolescentes em peças publicitárias de bebidas alcoólicas e de armas de fogo.

Plataformas digitais

Luciano Timm disse que o governo pretende avançar no sentido de estender as regras às plataformas digitais, de forma a abranger sites de bloggers e os chamados influenciadores digitais, uma vez que “eles não deixam de ser mídias, nas quais existe também publicidade infantil”. “Este talvez seja o meio em que as crianças mais assistam hoje em dia”, disse o secretário.

Na avaliação de Timm, as plataformas digitais são mais difíceis de serem controladas por não estarem sujeitas, hoje, à autorregulação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). “Elas têm as políticas delas, mas nós queremos que elas tenham um parâmetro mínimo de atuação no mercado. Que esses parâmetros sirvam para todos, uma vez que as mídias hoje concorrem entre si”, argumentou.

Segundo Timm, o governo está propondo à sociedade o mínimo que a própria autorregulação trouxe. “É preciso que haja clara separação entre a divulgação de uma opinião, por exemplo em um blog, e quando estou fazendo um anúncio publicitário. Isso não está bem claro ainda, quando se examinam youtubers ou bloggers, sobre o que é liberdade de expressão e o que é efetivamente publicidade”.

Críticas à proposta

A intenção do governo de possibilitar a veiculação de publicidade destinada ao público infantojuvenil foi alvo de críticas do Instituto Alana, entidade que atua na proteção de direitos das crianças e que participa do seminário.

Segundo a advogada do Programa Criança e Consumo do Instituto Alana, Livia Cattaruzzi, a Constituição de 1988 deixa claro que a publicidade dirigida à criança, com elementos atrativos para esse publico, é abusiva e, portanto, proibida, uma vez que se aproveita da falta de experiência e julgamento das crianças.

Já o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é de 1990 e define criança como toda pessoa de até 12 anos incompletos, prevê que, por viver uma fase especial de desenvolvimento, físico, cognitivo, psicológico, social e emocional, a criança não tem maturidade nem discernimento para distinguir publicidade de conteúdo.

“Nessa fase o indivíduo não consegue distinguir o caráter persuasivo da publicidade, até por ter seu sistema cerebral estar inconcluso”, disse Lívia. “Por esses motivos, as crianças são consideradas, em todas as áreas, um ser em desenvolvimento e hipervulnerável nas relações de consumo, inclusive no âmbito dos direitos dos consumidores”.

A advogada cita, ainda, o Código de Defesa do Consumidor, que prevê que a publicidade deve ser fácil e imediatamente identificável pelo seu publico. “Um adulto pode identificar a prática de merchandising ao ver um personagem usando um produto. A criança, no entanto, não identifica estratégias comerciais inseridas dentro de um conteúdo”.

Fiscalização nas mídias digitais

Se acordo com o instituto, a legislação atual vale “para qualquer publicidade, em qualquer meio de comunicação, suporte de mídia, meio ou espaço de socialização de crianças”. Assim sendo, ela contemplaria também as plataformas digitais.

“Obviamente a internet mistura de conteúdos e publicidade, tornando difícil identificação pelas crianças. Nesse sentido, entendemos a importância de uma regulamentação mais forte e específica. Assim sendo, a melhor forma de lidar com essa situação é por meio de uma fiscalização eficiente. O que temos de fazer é fortalecer a fiscalização, inclusive com a ajuda da sociedade, fazendo denúncias a Procons, defensorias públicas, Senacon e demais órgãos de defesa do consumidor e dos direitos das crianças ”, disse.

 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou nesta quinta-feira (30) uma lista com os 26 criminosos mais procurados no país. A lista, que será permanente, envolve pessoas acusadas de crimes graves e violentos, que estão com mandados de prisão em aberto e são ligados a organizações criminosas. A lista está disponível no site do ministério e será atualizada mensalmente.

Segundo o ministério, a lista de procurados foi feita com base em informações obtidas com as áreas de segurança estaduais e a partir de 11 critérios objetivos, como posição de liderança em organização criminosa, capacidade financeira para investir em atividades criminosas, atuação interestadual e internacional, entre outras.

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Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a lista é importante para facilitar as prisões dos criminosos para que possam cumprir as penas e  enfraquecer a atuação dos crimisosos.

Queda da criminalidade

De acordo com os números mais recentes do ministério, o país registrou queda de 21,4% nos homicídios nos primeiros nove meses de 2019, em comparação com o igual período de 2018. No mesmo período, também houve queda em outros índices de criminalidade, como ocorrências envolvendo estupro (6,4%), roubo a banco (38,4%), latrocínio (22,2%), roubo de cargas (23,3%) e roubo de veículos (26,4%).

As informações sobre os índices de criminalidade estão disponíveis na plataforma eletrônica Sinesp, no site do Ministério da Justiça. A partir de hoje, as ocorrências de homicídios registradas em todos os municípios do país serão inseridas no sistema e poderão ser consultadas. Até o momento, os dados referem-se ao período entre janeiro de 2018 e setembro de 2019.

 

O ex-ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, elogiou a redução - comemorada pelo atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nas redes sociais - dos índices criminais, em especial, o dos homicídios. "A queda do número de homicídios começou em 2018. O ministro Moro continuou e acelerou essa queda", afirmou o ex-ministro ao Broadcast Político.

Jungmann, contudo, defende que o protagonismo do avanço em Segurança Pública "pertence aos governos estaduais". "Não quer dizer que o governo federal não colabore, mas são os governos estaduais que cuidam da Segurança Pública", disse Jungmann. "Desconheço instrumentos do governo federal para combater homicídios", afirmou.

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O ex-ministro participou, nesta quinta-feira (30), do ciclo de palestras "O Futuro da Segurança Pública no Brasil", realizado em São Paulo pela Escola de Negócios Trevisan e pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE). Durante sua fala, Jungmann defendeu que "o nosso sistema de segurança aumenta, promove e amplia a insegurança e a violência".

Um grupo de parlamentares pretende convidar o ministro de Justiça, Sérgio Moro, para debater na Câmara a divisão da sua pasta com uma eventual recriação do Ministério da Segurança Pública. A medida implicaria em um esvaziamento do poder de Moro, que poderia perder os principais órgãos hoje sobre o seu comando, como a Polícia Federal.

A ideia dos deputados é continuar o debate que o presidente Jair Bolsonaro iniciou na semana passada ao dizer a secretários estaduais que a recriação de um ministério exclusivo para a Segurança Pública estava "em estudo" no governo. Diante da reação negativa de aliados, o presidente recuou e afirmou que as chances de isso acontecer agora é "zero", mas não descartou uma mudança no futuro.

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Nesta terça-feira, 28, Bolsonaro reclamou. Disse que "o tempo todo" querem dividir pastas do governo, mas que ele e Moro não "morderam a isca". "Não existe isso (a recriação do Ministério da Segurança Pública). Antes de eu viajar deu um problema. Qual é o problema? Lá trás pegamos quase 40 ministérios. E aí houve reação por causa da fusão. Pelo que eu vi, Moro não mordeu a isca nem eu, continua aí o ministério sem problema nenhum", disse.

Defensor da recriação da pasta da Segurança Pública, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) afirmou que quer levar Moro e secretários estaduais para discutir o tema. "O Ministério da Segurança foi extinto há 12 meses, e um ano após sua extinção cabe uma reflexão de todos para avançarmos nessa pauta."

A ideia é, além de debater a possibilidade da recriação da pasta, também fazer com que Moro apresente um balanço de ações de sua autoria para combater a criminalidade no País. Procurado pela reportagem, o ministro não quis comentar o assunto.

O deputado Capitão Augusto (PL-SP), até o ano passado presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, disse não ver sentido em convidar o ministro para debater o assunto visto por ele como "natimorto". "Moro já deve ir à Câmara na volta do recesso para tratar sobre segunda instância. Se for para tratar de recriação de ministério, ele não vai. Esse assunto já está morto", disse Augusto.

Bolsonaro recuou da ideia de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública depois de uma forte reação de aliados, que viram na medida um esvaziamento do ex-juiz da Lava Jato no governo e um possível adversário político. Após dizer que a separação estava em estudo, Bolsonaro recebeu uma enxurrada de críticas.

A retomada da discussão sobre a recriação da pasta, no entanto, encontra apoio no Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na semana passada que "sempre foi favorável" à existência de um Ministério da Segurança Pública. O deputado, porém, ressaltou que não está propondo, nem pressionando para que isso seja feito pelo governo.

A Câmara retoma seus trabalhos na semana que vem e um requerimento para que o ministro seja ouvido pelos deputados precisa ainda ser protocolado e ir à votação em uma das comissões da Casa ou mesmo em plenário.

Ao ser questionado nesta terça-feira, 28, sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, o presidente Jair Bolsonaro disse que "o tempo todo" querem dividir pastas do governo, mas que ele e o ministro Sérgio Moro não "morderam a isca". Segundo Bolsonaro, há "luta pelo poder", mas será mantida a estrutura do Ministério da Justiça e da Segurança Pública nas mãos de Moro.

"Não existe isso (a recriação do Ministério da Segurança Pública). Antes de eu viajar deu um problema. Qual é o problema? Lá trás pegamos quase 40 ministérios. E aí houve reação por causa da fusão", disse.

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"Agora, pelo que eu vi, Moro não mordeu a isca nem eu, Continua aí o ministério sem problema nenhum", disse.

Bolsonaro confirmou na quinta-feira passada, dia 23, que estudava recriar o Ministério da Segurança Pública, mas não deu detalhes sobre como se daria uma eventual fragmentação da atual pasta de Moro. A divisão é um pleito de secretários estaduais de segurança pública.

A proposta de dividir o ministério de Moro gerou críticas a Bolsonaro nas redes sociais. Caso o presidente repetisse o mesmo modelo de ministério da Segurança Pública do seu antecessor Michel Temer, o ministro Sérgio Moro perderia o comando da Polícia Federal, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os três órgãos mais importantes da sua pasta.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), critica a atuação do ministro Sérgio Moro no comando da segurança pública. Segundo ele, Moro não libera verbas aos Estados e não ouve os secretários estaduais. Rocha também diz que a redução nos índices de criminalidade no País não pode ser creditada ao governo federal.

Em entrevista, Rocha reclama de Moro por ter transferido, no início do ano passado, líderes de facções criminosas para o Distrito Federal, entre elas Marcus Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). "Daqui a pouco, nós vamos ter o PCC tocando fogo em Brasília e o Moro não está nem aí para isso."

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A recriação do Ministério de Segurança Pública era pauta do presidente Jair Bolsonaro ou dos secretários dos Estados?

Estou trabalhando isso desde o ano passado. Meu secretário foi para a reunião (de quarta-feira com outros secretários) orientado por mim. Desde o ano passado vocês têm me ouvido falar que o ministro Moro pode conhecer muito de combate a corrupção, mas de segurança pública ele não entende nada. Foi uma pauta totalmente acordada.

Quando esse assunto foi combinado com os governadores?

 

A gente trata no fórum em todos os momentos. Todos os governadores postam as suas ideias e eu coordeno esse whatsapp 24 horas.

O que o sr. acha da atuação de Moro no ministério?

 

O ministro nunca fez uma reunião para tratar de segurança pública com os governadores. Essa pauta (a recriação do Ministério da Segurança) é uma política de nós todos governadores. Não tem nada a ver com o Bolsonaro. E talvez um dos maiores erros do presidente Bolsonaro tenha sido não tratar a segurança pública com responsabilidade e ter ouvido os governadores. Sou um apoiador do presidente Bolsonaro, mas eu posso garantir: os resultados que nós temos na segurança pública só não são melhores porque o ministro Moro não ouviu os governadores, não ouviu os secretários e não conhece de segurança pública.

Foi isso que motivou a reunião com o presidente?

A manifestação dos secretários não tem nada a ver com a articulação do presidente Bolsonaro, ela tem a ver com a insatisfação da grande maioria dos governadores e dos secretários de segurança. Todos nós que fomos desrespeitados pelo ministro Moro quando ele deu uma declaração no final do ano de que o resultado da segurança pública era trabalho dele, sem que não tivesse feito nada. Ele não fez nada pela segurança pública desse país.

A que credita os resultados positivos?

Os resultados positivos que nós tivemos na segurança pública vêm da política que foi feita ainda pelo ex-ministro da Segurança Pública (Raul Jungmann, na gestão Temer), que vinha fazendo um belo trabalho.

Quais são os maiores problemas de segurança no DF?

Estou desde o ano passado batendo nisso. Meu secretário de segurança foi indicado porque tem uma proximidade com o Bolsonaro. Eu queria ter proximidade por conta da segurança pública. Agora eu estou com um problema com o Moro muito sério que é esse presídio federal que ele tem aqui (no DF). Houve uma tentativa de fuga que foi contornada pelo Exército sem comunicar a Secretaria de Segurança. Aí, logo em seguida, uma tentativa de fuga no Paraguai. O Marcola vai para o nosso instituto de gestão hospitalar sem comunicação com meu secretário. Daqui a pouco, vamos ter o PCC tocando fogo em Brasília e o Moro não está nem aí para isso.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) afirma que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer recriar o Ministério da Segurança Pública e tirar o setor do ministro da Justiça Sérgio Moro por sentir-se ameaçado pela popularidade do ex-juiz, já que ele aparece em quarto lugar nas intenções de voto para a corrida presidencial de 2022, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

"Para um presidente inseguro, a popularidade do nosso super ministro representa uma ameaça. É triste, mas só não vê quem não quer", disse a deputada em entrevista ao UOL. Hasselmann argumenta também que "nunca tivemos um super ministério tão eficiente como o da Justiça e Segurança. Qual é o problema? O excesso de competência de Moro ou a insegurança crônica do presidente?", avalia. 

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Em sua conta do Twitter, a deputada faz uma enquete onde pergunta aos seus seguidores: "Você apoia a divisão do Ministério da Justiça que teria como consequência a retirada da Segurança Pública das mãos de Sérgio Moro?". Com quase 12 mil votos, a enquete demonstra que maioria dos seguidores de Joice são contra o enfraquecimento do ex-juiz. 

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Voltou atrás

Nesta sexta-feira (24), Bolsonaro recuou da ideia de separação e disse que atualmente não existe chance de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. "A chance no momento é zero, mas não sei amanhã, na política tudo muda. Não há essa intenção de dividir", declarou Bolsonaro.

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O presidente da República em Exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve permanecer como está. "Em time que está ganhando não se mexe", disse a jornalistas nesta sexta-feira (24). Segundo o presidente em exercício, Bolsonaro deve ter pensado melhor durante viagem à Índia e mudado de ideia sobre uma eventual divisão da pasta.

Pela manhã, Mourão recebeu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no Palácio do Planalto para uma conversa. De acordo com ele, no entanto, os dois falaram apenas sobre a criação da Força Nacional Ambiental. Com o presidente Bolsonaro, por outro lado, Mourão admitiu que discute a possível divisão do ministério comandado por Moro "faz tempo" e que eles já trataram do assunto em diferentes ocasiões.

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"Se o presidente perguntar minha opinião, e aliás já conversamos, ele sabe que eu considero que a situação atual que estamos vivendo é um time que está vencendo. Usando aquele velho chavão, time que está ganhando a gente não mexe. E o presidente já deixou claro que não está havendo essa situação no momento", disse Mourão. "Algumas vezes nós já trocamos ideias a esse respeito. Ele (presidente) apenas me perguntou e eu respondi a ele que eu considerava que do jeito que está, está bom", afirmou em outro momento.

Mourão reforçou que Bolsonaro falou publicamente sobre o tema nesta semana porque recebeu a demanda de secretários estaduais de segurança pública, que pediram a recriação do Ministério da Segurança Pública.

"Ele (Bolsonaro) acabou comentando isso quando chegou no Alvorada, na quinta-feira de manhã. Durante a viagem (à Índia), ele deve ter pensando e mudado de opinião. É aquela história, política é política. Tudo é discutido, as coisas são tratadas aí da forma, existem prós e contra a toda linha de ação, a toda decisão que precisa ser tomada. Acho que isso é um fato normal, não é questão de enfraquecer ou não o governo", avaliou.

O presidente em exercício também afirmou que Moro não está incomodado com a situação. "O ministro Moro é uma pessoa muito tranquila, um homem acostumado a sofrer pressão. Isso aí não abala ele", avaliou. Mourão negou, ainda, que o ministro da Justiça tenha ameaçado deixar o cargo caso a divisão se concretizado. "Moro nunca fez ameaças sobre qualquer coisa, ele tem as visões dele e as expressa com fidelidade ao presidente."

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se reuniu com o presidente em exercício, Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira (24). O ministro ficou no local por cerca de meia hora e não quis falar com a imprensa.

O encontro ocorreu um dia após a ameaça do presidente Jair Bolsonaro, de dividir a pasta comandada por Moro. Nesta sexta-feira, porém, Bolsonaro afirmou que a chance de desmembrar o ministério é "zero", mas não descartou a possibilidade de tomar a atitude no futuro. "A chance no momento é zero, tá bom? Não sei amanhã, na política tudo muda, mas não há essa intenção de dividir", declarou Bolsonaro ao chegar em Nova Délhi, na Índia, para um missão de quatro dias.

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Na quinta-feira (23), Mourão disse que iria aguardar a decisão de Bolsonaro sobre a divisão da pasta comandada por Moro. "Eu aguardo a decisão do presidente. O que eu sei é que ontem (quarta) houve uma reunião dos secretários de segurança, primeiro com o Ibaneis (Rocha, governador do Distrito Federal), que capitaneou isso aí, depois foram ao Palácio (para se reunirem) com o presidente. E os próprios secretários de segurança que solicitaram a criação desse ministério, o que levou o presidente a fazer uma declaração nesse sentido", afirmou o presidente em Exercício.

Interlocutores de Moro disseram ao Broadcast/Estadão que aconselharam ele a deixar o governo caso a mudança se concretizasse. A investida contra o ex-juiz da Operação Lava Jato ocorre no momento em que sua popularidade supera a do presidente e que seu nome passa a ser cotado como eventual candidato à Presidência.

No ano passado, o presidente cogitou a recriação da pasta, mas enfrentou resistências justamente devido às críticas de que a medida poderia esvaziar a pasta de Moro.

Se Bolsonaro optasse por repetir o mesmo modelo de Ministério da Segurança Pública do seu antecessor, Michel Temer, Moro perderia o comando da Polícia Federal, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os três órgãos mais importantes da sua pasta.

O presidente da bancada da bala na Câmara, deputado Capitão Augusto (PL-SP), criticou a possível recriação do ministério da Segurança Pública. Nesta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro disse que estuda retomar a pasta, mesmo que com a contrariedade do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. A recriação da pasta enfraqueceria o "superministério" de Moro, que atualmente também é responsável pelas políticas de segurança.

"Primeiro fomos surpreendidos pela extinção desse ministério. Agora, que a condução ia muito bem nas mãos do ministro Sérgio Moro, fomos surpreendidos novamente com esse possibilidade (de recriação)", disse Augusto ao Estadão/Broadcast.

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Se o plano prosperar, Moro ficaria responsável pela pasta de Justiça, não interferindo mais nas políticas de segurança, hoje a vitrine de sua gestão.

Para o deputado, a bancada que representa a segurança pública no Congresso poderia ter sido consultada por Bolsonaro, o que não ocorreu. "Tudo o que é feito sem muito debate, não acho uma boa decisão. Acho que seria uma forma simpática e respeitosa de se aproximar da bancada", afirmou. Para Augusto, a recriação esvazia o ministério de Moro. "Não era o momento de mexer", disse.

A decisão ainda não está tomada - ela é estudada com os demais ministros. Nesta quinta, Bolsonaro afirmou que tem o aval do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Acredito que a Comissão de Segurança Pública (da Câmara) também seja favorável. Temos que ver como se comporta esse setor da sociedade para melhor decidir", declarou o presidente.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta quinta-feira (23), que o governo estuda a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública mesmo contra a vontade do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), que atualmente é o responsável pela área.

"É comum (o governo) receber demanda de toda a sociedade. E ontem (quarta-feira) os secretários estaduais da segurança pública pediram para mim a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança. Isso é estudado. É estudado com o Moro... Lógico que o Moro deve ser contra, mas é estudado com os demais ministros", disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, antes de embarcar para a Índia.

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O presidente deixou claro que, caso decida recriar o ministério, Moro seguirá no comando da Justiça. Segundo ele, o convite para o ex-juiz federal integrar o governo, em 2018, foi feito antes de se pensar na ideia de formar um "superministério" para ele - composto por Justiça e Segurança Pública.

"Se for criado, aí o Moro fica na Justiça. É o que era inicialmente. Tanto é que, quando ele foi convidado, não existia ainda essa modulação de fundir (a Justiça) com o Ministério da Segurança."

Bolsonaro destacou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já indicou ser favorável à recriação da pasta. "O Rodrigo Maia é favorável à criação da Segurança. Acredito que a Comissão de Segurança Pública (da Câmara) também seja favorável. Temos que ver como se comporta esse setor da sociedade para melhor decidir", declarou o presidente.

Segundo aliados de Bolsonaro, o maior entrave para a retomada da pasta seria criar um desgaste público com Moro, o ministro mais popular do governo, acima até do próprio Bolsonaro. No ano passado, o presidente cogitou a recriação do Ministério da Segurança, mas enfrentou resistências justamente devido às críticas de que a medida poderia esvaziar a pasta de Moro.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 22, que o governo avaliará a possível recriação do Ministério da Segurança Pública. As funções dessa área estão atualmente sob o comando de Sergio Moro, que virou uma espécie de superministro ao comandar a pasta da Justiça e Segurança Pública. A declaração do presidente ocorreu em encontro no Palácio do Planalto com secretários estaduais de Segurança, sem a presença de Moro.

"Essa possível recriação poderia melhor gerir a questão da segurança, esse é o entendimento dos senhores (secretários). A gente vai estudar essas questões aqui e daremos uma resposta o mais rápido possível", disse Bolsonaro no encontro, que foi transmitido pelas redes sociais.

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Segundo a reportagem apurou, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, a avaliação é de que o presidente falou o que os secretários gostariam de ouvir, mas ainda não há uma decisão sobre o assunto. Interlocutores de Moro entendem que, ao dizer que "vai estudar" a questão, Bolsonaro pode não levar adiante a proposta.

Quando aceitou o convite para ser ministro, Moro tinha como meta combater corrupção e o crime organizado, o que deixava implícito a junção das pastas. Ele também fazia questão de ter o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) sob o seu comando, o que já perdeu.

No encontro com os secretários, o presidente afirmou haver um anseio popular em relação à segurança e que este é o "ponto mais sensível" nos Estados. Na reunião, secretários também sugeriram a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de segurança e novas possibilidades de financiamento para o setor.

"Os objetivos são bastante complexos, passam pela isenção de IPI para materiais de segurança, passam por questões de telefonia, passam por mais recursos para fundos e uma proposta que trouxeram aqui que seria a possibilidade de recriação do Ministério da Segurança", resumiu o presidente após os secretários apresentarem seus pedidos.

Bolsonaro ainda admitiu que índices de violência no País ainda são altos quando comparado com outras nações, e citou a diminuição da violência como uma forma de fazer a "economia girar". "A busca da diminuição dessa violência em nosso Brasil tem que ser compartilhada por todos nós, não é competência minha, do respectivo governador, é de todos nós", disse.

A redução nas taxas de violência em 2019 tem sido comemorada por Moro, que atribui parte da queda à sua gestão no ministério.

Sobre fala do presidente e a possível divisão do ministérios, Moro repetiu a interlocutores o que havia falado no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira, 20. "Certas coisas não vale a pena discutir publicamente". Ele também afirmou que não foi ao encontro porque estava ocupado "com outras reuniões", mas não especificou quais e com quem. Na agenda divulgada no site da pasta não constavam compromissos.

Estavam presentes no encontro com Bolsonaro, além dos secretários, os ministros Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Reação

O presidente da bancada da bala da Câmara, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), criticou a possível recriação do Ministério da Segurança Pública.

"Primeiro fomos surpreendidos pela extinção desse ministério. Agora, que a condução ia muito bem nas mãos do ministro Sérgio Moro, fomos surpreendidos novamente com esse possibilidade (de recriação)", disse Augusto à reportagem.

Para o deputado, a bancada que representa a segurança pública no Congresso poderia ter sido consultada por Bolsonaro, o que não ocorreu. "Tudo o que é feito sem muito debate, não acho uma boa decisão. Acho que seria uma forma simpática e respeitosa de se aproximar da bancada", afirmou. Para Augusto, a recriação esvazia o ministério de Moro. "Não era o momento de mexer."

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou nesta quinta-feira (16) que o país registrou queda de 21,4% nos homicídios nos primeiros nove meses de 2019, em comparação com o igual período de 2018. No mesmo período, também houve queda em outros índices de criminalidade, como ocorrências envolvendo estupro (6,4%), roubo a banco (38,4%), latrocínio (22,2%), roubo de cargas (23,3%) e roubo de veículos (26,4%).

Na avaliação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, os dados confirmam a tendência de queda dos índices criminais em todo o país durante os primeiros meses do governo. Segundo o ministro, 8.267 pessoas deixaram de ser mortas a partir de medidas tomadas contra o crime organizado e de combate à corrupção.

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"Uma queda de mais de 20% é um número que tem que ser comemorado. É claro que os números remanescentes ainda são muitos altos, e o governo federal vai trabalhar para diminuí-los", disse Moro.

Plataforma eletrônica

As informações sobre os índices de criminalidade estão disponíveis na plataforma eletrônica Sinesp, no site do Ministério da Justiça. A partir de hoje, as ocorrências de homicídios registradas em todos os municípios do país serão inseridas no sistema e poderão ser consultadas. Até o momento, os dados referem-se ao período entre janeiro de 2018 e setembro de 2019.

Em sua conta no Twitter, Moro comemorou os dados e anunciou a nova plataforma.

 

Na manhã desta quarta-feira (8), foi anunciada pelo governo federal a criação do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad) em Segurança Pública e Ciências Forenses. O objetivo é realizar um investimento de R$ 10,1 milhões em bolsas para estudos de mestrado, doutorado e pós-doutorado na área. A iniciativa é voltada para universidades públicas, federais e estaduais, e instituições privadas.

O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa. Participaram o ministro da Educação, Abraham Weintraub, da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, do secretário Nacional de Segurança Pública adjunto, Freibergue do Nascimento, do diretor-geral da Polícia Federal substituto, Disney Rossettie e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Ribeiro Correia.  

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Com a ampliação das pesquisas forenses e criminais, o governo espera auxiliar forças de segurança a identificar a origem de drogas, mapear redes de tráfico, aumentar a precisão na identificação da autoria de crimes através de exames, combater a lavagem de dinheiro, corrupção, pedofilia e invasão de privacidade com o uso do rastreamento. O trabalho envolverá o Ministério da Educação e da Justiça, Polícia Federal, as secretarias Nacionais de Segurança Pública (Senasp) e de Políticas sobre Drogas (Senad) e a Capes.  

Segundo o ministro da Educação, a segurança está entre as prioridades da população do país e as bolsas se destinam a pesquisadores que desejam contribuir com a busca por soluções nessa área. Os bolsistas de mestrado terão direito a R$ 1,5 mil por mês, os de doutorado R$ 2,2 mil e os de pós-doutorado R$ 4,1 mil. Já o presidente da Capes, Anderson Correia, informou que “o programa vai durar cinco anos e podem fazer parte das equipes de trabalho alunos de mestrado, de dourado e pesquisadores de pós-doutorado vinculados a 400 instituições”.

Após a publicação do edital do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad), coordenadores de programas de pós-graduação poderão inscrever projetos para defesa de teses científicas. A seleção será realizada por consultores da Capes, que também realizará a avaliação dos resultados dos estudos junto à Polícia Federal.  

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Brasília – No primeiro dia do ano, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comemorou as decisões recentes do governo Jair Bolsonaro de ampliar investimentos em segurança. Em sua conta pessoal no Twitter, Moro destacou a autorização de concurso público para preenchimento de vagas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

“Governo do PR @jairbolsonaro começa ano com investimentos na segurança. Concurso para agente penitenciário federal. Cargo estratégico para políticas federais de isolamento das lideranças criminosas e de retomada, via Força de intervenção, do controle dos presídios estaduais”, destacou.

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A decisão foi publicada em uma portaria do dia 30 de dezembro. De acordo com o texto, do total de 309 vagas, 294 são de agentes federais de Execução penal e outras 15, de especialistas em assistência à Execução Penal.

Moro aproveitou ainda para agradecer o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pelas contas do governo. Segundo ele, as ações federais na área de segurança têm garantido a redução de índices criminais.

“Isolar líderes criminosos e retomar o controle de presídios estaduais têm contribuído para a queda dos índices criminais. Reduzir a impunidade, prendendo e neutralizando criminosos perigosos, reduz os crimes. Óbvio assim. Obrigado @MinEconomia pelo apoio no investimento estratégico”, concluiu.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comemorou na noite dessa quarta-feira (4), em sua conta pessoal no Twitter, a aprovação do projeto de lei do pacote anticrime na Câmara dos Deputados. O texto segue agora para o Senado. 

No Twitter, Moro escreveu que houve “avanços importantes” e deu “congratulações aos deputados”, citando que o projeto unifica o texto enviado pelo governo federal com as propostas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entretanto, para o ministro, “há necessidade de algumas mudanças no texto”. “Continuaremos dialogando com CN, para aprimorar o PL”.

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O ministro destacou, entre os pontos do projeto aprovado na Câmara, a “proibição de progressão de regime ao membro de crime organizado, execução imediata dos veredictos do Júri, agente policial disfarçado, regras mais duras de cumprimento de penas para condenados por crimes hediondos com resultado morte”.

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Após nove mortes em uma ação da Polícia Militar na comunidade de Paraisópolis, o governador de São Paulo, João Doria, comunicou que não pretende reduzir as operações policiais nem modificar os moldes em que funcionam atualmente.

"Os procedimentos, a atitude e o comportamento da Polícia Militar, ou seja, o programa de segurança pública do governo do estado de São Paulo não vai mudar", afirmou.

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"Procedimentos de ação, operacionais, podem ser revistos. Aliás, devem ser revistos, evidentemente, para serem aperfeiçoados, melhorados, evitando que tanto os cidadãos como criminosos e os próprios policiais possam ter a circunstância adequada, protegermos quem devemos proteger, preservar quem devemos preservar e prender quem merece ser preso", acrescentou o governador.

Polícia Militar

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Salles, disse que os agentes que chegaram primeiro ao baile funk foram agredidos. "Os três primeiros policiais que chegaram foram agredidos com pedras, com garrafas e contidos. É isso que precisa ficar conhecido. Por conta da ação, houve uma reação. Foi isso que houve".

Algumas pessoas envolvidas na ação policial alegam que os militares atiraram em direção ao público do evento, com armas de cano longo, de calibre 12, e que portavam granadas. O coronel Salles nega essa versão. Ele disse que embora parte dos depoimentos ainda deva ser colhida, avalia já constatar "inconsistência" nos relatos. "Vamos ouvir todos que foram encaminhados ao inquérito, mas, de plano, já se nota uma inconsistência", afirmou.

A PM sustenta que suspeitos foram abordados pelos policiais que faziam patrulhamento e abriram fogo. Na sequência, os agentes teriam perseguido o grupo até o baile funk. Nesse momento, ocorreu o tumulto, que resultou na morte de nove pessoas, que morreram pisoteadas. Uma das vítimas tinha 14 anos. Ao todo, 5 mil pessoas estavam no local.

 

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