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Um dia após o diretório nacional do PT aprovar o nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) à vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-tucano participou da agenda política do petista e afirmou que a luta sindical "deu ao Brasil o maior líder popular deste País: Lula". A declaração foi dada durante encontro com representantes das principais centrais sindicais brasileiras, em São Paulo.

"Nós estamos em um dia histórico. Reúnem-se as maiores centrais sindicais do Brasil, de todo o País. É um exemplo, e nos remete à nossa história. Que quando todas as vezes que o Brasil estava em risco, o povo brasileiro, o Brasil se uniu, não se apequenou", disse, em alusão ao período da ditadura brasileira.

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Sob aplausos e gritos dos sindicalistas, Alckmin afirmou que quando houve tentativas de tirar o direito dos trabalhadores, o mundo sindical se reorganizou e ampliou a presença nas indústrias, na cidade e no campo. "Quando precisava tirar da ditadura, liberar o país, o Brasil se uniu, houve uma união. Quando o Brasil precisava de uma Constituição Cidadã, lá estava Lula, Ulysses, Florestan Fernandes, Mário Covas, FHC", afirmou no encontro.

Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-governador criticou o governo brasileiro que "odeia a democracia e tem admiração pela tortura". Segundo Alckmin, diante do desemprego, da fome e da inflação que vigoram no País, "o Brasil se agiganta nessa reunião histórica com as mais importantes centrais sindicais". "Venho somar o meu esforço pequeno, humilde, mas de coração e entusiasmo em benefício do Brasil. À luta de vocês", enfatizou.

Nesta terça-feira (16), Luiz Lourenzon, sindicalista que é diretor da Central Única de Trabalhadores (CUT) de Pernambuco e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou um vídeo gravado em frente à refinaria de Abreu e Lima, no município pernambucano de Ipojuca, repudiando uma afirmação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). 

Na última quinta-feira (11), em sua habitual transmissão ao vivo semanal, Bolsonaro afirmou que a refinaria em questão “não refina nada”, motivo da indignação do líder sindical. Segundo Lourenzon, “todo mundo sabe, com exceção do presidente, que desde 2014 essa refinaria produz 110 mil barris de petróleo por dia, e seus derivados”. No vídeo, ele ainda enfatiza que parte da produção é exportada para países europeus.

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Alvo preferencial de críticas do ex-governador Márcio França (PSB) no primeiro turno da campanha na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) busca agora o apoio de aliados do pessebista e avança sobre os bases do ex-rival. Interlocutores de Covas conversaram nesta segunda-feira, 16, com dirigentes do Solidariedade, que apoiou França, e da Força Sindical, central ligada ao partido.

O tucano também articulou o apoio da UGT, central sindical ao PSD, que apoiou Andrea Matarazzo no 1° turno. A ideia é reforçar a tese de que o tucano representa uma "frente ampla" contra o que o que Covas chamou de "radicalismo" e tentar isolar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, que articula apoios nas bases históricas do PT na cidade.

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Em entrevista ao portal UOL nesta segunda, 16, Covas disse que "não há nenhuma mágoa" em relação a França e ressaltou que em nenhum momento fez ataques pessoais ao adversário. Os dirigentes do PSB, PDT, solidariedade e Avante, legendas que estavam na coligação de Márcio França, para avaliar a possibilidade de anunciar um apoio conjunto no 2° turno.

Mas o Estadão apurou que não haverá consenso no encontro e a aliança vai se pulverizar. O PDT vai defender o apoio irrestrito à candidatura de Boulos, já o Solidariedade tende a apoiar a Covas, enquanto o próprio França dá sinais que vai se manter neutro.

"Nós (direção do SD) vamos nos reunir amanhã, mas eu não escondo que sou amigo do Bruno (Covas) e tenho uma preferência por ele", disse o presidente municipal do SD, Pedro Nepomuceno, que foi subprefeito de Santana da administração tucana até o começo da campanha.

Considerando o panorama nacional, a possibilidade de o PSB apoiar Boulos em São Paulo está prejudicada com fato de que não haverá reciprocidade em Recife, onde o PSOL indicou o advogado João Arnaldo como vice na chapa da petista Marília Arraes. Eles vão ao segundo turno contra socialista João Campos.

Em entrevista ao portal UOL nesta segunda-feira, 16, Covas disse que vai procurar também o partido de Celso Russomanno. "Vamos conversar com o Republicanos para que o Celso Russomanno e os vereadores eleitos pelo Republicanos possam também somar força com a gente". Ao ser questionado se vai buscar apoio também de França, Covas disse: "Não há menor dúvida. Não há nenhuma mágoa, em nenhum momento fiz ataque pessoal, em nenhum momento levei para questão pessoal".

O PSDB ainda não definiu o roteiro do seu primeiro programa de TV, que vai ao ar na sexta-feira. Mas a ideia é reforçar o perfil de "centro" de em contraponto ao "extremista" Boulos.

O relator da reforma da Previdência (PEC 6/2019), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), recebeu representantes das centrais sindicais nesta quinta-feira (29). O encontro foi organizado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS).

Eles trataram sobre itens como o cálculo do tempo de contribuição para a seguridade, aposentadorias especiais, como as dos vigilantes, por exemplo, bem como a PEC paralela sugerida por Tasso, que deverá ser votada ainda este ano pelo Congresso. O relator explicou aos sindicalistas que há acordo firmado entre os presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, respectivamente, para celeridade da tramitação da matéria.

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Já Paulo Paim informou que um resumo das demandas mais sensíveis da categoria será enviado para análise de Tasso Jereissati. Ele lembrou que todas as emendas serão recebidas pelo relator da reforma da Previdência em um evento marcado para 3 de setembro, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal.

*Da Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar hoje (28), a partir das 14h, ações protocoladas por diversos sindicatos de trabalhadores contra alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), feitas pela Lei 13.467/2017, a reforma trabalhista.

O primeiro item da pauta de julgamento será uma ação que trata de royalties de petróleo para Santa Catarina. Se o julgamento for concluído, as ações trabalhistas serão analisadas. 

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Entre os pontos contestados estão o fim da contribuição sindical obrigatória e o reconhecimento da prática do trabalho intermitente, modalidade de contratação de mão de obra autorizada pela nova legislação trabalhista.

As federações sindicais alegam que o fim do imposto sindical obrigatório viola a Constituição, pois inviabiliza suas atividades por extinguir repentinamente a fonte de 80% de suas receitas. Para os sindicatos, o imposto somente poderia ser extinto por meio da aprovação de uma lei complementar, e não uma lei ordinária, como foi aprovada a reforma.

No caso do trabalho intermitente, os sindicatos alegaram que a modalidade precariza a relação de emprego e ofende os princípios constitucionais da vedação ao retrocesso social e da dignidade humana.

Pelo trabalho intermitente, o trabalhador autônomo poderá prestar serviços a mais de um contratante, em horários distintos, mesmo que os contratantes atuem no mesmo segmento econômico. Com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, o contrato de trabalho autônomo afasta o vínculo empregatício permanente.  

Entretanto, o período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador e nem será remunerado - hipótese em que restará descaracterizado o contrato de trabalho intermitente caso haja remuneração por tempo à disposição no período de inatividade.

Em parecer enviado ao STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer a favor das alterações.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai acompanhar o julgamento que pode determinar se ele continua ou não em liberdade no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, ao lado de antigos colaboradores. Segundo pessoas que estiveram com Lula nos últimos dias, o ex-presidente está otimista quanto a um desfecho favorável de seu caso no Supremo.

No entorno de Lula, a expectativa é que o HC seja concedido por um placar apertado de 6 a 5 ou que algum ministro do STF peça para as ações que tratam da prisão após decisão de segunda instância serem julgadas antes do caso do ex-presidente, o que manteria o petista em liberdade.

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A defesa do ex-presidente deverá aguardar as movimentações dos ministros do Supremo antes de realizar intervenção na sessão de hoje. Na noite de terça, os advogados de três escritórios que representam o presidente se reuniram em Brasília.

"Alguma questão de ordem ou de fato, em tese, é possível. Pode vir a surgir diante do julgamento, diante de uma afirmação que seja factualmente incompatível ou alguma outra questão relevante que comporte uma questão de ordem. Isso pode ocorrer. Mas não há nada definido", disse o advogado Cristiano Zanin Martins.

Desde terça-feira (3) um grupo pequeno composto por militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) faz uma vigília na frente do prédio de Lula, em São Bernardo do Campo. O objetivo é impedir que o local seja tomado por manifestantes favoráveis à prisão do petista.

Nesta quarta-feira (4) o prédio do sindicato deve ser cercado desde o início da manhã por um cordão de metalúrgicos solidários a Lula. Dentro do sindicato, ficarão apenas os amigos mais próximos do ex-presidente e integrantes da atual diretoria.

Embora o clima seja de otimismo, a ideia é não deixar Lula sozinho em caso de uma decisão desfavorável. Manifestações que poderiam dificultar a execução de uma eventual ordem de prisão contra o ex-presidente foram descartadas e desencorajadas pelo próprio Lula.

O PT vai concentrar seus esforços de mobilização em Brasília, na frente do STF, para onde pretende levar cerca de 10 mil pessoas. O partido avalia que os atos a favor da prisão do petista devem ser esvaziados.

Defesa

"Estas manifestações não terão repercussão nenhuma. Nossa expectativa é que o HC seja concedido tendo em vista que o texto constitucional é literal quanto à presunção de inocência", disse o deputado Paulo Teixeira (SP), um dos vice-presidentes do PT. Nas demais cidades o partido fará panfletagens em defesa de Lula e organiza pequenos atos.

Durante o julgamento, a defesa de Lula deverá aguardar as movimentações dos ministros do Supremo antes de realizar intervenção. "Alguma questão de ordem ou de fato, em tese, é possível. Pode vir a surgir diante do julgamento, diante de uma afirmação que seja factualmente incompatível ou alguma outra questão relevante que comporte uma questão de ordem. Isso pode ocorrer. Mas não há nada definido", disse o advogado Cristiano Zanin Martins. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teceu críticas à reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer em um encontro com centrais sindicais nesta segunda-feira, 22. Às vésperas do julgamento no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), na quarta-feira, o petista disse que tentou aprovar uma reforma sobre o tema em seu governo e que jamais imaginou que seus adversários tivessem a "petulância" de aprovar um projeto como o que acabou passando.

"Uma reforma se faz colocando as partes interessadas sobre a mesa. Não se impõe o direito dos empresários sobre a classe trabalhadora", disse no encontro, que foi transmitido pela sua página no Facebook. Lula criticou especialmente a instituição do trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical. "Tem muito fascista querendo acabar com a representação sindical. Eles simplesmente acabaram com o imposto sindical, mas os 2% que o Sistema S recebe eles não falaram na reforma", reclamou.

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Lula foi o último a falar no encontro, que teve participação de representantes da CUT, UGT, FSB, Intersindical, CTB e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entre outras entidades. Antes dele, Ivone Maria da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, disse que a sua entidade apoiava a causa do petista porque agora os trabalhadores não conseguem "nem entrar na porta do Palácio (do Planalto). "Defendemos candidato que saiba o que é democracia, que defenda todos e não apenas os empresários e que pense um Estado que seja para todos", disse.

Antes dela, foi a vez de Gerardo Iglesias, secretário regional União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurantes e Afins (UITA). "Até os juristas, que não têm nenhuma identidade com a esquerda, começam a dizer que o processo é viciado e que tentam te tirar da Presidência da República", disse.

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Um confronto entre a polícia e militantes marca o ato do “Ocupa Brasília”, na tarde desta quarta-feira (24), em frente ao Congresso Nacional. A mobilização, que iniciou por volta das 11h nos arredores do Estádio Mané Garrincha, vinha sendo pacífica, mas quando chegou em frente às Casas Legislativas, área onde a polícia faz um cordão de isolamento, começou o confronto. 

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Manifestantes jogaram paus e pedras e polícia reagiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para tentar dispersar. Em reação, jovens mascarados com camisas estão pegando os banheiros químicos instalados no local e jogando em frente ao gramado onde está a polícia. Pessoas que participavam do ato ficaram feridas, mas ainda não há um balanço preciso.

Mesmo assim, a polícia manteve o cordão de isolamento em frente ao Congresso e ninguém consegue chegar até a entrada dos prédios ou na Praça dos Três Poderes, localizada logo em seguida.  

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o ‘Ocupa Brasília’ disse que 25 mil pessoas estão na manifestação, mas as centrais sindicais estimam 150 mil. Visivelmente dá para perceber que de todas as manifestações contra o governo esta é a mais numerosa. 

Representantes de várias classes trabalhadoras,  pedem a renúncia presidente Michel Temer (PMDB) e são a favor do adiantamento das eleições gerais, caso o presidente  deixe o governo. Além disso, eles protestam também contra a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. 

*Com Dulce Mesquita

Diversos sindicados, o Movimento dos Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) anunciaram apoio oficialmente a campanha do candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT). O petista é um dos fundadores e ex-presidente da CUT em Pernambuco. Para abranger a classe, o postulante inaugurou o Comitê Sindical e recebeu um documento com uma série de propostas do grupo no fim da noite dessa quinta-feira (8). 

Para João Paulo, o Comitê Sindical traz à sua campanha uma força política expressiva, que traduz os anseios dos trabalhadores e trabalhadoras, em especial num momento em que conquistas históricas da classe estão ameaçadas. 

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“O apoio do movimento sindical dá uma alavancada muito grande à nossa campanha e se soma também aos movimentos das ruas, onde o povo está mostrando a sua insatisfação com os rumos do país. Isso se reflete também no Recife, com a forma como se está governando a cidade, onde os trabalhadores não estão tendo vez e voz. E esse apoio dos sindicatos e trabalhadores à nossa campanha nos mostra isso”, observa.

As propostas da classe foram entregues pelo presidente estadual da CUT, Carlos Veras. No documento, segundo ele, estão sugestões sobre mobilidade, participação social, meio ambiente, educação, saúde e valorização do servidos público. “João Paulo é fruto da classe trabalhadora, faz parte disso, seja como presidente da CUT ou como dirigente sindical. E nós entregamos a ele por sabermos que há um compromisso dele com essas propostas, e também porque em sua gestão anterior ele também ajudou a fortalecer várias delas”, disse o sindicalista.

Após se reunir com o presidente em exercício Michel Temer, o dirigente nacional da Frente Nacional da Luta (FNL), Carlos Lopes, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que os movimentos de luta pela terra apresentaram ao governo uma pauta macro da agricultura familiar, incluindo o pedido de retorno do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que teve suas secretarias incorporadas à Casa Civil no governo interino. "Temer assumiu o compromisso junto às classes para construir as condições para que o MDA volte", afirmou Lopes.

Segundo o sindicalista, Temer se colocou "atento e vigilante" à pauta no campo, mas ressaltou sua condição de interinidade. "Ele esta em interinidade e está em legitimidade dada pelo Congresso e pela Justiça", afirmou. "Quem dá legitimidade é o povo, se ele for presidente do povo ele terá legitimidade", completou.

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O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), que se colocou como intermediário da conversa, salientou que Temer foi elogiado pelos sindicalistas por recebê-los e disse que o presidente em exercício deixou claro que só discutiria a volta do MDA após término da questão do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Temer disse que assim que terminar o impeachment ele quer fazer reformulação e uma rediscussão nesta questão dos ministérios", afirmou.

Paulinho, que trabalhou pela transferência de cinco secretarias do antigo MDA para a Casa Civil para indicar nome para os comandos dos órgãos, disse que a decisão de trazer as secretarias do MDA e o Incra para o Planalto foi elogiada pelos sindicalistas. "Mostra que Temer quer resolver o problema no Palácio no Planalto", disse.

Além de Paulinho e Lopes, participaram do encontro o secretário Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento da Casa Civil da Presidência da República, José Ricardo Ramos Roseno, o presidente do Incra, Leonardo Góes Silva; e os representantes da FNL, entre eles, o líder dos sem terra José Rainha Junior. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também estava na reunião.

Em reunião com dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na manhã desta sexta-feira, 20, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, não poderia tomar medidas que alteram os rumos da administração antes de o Senado votar definitivamente o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Segundo Lula, o momento atual "é como se a Dilma estivesse viajando" e o governo precisa dos votos de apenas seis senadores para reverter o impeachment.

"O maior golpe que este governo deu foi contra o Senado. Não foi isso que o Senado decidiu, não foi o impeachment, eles não podem dar de barato que já venceram. Porque é como se a Dilma estivesse viajando, ela está afastada, mas é a presidenta. Bastam seis senadores para que o impeachment não passe. E se a Dilma volta daqui um mês, vai ter de desfazer tudo que eles fizeram?", questionou Lula.

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Autocrítica

No encontro com sindicalistas, Lula fez uma autocrítica ao PT. Segundo ele, o partido se preocupou demais com os resultados eleitorais e acabou se descuidando do debate político com a sociedade.

"Quando a gente só pensa no resultado, e não na política, você não faz muita diferença entre os candidatos, os governos. A extrema esquerda e a extrema direita podem levantar um monte de viadutos, do mesmo jeito. O que faz diferença são as relações que você estabelece com a sociedade organizada do País", afirmou.

A exemplo de Dilma, que ao longo da semana concedeu entrevistas a pelo menos três jornalistas estrangeiros, o ex-presidente tem priorizado contatos com a imprensa internacional. Nesta sexta-feira Lula falou com jornalistas dos canais Russia Today, TVE (Espanha) e Telesur (Venezuela).

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, e outras lideranças de oposição no Congresso Nacional participarão nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, de um ato de apoio ao vice-presidente Michel Temer promovido pela Força Sindical.

No evento, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente do Solidariedade, apresentará uma carta de reivindicações. A lista de demandas dos sindicalistas inclui pautas como a garantia dos programas sociais e a manutenção da atual política de salário mínimo. "Também queremos numa reforma da Previdência que não tire direito dos trabalhadores. Avisei o Temer sobre o evento", diz o deputado, também conhecido com Paulinho da Força.

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Antes do ato, as principais lideranças tucanas participam de um evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para afinar o discurso da sigla. Os senadores José Serra, Aloysio Nunes e Aécio Neves e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participam do encontro.

O conselheiro de Administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, e dois integrantes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro-BA) foram presos na noite de segunda-feira (2), em ato pela greve dos trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na região metropolitana de Salvador. Eles foram autuados por desacato a dois policiais militares, algemados e levados para duas delegacias da região. O conselheiro diz ter sido agredido durante a prisão.

"A viatura avançou com velocidade sobre os militantes que abordavam os trabalhadores. Eles se exaltaram e deram voz de prisão por desacato, por questionarmos os motivos da abordagem. Fui imobilizado de forma violenta, algemado e agredido o que me deixou cheio de hematomas", relatou o conselheiro ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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Também foram presos o diretor do Sindpetro, Agnaldo Cosme, e o fotógrafo Wandeick Costa. Todos foram liberados por volta das 4h30 desta terça-feira (3), após o registro da ocorrência. A confusão ocorreu por volta das 23h30 da segunda-feira, segundo Bacelar, quando os policiais teriam exigido que o fotógrafo apagasse os registros de uma reunião com diretores da Refinaria.

"Houve uma articulação entre a gerência da refinaria para desmobilizar o movimento, prendendo as lideranças", afirmou Bacelar. "Fizemos registros de fotos e vídeos do encontro do gerente-geral com dois policiais. Menos de uma hora depois, os policiais avançaram sobre os militantes tentando apagar as fotos. Houve exaltação e fomos presos por desacato", completou.

Cerca de 80 militantes do sindicato abordavam os funcionários da refinaria para garantir a adesão ao movimento grevista, iniciado no último domingo, 1º. Os sindicalistas foram encaminhados à delegacia de Candeias e de São Francisco do Conde, onde fica a refinaria. O exame de corpo de delito será feito no início da tarde para confirmar as agressões.

Procurada, a Polícia Militar (PM) informou que foi acionada por denúncias de "obstrução da rodovia", mas que a viatura teve passagem obstruída. "Quando os policiais solicitaram a retirada dos objetos foram agredidos verbalmente, sendo Wandiack preso por desacato. Em seguida, Agnaldo Cosme da Cruz Soares Júnior e Deyvid Souza Bacelar da Silva também foram presos por tentar impedir a condução do detido à delegacia", informa o comunicado.

Em nota, o Sindipetro-BA classificou a prisão de "arbitraria e orquestrada" contra o movimento, e classificou a ação da PM de "abuso de poder e autoritarismo". O sindicato informou ainda que estuda "tomar as medidas jurídicas cabíveis para garantir a liberdade e o livre exercício da greve pelos trabalhadores".

Ainda de acordo com Deyvid Bacelar, pela manhã o clima é de tensão no acesso à refinaria. O policiamento foi reforçado com 12 viaturas. "Pelo que vi ontem (2) a noite e hoje (3), há uma tendência de tensão cada vez maior. É um momento crítico", relatou. "É triste ver um abuso ocorrer em um governo popular que ajudamos a eleger", completou.

A greve deflagrada no último dia 1º de novembro envolve a paralisação parcial de 43 unidades de produção. Também há adesão de terminais de distribuição da Transpetro, além de refinarias, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Enquanto o governo Dilma Rousseff e o PT tentam enfrentar a pauta conservadora defendida pela bancada religiosa no Congresso, que tem à frente o evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou em tom de brincadeira os métodos utilizados pelos pastores neopentecostais, em palestra a sindicalistas na noite dessa quarta-feira (20) em um hotel no centro de São Paulo.

Lula, bem humorado, explicava aos sindicalistas que nas ocasiões em que não é possível atender às reivindicações da categoria a melhor saída é colocar a culpa no governo quando, sem motivos aparentes, passou a falar dos evangélicos. "Os pastores evangélicos jogam a culpa em cima do diabo. Acho fantástico isso. Você está desempregado é o diabo, está doente é o diabo, tomou um tombo é o diabo, roubaram o seu carro é o diabo", disparou Lula, arrancando gargalhadas da plateia.

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Lula comparou a retórica dos pastores a um processo judicial nos moldes do mensalão, no qual ex-dirigentes petistas foram condenados por desvios de dinheiro público com base na teoria do domínio dos fatos, que responsabilizou lideranças como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu por atos de seus subordinados sob a argumentação de que ele tinha o controle da situação. "Eu acho legal (culpar o diabo) porque é direto. Não tem nem investigação. É direto. O culpado está ali. É a teoria do domínio do fato", brincou Lula.

Diante da receptividade calorosa da plateia, que não parava de rir, ele brincou com a cobrança de dízimo nas Igrejas evangélicas. "E a solução também está ali. É Deus. Pague o seu dízimo que Jesus te salvará", disse em tom eloquente, imitando uma pregação religiosa.

Por fim, o ex-presidente disse também em tom de galhofa que os dirigentes sindicais deveriam assimilar os métodos dos pastores. "Vocês sindicalistas têm que aprender a fazer isso porque cobram mensalidade, cobram contribuição sindical e não resolvem (as demandas da categoria)."

Tensão

As brincadeiras de Lula ajudaram a aliviar o clima de pessimismo e tensão dos sindicalistas incomodados com os rumos do governo Dilma que participaram do Seminário Nacional de Estratégia promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

Pouco antes da fala de Lula, o presidente da Contraf, Roberto Von Der Osten, o Betão, criticou as reduções de direitos trabalhistas que fazem parte do pacote de ajuste fiscal e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defendeu o fim do fator previdenciário, aprovado pelo Congresso contra a vontade de Dilma.

Lula pediu apoio dos sindicalistas ao governo. Segundo ele, é preciso acabar com o mau humor que toma conta do Brasil. "Nenhum país do mundo vai para a frente com a descrença e o mau humor que tem hoje no Brasil", disse Lula, para quem as reclamações são exageradas. "Se eu não morri de fome até os cinco anos comendo calango no Nordeste não é agora, depois de velho, que uma crisezinha vai me derrubar", completou o ex-presidente.

Os principais líderes sindicalistas se preparam para mais uma semana de trabalho em Brasília para tentar convencer deputados e senadores de que as Medidas Provisórias 664 e 665 retiram direitos dos trabalhadores e não devem ser aprovadas nas comissões especiais constituídas para debatê-las no Congresso. Contraponto a ação do governo, que enviará a equipe econômica para fazer a interlocução com as comissões especiais, as centrais sindicais organizam ações isoladas e atos conjuntos para tentar revogar ou ao menos alterar as Mps.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou ao Broadcast, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, que continua defendendo a total revogação das medidas e que irá amanhã a Brasília para percorrer os gabinetes de deputados e senadores e tentar convencê-los de que as MPs devem ser revogadas. "Bem cedo já estarei no Congresso. Vamos ter bastante gente nossa lá, umas 25 pessoas de vários sindicatos tentando conversar com os deputados", afirmou.

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Segundo ele, a entidade tem feito ações similares desde que as MPs foram encaminhadas ao Congresso, mas o trabalho "de corpo a corpo" agora tem se intensificado, já que a votação das medidas deve acontecer no fim deste mês. "Toda semana estamos com uma 'pressãozinha'", afirmou.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, também irá a Brasília nesta semana. Na agenda do sindicalista está uma reunião com a bancada do PSD, partido que ele integra, na quarta-feira, às 14h30. "Vou explicar para a bancada como as MPs são ruins", afirmou. Segundo ele, as centrais já organizam atos para o próximo dia 30 em todo País para tentar barrar o avanço das medidas.

Segundo Patah, até a semana que vem outras reuniões com deputados devem acontecer. "Vamos estar e já estamos no Congresso", disse. Patah afirmou que a UGT também está engajada para os atos do dia 30. "Serão atos em todo o Brasil para mostrar nossa indignação", disse.

Até o momento, de acordo com a assessoria da CUT, não há previsão de agendas do presidente da entidade, Vagner Freitas, em Brasília nesta semana. Hoje, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que os ministros da equipe econômica irão às audiências públicas para defender as alterações propostas, consideradas "corretas". As Medidas Provisórias 664 e 665 tiveram suas comissões instaladas na semana passada. Elas precisarão ser votadas nesses colegiados e depois seguirão para os plenário da Câmara e do Senado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta quarta-feira (25), durante café da manhã com dirigentes sindicais, a necessidade de apressar a análise das medidas provisórias (MPs) 664 e 665 que alteram as regras para o pagamento de benefícios como o seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte.

“Independente ou não de concordar com o conteúdo [das MPs], existe a necessidade do debate. Alguma medida tem que ser adotada isso já está lá [nas MPs]. É mais importante eles [sindicalistas] focarem no conteúdo, para ver o que pode ser aperfeiçoado, do que ficarem contra o processo”, disse Cunha.

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Já os sindicalistas defenderam, como condição para a negociação, a revogação das MPs, sob o argumento de que elas retiram direitos dos trabalhadores. “Queremos que suspendam as medidas, revoguem, pra gente poder começar com o pé no chão”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Cunha disse que as comissões mistas – formadas por deputados e senadores – destinadas a analisar as medidas provisórias devem ser instaladas na próxima semana. Caso aprovadas nas comissões, seguirão para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A partir do dia 19 de março, as MPs começam a trancar a pauta da Casa.

As medidas que, de acordo com o governo, devem gerar economia de R$ 18 bilhões em 2015, vêm sendo duramente criticadas pelas centrais sindicais, que acusam o governo de promover o ajuste fiscal (economia destinada a pagar juros da dívida pública) à custa da retirada de direitos trabalhistas. “O governo partiu da premissa que, por uma dor de cabeça em uma pessoa, corta-se a cabeça e depois vai ver o que faz. Nós queremos que dê um remédio, vamos trabalhar as questões com o pé no chão, pois com certeza a gente pode achar um caminho”, defendeu o presidente da Força Sindical Miguel Torres.

Segundo Torres, os sindicalistas apresentaram alternativas às propostas do governo que representam economia de até R$ 111 bilhões. “As centrais sindicais têm propostas para corrigir as distorções, têm propostas de fazer economia de caixa do governo. Deixei na mão do presidente da Câmara uma análise que dá, grosso modo, R$ 111 bilhões de economia, se quiser fazer desde taxação de grandes fortunas e de remessa de lucro [para o exterior], taxação de veículos aeronáuticos, aviões, navios e helicópteros” apontou o sindicalista.

Ainda de acordo com o sindicalista, centrais sindicais como a Central de Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brsail (CTB), Central Única de Trabalhadores (CUT), Nova Central e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) vão realizar, na próxima segunda-feira (2), atos em frente às delegacias regionais do Trabalho (DRTs) contra as medidas. A data coincide com a entrada em vigor das alterações na concessão do seguro-desemprego. “Dia 2 de março estaremos nas DRTs fazendo manifestações e 23 de março uma paralisação em nível nacional, mostrando a insatisfação dos trabalhadores”, apontou.

Desde sua publicação no Diário Oficial, no final de 2014, as medidas têm gerado controvérsias. Até o momento, elas já receberam 750 emendas de deputados e senadores. O Congresso Nacional tem até o dia 2 de abril para votar as MPs. Se não forem votadas até lá, perdem a validade.

Para o oposicionista e líder do PPS, Rubens Bueno (PR) a demora na instalação das comissões mistas poe diminuir a possibilidade de busca de um consenso. “Quando o tempo passa, perde-se a oportunidade do diálogo, de buscar consensos e quando o consenso for atropelado em Plenário é evidente que não sai o melhor dispositivo legal”, avaliou.

Ainda nesta quarta-feira, os sindicalistas devem se reunir com os ministros Pepe Vargas, de Relações Institucionais; Manoel Dias, do Trabalho; Nelson Barbosa, do Planejamento; Carlos Gabas, da Previdência;  e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, para discutir as MPs.

Presidentes de centrais sindicais estarão em Brasília, nesta quarta-feira (25), para uma nova rodada de negociações com o governo sobre as medidas provisórias que alteram regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários.

Às 8h30, os sindicalistas participam de café da manhã com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em sua residência oficial. Na parte da tarde, é a vez do poder Executivo. Diferentemente dos outros encontros com ministros da presidente Dilma Rousseff, que foram em São Paulo, este será em Brasília, no Ministério da Previdência Social. Está prevista a presença dos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

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Na reunião de amanhã, segundo já afirmou o Ministro do Trabalho e Emprego, o governo espera que as centrais apresentem propostas que serão analisadas e discutidas. No último encontro com ministros, em janeiro, os sindicalistas afirmaram que não aceitariam ajustes nos textos das medidas provisórias, e sim a derrubada dos projetos.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, está cumprindo à risca a recomendação feita pela presidente Dilma Rousseff para que seus auxiliares não deixem sem resposta nenhuma pergunta sobre as novas medidas de ajuste da economia. Ele saiu nesta quinta-feira, 29, de uma reunião com diretores da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e sindicalistas. Por mais de três horas, respondeu a dúvidas e ouviu opiniões sobre as medidas de ajuste fiscal anunciadas pela nova equipe econômica do governo.

Pela manhã, Barbosa esteve com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e na segunda-feira estará no Rio, onde iniciará mais uma etapa de esclarecimentos das medidas. Na chegada para o encontro com os diretores da Fundação Perseu Abramo, Barbosa disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que sua vinda em São Paulo teve como objetivo explicar as razões que levaram o governo a tomar tais medidas. "Viemos aqui para explicar as medidas e ouvir as sugestões e reclamações", disse.

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O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, disse que as centrais sindicais estão muito sensíveis neste momento porque as medidas anunciadas pelo governo para reequilibrar a economia estão prejudicando mais os trabalhadores do que os empregadores. "Ainda mais porque as medidas não são fruto de uma negociação com os trabalhadores, que serão os mais prejudicados", disse. De acordo com Clemente, as centrais sindicais estão preocupadas porque, embora não acabem com direitos, as medidas estão dificultando o acesso do trabalhador a estes direitos.

"As centrais estão com um desconforto com as medidas e com as perspectivas de crescimento econômico", disse o diretor do Dieese. Ele disse que no dia 3 de fevereiro haverá uma reunião no escritório da Presidência da República, em São Paulo, com as centrais sindicais e representantes dos ministérios do Trabalho, Previdência, Fazenda, Planejamento e Secretaria Geral da Presidência para discutir as medidas do ajuste fiscal que afetam o trabalhador.

Depois do anúncio nas mudanças na concessão de benefícios oriundos da previdência social, no mês de dezembro, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, centrais sindicais criticaram a decisão do Governo Federal. De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, as alterações prejudicam os trabalhadores. “As medidas são muito negativas e prejudicam os trabalhadores, principalmente quem fica desempregado e custou a conseguir o primeiro emprego”, afirmou.

Para reverter o quadro, o governo planeja esclarecer e discutir as mudanças com líderes dos movimentos sindicais. A reunião prevista para segunda quinzena de janeiro contará com a participação do secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto. Em nota encaminhada pela assessoria, Rossetto afirma que as modificações não reduzem os direitos trabalhistas, apenas corrige as distorções. 

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Dentre as modificações está a alteração do período trabalhado para concessão do seguro desemprego e abono salarial.  

Sem conseguir acertar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um comício em porta de fábrica no ABC paulista, a presidente Dilma Rousseff encontrará nesta quarta-feira, 15, em São Paulo aproximadamente 200 líderes sindicais, que vão gravar com ela cenas para o horário eleitoral de TV.

Lula tem se queixado há tempos, em conversas reservadas, que a agenda de Dilma "muda a toda hora" e que é impossível fazer uma programação com antecedência. Além disso, o comando da campanha de Dilma acha mais prudente concentrar a presença de Lula, neste momento, nas regiões Norte e Nordeste e em Minas, mas não em São Paulo, onde a presidente teve seu segundo pior desempenho no País, atrás do Distrito Federal.

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Pesquisas encomendadas pelo partido indicam que, desde os últimos escândalos de corrupção na Petrobras, o índice de rejeição de Dilma aumenta na capital paulista, principalmente em setores de classe média, quando a candidata aparece ao lado de Lula. Diante disso, o ex-presidente decidiu se concentrar em "agendas paralelas" e de bastidor.

A participação dos representantes da CUT, UGT, Nova Central, CTB, CSB e Contag no programa de TV de Dilma, sob a direção do marqueteiro João Santana, foi fechada pela própria presidente.

No domingo, quando visitou em São Paulo o CEU Jambeiro, na zona leste, acompanhada só do prefeito Fernando Haddad e dos candidatos derrotados do PT ao governo, Alexandre Padilha, e ao Senado, Eduardo Suplicy, Dilma foi alertada de que precisava do "apoio de trabalhadores" na propaganda.

Ao se reunir naquele dia com os presidentes da CUT, Wagner Freitas, e da UGT, Ricardo Patah, Dilma ouviu que o candidato do PSDB, Aécio Neves, já tinha aparecido com sindicalistas no horário eleitoral. Eles a aconselharam a fazer o mesmo "para não parecer sozinha".

Na tarde desta terça-feira, 14, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, acertou os últimos detalhes do roteiro na TV com os dirigentes das centrais. Até João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical - central que apoia Aécio - gravará agora mensagem para Dilma.

Vitamina

Depois de passar descomposturas públicas pelo fracasso do PT em São Paulo durante plenária com sindicalistas, no dia 9, Lula ficou quieto, o que causou estranheza em alas do partido.

Na manhã de segunda-feira, porém, ele se reuniu com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, com aliados e com pelo menos um dirigente de instituto de pesquisa. Queria saber o que pode ser feito para vitaminar a candidatura de Dilma, hoje em dificuldades.

Nos últimos dias da campanha, a agenda mais esperada de Lula será em Pernambuco, onde Aécio busca o espólio eleitoral do ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto. O tucano tem aval da família Campos e de Marina Silva (PSB), que foi a mais votada no Estado natal de Lula. "Me aguardem em Pernambuco", disse Lula a um amigo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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